É no pecado que eu sinto prazer 2 - Sangue

Escrito por Jéssica Franciele | Revisado por May

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  Ele me prensou na fria parede, enquanto tocava meu corpo, unido ambos, tentando acabar com o espaço inexistente entre a gente. Seus dedos acariciavam meu clitóris, com a mão dentro da calcinha preta de renda que vestia. Arranhava suas costas o puxava pra mim, queria tê-lo agora, naquele momento e não poderia esperar nem mais um segundo.
  Ele era certeiro nos movimentos, me fazendo gritar, suar, gemer, diante de um prazer estrondoso.
  Sua boca começou a percorrer o meu corpo, como num piscar de olhos ele arrancou a camisa social azul marinha que vestia. Juntando a com a minha saia bege, no canto da sala. Começou então uma briga com o sutiã, tentando abri-lo nas costas, sendo que o mesmo, era aberto na parte da frente. Não controlei o riso, o que o fez ficar brabo e ligeiramente agressivo.
  - Não achei graça, baby. – Me olhou com raiva.
  - É uma pena, meu amor. – Respondi irônica, abrindo o sutiã, o mesmo não pode “cair” sozinho ao chão. Ele o arrancou de mim tocando em algum canto da sala, junto do sutiã uniu a calcinha, após rasgá-la com força, tirando-a de mim.
  Eu estava novamente nua, na sala daquele homem que sempre desejei, sentia que seus olhos me desejavam na mesma maneira que meu corpo pedia por ele?
  - Por que você desapareceu aquela noite? – Perguntou me pegando no colo e levando para outro cômodo da casa. Provavelmente o quarto.
  - Era o certo a fazer. – Respondi marcando seu pescoço com um chupão.
  - Certo por quê? – Perguntou curioso.
  - Você deveria perguntar menos e agir mais. – Respondi provocando-o.
  - Você deveria aprender que eu mando e você obedece. – Respondeu entre dentes, com raiva.
  - Manda em quem? Não em mim. – Provoquei mais. Como é bom vê-lo irritado.
  - Se eu fosse você, não iria querer me ver bravo. – Respondeu deitando-me na cama, e espalhando beijos pelo meu corpo.
  - Nossa tenho tanto medo ti, senhor . – Respondi, puxando seu cabelo, após sentir sua língua percorrer meu clitóris.
  - Deveria mesmo. – Disse pausadamente, mais preocupado em tocar minha intimidade com sua boca.
  - , você... – gemi seu nome enquanto o mesmo fazia oral em mim.
  - Eu? - Disse parando e mordendo minha coxa.
  - Não para, por favor. - Choraminguei.
  - Eu quero saber seu nome. – falou me olhando.
  - Isso não tem importância agora.
  - Você acha mesmo que eu vou passar mais uma noite com você sem saber ao menos seu nome?
  - , por favor.
  Ele me respondeu com um sorriso malicioso, segundos depois começou a beijar o meu corpo, vi que retirou de dentro da gaveta de seu criado mudo algo, não consegui ver o que, estava longe, sentindo seu pênis ereto roçar em minha intimidade úmida.
  Percebi que ele havia colocado meus braços para o alto, resolvi que era a hora de puxá-lo pra mim, mas como? O desgraçado me prendeu em sua cama, com um par de algemas que havia tirado do criado mudo em meu momento de distração. – Aquele jogo estava começando e tomar novas proporções.
  - Achou que eu ia deixar barato? – ele respondeu ao ver que eu percebi o que tinha feito.
  - Me solta agora, ! - Gritei braba.
  - Por que eu faria isso? – Respondeu sorrindo sentado em minha frente.
  - Nós poderíamos estar nos divertindo se você não fosse tão idiota. – Falei brava, tentando chutá-lo. O mesmo riu e sentou em cima de minhas pernas, tocando seu membro e me olhando.
  - Eu poderia fazer isso pra você... – Respondi ao vê-lo se tocar.
  - Realmente poderia, mas não costumo deixar garotas que nem mesmo o nome eu sei, sentirem prazer comigo.
  - Desde quando? – Perguntei sabendo de seu passado, nada “puro”.
  - Desde quando não te interessa. – Falou brabo.
  - Vamos curtir o momento, depois eu te falo meu nome. – Provoquei.
  - Por que não agora? – falou passando seu pênis ereto em mim.
  - Porque prefiro depois. – Falei já com voz falha. “O que eu estou fazendo aqui?” eu me perguntei.
  - Não quer falar o seu nome? Hum, vamos pensar... Deve ser nome de alguma vadia não? – Alias, eu posso te chamar de vadia – disse passando o membro em minha boca – posso chamar de vagabunda – falou pressionando o membro mais uma vez na boca. – Abre, vadia! Abre, chupa agora! Vagabunda.
  Sempre me falaram que na hora do sexo, mulheres gostam de serem chamadas de vadias, vagabundas, que naquela hora vale tudo, mas aquele momento, vi que não sou como todas as outras, aliás, cada mulher é diferente uma da outra e não é porque uma gosta que a outra também vai gostar. Presa em uma cama com o homem que sempre amei, completamente impotente em relação a ele, estava presa, entregue a ele, mas não da maneira que sempre desejei e sonhei.
  - Não, por favor! – Pedi.
  - Não o que? Não quer agora? Não se faça de santa, que isso você não tem nada, não posso te chamar de prostituta, porque essas cobram na hora do sexo, e você faz de graça com um desconhecido. – falou me obrigando a chupar seu membro.
  - Para, por favor, para! – Supliquei chorando, chorando pelas atitudes, chorando pelas palavras que acabara de ouvir.
  - Parar por quê? Não é você que quer apenas curtir? Hein, vadiazinha? Curta agora, curta! – disse descendo o membro até minha intimidade, tocando-a com seu membro me olhando com raiva.
  Tudo que eu mais queria era transar com aquele homem aquela noite, porém seus gestos, suas atitudes, tornaram o meu querer algo que ficou no passado, queria minha casa, queria minha cama naquele momento, queria tudo, menos estar vivendo o que estava acontecendo.
  Ele não pareceu se importar pras lágrimas, não se importou para a suplica, pedia a todo momento para ser solta, ele não parecia ouvir. Penetrou em mim sem o menor cuidado, me fazendo gritar de dor, me fazendo soluçar um choro trancado há algum tempo.
  - Foi ela que te mandou aqui? Conta, foi ela, né? Avisa a tua querida amiga, que sim, eu tô muito bem, que eu fodo com todo mundo, que não é só você que eu tô comendo, eu como qualquer uma, era isso que ela queria, provar que eu não era fiel, não estou sendo mesmo. – falava, investindo rápida e profundamente dentro de mim, me machucando, causando dor.
  - Por favor, para. – Eu suplicava a cada investida sua – Eu falo meu nome, meu nome é... – pedi chorando, senti sua mão tapar minha boca.
  - Agora, minha querida, só depois do meu prazer.
  Como alguém que tanto amo consegue fazer isso comigo? Esse não é o , não o que conheci, o que me fez acreditar no amor, o que me fez o coração disparar de alegria a cada mensagem positiva. Eu realmente mudei, me tornei mulher durante esse um ano, tantas passaram em sua vida, uma fã jamais seria lembrada, ele não poderia lembrar de mim e eu jamais faria algo pra estar merecendo isso, quem é ela, quem é essa mulher que ele está me mandando falar? Claro, um “estalo” veio em minha cabeça, ele esta falando de sua ex-namorada, aquela que desgraçou sua vida.
  - eu não sou ela, eu não conheço a . – gritei na esperança dele parar o que estava fazendo.
  - NÃO FALA O NOME DAQUELA DESGRAÇADA! – Ele ordenou, um pouco antes de sair da cama e ir até uma gaveta de sua cômoda. – O que ele vai fazer? – Me perguntei.
  De costas pra mim, observei que tirou um pequeno pacote contendo algo branco, espalhou o conteúdo sobra a cômoda e com a ajuda de um tubo inalou aquele pó. Sim eu estava vendo, aquele homem que eu tanto admirei se drogar, após me machucar, e o que eu poderia fazer? Fugir? Estava presa em uma cama.
  Ele voltou, me olhava de um jeito estranho, seu olhar me fazia arrepiar, de medo. Eu chorava sem nem ao menos sentir o choro, chorava não pelas dores físicas que ele já havia me causado, mas pela dor que sentia em meu coração. Olhei para baixo, notei então que junto de seu “liquido” havia sangue, realmente eu estava mais machucada do que imaginava.
  - Pode começar a falar, o que aquela vadia quer te mandando aqui. – Falou sentando em minha frente, limpando meu corpo com uma toalha.
  - Eu não conheço a ela, e não sei do que você esta falando . – respondi choramingando.
  - Agora esta chorando? Na hora de ajudar uma vagabunda, alias, você é como ela, pensei que não fosse, mas claro que é.
  - Me solta, por favor. – Insisti.
  - Você tem uma história pra me contar. – Respondeu sério.
  - Isso ta me machucando. – Falei, pedindo novamente pra ser solta.
  - E a dor que você ajudou ela a me causar não conta? Ela te mandou aqui por quê? Fala logo.
  - Ninguém me mandou aqui. – Repeti mais uma vez.
  - Você vai sair daqui e vai dar um recado pra ela. Você vai dizer pra aquela vadia, que sim, eu amo ela, e que não, a partir de hoje eu não vou deixar de transar com mulher nenhuma, sendo fiel a um relacionamento que não existe mais, fala pra ela, que quem perde é ela, não eu. E que se ela quiser me mandar mais vadiazinhas, pra foderem igual uma cadela pode mandar. Só não manda virgens, porque não gosto de tirar “cabaço”.
  - Você é a pior pessoa que eu já conheci. – Foi tudo que consegui responder em meio ao choro.
  - E você uma pau mandada dela! – Ele disse, cego por um sentimento que me dava medo, acompanhado das alucinações provocadas pela droga.
  - Quantas vezes eu vou ter que te falar que não foi ela que me mandou aqui? – Perguntei.
  - Por que você viria ate minha casa, pela segunda vez, transar, se não para espionar o que eu estava fazendo e contar pra aquela vagabunda? Ela se arrependeu foi? Agora é tarde.
  - Amor, foi amor que me trouxe aqui.
  - Que amor? – Perguntou debochado – Pelo dinheiro que ganhou por esse programa?
  - Eu não fiz programa nenhum, eu sonhava em ser tua todas das noites, desde o dia que te conheci, mas eu não era bonita o bastante pra ti, jamais seria escolhida pela produção para te conhecer melhor, então comecei uma luta contra a balança, mudei em relação a tudo, e quando consegui o corpo que queria vir pra SP, vim pra cá realizar dois sonhos, um deles era ser tua ao menos uma vez. Consegui, consegui realizar esse sonho, e consegui hoje destruir qualquer sentimento que existia em meu coração por ti.
  - Você esta mentindo, você só pode estar brincando. – Seu olhar agora era vago, distante, cheio de culpa, talvez agora ele tenha percebi o que foi capaz de fazer.
  - Como é seu nome? - perguntou olhando em meus olhos.
  - - respondi. - .
  A expressão de seu rosto tomou oura forma ao ouvir meu nome, com certeza ele lembrou de quem eu era, a menina considerada a fã número 1 do , a menina que todos riam por nunca trocar a foto de seu perfil, que muitos mandavam fazer uma dieta ou emagrecer, aquela menina, meiga, que uma vez abraçou e entregou pra ele um urso, costurado pela própria, que vestia a camiseta da banda. Uma menina que marcou sua vida, e agora tinha a vida marcada, por um ato de violência dele. Perdido e sem rumo, me soltou, vestiu a calça jogada no canto do quarto, e saiu de casa, me deixando sozinha naquela apartamento que jamais sairia da minha memória.
  Com dificuldade para caminhar, me vesti, culpando-me por ter saído de casa aquela noite. Sai da casa de , deixando uma toalha suja com meu sangue em cima de sua cama, deixando ali a prova do que ele cometeu e principalmente deixando sonhos, sonhos de ter aquele homem pra mim. Sai daquele apartamento carregando a dor da humilhação, me sentindo o que ele me chamou durante toda aquela noite e sem esperanças de um dia ser amada por alguém.

FIM



Comentários da autora

  MEU DEUS, EU ESCREVI ISSO? Sinceramente, não sei o que falar, são 3 horas da manhã, estou chorando igual uma criança, após sentir tudo que esta descrito aqui, como se realmente tivesse acontecido. Essa “part 2.”, seria apenas mais um encontro, uma transa, mas agora a história toma um rumo totalmente diferente. Estou pensando em escrever a “part.3” de um ponto de vista dele, o que levou ele a tomar aquela atitude, o que vocês acham? Comentem, me dêem dicas, ideias, critiquem, criticas construtivas são bem-vindas!