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#012 Temporada

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Prelow



Eu Adoraria * Você

Escrita por Nicole Manjiro | Revisada por Songfics

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  – Ela é adorável.
  Quis rir. Uma alta gargalhada. Não fazia nem questão de fingir o deboche que o ato soaria. Jonathan não sabia de nada sobre ela.
  – Adorável, é? - somente murmurei, sentado em um dos últimos bancos da sala.
  O professor terminava de passar as orientações do trabalho que deveria ser feito durante todo o restante do semestre que faltava. Para aqueles com notas baixas, seria uma boa oportunidade de recuperar a responsabilidade derrotada pela preguiça. Para outros, como eu, que já possui nota suficiente para fechar o ano, era apenas mais um dever que poderia ser deixado para última hora.
  – Poderá acontecer como no semestre passado? - o repetente perguntou.
  Logan, o professor, lhe enviou um olhar irritado. Já era a terceira vez que aquele cara fazia sua matéria, e mesmo assim, não pareceu ter aprendido nada do que havia sido passado até então. Será que valia a pena reprová-lo?
  Sim, é claro. Mais dinheiro para a instituição. Para ele.
  – Os alunos que possuem créditos sobrando poderão transferir para os que precisam, desde que o trabalho seja feito e um relatório entregue. Ambos deverão se empenhar no trabalho. - mesmo com a ressalta, ninguém ligou. Nerds sempre serão nerds. Até na faculdade.
  – Nate…
  – Esqueça.
  – Cara, eu só preciso de 2 créditos.
  – Faça o trabalho. - peguei minha mochila, quando o professor nos liberou.
  Essa era uma das poucas vezes que os alunos da sala se interagiam para valer e o professor era o primeiro a sair da sala. Geralmente, cada um seguia seu caminho com o grupo de amigos, sem se importar com quem havia saído antes ou ainda permanecia sentado, querendo tirar dúvidas com o professor.
  – Quanto você cobra? - ouvi o repetente perguntar à Raul, o aluno nota 100 da sala.
  – Mil.
  – Caralho, Raul. Não tem um desconto?
  – É pegar ou largar. Tem outras pessoas atrás de você.
  Abri um pequeno sorriso. Era divertido ver nerds colocar os bonitões em seus lugares. No final, tudo o que eles podiam fazer, era abrir a carteira e fingir que está tudo certo.
  – Eu não vou fazer porra nenhuma. - o repetente o alertou. Raul mexeu os ombros, como se não importasse. Para ele, era melhor. “Odeio mulas querendo se passar por alazões”, me disse uma vez. O cara pegou seu celular e digitou algumas coisas. – Transferi quinhentos.
  – Parabéns por quase garantir sua graduação. - Raul disse, pegando a mochila.
  – Quase?
  Meu amigo parou ao meu lado e olhou para o repetente.
  – Garantia total, só quando você pagar a outra metade.
  Não esperamos ouvir a reação do cara. Demos as costas e caminhamos em direção ao estacionamento, onde finalmente estávamos livres para o belo feriado que vinha pela frente.
  – Como você consegue?
  Raul ergueu os ombros.
  – Lei de Darwin. Quando não se tem o atributo nível 1 - ele começa a falar, apontando para o próprio rosto –, se usa o número 2. - e então para a cabeça.
  Dou risada, como sempre, achando graça de como a mente dele funcionava. Raul não era feio, era o que as garotas diziam; mas todos sempre relacionavam o nerd sendo uma pessoa menos atraente, por isso todo mundo o enxergava como um cara sem atrativo físico.
  Eu, por outro lado, não deixava que isso me afetasse.
  – Oi, . - algumas garotas que passavam disseram. Abri um pequeno sorriso e acenei de volta.
  – Como você consegue? - Jonathan perguntou. – Nerd E bonito.
  – Lei de Darwin. - ergui os ombros, imitando Raul e rindo com os dois.
  – Uh-la-la… - Jonathan assobiou assim que meu carro surgiu à vista. Olhei na direção de sua atenção e a vi encostada na minha porta. – Parece seu dia de sorte.
  – Parece o dia de sorte dela. - Raul riu. – A essa altura, você deve ser o único com créditos disponíveis.
  Sorri para os dois, o mesmo sorriso maroto que sempre dávamos quando algum de nós fosse se dar bem.
  O que eles não sabiam, é que eu nunca me dava bem quando se tratava de .
  – Bom negócio. - Raul bateu em meus ombros e Jonathan deu dois tapinhas em minhas costas, seguindo em frente, onde provavelmente haviam estacionado.
  Caminhei calmamente até , prestando atenção nas pernas expostas pela saia e a camiseta branca presa para dentro. Os cabelos estavam presos em um cóqui frouxo e os braços seguravam dois ou três livros.
  – Já tem parceiro para o trabalho do Perks? - ela perguntou.
  – Pretendo fazer sozinho.
  Ela riu.
  – Com o tanto de crédito extra que você tem? Acho que não.
  – Raul vendeu ao repetente por mil. Quanto você oferece?
  Ela olhou para os lados e trocou a perna de peso.
  – Quanto você vale?
  – Qual o tamanho de seu desespero?
  Ela abriu um pequeno sorriso.
  – Achei que você fosse bonzinho.
  – Você não foi nada boazinha comigo no semestre passado. Nerds não esquecem, .
  – Você não é um nerd comum.
  – O que deveria te fazer ainda mais cautelosa. - empurrei ela para o lado de leve, a fim de abrir a porta do meu carro.
  Senti sua mão segurar minha camiseta.
  – Eu preciso da sua ajuda.
  – Você e metade da sala.
  –
  – O que você quer de verdade? - taquei minha mala para dentro do carro. – Estou começando a ficar irritado, , e não sou piedoso de ajudar pessoas que me irritam.
  Vi os dentes brancos morderem o lábio inferior.
  – Me desculpa. - sussurrou, depois de alguns segundos. – Fui uma idiota.
  – Que bom que sabe. - e dei-lhe as costas para entrar no carro.
  – Você sabe que eu sou assim—
  – E você sabe como eu sou. - olhei para ela antes de tentar fechar a porta. – Eu não sou eu quando estou com você. Deveria saber disso. E ninguém gosta de viver fora da zona de conforto. - fechei a porta, enquanto ela se afastava. – Jonathan ainda não recebeu nenhuma oferta. Ele será o suficiente para você.
  E sem dizer mais nada, dei partida no carro e a deixei para trás.

   e eu temos uma história.
  Há dois anos, no primeiro semestre da faculdade, transamos na festa de boas-vindas do time de hóquei. Ela havia ido com as amigas e eu, como parte do time. Apesar de ser da reserva, Jonathan dizia que todos sabiam que eu estava no banco porque preferia. Eu era melhor observando, mas não podia ser responsável pela estratégica, porque era necessário um profissional formado para isso. O resultado era simples. Eu ficava no banco e o time ganhava.
   era a típica garota estudiosa. Logo no primeiro semestre, conseguiu adiantar outro, acabando na mesma sala que a minha. Não foi difícil para ela, mas se tornou, depois que ela entrou para o grupo de design. No segundo ano, ela precisou pedir créditos para mim todo final de semestre. Achava que ela estava dando mole, pois quando a conheci, ela era puro  charme e inteligência, um combo que não podemos simplesmente ignorar.
  Apesar de me pagar para fazer o trabalho e receber meus créditos extras, parecia mais que me pagava para saciar seu apetite sexual. Todas as reuniões de trabalho eram convertidas em sexo. Sexo no carro. Sexo nas festas. Sexo no jardim. Sexo em qualquer lugar. Trabalho? Eu fazia em casa.
  Então, no último semestre, ultrapassamos a linha do “só sexo”. perdeu a mãe, com quem vivia sozinha e passamos a nos encontrar sem a desculpa do trabalho. Nos encontros, andávamos como um casal, não como amantes. Havia dias que até terminava sem sexo. Uma TV, um filme tosco e pipoca com vinho.
  Até que, sem me avisar, trocou de parceiro.
  No dia seguinte à entrega do trabalho e do relatório, na festa de despedida da turma formanda de administração, eu a vi transando com o capitão do meu time de hóquei. Aquele cara amigo e companheiro com todos da equipe, que não passaria pela cabeça pegar a garota pela qual você estava se apaixonando.
  Desde então, nunca mais olhei ou falei com ela.
  Até hoje.

___

  – Você não vai me deixar mesmo em paz?
  – Você só precisa ceder.
  – Já falei, Jonathan…
  – Karina o pegou.
  Olhei novamente pelo olho mágico e a vi encostada na parede do outro lado da porta. Ela não parecia confiante como sua voz, mas eu também sabia que não podia esperar nada daquela farsa.
  – Eu não tenho o dinheiro. - ela disse.
  – Engraçado - respondi, com raiva –, não me parece assim às quintas e sextas, quando você sai com seus amigos.
  – Eles pagam para mim.
  – Ah, não tenho dúvida que pagam.
  Pude ver o desconforto em seu rosto. Ótimo. Era mesmo para ter machucado.
  – , será que podemos conversar sem nos alfinetar?
  – Será que você pode ir embora?
  Ela olhou para mim. Digo, para o olho mágico.
  Vi seus lábios serem pressionados um contra o outro. Olhou para o lado e então voltou a encarar a porta.
  – Você é o único em quem confio.
  – E você é a única em quem eu não confio.
  – Será que você pode me ajudar só dessa vez?
  – Só dessa vez? - ri. E as outras vezes, na época mais difícil para você? Fui só o boneco.
  Ela engoliu seco. Vi uma lágrima cair. Deveria doer mais, pensei. Mas meu coração parecia estar doendo mais.
  – Desculpa te atrapalhar. - ela murmurou e desencostou da parede. Esperou algum tempo, mas acabou indo embora.
  Apoiei minha cabeça na porta.
  – Mande-a subir de volta. - pedi ao porteiro, que respondeu um simples “sim, senhor”.
  Cinco minutos depois, ela fechava a porta do meu apartamento.
  – Obrigada. - disse.
  – Última vez. - apontei para ela. – Pela sua mãe.
  A mãe de era uma boa mulher. Achou que eu era um bom cara para sua filha, então me tratou muito bem. Tentei ser bom com a filha dela, acabei sendo bom demais. Me dei mal. Agora, se faço, é para não lembrar do rosto da boa moça que me tratou bem no tempo em que visitei a filha dela, e ver a decepção estampada aonde quer que estivesse.
  Não lido bem com decepções.
  Expliquei para ela sobre o trabalho que eu já havia começado.
  – Então basicamente, tenho apenas que saber um décimo do que está aqui.
  – Isso.
  – Eu não sou burra assim, .
  – Se não fosse, não precisaria se humilhar para passar de semestre.
  Ela se calou. Se queria minha ajuda, teria que aguentar minha amargura.

  Durante todo o mês seguinte nossos encontros se resumiam em fazer o trabalho e pronto. Não havia qualquer relação pessoal no meio. Por mais que meu corpo a quisesse no momento em que ela saía do elevador e eu sentia seu perfume entrar, meu orgulho me impedia. Eu não passaria de idiota novamente.
  Até que, um mês e meio após o início de nossos encontros, terminamos o trabalho, a apresentação e o relatório da transferência dos créditos.
  – Achei que pela complexidade, demoraríamos mais. - ela comentou, à vontade em meu sofá.
  – Eu não faço nada que demore muito.
  Ela me encarou por um tempo, porque tudo o que acontecia durante o tempo em que nós fazíamos os trabalhos, era demorar. Demorar porque, no fim, eu sempre fazia o trabalho sozinho e em casa, enquanto que com ela, apenas colocava em prática os conhecimentos do corpo humano.
  – Quero agradecer. - ela disse. – Será que pelo menos isso posso fazer?
  Ergui os ombros após ver que, na mala de carrinho que ela costumava trazer em dia após estágio, desta vez estava carregada com vinho e pipoca.
  – Me empresta sua cozinha?
  Enquanto eu terminava de guardar toda a papelada do trabalho que ela se encarregaria de arrumar e imprimir para entregar, fazia a pipoca na cozinha e trazia as taças para a mesa de centro.
  – Não espere assistir a um filme inteiro. - disse, quando a vi ligar a TV.
  – Uma série inteira? - ela brincou. – Está tudo bem, tenho que encontrar com a Karine depois. Algo a ver com férias.
  “Não que eu tenha perguntado”, pensei.
  Ela se sentou no sofá, enquanto eu me acomodava no chão. Era um hábito nosso. Quer dizer, meu e dela. Ela, de assistir coisa na TV sentada no sofá, e eu, no chão. Não combinamos nada.
  Mesmo assim, naquela época, me pareceu mais do que coincidência.
  Não prestei atenção no filme, nem no gosto da pipoca, nem no engradado de cerveja que, do nada, sumiu.
  Senti suas mãos em meu ombro e me desvencilhei delas com um chacoalhar um pouco rude demais.
  Mas as mãos voltaram, e foi quando decidi olhar para trás para reclamar, mas tudo que vi, foi suas bochechas vermelhas e o olhar sonolento.
   estava bêbada.
  – Droga. - murmurei, me levantando e procurando, com os olhos, o engradado de cerveja, cujas latas estavam todas empilhadas na mesa ao lado do sofá. Vazias. – Você vai ter que ir embora.
   negou com a cabeça e se deitou no sofá.
  – Liga o ar. - ela murmurou, mas revirei os olhos e coloquei a mão na cintura. Ao ver que eu não a obedeceria, voltou a se sentar e tirou a camisa, ficando só com o sutiã.
  Minha reação foi imediata. Digo, lá em baixo.
  Fechei meus olhos e respirei fundo, morrendo de raiva. Ela não podia, depois de tudo aquilo, ainda ter esse efeito por mim. Abri um pouco os olhos e a vi sem a calça do estágio.
  – Merda. - foi tudo o que falei, antes de subir em cima dela e beijá-la.
  Mesmo bêbada, seus beijos continuavam os mesmos de quando sóbria. O que mudava, era suas mãos, que não pareciam saber para onde estavam indo, até que acharam o foco e se esforçaram em me despir.
  – Sinto sua falta. - ela murmurou, quando desci meus beijos para seu pescoço. – Preciso de você de volta.
  – Cale a boca. - murmurei, minhas mãos encontrando o fecho de seu sutiã e, ao tirar, jogá-la para qualquer lugar da sala. Encontrei os seios desnudos e me deliciei com os dois, entre os dois e tudo aquilo que pudesse ser feito.
   gemia deliciosamente, suas mãos em meus cabelos, da maneira que sempre fazia. Enquanto minha boca cuidava de seus mamilos, minhas mãos desciam para o pano que protegia meu lugar favorito. Acariciei sua fenda por cima do tecido e ouvi um alto gemido.
  – Isso… me dê tudo. Pegue tudo.
  – Você não é…
  – Eu sou sua, , sempre fui. Você que é um cego.
  – Cale a boca. - disse, tirando sua calcinha e mergulhando meu rosto entre suas pernas, começando a ouvir seus gritos de prazer. Mesmo quando seu corpo inteiro se estremeceu em um primeiro orgasmo, e suas pernas tentaram se fechar, mantive meu trabalho. Ela merecia ser punida e eu merecia receber o prêmio que eu quisesse.
  – Me fode logo, ! - ela gritava, em vão. Eu apenas obedeceria meu orgulho e meu pau. E os dois queriam massacrá-la antes de liberar todo meu prazer dentro dela.
  Terminei de me despir para que ela pudesse relembrar do meu tamanho. Tentou me tocar, mas logo a afastei. Ela não faria nada do que quisesse. Se queria ser minha, então teria que ser do meu jeito.
  Sentei-me em cima de sua barriga, sem deixar meu peso cair sobre ela. Suas mãos, segurei com uma mão minha logo acima de seus peitos. A outra, entretanto, voltou para sua fenda, onde retornou o trabalho que havia parado.
  – Olhe para mim, . Não ouse fechar os olhos.
  – Eu preciso de você…
  – E deve precisar mais. - disse, entredentes. Observei sua agonia e seu desespero. Então, novamente, sua gozada e tão cedo seu corpo começou a convulsionar, penetrei meu pau dentro dela.
  – ! - ela gritou, surpresa e com uma ligeira expressão de dor.
  – Apertada… do jeito que eu gosto. - murmurei, arremetendo forte e sem me preocupar se ela ainda estava sob o efeito do ápice anterior.
  Logo, seu corpo entrou no mesmo ritmo que o meu. Apertei seus seios quando os vi pular para cima e para baixo por conta do nosso vaivém. Eu amava aqueles seios enormes, nesse corpo tão pequeno.
  Levei uma de minhas mãos até seu clitóris, acelerando suas sensações e sentindo as paredes de sua vagina se apertarem em volta do meu pau. Foi motivo o suficiente para eu diminuir o ritmo e fazê-la gritar.
  – Eu vou gozar, mais rápido.
  Sorri.
  – Você vai gozar, . Mas serei bem devagar.
  Frustrada, ela não pode segurar o gozo, pois eu sabia exatamente como o corpo dela reagia. Uma vez convulsionando, eu voltava a aumentar o ritmo e a força, ouvindo-a gritar e pedir por menos.
  “Menos…”, pensei, rindo. “Você nunca mais pedirá por mais, .”
  E, como sempre, não foi o que aconteceu.
  Não quis esperá-la ficar pronta e gozar comigo, mas foi exatamente o que ela fez. Ao sentir meu quadril aumentar o ritmo das estocadas, inclinou seu próprio quadril para cima e levou sua mão ao clitóris, fazendo com que seu corpo gozasse junto ao meu.
  Ela sabia que eu amava chegar ao ápice junto.
  Deixei meu corpo cair em cima do dela e logo seus braços enlaçaram meu tronco em um abraço. Senti um beijo em minha bochecha, e então em meu ombro.
  – Você deveria estar exausta. - disse, eu mesmo cansado.
  – Conheço seu apetite sexual, lembra? - pelo tom de sua voz, parecia estar sorrindo. – Mas você está cansado, não é? É minha vez, então.
  Em questão de segundos, seu corpo estava em cima do meu, encaixados, seu quadril remexendo em cima do meu pau, que parecia renascer das cinzas em um piscar de olhos.
  – Eu sabia… - ela disse, me beijando os lábios. – você ainda me deseja.
  – Isso não quer dizer que te quero.
  – Me quer, sim. - ela segurou meu pau e colocou em sua entrada. - Bem aqui… - e desceu lentamente. Soltei a respiração quando ela começou a se movimentar sensualmente, suas mãos espalmadas em meu peitoral, apoiando-se de acordo com que se movia para frente e para trás. – Volte para mim.
  – Você não consegue ser de alguém.
  – Porque sempre fui sua.
  – Mentirosa.
  – Não sou.
  – Você transou com Blake.
  – Transei.
  – Você me usou.
  – Não usei. Você vai me deixar explicar ou vai só me culpar?
  – Só te culpar. - disse, quase se ar, quando ela começou a cavalgar em cima de mim. –
  – Isso, geme meu nome, querido. Do jeito que eu gosto.
  – Vadia.
  – Idiota. - seus antebraços vieram parar um de cada lado de minha cabeça, de forma que logo empinou sua bunda. Segurei suas nádegas e continuei o trabalho em um ritmo muito maior. – Ah…
  – Aposto que você trepou com o time inteiro. Fui só um deles.
  – Foi só você.
  – E o Blake.
  – Nós não transamos exatamente. - ela disse, arfante. – Era para parecer que estávamos. Para Juliet. Mas você nos pegou.
  Aumentei a velocidade das estocadas porque estava com raiva. Que idiota planeja uma coisa tão ridícula assim.
  – Nós não namorávamos, achei que você… ah, isso… me ouviria.
  Ergui meu tronco e a coloquei de volta deitada no sofá. Coloquei a mão em sua boca, para que parasse de falar. Eu terminaria de fodê-la, ela colocaria sua roupa sem falar um A e iria embora para sempre, como havia prometido.
  – ! - a ouvi gritar, abafado. Mais uma vez, gozamos juntos. Dessa vez, não deitei em cima dela. Saí do sofá, peguei minhas roupas e disse, antes de ir para meu quarto.
  – Feche a porta depois de sair.
  Tomei um banho gelado, porque era óbvio que meu corpo havia relembrado dos tempos em que eu e ela passávamos a noite inteira transando e conversando. Era esse o caminho que seguiríamos, se ela não tivesse aberto a boca.
  Quando abri a porta do banheiro, estava sentada em minha cama, com suas roupas, mas um olhar de quem precisava conversar.
  – Vá embora.
  – Me ouça, por favor.
  – Você estragou tudo! - gritei, perdendo a paciência. – Me tinha na sua mão e me perdeu! Agora vá embora!
  – Não! É você, ! E eu não vou desistir! É você quem eu amo, é você quem eu quero e é você! Só! - ela gritou de volta, me assustando. – Droga!
  A ouvi fungar.
  – Naquela noite, Blake me implorou para ajudá-lo. Ele tinha me ajudado com você, achei que poderia fazer o mesmo por ele. Foi um plano idiota, mas o que você esperava vir da cabeça dele? Eu só pensei em ajudá-lo. Juliet nos pegaria, eu sairia de lá e iria contar para você. Você entenderia e nós continuaríamos juntos. Esse era o meu plano.
  – Então por que você não veio atrás de mim?
  – Sério? - ela me encarou, incrédula. – Eu dormi naquele hall - apontou em direção à porta de entrada –, esperando você. Você nem voltou. Te mandei N mensagens. Tentei falar com você durante a semana inteira. Você me tratou que nem lixo. Entendi. Aguentei por um mês. Mas ninguém, por mais errado que tenha feito, consegue suportar ser lembrado de forma rude pela pessoa que está apaixonada, dos erros que cometeu, principalmente quando procura só uma brexa para se desculpar.
  Engoli seco. É verdade que ela tentou falar comigo. E é verdade que eu talvez tenha sido um pouco grosseiro. Ou muito. Mas era assim que eu agia quando o assunto era ela. Eu sentia 100 vezes mais algo que deveria ser sentido uma vez só.
  – Por favor, me dá uma chance. Eu nunca te traí. Nunca. Eu nem estava nua, caramba! Era só um conjunto nude.
  – Você estava nua.
  – Não estava. - ela suspirou, exausta. – Por favor, , acredita em mim. Tudo o que venho tentando, é falar com você, porque, diabos, não consigo te tirar do meu coração. Você é o único pra mim.
  Balancei a cabeça, querendo negar. Ela já havia se feito de coitadinha antes.
  – Sabe o dia que você me ganhou?
  Olhei para ela.
  – Minha mãe tinha tido a primeira crise. - ela voltou a se sentar em minha cama. - Enquanto eu estava paralisada com o susto e o medo de perdê-la, você cuidou de nós duas. Chamou a ambulância. Seguiu o que a atendente te falava para fazer com minha mãe e não deixou de olhar para mim e me dar um beijo toda vez que tinha de esperar alguma reação da mamãe para seguir o próximo passo. Se você não estivesse lá, mamãe teria morrido naquele dia. Eu teria morrido de desgosto comigo mesma, por não ter conseguido salvá-la. - vi as lágrimas caírem de seus olhos e percorrerem seu rosto. – Você salvou nós duas naquele dia. Quando estava com a mamãe no hospital e ela falava de você com carinho e orgulho, me senti feliz como nunca. Feliz por ter conhecido você, por ter te apresentado para ela, por ter escolhido bem. Decidi que queria passar o resto da minha vida com você.
  Apertei minhas mãos e olhei para ela.
  – Me desculpe por ter estragado tudo. Sou idiota, sempre fui. Acho que por isso você sempre se manteve comigo. Sei lá. Só sei que não quero te perder. Não custa nada tentar, não é? Prefiro ficar tentando, do que viver de verdade sem você.
  Vi suas mãos enxugarem suas lágrimas.
  – Por favor, volta pra mim. - pediu, já chorosa.
  Suspirei e fui até ela. Afastei suas mãos de seu rosto para que eu pudesse segurá-la com minhas próprias mãos.
  E então a beijei. Dessa vez, com carinho.
  Essa era minha resposta.
  Eu adoraria, .
  Adoraria ficar com você.
  Adoraria lhe fazer sorrir.
  Adoraria lhe fazer sentir coisas que outro cara jamais conseguiria.
  Acima de tudo…
  Eu adoraria te amar. Pra sempre.

FIM