Drunk in love

Escrito por Samilla Way | Revisado por Jubs

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Capítulo 01 - Diva

  Diva é uma versão feminina do malandro

  Eu estava deitada na cama, já tinha chorado tudo que podia, sim, por causa do meu ex-namorado CJ o filho da puta, me prometeu tudo, desde amor até diamantes. Eu queria amor, mas aquele sociopata não tinha nenhum para me dar, diamantes bitch, isso eu tinha aos montes, era filha de um produtor de rap, meu pai nadava na grana.
  Tínhamos uma bela mansão em Bevely hills, eu tinha tudo que uma garota de 15 anos poderia querer, dinheiro, meu próprio quarto, liberdade para fazer o que eu quisesse. Mas, eu sentia falta de amor, e buscava nas coisas erradas, nos caras errados. Meu pai só vivia viajando e me colocou num colégio interno do outro lado do estado, o Squaw Valley academy com a desculpa de ser o melhor colégio da costa oeste.
  Eu e meu pai, o Big Earl, nos dávamos bem, na maioria das vezes, tínhamos a personalidade parecida, e bem, a gente divergia. Ele queria que eu fosse a nova Beyonce ou Nicki Minaj, mas por causa dele mesmo - As festas que ele dava regrada a mulheres, drogas e rap – eu tinha aversão a black music, eu me encontrei no rock, pois é. Eu me vestia de preto quase o tempo todo, o que deixa meu pai louco, como o resto das coisas, ele não controlava mais nada.
  Final de semana chegou, e mais uma vez meu pai ia estar em Los Angeles gravando um álbum com algum rapper amigo dele, então minha melhor amiga que era minha colega de quarto do colégio apareceu e eu estava secando as minhas lágrimas.
  - Ainda chorando por causa do CJ? – Ela sentou do lado da minha cama.
  - Cansei de chorar por ele, meu pai vai para LA, e advinha, eu vou ficar sozinha na droga de lugar. – Eu me sentei na cama.
  - Já que seu velho vai te largar aqui, eu falei com umas “amigas”. – fez aspas com as mãos. – E elas me convidaram para passar o final de semana em Huntington Beach, em O.C., aí você vem comigo.
  - Estou precisando beber e me divertir.
  No dia seguinte, duas mulheres altas e tatuadas já estavam no portão do colégio para nos buscar para irmos para Huntington Beach. Eu só levei uma mochila preta de couro, com o básico e uma pequena mala de camisetas de bandas customizadas que viravam vestidos curtos, lingeries de renda preta, meias, sapatos de saltos. Eu estava vestida de calça legging e camiseta do ACDC, um casaco de tricô porque naquela merda de lugar, era mais frio da Califórnia deveria estar uns 10°C.
  Elas nos levaram até o aeroporto de Sacramento onde um avião particular nos estavam esperando, depois que descemos do carro, umas das mulheres entregou a um molho de chaves com o chaveiro do Rolling stones, eu fiquei de queixo caído, íamos ter a casa somente para nós.
  Nós entramos no avião, eu sentei num banco, a comissária de bordo entrou em seguida e me ofereceu uma taça de champanhe e eu aceitei. Eu tomei a taça lentamente enquanto havia pegado uma garrafa toda. Eu deitei a minha cabeça na janela e entreguei a taça para comissária de bordo, eu bocejei e apaguei...
  Quando acordei estávamos pousando no aeroporto de John Wayne, próximo a Huntington Beach. Eu cocei meus olhos e me espreguicei na cadeira, não estava sentada, ouvi a risada dela na cabine do piloto, então eu revirei meus olhos. Eu estiquei a minha coluna enquanto o avião pousou. Eu respirei fundo, finalmente o avião havia parado. Eu coloquei a minha mochila nas costas e peguei a minha mala, estava com sua mala dourada, a porta se abriu e a escada desceu, então nós descemos do avião. Saímos do aeroporto, chamou um taxi, nós entramos e ele nos levou a Huntington Beach.
  Chegando lá na casa, era horrível e mal cuidada, ficava próximo a praia, mas a piscina estava com a agua verde de tanto limo, e muita poeira, não dava para fazer uma festa naquela casa. Eu entrei e sentei no sofá branco cheio de poeira, subiu as escadas para colocar sua mala no seu quarto. Eu peguei o meu celular na mochila e tinha 2 ligações perdidas do meu pai, então eu liguei de volta, chamou pouco ele atendeu rapidamente.
  - Oi velho, o que você quer comigo? – Eu fiquei desanimada.
  - Queria saber como você está, minha bonequinha? – Ele pareceu um pai atencioso, só pareceu mesmo.
  - Eu estou bem, sozinha, aqui no colégio, todo mundo foi para casa e eu olhando pro teto. – Eu segurei para não rir.
  - Não te trouxe para LA, porque você não gosta de rap, eu estou trabalhando muito.
  - Sei, o seu trabalho. – Eu falei desconfiada.
  - Fala sério, então mais tarde eu te ligo minha bonequinha. – Ele desligou na minha cara, eu revirei os olhos.
  - Se você soubesse que estou em Huntington Beach, hmm. – Eu pensei alto.
  Eu levei as minhas malas pela escada, a escada rangia muito, eu parei e fiquei com um pouco de medo, respirei fundo e arrastei a minha mala pela escada...

Capítulo 02 - Feel this moment

  De madrugada, eu tomei um banho no chuveiro quente, pelo menos isso, depois fui ao quarto onde estava dormindo. Eu me enrolei na minha toalha da Pucca, eu coloquei uma calcinha preta com babados, coloquei o sutiã vermelho com bojo, eu me olhei um pouco no espelho do quarto, em seguida peguei meu creme corporal de morangos com champanhe dentro da minha nécessaire, e passei por todo meu corpo. Depois eu sequei o meu cabelo com a toalha para ele ficar bem cheio, bem rebelde, eu peguei a minha mala que estava em cima da cama aberta, peguei a cinta liga porque eu estava na maldade, e vesti. Depois peguei uma meia calça preta 7/8 e coloquei uma perna de cada vez e prendi na cinta liga, eu peguei uma camiseta comprida do Evanescence customizada que estava na mala, eu havia arrancado as mangas e cortado a gola, e coloquei, o comprimento era um pouco abaixo dos meus quadris só servia para esconder a bunda, eu usava essa camiseta com legging, mas como havia mencionado, estava na maldade. Peguei meu desodorante Dove dentro da nécessaire, sacodi e coloquei nas axilas, coloquei de volta no lugar. Peguei o meu perfume Chanel n° 5, borrifei no meu pulso e o esfreguei no outro, coloquei no meu pescoço e em todo colo. Em seguida peguei meus sapatos peep toe vermelhos com o salto agulha de 12 cm e os coloquei.
  Depois uma maquiagem para noite, bem pesada, olhos bem delineados e esfumados de preto, e um batom vermelho vivo, bem chamativo, afinal a minha intenção era deixar alguém todo borrado de batom. Eu coloquei dentro da bolsa de caveira mexicana, juntamente com o cartão de credito e a identidade de motorista falsa, eu queria entrar seja lá onde for, a bebida, eu arranjaria algum trouxa para pagar. Eu coloquei a jaqueta de couro que estava em cima da cama, eu coloquei meu celular Sony Ericsson dentro da bolsa, uma agenda de telefone e uma caneta bic vermelha, nunca se sabe vai anotar algum telefone de algum gatinho.
  Eu pendurei a bolsa no ombro, saí e fechei a porta do quarto. Eu andei pelo corredor e a luz do grande abajur que ficava em frente ao quarto de estava piscando, eu fiquei com medo, desci correndo as escadas. estava lá embaixo próximo a porta com uma garota morena queimada de sol, mas o loiro platinado de seus cabelos não combinava com o bronzeado.
  - Ah amiga, essa é a Juliette, ela vai nos levar as baladas, os shows, as praias cheia de gatos roqueiros. – Eu apertei a mão de Juliette que sorriu para mim, seus dentes perfeitamente brancos quase me deixaram cega.
  - Eu sou a garota dos roles de Huntington Beach, hoje vou levar vocês ao Bar do Johnny, tipo tem muito roqueiro lá. – Eu reparei na roupa dela, ela estava calça jeans rasgada e uma camiseta do Avenged sevenfold, mas estava com sapato boneca preto. – Se a gente tiver sorte, a gente encontra os meninos do A7x lá.
  - Oi? – Eu não havia entendido direito.
  – Se a gente tiver sorte, a gente encontra os meninos do A7x lá. – Ela repetiu. – Eles moram aqui na cidade. Você não conhece a banda?
  - Eles passam na MTV, é claro que a gente conhece, além de tocarem bem são uns gatos. – respondeu, eu revirei os olhos. – Aquele baterista é um sonho molhado. – Ela quase teve orgasmo falando, eu coloquei a mão no rosto.
  - O The Rev, ele é foda demais. – Juliette concordou. – Ele está solteiro, se ele tiver lá, o coloco na sua fita. Eu já fiquei com um cara da banda, se ele estiver lá, eu pego de novo.
  - Meninas vamos, hoje eu estou a perigo e quero me divertir, de preferência no colo de algum gato! – Eu gritei.
  Chegando ao Bar do Johnny, estava muito cheio, mas antes de entrarmos, um homem alto pediu nossas identidades, eu e estávamos com identidades falsas, mas eu comprei com o melhor falsificador de LA, e ninguém nunca havia descoberto. mostrou a sua identidade, primeiro o cara pegou e em seguida mandou ela entrar, depois foi Juliette, por último eu, ele olhou por alguns segundos e me deixou entrar, respirei aliviada.
  As meninas estavam sentadas numa mesa perto da sinuca onde tinham uns caras tomando cerveja e jogando, elas estavam olhando para eles, Juliette estava acenando para eles numa tentativa de flerte. Eu joguei o meu cabelo para o lado, andei desfilando por meio dos caras, as atenções deles eram para mim, eu ouvi algumas piadas e cantadas de pedreiro que prefiro nem comentar, então sentei na mesa das meninas, eu cruzei as pernas e fiquei de costas para a mesa de sinuca, eu olhei para trás e vi que ele estava olhando para mim.
  O cara era lindo, estava de chapéu branco, mas o resto de suas roupas eram da cor preta, jaqueta de couro, calça jeans preta rasgada, all star preto, sorriso de cafajeste, cabelo castanho escuro quase preto, repicado na altura dos ombros, cheio de colares, pele branca, olhos cor de avelã, barba feita, piercing no nariz, ele acenou para mim e em seguida colocou os braços na mesa de sinuca, um amigo dele tatuado deu tapa na nuca dele. Ele segurou taco de sinuca, jogou um beijo para mim, eu dei um sorriso sem graça, eu olhei para frente, cruzou os braços e Juliette me olhou chocada e um pouco de inveja.
  - Ai meu Deus! Não acredito nisso. – Eu não entendi o que Juliette havia dito.
  - É um flete normal entre heterossexuais. – Eu respondi e Juliette ficou de queixo caído.
  - Não acredito que você não sabe quem está te olhando. – Eu realmente não sabia. – E ainda se diz roqueira? – Não sabia se era uma dúvida ou afirmação.
  - Quem é? – Eu olhei para trás disfarçadamente, o gato estava tomando uma garrafa de Heineken rindo alto.
  - Synyster Gates do Avenged sevenfold. – acabou com o mistério, eu fiquei chocada por não ter reconhecido. – Ele está sem maquiagem. – riu.
  - Cara é mais gato pessoalmente, mas não é pro meu bico, ele deve ser uns duzentos anos mais velho do que eu. – Eu respondi. – Posso leva-lo para cadeia.
  - E daí? De acordo com sua identidade você se chama Jamie Brown e nasceu em 18 de fevereiro de 1988, eu me chamo Amy Whisque. – pegou sua identidade falsa. – Nascida em 08 de outubro de 1987, pelo menos sou libriana. – Nós rimos alto.
  Chegou um cara com mais ou menos com a idade do meu pai, tipo quarenta e todos, ofereceu uma garrafa de tequila para a gente, e chamou Juliette para dançar e ela aceitou, eu coloquei a língua para fora. Peguei o copo que estava em cima da mesa, não era copo de tequila, eu abri a garrafa e enchi o copo pela metade, pegou outro copo e fez o mesmo. Nós brindamos a nossa solteirice, em seguida viramos num shot. Eu balancei a cabeça, eu enchi novamente, fez o mesmo e demos mais um shot.
  Quando demos por nós havíamos quase tomado a garrafa toda, eu dei uma risada lerda, o mundo está silencioso e lento, eu já estava com a visão turva, mas isso significava que eu tinha que beber mais, eu me levantei e não conseguia me equilibrar nos meus saltos, eu abri os braços como um malabarista procurando equilíbrio, só que eu andava zig zag. Cheguei até o bar e abracei o banco, como muita dificuldade, eu me sentei nele, chamei o barman e pedi uma dose de vodca, ele colocou no balcão e pediu 20 pratas, eu abri a minha bolsa e tirei o cartão de credito, o barman passou o cartão na máquina, eu peguei a dose de vodca e tomei tudo.
  Senti alguém tocar a minha cintura apertando de leve, eu não conseguia protestar devido ao estágio de embriaguez, eu coloquei as minhas mãos sobre o balcão e pedi mais uma dose de vodca, olhei para o braço, e era Synyster Gates que estava me tocando e eu acabei dando um sorriso e ele pediu duas doses, uma para ele e a outra para mim. Nós tomamos as doses rapidamente, eu coloquei as minhas mãos sobre o peito dele, senti o coração dele disparar. Ele sorriu para mim, eu sorri de volta, caralho como ele era lindo. Então ele se aproximou sua boca da minha orelha, eu senti cocegas com a respiração no meu ouvido.
  - Queria ficar com você, mas num lugar aonde ninguém vai nos olhar ou atrapalhar. – Em seguida ele mordiscou o lóbulo da minha orelha, eu me arrepiei toda, eu gemi baixo. – Se já geme assim, imagina quando eu te beijar, vou te deixar toda molhada e isso é uma promessa.   - Queria ou quer? – Eu fiz a piada ridícula, mas ele não riu. – Cara eu estou muito bêbada. – Confessei.
  - Quero, não paro de olhar para você desde que você chegou com suas amigas. – Eita porra. – Não tem problema, eu estou bêbado também.
  Ele ameaçou me beijar nos lábios, mas desviou e deu um longo beijo no canto da minha boca, me provocando, eu não tive reação, a não ser olhar, assim que terminou o seu serviço, voltou para mesa de seus amigos, depois de beber muito, o meu cérebro fez o reconhecimento facial dos componentes da banda na mesa, M. Shadows estava sentado sem camisa – Delicia com todas suas tatuagens, com todo respeito – com a cabeça nos ombros de sua namorada que me olhava com cara de poucos amigos, Johnny de cara na mesa segurando um copo de vidro bêbado, Zacky V estava comendo batata frita, The Rev estava piscando para e Synyster Gates me olhando e mordeu o lábio inferior de uma forma sexy e um pouco cômico.
  Eu voltei à mesa das meninas, mais tonta do quando fui, aí eu me lembrei de havia me esquecido de pegar o meu Malboro dentro da minha mochila, eu precisava fumar depois daquilo tudo, tinha uma garrafa de Jack Daniels em cima da mesa, encheu o meu copo, eu dei um gole longo parecia que havia tomado água. estava chocada e Juliette bateu palmas, mas eu quase não ouvia som.
  - Querida meus parabéns, ele realmente quer ficar com você. – Juliette ficou impressionada.
  - É reciproco. Alguma de vocês tem um cigarro para me dar? – Eu perguntei com a voz embriagada.
  - Eu estou sem cigarros, mas vou te dar isso. – pegou sua bolsa e tirou uma camisinha e me deu, eu joguei em cima da mesa.
  - Não preciso disso. – Eu dei mais um gole no copo. – Você sim, eu estou vendo como The Rev está te olhando.
  - Sua safadinha curte um perigo. – Juliette me indagou.
  - Eu vou tomar um ar suas pervertidas, quem sabe lá fora eu consiga dar um trago. – Eu me apoiei na mesa e me levantei, tentei me equilibrar mais uma vez com os braços abertos.
  - Vai ser um trato. – Elas riram.
  Eu me apoiei na mesa de sinuca e quase caí, o sapato saiu do pé, eu o coloquei com muita dificuldade, me apoiei nas mesas seguintes, andei devagar até sair do bar, eu me sentei no chão, estava ventando, o vento bagunçava ainda mais o meu cabelo, eu ouvi alguém saindo e era Synyster Gates, ele estava sem o chapéu e estava com o cigarro aceso na boca, ele deu um trago.
  - Ei garotão me dá um trago! – Eu pedi gritando, ele deu um sorriso para mim e sentou ao meu lado, eu peguei o cigarro da boca dele e dei um trago longo, segurei a fumaça e soltei pelo nariz e depois entreguei a ele, observou o cigarro por alguns instante e colocou na boca.
  - Adoro batom vermelho. – Ele deu um trago longo. – Vai ficar melhor no meu pescoço.
  Eu dei uma risada, devido ao estágio de embriaguez eu não percebi quando Synyster me trouxe para perto do corpo dele, eu dei um selinho nos lábios dele, nós estávamos de olhos abertos, eu vi quando ele sorriu com os meus lábios nos dele. Ele havia gostado de eu ter tomado a iniciativa, eu fechei meus olhos quando Synyster me apertou para junto de seu corpo. Eu estava mole demais, fiquei tocando os lábios dele lentamente, não estava beijando bem porque ele partiu o beijo e caiu na gargalhada.
  - Gostosa você está muito bêbada. – Eu fiquei envergonhada.
  - Beijo tão mal assim? – Perguntei lentamente, o cérebro havia sido danificado na fala pelo álcool.
  - Não sei, mas estou tentado para descobrir o que tem debaixo dessa cinta liga. – Synyster tentou levantar a minha camiseta, mas eu o bloqueei e cai de cara nas coxas dele, só intensificando a risada dele. – Será que eu te pegar vai ser ilegal? – Ele puxou a minha jaqueta.
  - Se tratando de mim, qualquer coisa é ilegal. – Eu respondi, eu levantei e sentei no colo dele parou de rir, segurou os meus quadris, posicionou as minhas pernas nos quadris dele para eu ficar de frente.
  - Então eu prefiro me arriscar. – E ele me beijou.
  Eu senti seus lábios tocaram rapidamente nos meus, me fazendo mexer no colo dele, eu puxei pelos cabelos com força. Ele acelerou os movimentos, eu fiquei com a boca aberta para dar passagem para sua língua se tocar a minha, Synyster tinha gosto de cerveja e cigarro, mas eu estava adorando. As nossas línguas se tocavam como velhas conhecidas, a ponta da minha língua já estava batendo no céu da boca dele. Às vezes parecia que ele ia me engolir de tão profundo que era o beijo dele, entrava no meu top 5 de melhores beijos da minha existência.
  Eu soltava o ar pelo nariz, mas o ar não estava chegando, meu coração acelerou de uma tão forma que parecia que eu ia enfartar naquele momento. As mãos de Synyster tocava a extensão das minhas costas até chegar a minha bunda, então apertou para perto do seu playground, percebi o quanto ele estava animado, eu também, ele cumpriu a sua promessa.
  Eu fui parando lentamente, retirando a minha língua aos poucos, porém Synyster chupou a minha língua, em seguida eu dei um selinho nos lábios dele e dei uma mordida no lábio inferior e superior depois. E parti o beijo, eu tentei pegar o ar, respirando profundamente, eu soltei as minhas mãos dos cabelos dele, e tentei me abanar por causa do calor que eu estava sentindo naquele momento. Synyster fechou os olhos.
  - Espero que eu tenha beijado melhor dessa vez? – Eu o provoquei, eu sabia a resposta, mas queria ouvir dele.
  - Sim, claro. – Synyster sorriu, em seguida passou as mãos sobre minhas curvas lentamente até a altura dos meus seios. – Prefiro fazer uma segunda prova para comprovar se realmente você beija tão bem assim.
  - Não sei. – Eu dei um selinho nos lábios dele, ele me olhou desconfiado.
  - Por que gosta tanto de ficar dando selinho? Não serve pra porra nenhuma. – Ele reclamou e eu me ajeitei no colo dele.
  - Acho que é para provocar mesmo. – Eu sussurrei, encostei a meus lábios na pele do pescoço dele e dei um selinho, ele ficou com a pele arrepiada.
  - Desse eu gosto. – Synyster me deu um beijo carinhoso no alto da cabeça.
  Eu beijei e passei a minha língua na pele de seu pescoço cheiroso, um toque amadeirado de seu perfume junto com seu cheiro natural. Eu arranhei o seu pescoço com os dentes, ele deu um gemido baixo, começando a acariciar as minhas coxas, eu dei um selinho novamente, passei a minha língua em toda a extensão de seu pescoço fazendo pressão, eu ouvi um fuck sussurrado.
  - Quero você só para mim. – Eu olhei nos olhos dele.
  - Você já tem, por hoje. – Nós rimos alto, eu deitei a minha cabeça no ombro dele e dei uma mordida. – Quer ir pra minha casa? – Eu estava bêbada, mas não ao ponto de dormir com um cara que eu acabei de conhecer.
  - Eu estou bêbada, mas não ao ponto de dormir com um cara que eu acabei de conhecer. – Ele deu uma risada, então eu olhei nos olhos dele.
  - Você me excita. – Eita caralho. – Isso está meio obvio, a gente vai à minha casa, curtir um rock, eu toco violão para você. – Violão, sei. – Não precisamos fazer essas coisas, mas se você quiser.
  - Eu quero, mas hoje não. – Synyster deu de ombros.
  - Pelo menos, você é sincera, você está bêbada. – Ele tocou a pele do meu pescoço com seus lábios, eu me arrepiei na hora. – Você é muito cheirosa.
  Ouvi a porta se abrir, e bater com muita força, passos fortes chegaram em nossa direção, eu olhei para cima e era a namorada do M. Shadows com as mãos na cintura, assim Synyster olhou para ela levou um susto, minha cabeça começou a girar, o meu estomago começou a se revirar, eu tentava me levantar, mas não conseguia, eles estavam discutindo, só que eu não entendia nada. Eu só ouvi uma única frase.
  - Não conta pra Michelle, não conta pra Michelle. – Synyster gritava. – Val não conta pra Michelle.
  Não sabia quem era Michelle, pelo teor da confusão, deveria ser a namorada dele, eu revirei meus olhos e comecei a vomitar no chão, sorte a minha de não ter vomitado nas minhas roupas. Depois de ter vomitado tudo que podia, o meu cérebro começou a dar sinais, consegui me levantar me segurando na parede, então eu me lembro de uma mulher loira gritar alguma coisa e me levar para o banheiro, minha visão ficou turva, eu não me lembrava do rosto dela, eu tropecei nos meus pés e caí no chão... Acordei na mesa do bar com várias pessoas a minha volta, minha cabeça estava pesada e a deixei cair sobre a mesa...
  Acordei mais uma vez, eu estava dentro de um carro desconhecido, então tudo ficou escuro e só me lembro de estar no colo de alguém sendo levada ao meu quarto, e fui jogada na cama, e bateram na porta com muita força.

Capítulo 03 - Seize the day

  Eu acordei e estava na minha cama com a mesma roupa da noite anterior. Eu levantei da cama com a dor de cabeça, o sol forte batendo e entrando no meu quarto, eu tirei os sapatos, a meia calça e a cinta liga, e joguei no chão. Eu tirei o resto de minhas roupas, peguei uma toalha de banho dentro da mala e me enrolei. Saí do quarto, andei pelo corredor em direção ao banheiro, eu tentei a abrir a porta do banheiro, mas estava trancada.
  Eu mexi na maçaneta algumas vezes, eu ouvi uns barulhos estranhos, gemidos e algo batendo na parede, eu fiquei enojada. Eu bati na porta do banheiro, então diminuíram o ritmo e ouvi a porta ser destrancada e eu saí de perto. De repente saiu enrolada numa toalha toda molhada, eu fiquei de queixo caído, mas depois saiu o The Rev do Avenged Sevenfold também enrolado numa toalha, eu fiquei chocada. Fiquei pensando seriamente se queria entrar no banheiro naquele momento.
  Eu entrei no banheiro parecia que o furacão Katrina havia passado ali, além de várias camisinhas usadas jogadas pelo chão, eu tive que desviar delas, eu entrei no box e tinha muito cabelo no ralo e tinha um bagulho no chão que parecia xampu, eu queria acreditar que era xampu. Eu liguei o chuveiro no modo gelado, precisa melhorar a ressaca, eu enfiei a minha cabeça debaixo da agua fria, para melhorar. Mas invés de melhorar a ressaca, eu só me lembrava de Synyster.
  Depois do banho, eu me enrolei na toalha, desviei das camisinhas e voltei ao meu quarto. Eu peguei um biquíni vermelho dentro da mala, e coloquei uma camiseta larga por cima, senti a sensação do gosto do beijo de Syn Gates na minha boca, me arrepiei e mordi o lábio inferior. Eu fiquei descalça e desci correndo as escadas, mas a minha cabeça começou a doer, ainda mais com o som alto da TV da sala, alguém resolveu assistir a MTV no último volume.
  Fui a cozinha e tinha uma pizza de mussarela em cima da mesa, eu ia passar mal de comer pizza no café da manhã, mas eu não sabia cozinhar. Eu peguei um pedaço de pizza e comi a fatia, estava deliciosa, então comi outra e lambi a gordura dos dedos, então The Rev apareceu me olhou e deu uma risada, puta merda, eu deveria ter feito uma merda que não me lembrava.
  - Meu melhor amigo gostou de você para caralho. – Eu fiquei sem graça. – Pena que você deu PT ontem à noite, ele te trouxe carregada no colo, como um príncipe numa porra de conto de fadas.
  - Serio?! – Eu fiquei confusa e dei um sorriso de lado. – Eu sei que eu bebi demais ontem.
  - Demais até para os padrões: bêbado até cair. – The Rev riu alto e pegou uma fatia de pizza. – Vai ter um show improvisado, hoje à noite, num bar de um amigo nosso, aparece com a sua amiga como quem não quer nada. – Então ele me deu dois ingressos.
  - Obrigada. – The Rev pegou mais um pedaço de pizza.
  Eu subi as escadas, fui ao meu quarto e coloquei os ingressos dentro da minha bolsa. Eu me olhei no espelho e estava horrenda. Eu coloquei a língua para fora, eu peguei meu removedor de maquiagem, um pedaço de algodão dentro da nécessaire, e tirei todo o resquício de maquiagem da noite anterior. Só resto de base e rímel a prova d’agua, o batom já tinha saindo na noite anterior. O som da TV já estava me incomodando e eu resolvi ir à praia. Peguei o meu chinelo de dedo dentro da mala, calcei, peguei a minha bolsa e saí de casa.
  Eu encostei a porta da sala, senti a brisa do final da primavera, era ventinho gelado que me refrescava, andei poucos quarteirões e já cheguei a praia. Eu fiquei feliz, ainda estava com uma dor de cabeça, mas a tranquilidade da praia, eu me sentia melhor. Eu estiquei os meus braços, tirei os chinelos e andei descalça pela areia, o problema é que tinha gente na praia, na verdade, adolescente, pessoas da minha idade bebendo. Assim que eu passei por eles, uns rapazes começaram a mexer comigo, eu simplesmente ignorei andando pela direção mais deserta da praia, não tive opção.
  Sentei na areia fofinha, meu celular vibrou, mas eu resolvi ignora-lo, eu abracei as minhas pernas e olhei para o mar, para sentir paz e tranquilidade em meio a minha dor de cabeça. As ondas estavam muito fortes, estavam batendo com muita violência, os surfistas aproveitaram a situação, as ondas estavam boas para surfar. Eu estava me sentindo bem quando um bando de surfistas passou por mim com suas pranchas enormes, só podia estar de brincadeira comigo.
  Um passou por mim, me olhando, eu abaixei a cabeça para evitar contato visual, eu levantei a cabeça, ele estava alguns metros à frente, de costas para mim, eu reconheci as tatuagens e o cabelo escuro, apesar de estar todo molhado, era Syn Gates, eu mais uma vez não reconhecendo-o. Eu levei a mão na testa pensando o quão burra eu era, antes que eu pudesse me levantar e tentar falar com ele. Synyster se jogou na agua com sua prancha enorme de rosto de uma mulher pintado. Ele começou a nadar em direção ao mar, tinha uma comitiva de groupies na beira da areia gritando por ele. Eu revirei meus olhos, mordida de ciúmes.
  Ele ficou deitado na prancha até uma onda enorme se formar, ele subiu na prancha e estava indo bem, só que assim que Synyster me viu olhando para ele, se desequilibrou e caiu dentro do mar, eu fiquei preocupada e fiquei perto de onde o fã clube dele estava, mas ele levantou a cabeça, se apoiou na prancha e voltou para areia.
  As garotas o atacaram com seus celulares, Ipads e câmeras. Elas me empurraram, o meu celular tocou, eu revirei os meus olhos e me afastei deles, eu fui para perto do píer onde não tinha ninguém, o vento ficou mais forte, e entrou areia dentro dos meus olhos. Eu tirei meus chinelos novamente e atendi o celular.
  - Fala velho. – Atendi desanimada.
  - Sei que você está de mau humor... – A ligação começou a falhar, eu me sentir a aliviada. – Porque...
  - Não estou te ouvindo direito. – Eu olhei e me celular estava ficando sem rede.
  - Filha... Alô... Alô. – Antes da ligação cair, alguém arrancou o celular das minhas mãos e eu me virei e Syn estava com meu celular nas mãos.
  - Hey, me devolve isso. – Eu tentei pegar o meu celular, mas Syn balançou a cabeça negativamente e colocou os braços para trás.
  - Para conseguir seu celular de volta, senhora. Você tem que pagar um pedágio. – Synyster disse como se fosse uma atendente de telemarketing.
  - Ai me fala o que você quer de mim? – Eu tentei pegar o celular dele, mas levantou o meu celular no alto.
  - Eu quero ficar com você. – Eita porra. – De novo. – Eu dei um sorriso.
  - Mas não vou para sua casa. – Eu me estiquei e lhe dei um selinho em seus lábios que tinham gosto do mar.
  - Ah, você se lembra de mim, cara eu odeio selinho. – Eu segurei a nuca e dei um selinho na região. – Desse eu gosto, vamos para debaixo do píer para ficarmos mais à vontade. – Disse maliciosamente.
  Synyster como um falso cavalheiro me estendeu a mão para eu pegar, eu peguei a mão dele, então ele me conduziu para uma debaixo do píer. Tinha uma pedra enorme que dava para nós dois ficarmos ali. Eu queria saber onde Syn havia colocado a prancha dele. Nós sentamos na pedra, eu observei como ele estava vestido, na verdade, ele só estava de bermuda e chinelo, além de pulseira e um colar. Ele tocou o meu rosto, começou a beijar a pele do meu pescoço lentamente.
  Eu fechei meus olhos para sentir, os beijos se transformarem em mordidas, em seguida nos olhamos, como um feitiço que Syn tivesse jogado em mim, eu deitei o meu corpo sobre a pedra. Syn estava deitado em cima de mim, eu fechei meus olhos novamente, toquei a pele das costas dele com as mãos, enquanto eu sentia seus lábios tocarem os meus numa forma agressiva.
  Eu dei passagem para a língua de Syn entrar na minha boca, eu peguei nos cabelos molhados dele, eu senti o gosto de agua salgada em seus lábios, eu me movimentava debaixo dele, eu puxava os cabelos enquanto as nossas línguas se tocavam revezando em nossas bocas entre abertas. As mãos de Syn passeavam pelas minhas coxas até a calcinha do meu biquíni, o meu celular começou a tocar novamente, eu gemi em desaprovação, meu pai ia esperar. Sutilmente, Syn desfez um dos nós que prendiam a parte de baixo do meu biquíni, eu tinha que ficar esperta com ele. O toque do meu celular ficou mais irritante quando senti a mão gelada de Syn tocar a minha intimidade já molhada pelo beijo.
  Um sorriso se formou em seus lábios enquanto me beijava, eu chupei a sua língua, ele tocou o meu clitóris com o polegar me estimulando, eu passei as minhas mãos sobre toda a extensão de suas costas, ele ia mais rápido, não conseguia beija-lo. Eu comecei a respirar com dificuldade, eu fiquei os olhos abertos gemendo encarando o teto de madeira do píer, Syn voltou a beijar a pele do meu pescoço senti dois dedos me penetrarem lentamente, eu dei um gemido alto, por eu estar excitada, ele não teve dificuldade. Ele se movimentava rápido como se eu fosse sua guitarra, e estivesse num solo. Um vai-e-vem intenso, ele gemia obscenidades em meu ouvido, em seguida mordia o lóbulo da minha orelha que por acaso estava sem meu brinco naquele dia. Eu comecei a rebolar, a palma da mão dele estava acariciando a minha intimidade, eu não aguentava mais ficar de olhos abertos, eu fechei meus olhos e mordi meu lábio inferior, acabei não me segurando, tive um orgasmo e gozei em seguida.
  - Você foi maravilhosa. – Syn acabou com seu show, eu estava tentando pegar folego, ele levou os dedos a boca, me seduzindo, eu poderia ficar com ele o dia inteiro. – Seu gosto é bom.
  - Safado, você merece pagar pelo que me fez. – Eu inverti as nossas posições e fiquei por cima, ele deitou e eu sentei em seu colo, eu tirei a minha camiseta. – Agora é a minha vez de brincar. – Eu fingi que era a rainha da experiência.
  - Hm, quero saber do que você é capaz.
  Eu arranhei o tórax dele todo, Syn começou a rir se divertindo, eu sentei em cima de sua ereção, ele parou de achar graça quando eu comecei a se esfregar no colo dele o provocando e fazendo carão. Eu dei uma mordida na barriga dele, ele deu uma gemida. Eu abri a bermuda dele e olhei o volume por cima da sunga azul marinho. Syn tocou os meus cabelos, em seguida a pele das minhas costas, senti o toque de seus dedos em minha pele, me causava arrepios, eu cravei as minhas unhas em seus quadris, em seguida Synyster fez o caminho inverso voltando aos cabelos, os puxou com força me conduzindo para beijar seus lábios.
  Nós nos beijamos com o triplo intensidade, ele mordia o meu lábio inferior, sua língua batia no céu da minha boca, eu mordi o seu lábio inferior com força, suas línguas se tocando, Syn quase me sugando de tão profundo que era o beijo. Suas mãos estavam tocando os meus seios por cima do biquíni, eu comecei a movimentar no colo dele, ele tirou os meus cabelos e jogou por cima dos meus ombros, ele começou a gemer. Como ele era esperto, senti o laço da parte de cima do meu biquíni a frouxar do meu corpo, e uma risadinha maliciosa. Então eu parti o beijo, eu não sabia o que ia fazer, ele havia tomando a minha mente, eu dei uma mordida no lábio inferior dele e puxei. Mas meu celular começou a tocar novamente, então Synyster me entregou para eu atender, ele estava ficando puto, eu também, então eu atendi.
  - Pai, seja rápido, eu estou ocupada. – Eu fui curta e grossa.
  - Ocupada, num colégio interno. – Meu pai ficou desconfiado. – Você não me atendeu antes? Por que o sinal está tão ruim? Peraí que barulho de mar é esse?
  - Sim, eu estou estudando. – Synyster caiu na gargalhada e meu pai não acreditou. – Estou vendo um documentário na Discovery sobre vida marinha, por sua culpa, eu poderia estar em casa, mas não. – Synyster caiu na gargalhada, estragou o clima.
  - Que voz de homem é essa rindo? – O velho estava ficando esperto.
  - Um amigo da que não vou entrar em detalhes sobre os tipos de coisas que eles fazem. – Eu menti descaradamente, Syn tirou o meu biquíni, e colocou a boca em um dos meus seios, eu me segurei para não gemer ao telefone. – Tchau pai.
  - Tchau bonequi... – Nem deixei ele terminar, e apertei o botão de desligar o celular para não ter futuras interrupções.
  Deixei Syn chupar um dos meus seios, suas mãos desceram até a minha bunda e apertaram, mas uma vez eu estava a mercê de seu desejo, eu gemi baixo, abaixei a bermuda dele até a metade de suas coxas, eu coloquei uma das minhas mãos dentro da sunga molhada, toquei de leve sua ereção de seu membro, Syn sugou o meu seio com mais força, lambeu o mamilo. Eu sorri, eu segurei firme e comecei a masturba-lo rapidamente.
  - FUCK! – Ele gritou e gemeu em seguida.
  Ele estava molhado de agua do mar, Syn estava sofrendo, então ele mesmo tirou a bermuda com as pernas, em seguida abaixou a sunga até os joelhos liberando o meu membro, eu desacelerei o meu ritmo, Syn gemeu em desaprovação. Eu acelerei novamente, não demorou muito para ele pré-gozar, ele pediu para eu parar para poder colocar a camisinha. Mas não atendi, eu acelerei meus movimentos, Syn gritava de tão excitado, ele apertou a minha bunda com força e começou a beijar meus seios, não pode mais se segurar e acabou gozando na minha mão.
  - Puta merda. – Ele sussurrou, eu dei um selinho nos lábios dele para provoca-lo. – Caralho hein, pedi para você parar.
  - Eu não vou dar para você agora, antes de você me comer, eu vou te provocar muito. – Eu estava brincando com fogo.
  - Você está brincando com fogo, gostosa. Vê que horas são eu tenho ensaio com os meninos. – Eu amarrei o laço da calcinha, coloquei a camiseta, deixei a parte de cima do biquíni como espolio de guerra para ele, joguei em cima dele. – Obrigado pelo presente gostosa.
  - De nada. – Eu peguei o celular do chão e liguei, já era 16:59. – Nossa são já é cinco da tarde.
  - Tô caindo fora. – Eu me recompus e peguei a minha bolsa. – A gente se esbarra por aí.
  - Ok.
  Ele ficou frio de repente, nem parecia o mesmo cara com quem estava ficando e que o amigo dele The Rev falou que estava afim de mim e me carregou no colo. Foi embora sem nem me dar um beijo de despedida...

Capítulo 04 - Na sua estante

  Opcional: I knew you were trouble – Taylor Swift. Soltar quando a letra aparecer.

  Depois que Syn partiu, perdi a vontade de ficar na praia, eu tinha aquela sensação de ter sido usada, ou que não havia feito algo direito para ele poder ter ido embora daquela forma. Resolvi afastar esses pensamentos de paranoia, Synyster poderia realmente estar atrasado pro ensaio, eu não poderia reclamar, ele nem ao menos sabia meu nome, eu também não sabia o verdadeiro dele.
  Chegando em casa, Juliette estava sentada no sofá conversando animadamente com , provavelmente estava se gabando por ter dormido com o baterista do Avenged sevenfold. Eu me aproximei delas, estava um pouco chateada pela dor de cabeça que voltou e também pelo lance esquisito com o Synyster Gates.
  - Eu estava falando com a , como vocês turistas foram sortudas. – Eu acordei do transe mental que estava. – Eu nem fiquei com eles.
  - Pois é, eu acabei de encontrar o Syn na praia, você perdeu Juliette. – Juliette ficou furiosa. – Ele estava surfando, sabe. – Ela ficou com inveja de mim.
  - Ele estava na praia, ai que inveja sua. – Não disse, eu decidi omitir o fato de ter ficado com ele de novo, afinal não importava para ninguém. – Entendi, você ficou com ele de novo, antes que negue, deveria ver o seu colo num espelho. – E elas riram de mim, tinha um espelho próximo a TV, o meu pescoço estava roxo.
  - Porra! – Elas ficaram rindo de mim. – Sim, como deu para ver foi legal. – Juliette se mordeu de inveja enquanto sacou que tinha algo errado.
  - Você tem sorte, metade das garotas de Huntington Beach, ou ficaram com ele, ou querem ficar com ele. Eu faço parte da metade que queria ficar com ele, mas ele gostou de você, não é. – Juliette suspirou. – Eu já vou porque eu tenho que me arrumar para o pocket show do Avenged, é uma pena que vocês não vão. Tchau meninas. – Juliette se despediu e saiu.
  Eu me senti aliviada, ela tinha inveja de mim, eu não a conhecia, mas tinha certeza que ela gostava do Syn e bem não deve ter gostado dele ter ficado comigo duas vezes. Eu fiquei confusa pelo fato de Syn, agir estranho, estava começando a achar que eu fiz algo de errado.
  - O que te aconteceu? – me perguntou.
  - Não podia contar com a Juliette, pelo jeito que ela falou hoje, ela gosta do Syn e não gostou de eu ter ficado com ele, duas vezes. – Eu me sentei no sofá ao lado de . – A gente ficou e foi legal até que...
  - Você disse não para ele e ele ficou puto com você. – acertou na mosca.
  - Mais ou menos isso, eu bati uma para ele, deveria estar bom para ele como foi bom para mim. Só que como você deve imaginar que ele não queria ficar só na mão. – ficou surpresa. – Depois ele foi embora com a desculpa que tinha que ensaiar, nem sei se é verdade. Qual era o horário que o The Rev disse para você que tinha ensaiar?
  - Ele disse que tinha passagem de som às sete, porque o show vai ser as dez da noite. – Eu fiquei com raiva. – Calma, talvez eles precisem ensaiar antes.
  - Acho que pode ser isso, eu tenho que relaxar. – Eu peguei a minha bolsa e tirei dois ingressos que o The Rev tinha me dado e mostrei para . – Pelo menos, a gente vai vê-los e dar uns pegas.
  Mais tarde, eu me arrumei, mas coloquei uma calcinha vermelha de renda, uma blusa e uma saia preta . Peguei uma galocha preta dentro da minha mala e vesti. Eu peguei a minha nécessaire em cima da cama, fiz uma maquiagem leve e passei um batom mate da cor nude. Eu coloquei meu celular dentro da bolsa, passei bastante perfume, eu dei um sorriso me lembrando do rosto de Syn.
  Eu desci as escadas e minha amiga estava de vestido vermelho bem sensual, para poder chamar atenção do The Rev, e bom ela ia conseguir. Não precisávamos usar roupas de show porque seria num bar e se saíssemos cedo, conseguiríamos uma mesa para nos sentar. Então chamou um taxi e fomos para o bar onde seria pocket show do Avenged sevenfold.
  Chegamos com três horas de antecedência, deixaram a gente entrar no bar, íamos tomar um chá de cadeira, nós nos sentamos próximo do palco, avistamos a banda ensaiando. Um garçom se aproximou de nós, eu pedi uma garrafa de vodca, ele trouxe rapidamente e servi num copo para nós. Eu tomei num gole, ardeu como se estivesse pegando fogo na garganta, levou um susto, deu um pequeno gole e me arrastou pelo braço, eu não tinha certeza se Synyster Gates queria me ver, ou ficar comigo. simplesmente me arrastou para o palco onde os meninos da banda estavam fazendo a passagem de som, a namorada do M. Shadows estava de braços cruzados olhando desconfiada para gente.
   pulou em cima do palco, correu para a bateria e sentou-se no colo do The Rev que lhe deu um selinho nos lábios, eu me virei e voltei para minha mesa, tomei o resto do copo de , eu quase me engasguei com a vodca, entrou um pouco no meu nariz. Os meus olhos começaram a lacrimejar, me levantei meio tonta, comecei a andar do lado contrário do palco, achei um corredor e no final tinha um banheiro feminino. Eu entrei no banheiro feminino, eu comecei a rir, a bebida começou a fazer efeito sobre mim. Eu peguei papel toalha, passei devagar sobre meus olhos para não borrar a minha maquiagem, acabei jogando o papel no chão.
  Eu me abaixei para pegar o papel, acabei ficando de quatro no chão com a bunda pro alto. Alguém me agarrou por trás, me puxando da direção contraria. Eu fiquei assustada, a pessoa começou a beijar o meu pescoço, eu queria gritar, mas o medo me dominava. Então a pessoa começou a apertar meus seios por cima da blusa, eu segurei os braços tatuados, reconheci os dedos tatuados com Malboro, era Syn.
  - Cara você me deu um puta susto, não faz isso. – Eu fiquei aliviada, estávamos de frente ao espelho então ele olhou para o reflexo.
  - Não resisti te ver de quatro no chão. – Synyster apertou os meus seios para cima. – Maravilhosa, eu poderia foder com você aqui e agora. – Ele desceu uma das suas mãos e a posicionou entre minhas pernas. – Sei que você quer.
  Então Syn tocou os meus lábios lentamente me provocando, ele tocava as minhas curvas por cima da roupa. Mas ele partiu o beijo rapidamente, eu precisava saber porque ele havia sido tão frio comigo na praia.
  - Por que você me tratou daquele jeito na praia? – Eu fiquei de frente para ele e ele não entendeu.
  - Eu nem percebi e estava com pressa, deveria pelo menos ter te dado um beijo. – Syn segurou as minhas mãos, e as beijou. – Depois do show, eu te compenso baby.
  - Vou cobrar, tem que ser melhor do que na praia. – Syn fez um ok com uma das mãos.
  - Eu vou para o palco, eu disse que ia ao banheiro, mas já está na hora de voltar.
  Então Synyster saiu do banheiro, eu esperei um minuto e saí com um sorriso largo, eu estava feliz com há muito tempo não estava. Eu sentei a mesa, estava com o batom todo borrado, eu ri para ela, ela encheu o meu copo de vodca, eu tomei lentamente enquanto observava Syn fumar um cigarro e tocar guitarra ao mesmo tempo, ele olhou para mim e deu um sorriso de lado, eu mordi o lábio inferior...
  Durante o show, eu resolvi me aproximar do palco, tinha mais ou menos uns 200 pessoas pulando gritando com o Avenged sevenfold, eu fiquei na primeira fila sendo espremida pela galera, Juliette estava praticamente de frente a Syn, ela estava de short e camiseta branca, ela não me viu vigiando. Eu a observei, ela piscou para ele, Synyster levantou o dedo do meio para ela sorrindo enquanto tocava. Eu a vi tirando o sutiã e deu na mão dele, eu morri de ciúmes daquela filha da puta. E ele se inclinou e disse algo no ouvido dela. Tinha uma outra garota que foi mais audaciosa, jogou uma calcinha minúscula para ele, Syn simplesmente olhou e sorriu, pegou uma Heineken em cima do amplificador e tomou. M. Shadows balançou a cabeça negativamente enquanto cantava Afterlife.
  The Rev levantou-se, e apontou a baqueta para , eu fiquei com uma ponta de inveja da minha amiga. Uma garota invadiu o palco, puxou Synyster pela camiseta e o beijou na boca, ele parou de tocar e a correspondeu, a puxando pelos cabelos, depois a tocou suas costas até alcançar a bunda dela e a apertar contra seu corpo.

  Once upon a time a few mistakes ago
  Era uma vez a uns erros atrás
  I was in your sights, you got me alone
  Eu estava na sua mira, você me pegou sozinha
  You found me, you found me, you found me
  Me encontrou, me encontrou, me encontrou
  I guess you didn't care, and I guess I liked that
  Acho que você não se importou e eu gostei disso
  And when I fell hard you took a step back
  E quando me apaixonei, você deu um passo para trás
  Without me, without me, without me   Sem mim, sem mim, sem mim
  And he's long gone when he's next to me
  E ele estava longe quando estava perto de mim
  And I realize the blame is on me
  E eu percebo que a minha culpa

  Eu não sabia se ele havia me visto ali, eu saí empurrando a todos, as lagrimas se formaram do meu rosto, não queria que alguém pudesse me ver chorar. Eu corri para o banheiro, entrei numa cabine e me tranquei. Eu não sabia o que estava sentindo, eu era uma estupida por ter se apaixonado por um cara que havia acabado de conhecer, era muito mais velho e era um safado.
  Eu chutei a porta, eu pude chorar sem que ninguém puder me ouvir chorar, não sei quantos minutos fiquei ali. Depois eu comecei a soluçar, peguei um pedaço de papel higiênico e comecei a secar as minhas lagrimas, mas meu rosto ainda estava inchado. Eu peguei outro pedaço de papel e soei o meu nariz, joguei os papeis no lixo. Então eu ouvi uns gemidos e barulhos de alguém transando no banheiro, eu revirei meus olhos porque era tudo que eu queria naquele momento, ver pessoas felizes. Eu me levantei e abri a porta com toda a força e a derrubei... De repente o casal parou, Juliette me olhou abraçada pelo pescoço, com as pernas nos quadris de Synyster Gates que estava sem camisa e costas para mim, então me olhou, mas era como se não me visse. Juliette sorriu maliciosamente e voltou a beija-lo enquanto eu saí correndo do banheiro chorando...

  No apologies. He'll never see you cry,
  Sem desculpas. Ele nunca te ver chorar,
  Pretends he doesn't know that he's the reason why.
  Fingir que ele não sabe que ele é a razão do porque.
  You're drowning, you're drowning, you're drowning.
  Você está se afogando, se afogando, se afogando.
  Now I heard you moved on from whispers on the street
  Agora eu escutei de sussurros na rua que você seguiu em frente
  A new notch in your belt is all I'll ever be
  Um novo furo no seu cinto é tudo que eu serei
  And now I see, now I see, now I see
  E agora eu vejo, agora eu vejo, agora eu vejo
  He was long gone when he met me
  Ele estava longe quando me conheceu
  And I realize the joke is on me, yeah!
  E eu percebo que a piada é comigo, yeah!

  As pessoas estavam dançando ou se divertindo, estava sentada numa outra mesa com The Rev e eles estavam se beijando. Eu peguei a minha bolsa, resolvi sair de lá, eu abri a porta, sem conhecer direito, eu sentei num banco de um ponto de ônibus esperar um taxi aparecer para eu fazer o sinal. Eu ainda estava próximo do bar, poderia alguém soltar do taxi, eu entrar nele. Queria que não demorasse, eu voltei a chorar, mas abri a minha bolsa, peguei o meu maço de cigarro Malboro azul, merda, eu fiquei lembrando dele, mas a raiva era maior. Eu peguei o meu isqueiro rosa, um cigarro e coloquei na boca, e tentei acende-lo rapidamente. Eu acendi e traguei a fumaça para tentar passar um pouco a raiva e do cinismo dos dois. Soltei a fumaça pela boca, então eu ouvi risadas, eu não queria olhar para trás e continuei fumando, mas a curiosidade foi maior e vi Gates com a garota que subiu no palco, ele deveria ter se cansado da Juliette e ela ia pagar um boquete para ele. Para minha sorte, um taxi estacionou e deixou um casal punk, eu entrei no taxi rapidamente...

  And the saddest fear comes creeping in
  E o medo mais triste vem causando arrepios
  That you never loved me or her, or anyone, or anything, yeah
  Que você nunca me amou, ou ela, ou ninguém, ou nada, yeah...

  Eu continuei chorando, assim que cheguei em casa, eu paguei o taxista, saí do taxi, entrei para casa, subi rapidamente as escadas, entrei em meu quarto, fechei a porta, tirei as galochas, joguei a bolsa no chão, me sentei no chão frio e comecei a chorar no chão gelado. Só de pensar que ele não gostava de mim, nem um pouco me deixava mal, me sentindo idiota de pensar que ele gostava de mim da mesma forma de como eu gostava dele...

  Now I'm lying on the cold hard ground
  Agora estou deitada no chão gelado
  Oh, oh, trouble, trouble, trouble
  Oh, oh, problema, problema, problema
  Oh, oh, trouble, trouble, trouble
  Oh, oh, problema, problema, problema
  I knew you were trouble when you walked in
  Eu sabia que você era problema quando você apareceu
  Trouble, trouble, trouble
  Problema, problema, problema
  I knew you were trouble when you walked in
  Eu sabia que você era problema quando você apareceu
  Trouble, trouble, trouble
  Problema, problema, problema

Capítulo 05 - Fall the pieces

  No dia seguinte, o sol invadiu o meu quarto, eu cocei meus olhos, era segunda-feira eu estava mais aliviada por ir embora. A cidade era linda, mas a possibilidade de encontrar Gates me deixava triste. Eu me levantei, e arrumei a minha mala imensa, eu não troquei de roupa, eu coloquei o chinelo de dedo, fechei tudo e sentei em cima da mala. Eu prendi o meu cabelo num coque alto, fui ao banheiro para lavar o meu rosto.
  Lavei o meu rosto e sequei, andei pelos corredores, desci as escadas e fui a cozinha, abri o armário e tinha uma caixa de cereais, eu peguei a caixa e um prato, eu desejei no prato, não tinha vontade de comer, mas não ia dar esse gostinho a ele. Eu abri a geladeira, não achei leite, mas tinha suco de laranja, eu coloquei suco de laranja no cereal, ficou uma bosta.
  Eu comi e deixei o prato na pia, escovei os dentes, e depois fui ao quarto de que estava vazio, ela não havia dormido em casa. Eu arrastei a minha mala pelos corredores até chegar as escadas. Eu arrastei a mala com dificuldade até o final da escada. Quando de repente, a porta da sala se abriu, entrou com The Rev, ela levou um susto com a mala, em seguida Gates entrou, merda ele estava lindo. Ele estava de camiseta preta escrita “FUCK YOU, YOU FUCKING FUCK”, bermuda preta da Nike e all star preto, um boné aba reta. Meu coração traiçoeiro saltou de alegria, eu ameacei sorrir, mas cérebro agiu e a minha expressão fechou.
  Eu tentei abaixar a minha saia, mas aí meu umbigo apareceria, eu queria ignora-lo assim como ele fez na noite anterior comigo. Synyster Gates se aproximou de mim, na maior cara de pau, para me abraçar, eu afastei. The Rev caiu na gargalhada, eu não poderia cobrar nada dele, ele não era meu namorado, mas isso não me impediria de ficar zangada com ele.
  - Amiga por que você está indo? – Eu passei as mãos em meus cabelos.
  - Você esqueceu que hoje é segunda-feira e que temos aula. – Eu não especifiquei, pois eles não deveriam saber que estavam pegando menores de idade.
  - Ah sim, mas não quero me separar do Jimmy. – Então eu descobri o verdadeiro nome do The Rev. – Vamos ficar mais uma semana, vai ter uma festa na casa do Matt, eu quero ir muito.
  - Tudo bem. – comemorou, mas tinha um porem. – Você fica, mas eu vou embora sozinha, preciso estudar.
  - Desde quando você é estudiosa? – Minha vontade era de gritar “Desde quando eu vi esse filho da puta comendo a Juliette no banheiro”.
  - Não interessa, a cidade é linda, mas eu tenho que ir. – Eu peguei meu celular dentro da bolsa e ia ligar para o taxista que me trouxe do bar na noite anterior, mas Gates arrancou o celular das minhas mãos. – Olha, seu filho da puta me devolve isso! – Gritei com todas as minhas forças.
  - Que isso garota! O que te fiz? – Gates olhou nos meus olhos, eu desviei o olhar e tirei o celular da mão dele e o arranhei. – Eu não quero que você vá. – Até parecia sincero.
  - Até parece, mas não ligo para você e pro quer de mim. – Eu ia discar para o taxista, começou a chorar e Jimmy a abraçou fortemente.
  Eu saí de casa porque ver minha amiga chorando porque ia ficar longe do Jimmy ia ser demais, eu estava infeliz e não queria gente feliz a minha volta, eu liguei para o taxista que atendeu o meu pedido e estaria em meia hora, em meia hora muita coisa poderia acontecer. Entrei novamente, busquei a minha mala e coloquei na entrada, ficou ao meu lado, não queria conversar, só queria ficar sozinha em meus pensamentos, eu me sentei no chão, abri a minha bolsa, peguei um cigarro e acendi, traguei a fumaça.
  - O que aconteceu ontem? Eu vi você indo embora depois do show. – me indagou.
  - Nada. – Eu expeli a fumaça e traguei novamente. – Você tem ficar com seus novos amigos.
  - Porra, sou sua melhor amiga e você está me tratando desse jeito. – começou a se irritar. – Eu me importo com você.
  - Não, ninguém se importa comigo, nem você, nem meu pai, nem minha mãe, e muito menos o Gates. Se fosse minha melhor amiga de verdade, teria vindo para casa para saber como eu estava, mas não você preferiu ficar passar a noite com um cara que acabou de conhecer. – Eu soltei a fumaça pelo nariz, ficou surpresa com a minha resposta. – Pode voltar para o Jimmy, me deixa sozinha, e para aquele inferno de internato.
  - Você que sabe, mas se quiser conversar estou aqui. – tentou me abraçar, mas eu rejeitei o abraço.
  Ela entrou em casa, eu dei mais um trago no cigarro, eu olhei e ele estava metade, olhei para o meu relógio e não tinha se passado nem dez minutos que eu havia chamado o taxi. Eu resmunguei mentalmente, abracei as minhas pernas, condicionei meu cérebro para não chorar porque aquele imbecil poderia resolver perguntar por que eu estava daquele jeito. A porta se abriu novamente, eu cai na besteira de olhar para cima e era Synyster Gates fumando e ele sentou ao meu lado.
  - Já entendi porque você está brava. Porque aquela mina louca me beijou no palco ontem. Certo? – Eu resolvi ignora-lo, ele se aproximou do meu ouvido. – Queria tanto ter ficado com você depois do show, eu te procurei, mas você tinha ido embora. – Ele mentia tão bem, se eu não tivesse visto, teria acreditado nele, eu não respondi. – Acontece direto... – Ele me olhou, eu dei mais um trago no cigarro. – O lance de tentarem me agarrar, mas você é especial para mim. – Ninguém merece.
  - Você mente com tanta facilidade. – Eu joguei o resto do cigarro fora. – Você acha que eu sou idiota?
  - Não, merda! Tem algo em você que eu não consigo explicar, só sinto. – Ele tocou em minha coxa, o coração acelerou mais uma vez, ele sabia como me sentia e se aproveitava disso.
  - Eu vi você comendo outra mulher dentro do banheiro. – Eu respondi e ele ficou sem palavras por alguns segundos. – Me poupe, se poupe, nos poupe desse falso discurso romântico.
  - Você está com ciúmes de mim. – Gates se aproximou demais da minha boca. – Você me quer tanto quanto eu te quero.
  - Pode ser que sim, mas ao contrário de você e essas vadias que lambem o chão que você pisa, eu tenho vergonha na cara. – Eu olhei no celular ainda faltava mais 15 minutos torturantes.
  - Só estamos ficando, eu sou de todas. – Gates deu um sorriso de lado e piscou para mim, decidi ficar em silencio, peguei mais um cigarro dentro da bolsa e acendi, e traguei a fumaça. – Não vai falar, ótimo. Garotas são melhores em silencio.
  Eu me levantei do lado de Synyster que se levantou e ficou atrás de mim, perdi a vontade de fumar e joguei o cigarro no chão, e pisei com o chinelo, eu me encostei na parede, Synyster ficou de frente para bloquear a minha saída, eu revirei meus olhos, ele tentou tocar meu rosto, mas eu dei um tapa na mão dele.
  Finalmente, o maldito taxi chegou, eu peguei a minha mala e a arrastei para próximo do taxi, o taxista pegou a mala e colocou no porta malas, apareceu, e a abracei fortemente, em seguida apertei a mão de Jimmy, se não fosse ele indiretamente, eu ainda estaria iludida com o Gates. Eu não ia me despedir do outro, mas Synyster segurou o meu pulso esquerdo com força. Em seguida segurou a minha nuca e me beijou a força. Eu senti seus lábios pressionar com força contra os meus, ele segurou com força meus braços, eu tentei me debater, mas não conseguia me soltar.
  Meu corpo começou a ceder, então eu comecei a corresponder, eu relaxei os meus braços, Synyster soltou. Eu dei passagem para língua dele entrar na minha boca, as nossas línguas se tocaram, eu puxei seus cabelos negros, enquanto as mãos dele desciam pelas minhas costas. Minha língua estava batendo no céu da boca dele, então meu juízo voltou e eu parti o beijo lentamente. Eu me virei sem olhar para trás, não estava arrependida, só chateada de ainda gostar dele.
  Eu entrei no taxi e me sentei no banco de trás, eu pedi para o taxista me levar até o aeroporto mais próximo. Assim que ele começou a dirigir, eu fiquei olhando as paisagens de Huntington Beach, era uma cidade bonita, pessoas bronzeadas, diversas praias. Talvez num futuro longínquo, eu poderia visita-la, bem distante.
  Quando chegou no aeroporto de John Wayne, eu fui ao guinche comprar uma passagem para Sacramento, no próximo voo. Peguei uma fila imensa para quando chegar a minha vez, a mulher estar de má vontade de me atender.
  - Quero uma passagem para Sacramento para o próximo voo. – Eu peguei o meu cartão de credito, a mulher foi mexer no computador dela.
  - Hm. – Ela mexeu a cabeça negativamente. – Todos os voos para Sacramento estão lotados.
  - Qual é o horário vago? Qualquer um. – Eu estava ficando desesperada, ela voltou a mexer no computador.
  - Só tem para quarta-feira, primeira classe as seis da manhã. – Ela respondeu.
  - Não tem outro antes, pode ser até de madrugada. – A mulher negou com a cabeça. – Quero esse mesmo. – Eu comprei a passagem.
  Eu não poderia voltar para Huntington Beach, nem queria. Mas ficar dois dias no aeroporto não dava, eu teria que pagar um hotel. O meu celular tocou, eu abri a bolsa e olhei, era , eu não estava muito a fim de atender. Eu teria que mentir porque senão ela ia aparecer no aeroporto e me arrastar para Huntington Beach novamente.
  - Oi, fala rápido porque eu estou indo pegar o voo agora. – Eu menti.
  - Eu devo voltar semana que vem, mas boa viagem, me desculpe por ontem é que eu... – Eu nem deixei ela terminar e desliguei, mas meu celular tocou de novo.
  - O que foi.
  - É assim que você fala com seu pai – Era meu pai, eu engoli seco.
  - Achei que fosse a . – Eu percebi que tinha falado besteira.
  - Vocês estão na escola. Por que ela ia te ligar? – Eu teria que inventar algo.
  - Ela ainda não chegou na escola, o que você quer pai. – Eu peguei a minha mala e sentei na cadeira.
  - Não vou poder passar seu aniversário com você no sábado. – Eu tinha me esquecido.
  - Você nunca passa comigo, qual seria a novidade. – Eu ia dar patada em todo mundo e desliguei o telefone.
  Eu teria que arrumar um taxi e ir para algum hotel, qualquer coisa. Mas eu não conhecia a área, estava perdida. Eu poderia arrumar um voo para Los Angeles, mas tinha muitos conhecidos do meu pai que poderia falar com ele, além de meu pai estar em LA, não tinha muito voo para Sacramento e não tinha como ir a Sacramento de carro. Eu peguei um folheto do resort Balboa bay, em Newport Beach em O.C., eu estaria perto do aeroporto, mas longe de Huntington Beach. Eu saí do aeroporto e tinha um taxi parado, eu o chamei. Então o taxista pegou a minha mala e colocou porta malas, eu me sentei no banco de trás e pedi para ele me levar ao Balboa Bay resort.
  Chegando lá, eu paguei o taxi e ele tirou a minha mala de lá, eu cheguei à recepção, a recepcionista me olhou de cara feia, eu também não gostei dela.
  - Queria saber se tem um quarto vago? – Eu perguntei e a mulher revirou os olhos.
  - Você fez reserva? – Eu neguei com a cabeça. – Então não, senhorita.
  Eu levei as mãos na cabeça porque teria que ficar caçando hotel pela região de O.C. e poderia acabar parando em Huntington Beach novamente. Então a gerente do hotel apareceu, uma mulher negra de meia idade, ela me olhou de cima a baixo, me avaliando e isso poderia dar merda.
  - Você é a filha do Big Earl? – Fodeu de vez, eu tive que concordar. – Simone dá um jeito de arrumar um quarto para ela, é o mínimo que eu posso fazer por ter feito do meu filho uma estrela do rap. – Simone o fez contrariada. – Você quer ser demitida? – Ela balançou a cabeça negativamente, a tal Simone mexeu no computador e me deu a chave da porta.
  - Obrigada.
  - Qualquer coisa você pode me chamar, eu me chamo Rachel Solaris. – Eu cumprimentei Rachel. – Hernandez e Peters peguem a mala da nossa hospede e coloca no quarto 02. – Ela chamou os carregadores de mala que estavam jogando no celular.
  Eu fiz o check in e depois fui ao meu quarto. Era imenso, tinha uma cama de casal, um armário, mesa e uma varanda com vista para o mar. Seriam dois dias maravilhosos, uma empregada do resort estava colocando minhas coisas no armário. Eu fiquei impressionada, fui ao banheiro, tirei a roupa, enchi a banheira com agua quente, entrei e tentei relaxar, mas só fiquei pensando no safado do Gates. Saí da banheira e peguei o roupão me vestindo.
  Voltando ao quarto, não tinha mais ninguém. Eu tranquei a porta, tirei uma lingerie preta de dentro da gaveta e me vesti, me deitei na cama, então meu celular tocou e era um número desconhecido, eu não entendi.
  - Bom dia. Eu gostaria de falar com a senhorita ? – Era voz de homem.
  - É ela quem deseja? – Eu me sentei na cama.
  - Aqui é o do colégio... – Eu desliguei o telefone rapidamente.
  Eu mordi o lábio inferior, respirei fundo, então abri novamente o armário e coloquei uma camiseta preta por cima e fui a varanda, me sentei à mesa, ficar pensando na vida...

Capítulo 06 - Lost in paradise

  

No dia seguinte já estava me sentindo melhor, um pouco desintoxicada de tudo, se eu pudesse ficaria mais tempo no resort, mas uma hora, ou outra, eu teria que encarar a realidade.
  Eu peguei uma camiseta preta, um short jeans preto, sapatilha e fui ao restaurante do hotel tomar o café da manhã, eu peguei uma xicara de café, um prato com frutas. E sentei a mesa e comi, em seguida, eu saí para dar uma volta, eu peguei meu cigarro dentro da bolsa e acendi com um isqueiro, senti a brisa do mar sobre meus cabelos, eu me aproximei dos barcos e lanchas atracados na porta do resort. Eu me sentei ao cais, tentando não pensar na vida, tirei a sapatilha e coloquei meus pés dentro da agua fria.
  Mas, assim que fechei meus olhos, as lembranças de Syn apareceram, eu fiquei com raiva de mim mesma por não esquece-lo. Eu não deveria ter ficado encantada com ele, nunca daria certo. Eu respirei fundo só que parecia um sofrimento eterno, nem pelo meu ex-namorado eu tinha sofrido daquele jeito. Apoiei minhas mãos na madeira do cais, balancei meus pés no mar gelado.
  Senti alguém se aproximando de mim, eu me virei e era , não entendi como aquela garota tinha me encontrado tão depressa, mesmo se ela quisesse que eu voltasse para Huntington Beach, eu não voltaria.
  - Foi difícil te achar. – Ela se sentou ao meu lado.
  - Quem disse que eu queria ser encontrada? – Fui grossa com ela.   - Ainda pelo lance com o Brian. – Eu não entendi quem era esse cara. – Syn, ele se chama Brian, achei que vocês tinham feito as pazes porque ele te beijou e você correspondeu.
  - Eu estou muito bem aqui sozinha com meus pensamentos. – Eu estava ficando de mau humor de novo.
  - Estou vendo. Por que você mentiu para mim que estava no voo? E que aconteceu para você ficar desse jeito?
  - Se eu disser você me deixa em paz. – Eu peguei a minha bolsa.
  - Claro.
  - O meu voo é para quarta-feira, não consegui nada antes, e se você soubesse que eu só consegui voo para quarta, ia me perturbar para voltar à Huntington Beach. Eu não quero voltar, eu vi o Gates com outras garotas, antes de você fazer um discurso que ele não é meu namorado, eu não deveria ter ciúmes dele, foda-se, eu estou apaixonada por ele. – Pela primeira vez, eu estava admitindo isso. – Não quero que ele brinque com os meus sentimentos, ele pode ter quem ele quiser, a mim, nunca mais. – ficou chocada.
  - Eu não sabia, mas então você ficou com raiva da mina que beijou...
  - Ele transou com a Juliette no banheiro feminino depois do show, ele me ignorou quando eu peguei os dois, fingiu que nem me conhecia. E depois vem na cara de pau dizendo que sentiu a minha falta. – Eu me levantei do chão. – Sei que você fica com o melhor amigo dele, então me deixa em paz, eu fico melhor sozinha.
  - Você já não tem amigos, seus pais não se importam com você, você precisa de...
  - Ficar sozinha, você está linda e feliz, ao contrário da Juliette, eu não preciso invejar nada de ninguém. – Eu a interrompi.
  Eu entrei no resort correndo, me tranquei no meu quarto e comecei a chorar, me joguei na cama, abracei o travesseiro, o enchi de lagrimas até adormecer...
  Mais tarde, o meu celular e era um número desconhecido, fiquei com medo de ser o colégio novamente, mas respirei fundo e atendi.
  - Alô?
  - Boa noite, Srta. , sinto muito lhe informar que seu voo para Sacramento foi cancelado por problemas técnicos, eu vou reagendar seu voo para o mais rápido possível e depois entrarei em contato com a senhorita. – Eu desliguei o celular, peguei o telefone do quarto e disquei para a recepção.
  - Eu quero reservar este quarto por mais uma semana.
  Eu coloquei a minha cabeça no travesseiro e fechei meus olhos tentando dormir, o sono não estava chegando, eu não poderia pedir uma bebida por causa da gerente que me conhecia e sabia que eu tinha apenas 15 anos. Eu respirei fundo, fechei meus olhos, tentei dormir mais uma vez.
  Eu tirei a minha roupa e fui para o banheiro tomar um banho relaxante, enchi a banheira de tudo para relaxar, eu entrei na banheira cheia de espuma, deitei o meu corpo e acabei relaxando, tentei não pensar em Brian, afinal ele não estaria pensando em mim, deveria estava nos braços de outra, até mais de uma.
  Afastei os meus pensamentos dele, eu fechei os meus olhos e deixei o banho de espuma fazer o resto, até cochilei...

  Eu sonhei com uma festa de debutante, bem brega. Cheio de bexigas coloridas, meus colegas do internato, de vestido amarelo ovo com Jimmy do seu lado de mãos dadas, meu pai me levou para a pista de dança onde dançamos a valsa de pai e filha. Eu estava sorrindo, estava com vestido rosa longo com o cabelo preso com uma coroa de brilhantes na cabeça como uma princesa da Disney.
  De repente a música parou, e tocou um riff de guitarra, meu pai me deu um beijo no alto da cabeça, então as pessoas ficavam olhando impressionada e comentando, eu me virei e era Brian de terno e gravata, mas eu não estava assustada e nem surpresa. Eu fiquei feliz? Ele colocou a mão na minha cintura e tocaram Listz – Love dream. Dançamos por todo o salão, eu sorri para ele e ele sorria de volta para mim.
  No final da dança, Brian me levou para o centro da pista, tocou meu rosto com suas mãos e senti seus lábios tocarem os meus. Era como se fogos de artificio atirassem dentro de mim...

  Eu acordei e eu estava quase me afogando no fundo da banheira, eu me levantei e passei a mão sobre meus cabelos.
  - Cara que pesadelo...
  Uma semana depois, eu estava quase totalmente recuperada, o mar e ficar longe de tudo e de todos me deixava mais tranquila. Além do SPA maravilhoso onde eu gastei uma fortuna, meu pai ia pagar ele merecia por me deixar sozinha.
  Chegando meu aniversario acordei bem tarde, eu fui a uma loja no centro de Newport e comprei um cupcake de morango com uma vela. Voltando ao meu quarto, eu coloquei a vela em cima do cupcake, em cima da mesa, próximo a cama. Eu peguei o isqueiro dentro da bolsa e acendi a vela. Eu deveria fazer um pedido, eu respirei fundo e pedi para ser feliz pelo resto do dia.
  Apaguei a vela, e comi o cupcake, assim que eu terminei, o meu celular tocou, ninguém tinha se lembrado de me desejar feliz aniversário. Eu peguei o telefone e era , eu revirei meus olhos e atendi desanimada.
  - Alô.
  - Nossa que desanimo, feliz aniversário.
  - Tá bom. – Eu respirei fundo.
  - Preciso de você aqui em Huntington Beach. – me intimou.
  - Nem morta.
  - Eu fiz uma besteira, e acho que só você pode me ajudar. E mais importante não chama a polícia, ai meu Deus tem muito sangue aqui, estou com medo. Alguém está vindo e... – desligou o celular e eu fiquei apavorada.

Capítulo 07 - Why you don’t love me?

  Eu peguei uma camiseta grande do Evanescence dentro do armário, eu a vesti por cima da lingerie preta, coloquei uma meia 7/8 e o tênis all star e saí correndo pelo resort.
  Eu peguei uma pedra grande na porta do resort, eu chamei um taxi. Eu estava morrendo de medo, eu teria que pegar algo mais forte se tivesse que bater em alguém, aquela garota era maluca. Eu não estava acreditando que estava voltando à Huntington Beach, eu balancei a cabeça negativamente. Chegando a casa, eu paguei o taxista, eu vi um rastro de sangue, ou algo que parecia ser sangue na entrada.
  Estava muito escuro, as luzes foram apagadas, eu peguei um pedaço de madeira próximo a piscina. Eu fiquei apavorada, estava tremendo com o pedaço de pau na mão, tinha sangue na maçaneta, eu abri a porta da frente, me aproximei do interruptor, ouvi barulho de vidro se quebrando, eu levei um susto. Eu apertei o interruptor rápido, e as luzes se acenderam.
  - Surpresa! – Um monte de pessoas estranhas gritaram. Eu levei um susto que derrubei a madeira no chão.
  - Ai que susto! Eu achei que tivesse um assassino na casa. – Eu disse com a mão no peito.
  As pessoas começaram a me cumprimentar, eu nem as conhecia, eu dei um sorriso amarelo, depois M. Shadows e a namorada vieram me cumprimentar, ele apertou a minha mão e a namorada me deu um presente. Eu dei um sorriso, eu abri o papel de presente branco, na verdade, eu rasguei, era uma caixinha de joia azul, eu abri e era uma pulseira com vários pingentes de prata, tinha a torre Eiffel, uma guitarra, uma colcheia, uma borboleta e uma estrela. Eu amei e coloquei no meu pulso, achei muito fofo da parte deles.
  - Eu achei lindo, eu realmente adorei, já estou usando. – Eu agradeci e balancei o meu pulso.
  - Você parece uma garota legal. – Ela disse e deu um sorriso. – Só se veste como uma vadia, mas isso você pode mudar. – Eu fiquei sem graça. – Não sei se você sabe meu nome, mas eu me chamo Valery.
  - Oi Valery, achei que você não gostava de mim, por causa do Synyster e tal. – Eu coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha e percebi que M. Shadows estava olhando para minhas pernas.
  - Não sei como vocês se iludem com aquele filho da puta, a minha irmã, por exemplo, a coitada vive sofrendo por ele, ela acha que ele vai mudar e vai ficar só com ela. – Valery me respondeu. – Caras como ele não tem jeito, se der ibope pro Brian aí que ele vai gostar. Eu não tenho nada contra você, só toma cuidado.
  - Vou tomar. – Ela me abraçou e eles foram embora.
  Eu fui até a cozinha onde tinha um casal se esfregando, então alguém ligou o rádio no último volume em algum lugar da casa, eu peguei a garrafa de rum cubano aberta que estava na pia, eu dei um gole longo até matar a garrafa, eu teria que ir com calma porque a noite estava apenas começando.
  Então Johnny Christ estava de óculos abrindo a geladeira, e pegou duas cervejas, me entregou uma, eu agradeci com um sorriso, ele sorriu de volta. Ele era uma gracinha, no diminutivo porque ele era pequeno mesmo, ele tentou pegar o abridor de garrafa em cima da geladeira, mas não alcançou.
  Eu subi em cima da pia, me apoiei na geladeira e peguei o abridor, me desequilibrei e Johnny me pegou no colo e me rodou. Em seguida me pôs no chão, eu entreguei a ele o abridor, Johnny abriu sua cerveja e depois ele pegou a minha abrindo, brindamos a nossa pseudo-felicidade, eu dei um gole na cerveja, ele abaixou os óculos e deu uma piscadela para mim, eu dei uma risada.
  - Você é linda. – Ele estava bêbado, eu dei um gole na minha cerveja gelada.
  - Você também. – Eu não estava mentindo, mas havia um pequenino problema. – Mas, existe um problema... – Eu me aproximei do ouvido dele. – Ainda sou menor de idade.
  - Isso é um problema. – Johnny deu um gole na cerveja dele. – Pelo menos você disse antes de transarmos. – Nós rimos alto. – Daqui a quantos anos devo te procurar? – Ele me perguntou.
  - Hmm, daqui a dois anos. – Eu dei um gole na cerveja. – Posso te garantir que vai valer a pena. – Eu estava flertando?
  - Estou vendo, posso ter uma amostra do que me espera daqui a dois anos? – Eu dei um selinho nos lábios dele e depois uma mordida no lábio inferior. – Gata quero te ver daqui a dois anos.
  - Eu também.
  Eu terminei a minha cerveja, coloquei a garrafa na pia, depois que caiu a minha ficha do que eu tinha feito e me dei um tapa na testa. Eu me sentei no sofá entediada, segurei a minha bolsa, estava quase jogando Subway surfers quando sentou-se do meu lado esquerdo, e Jimmy do lado direito, me deixando no meio. Eles me abraçaram forte, eu fiquei sem jeito. me entregou uma dose de tequila, eu virei e respirei fundo, senti o estomago queimar.
  - O que foi tudo isso? – Eu perguntei.
  - Se eu te dissesse que ia te fazer uma festa em Huntington Beach, você não viria. – me conhecia apesar da crise de amnesia quando estava com seu amado.
  - Eu não viria mesmo. – Eu respondi. – Só espero que você não tenha convidado àquele que não deve ser nomeado. – balançou a cabeça negativamente.
  - Quem o Brian? – The Rev ficou sem graça. – Eu disse que ia ter uma festa com mulher e bebida de graça. Eu chamei o Zacky também, ele deve estar comendo, aquele obeso.
  - Jimmy, meu amor. Você se esqueceu de que eles ficaram? – ficou chateada, eu já queria ir embora, mas não ia dar o gostinho para ele perceber que me afetava.
  - Foi mal, eu tinha me esquecido, quando você disse que ia fazer uma festa para uma amiga, tinha me esquecido que ela tinha ficado com o Brian. Mas porra, ele é o meu melhor amigo. – Eu me levantei do meio deles, porque ia rolar DR.
  - E ela é a minha melhor amiga.
  Eu andei e me sentei na escada, peguei um cigarro na bolsa de caveira mexicana, antes que pudesse acendi, eu tinha me esquecido do isqueiro no quarto de hotel, dei mais um tapa na testa, antes que eu pudesse guardar o cigarro, uma chama apareceu na minha frente e acendeu o meu cigarro. Eu dei um trago longo no meu malboro azul, sentaram do meu lado e era Zacky com uma bandeja cheia de nachos, eu peguei um e dei um sorriso.
  - Só estou deixando você comer, porque é uma garota linda e a aniversariante. – Eu comi.
  - Obrigada, pela consideração. – Eu fui irônica. – Quer um trago? – Eu ofereci o cigarro.
  - Claro. – Zacky deu um trago, e me olhou com aqueles olhos azuis lindos, em seguida me deu o cigarro, eu dei um trago longo e joguei a fumaça para cima. – Depois que eu comer, eu queria te levar para dançar, você parece bem entediada, caralho, é la su fiesta.
  - Seu espanhol é horrível, mas enfim, eu entendi o recado, acho que vai ser bom dançar com você. – Eu cruzei as pernas, a blusa subiu e deixou quase tudo a mostra.
  - Vou ficar te fazendo companhia e se eu descer, meus amigos, eles ficam fazendo bullying comigo me chamando de gordo, obeso, baleia, rolha de poço, buraco negro de comida. – Eu caí na gargalhada. – Boneco da Michelin, isso não tem graça.
  - Tadinho de você. – Eu fiz carinho no rosto rechonchudo de Zacky. – Tá se sentindo melhor?
  - Sim. – Eu dei um trago no cigarro e passei o cigarro para Zacky que deu um trago longo.
  Zacky devorou os nachos mais rápido do que eu pensava, então eu me levantei, Zacky deu a mão para mim, eu apertei a mão dele, nós fomos a pista de dança improvisada no meio da sala. Eu coloquei as minhas mãos ao redor do pescoço dele, eu dei um sorriso enquanto ele colocou as mãos na minha cintura, estava tocando Marilyn Manson, eu comecei a me mexer ao ritmo da música (S)aint. A bebida estava começando a entrar na minha cabeça, eu comecei dançar mais sensualmente.
  Zacky me trouxe para mais perto dele, alguém me ofereceu um copo de bebida na cor azul, eu aceitei e bebi. Eu estava me divertindo, eu comecei a pular, Zacky começou a rir, ele me pegou no colo e me girou, eu ri alto. Eu baguncei o cabelo de Zacky, a música acabou e a gente se cansou, ele deu um beijo na minha mão e foi atacar a geladeira, arranjei uma garrafa de vinho branco em cima da TV, eu peguei e tomei tudo num gole.
  Eu voltei a me sentar na escada enquanto todos se divertiam, mas eu estava aliviada por Brian não ter chegado, ou ter vergonha – Duvido – de vir à festa. Então eu cruzei as pernas quando Juliette abriu a porta, eu fiquei com raiva daquela falsa estava com uma caixa de presente na mão, eu queria acertar a caixa na cabeça dela, mas assim que ela me viu, abriu um sorriso, eu revirei meus olhos, se aproximou de mim e me entregou a caixa.
  - Você sumiu, eu achei que você ficou chateada porque eu e o Brian. – Já achando que estava ficando intima dele. – Estamos juntos.
  - Vocês podem fazer o que quiser, não é da minha conta. – Eu me levantei da escada.
  - Você ainda está brava porque ele está comigo e não com você? – Ela perguntou e deu uma risada.
  - Se você veio se divertir as minhas custas, sua invejosa, pode ir embora, essa é a festa do meu aniversário, eu não quero ninguém que não gosto fique aqui. – Eu estava bêbada e não ia mentir, e nem tentar fazer a fina.
  - O que você está fazendo aqui? Eu nem te convidei! – apareceu e gritou. – Jimmy você a convidou também? – Jimmy estava mexendo no celular e negou com a cabeça. – Caí fora Juliette.
  - Mas, o Brian combinou de me encontrar aqui. – Eu revirei meus olhos.
  - Juliette, caso não tenha percebido ele não está aqui. – respondeu. – Está vendo? Não estraga a festa, valeu.
  Juliette foi embora com seu presente, eu fui à cozinha buscar um copo de alguma bebida para eu beber, tinha alguém de cara na geladeira, eu pedi uma cerveja, me passaram uma garrafa de Heineken, eu abri a garrafa com o abridor na pia, Johnny deveria ter deixado lá, eu me sentei em cima da pia da cozinha, eu dei um gole na cerveja, olhei para geladeira e vi os dedinhos tatuados segurando a porta, era Brian. Eu revirei meus olhos, dei mais gole na cerveja, tentei descer da pia, a minha mão escorregou e eu caí no chão de mau jeito, caindo em cima da minha perna que deu um estalo.
  Eu dei um grito, comecei a chorar porque a dor era muito forte, ou eu estava mais sensível emocionalmente por causa da bebida. Brian fechou a geladeira rapidamente e deixou a garrafa de uísque em cima da pia, eu tentei me apoiar no chão, mas não conseguia me levantar. Ele se abaixou e me pegou no colo, eu coloquei os meus braços ao redor de seu pescoço, se tivesse sóbria nunca deixaria me pegar no colo, mesmo que fosse com boas intenções.
  Brian me levou até o sofá, onde me pôs sentada, e esticou a minha perna na mesa de centro, sentou-se na mesa de centro e colocou a minha perna em cima da coxa dele, ele tirou o meu tênis all star, puxou em seguida lentamente a minha meia 7/8, eu mordi o lábio inferior, mas ele não percebeu. Assim que tirou, eu pude ver o quão o meu tornozelo estava vermelho e inchado.
  - Aqui dói? – Brian encostou onde estava vermelho, eu senti muita dor na região. – Pode estar quebrado, eu não sou médico.
  - Está doendo muito. – Eu comecei a chorar e depois ele começou a acariciar a minha perna.
  - Eu vou te levar ao médico. – Brian sorriu para mim, chegou perto e cruzou os braços e olhou nos olhos dele. – Sei que todo mundo aqui não confiam em mim com uma garota bonita, mas sou o único aqui que ainda não bebeu nas ultimas três horas, Jimmy me ajuda carrega-la até o meu carro.
  Jimmy apareceu e me pegou no colo, nos acompanhou até o carro, e sentou-se no banco de trás da BMW prata de Brian, Jimmy me colocou no banco de trás ao lado de , nem ele confiava no próprio amigo, ou o conhecia demais. Jimmy deu um selinho em e voltou à casa.
  Brian deu partida no carro e ninguém disse nada durante o trajeto até o hospital de Huntington Beach. Chegando lá, Brian pediu para dar entrada no hospital, eu abri a porta do banco de trás, eu me arrastei e me apoiei na porta, consegui ficar de pé com uma perna só. Brian me pegou no colo, eu respirei fundo, mas na porta do hospital, já estava com uma cadeira de rodas para eu me sentar.
  Então ele me colocou na cadeira de rodas, eu me ajeitei enquanto me empurrou para dentro do hospital, onde o médico já estava me esperando. O médico me conduziu aos raios-X, onde ele pediu para tirar um raio X da minha perna. Colocaram-me na mesa do raios X e a máquina bateu o raio X da minha perna.
  Depois me conduziram até a emergência, o médico examinou a minha perna, tocou onde estava doendo, depois uma enfermeira entregou o exame de raio X, ele verificou que havia, ou não quebrado a perna. Ele me explicou que eu havia torcido o tornozelo, precisaria ficar com a perna imobilizada e não poderia ficar forçando a minha perna.
  Uma enfermeira apareceu e imobilizou a minha perna, então Brian entrou no quarto e me deu um sorriso, uma boa ação não ia apagar as merdas de que ele havia feito. Eu me apoiei na cama enquanto Brian sentava ao meu lado, ele tocou o meu rosto, eu desmoronei na hora.
  Eu peguei uma mecha de seu cabelo negro e fiquei enroscando em meu dedo, era bom tê-lo por perto. Então Brian tocou meus lábios suavemente, era uma sensação boa. Eu toquei a cintura dele, o beijo se intensificou, eu toquei os lábios aceleradamente, a ponta de nossas línguas se tocavam, então ele me abraçou forte, eu coloquei as minhas mãos por dentro da camiseta preta dele, toquei a pele de suas costas, estava quente, toquei a palma de minhas mãos enquanto ele apertava a minha cintura, eu parti o beijo.
  - Pode ir embora, por favor... – Eu pedi a ele.
  - Tudo bem. – Brian saiu da maca e foi embora, entrou.
  - O que houve amiga? – se aproximou.
  - Eu fechei esse capitulo da minha vida. – Uma lagrima caiu do meu rosto, eu a sequei. – E não quebrei a minha perna.
  Quando o médico me deu alta, me colocaram na cadeira de rodas novamente, eu estava chegando a porta do hospital de Huntington Beach, tinha um homem de braços cruzados e era meu pai. Eu dei um sorriso falso.
  - Eu posso explicar...   - Explicar o que? Vocês mataram aula por uma semana, está do outro lado do estado, mentiu para mim, gastou mais de cinco mil dólares. A senhorita está de castigo, você vai ter sorte se vê-la quando fizerem 18 anos. – Big Earl me interrompeu. – Sorte a minha que você mora em Seattle, você mocinha está de castigo...

Capítulo 08 - Câncer

  11 meses e alguns dias depois…

  Eu fui ao médico a minha consulta de rotina, naquele ano eu tinha descoberto um câncer no fígado, tinha feito um tratamento, quimio e radio porque o tamanho não dava mais para operar, poderia melhorar, ainda sim eu esperava uma melhora, meu pai começou a se preocupar comigo.
  Eu entrei no consultório médico, respirei fundo, então meu oncologista o dr. Smith pediu para me sentar, assim eu o fiz, juntei as minhas mãos.
  - Bom dia doutor. – Eu apertei a mão do doutor. – Então, o que meus exames de rotina dizem. – Ele pegou o meu exame e abriu, leu e estava franzindo a testa, não era um bom sinal.
  - Apesar dos nossos esforços, e do tratamento de radio e quimio, você não melhorou, só está piorando, além de o câncer ter aumentado de tamanho, apareceu um linfoma do seu pulmão por isso você anda com a dor no peito e cansada. Sinto muito, você vai morrer em um ano. – Eu comecei a chorar.
  - Eu vou morrer antes de completar 18 anos? – Eu fiquei triste.
  - Podemos tentar outro tratamento, pode aumentar em alguns meses, ou você pode não continuar reagindo. – O médico me informou.
  - Não quero prolongar meu sofrimento, eu quero viver meus últimos dias como uma garota normal, por favor, não conte a ninguém. – Eu pedi ao médico.
  - Por lei tenho que avisar ao seu pai.
  Eu me virei, eu respirei, mas com mais dificuldade. Saí do consultório entristecida, meu pai Big Earl estava lá sentado numa cadeira na sala de espera. Eu comecei a chorar, então eu o abracei fortemente.
  - O que o médico disse? – Ele me olhou nos olhos.
  - Eu só tenho mais um ano de vida. – As lagrimas desceram como cachoeiras de meu rosto.
  - Vamos procurar outro médico, fazer outros tratamentos. – Eu abracei fortemente meu pai.
  - Não, eu não quero prolongar mais o meu sofrimento, quando eu tiver que partir, eu quero estar mais ou menos do jeito que estou agora. – Eu tentei parar de chorar. – Quero que ninguém saiba que vou morrer dentro de um ano, me prometa.
  - Também acho melhor.
  Fomos a Ferrari amarela de Big Earl, conversível, eu me sentei no banco do passageiro e ele no banco do motorista. Durante o trajeto, eu fiquei olhando a paisagem de Bevely Hills, eu avistei um salão de beleza.
  - Pai você pode estacionar aqui. – Eu me virei para ele.
  - O que você quer? – Ele parou o carro.
  - Eu quero voltar a ter cabelo comprido. – Big Earl não entendeu, eu revirei meus olhos. – Colocar mega hair, de preferência roxo. Não! Vou mudar de cor uma vez por mês, vou ser como uma caixa de crayons. – Big Earl começou a chorar. – Pai não chora, eu estou cheia de vontade. Domingo que vem é o meu aniversário de 17 anos, então eu quero uma festa de debutante bem cafona.
  - Eu vou fazer todas as suas vontades. Faça uma lista e me entregue quando eu te buscar do salão. – Ele estacionou a Ferrari amarela em frente ao salão. – Gaste tudo o que você quiser.
  - Você ainda não aprendeu que dinheiro não compra tudo, mas queria comprar alguns anos de vida. – Eu desci do carro.
  Eu entrei no salão, eu pedi o pacote completo, a cabelereira viu o meu cabelo curto, ela ia fazer o mega hair com cabelo rosa choque. Eu pedi papel e caneta para me distrair enquanto ela colocava o aplique na minha cabeça. Ela me entregou uma folha A4 e uma caneta bic preta, ela separou o cabelo rosa, era cabelo humano pintado de rosa. Eu comecei a fazer a minha lista.

Minha lista antes de morrer:

  1° Aprender a tocar guitarra com o melhor guitarrista da atualidade (Urgente)
  2º Ter meu próprio carro
  3º Voltar à Huntington Beach
  4º Fazer várias tatuagens
  5º Ir a Europa
  6º Comprar uma estrela
  7º Dar o último beijo na boca em Brian
  8º Aprender a fazer bolo de chocolate
  9º Dizer eu te amo, sempre que puder
  10° Largar a escola

  Eu dobrei a lista e coloquei dentro da minha bolsa, a cabelereira estava curiosa para saber o que eu tinha escrito, mas eu escondi a lista. Quando ela terminou, eu me olhei no espelho e sorri, eu paguei com o cartão de credito, naquele momento não me importa com dividas.
  Eu saí do salão de beleza, meu pai estava comendo um hambúrguer e tomando refrigerante, eu revirei meus olhos, pelo menos não precisaria ligar, ele levou um susto a me ver de cabelo rosa. Eu dei uma risada, ajeitei meu casaco, naquele dia estava sentindo frio, provavelmente eu estava com febre.
  Entramos no carro, eu pedi mais um papel para fazer cópia da lista, Big Earl me deu um caderno e uma caneta azul, eu anotei a minha lista ocultando o itens n° 3 e 7. E entreguei a lista para ele, Big Earl olhou, coçou a testa, e em seguida sorriu para mim.
  - Ok minha filha, eu vou atender todos os seus pedidos da lista, o primeiro só atendo com uma condição. – Ele começou a dirigir.
  - Qual? – Eu coloquei o cinto de segurança.
  - Você vai compor um cd para uma cantora nova. – Eu revirei meus olhos. – Não começa, você precisa me deixar um legado já que não vai me dar netos.
  - Há anos que eu não componho nada... Eu não estou inspirada para esse tipo de coisa, eu sei que você vai querer algo animado. – Eu tentei disfarçar. – Tem que ser o melhor guitarrista para me dar aula, senão eu não escrevo nada. Netos, você só pode estar maluco.
  No dia seguinte, eu estava deitada na cama com os fones de ouvido ouvindo música clássica, quando Maria a empregada entrou no meu quarto sem bater, abriu as cortinas. Ela me disse que havia uma pessoa queria me ver, eu tirei os fones do ouvido, pulei da cama e Maria foi arrumar o quarto.
  Eu desci as escadas devagar para não ficar cansada, fui até a sala de estar imensa e estava sentada no sofá, eu a abracei, e ela se surpreendeu com meu cabelo rosa.
  - Como você está? Como você veio para cá? – Nós nos sentamos no sofá branco.
  - Calma, seu pai me pediu para passar uns dias com você. – Eu fiquei surpresa. – Eu sei que ele gritou que nunca mais ia te ver. Como está sua doença? – Ela sabia que eu havia tido câncer no fígado.
  - Fui ao médico ontem, e ele disse que eu estou completamente curada. – Eu menti descaradamente, ela me abraçou fortemente. – Só não posso beber e nem fumar, mas mudando de assunto. E você namorando muito?
  - Jimmy terminou comigo. – Ela ficou triste e eu nem me importei muito. – Foi melhor assim, eu sou menor de idade ainda, ele viaja muito e não estava dando certo. E a escola?
  - Eu fui reprovada, ainda estou no primeiro ano. E o Brian sabe alguma coisa dele? – Eu senti borboletas no estomago, afinal fazia quase um ano que eu não sabia nada dele.
  - Ele deve estar bem, a última vez que eu o vi, ele estava namorando a Michelle, a irmã da Valery, mas isso não significa que ele mudou, continua o mesmo mulherengo de sempre. – Eu fiquei decepcionada, mas respirei fundo.
  - Domingo, meu pai vai fazer uma festa de aniversário, eu vou comprar um vestido bem brega, vai ser bem engraçado. – Nós rimos alto...
  No dia da festa, tinha muita gente organizando a casa, eu estava no meu quarto com organizando o meu cabelo, vestido e os sapatos para a festa. Eu estava fazendo aquilo para meu pai ter uma lembrança boa de mim para quando eu partir, senão fosse isso, não toparia aquela palhaçada.
  Eu me sentei na cama enquanto esperava a cabeleira chegar, mas abriram a porta do meu quarto e era meu pai, e ele estava com uma caixa enorme nas mãos, eu peguei, tirei o laço rosa tirando a tampa, tinha uma chave de um carro e um envelope azul celeste. Eu peguei o envelope e tinha o nome da minha mãe. Eu levei um susto afinal ela não dava notícias há mais de dez anos.
  - Você vai entender os motivos para ela ter sumido por tanto tempo. – Big Earl saiu do quarto. – Depois vem ver o seu carro novo! – Ele gritou do corredor.
  - Tudo bem. – Eu respondi, abri o envelope, reconheci a caligrafia da minha mãe e quase chorei. – . – Ela estava mexendo na minha coroa e olhou para mim. – Você pode me deixar sozinha por alguns instantes para eu ler a carta da minha mãe.
  Então ela deixou a coroa em cima da cama, e saiu do quarto. Eu peguei o pedaço de papel e desdobrei a carta lendo:

Querida Bonequinha
Hoje é um dia muito especial para você! Você está fazendo 18 anos está virando uma adulta, queria saber se você tem sido obediente ao seu pai, ou tem aprontado muito. Muitos planos, faculdade, namorado, amizade. Desejo muito a sua felicidade, apesar de não parecer, eu te amo muito minha filha.
Você deve querer saber o que estou fazendo esses anos todos longe de você, bem, a resposta é mais simples do que você pode imaginar. Se você recebeu essa carta ao invés, eu pessoalmente te desejar um feliz aniversário. Não sei como te dizer isso, mas o sarcoma me venceu. Eu descobri que tinha câncer nos ossos quando você tinha apenas 3 anos, com o tempo só foi piorando, por isso que te deixei com seu pai. E o fiz prometer não te contar nada, eu deixei essa carta para ele te entregar quando você fizesse 18 anos.
Eu não queria que você sofresse a me ver deteriorando, queria que suas lembranças de mim fossem comigo quando te levava ao parque, na escolinha pela primeira vez, sorrindo no seu aniversário quando te levei ao zoo de Las Vegas, e também quando eu toquei aquela música do Nirvana ao piano, você amava tanto. Você é uma musicista talentosa, espero que você não tenha enterrado seu talento para compor e tocar piano.
Nunca deixei ninguém te diminuir, sua força é maior do que você imagina, eu nunca te abandonei e se pensa assim é culpa do Big Earl. Lembre-se sempre de amar muito, pois a vida é curta e não sabemos a hora que vamos partir.
Saiba que sempre você será a minha bonequinha, e sempre poderá me encontrar nas estrelas do céu.
Com todo amor, Helena .

  Eu comecei a chorar, abracei a carta contra meu peito, as lagrimas correram em meu rosto, meus olhos ardiam, em seguida eu guardei a carta dentro da gaveta em meu criado mudo. Eu peguei um lenço de papel em cima do meu criado mudo e sequei as minhas lagrimas.
   entrou no quarto, e me abraçou. Ela estava curiosa sobre a carta, mas ia dar a versão resumida da história, eu ia tentar não chorar, mas seria muito difícil.
  - O que dizia a carta? – Ela me perguntou curiosa.
  - A verdade, ela não me abandonou e sim, ela não queria que eu a visse morrer, até altruísta da parte dela. – Eu acabei me emocionando novamente. – Ela me amou e me ama lá do céu.
  - Ah eu vou chorar. – começou a chorar.
  - Minha mãe morre e você é que chora, me poupe... – Eu me levantei da cama. – Vamos ver a belezinha que o Big Earl comprou para mim, espero que corra muito.
  Eu peguei a chave dentro da caixa, nós saímos do quarto, descemos as escadas, correu, eu desci devagar com a desculpa de estar cansada. Ela me esperou lá descida da escada, nós seguimos até a porta. abriu, eu avistei uma Lamborghini Gallado preta. Eu gritei, apertei o botão e as portas se abriram, eu fiquei muito feliz, chamei para entrar no carro.
  Nós entramos na Lamborghini, eu me sentei no banco do motorista, liguei a direção, fechei as portas, o carro ligou, eu arregalei os olhos, apertei a embreagem, coloquei o carro em ponto morto, depois comecei a acelerar, soltando a embreagem lentamente, eu só dei uma volta no condomínio, mas foi o suficiente para me divertir, pelo resto do dia.
  Estacionei o carro na garagem junto com as Ferrari do meu pai, ele tinha uma de cada cor, um verdadeiro exagero, mas ele era um produtor de rap, bom tinha que ostentar poder, o que era ridículo para mim. Eu me senti mais tranquila, sorri, meu corpo estava relaxada, nem parecia que ia ter uma festa de debutante a noite.
  Mais tarde, eu estava pronta para a festa, tinha colocado um vestido longo, não como no meu pesadelo, era rosa e preto, mas o preto predominava. Eu coloquei a pulseira que tinha ganhado de Valery, a única coisa boa que eu havia levado de Huntington Beach. Eu estava com o cabelo preso com um coque em forma de um laço cor de rosa, por causa do cabelo. Coloquei a coroa na cabeça, estava com um Louboutin preto com o salto bem alto, gargantilha preta com um rubi, passei o meu perfume Chanel n° 5, devidamente maquiada e então eu estava pronta.
  Meu pai entrou no meu quarto, assim que me viu arrumada, caiu em lagrimas, para um produtor de rap, ele era um chorão, eu revirei meus olhos, e estendi a minha mão para ele pegar para parar de chorar. Então saímos do quarto de braços dados, tinha muita gente em casa. Descemos lentamente as escadas, andamos pela sala, as pessoas batiam palmas, fomos ao salão de festa da nossa mansão.
  Chegando lá, tinha vários colegas do internato, coincidentemente estava com o mesmo vestido do meu pesadelo, o vestido amarelo só que sozinha. Tinha várias pessoas dançando na pista, quando chegamos as pessoas pararam de dançar, por causa do meu estado, eu não podia fazer muito esforço. O DJ da festa tocou uma valsa, eu franzi a testa e arqueei uma das sobrancelhas, eu não queria dançar, mas ia fazer a vontade do meu velho. Eu coloquei uma mão na cintura dele e ele segurou a minha outra mão.
  Começamos a deslizar pelo salão, eu estava dançando bem, estava comendo uma coxinha e sorrindo, meu pai me girou, eu sorri, ele deu mais alguns passos, eu estava me cansando, mas dancei até o final da música. Quando a música acabou, todos bateram palmas, eu me curvei em agradecimento, eu ouvi o mesmo solo de guitarra de meu pesadelo, o DJ estava bebendo.
  - Sua surpresa minha bonequinha, seu professor de guitarra chegou. – Big Earl sussurrou em meu ouvido.
  Eu olhei para , ela tinha ficado branca que nem um papel de tão surpresa, ele deveria ser foda, eu me virei e meu professor particular de guitarra, era ninguém mais, ninguém menos do que Synyster Gates...

Capítulo 09 - Taking over me

  Opcional: Amy Lee – Love Exists

  Você não se lembra de mim, mas eu me lembro de você...

  Eu fiquei chocada, meu coração saltou pela boca, nunca esteve tão acelerado, apesar de um ano de distância, era como se tivesse visto Brian, no dia anterior. Eu dei um sorriso, ele sorriu de volta, eu queria abraça-lo com todas as minhas forças. Esqueci de todo o protocolo, eu corri, Brian deixou a guitarra no chão e estendeu os braços para que eu pudesse abraça-lo...

  It can be born anywhere
  Ele pode crescer em qualquer lugar
  In the last place you'd expect
  No último lugar que você espera
  In a way you'd never dream
  De um jeito que você nunca sonhou
  It can grow from nothing
  Ele pode crescer do nada
  And blossom in a second
  E florescer num segundo
  A single glance is all it takes
  Um simples olhar é tudo que precisa
  To get inside you...
  Para entrar em você...

  Eu o apertei contra o meu peito, mas Brian deu uma risada. Ele era tão lindo quanto eu me lembrava, então o soltei, eu tinha que me controlar na frente das pessoas. Ele me olhou como se não me conhecesse, eu levei as mãos a cintura.
  - Você não se lembra de mim? – Eu perguntei e Brian mexeu a cabeça negativamente, eu me entristeci, então ele segurou meu rosto, eu senti o calor de suas mãos.
  - Eu conheço muitas pessoas, não me lembro de todo mundo, eu rodo por todo planeta, eu realmente não me lembro de você. – Brian me respondeu. – A gente começa de novo.
  - Para mim até melhor. – Seria mesmo, ele seria profissional e eu conseguiria me controlar.

  It can grow alone 'till it turns to dust
  Ele pode crescer sozinho até virar pó
  It can tear your world apart or bind to you forever
  Ele pode partir seu mundo ou te unir para sempre
  It can grow in darkness, make its own light
  Ele pode crescer nas trevas, fazendo sua própria luz
  Turn a curse into a kiss, change the meaning of your words.
  Tornar uma maldição num beijo, mudando o sentindo de suas palavras.
  Love makes no sense, love has no name
  Amor não tem sentido, amor não tem nome
  Love drowns you in tears and then sets your heart on fire
  Amor deixa você em lagrimas e deixa seu coração em chamas
  Love has no fear, love has no reason…
  Amor não tem medo, amor não tem razão...

  - Podemos conversar a sós? – Eu perguntei, afinal eu estava curiosa, eu não ia realizar o item n° 7 da minha lista.
  - Claro, só não sei onde. – Brian coçou sua cabeça.
  Eu o levei para fora do salão de festa, então eu o levei até o deck da piscina onde não tinha ninguém, a piscina estava cheia de rosas, que coisa mais cafona. Eu tirei os sapatos, eu os coloquei do meu lado e sentei na beira da piscina, em seguida Brian sentou-se ao meu lado.
  - Como meu pai te achou? – Eu estava confusa. – O que ele te disse? E te ofereceu?
  - Calma, eu vou responder cada pergunta de cada vez. – Ele pegou um folego. – Eu estava em casa em Huntington Beach, quando ele apareceu. Ele me ofereceu uma grana, muita grana para eu te dar aula, simples assim, atendendo ao desejo de uma filha mimada.
  - Hum, interessante meu pai disse que eu era mimada, muito legal da parte dele, mas tudo bem. – Eu fui sarcástica. – Aproveite a festa, beba por mim! Pois eu tenho um milhão de convidados para cumprimentar. – Eu me levantei.
  Eu fui tentar colocar o sapato e me desiquilibrei, então Brian me segurou Eu consegui colocar os sapatos, bati um nos outro com a Dorothy no Magico de Oz. Eu fiquei ereta, ajeitei meu vestido rosa e preto, sacodi a minha pulseira.
  Brian estava tão lindo, havia cortado o cabelo, raspado dos lados, e o resto de seus cabelos negros estava com pomada, ou gel, sei lá, estava para cima. De jaqueta de couro, camiseta branca de gola V, calça jeans preta e tênis preto.

  It can make you better, it can change you slowly
  Ele pode fazer você melhor, ele pode te mudar devagar
  Give you everything you want, ask for nothing in return
  Dar tudo que você quer, sem querer nada em troca
  In the blink of an eye, the hint of a smile
  Numa piscada de um olho, numa insinuação de um sorriso
  In the way you say goodbye and every time you find me…
  No jeito de te dizer adeus e todo o tempo você me encontra...

  Eu apertei a mão de Brian, pela primeira vez não teve maldade em nada ao meu respeito. Eu dei um sorriso para mim, que devolveu o sorriso. Eu andei na direção oposta dele, eu me virei, Brian estava pegando uma taça de champanhe, ele estava tão lindo, e eu apaixonada como uma idiota...

  Love makes no sense, love has no name
  Amor não faz sentido, amor não tem nome
  Love drowns you in tears and then sets your heart on fire
  Amor te mergulha em lagrimas e deixa seu coração em chamas
  Love has no fear, love has no reason.
  Amor não tem medo, amor não tem razão.
  My love is you
  Meu amor é você
  My love, you are
  Meu amor, você é
  My love is you
  Meu amor é você
  My love, you are.   Meu amor, você é.

  Eu andei em direção a sala, onde cumprimentar todas pessoas que estavam na festa, eu não conhecia a maioria das pessoas, eu sorria tanto que doía o meu rosto, o sorriso era falso, mas Brian entrou na sala, então eu dei um sorriso genuíno, mas ele não me viu. Eu disfarcei, meu pai me chamou para cortar o bolo, então ele me conduziu até o salão onde tinha um bolo gigante rosa com dezessete velas, tinha vários símbolos musicais na cor preta.
  Cantaram parabéns para mim, muitos anos de vida era algo que não tinha, eu fiquei sem graça, bateram palmas, eu soprei as velas, mas não fiz nenhum pedido. Os meus últimos desejos, eu havia colocado na minha lista.
  Eu cortei o primeiro de bolo, entreguei a Big Earl e me chamaram de puxa saco. Era um bolo de chocolate com recheio de marshimallow, então eu cortei mais pedaço e entreguei para . Eu cortei mais um pedaço e dei a Brian, ele sorriu para mim. Então uma mulher começou a cortar os pedaços de bolo, e me entregou um, depois colocou numa bandeja.
  Comecei a comer com a mão mesmo, estava muito bom, a massa estava fofinha, o recheio de marshimallow derretia na minha boca, era uma sensação maravilhosa quando terminei, tinha uma pessoa servindo pedaços de bolo em pratinhos de plásticos rosa e preto, eu peguei mais um e comi, se aproximou de mim, ela não tinha comido o seu, eu ia comer o pedaço dela.
  - Para de comer bolo de chocolate senão você vai engordar. – tentou tirar o meu prato, eu levantei e dei mais uma garfada.
  - A vida é muito curta para eu me preocupar em engordar, esse bolo está incrível. – Eu acabei de comer o meu bolo. – Se você não quer, eu quero. – Eu roubei o bolo dela.
  - Você é doida. O que você é outro lá conversaram? – Eu não entendi nada como a forma que se referiu a Brian.
  - Nada demais, ele não me reconheceu, melhor assim. Vocês eram tão amigos, porque quando eu estava com ele, você ficou de mimimi. – Eu continuei a comer.
  - Isso foi antes de falar mal de mim para o Jimmy, eu tenho quase certeza que foi ele que fez a cabeça do Jimmy para terminar comigo. – cruzou os braços.
  - Brian vai me dar aula de guitarra, mas é apenas isso. – Eu falei com a boca cheia, falando no diabo, ele apareceu perto de mim, saiu de perto. – Vai me deixar sozinha! – Eu continuei a comer. – Sim, professor.
  - Nossa me senti com 50 anos agora, amanhã depois da escola, eu venho te dar aula. – Então Brian me abraçou, eu senti o seu cheiro natural misturado perfume masculino e cigarro, era tão bom.
  - Eu estudo em casa, não confio na educação americana. – Eu menti, ele olhou nos meus olhos.
  - Você mente bem. – Brian me deu um sorriso de lado.
  - Eu sei, só um mentiroso profissional reconhece outro. – Eu dei um soquinho no queixo dele.
  Nós rimos alto...
  No dia seguinte, eu acordei bem, Maria abriu as cortinas do meu quarto, era segunda, mas não tinha que preocupar com escola, eu aprendi o que tinha que aprender. não tinha dormido na minha casa porque se interessou em acompanhar uns dos convidados.
  Eu lavei o rosto, desci até o jardim, onde tinha uma mesa enorme cheia de frutas, sucos, café, pães, bolos. Eu não tinha fome por causa do fígado, eu nem sabia por onde começar. Big Earl estava sentado a mesa, tomando uma xicara de café com uísque, sim meu pai bebia café com uísque. Eu me sentei a mesa de frente para ele, eu servi um copo de suco de laranja e peguei um pedaço de mamão papaia. Eu dei um gole no suco.
  - Por que ele? – Eu coloquei minhas mãos em cima da mesa.
  - Ele quem? – Meu pai não havia entendido.
  - O professor, porque tem que ser o Brian... – Eu fiquei sem graça e dei uma pausa. – Quer dizer, o Synyster Gates do Avenged Sevenfold?
  - Eu estava procurando alguém para te dar aula, alguém que você poderia gostar. – É nisso ele tinha acertado. – Então Laurel minha assistente, disse que a banda dele é popular entre a garotada. – Ele falou como um velho. – Mas, pelo abraço que você deu nele na festa, você gosta dele, eu vi uns vídeos dele no youtube uau.
  - É que eu queria uma desculpa para me livrar de compor para essa tal cantora pop/vadia que você está produzindo, mas o que eu compor, ela vai ter tentar cantar. – Eu me recostei na cadeira, dei outro gole no suco de laranja. – Condição, esse CD só vai ser lançado depois que eu morrer.
  - Feito. – Então apertamos nossas mãos para selarmos nosso pacto.
  Depois do café da manhã, eu voltei ao meu quarto, olhei para o meu piano de cauda fechado, resolvi abri depois de mais de um ano fechado. Não estava empoeirado porque as empregadas limpavam sempre, eu abri a tampa, ele fica próximo a janela, para eu ver o jardim, eu não conseguia pensar em nada importante, eu peguei um caderno de escola que não ia usar e uma caneta, me sentei no banco do piano, fechei meus olhos para pensar em algo para inspirar. Minha mente estava vazia, ainda bem, tudo estava em branco, eu olhei para o jardim, tinha várias borboletas voando sobre as rosas do jardim, eu as observei, então escrevi um verso e juntar numa futura música.

  A vida não é um tormento,
  Mas uma bênção,
  Leve como as borboletas,
  Que voam sobre uma flor,
  Eu quero voar em você.

  Ainda não estava bom, mas não era para mim, tinha que soar comercial, meus profundos sentimentos não importavam a ninguém, as vezes nem a mim mesma. Eu olhei para o jardim, Brian estava olhando para rosas, e ele arrancou uma, ou ele ia dar para mim, ou pra namorada. Eu preferia a segunda opção para meu próprio bem, eu não sabia agir ou como ia falar com ele, sempre que nos falávamos era através de beijos ou brigando (eu estava brigando). Mas algumas palavras, frase reapareceram para mudar o verso que eu havia escrito.

  O amor pode ser um tormento,
  Uma bênção ou não,
  Leve como as borboletas,
  Que voam sobre uma flor,
  Eu quero voar em você.

  Estava menos ruim, eu teria que refazer mais uma vez, então Maria entrou no quarto me chamando para eu atender Brian que havia chegado para me dar aula, para evitar o meu cansaço, eu peguei a minha guitarra Shelter, abri a porta do meu estudo que ficava dentro do meu quarto, eu liguei a aparelhagem de som, e pluguei a guitarra no amplificador.
  Eu desci as escadas devagar para não me cansar, meu pai tinha que providenciar um elevador com urgência, assim que terminei de descer as escadas fiquei muito cansada e me sentei, como não vi a rosa nas mãos de Brian que estava na entrada junto com meu pai, ele deve ter escondido para dar para namorada. Eu agradeci mentalmente por isso, mas meu coração estupido não aceitava, ele acelerou e não foi pelo esforço, as minhas mãos suavam, eu senti as borboletas do jardim estavam voando dentro de mim, eu dei um sorriso bobo.
  - Então onde eu posso dar as minhas aulas? – Brian perguntou, ele estava com a guitarra dentro da bolsa de transporte pendurado nas costas.
  - No meu quarto. – Big Earl e Brian se assustaram com a minha resposta. – O que foi?
  - Seu quarto não seria o lugar mais apropriado. – Brian me respondeu.
  - Dentro do meu quarto tem o meu estúdio, seu tarado. – Eu respondi e franzi a testa. – Tem isolamento acústico, ninguém vai nos ouvir fazer barulho, eu posso te matar, arrancar as suas tripas e ninguém vai ouvir seus gritos. – Ele me olhou espantado e eu dei um tapa na testa.
  - Eu acho que entendi, o lance do isolamento acústico. – Brian colocou a mão na boca. – O que o senhor acha?
  - Ela que manda! – Meu pai respondeu. – Eu fiz uma puta estúdio para ela, dá para tirar um som legal.
  - Cool.
  Eu me levantei, estendi a minha mão para ele pegar, assim Brian o fez. Eu senti o calor de sua mão, com a minha mão suada, minha pele se arrepiou de tão forma, eu estava muito estranha. Eu praticamente arrastei pelas escadas, estava correndo me senti invencível, eu sorria, ele não estava conseguindo me acompanhar.
  Eu tive que soltar a mão para abri a maçaneta da minha porta, nós entramos, era estranho porque ninguém do sexo masculino, além do meu pai, havia entrado no meu quarto. Eu prendi o meu cabelo rosa num coque me desajeitado, então eu percebi que a porta do meu estúdio estava aberta, eu havia me esquecido de fechar a porta.
  Peguei o controle do ar condicionado e liguei, acendi a luz, era uma luz vermelha como de um puteiro de quinta. Eu revirei meus olhos, assim que ele entrou, eu pedi para fechar a porta com chave e assim ele o fez, eu respirei fundo porque não confiava nele comigo em ambientes fechados, sem presença de testemunhas. Então eu peguei a minha guitarra e me sentei num sofá fofinho que tinha no canto da sala, um pouco afastada dele, Brian ajeitava sua guitarra em um dos amplificadores, nem prestou atenção, eu respirei aliviada, ele pegou uma cadeira e sentou-se.
  - Então vamos começar. – Ele disse. – Alguma dúvida? Por que eu perguntei isso? Você deve ter várias. – Brian ajeitou sua touca na sua cabeça e tirou os óculos escuros.   - Só uma na verdade. Como devo te chamar? Professor Gates, Synyster, Syn? – Eu coloquei a guitarra no colo.   - Bom, eu não estou com o Avenged Sevenfold, pode me chamar de Brian, ou professor Haner se preferir algo mais formal. – Brian me respondeu, eu o chamava pelo primeiro nome, pelas costas dele então.
  - Brian está bom para mim...
  Brian me explicou as funções básicas da guitarra, as partes técnicas depois de uns quinze minutos de aula, eu não estava mais prestando atenção no que ele falava e sim ficava observando a beleza dele, espero que ele não fizesse pergunta. Eu tentei não babar, mas estava começando a ficar complicado.
  Uma hora nunca passou tão rápido, eu sempre balançava a cabeça como um sinal de que estava prestando a atenção. Então Brian começou a guardar a suas coisas.
  - Mas já acabou? – Eu fiquei decepcionada.
  - Amanhã eu volto. – Ele pegou uma goma de mascar no bolso da calça, colocando na boca e começou a mascar como uma vaca comendo. – No mesmo horário e no mesmo bat-canal. – Nós rimos.
  - Tudo bem, então. Quando eu vou aprender tocar guitarra? – Eu desliguei o ar condicionado e os amplificadores.
  - Pode levar um ano, ou a vida inteira. – Brian deu de ombros.
  - Estou lascada. – Pensei em voz alta e ele olhou para mim. – Nada, eu sou burra demais.
  - Que isso, você não é burra. – Ele disse de uma forma galanteadora, eu desviei o olhar.
  Nós saímos do estúdio, mais uma vez descemos as escadas, eu o acompanhei até a porta, eu não sabia se o abraçava, ou apenas apertava a mão dele. Então Brian pegou a minha mão e a beijou lentamente, ou meu cérebro colocou essa cena em câmera lenta. Os lábios quente dele tocando a minha pele causando-me arrepios, eu tentei não me lembrar da gente junto, mas estava ficando complicado, esperava que o tempo curasse, ou amenizasse isso...

Capítulo 10 - Farther away

  Um mês depois...

  

  Tudo estava indo bem, nem parecia que eu estava doente, as aulas de guitarras estavam indo bem, eu consegui compor uma música falando sobre borboletas no jardim, Big Earl adorou então isso era o importava. Eu somente falava com o Brian somente o que era indispensável durante as aulas, estava ficando mais fácil ficar perto dele, mesmo que cada dia, eu ficava mais apaixonada, eu não sabia como aquilo era possível. Eu fui ao salão e pintei o cabelo de vermelho cereja, era a cor mais próxima do rosa, para não ter que comprar outro aplique de cabelo.
  No dia seguinte, era sexta-feira, eu tinha acordado de madrugada com uma baita dor no peito, mas não resolvi falar nada com ninguém para não deixar meu pai preocupado. Eu abri o meu frigobar e peguei uma garrafa de agua gelada, e coloquei em cima do meu peito, aos pouco a dor foi cessando. Eu abri o piano, comecei a tocar a escada de ré menor, depois peguei o meu caderno e uma caneta.
  Eu estava de camisola, desci as escadas devagar para não acordar ninguém, eu fui ao jardim para observar o céu, não dava para ver muito as estrelas por causa das luzes da cidade, eu me sentei no chão, coloquei o caderno meu colo, segurei a caneta entre meus dedos, olhei para lua e escrevi.

  Oi amor!
  Olhei para estrelas e me lembrei de você,
  Por mais que não se importe.
  Oi amor!
  Seu sorriso me ilumina na escuridão baby
  Por mais que não se importe.

  O céu escureceu, mas em seguida, eu vi o sol nascer, mais radiante do que nunca. Eu dei um sorriso, eu me levantei e voltei ao meu quarto. Eu deitei na minha cama novamente, eu fechei meus olhos lentamente... Quando deu umas sete da manhã, eu levantei novamente sem sono.
  Eu fiz a minha higiene matinal, eu resolvi compor algumas notas para Hey love que tinha começado a escrever a letra, então meu pai entrou no meu quarto sem permissão. Eu parei de tocar cruzando os braços, eu fiz um bico para ele que estava com uma mala nas mãos, já estava demorando a sair de casa.
  - Você atrapalhou meu momento de composição. – Eu o adverti.
  - Desculpe, eu vou ter que dormir em LA hoje porque a Kelly Springs tem que fazer os aquecimentos e gravar aquela música que você escreveu. Mas, se você passar mal, pode ligar para mim, eu largo tudo e venho na hora. – Ele me deu um beijo no alto da cabeça. – Ah, seu professor não vem hoje, ele teve show ontem em outro estado.
  - Que legal, eu vou ficar sozinha dois dias entediada. – Eu respondi e coloquei a cara no piano.
  Esperei o meu pai sair de casa, eu peguei o meu celular, disquei para , por sorte, ela atendeu rápido.
  - Fala amiga. – Ela respondeu.
  - Vai fazer o que hoje? – Eu perguntei e me levantei do piano.
  - Nada.
  - Tem uma balada em San Diego que eu estou louca para ir, tem rock, gatinhos, bebida, muitos gatinhos bronzeados. – Eu chamei para vir. – Agora que você se mudou para LA, ficou mais fácil a gente se vê.
  - Não tenho desculpa, mas o seu pai...
  - Ele não está em casa e também não precisa saber que eu vou a San Diego.
  Mais tarde, eu coloquei uma lingerie vermelha, eu ri de mim mesma enquanto passava meu perfume Channel n°5, depois coloquei um vestido preto de renda vestido preto de renda, uma tiara de flores na cabeça, uma maquiagem sofisticada, um batom vermelho, minha bolsa em forma de vinil, uma bota de cano baixo, a minha pulseira que eu ganhei da Valery, um crucifixo e uma gargantilha.
   chegou com vestido vermelho justo, uma maquiagem muito escura e salto agulha.
  Nós fomos de Lamborghini até San Diego. Chegando à boate, eu nem precisei mostrar a minha identidade, o segurança me reconheceu como a filha de Big Earl e nos deixou entrar livremente. A boate estava muito cheia, tinha muito roqueiros, estava tocando B.YO.B do System of a down. Eu fui ao meio da pista e comecei a dançar enquanto procurava uma mesa para se sentar.
  Eu dancei umas duas músicas em paz, até que alguém esbarrou em mim na pista de dança, eu me virei e o cara pediu desculpas. Eu o ignorei, então ele segurou meu braço.
  - Eu queria muito ficar com você, te achei linda, não aceito não como resposta. – Eu revirei meus olhos.
  - Eu vou morrer dentro de alguns meses, e a última coisa que quero me lembrar de é você. – Eu soltei o meu braço.
  - Você tem AIDS? – Eu não confirmei e nem neguei, só arqueei a sobrancelha, o cara foi se afastando. – Fica na paz.
  Eu resolvi sair da pista, estava sentada numa mesa tomando uma garrafa de tequila, eu já tinha os meus problemas, eu teria que me envolver-nos dela, também. Eu me sentei em frente a ela, mordi o lábio inferior, ela me ofereceu a tequila e eu não aceitei, ela não entendeu e depois se lembrou do meu pobre fígado “recém-recuperado”.
  - As vezes você esquece que tive um câncer no fígado, e fiquei amarela igual a um personagem dos Simpsons ou Donald Trump. – Eu cruzei os braços. – O que aconteceu para estar entornando?   - Eu vi o Jimmy aqui. – Eu deveria ter imaginado. – Mas, não vou dar esse gostinho a ele, ele tem outra e eu tenho... – Ela começou a contar os caras com que estava saindo, então eu segurei as mãos dela.
  - Não precisa mesmo, apenas curta a música, bebida, esquece o Jimmy, ele que perdeu você. – Eu dei um tapa nos ombros dela, um garçom apareceu com duas doses de bebida Sex on the beach. – Vamos ver, foi um gatinho que mandou. – Ele assentiu com a cabeça positivamente.
   tomou as duas doses, eu pedi uma garrafa de agua mineral para o garçom, ele me trouxe rapidamente, e ele colocou no copo. Eu tomei rapidamente, era primeira vez que ia uma balada e só ficava na agua.
  Eu olhei para a pista VIP, avistei Jimmy de mãos dadas com uma mulher morena, ela era tão linda quanto , ele parecia feliz, isso estava partindo o coração dela, então eu tive uma crise de empatia. Se fosse eu? Se fosse eu que visse Brian com a namorada como eu reagiria?
  - Você quer ir embora? – Eu fui sincera, não queria que as nossas ultimas lembranças fosse com chorando de bêbada.
  - Não, ele que se foda com a nova namorada. Sei lá, eu já fiquei com outras pessoas, transei com outros caras, mas ninguém como ele, a diferença de idade não deveria importar. – colocou seu dedo médio dentro do copo. – Eu o amo ainda.
  - Uma coisa é ele ser mais velho do que você, até uns 10 anos, mas outra coisa, ele assumir uma namorada de 17 anos que pode leva-lo para cadeia, a polícia não entende que adolescentes podem amar, se você o ama, vai ter que deixar que uma outra pessoa o faça feliz. – Eu bebi o resto da minha agua.
  - E o Brian?
  - Ele nunca se interessou por mim como pessoa, o nosso relacionamento está bom do jeito que está, eu não quero ficar com ele. – Eu menti com maestria, ela acreditou.
  - Parecia ser tão intenso o que você sentia. – E era, mas ela não precisava saber disso.
  - Era uma paixonite de uma garota de 16 anos, ele é um gato, beija bem, mas nada demais.
  Eu fui a pista de dança novamente, estava tocando uma versão remixada de Going Under, eu estava dançando com a luz piscando. Eu comecei a rodar, sacodi os meus cabelos, pular, eu esbarrei em alguém, e era Brian com Valery, na verdade, com uma garota muito parecida com ela, quase uma irmã gêmea. Eu fiquei sem graça, a garota me olhou como se não me conhecesse, definitivamente não era Valery.
  Eu me afastei dos dois caso Brian resolvesse contar para o meu pai que me viu numa balada em San Diego. Comecei a ficar cansada, meu coração acelerou e perdi a vontade de dançar, passei no meio das pessoas, indo até o banheiro feminino, eu comecei a sentir tontura.
  Chegando lá, eu joguei uma agua do meu rosto, tirei a tiara da minha cabeça, a vertigem foi passando aos poucos, entrou no banheiro com os braços cruzados com aquela expressão de eu tinha razão, mas não era nada daquilo.
  - Antes que você comece, eu estou me cagando porque Brian contar ao meu pai que eu fui a balada, eu vou ficar de castigo. – Eu fui convincente. – Desde quando ele está saindo com o clone da Valery?
  - Ela é a irmã gêmea da Valery, Michelle. Ao contrário da Val, essa aí não nada simpática, está sempre com a cara de que pisou na merda. – Eu tive que rir. – A iludida. – Então Michelle entrou no banheiro e foi ao espelho retocar a maquiagem.
  – Vamos sair amiga, antes que sua bebedeira nos faça se meter em problemas.
  Eu puxei pelo braço, mas assim que saímos do banheiro feminino, Brian estava de braços cruzados, nos olhando, na verdade me olhando, talvez me desejando com o meu vestido curto, eu o desejei por alguns segundos. Ele interrompeu a nossa passagem.
  - Qual é, me deixa passar. – Eu pedi.
  - Seu pai deixou você vir a esse tipo de lugar? – Brian perguntou preocupado, eu não tive resposta. – Nem sabia que você era amiga dessa aí.
  - Ela é a minha melhor amiga, veja como fala. – Então a Michelle apareceu e segurou o braço dele para eu perceber que ele era dela.
  - Ah, eu queria dizer que o Jimmy mandou lembranças, mas ele não liga para você. – Brian foi sarcástico com , isso ia dar merda. – Michelle ela é a minha aluna que eu te falei, mas não parece ser uma menina porque está cheia de maquiagem e roupa curta. – Nós apertamos nossas mãos, mas antes ele bem que gostava da maquiagem e roupa curta.
  - Ah tudo bem, pelo menos quando o Jimmy por sua influência claro, quis voltar a vida de solteiro, ele terminou comigo, ao contrário de certas pessoas que tem namorada, mas ainda leva a vida de solteiro. – jogou a merda no ventilador,
  Eu arregalei os olhos, porque Michelle deu um beliscão no braço de Brian, o tempo havia fechado, no mínimo ele ia levar um belo sermão da namorada, eu chamei que se sentiu vingada por dado aquele fora em Brian, e eles eram amigos, mas eu não ia perguntar ou me meter na briga deles.
  Chegando ao estacionamento, eu tirei a chave de dentro da bolsa para desativar o alarme, mas um homem com uma faca apareceu na nossa frente querendo a chave do meu carro, dinheiro e o meu Iphone 6 plus, eu pedi para ele ter calma que eu ia tirar as coisas da minha bolsa, eu estava pronta para morrer, ele só iria me poupar meses de sofrimento, começou a chorar de nervosismo, eu abri a minha bolsa e saquei...

Capítulo 11 - Countdown

  Você está me matando aos poucos...

  E saquei um spray de pimenta e apertei bastante nos olhos dele, assim que ele caiu, eu pisei nas bolas dele, para me dar tempo de fugir. Então e eu corremos para o meu carro, eu desliguei o alarme, as portas se abriram, entramos no carro. Eu fechei as porta e dirigi rapidamente saindo do local.
  Deixei em Los Angeles, eu continuei o meu trajeto até minha humilde residência em Beverly Hills. Eu respirei fundo, queria uma vida calma, sem agitação, mas esse meu estilo de vida tinha uma dose de adrenalina, eu não ia aguentar por muito tempo...

  Dois meses depois...

  Eu não conseguia evoluir muito nos meus estudos de guitarra, só conseguia tocar algo quando Brian não estava presente, eu mandava os vídeos por Skype e ele não entendia como não eu não tinha o mesmo rendimento em aula, eu pedi para trocar a lâmpada do estúdio. Eu fui ao salão, troquei o aplique, e estava de cabelo verde escuro. Eu pedi a Maria que me ensinasse a fazer um bolo de chocolate, ela me levou a cozinha, e me ensinou a fazer o bolo. Depois de uma semana fiquei expert em fazer bolo de chocolate, então risquei esse item da minha lista.

Minha lista antes de morrer:

  1° Aprender a tocar guitarra com o melhor guitarrista da atualidade (Urgente)
  2º Ter meu próprio carro
  3º Voltar à Huntington Beach
  4º Fazer várias tatuagens
  5º Ir a Europa
  6º Comprar uma estrela
  7º Dar o último beijo na boca em Brian
  8º Aprender a fazer bolo de chocolate
  9º Dizer eu te amo, sempre que puder
  10° Largar a escola

  No dia seguinte, meu pai havia saído cedo para LA para produzir a cantora Kelly Springs, eu ia passar um final de semana sozinha. Eu comemorei, então pedi para falar com os colegas dela da sua escola para chamar para uma festa que eu dar na minha casa no sábado à noite.
  Eu levantei da cama e me olhei no espelho, estava muito pálida me sentia morta, ou quase isso, eu estava começando a perder peso muito rápido por causa do câncer. As olheiras enormes, eu peguei um prendedor de cabelo e amarei o meu cabelo num rabo de cavalo. Eu estava com péssimo aspecto, então resolvi fazer uma maquiagem forte as oito da manhã, para disfarçar a cara de cadáver.
  Depois que eu me maquiei, eu senti um enjoo muito forte, junto com uma dor de cabeça, em seguida eu senti uma dor muito forte no abdômen. Deveria ser o meu fígado, eu deitei na cama, a dor estava muito forte, ela se alastrava. Eu não conseguia me mover e pensar, então Maria entrou no meu quarto para avisar que Brian tinha chegado, eu tentei disfarçar a dor, mas estava muito intensa, ela saiu do quarto.
  Eu peguei o resto das minhas forças, me levantei, toda encurvada, eu andei devagar, eu saí do meu quarto me encostando a parede. Eu andei pelo corredor, a dor estava se intensificando mais, eu me aproximei da escada, eu me segurei ao corrimão, Brian estava lá embaixo me esperando. Quando eu dei o primeiro passo para descer o primeiro degrau, a dor aumentou, eu não consegui firmar meu pé no degrau da escada, eu tropecei e rolei todos os degraus da escada, batendo a minha cabeça diversas vezes, eu queria desmaiar, para não sentir a dor. Eu fechei meus olhos...
  Acordei no hospital, tomando medicação, eu fiquei preocupada por terem avisado ao meu pai, ou seja, nada de festa. O médico apareceu e me olhou, estava desanimado, provavelmente tinha batido uma ressonância ou uma tomografia, e ela piscou como uma decoração de natal.
  - Senhor me poupe de tudo, eu tenho a ciência de que eu estou em câncer terminal, por isso que eu parei aqui para converso de conversa. Quem está aqui?
  - Você é direta, está aqui um rapaz tatuado e seu pai. – Eu mordi o lábio inferior e olhei para o lado. – Pela sua cara, você gosta dele, mas ele é meio velho para você.
  - Totalmente platônico, mas não conta para ele sobre eu ter câncer terminal, ele é meu professor de guitarra, não quero que ele fique com pena e pegue mais leve, me deixa conversar com ele. – Eu esclareci ao médico. – A sós.
  O médico saiu do quarto, eu deitei na cama, soltei os meus cabelos e juntei as mãos, então Brian entrou no quarto, e sentou-se numa cadeira ao lado da cama. Eu dei um sorriso de lado, eu teria que mentir, mas ele como outro mentiroso, saberia. Eu fiquei um tempo em silencio para pensar no que ia dizer a ele, então Brian colocou as mãos nas suas coxas.
  - Você me chamou aqui. Pode falar por que você caiu da escada? E também por que está maquiada as oito da manhã? – Eu não entendi porque ele estava preocupado, mas eu não ia ser grossa.
  - Bom, eu estou testando uma dieta nova, zero gordura e carboidrato, caso não percebeu, estou gorda. – Eu menti, Brian levou uma mão ao queixo, apertei a minha barriga, sem nenhuma gordura.
  - Você está ótima, mulher muito magra não tem onde a gente apertar. Quanto tempo você está sem comer? – Pelo menos ele tinha acreditado.
  - Desde ontem de manhã. – Eu respondi naturalmente, Brian levou um susto.
  - Não faz isso, acho perigoso, vocês mulheres tem cada uma. Eu vou viajar por dias, então essa semana nada de aulas, aproveita para comer e descansar. – Brian se aproximou de mim, encostou seus lábios quentes em minha testa, eu fechei meus olhos. – Fica na paz.
  Brian saiu do quarto, e meu pai entrou, eu me sentei na cama, Brian jogou um beijo para mim, eu dei um sorriso bobo, e meu pai ficou de braços cruzados e ele se sentou e começou a chorar.
  - Cada dia parece um inferno, acho que isso é uma mentira, mas você passa mal desse jeito, parece que qualquer momento você vai partir, eu nem estava em casa quando você estava passando mal. – Eu me estiquei e o abracei forte.
  - Calma, pai. Você não pode deixar de viver por minha causa, antes você não cuidava de mim, aprendi a me virar sozinha. – Eu o apertei com força, ele chorou com mais intensidade.
  - Eu sei que errei com você, minha bonequinha não cuidei de você como sua mãe pediu. – Eu fiz um cafuné nele.
  - Não chora, está me envergonhando. – Ele olhou para mim, eu sequei as lagrimas dele...
  Uma semana depois, eu ainda estava internada, não melhorava de jeito nenhum, eu sentia dor praticamente todos os dias, tinha tomar morfina. Eu queria morrer quando a dor ficava intensa, para minha sorte, ou azar, eu não tinha notícias de Brian.
  No dia seguinte, eu estava me sentindo melhor, consegui comer a comida do hospital, um mingau de aveia nojento meio cinzento, eu estava ficando enjoada, então meu pai entrou furioso.
  - Merda!
  - O que foi velho? – Eu perguntei.
  - A gravadora está me cobrando querendo que eu vou olhar uns “novos talentos” em LA. Eu não quero ir, deixar você sozinha nesse hospital. – Ele disse enquanto ficava dando voltas no quarto. – Outro problema é quando seu professor descobrir que você ainda está no hospital.
  - Mente diz que eu fui para casa de uma tia do outro lado do estado. – Eu dei de ombros. – Pode ir fazer seu trabalho, estou mais segura num hospital do que em casa.
  - Obrigado, mas qualquer coisa...
  - Já vão te ligar, aproveita que eu estou bem ainda. – Eu interrompi a fala de Big Earl. – O câncer ainda não me consumiu todos os meus órgãos.
  Então ele me abraçou forte e saiu do quarto, uma enfermeira entrou com uma agulha com alguma coisa dentro, eu imaginei que fosse a medicação, ela colocou dentro do soro. Eu cocei a cabeça, não aguentava mais ficar sentada ou deitada na cama do hospital.
  Assim que a enfermeira saiu, eu me levantei da cama, mas tinha que segura o suporte do soro, eu estava tão pálida, eu abri as cortinas, o quarto tinha vista pro jardim do hospital, eu estava enjoada e queria fugir daquele lugar. Eu senti uma presença no quarto, uma batida na porta, me virei e tinha ninguém.
  Continuei olhando para a janela, segurei a cortina e suspirei, olhei crianças doentes pulando no jardim e as enfermeiras correndo atrás delas. Era uma cena engraçada de se ver. Duas mãos cobriram meus olhos, eu toquei suas mãos, mas não reconheci.
  - É um homem, mas não é meu pai. Eita, aí eu não sei... – Eu respirei fundo, sentindo o cheiro de perfume masculino e cigarro, o cheiro daquela pele que eu reconheci de imediato, cérebro estupido! – Brian!
  - Acertou.
  Brian tirou suas mãos dos meus olhos, eu fiquei de frente a ele, decidi não abraça-lo apesar da vontade imensa de fazer isso. Meus olhos encheram de lagrimas, eu segurei o suporte do soro, mas Brian abraçou pela cintura, me levantou e me apertou contra seu peito forte. Eu o abracei pelo pescoço, eu estava envolvida, sentindo uma imensa vontade de beija-lo, eu comecei a chorar feito uma menina idiota que era.
  Eu me sentia sufocada, queria gritar para ele e para o universo que estava loucamente apaixonada por Synyster Gates, mas seria apenas um sofrimento desnecessário que eu levaria para o meu caixão, que seria em breve. Eu o soltei e ele me viu chorando, mas Brian tinha olhar diferente, olhar de pena, alguém tinha dado com a língua nos dentes.
  - Você já está sabendo? – Eu perguntei e em seguida coloquei as mãos na cintura.
  - Eu te ouvi falando com seu pai, eu liguei e um dos empregados disse que você ainda estava internada e eu vim. Nem sei o que te dizer. – Brian levou as mãos nos seus cabelos negros.
  - Diga nada, eu não quero mais pessoas chorando do meu lado. – As lagrimas estavam correndo do meu rosto. – Já estou conformada com a minha morte, melhor morrer jovem e...
  Antes que eu pudesse terminar a frase, Brian segurou a minha cabeça e grudou os seus lábios macios contra os meus. Meu corpo relaxou, eu dei passagem para língua dele entrar na minha boca, eu segurei com força a sua nuca, enquanto suas mãos passeavam pelas minhas costas nuas, o avental do hospital era uma merda, eu só estava de calcinha e era de renda.
  O beijo dele tinha gosto de cigarro e bala de menta, eu estava perdendo o folego durante o beijo, não conseguia respirar direito. Estávamos muito colados, assim que Brian apertou a minha bunda, eu fiquei muito excitada e ele mais porque eu senti sua ereção por cima da calça jeans. Eu desci as minhas mãos por toda a extensão de suas costas até sua bunda. As nossas línguas se tocavam, eu me sentia tão viva e bem, mas meu juízo foi voltando aos poucos e eu parti o beijo.
  - Isso foi completamente errado e não vai mais acontecer, você é diferente. – Brian pareceu sensato.
  - Eu sou menor e você tem namorada. – Eu completei.
  - Eu não vou mais te dar aulas, e vou dar qualquer desculpa para seu pai. – Eu toquei meu lábio inferior, ele sentiu tentado a me beijar. – Adeus.
  - Adeus Brian...

Capítulo 12 - Guilty

  Brian’s POV (Ponto de vista)

  Duas malditas semanas depois que eu a deixei no hospital, eu tinha beijado uma menor de idade e ainda por cima com câncer. Eu deveria e merecia queimar no inferno, eu não conseguia dormir direito, Michelle estava percebendo que havia algo errado comigo.
  Eu levantei cedo e fui afinar a minha guitarra preta, Michelle levantou em seguida me observando, eu não queria explicar o que havia acontecendo, ficar abusando da paciência dela. Uma hora ela ia se cansar das minhas burradas e cair fora. Eu fiquei pensando no sofrimento da minha ex-aluna, e se a ficasse iludindo seria pior ainda. Então o meu celular tocou, eu olhei e era Jimmy, e eu atendi.
  - Fala Jimmy.
  - E aí? Sei que pode soar estranho, mas estou a fim de conversar. – Soou estranho para caralho.
  - Também quero conversar, me encontra na praia, leva comida e umas bebidas. – Eu avisei.
  - Comida?! – Ele perguntou confuso. – Quem é você? O Zacky?
  - Engraçado, me encontra em 10 minutos porra. – No mundo de Jimmy eram 40 minutos.
  - Falou, em 10 fucking minutos estarei lá.
  Eu desliguei o celular para futuras interrupções, coloquei no bolso da bermuda jeans, eu enfiei um chinelo nos pés, subi até o meu quarto, abri o meu armário, peguei uma camiseta preta e vesti. Achei um sutiã de biquíni jogado dentro do meu armário, e não era de Michelle, eu resolvi esconder dentro de uma gaveta para que ela não encontrasse.
  Eu achei um maço de Malboro vermelho dentro da gaveta, eu tirei e coloquei dentro do bolso da bermuda. Passei meu perfume e desodorante, procurei dentro da gaveta do criado mudo, o meu isqueiro para acender o cigarro, mas achei apenas uma caixa de fosforo de um motel em Vegas onde passei “à noite”.
  Coloquei o cigarro na boca, tirei um fosforo e acendi o cigarro. Eu dei um trago longo, segurei a fumaça, depois soltei a fumaça pela boca, passei a língua no meu lábio inferior, saí de casa sem falar com Michelle. Peguei meu carro e fui até a praia...
  Chegando lá estacionei, tinha de tudo na praia, adolescentes jogando bola, pessoas bebendo, pessoas fumando maconha, velhos fazendo caminhada, garotas lindas de biquíni e menos Jimmy. Eu olhei no meu relógio e tenho me ajeitado, eu cheguei em meia hora, ou seja eu ia esperar mais uns 10 minutos no mínimo por Jimmy.
  Eu resolvi dar um mergulho na agua que estava perfeita para nadar, estava quase sem ondas, voltei ao meu carro, minha BMW preta um sedan foda. Joguei carteira, maço de cigarro, celular, isqueiro, chinelo e tirei a minha camiseta, colocando tudo no banco do passageiro e fechei a porta do carro.
  Eu corri pela areia que nem um doido e me joguei dentro da agua, estava muito gelada, dei umas braçadas e um mergulho, me levantei e passei a mão no cabelo jogando para trás, cuspi a agua salgada. Eu olhei para o lado, vi uma sereia de biquíni preto nadando próximo de mim, ela tinha o braço direito tatuado com os personagens dos filmes do Tim Burton, pelo menos ela tinha um bom gosto. Ela tinha cabelo verde comprido. Ela era muito gostosa, mas muito magra, ela se levantou e era minha ex-aluna miss . Eu deveria chamar atenção dela, mas eu só queria beija-la e leva-la para minha cama. Ela me viu e foi se afastando de mim, eu a segurei pelo braço.
  - O que você está fazendo em Huntington Beach, menina? – Ela me olhou confusa. – Seu pai deve estar preocupado com você.
  De repente, uma onda veio sobre nós, e nos jogou para o fundo, veio outra em seguida e nos carregou para beira da praia, eu caí por cima dela. Nós nos olhamos um pouco, eu saí de cima dela, ela se levantou e saiu correndo.
  Eu coloquei as minhas mãos no meu rosto, antes que eu pudesse me levantar, Jimmy estava em pé me olhando, ele me deu a mão para eu me levantar, eu a segurei e me levantei. Andamos pela areia da praia, eu levei as mãos à cabeça.
  - Eu começo, ou você? – Eu indaguei Jimmy que apenas deu de ombros e acendeu um cigarro. – Você começa.
  - Ontem à noite, eu transei com a . – Eu levei um susto. – É ilegal, mas foi bom para caralho Brian.
  - Essa menina é roubada, mas o que você vai fazer? – Nós sentamos na areia, Jimmy tirou uma garrafa de uísque escocês de um saco de papel e abriu.
  - Eu vou espera-la fazer 18. – Jimmy deu um gole. – Enquanto isso vamos ficar separados.
  - Simples assim?! – Eu peguei a garrafa e dei um gole longo.
  - Vai com calma que eu também quero beber. – Jimmy tomou a garrafa das minhas mãos. – O que houve com você?
  - Uma parada um pouco mais complicada. – Jimmy cruzou os braços. – Minha aluna, sabe Jimmy, ela está doente e eu caí na besteira de beija-la, agora estou me sentindo culpado. – Jimmy levou um susto. – Ela tem câncer, mereço queimar no inferno com ao lado de Satã.
  - Merece mesmo, ela é menor e ainda está morrendo. Tenta ao máximo se afastar dessa garota, imagina se ela apaixona por você e morre decepcionada, aí você vai queimar no inferno. – Jimmy deu mais um gole no uísque e me entregou a garrafa. – Você precisa disso mais do que eu.
  - Alguma festa nessa sexta em Huntington Beach? – Eu perguntei a Jimmy, eu dei mais um gole no uísque e matei a garrafa.
  - Claro, vai ter uma na minha casa, muita bebida e muita mulher, apesar de que a Michelle te colocou uma coleira. – Jimmy riu de mim.
  - Na boa, eu acho que ela vai se cansar dos meus vacilos. – Jimmy voltou a fumar. – Me passa um cigarro aí, bro.
  - Puta que o pariu Brian, quer fumar seus próprios cigarros, só vou te dar porque eu te amo.
  - Também, te amo. – Nós nos abraçamos e Jimmy me deu um cigarro. – Que horas eu devo estar na vossa residência?
  - A hora que você quiser, você é de casa. – Eu acendi o cigarro. – Ah, cuidado uma amiga da vai, fica ligado.
  - Qual? – Eu dei um trago no cigarro.
  - Uma que você pegou ano passado e está com muita raiva de você. – Eu dei de ombros.
  - Essa que pegue a senha, entre na fila para me odiar...

  Brian’s POV OFF

XXX

  Eu estava me secando com uma toalha no meu quarto, entrou no meu quarto, e sentou-se na cama. Eu enrolei a toalha na cabeça, em seguida ela cruzou os braços.
  - O que foi ? – Eu a encarei.
  - Como seu pai deixou você ir à Huntington Beach sozinha e de carro? – Eu poderia contar toda a verdade, mas eu contei metade.
  – Eu disse que queria ir a praia, respirar um ar mais fresco, porque fiquei doente esses dias e também meu pai está em Huntington Beach na casa de um amigo, eu não vim sozinha.
  - Ah tá. Mas você vai à festa na casa do Jimmy comigo? – Eu não queria ir.
  - Você sabe que eu não curto mais esse tipo de festa. – Eu menti só que não bem.
  - É por causa do Brian. – afirmou e olhou para as unhas.
  - Vocês não se dão bem, vai rolar briga, eu e ele nos suportamos. – Eu disfarcei. – Eu estou cansada de ter dirigido de Beverly Hills até Huntington Beach, prefiro dormir.
  Mais tarde, colocou um vestido preto muito sensual e um salto vermelho para ir à casa de Jimmy, eu estava na sala, vendo Diarios de uma paixão passando na HBO, eu estava esperando terminar para assistir Game of Thrones. Ela me deu um beijo no alto da cabeça, então Jimmy entrou pela porta da frente, ele me olhou com o coque, pijamas e pantufas, levou um susto.
  - Você não vai para minha festa? – Eu balancei a cabeça negativamente. – É por causa do Brian? – Eu balancei a minha cabeça negativamente. – Por que caralhos então você vai ficar em casa numa sexta-feira à noite?
  - Estou cansada Jimmy e também não bebo mais. – Eu abracei a almofada de coração.
  - Que merda, vamos . – Eles deram um selinho, eles formavam um casal exótico.
  E saíram, eu me olhei, pijama do mickey, pantufas de unicórnio que eu tinha ganhado da Laurel no Natal. Eu apertei a almofada, deitei no sofá, o filme estava um tedio, eu estava sentindo sono e acabei dormindo...
  Eu acordei com a chuva caindo, os pingos de chuva caindo dentro da piscina e fazia um barulho alto, bocejei e fui a cozinha pegar uma copo da agua, puxei as calças do pijama para cima. Eu peguei um copo na pia, abri a torneira e enchi de agua, eu bebi antes de terminar, ouvi uma batida muito forte na porta da sala, eu cocei a minha cabeça, fiquei com medo, peguei o banquinho de madeira, as luzes se apagaram como um filme de terror, eu andei lentamente, então me chamaram pelo nome. Mas eu não reconheci a voz, por causa do barulho da agua da chuva caindo no telhado, eu andei até a porta, abri e era Brian todo ensopado da chuva.
  Eu o deixei entrar, ele molhou o tapete da sala, Brian tirou a camiseta e jogou no chão, o rosto dele estava pingando agua, aquele abdômen tatuado e definido, eu mordi o lábio inferior.
  - O que você está fazendo aqui? – Eu perguntei confusa.
  - Estou me fazendo a mesma pergunta...

Capítulo 13 - Give you what you like

  Brian me pegou pela cintura e me trouxe para perto de seu corpo molhado, então ele beijou meus lábios agressivamente... Eu passei as minhas mãos pelas suas costas molhadas, Brian puxava meu cabelo com uma mão, e a outra na minha coxa. Eu dei passagem para sua língua entrar... Meu corpo implorava pelo contato íntimo com Brian, meu coração acelerava, eu sabia que era errado, mas eu queria e ele também...
  Eu tirei a minhas pantufas, em seguida tirei a minha camisa do pijama e joguei no chão, eu voltei a beijar os lábios de Brian, e abracei o seu pescoço. Ele apertou a minha cintura contra seu corpo, eu senti a sua ereção por cima da calça, suas mãos subiram até a altura do sutiã, eu senti afrouxar... Nós separamos nossos lábios para eu poder tirar o sutiã e jogar para longe, Brian começou a beijar lentamente o meu pescoço, senti as minhas pernas amolecerem. Eu estava perdendo o ar, eu andei para trás, e deitei no sofá... Brian tirou a calça jeans molhada, eu tirei a calça do pijama e fiquei só de calcinha vermelha...
  Brian ficou por cima de mim, só de boxer preta, eu coloquei as mãos nas costas dele enquanto ele tocava seus lábios em meu colo, eu fechei meus olhos e cravei minhas unhas nas costas dele, ele desceu seus beijos entre meus seios. Brian me olhou nos olhos e me lançou um sorriso sedutor e safado, em seguida ele beijou um dos meus seios e chupou o meu mamilo... Eu mordi o lábio inferior enquanto Brian umedecia o meu mamilo. Eu pensava quanto tempo mais ele me torturaria? Eu queria finalizar...
  Depois desceu seus beijos até a barra da minha calcinha, e a puxou com os dentes até meus pés. Eu a chutei, arranhei o abdômen até chegar a barra da cueca, eu a abaixei até suas coxas, ele a tirou de seu corpo. Em seguida admirei Brian nu, ele ficou por cima de mim, eu o encaixei entre as minhas pernas, Brian apoiou um de seus braço no braço do sofá, eu ajeitei a minha cabeça no braço do sofá... Eu não queria esperar mais, eu segurei o membro de Brian com uma das mãos e o introduzi dentro de mim...
  Eu vi os olhos de Brian revirar naquele momento, eu nem pensei em proteção e em nada... Quando Brian estava todo dentro de mim, eu o deixei se movimentar dentro de mim, eu o abracei para ficar próxima dele. Eu desci as mãos até a sua bunda e apertei, era tão macia e tão bom, Brian começou a fazer os movimentos de vai-e-vem rapidamente, eu comecei a gemer. Era bom como ele sabia exatamente como me enlouquecer, Brian desceu as suas mãos até meus seios e os apertou, eu comecei a contorcer de prazer, ficando cada vez molhada com o membro dele enrijecendo mais dentro de mim.
  Brian colocou a boca em meu seio, e começou a beijar apenas, e uma de suas mãos massageando meu clitóris, eu gemi com mais intensidade, até um orgasmo com ele, então Brian acelerou seu movimento chocando com velocidade contra a meus quadris, ele estava respirando com dificuldade, deitou a sua cabeça entre meus seios... De repente, ele desacelerou bruscamente, Brian não estava aguentando mais, ficou apenas se movimentando em mim, devagar, não podia deixa-lo gozar dentro.
  - Goza na minha boca Brian... – Eu sussurrei.
  - Ok, gata.
  Eu me sentei no sofá, então Brian saiu dentro de mim e sentou-se na outra extremidade do sofá, eu tirei o grampo do meu cabelo, eu estava muito suada, inclusive meus cabelos verdes, eu fiquei com o cabelo solto. Eu fiquei de joelhos em frente a Brian, eu olhei em seus olhos cor de avelã um pouco. Então eu segurei o seu membro pulsante em minhas mãos, e o coloquei lentamente em minha boca, eu suguei com força, enquanto minhas mãos o masturbavam, Brian gemia e xingava ao mesmo tempo. Eu passei a minha língua por toda extensão, por duas vezes, eu suguei a glande e por fim Brian acabou gozando.
  Eu respirei fundo e acabei engolindo tudo com uma boa menina má, em seguida fiquei com a língua para fora, em seguida eu comecei a recolher as minhas roupas, a chuva tinha intensificado, ou seja, Brian não poderia fugir de mim, pelo menos por enquanto. Eu ia me vestir, mas decidi aproveitar a chuva para fazer uma coisa maluca, já que não teria oportunidade de fazer novamente. Eu abri a porta, nua, deixei a chuva me molhar por completo, e refrescar o meu corpo em chamas.
  Então me aproximando da piscina, pulei e entrei naquela agua esverdeada, eu dei um mergulho, eu dei uma risada, Brian estava olhando da porta, mas ele já estava de cueca, eu o chamei e ele deu um sorriso lindo para mim. Brian saiu de dentro de casa, foi até a piscina e pulou, dando um mergulho e ficou em frente a mim, eu dei um selinho longo em seus lábios.
  - Eu nunca vou esquecer esse momento, diz que eu não estou sonhando! – Eu gritei.
  - Não, você não está sonhando, eu estou aqui. – Eu encostei as minhas costas na parede da piscina e Brian ficou em frente de mim. – Se eu não estivesse cansado, eu topava foder mais uma vez dentro da piscina, eu quero, mas não consigo me afastar de você.
  - Eu também não. – Eu coloquei meus braços ao redor de seu pescoço.
  Então nós nos beijamos intensamente, eu o segurei pelos seus cabelos, enquanto nossos lábios molhados pela agua da piscina e da chuva se tocavam... As mãos dele tocavam as minhas costas nuas, em seguida toquei seus ombros fortes, desci pela extensão de suas costas...
  Ele me levou no colo até meu quarto, eu estava sorrindo, eu beijava seu pescoço todo molhado, eu não me importava de molhar toda a casa... Então Brian me jogou na cama, e deitou-se ao meu lado, eu sentei no colo, toquei seu rosto molhado pela agua da chuva, que ainda estava caindo forte. Eu dei um longo selinho nos seus lábios entre abertos, desci meus beijos até seu queixo com sua barba por fazer, dei vários selinhos em seu pescoço, eu adorava beijar aquela pele branquela.
  - Obrigada. – Eu sussurrei em seu ouvido e beijei próximo a sua tatuagem.
  No dia seguinte, eu acordei sozinha na minha cama e com uma baita dor de cabeça, ainda estava com dúvida se tinha sonhado, ou se realmente tinha transado com Brian no sofá. Meu cabelo estava meio molhado, mas não era prova suficiente, então achei um bilhete no travesseiro ao lado com uma caligrafia diferente.
  Ontem à noite foi maravilhoso! Melhor trepada hahaha. Você é linda dormindo, pode parecer meio cruel, mas acho melhor a gente se afastar, sempre vou me lembrar de você.

Brian

.

  Eu não estava magoada, nem nada, pensava a mesma coisa, eu nutria sentimentos que iam além da cama. Mas, pelo menos ia ter boas lembranças dele, sendo assim, eu tinha cumprido quase todos os itens da minha lista só faltava comprar a estrela. Então meu celular tocou, e era meu pai.
  - Bonequinha.
  - Oi, pai. – Eu me sentei na cama, resolvi amassar o bilhete de Brian por causa de .
  - Comprei uma estrela, estou com os papeis e dei o seu nome. O que vou fazer com ela? – Ele me perguntou.
  - Quando eu partir, você vai dar as coordenadas para e Brian. – As lagrimas começaram a cair. – Para eles sempre me acharem no céu ao lado da mamãe.
  - Eu vou fazer o que você quer.
  Eu deitei na cama, então um sono muito forte me sobreveio e fechei meus olhos pela última vez...

FIM!



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