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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Entre Marotos e Malfoys

Escrita porJosie
Revisada por Lelen

Capítulo 1

Tempo estimado de leitura: 8 minutos

O ano de 1953 se anunciava com um vento gelado que percorria os salões do Castelo de Hogwarts, mas longe das torres e dos corredores repletos de jovens bruxos, outra história começava a se desenrolar — silenciosa, ambiciosa e carregada de presságios. Na imponente mansão dos Malfoy, em Wiltshire, Abraxas Malfoy ajeitava a gravata prateada diante do espelho dourado, enquanto sua esposa, Ashira, percorria o corredor com um livro de feitiços para gestantes apoiado no ventre crescente.
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  — Meu amor — disse Ashira, pousando a mão na cintura —, faltam apenas dois meses para o pequeno Malfoy chegar. Já escolheu o nome?
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  Abraxas, com o cenho franzido, deixou o fio de seda escapar dos dedos e aproximou-se dela. Encostou a testa na dela, quase em devoção.
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  — Quero que ele seja digno da nossa linhagem, Ashira. Será um filho de sangue puro, orgulhoso do legado Malfoy. Ainda não decidi o nome — murmurou, reencontrando o sorriso.
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  — Pois eu sonho com “Lucius”… — Ashira sorriu, como se saboreasse a palavra. — Soa forte, imponente.
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  Ele pensou por um instante, lembrando-se de um ancestral esquecido, e foi se convencendo:
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  — Lucius será. Sim… Lucius Xenophilius Malfoy. Perfeito.
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  Nesse instante, um corvo negro pousou no parapeito, trazendo um pergaminho. Abraxas o abriu sem cerimônia, o olhar se escurecendo à medida que lia.
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  — Mensageiro de Lorde Rosier. Ele diz que a influência de Tom Riddle cresce em Londres — explicou, ainda hesitante. — Algumas famílias puristas estão inquietas. Querem formar uma aliança… consolidar um círculo que lhe dê força.
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  Ashira franziu o cenho, pousando a mão no ombro do marido:
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  — Tu achas prudente envolver-nos em… política, agora? Com um bebê a caminho?
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  Abraxas ergueu o queixo, os olhos faiscando:
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  — É exatamente por isso que não podemos ficar de fora. Se Riddle conseguir seguidores influentes, o Dia dos Pais Puro-Sangue se tornará realidade. E nós nos manteremos no topo.
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  Ela fechou os olhos, suspirando, mas soube que não havia argumentos capazes de dissuadi-lo. Aquele período prenunciava tempestade.
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  Na noite seguinte, sob a luz macia de castiçais, Lorde Rosier reunia em sua residência, em Mayfair, representantes de algumas famílias mais antigas: Carrow, Bulstrode, Rowle. Abraxas e Ashira compareceram para firmar o pacto, acompanhados do patriarca Corvinus Malfoy, que pouco falou, mas cujo olhar gélido falava por si. No centro do salão, uma estátua de bronze de Salazar Slytherin parecia observar, austera.
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  — A partir deste momento — anunciou Rosier, erguendo a taça —, nos comprometemos a compartilhar informações, proteger uns aos outros contra a… influência dos plebeus e bruxos nascidos trouxas. E apoiar publicamente nosso novo campeão, Thomas Riddle, até que o Ministério volte a reconhecer o valor do puro-sangue.
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  Sussurros de aprovação ecoaram. Ashira entrelaçou os dedos aos do marido, enquanto Corvinus ergueu a taça com arrogância contida. Mal sabiam eles que, nos becos de Londres, Tom Riddle sutilmente sondava jovens alunos de Hogwarts, ofertando poder e prestígio em troca de lealdade total.
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  Na manhã seguinte, porém, outro universo se erguia a poucas léguas dali. Na Plataforma 9¾, famílias se despediam e se aninhavam nas carruagens puxadas por cavalos alados. Entre a barbárie vermelha dos Weasleys, destacava-se o casaco grená de Dalila Weasley, de quinze anos, ansiosa por seu quarto ano em Hogwarts. Seu irmão mais novo, Rupert, acenava do alto de uma das carruagens; sua irmã gêmea, Matilda, ajeitava os lenços; a mãe, Molly, pendurava um saquinho de linho cheirando a lavanda no braço.
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  — Prometem que ficarão bem? — Molly indagou, com o olhar preocupado.
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  — Vamos sim, mãe. — Dalila abraçou-a. — Professor Dumbledore volta a dar aulas de Transfiguração e a senhora McGonagall é agora quem vai nos ensinar Defesa Contra as Artes das Trevas. Quer dizer, estou ansiosa!
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  — Não ria tão alto — murmurou Bill, o irmão mais velho, que trabalhava no banco Gringotes. — Sinto que vem confusão por aí.
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  Junto delas embarcou Ernie Macmillan, colega da Sonserina, e Zacharias Smith, da Lufa-Lufa, cada um estranho o calor familiar em contraste com o brilho avermelhado das carruagens. Quando o trem partiu, o apito ecoou pelas colinas; Hogwarts os aguardava, imponente, a perder de vista.
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  No Salão Principal, mesas extensas foram decoradas com grinaldas de constelações e brasões das quatro casas. Dalila, na mesa feminina da Grifinória, distribuiu sorrisos aos novos colegas, respirando fundo antes da chegada dos professores. Logo entrou o corpo docente em fileira: Minerva McGonagall, em seus longos véus verdes, trajando o uniforme impecável; Albus Dumbledore, com seus brincos de lua crescente, saltitava de bom humor; e o Diretor, Silvanus Kettleburn, acenava com as mãos da mesa de convidados.
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  Após o banquete, tiveram o primeiro encontro com McGonagall em sua sala adjacente à Torre. As cadeiras de couro verde ladeavam uma lareira sempre acesa; quadros de ex-bruxas observavam do alto das paredes.
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  — Sejam bem-vindos à Defesa Contra as Artes das Trevas — anunciou ela, a voz firme. — Aqui aprenderemos a proteger o que amamos: nossas famílias, nossos ideais. Mas aviso: não tolero faltas de respeito. Um bruxo esclarecido não teme as trevas — ele as compreende para dissipá-las.
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  Dalila prendeu a atenção em cada palavra, recordando-se das histórias contadas por seus pais. A jovem Weasley jurou a si mesma não deixar que as vozes do ódio e da supremacia corrompessem o mundo mágico.
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  No dia seguinte, na Aula de Transfiguração com Dumbledore, a atmosfera era outra: risos, entusiasmo e encantamentos saindo das pontas das varinhas. Dumbledore convidou cada aluno a transformar um simples pedaço de madeira num objeto surpreendente. Dalila concentrou-se, até ver seu galho se metamorfosear num delicado cisne prateado, que bateu asas antes de pousar elegantemente sobre a mesa.
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  — Excelente! — elogiou Dumbledore, com o olhar penetrante. — A coragem de tentar algo novo é a maior virtude de um verdadeiro bruxo.
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  Enquanto os alunos se dispersavam, Dalila sentiu o frio alerta de que algo pairava sobre Hogwarts. No corredor, ouviu vozes baixas de outros quatro ou cinco estudantes, mencionando “o nome dele” com reverência: Tom Riddle. Disfarçou a curiosidade e seguiu seu caminho, suspeitando que ali se formava algo sombrio e perigoso.
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  Assim se abriu o ano letivo de 1953: de um lado, a suntuosidade dos Malfoy conspirando por uma pujança purista; do outro, o campus ancestral de Hogwarts, onde jovens como Dalila Weasley aprendiam feitiços de luz, enquanto sombras cresciam no coração de Tom Riddle. E foi exatamente naquele equilíbrio de luz e trevas que o mundo mágico começaria a virar uma nova página, selando destinos e preparando o terreno para as batalhas que viriam.
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  1959, MANSÃO MALFOY

  — ... Tem certeza de que está bem? — perguntou Abraxas Malfoy dando um beijo nos lábios de sua mais nova concubina, Dalila Weasley, agora Dalila Weasley Malfoy. Dalila havia começado a sentir enjoos. Enquanto isso, a primeira esposa de Abraxas Malfoy, Ashira, sentia-se triste, pois o marido começava a rejeitar ela, preferindo sua segunda esposa.
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  Assim que concluíra seus estudos em Hogwarts, em 1958, Dalila começou a se envolver com Abraxas, sem se comprometer em casamento a ele. Abraxas queria assim. Então ela se tornara sua concubina, enquanto Ashira era a esposa real. O pequeno Lucius já tinha 4 anos e já demonstrava sinais de magia e se parecia com os pais Abraxas e Ashira. Enquanto isso, o sol quente dos anos 60 começava a se manifestar. O mundo bruxo e o mundo trouxa viviam juntos, como se fossem igualmente, mas para Tom Riddle isso era algo prestes a mudar...
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  — Sim, estou bem, são só alguns enjoos — disse Dalila.
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  — Será que você está grávida? — se perguntou Abraxas e Dalila sorriu timidamente, esperando que pudesse ser verdade.
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