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Escrito por Queen B | Revisado por Mariana

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  ”E eu acho que gosto mesmo de você, bem do jeito que você é’”

  Há pouco tempo, sequer sabia que existia uma espécie de derivado do Snapchat no Instagram, até lhe mostrar e ensinar a usar. Chegava a ser irônico imaginá-la de fato ensinando algo a alguém, mas a garota conseguira.
  Naquele momento, ele assistia um vídeo que ela postara em seu Snapgram, como descobriu que a ferramenta se chamava. No vídeo, Zola encarava o cesto de roupa suja do banheiro, fazendo menção de saltar na direção dele várias vezes, porém só o fazendo realmente na quinta tentativa, pousando na beirada do cesto, que não estava cheio, o que significava que não havia peso o suficiente para ela obter sucesso em se equilibrar ali como queria. já ria antes mesmo de ela virar, já prevendo o que aconteceria. Zola acabou fazendo o cesto cair com as roupas, tudo, em cima dela e riu enquanto filmava tudo, fazendo sorrir com o som.
  Ele sentia falta dela.
  Estava no Brasil agora, no Rio de Janeiro e parecia outro universo em comparado a Hollywood, embora de certa forma lhe desse saudades de casa também. Não da Inglaterra, mas de Hollywood, do céu azul e das praias, de passar todos os dias pelas praias ao ir trabalhar. Não era muito diferente no Rio, parecia que, aonde quer que você estivesse no estado, podia ver a praia e a visão o deixava com saudades sem que pudesse evitar. Saudades de casa, saudades de ser Daniel, já que gostava muito mais de atuar do que de modelar, e, mais ainda, saudades de . Ele não estava acostumado a sentir aquelas coisas e pensar naquilo tão abertamente, mas era fácil demais ser daquele jeito quando se tratava de .
  Era fácil demais estar apaixonado por ela.
  Ele chegava a rir quando pensava naquilo, quando se dava conta que estava, realmente, pensando naquilo. De todas as garotas do mundo, a única que lhe conquistou foi, justamente, a que já gostava de outro cara. sabia, no entanto, que não era totalmente imune a ele, que apesar de seus sentimentos por , seja lá quais fossem, sela já em qual estagio estivessem, ele mexia com ela.
  O problema era que o mesmo motivo pelo qual lhe conquistara tão inevitavelmente era o motivo de tudo ser tão complicado. Ela era diferente de todas as garotas com quem já lidara e ele sabia que a situação não era tão simples quanto simplesmente dizer o que sentia, não levando em conta quão confusa ela já era sozinha. E lá estava ele, sentado num restaurante em Copacabana, com vista para a praia, pensando em Hollywood, pensando em .
  Toda vez que se distraia.
  Ele começava a notar que não dava para ficar muito solto, precisava se policiar ou se transportava para perto dela e o resto do mundo desaparecia. Ele não conseguia tirar da cabeça o último beijo que dera na garota antes de pegar o avião para a Austrália, uma semana atrás. Ele havia ido até a casa dela, se despedir e, quando o garoto estava na porta de seu apartamento, para ir embora, ela lhe deu um beijo calmo, lento, com a mão em seu peito e a leveza de quem sabia que faria aquilo mais vezes.
   queria que aquele momento chegasse logo e nem ligava para o quão brega soava. Bem, ligava, ligava sim, mas àquela altura não tinha muito mais que pudesse fazer. Estava apaixonado.
  Enfim, suspirou e desistiu de conter a vontade que não saia dele desde o momento em que abrira os olhos aquela manhã, discando o número de e levando o celular para o ouvido. Na Califórnia, havia horário de verão aquele período do ano, enquanto no Brasil não havia, portanto existia um fuso horário de quatro horas entre os dois países, o que queria dizer que eram oito da manhã em Hollywood agora, levando em conta que no Brasil era meio dia e meia.
  Era um bom horário para atender ao telefone, já que normalmente a pré-produção das gravações da série era o pior horário para a garota e, àquela hora, a primeira cena programada para o dia já devia ter sido gravada, se não foram precisas mais tomadas. Eles deviam estar revendo a cena, garantindo que tinham tudo que precisavam antes de passar para a próxima. se deu conta que estava pensando demais, batendo o pé mais impaciente a cada novo toque do celular enquanto esperava atender, quase desistindo e finalizando a ligação no último instante, quando ela finalmente atendeu.
  - ? – Ela perguntou, surpresa, do outro lado ao atender e ele não conseguiu responder de imediato, sentindo a voz desaparecer por completo e uma vontade completamente compreensível de socar a si mesmo por isso. Porra, era só falar. Nem era como se ele não soubesse o que falar, era . Não tinham aquele tipo de problema, ele podia falar sobre qualquer coisa com ela, sabia que podia. – Alô, ? repetiu e o garoto pigarreou, se obrigando a reagir.
  - , desculpe. Está uma loucura aqui. – Ele mentiu, já que estava almoçando sozinho num restaurante com vista para a praia, há algumas horas de ter que voltar ao trabalho. Aquilo era menos humilhante que ela saber que ele ficara sem voz só por ouvir a dela. Céus, o que estava acontecendo com ele?! – Então, está podendo falar? Tenho dez minutos.
  - Achei que estava uma loucura aí. retrucou, com uma risada e riu também.
  - Para você, eu consigo dez minutos. – Reformulou, não precisando estar perto dela para saber que a garota estava corando só por ouvir aquilo. sorriu ao imaginar a cena. – Se você quiser, é claro. – Acrescentou, como se não ligasse.
  - Engraçadinho. retrucou, irônica. – Eles estão revendo a cena que gravamos agora, devo ter dez minutos também. – Explicou em seguida, confirmando as suspeitas de , que assentiu, antes de lembrar que ela não podia ver.
  - Alguma cena interessante? – Perguntou, puxando assunto.
  - Adele gravou uma incrível, de tirar o folego, de verdade. Mas você já deve saber a respeito. Você sabe de tudo. – Ela murmurou, desgostosa, fazendo rir verdadeiramente de suas palavras.
  - Eu não recebo o roteiro da Adele, . – Retrucou – Pode me contar se quiser.
  - Sério? – Ela perguntou, como se não achasse que ele falava sério e deu de ombros, de novo, antes de lembrar que ela não podia ver. Aquela história de distância era uma droga.
  - Dez minutos – Ele lembrou a garota, que bufou.
  - Podemos falar disso depois – Ela decidiu – Como está a viagem?
  - Eu estou, nesse exato momento, sentado num restaurante em Copacabana, de frente para a praia. – Ele contou – Tenho algumas fotos para tirar mais tarde, mas a noite mesmo já estarei num voo de volta para casa.
  - Isso é bom - murmurou baixinho em seguida – Estou com saudades. - Disse, fazendo com que sorrisse para suas palavras. Ele também estava.
  - É claro que está. – Retrucou, ao em vez de falar o que estava pensando. simplesmente não estava acostumado aquele tipo de coisa. – Lembra a última noite em que eu estava aí? Que passei na sua casa? – Ele perguntou de repente, sem pensar de verdade sobre o que fazia.
  - Anh... Lembro murmurou, confusa, enquanto tentava puxar da memória os detalhes daquela noite, sem saber porque estava falando dela.
  - Tinha um suéter meu com você e eu pedi ele de volta porque era uma peça fina e o Brasil é quente, lembra? – Ele murmurou e assentiu, antes de se lembrar que ele não podia ver.
  - Agora que você falou, sim, eu lembro. - Murmurou – Foi muito feio da sua parte, aliás. Gosto daquele suéter
  - Bom, que gosta do meu suéter, . – Ele ironizou e a garota rolou os olhos. riu, sabendo que ela o fazia mesmo que ele não visse. – Quer saber um segredo sobre o suéter?
  - Ok, agora eu estou pessoalmente ofendida. Quantos anos você acha que eu tenho, seis?! - Ela perguntou, como se estivesse muito chateada e riu.
  - Quer saber ou não? – Ele perguntou, fingindo impaciência e riu do outro lado, arrancando outro sorriso do garoto, que balançou a cabeça sem acreditar em si mesmo. Estava caído demais por aquela garota.
  - Claro, fala. – Murmurou, bem-humorada. imaginou o sorriso em seu rosto e, novamente, odiou estar tão longe e não poder ver.
  - Está cheirando a você. – Confessou – E eu sabia que estaria, por isso pedi de volta. Queria vir para o outro lado do mundo e sentir que tinha algo de você comigo. – Acrescentou e não respondeu de imediato. ficou imediatamente nervoso, o que era extremamente atípico dele, mas não pôde evitar se perguntar se fora estupidez demais falar aquilo. Normalmente, era fácil demais ler a garota, especialmente para ele, que a conhecia melhor do que qualquer outro, porém quando não podia olhar para ela enquanto falava e, mais ainda, quando estava apaixonado e se sentia ridiculamente inseguro, tudo ficava mais difícil. – ? – Chamou, incomodado com o silencio. Alguma coisa ela tinha que falar.
  - Foi por isso que eu demorei tanto para devolver também. – Ela confessou depois de um instante.
  - Por isso...?
  - Porque tinha o seu cheiro. E eu gostava. – Ela explicou, falando mais baixo do que antes, e acabou deixando que o sorriso brotasse em seus lábios com suas palavras, sem conseguir se conter. Era ela, era aquela garota e tudo nela.
  Ele gostava dela, bem do jeito que ela era.

+++

  Voar do Brasil até Los Angeles não fora cansativo porque , na verdade, tinha pavor a voar e tomara um remédio no aeroporto, de modo a praticamente desmaiar antes que o avião decolasse. Ele não estava realmente cansado quando finalmente chegou a Malibu, onde sua equipe já devia ter gravado algumas cenas das que foram programadas para aquela viagem, mas mesmo assim, instruíram o garoto a tomar um banho antes de gravar, já que estava com a cara amassada.
  Enfim, depois do banho ele estava pronto para deixar seu trailer, quem sabe dar a sorte de encontrar antes de começar a gravar, porém assim que abriu a porta não soube dizer se o que aconteceu poderia ser chamado de sorte. Não foi ele que encontrou , mas sim sua testa, que foi contra a dela assim que ele abriu a porta.
  - Ai! – Reclamaram juntos, levando em seguida as mãos a testa. – Por que diabos você ia sair?! Eu ia entrar! – reclamou, como se realmente estivesse muito irritada com a burrada que fizera em não adivinhar que ela estava do lado de fora, pronta para entrar.
  - Mas o que...?! Eu... Eu ia sair, ué! Não sabia que ia entrar! – Ele devolveu, como se tudo aquilo estivesse lhe deixando muito confuso. resmungou algo que ele não ouviu e o garoto rolou os olhos, puxando-a para si de uma vez e abraçando a garota, que o abraçou de volta, com força, imediatamente. foi atingido outra vez pelo quanto sentira a falta dela e inspirou em seu cabelo, se deixando intoxicar inteiro pelo cheiro que ela emanava, por cada pequena parte dele. – Acho que alguém sentiu minha falta, huh? – Ele provocou, para fazê-la se afastar e calar todos aqueles pensamentos sobre seu cheiro e textura.
  - Nem foi tanto tempo assim. – retrucou, fazendo exatamente o que ele planejara e saindo de seus braços. O garoto rolou os olhos e deu espaço para que ela entrasse no trailer com ele.
  - Claro que não. – Ele ironizou, desviando o olhar para a revista em quadrinhos que ela lhe estendia. – Capitão América? – Perguntou, arqueando as sobrancelhas sem entender o que acontecia e piscou.
  - Ah! – Bateu na própria testa, estendendo em seguida o script para o garoto, que entendeu que ela havia trocado as bolas, o que, aliás era de se esperar. não era sem trocar as bolas. – Não tem Capitão para você, sinto muito.
  - Achei que você era uma universitária sem dinheiro, está gastando com gibis agora? – retrucou ao pegar o script em sua mão e a garota fez que não, confirmando as suspeitas no fundo do cérebro ciumento do garoto.
  - Foi que me emprestou. – explicou e ele assentiu, agindo como se estivesse distraído com o script enquanto ela se sentava no sofá de frente para a cama onde ele estava. A verdade era que ele sequer absorvia o que lia, pensando em com e em como aquilo parecia errado demais. No fim, ele havia feito sozinho a loucura de se meter naquilo com ela mesmo sabendo que ela gostava de outro, mas não imaginou que fosse realmente se apaixonar e agora que acontecera tudo parecia ainda mais frustrante porque ele sabia que podia ser melhor para ela do que jamais seria.
  - Saiu com ele outra vez? – perguntou, por fim, sem conseguir se conter. Não era saudável cutucar a ferida como ele fazia, mas precisava saber. Não ia aguentar não saber e ficar simplesmente imaginando, se perguntando se ela ainda era dele tanto quanto ele era dela.
  - Na verdade, não. – respondeu depois de um instante, como se precisasse do tempo para lembrar do que estavam falando. – Ele me deu agora a pouco, na verdade, mas pareceu meio estranho quando Paul apareceu. Devo tê-lo chateado de alguma forma. – Deu de ombros, deixando ainda mais no escuro do que antes simplesmente pela total falta de sentido das novas informações.
  - Sabe que não está fazendo sentido, não é? – Perguntou, não duvidando que ela estava fazendo de propósito. Talvez ela até já soubesse de seus sentimentos e só estivesse tirando uma com a cara dele antes de dizer que aquilo era ridículo, que gostava dele e não se importava com . Tão rápido quanto o pensamento veio, no entanto, rolou os olhos para ele. perceber algo sem que fosse preciso que jogassem na sua cara era algo no mínimo ridículo de se esperar.
  Por fim, fez uma careta e assentiu, respirando fundo antes de contar com detalhes toda a história, sobre como lhe parou, os dois conversaram um pouco sentados na areia e então Paul apareceu quando ele estava prestes a lhe beijar. não pôde evitar ficar satisfeito com o timing de Paul, embora agora que entendia tudo que acontecera não pudesse evitar se perguntar também qual era a vontade de , de verdade, em toda aquela situação. Ela queria ? Queria ele?
  - Você gravou o código do meu trailer? – Ele perguntou, decidindo focar naquela parte, que honestamente favorecia a muito mais do que a e a garota lhe encarou surpresa, corando como se não acreditasse que aquilo foi o que ele concluiu de tudo. acabou rindo, ficando satisfeito consigo mesmo por focar na parte certa. – Nem eu gravei o código, . Demorei quase uma hora para achá-lo.
  - Não teria se tivesse gravado. – Ela retrucou e o garoto sorriu, com algumas doses de malicia, ao deixar os scripts de lado e inclinar o corpo para a frente, olhando nos olhos dela.
  - Está querendo dizer que gravou porque queria vir me ver? – Perguntou, fazendo com que ela corasse mais, negando rapidamente, mesmo que a cor em suas bochechas denunciasse outra coisa. Ele riu outra vez, gostando demais de olhar para ela daquele jeito, mesmo ciente que ela odiasse o rubor que invadia suas bochechas. Era difícil demais não gostar. – Não precisa ter vergonha, , qual é.
  - Não estou com vergonha, fica quieto. – Ela jogou uma almofada na direção de , que a pegou no ar se divertindo muito com a situação ao coloca-la de lado e ir na direção da garota, que prendeu o ar sem realmente notar que o fazia quando ele parou a sua frente, inclinando-se para perto dela, com um braço de cada lado de seu corpo. acabou decidindo que aquilo, aquele momento, era mais do que achava que jamais teria com ela e podia viver com aquilo, com a intimidade que já tinha com a garota e que não tinha e não ia ter, porque ele não era e não ia, nunca, aprender a lidar com ela como ele fizera.
  - Não? – Perguntou mais baixo, roçando os lábios nos dela e a garota ficar em silencio, sentindo tudo dentro dela revirar e esquentar como só ele parecia ser capaz de fazer. – Vai, , se não está com vergonha então diz. Me fala por que gravou. Queria me ver? – Perguntou, pousando as mãos em suas pernas ao mesmo tempo que descia os lábios para seu pescoço, não conseguindo evitar tocar o corpo do qual sentira tanta falta na última semana, fazê-la sentir tudo que adorava ser capaz de fazer.
  - Eu olhei demais. – A garota confessou por fim, num sussurro sôfrego, mordendo o lábio com força ao senti-lo sugar a pele de seu pescoço. – Porque eu estava pensando demais em você. – Gemeu, simplesmente soltando a verdade sem filtrar mais as próprias palavras. – Porque senti sua falta. – Corou, embora àquela altura fosse difícil demais dizer se era só por constrangimento, com brincando de provoca-la e, pior, se saindo tão bem na tarefa.
   vacilou diante das palavras, sendo atingido em cheio por elas. Ele pensou novamente em , em quase beijando a garota e ficou confuso demais, assustado e inseguro de uma maneira que não achava que um dia seria capaz de admitir. Não tinha mais o controle da situação, não conseguia entender o que diabos estava acontecendo e nem o quão seguro era jogar aquele jogo com , não quando nem ela mesma parecia saber o que queria enquanto ele sabia até demais.
  Ele queria ela, queria ela só para ele.
  - Eu também senti a sua falta. – Murmurou por fim, se inclinando para mais perto sem realmente pensar no que fazia e fechou os olhos por reflexo, sentindo seu hálito fazê-la se sentir entorpecida, porém, ainda assim, tudo que fez foi beijar sua bochecha delicadamente. soltou o ar, esperando pelo que realmente queria, mas ao em vez de dar a ela, ele voltou a falar: – E estava com ciúmes. Foi por isso que ele te tratou daquele jeito. Nenhum cara gosta de ver a garota que estava quase beijando toda agitada por outro. – Acrescentou, mais amargo do que era sua intenção soar e a garota abriu os olhos, sem parecer entender o ponto no qual a conversa fora parar. quis que aquilo fosse consolo o suficiente para a bagunça que estava sua cabeça, o modo como ela lhe olhava e como aquilo lhe provava que ele mexia demais com ela para realmente importar, porém não foi. Não foi porque, apesar de tudo, apesar de ela obviamente gostar dele também, fora Paul quem impediu que lhe beijasse alguns minutos atrás. Ela teria ido em frente, teria beijado ele. – É melhor você decidir o que quer, . – Ele disse por fim, ainda assim com delicadeza o suficiente para soar quase fora de contexto com o significado das palavras que saíam de sua boca, mesmo com certa amargura em sua voz.
  Por fim, o garoto beijou sua outra bochecha e se afastou, seguindo até a saída depois de um “te vejo depois”, ao qual sequer respondeu, sentindo-se irremediavelmente atordoada.

+++

  Assim que deitou, caiu no sono. Um sono pesado, merecido, sem sonhos.
  Ele sequer sabia que estava tão cansado, até então, mas fazia sentido, afinal de contas. Ele passara uma semana inteira pulando de continente para continente, tirando fotos, mal tendo tempo de comer, que dirá de dormir e agora que estava de volta em casa, sequer estava em sua própria cama. Estava numa praia, em Malibu, trabalhando.
  Não dava para mentir, por mais gratificante que tudo aquilo fosse, era exaustivo também.
  De qualquer forma, ele acordou lá pelas duas da manhã, mesmo que não fosse o seu plano, com alguém lhe sacudindo e batendo de maneira insistente.
  - Merda, , não era para você dormir! – resmungava, soando distante demais para que realmente desse atenção ao virar o rosto para o lado, ignorando-a. – Acorda, , acorda! – Sua voz passou a soar mais alta, urgente, enquanto ela roubava um travesseiro de sua cama para bater nele.
  - Mas que porra... ?! – O garoto coçou os olhos, tão confuso quanto sonolento, tentando espantar o sono enquanto se sentava na cama. cruzou os braços, claramente insatisfeita e lhe encarou sem saber o que falar. Ele sequer entendia o que estava acontecendo, na verdade. – Está tudo bem? – Perguntou, cuidadoso e desconfiado ao mesmo tempo.
  - Não acredito que estava dormindo. – A garota reclamou simplesmente, fazendo com que ele estreitasse os olhos, ainda mais confuso.
  - Às duas da manhã?! – Olhou de relance o relógio no criado mudo ao lado da cama – O que diabos eu devia estar fazendo, pelo amor de Deus?! – Externou sua confusão, vendo bufar.
  - Bem, qualquer coisa! – Ela jogou os braços para o alto, demonstrando quão insatisfeita estava com a situação e abriu a boca para falar, mas ela continuou antes que ele o fizesse – Você deixa a minha cabeça uma bagunça, de propósito porque, convenhamos, você me conhece muito bem para saber que isso ia acontecer, e, vai dormir?! Como se não fosse nada demais! É a porra da minha cabeça, ! Eu uso ela para raciocinar, sabe! – Ela explodiu, claramente furiosa e piscou, se esforçando de verdade para entender o que estava acontecendo, chegando até mesmo a se perguntar se aquilo era algum sonho bizarro.
  - , do que diabos você está falando?! – Ele perguntou por fim, sem conseguir ir muito longe com nenhuma das tentativas de entende-la.
  - Ah, me desculpe se eu não consegui ser clara sobre o problema que você causou, droga. – Ela retrucou, mal-humorada e rolou os olhos, se pondo de pé impaciente e indo parar frente a frente com a garota, segurando seus braços para fazê-la parar de gesticular, esperando ter mais sorte para entender o que acontecia se ela parasse quieta.
  - . – O garoto chamou, olhando em seus olhos como se tentasse fazê-la entender quão sério era aquilo, que ele realmente estava tentando, mas era impossível entendê-la daquele jeito. – São duas da manhã e você acabou de entrar toda molhada no meu trailer, furiosa e eu não tenho a menor ideia do que está acontecendo, por mais que quisesse. Por favor, por favor, por favor – Ele parou para unir as mãos em sinal de prece – Seja clara comigo, sim?
  - Você me mandou decidir, ! Como se eu tivesse o que decidir! O que diabos isso quer dizer, afinal? – Ela perguntou, aumentando o tom de voz sem parecer realmente notar que o fazia. piscou, começando, pouco a pouco, a juntar as peças e entender o que acontecia, o que ela falava. fungou, como se estivesse prestes a chorar. – Você ao menos sente alguma coisa por mim? Eu quero falar, , mas eu tenho medo. Eu entrei aqui decidida a falar, porque são duas da manhã e, merda, você é tudo na minha cabeça, tem noção do quão isso é enlouquecedor?! Eu não tenho a menor ideia do que estou fazendo aqui, porra! Você me ensinou muita coisa, mas não me disse que eu poderia me apaixonar, por que não me disse, ?! Você tem feito meu coração acelerar desde o primeiro beijo e eu nem achava que isso acontecesse fora dos livros, porque, porra, essa não é a função do coração! Ou das bochechas, mas já estou acostumada com essa parte...
  - . – Ele a interrompeu quando a garota começou a fugir do foco, voltando a segurar seus braços em frente ao seu rosto para lhe fazer parar quieta. Ela ficou encarando o garoto, ansiosa e, diferente de toda reação que ela pudesse realmente esperar, riu, balançando a cabeça desacreditado. Aquilo estava mesmo acontecendo? Ela invadira seu quarto no meio da noite para surtar porque gostava dele? Será que já podiam acabar com aquilo e ficar tudo bem, então? – Certo, primeiro: você é maluca, preciso pontuar isso, não só para você, mas para mim também, porque, caramba, no que eu me meti? – Murmurou com humor, balançando a cabeça, mas não se moveu, parecendo perdida. – Bom, continuando, se você precisa tanto ouvir, lá vamos nós: Eu estou apaixonado, . Não imaginei que fosse acontecer tão cedo e muito menos com alguém tão obviamente diferente de todas as pessoas com quem já mantive algo próximo a um relacionamento, mas é isso. Eu não sei exatamente desde quando, talvez sim, desde o primeiro beijo também, talvez desde o dia em que cuidei de você naquela festa, mas, céus, , eu estou apaixonado por você. E não quero que escolha ele, é isso que venho tentado te dizer. Foi isso que eu disse hoje. Quando falei para você decidir, foi porque não estava suportando mais saber que havia uma outra opção para você, que tudo que estava te ensinando podia ser para ele. Porque eu sabia que mexia com você, . Sei que mexo com você e quero você para mim, sem mais ninguém me fazendo sentir um idiota por pensar em você como minha quando desde o início eu estava te ensinando coisas que você supostamente devia usar com outro cara. – Finalizou por fim, respirando fundo ao terminar, como se houvesse guardado aquilo dentro de si por muito tempo. De fato, guardara mesmo.
   se sentia bem demais por finalmente dizer aquilo, mas, mais ainda, sentia aquilo porque sabia que dissera só porque agora sabia. Agora sabia que ela era sim tão dele quanto ele dela.
  - Eu... – começou, mas parou no meio do caminho, balançando a cabeça como se não entendesse mais nada do que estava acontecendo. – Caralho, você gosta de mim? – Perguntou, por fim, desacreditada e riu, puxando-lhe pela nuca e juntando suas bocas sem cerimônia, fazendo com que a garota segurasse em seus cabelos no mesmo instante, abrindo a boca para que ele aprofundasse o beijo sem que nada mais fizesse diferença. juntou seus cabelos num bolo, dando aquele beijo toda a intensidade que ele merecia e a garota chegou mais perto dele, juntando seus corpos num instinto impossível de ignorar.
  Ela só queria estar perto dele, dar ao seu corpo tudo que ele tanto pedia. , , .
  - Não tinha jeito de não gostar de você, . – Ele murmurou contra sua boca ao se afastar e viu a garota morder o lábio, um instante antes de voltar a beijá-lo, caminhando aos tropeços com ele em direção a cama, sem parecer realmente se dar conta que o fazia até estarem lá, com puxando a garota para seu colo e então iniciando outro beijo, tão bom quanto todos os outros.
   segurou suas pernas, abrindo-as para que seus corpos se encaixassem, agindo sem realmente pensar, ele só não conseguia parar, queria tê-la, queria tê-la de todos os jeitos possíveis. Transbordava de sensações, transbordava de vontade de tocá-la, de estar com ela, nela.
  O toque de sua mão quente no corpo da garota foi como um choque térmico arrepiando todos os pelos de de maneira intensa e cruel, levando-a a segurar com mais força em seus cabelos e grudar mais o corpo ao seu, sentindo um bolo de excitação se formar em seu estomago e descer para a região entre suas pernas quando ele soltou o ar contra sua boca, colando a testa na da garota ao se afastar.
  - Me manter pensando está ficando difícil, . – murmurou, olhando em meus olhos, arfando excitado com a pressão do corpo dela em seu colo, seu cheiro, seus beijos, enfim, todo o conjunto.
   balançou a cabeça, indicando que não se importava.
  - Eu não quero pensar. – Sussurrou – Não quero que pense, . – Soltou num fôlego só, o vendo balançar a cabeça antes de deitá-la em seu ombro, tentando raciocinar. Precisava ter certeza do que estava ouvindo, do que ela queria. Não sabia se seu autocontrole duraria muito mais e não podia fazer nada errado ali, não com ela.
  - Tem certeza? – Perguntou num sussurro também, excitado demais com ela em seu colo, com alguns beijos, com o modo que ela mexia com ele principalmente. nunca imaginara que fosse estar tão entregue, tão nas mãos de alguém como estava nas dela e agora não tinha mais para onde fugir. Era dela, faria o que ela quisesse e, céus, como queria que ela o quisesse. Era tudo que queria e, ao em vez de respondê-lo, se livrou do casaco, sem tirar os olhos dos seus ao voltar a se inclinar em sua direção, moldando seus lábios.
  Aquilo foi resposta o suficiente.
   segurou imediatamente em sua nuca, retribuindo o beijo que ela iniciara e fazendo com que sentisse o corpo inteiro esquentar enquanto passava as pernas ao redor de sua cintura, o envolvendo por completo e fazendo o garoto se sentir entregue de um jeito bom demais, de um jeito que não estava acostumado a sentir, não quando o assunto era sexo, não com qualquer outra.
  Ele começou a puxar devagar a blusa da garota para cima, tocando a barra e a enrolando nos dedos, empurrando para cima lentamente, esbarrando os dedos na pele quente dela no percurso, sem conseguir aguentar esperar para tocá-la. ergueu os braços, ajudando-o com a peça e apreciou a beleza dela a pouca luz quando a peça foi ao chão, um instante antes de a garota voltar a jogar os braços ao seu redor e lhe beijar.
  Chegava a parecer que haviam ensaiado, o ritmo deles era natural, fácil demais e parecia que cada uma das atitudes de eram minimamente calculadas para enlouquecer a garota, ainda que ele, na verdade, só fizesse o que tinha vontade. O que tinha vontade desde a primeira vez que tivera a ousadia de beijá-la, de ir contra todas as probabilidades e jogar aquele jogo de ensinar e aprender com ela. Ele mordeu em seguida o lábio da garota em seus braços, rompendo cedo demais o beijo que trocavam e descendo a mão por suas costas, desenhando os ossos de sua coluna com os dedos, arrepiando-a inteirinha.
   quis que aquele momento, tão deles, tão íntimo e mais incrível do que qualquer coisa que ela podia imaginar durasse para sempre. Pôde, ainda, vê-lo se transformar num filme, todo em câmera lenta, mesmo que ninguém registrasse a cena. Ela o fazia sozinha e sabia que nunca esqueceria aquele momento, que cada uma das sensações que estava lhe dando agora ficariam para sempre gravadas nela.
  Enfim, a garota arqueou o corpo, arrepiada demais sob o toque lento, cuidadoso e preciso do garoto, que alcançou em seguida o fecho de seu sutiã, dando a peça o mesmo destino de sua blusa, no chão do trailer. soltou o ar no mesmo instante, com o toque dele em seus seios, contornando-os lentamente, como se cada pequeno instante do que faziam fosse único demais para ele, que queria ter o prazer de prova-la inteira, com calma e cuidado.
  Os lábios de foram em seguida para o pescoço dela, pousando quentes na região e a garota gemeu novamente em resposta, torcendo os dedos em seus cabelos por reflexo, achando que poderia enlouquecer em seus braços a qualquer instante e nem seria surpresa, que talvez fosse até mesmo o que ele queria. Tirar dela toda a razão e sanidade, o que, obviamente, ele estava conseguindo, aliás.
   continuou o que fazia e foi descendo lentamente os lábios pelo corpo da garota, fazendo-a resfolegar, tentando inutilmente puxar o ar antes de gemer mais alto, quando ele pôs um de seus seios na boca, o provando com o prazer de quem prova seu doce favorito. Ela era quente, era deliciosa e cada pequena parte de seu corpo que ele experimentava o fazia se perguntar se havia alguém mais incrível, perfeita nos mínimos detalhes. Era como se houvesse sido feita a mão, apenas para ele e ele se viu preso de novo no instante em que entendera tudo, que entendera que ela também gostava dele. Que sentia tudo o que ele sentia.
  Não havia fluxo melhor, mais perfeito.
   sentiu em seguida roçar seus sexos, sem parecer realmente se dar conta que o fazia até ele soltar o ar contra sua pele, sentindo a ereção crescer e doer entre as pernas, cada vez mais apertada e incomoda antes que o garoto segurasse na nuca de e lhe beijasse outra vez, pressionando a boca contra a dela a um triz de fazer os lábios de ambos doerem, se não fosse pelo calor intenso que se instalava em seus corpos toda vez que suas línguas entravam em contato. Todo o resto perdia a cor e a intensidade, o tempo era só deles.
  Excitada, repetiu a atitude anterior, se esfregando contra ele simplesmente porque a reação do garoto ao toque inicial fora melhor do que ela achava que seria capaz de sequer imaginar um dia. Ela própria sentia sua intimidade arder, quente, com a própria atitude, porém ter gemendo contra sua boca como fazia naquele exato momento era tão enlouquecedor quanto. Seus seios tocavam o peito dele, a boca de tomava a sua por completo e não achava que era possível já ter se sentido tão quente antes.
  Uma das mãos de pousou em sua perna, apertando-a como ela fazia com suas costas e sua nuca, como se quisesse tomar para si e pensar que sua pele o enfeitiçava da forma que a dele fazia com ela fez algo no interior da garota vibrar e tudo dentro dela era fogo. rompeu o beijo que ainda trocavam em seguida, por falta de ar, mas, sem conseguir parar de querer senti-lo, passou a beijar seu queixo, sua mandíbula, então seu pescoço e o início do peitoral, sentindo suas mãos puxarem-lhe pela bunda e juntarem mais seus corpos, sua ereção firme embaixo de seu corpo fazendo a garota soltar o ar outra vez, tão longe de qualquer pensamento que pudesse penetrar aquela bolha que os prendia.
  - Merda, . – Ele sussurrou, num único movimento invertendo nossas posições e jogando a garota contra a cama, indo por cima em seguida, beijando seus lábios com intensidade, porém se afastando antes que ela sequer pudesse segurar em seus cabelos, como com certeza faria se tivesse a chance. resmungou seu nome de maneira no mínimo delicioso, mas ignorou, se esforçou para isso e logo em seguida se sentiu sendo invadida por uma onda de prazer no mínimo arrebatadora quando seus lábios voltaram a descer pelo corpo da garota, entre seus seios e depois mais embaixo, fazendo com que ela arqueasse o corpo como reflexo a seus beijos, mais excitada e arrepiada a cada instante.
   a vira corar, mais a cada peça de roupa que sumia enquanto se beijavam e tocavam um ao outro e achou a visão estonteante, sentiu-se arrebatado pelo fato de estar com ela no instante em que viu e puxou o elástico de seu short, sem parar de beijar seu corpo, deslizando a peça por entre as pernas da garota, que sentiu em seguida os lábios de em sua virilha, fazendo com que ela voltasse a arquear o corpo, gemendo mais alto dessa vez.
  Ele sugou a pele do local e então raspou os dentes por cima de sua calcinha, sentindo a ereção reclamar ao notar quão molhada ela já estava, pensando no quanto já desejara aquilo, aquele momento, invadi-la. , por fim, puxou a calcinha da garota para baixo e não demorou muito para sua respiração por si só, perto demais da intimidade dela, fazer com que voltasse a gemer, segurando em seus cabelos e gemendo mais alto, muito mais alto, quando ele lhe penetrou com a língua. Para , o som soou como música e ele sentiu toda a energia de seu corpo se concentrar em sua ereção, mais firme do que nunca entre suas pernas, mas se esforçou para ignorar. Ele queria fazer daquele o melhor orgasmo que já havia tido, queria dar a ela as melhores sensações que alguém poderia, um dia, sentir, porque ela fizera aquilo por ele sem sequer precisar falar, com todas as letras, o que sentia.
   manteve o ritmo de seus movimentos, sentindo a mão de alcançar suas costas e se fechar sob os músculos, como ela sempre fazia, como ele sabia que faria quando estava gostando, quando ele acertava.
  Ela gemia baixo, sem folego para realmente gritar, mas não se importou.
  Era delicioso ouvi-la daquela forma também e o garoto estimulou seu clitóris gentilmente com o polegar, dando a ela tudo que ela merecia, cada onda de prazer, cada sensação. Decidido a não parar, a fazê-la sentir cada parte do corpo entregue, ele continuou a chupá-la insistentemente, saboreando seu gosto e seus gemidos, indo e vindo com a língua dentro dela, experimentando todo seu interior, ela inteira.
  Em algum momento, afundou as unhas em suas costas e ele acabou por soltar o ar contra sua pele, arrepiando-a sem precedentes ainda que estivesse apenas reagindo a ela. Buscando folego, passou a beijar o interior de suas coxas, sugando a excitação da garota que escapara para a região, não conseguindo, no entanto, o fazer sem imaginar deslizar seu membro dentro dela, dentro da intimidade molhada que acabara de provar.
  Céus, precisava demais dela.
  Sem realmente pensar sobre o que fazia, levou uma mão para dentro da calça, tocando a si mesmo numa tentativa quase desesperada de aliviar a tensão que seu corpo emanava, clamando por ela, por contato. Ele fechou os olhos e gemeu baixo com a própria atitude, mordendo de leve uma das coxas da garota como se aquilo pudesse, de alguma forma, ajudá-lo a se controlar.
  - chamou, baixo, abrindo as pernas para ele e o garoto ergueu o olhar em sua direção, excitado demais para que a atitude lhe passasse despercebida.
   sorriu e puxou a mão dela de suas costas, beijando entre os dedos e depois as costas da mesma, então a palma, segurando seu braço ao lado da cabeça enquanto subia os beijos pela barriga da garota, beijando entre os seios, então no pescoço e subindo até atrás da orelha, naquele ponto em que sabia que deixava de mãos atadas, ruindo completamente todas as suas defesas e ela fechou os olhos por reflexo, sentindo ao mesmo tempo a ereção do garoto contra sua barriga, tão quente e firme que, de repente, pareceu ser a única coisa da qual ela tinha alguma noção.
  - Você tem certeza? – Ele perguntou suavemente ainda assim ao voltar a lhe encarar e o trouxe para si, moldando seus lábios outra vez ao em vez de responder. retribuiu prontamente, segurando sua cintura para trazer seu corpo para mais perto do seu simultaneamente, levando uma das mãos de volta para a intimidade dela e se deliciando com todo o conjunto do momento quando ela gemeu contra sua boca, ao sentir seus dedos voltarem a se movimentar dentro dela, arqueando o corpo como parecia um reflexo natural apenas para tê-lo mais perto.
  Em seguida levou as mãos para a calça que vestia, empurrando-a para baixo junto com a cueca enquanto sentia os lábios dele voltarem para seu pescoço, sugando a pele do local e lhe fazendo voltar a gemer, ainda corada, embora àquela altura não sentisse mais vergonha, pela primeira vez desde que se lembrava quando nos tocávamos daquela forma e, num impulso cuidadoso dos joelhos, aproximou seu membro da entrada molhada dela, voltando a beijar-lhe os lábios antes de, por fim, penetrá-la.
  A quantidade de coisas que senti em seguida foi demais para que conseguisse começar a descrevê-las, sabendo apenas que gostava. Gostava de cada pequena parte do efeito daquilo em seu corpo. De tê-lo nela.
   começou a se mover devagar, soltando o ar perto do rosto dela ao mesmo tempo em que ela gemia mais alto, o fazendo de novo e de novo a cada nova estocada dele, mesmo com ele deslizando para dentro e para fora tão lentamente, beijando seu pescoço e orelha, então atrás da mesma e soltando o ar naquela região de tempos em tempos. levou uma das mãos para seu seio, o massageando e arqueou o corpo por reflexo, jogando a cabeça para trás e gemendo mais alto com o conjunto de tudo o que ele fazia, escorregando as mãos para suas costas e as deslizando por sua pele suada, apenas para senti-lo, mesmo que cada parte de seus corpos já parecessem tão conectadas quanto era possível. corou outra vez quando as mãos desceram demais, até sua bunda, mas não se permitiu ligar para aquilo, voltando a procurar seu rosto e tocar seus lábios com os seus, subindo as mãos por suas costas outra vez até seu pescoço, o segurando com firmeza, porém voltando a gemer contra sua boca conforme colocava alguma velocidade em seus movimentos, gemendo também em seguida.
  Em seguida, seus lábios tocaram gentis, a região entre os seios de , que fechou os olhos e resfolegou. Não achava que fosse qualquer outra coisa naquele momento além de sensações, parecendo ser capaz apenas de sentir e voltou a jogar a cabeça para trás, gemendo mais alto quando foi mais forte, raspando os dentes em seus seios simultaneamente e, céus, não devia haver nada melhor que aquilo.
  - . – Ela chamou baixo depois de um instante, sentindo o corpo inteiro queimar, pontinhos de eletricidade se formando em pontos específicos, fazendo sua intimidade tremer, contraindo-se contra ele, de forma tão nova quanto deliciosa e a garota mordeu o lábio, sentindo o coração pulsar mais rápido a cada novo segundo daquilo.
  - Eu sei. – Ele sussurrou, puxando seus lábios entre os dentes. – Eu também.
   sentia o torpor prestes a dominá-lo, a tomar tudo que havia dentro dele para si e fazer o garoto esquecer até mesmo o próprio nome e sabia que era por causa dela, que era tudo por causa dela. Fantasiava sobre há tempo demais e agora que finalmente a tinha nem dava para comparar uma coisa com a outra, ela era simplesmente mil vezes mais incrível que cada uma de suas fantasias, que todas as vezes que gozara imaginando aquilo. A imaginação nunca seria tão boa.
  As pernas de o seguraram mais perto em seguida, aumentando a profundidade de suas estocadas e ambos perderam o ar e. A visão de começou a ficar turva e deixou seu corpo pender mais perto do seu, tão perto que seus batimentos se misturavam. O garoto estava sem forças, exausto e louco para ceder a cada um de seus instintos, que imploravam para que ele só se deixasse derramar dentro dela de uma vez, mas ainda assim esperou. Esperou e admirou enquanto ela gozava, o cabelo grudado no rosto suado, os olhos fechados e a respiração descompassada tornando-a uma visão do paraíso, no mínimo.
   não sabia muito da vida, mas decidi, naquele momento que, se pudesse escolher como morrer, queria morrer daquela forma, o sentindo gastar suas últimas energias deslizando dentro dela, lhe tirando toda a energia também, sentindo o corpo todo ceder aquilo. Ela achou que iria até o inferno contanto que estivesse sentindo aquilo e quando finalmente sentiu o liquido quente de dentro dela, fazendo-a sentir como se fosse pegar fogo, estava entregue. Completa e irremediavelmente entregue.
  - Céus. – sussurrou simplesmente, puxando seu lábio inferior entre os dentes outra vez enquanto começava a sair de dentro da garota, sentindo-se extasiado. O funcionamento de seu corpo estava acelerado, o coração batia rápido a respiração estava completamente fora do ritmo, mas ele sequer notou, completamente entregue a sensação de estar com ela, de ter estado com ela. – Porra, você é incrível. Porra. – Sussurrou de novo, beijando-a por meio segundo antes de sair completamente de dentro da garota, suspirando junto com ela em reflexo.
  - Você é. – Foi tudo que ela conseguiu dizer em resposta, fechando os olhos.

   acordou cerca de duas horas depois, quando o dia já começava a clarear, sozinha na cama. Ela olhou, sonolenta, em volta, mas não ousou se mover muito mais. Logo teria que levantar para trabalhar, mas estava sozinha na cama de e constatar aquilo não lhe deixava simplesmente fechar os olhos e voltar a dormir. Ela queria que ele voltasse para a cama.
  - ? – Chamou, olhando outra vez em volta, de forma que acabou não vendo quando ele deitou atrás dela e a puxou para si, abraçando a garota.
  - Estou aqui. – Sussurrou, beijando sua bochecha e a fazendo sorrir e fechar os olhos ao mesmo tempo. – Você fica tão bonita com sono. – Ele riu, beijando mais perto de sua orelha, arrepiando a garota inteirinha. Ela ainda não conseguia acreditar que estava deitada ali com ele, sem roupa, que não era mais virgem e que se sentia bem ao pensar naquilo, em tudo aquilo. Em ter estado com ele daquele jeito. Sequer estava corando.
  - Você fala umas coisas tão malucas quando está com sono. – Ela retrucou e os dois riram juntos, som que finalizou a noite e, ao ouvir, quis poder guardar, equalizar numa frequência que só os dois entendessem, assim seria para sempre deles. Deles e de mais ninguém.

FIM



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