Dreams

Escrito por Samilla Way | Revisado por Lelen

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Capítulo um - Cretino

  Eu sou um advogado o que a minha mãe sempre dizia, a pior raça de pessoa de acordo com ela... Meu nome é Robert Dawney Jr. Eu sou o tipo de cara que você não quer namorando a sua filha porque ela ficará de coração partido. Por isso eu somente me casei uma vez.
  Um dia eu estava no tribunal defendendo uma mãe pela guarda do filho de seis anos, mas ela não merecia ficar com a criança por ser relapsa e fútil. Mas ela estava pagando meus honorários, por sinal pagava muito bem. Eu e a advogada Houston fomos casados, então vencê-la seria muito mais empolgante. O julgamento não foi importante, eu consegui convencer o juiz.
  - Os argumentos foram bem convincentes, mas a mãe sempre tem o direito maior, independentemente com quem ela tenha tido um relacionamento amoroso. – o menino segurou as pernas do pai não querendo sair de perto dele, era de partir o coração, mas eu estava fazendo o meu trabalho. – O pai tem direito de ver a criança nos finais de semanas e feriados. – o juiz bateu o martelo.
  Nós saímos da sala de audiência, eu sentei no banco para acender um cigarro, então Cass jogou sua pasta no chão furiosa, eu dei um sorriso de lado, ela cerrou os dentes isso me irritava muito, ela me deu um tapa no rosto.
  - AH senhora, eu nunca perco, não aceita uma derrota. – ela me deu outro tapa no rosto no mesmo lugar, estava formigando. – Cass, aceite eu venci e você perdeu.
  - Não é isso, você só se importa com você, o Brian é só um garotinho e você sabe muito bem que a sua “cliente”, não vai cuidar dele. – eu nem me importei. – Foi a melhor decisão que eu fiz quando eu me divorciei de você, seu egoísmo vai fazer você morrer sozinho e ainda vão encontrar seu corpo quando ele feder, idiota. – ela pegou sua pasta e saiu da minha frente.

  Eu comprei um cachorro quente em frente ao fórum de Nova York, fui comendo até uma loja de bebida onde eu entrei e comprei três garrafas de uísque escocês, levei até o caixa e paguei, andei a pé até o meu apartamento.
  Chegando lá, eu tirei minha roupa, tomei um banho longo e fiquei de somente de boxer vermelha. Eu voltei até a sala, peguei a garrafa de uísque quente, abri e bebi. O líquido quente desceu pela minha garganta, eu relaxei, engasguei quando chegou ao meu estômago, parei, mas rapidamente fui esvaziando a garrafa; sentei um pouco no sofá cansado, mas resolvi pegar outra garrafa de uísque. Eu levantei e caí no chão, eu era fraco para bebida então eu comecei a rir, passei as mãos nos joelhos, engatinhei até onde estava a garrafa. Eu a peguei, abri com dificuldade, mas consegui abri-la, eu dei um gole longo, mas eu derramei quase metade do conteúdo da garrafa no chão, dei uma risada lerda. Eu mamei na garrafa para poder beber o resto do liquido quente, que dessa vez caiu bem no meu estômago.
  Eu engatinhei pela sala até o telefone, não conseguia me manter sentado no chão de tão bêbado que eu estava. Chegando perto do telefone, eu o tirei do gancho, apertei o numero de Cass, minha ex-mulher. O telefone deu três toques e então ela atendeu ofegante.
  - Alô? – eu dei uma risada lerda. – Robert o que você quer?
  - Ligar para você, dizer que você é... – ela deu um gruindo no telefone.
  - Ah você está bêbado, vai encher o saco da sua mãe, eu vou mudar o meu telefone. – eu ri mais um pouco, ouvi uma voz de homem.
  - Parece que alguém está se divertindo, sua safada. – ela se irritou.
  - Vai plantar batatas e me deixa em paz. – ela desligou o telefone na minha cara então eu ri mais ainda.

  Eu ia colocar o telefone de volta no lugar, mas ele caiu da minha mão e foi para debaixo da minha mesa de centro, então eu me arrastei para debaixo da mesa; peguei o telefone, mas levantei minha cabeça antes de sair da mesa, bati a mesma no vidro. Passei minha mão atrás da cabeça e tinha sangue, então eu desmaiei no chão da sala.

Capitulo dois - O primeiro sonho

  De repente eu tropecei numa pedra, mas não era pedra e sim pé de moleque. Eu levei um susto, o chão era feito de algodão doce colorido assim como o céu. Eu tentei me beliscar. Árvores de pirulitos como no clipe da Katy Perry. Depois apareceram garotas lindas de biquíni, comendo balas de gelatina, aquelas em forma de minhocas, dentaduras e ursos. Uma ruiva me deu um pote de bala, eu comi uma com gosto de cereja, a minha favorita.
  Comecei a andar, vi que ao meu lado tinha um rio de chocolate, tinha mais garotas só que pescando peixes de Marshmallow; sentei ao lado delas, elas deram uma risadinha estridente, mas eu vi uma morena de olhos azuis que me encantou. Ela se aproximou de mim, deitou sua cabeça em meu ombro, vi seu colar de balas. Eu estava curtindo as meninas quando chegou o 50 cent, me chamando. Eu me levantei e as meninas ficaram decepcionadas, joguei beijos para elas e dei um tchauzinho, elas colocaram suas mãos em suas bocas rindo.
  Cheguei perto de 50 cent e não entendi nada. Ele segurou o meu braço com força, me arrastando pelo mundo de doces. Chegando até um castelo feito de chantili, ele abriu a porta e eu entrei.
  - O que você está fazendo aqui, cara? – eu indaguei e ele deu um sorriso de lado.
  - Eu gosto de lojas de doces e gatas, seu idiota. Agora a princesa quer vê-lo, sacou. Segundo andar, terceira porta a direita. – ele foi embora, eu cocei a cabeça.
  Eu subi a escadaria de Mentos, as portas eram feitas de chocolate, eu contei a terceira porta a direita e entrei. Tinha uma garota sentada numa cadeira, ela estava de vestido de alcaçuz, estava triste, chegando perto de mim, ela segurou as minhas mãos e começou a chorar.
  - Me ajude...
  E então eu acordei...

  Aquele sonho me perturbou o dia todo no trabalho, a voz daquela garota que deveria ter uns dezoito anos pedindo ajuda não saía da minha cabeça além da bela ressaca que eu estava.
  Depois do almoço eu sentei na minha mesa cansado. Olhei para a tela do computador, a proteção de tela dos peixinhos dourados nadando, eu ia mexer no mouse quando a tela escureceu... A palavra HELP apareceu em letras vermelhas cobrindo a tela do computador, sangue saiu do monitor... Então eu gritei jogando em seguida o monitor no chão. Todos do escritório olharam para mim assustados, fiquei sem graça. A minha assistente que eu nunca pegaria - ela parecia a Lady Gaga e tinha cabelo azul - se aproximou de mim, eu olhei para o monitor: "HELP" ainda estava escrito bem grande.
  - Heather, quem fez essa brincadeira? – ela não entendeu nada. – De mexer no meu computador, quem do escritório?
  - Não sei do que você está falando, Robert. – eu peguei o monitor e mostrei a ela.
  - Está vendo isso Heather? – ela segurou o monitor nas mãos.
  - Não tem nada... – Heather me mostrou, a tela estava preta, mas eu cocei a cabeça. – Essa sua ressaca está brava, vou te trazer um café bem forte.
  Eu coloquei o monitor de volta no lugar, mas meu coração estava acelerado por causa dele, eu fiquei com medo de mexer no computador. Eu conectei os fios do monitor de LED que por pouco, eu não havia quebrado. Abaixei a cabeça a colocando entre as pernas, mas Heather apareceu rapidamente colocando o café na minha mesa. Tomei-o, além de quente demais quase queimei a língua, estava sem açúcar estava horrível. Eu só tomei um gole curto e coloquei o copo em cima da mesa...

  Voltando para casa, eu dirigi lentamente, eu não ia beber para não passar mal de novo. Parei numa placa de PARE, mas estava escrito HELP. Eu fechei os olhos e a placa continuou escrito HELP. Voltei a dirigir até o meu prédio, estacionei o meu carro, um Mercedes preto. Peguei o elevador e fui até o meu apartamento, de repente em meio àquela musica chata de elevador, a voz da garota me pedindo ajuda começou a ecoar na minha cabeça sem parar. Eu coloquei as mãos nas minhas orelhas.
  - Me deixe em paz! Pare, pare! – eu gritei e a porta do elevador se abriu, uma senhora do prédio entrou com seu cachorro peludo.
  - Seu maluco. – ela abraçou seu cachorro com força.
  - Desculpe senhora. – eu respirei fundo e a porta do elevador se abriu.

  Entrei no meu apartamento me jogando no sofá achando que estava ficando louco. Eu ia fechar meus olhos, mas por via das dúvidas resolvi deixá-los abertos. Levantei indo até o banheiro e tomei uma ducha longa. Depois segui até o espelho que estava embaçado, eu passei a mão no espelho e... Vi o rosto da garota me pedindo ajuda, eu levei um susto, fechei os olhos e os abri novamente, mas não tinha nada.
  Eu fiz o meu jantar: macarrão de micro-ondas. Comi lentamente e depois joguei a embalagem no lixo, escovei os dentes e me joguei na cama. Eu não queria dormir para ter outro sonho maluco como aquele, mas estava cansado demais que acabei pegando no sonho.

Capitulo três - No limite da loucura

  Eu pisei na areia da praia, estava quente demais. Duas crianças correram passando por mim quase me derrubando, eu dei um sorriso e entendi a razão de não ter filhos. Andei pela praia, sentei na areia. O sol estava se pondo, eu deitei colocando as mãos atrás da cabeça.
  A água do mar, estava gelada e estava batendo em meus pés, dei um sorriso quando uma musica havaiana começou a tocar. Apareceram três músicos e duas dançarinas de hula, estavam dançando e uma delas veio em minha direção, eu sentei e ela colocou o colar em meu pescoço. Eu sorri ao ver o rebolado da dançarina. Eu estava curtindo a dança, os músicos me chamaram para dançar junto, eu me levantei para dançar com eles...
  Só que no meio do caminho, o cenário mudou, era uma floresta escura. Um lobo olhou para mim e uivou, eu levei um susto e caí dentro de um buraco, ouvindo um choro forte, eu reconheci a voz, era da garota do outro sonho. Senti alguém segurar meus pulsos, mas eu não via seu rosto.
  - Por favor, me ajuda! – eu ainda conseguia ver seu rosto, eu senti que ia acordar a qualquer momento.
  - Como? – ela apertou meus pulsos com mais força, eu senti dor.
  - Não fuja de mim, eu preciso da sua ajuda, me salve...
  Então mais uma vez eu acordei...

  Eu abri meus olhos assustado, estava suando muito, me levantei e olhei para o relógio, eram 7 da manhã. Comecei a me arrumar para trabalhar, aquele sonho tinha sido muito intenso, estava ficando louco mesmo.

  Mais tarde no trabalho, me sentia perturbado e não conseguia me concentrar no meu novo caso. Eu bati meu lápis na mesa sem parar, as frases dela não saíam da minha cabeça, Heather chegou na minha mesa, passou as mãos no meu ombro.
  - Algum problema? – eu nem respondi nada, abaixei a minha cabeça, então ela olhou meus pulsos. – Que gatinha agressiva! Ela agarrou seus pulsos de um jeito.
  Então eu olhei para os meus pulsos cheios de hematomas, no formato das mãos dela que eram bem pequenas. Eu me espantei.
  - Não foi isso Heather, você não acreditaria em mim. – ela sentou na minha mesa.
  - Tenta... Nada que você diga poderá me impressionar. – ela mexeu as mãos.
  - Ok, se eu te dissesse que estou sendo perseguido por uma fantasma garota nos meus sonhos, há dois dias e, que ela me pede ajuda e ontem apertou os meus pulsos. – eu levantei a cabeça, ergui as mangas da camisa e cruzei os braços. Heather ficou de boca aberta.
  - Estou impressionada... Pode ser uma ex-namorada que você sente saudades. – ela sugeriu.
  - Eu nunca a vi antes do sonho, eu devo estar louco no mínimo. – ela colocou as mãos no meu ombro.
  - Ter uma experiência com o sobrenatural não é maluquice, talvez ela realmente precise de ajuda, alma dela precisa descansar em paz, eu conheço uma psicóloga que vai desvendar esse mistério em sua vida. – Heather se levantou e foi até a sua mesa, mas voltou rapidamente com um pedaço de papel. – Eu já marquei a sua consulta com a doutora Madison , às sete, na West Side nº 380.
  - Isso vai adiantar? – Heather mexeu em seu cabelo azul.
  - Claro se você tiver a mente aberta, ou prefere ficar acordado para não sonhar com a fantasma gatinha. – eu tive que concordar com ela.

  Cheguei ao endereço da Dra. Madison , era bem normal apesar do cheiro forte de incenso, eu bati na porta. A Dra. atendeu a porta, ela estava bem triste, mas deu um sorriso fraco e me pediu para entrar. A sala era cheia de velas coloridas, incensos, cristais de energia e um divã onde eu me deitei.
  - O que trouxe aqui sr. Dawney? – Ela sentou numa cadeira de madeira.
  - Primeiro, me chame de Robert. – eu respirei fundo. – Dra. Madison, eu tenho sonhos estranhos há dois dias e que me perturbam o dia inteiro.
  - Me conte Robert sobre esses sonhos? – ela cruzou as pernas.
  - Ok, o primeiro sonho foi com o mundo de doces que nem no clipe da Katy Perry, sendo que eu nem gosto dela. – ela anotou numa prancheta com uma folha de papel. – O segundo eu estava no Havaí curtindo o sol, mas de repente tudo se transformou em uma floresta escura e um lobo uivou para mim.
  - Bem, você acha que esses sonhos estranhos tem alguma ligação? – eu me ajeitei no divã enquanto ela escrevia mais coisas.
  - Sim, uma mesma garota aparece nesses dois sonhos, me pede ajuda, antes dela me explicar eu acordo. – ela colocou a mão no queixo. – Além disso, ontem ela apertou meus pulsos e deixou marcas. – eu mostrei as marcas de mãos nos meus pulsos. – Qual é a explicação disso doutora?
  - Ela está desesperada, sua alma quer descansar em paz e ela acredita que somente você pode encontrar o corpo dela. Ela se comunicou de outra forma além dos sonhos?
  - Sim, ontem a voz dela não saiu da minha cabeça pedindo ajuda, meu computador apareceu a palavra HELP, na placa de PARE, a mesma coisa. Eu estou louco doutora? – ela deu um sorriso.
  - Não, ela quer apenas se comunicar com você só isso, no próximo sonho se concentre pergunte o que ela quer e onde pode encontrá-la, dar mais informações. – eu fiquei mais aliviado.
  - Obrigado, me sinto melhor. – eu me levantei paguei os 150 dólares da consulta, eu vi vários porta-retratos, segurei um, vi uma foto e... Era a garota do meu sonho, eu levei um susto e derrubei o porta-retrato no chão. – Quem é a garota da foto?
  - Minha filha , ela está desaparecida há dois anos, ela foi pro show da Katy Perry e nunca mais voltou, suas amigas e o carro do meu marido foram encontrados, elas caíram num precipício, as amigas todas morreram, mas o corpo da nunca foi encontrado. – Dra. Madison pegou o porta-retrato do chão. – Por que você me perguntou da ?
  - Porque a que me visita nos meus sonhos. – ela desmaiou, eu revirei os olhos, segurei as pernas dela para poder acordar, ela acordou e começou a chorar.
  - Por favor, fala pra que eu a amo e que vamos encontrá-la amanhã. Eu vou organizar uma equipe de busca e quero que você nos guie. – eu a abracei. – Te encontro amanhã aqui às oito, pelo menos a alma dela vai descansar em paz.

Capitulo quatro - O grande encontro

  Eu estava olhando para sol, andei por um campo de flores, respirei fundo. Sentei em meio às flores esperando encontrar , ela apareceu vestida com um vestido longo e branco, eu nunca tinha reparado em como ela era linda, ela deu um sorriso, antes que pudesse me pedir ajuda, eu me levantei e coloquei meu dedo indicador sobre seus lábios.
  - Sua mãe mandou te dizer que te ama muito. – ela começou a chorar e me abraçou forte, eu passei a mão na sua cabeça. – , é você quem tem que nos ajudar agora, onde você está?
  - Eu não sei, estou perdida... – eu não a soltei, eu ia interrogá-la como se estivesse no tribunal.
  - o que você se lembra? Me leve até lá... – ela segurou as minhas mãos, então eu fechei meus olhos, uma estrada escura, uma placa Riverside 20 milhas.
  - Só isso que me lembro, de um caminhão vindo na contra mão e... Lembro-me de ir a floresta tentar pedir ajuda, estou fraca... – foi desaparecendo. – Diz que amo meus pais.
  - Eu vou te achar ... – ela sumiu e eu acordei...

  Chegando à casa da família de , os pais da garota estavam abraçados, tinha uma equipe de busca com equipamentos. A Dra. Madison chegou perto de mim, eu respirei fundo.
  - Então a disse onde está? - eles estavam com esperanças.
  - Ela não sabe onde está, apenas me deu pistas, eu sinto muito. – ela ficou decepcionada. – Ela me levou para a floresta, se mostrarem onde encontraram o carro, eu posso achar a .
  - Claro, fica perto de Riverside.

  Chegando ao local do acidente, eu desci com a equipe de busca o precipício, junto com os pais dela que estavam ansiosos, eu senti uma energia forte, um pressentimento que eu estava perto de . Eu parei ouvi uma voz de dizendo: “Eu posso sentir você Robert, estou fraca, me encontre”.
  - Eu ouvi a voz dela e sinto que ela está perto. – a Dra. Madison se emocionou assim como o pai de que a abraçou, a equipe de busca deveria achar que estava louco, ainda bem que os pais eram espiritualizados.
  Eu respirei fundo, entrei na floresta, os pais e a equipe de busca me seguiam. De repente eu parei, não sentia mais , um lobo prata parou na nossa frente e latiu como um cachorro, todos se espantaram, mas eu reconheci: era o lobo do meu sonho. Toquei em seu pelo e senti novamente. A voz de disse na minha cabeça: “Siga o lobo”.
  - Vamos seguir o lobo.
  - Isso não tem coerência nenhuma. – respondeu um dos integrantes da equipe de busca.
  - Se a minha filha está nessa floresta, ela me disser para seguir o que quer que seja, eu vou atrás! – o pai gritou.
  Nós seguimos o lobo que nos levou floresta adentro. De repente ele parou, tinha um buraco profundo, eu pulei dentro do buraco, estava lá muito debilitada, mas segurei o pulso dela, ela ainda tinha pulsação, ela estava viva. Eu a coloquei no colo, os pais me viram com a filha no colo, então a Dra. Madison desmaiou e o pai chorou.
  - A está viva! Chama uma ambulância urgente! – estava desacordada e desnutrida por passar dois anos num buraco dentro de uma floresta.

Capitulo cinco - O final feliz

  Dois dias depois, eu levei um buquê de rosas brancas para no hospital, mas antes de poder entrar no quarto Dra. Madison me abraçou emocionada por trazer sua filha em segurança para casa.
  - Nunca pensei que o dom de pudesse salvá-la da morte – ela me soltou e cruzou os braços.
  - Que dom? – eu fiquei curioso.
  - pode se comunicar com a mente, mover objetos, ler a mente, as pessoas achavam que ela era louca, mas sempre acreditávamos nela. O dom dela fez com que você a encontrasse ainda com vida, os médicos me disseram que se nós demorássemos mais algumas horas, ela poderia ter morrido. – eu mostrei as rosas para ela, depois eu a entreguei. – A vai adorar, são as favoritas dela. Como você adivinhou?
  - Eu não sei, sei lá, eu acho que eu e a temos uma ligação forte. Quando ela estiver melhor, eu posso sair com ela? – a Dra. Madison deu um sorriso.
  - Ela tem dezenove anos, pode fazer o que quiser, e você seu quarentão não vai ser preso por isso. – eu cocei a cabeça.

  Entramos no quarto, estava bem melhor, ela deu um sorriso enorme para mim, sentou-se na cama, mas tiveram que amputar uma de suas pernas, porque infeccionou blá, blá, blá. Eu sentei na cadeira enquanto sua mãe colocava as rosas brancas num vaso.
  - Robert, elas são lindas demais, são as minhas favoritas obrigada. – ela juntou as mãos, a mãe saiu do quarto. – Como pode achar que eu era um fantasma?
  - Você se comportava como um, mas isso não importa mais. Como você está ? – eu olhei naqueles olhos lindos.
  - A minha perna ainda doi, estou com a síndrome do membro fantasma, eu não tenho perna, mas ainda sinto dor. – eu segurei suas mãos pequenas e delicadas.
  - Por que você me escolheu? – ela não soube responder, eu me aproximei mais de . – Você é linda, eu quero te conhecer.
  - Sério?! – Eu e ficamos com a testa colada. – Pode me beijar, e sim eu quero sair com você.
  - Vou ter que me acostumar com isso.
  Então, eu a beijei...

FIM



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