E.H.2240
Escrito por Carol Al | Revisada por Jaqueline Rocha
Capítulo 1 - A Agenda de Christie Elliot
Mistério: O que aconteceu com Christie Elliot?
Família desolada procura expert
Fechei a revista local deixando meus pensamentos virem à cabeça. Por que alguém mataria Christie Elliot, uma garota dócil e amiga? Sinceramente, eu não sei. Aluguei um carro, parando em frente ao edifício do endereço. Era bem luxuoso, mas era um lugar um tanto infeliz. Toquei o interfone.
- Edifício Fitz, posso ajudá-lo? - Disse a voz de um homem.
- Procuro o Sr e Sra. Elliot.
- Quem deseja?
- Detetive Especial - Ouvi um "glup" da voz fazendo abrir rapidamente o portão.
Apertei o botão do elevador e ele abriu, entrei e apertei o Nº2. Assim que abriu, procurei o quarto 112, bati na porta e logo fui atendida. Um Senhor me atendeu, aparentava uns 35 anos e logo atrás uma senhora de mais ou menos a mesma idade.
- Detetive ? - Perguntou o homem.
- Sim e o senhor deve ser o Sr. Liam, suponho.
- Ah, sim. Entre por favor. - Deu espaço para que eu pudesse entrar.
- Com licença. - Entrei e visualizei todo o apartamento. Era extremamente luxuoso.
- Er. Essa é minha mulher Gabriela. - Disse apresentando a esposa. Sorri fechado e apertei sua mão.
- Poderiam me levar até o quarto de Christie?
O quarto era em um tom rosa bebê. Tinha fotos espalhadas por todo o quarto. Havia livros, cadernos, agenda, telefone, televisão e muito mais. Porém algo me chamou muito a atenção.
- Algo errado, Senhorita? - Perguntou Gabriela. Não respondi. Vi um urso com um porta fotos. Nele havia uma foto de Christie mandando beijo no ar, porém algo branco saia por detrás da foto. Puxei um pequeno pedaço de papel dobrado e desdobrei-o. Havia uma caligrafia muita bonita.
- Essa letra era de Christie? - Perguntei observando o papel. A Sra Gabriela olhou.
- Sim, é dela. - Me devolveu. No pequeno papel havia escrito "E.H. 2240" - O que significa? - Perguntou Gabriela.
- Pensei que pudesse me responder. - Disse analisando o papel. Peguei-o e guardei. - Christie era uma adolescente comum, certo? - Eles fizeram que sim. - Ela tinha amigos, família, namorado e estudava, correto? - Novamente fizeram que sim. - Preciso do nome de todos. T-O-D-O-S - Soletrei. - Sem exceção. Peguei o telefone da garota e coloquei em minha bolsa. - Precisarei analisá-lo.
(...)
Enquanto pensava no que eu faria, Recebi um e-mail anônimo:
"Querida Detetive, se não quiser ser morta como Christie Elliot foi trate de ficar longe do caso. Caso contrário, morrerá. Atenciosamente seu assassino"
Que audácia! Como descobriram meu e-mail? ARGH. Acalme-se , tudo ficara bem! O que é dele está guardado. Ah, mas isso não ficaria assim. Não mesmo.
Um segundo e-mail, fora me enviado, mas dessa vez era do Sr. Elliot.
"Aqui está a agenda de nossa filha. Todas as informações estão ai." Anexo: Informações 3,4 KB.
Baixei e vi que havia uma imensa lista de pessoas. Comecei logo, peguei o primeiro nome: Oliveira; logo à frente estava seu endereço.
Peguei o carro e fui até a casa de dois andares, desci e toquei a campainha. Ouvia-se um música bem alta vinda da casa, qual reconheci como sendo Fucking Perfect da P!nk. A maçaneta rodou e apareceu uma menina seguida por um garoto.
- Pois não? - Disse a garota que estava com uma foto na mão. Mostrei meu distintivo. - Você é a expert? - Disse a garota num tom de deboche.
- Algum problema? - Perguntei confusa. Ela riu.
- Não, é que você parece ser muito nova pra isso. - Disse a garota que agora colocava um cigarro na boca.
- Eu fico com isso. - Tomei seu cigarro. Percebi que seu lápis de olho estava borrado. - Andou chorando? - Perguntei curiosa. - Algum remorso? - fechou o sorriso e fez força pra se sentir calma. O garoto vendo a situação resolveu se pronunciar.
- Ãn... Por que não entra detetive? - Entrei e vi a casa toda bagunçada. falava algo com o garoto que denominei como seu namorado. - Então o que quer conosco?
- Quero saber sobre Christie Elliot! Você estava no topo da agenda dela. Por quê? - Perguntei chegando perto da garota.
- Talvez... - Uma lágrima rolou. - Talvez porque éramos melhores amigas. - Desabou a chorar. - Éramos inseparáveis, sabíamos tudo uma da outra. - Disse soluçando.
- Sinto muito. - Senti uma leve dor em meu peito - O que os dois faziam na noite que Christie morreu?
- Eu estava com Logan, Christie e , Tínhamos saído pra tomar sorvete. Quando acabamos, teve que ir sozinho, pois seu pai tinha algo muito importante pra lhe dizer, Christie ficou conosco. Quando cheguei em casa perguntei se queria que a levasse, mas ela não quis, chamou um taxi e partiu.
- Então Christie foi morta após tomar sorvete com os amigos?
- Acho que sim. - Disse Logan. Então me ocorreu a minha pequena pista.
- Por acaso sabe o que isso significa? - Tirei o papel e ela o observou.
- Isso pode ser várias coisas, pode ser a Escola Heisen, sala 2240; a rua Elen Helfis, número 2240; casa de verão deles, Elliot's House; a hora 22:40; o Pub Entre Habilidades 22:40.
- O mais provável seria...? - Perguntei.
- A escola. - Respondeu a garota.
- Obrigada! - Sai e fui pro meu próximo alvo: a escola.
Fui até o endereço e me deparei com um grande colégio. Fui direto pra diretoria. Havia uma moça com, aparentemente, 29 anos.
- Com licença. - A moça me olhou.
- Sim? - Perguntou desconfiada.
- Detetive . Eu estou no caso de...
- Christie Elliot, eu sei. - Ela abaixou a cabeça. - Ela era tão gentil.
- Pelo que me parece ela era bem querida.
- Nem sabe o quanto. - Ela colocou a cabeça no colo. - Ela praticamente montou esse colégio! - Disse com a voz rouca.
- E ela tinha alguma inimiga? - Perguntei e ela me encarou com os olhos vermelhos.
- Que eu saiba não, mas... - Pensou.
- Mas...? - Disse impaciente.
- O ex-namorado dela deve saber. - Dãã. Por que ninguém me falou que ela tinha um namorado? Afz's, ele seria o primeiro a ser interrogado.
- Qual é o nome dele?
- , Bernadine.
Capítulo 2 - Christian é Levado
Fui ao encontro do ex de Christie que morava em um prédio próximo à casa da namorada. Toquei a campainha e um menino me atendeu.
- Bernadine? - Perguntei mostrando o distintivo.
- Ops. - Disse o garoto. - ! Desliga o som! Vem cá! - Olhou pra mim. - Ah entre...? Quem é você mesmo? - Perguntou o garoto totalmente desligado.
- Detetive .
- Ah sim, a expert chamada pra cuidar do caso de Christie. - Ele abaixou seu olhar, me deu espaço e eu entrei. Havia dois garotos na casa.
- Ei! Christian. Quem é essa? Uma amiguinha sua? - Disse um garoto vindo da cozinha em minha direção. - Oi Gata!
- ... - Christian tentou advertí-lo.
- E você, né? Nem me avisou que vinha convidada. - Disse sorrindo maroto pra mim.
- ... - Advertiu novamente.
- Quieto! - Olhou pra mim. - Então gata, qual seu nome?
- Detetive - A cara dele foi hilária.
- Essa é a expert no caso de Christie. - Disse Christian completando.
- E agora você me fala isso? - Disse - Eu não vou ser preso, né?
- Por me cantar? - Ri - Não. Mas se estiver metido no rolo de Christie, pode ter certeza.
- Jamais estaria, - Ele ficou quieto. - ela era minha namorada.
- Eu sei. Por isso vim até você! - Peguei o papel. - Sabe o que é isso?
- Não. "E.H. 2240", o que é isso? - Perguntou-me.
- Não sei. Achei debaixo de uma foto de Christie. - Me sentei no sofá.
- Ei Chris! Sabe algo sobre isso? - Perguntou a Christian que examinou o papel.
- Não, não tenho ideia. A minha irmã era bem misteriosa quando queria. - Sentou ao meu lado.
- Sua irmã? - Perguntei confusa.
- Sim. Somos em três. Éramos. Eu, Christie e Cristine. Não sabia? - Respondeu como se fosse óbvio.
- Não. Não me falaram nada sobre isso. E cadê sua outra irmã?
- Esta no apartamento dela. É ao lado do da minha mãe. - Bufei.
- Vocês! Venham comigo! - Me levantei.
- Mas a gente tá esperando umas... Pessoas. - disse um pouco que engasgado com a palavra.
- Prostitutas podem esperar! - Olhei pra eles e entraram no carro, fiz o mesmo e dirigi até o apartamento dos Elliot. - Venham. - Eles foram atrás de mim. Entramos no elevador e paramos no andar correspondente. - Onde é?
- Ali. - Chris apontou. Bati na porta e uma moça abriu. Ela tinha uma aparência desgastada.
- CHRIS! - A moça o abraçou. - Você ta bem? - Disse trêmula.
- To Cristine! - Sorriu.
- Ah, você deve ser , certo?
- Sim, podemos entrar? - Ela fez que sim e entramos. - Pode me dizer onde estava na noite que Christie morreu?
- Ah sim, eu estava com meu chefe fazendo a prestação de contas de nossa empresa.
- Muito bem. E sabe algo sobre E.H. 2240? - Perguntei já prevendo a resposta.
- Não. O que é?
- Um mistério! - Respondi vendo uma foto de Cristine. E de repente um barulho. O vidro é quebrado e o grito de Christian é ouvido.
- Chris! - Gritamos. Saquei minha arma e corri tentando apanhá-lo. Apenas consegui dar um tiro no pé direito de quem havia o levado, mas ainda sim continuou correndo com Chris no colo, agora desacordado. Entrou num carro e disparou. Um bilhete estava caído no chão.
"Eu disse pra ir embora"
- DROGA! - Gritei.
- Que foi? - me perguntou. Mostrei o bilhete - Desgraçado!
- Eu vou procurá-lo! - Levantei-me.
- Eu vou junto - Disseram os dois juntos.
- Não, eu vou sozinha! - Disse autoritária.
- Não vai mesmo! Eu não vou deixar você ir sozinha! - disse me deixando intrigada - Er. Ele é meu melhor amigo! Não vou deixá-lo.
- E ele é meu irmão! O único que me resta! Por favor! - Disse Cristine. Bufei.
- Ok, mas tomem cuidado. - Sai e eles vieram atrás de mim.
Eles foram procurar Christian e eu fui procurar pistas.
Capítulo 3 - O Mistério de Christie Elliot
No centro policial, pra ver se encontrava algo que pudesse me ajudar, fui até os arquivos sobre Christie. Havia os depoimentos, e tudo mais. Peguei tudo e coloquei o DVD com as gravações, enquanto eu pegava os arquivos, vi que, segundo o policiamento, Christie havia morrido as 22:40, e fora encontrada perto de um bar por volta das 01:23 por um senhor que passava. O único problema é que quando ele ligou para a polícia o corpo já não estava mais lá. O gozado é que era bem perto... Perai. Ouvi um depoimento que me chamou a atenção.
"... Nossa empresa." E soltou um sorriso de lado. Percebi que minhas suspeitas tinham sido confirmadas. Peguei minhas coisas e sai correndo.
- Policiais, venham até esse endereço! - Entreguei e corri até o carro, pisei fundo e fui até Elliot's House. Cheguei, peguei minha arma e corri até a cabana onde entrei cautelosamente. Era uma casa bem escura, tomei muito cuidado. Subi vagarosamente as escadas e ouvi a voz de Chris.
- Para! Você tem ideia to que faz? - Disse com voz de choro.
- CALA BOCA! - Gritou. - Você sabe por que eu a matei!
- Por que? - Perguntei entrando e apontando a arma.
- AH' pensei que não chegaria! - Disse Cristine se virando pra mim.
- Saia de perto deles! - Disse apontando a arma em sua cabeça.
- Detetive, eu disse pra se afastar do caso, mas a senhorita foi muito desobediente. Então vou ter que matá-la junto. - Disse vindo pra cima de mim. Ela pulou em mim me fazendo cair. Nos batemos e puxamos o cabelo uma da outra, assim que tive uma brecha coloquei a arma em seu peito, fazendo-a ficar vulnerável a mim. - É detetive, você é boa! Mas, por que entrou nesse caso? - Perguntou-me Cristine. Ri.
- Realmente não sabe? - Ela ficou com uma cara estranha. - E ainda se julga muito experta. - Ri. - Vou lhe explicar. - Coloquei minhas mãos em meus cabelos loiros. - Eu não sou , - Puxei-o. Deixando minhas madeixas castanhas caírem sobre minhas costas. - Eu sou Christie Elliot! - Ela me olhou com os olhos cheios de água.
- Christie? - Disseram em um coro. Olhei pra Christian e para e depois voltei minha atenção para Cristine.
- Por que Cristine? - Disse com lágrimas nos olhos. - O que eu te fiz?
- POR QUE? - Gritou. - Você sempre foi a queridinha, a perfeitinha, a que todos amavam. Até nossos pais amavam mais você! Você sempre teve tudo que quis! E eu? Quem se lembrava de mim? NINGUÉM. - Voltou a gritar, chegando ficar vermelha.
- Isso é mentira! Todos te amavam!
- MENTIRA! Eles fingiam me amar! Ninguém se preocupava comigo! Sempre foi você!
- Não coloque a culpa em mim! Você nunca soube dar valor a quem te amava, nunca soube se quer fazer um gesto de amor ou compaixão! - Disse agora com raiva. Pausei - Naquela noite...
Flashback On
Eu estava andando até minha casa, que ficava a mais ou menos dois quarteirões dali. Quando do nada você apareceu.
- Christie! Irmã! Quanto tempo! - Me abraçou e eu retribui. - Como você cresceu!
- Ah! Por que não nos visita mais? - Perguntei ingênua.
- Muito serviço! - Fez cara de tédio - Já sei! Que tal a gente colocar o papo em dia?
- Ah, desculpe-me, mas agora eu tenho que ir pro orfanato, de lá eu vou encontrar Logan, e . - Sorri de lado.
- Oh' tudo bem! - Pensou.
- Já sei - Escrevi em um papel. - Toma, esse será nosso segredinho! - E dei a Cristine um papel escrito "E.H. 2240".
- Estarei a sua espera! - Sorriu e eu continuei minha trajetória.
Após o sorvete com o pessoal voltei sozinha. Foi quando me deparei novamente com Cristine, que agora estava no carro.
- Vamos? - Ela sorriu.
- Claro! - Entrei no carro. Seguimos até a nossa casa de veraneio. Ao entrar Cristine me deu suco de maracujá, meu preferido. Depois comecei a me sentir zonza e tudo apagou. Acordei ouvindo um barulho irritante. Era Cristine amolando faca. Tentei me levantar, mas eu estava presa. - Cris?
- Olá irmã! - Disse com voz de psicopata.
- O que está... Me solta. - Disse forçando os punhos.
- Calma maninha, não vai doer nadinha! - Disse ela pegando a faca e começando a colocar em minha barriga.
- AAAAAAAAAAAAH! - Gritava de dor. E ela cantava uma música de ninar.
Ela rasgou toda minha barriga e fez vários cortes em meus braços e pernas. Parei de gritar na esperança que ela achasse que eu havia morrido..
- Eu falei que não ia doer nada! - Sorriu. Pegou-me no colo e colocou-me no porta-malas.
Após um tempo o carro parou e ela me jogou na porta de um bar vazio. Um senhor bondozo me viu e ligou para a polícia, mas eu pedi pra que me levasse pra sua casa, pois queria resolver do meu jeito. Ele me ajudou a entrar no "meu caso" e então comprei a peruca loira para que ninguém me reconhecesse. Desde então eu vim brincando de gato e rato.
Flashback Off
- Mas, como?
- Você não vê? - Disse brava. - Eu armei isso! Eu fiz transparecer que eu era uma perita nisso. Eu implantei o bilhete lá. Eu armei um circo ao seu redor e você não percebeu!
- Você! Sua vadia! - Disse ela me atacando. Rolamos pelo chão. Ela tampou minha arma longe. Nós nos chutávamos, batíamos e xingávamos. Mas isso acabou quando ela pegou uma faca que estava jogada no chão. Ela me puxou contra seu corpo me fazendo ficar de costas contra sua frente. Ela tinha a faca apontada em meu pescoço. - Diga Adeus Maninha! - E então veio com a faca. Num golpe de sorte consegui desviar, fazendo com que a faca pegasse nela. - Voc-cê - Disse transbordando sangue pela boca. - Você me matou. - Disse num suspiro..
- Não Cristine, você se matou! - Ao dizer isso Cristine morreu, fazendo com que os policiais entrassem em seguida. Após soltarem os meninos, fizeram várias perguntas e declararam Cristine culpada, mas agora já era tarde.
Alguns dias Depois...
"Manchete: Revelado o caso de Cristie Elliot".
"Superação: Garota que quase foi morta pela irmã, conta sua história".
"Mistério: Após dois dias, como anda a vida dos Elliot's?".
Depois daquele dia, virei uma espécie de bloco de informações, todos queriam saber como tinha acontecido, o que havia acontecido. Fui paciente, dei entrevistas, depoimentos, histórias. Tudo. Nossa vida aos poucos foi se ajeitando. Éramos uma família quase feliz, é eu disse quase.
- Sr Elliot? - Disse um guarda com a pele pálida.
- Sim?
- Cristine, ela sumiu! - Disse apavorado.
- Ai Meu deus! - Ele correu até a mulher e perguntou da filha, porém a mulher disse que ela havia ido até a sorveteria com os amigos. O homem correu.
A garota que se divertia com os amigos foi ao banheiro, ao voltar se deparou com todos a sua volta mortos, ouvindo por último a voz mais tenebrosa que já ouvrira:
- Olá maninha!.
"Manchete: Cristine está de volta!".