Don't You Dare

Escrito por Leandra Vieira | Revisado por Flavinha

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Capítulo 1

  Tinha tudo para ser o dia perfeito, o sol brilhava, mas a brisa leve passava pelo lugar, nem uma nuvem se quer no céu, até que no finalzinho da tarde, antes do jantar, meu pai anunciou que teria que viajar. Não, isso não é o problema, ele vive viajando, mas dessa vez as coisas iriam ficar sérias para o meu lado.
  - , como você já sabe eu vou viajar amanhã, e bom, dessa vez não vou deixar você ficar na casa da , da ultima vez você causou problemas demais por lá.
  Bufei, na ultima vez que tinha ficado na casa de minha amiga , demos uma festa quando a mãe dela saiu, e bem, não foi o esperado.
  - Então que lugar eu vou ficar pai? Tem outro lugar? - eu sabia que tinha outros lugares, mas provavelmente o meu pai escolheria o melhor para mim, certo?
  Errado.
  - Na casa do seu primo.
  - Que primo? - arregalei os olhos.
  - , você só tem um primo aqui, não é mesmo? O Pat.
  Eu sabia que era o único primo que eu tinha lá perto, mas eu teria de aguentar aquele insuportável todos os dias enquanto meu pai está ao redor do mundo? Queria jurar que tinha escutado algo errado.
  - Você não pode me deixar lá, pai!
  - Claro que posso, sou seu pai, não sou? - ele disse sério. - e além do mais, qual o problema que você tem com seu primo?
  - Ele e os amiguinhos deles são insuportáveis.
  - Ouvi dizer que ele e os amiguinhos deles acabaram de voltar de certa turnê e estão começando a ficar famosos, aproveita e vai se divertir com eles , você ta precisando, sabia?
  - Eu não quero me aproveitar da 'faminha' deles, e desde quando você sabe do que eu preciso ou não? Você nem se quer passa um dia comigo! - eu disse quase gritando.
  Meu pai me olhou apreensivo.
  - Já decidi, você vai ficar lá, não se discute mais isso. - ele respondeu e saiu andando pela sala até a cozinha.
  Fiquei parada pensando, como iria aguentar aquele chato do meu primo e seus amigos que se acham porque tem algumas meninas correndo atrás deles por onde eles vão, teria que ter muita paciência, mas não tinha outra escolha.
  Passei os próximos 3 dias aproveitando a paz na minha casa. Em um sábado muito odiado, acordei, quase esquecendo que era o dia que eu ia para a casa do meu querido primo.
  Logo depois do almoço saímos, iria ficar 1 mês lá, 1 mês de tortura. Minha mala não foi tão grande assim para um mês, na verdade estava até pequena, só levava o que precisava, pois eu não era daquelas garotas com frescuras de coisas demais, não usava maquiagem a não ser quando saia para algum lugar e ainda assim passava pouco, e minhas roupas estavam longe de serem extravagante, eu era mais estilo rock'n roll, e não mudava pelas opiniões dos outros, aliás, girls do what they want, certo? DROGA! Eu estava com essa música na cabeça desde que meu pai anunciara que eu ia ficar naquela casa, porque ele não podia estar na sua turnê ainda? Mas não, eles também precisam de férias, não é? Realmente, uma droga.
  Chegando lá vi minha tia vindo até mim, a abracei, eu gostava de minha tia, era alegre e animada, eu me divertia com ela.
  - Oi tia! - eu disse olhando para ela e sorrindo.
  Fazia 3 anos que não falava com ela, apesar de morar perto. Pois é, Pat era insuportável, tomara que com o decorrer dos 3 anos e com sua 'faminha' ele tenha amadurecido pelo menos, naquela época qual eu vi ele pela ultima vez, ele estava começando sua banda com aqueles garotinhos ridículos.
  - Pode levar sua mala lá para dentro querida... E o Pat está lá, que menino mal-educado, até parece que eu não lhe dei educação. - ela sorriu - desculpa querida, Pat! SUA PRIMA TÁ AQUI, VEM AJUDAR ELA A COLOCAR A MALA LÁ DENTRO!
  - Ahhhh mãe, to com sono... - ele começou a falar resmungando e antes que minha tia pudesse falar algo - já vou, já vou...
  Insuportável, eu sabia.
  Ele surgiu na porta, Pat estava um pouquinho só maior, a mesma cara de preguiçoso de sempre, o cabelo tinha crescido, e os braços estavam fortes, ainda mantinha aquela expressão meio infantil e inocente no rosto, e um sorrisinho meigo.
  Ele cumprimentou meu pai, e depois se virou para mim.
  - Oi , Uau! Você cresceu. - ele deu uma risadinha. - desculpa, to parecendo um tio por aí, mas é verdade, você cresceu!
  Ele disse e me abraçou, retribui o abraço, apesar de ser insuportável, eu sentia falta dele, de qualquer forma ele me divertia.
  - Ok Pat, você também mudou um pouco, e esses cabelos aí? Eu gostava daquele corte meigo com franja seu.
  Ele apenas sorriu meio tímido.
  Meio sem jeito ele pegou minha mala e a colocou para dentro, o segui, a casa não tinha mudado alguma coisa, só alguns móveis novos.
  Ele colocou a mala no quarto no qual eu ficaria, ok, um quarto só para mim, pelo jeito ele e o irmão Tim iriam dividir o quarto, do jeito que aqueles dois brigavam iria ser divertido assistir o dia-dia daquela casa.
  - Fique a vontade. - ele disse e saiu.
  Ok, ele não estava infantil como antes, agora estava mais educado apesar de ainda preguiçoso, parece que a estrada ensinara algo a ele.
  Arrumei minhas coisas no quarto, meu pai estava sentado na sala conversando ainda com minha tia, algo sobre cuidar bem de mim e se precisar (lê-se: se ela causar problemas) ligar para ele.
  - Bom, tchau senhora Kirch, e até mais, daqui a um mês eu voltarei de viagem e venho buscá-la, tudo bem?
  - Sem problemas, tchau.
  Eles se despediram.
  - Tchau garoto! - ele disse acenando para Pat - e tchau , se cuida e juízo, não cause problemas para sua tia. - ele me abraçou, assenti com a cabeça, e então ele se foi.
  - Já almoçou querida? - minha tia perguntou logo depois de meu pai ter saído.
  - Já sim, obrigado.
  Minha tia sorriu e foi à cozinha fazer qualquer coisa.
  - E aí, o que ta planejando fazer? - disse Pat deitado olhando para mim.
  - Eu? - me atrapalhei - eu não to planejando fazer nada.
  Ele riu com minha bobice.
  - Bom, já que vai ficar de bobeira, hoje os caras vêm ensaiar aqui, se quiser pode assistir.
  Ele estava me convidando para um ensaio da banda deles? Ok, poderia ser divertido, não tinha nada a perder.
  - Tá bom, eles vão vir ensaiar aqui?
  - Sim! - ele riu - no meu quarto sabe, é bem espaçoso, e tenho minha bateria lá dentro, dá para ensaiar.
  Sorri torto.
  - Pensei que estavam de férias.
  - E estamos, é só para não perder a prática, sabe. - ele riu.
  Assenti com a cabeça.
  Assisti um pouco da TV enquanto o tempo passava, não demorou uma hora e tocaram a campainha.
  Pat andou até a porta e a abriu.
  - Hey dudes! - ele disse rindo, enquanto 4 garotos, ou diria homens, entraram pela porta, se eu não reparasse bem nos rostos, juraria que eu nunca tinha visto eles na minha vida, uau!
  - Hey! - eles responderam Pat.
  Entraram na sala, pulando, rindo, etc.
  - Nós viemos mesmo para ensaiar? Quer dizer, podíamos fazer outra coisa, ah qual é, voltamos de viagem esses dias, vamos curtir. - disse um dos garotos, qual eu deduzi ser .
  Pat revirou os olhos e murmurou algo como 'depois o preguiçoso sou eu'.
  O mais alto virou então para mim, logo em seguida todos eles viraram, corei, eu estava sentada no sofá, até aquele momento sem dizer nada.   - Quem é aquela, Pat? - o garoto com a expressão de curiosidade, cujo achei ser , perguntou com um sorrisinho torto no rosto.
  - Você não lembra mesmo dela? Nossa dudes! É minha prima, a ...
  - O q-que? - gaguejou o cara cujo sorriso era familiar, e para constar muito charmoso. - Uau! É a ?
   era o único dos quatro, isto é, tirando meu primo, que me chamava pelo apelido, era o único que há 3 anos eu não achara tão infantil assim e criara amizade.
  - Qual é , uau? Não tinha coisa melhor pra dizer não? - eu disse rindo e me levantando.
  Todos olharam para mim da cabeça aos pés, estava com um sorriso malicioso no rosto, e mantinha a boca um pouco aberta.
  - Ei dude, não baba na minha prima não! - Pat disse indignado.
  Não consegui segurar a risada.
  - Desculpe, er, ! Nossa você cresceu... Hã, quero dizer, de verdade, nossa! - continuou .
  - Já entendi . - eu disse sorrindo e indo abraçá-lo.
  O abraço dele foi confortante, ele apertou minha cintura contra ele, com o sorriso colado em minha orelha, meio ofegante.
  Cortei o abraço.
  - Hey dudes, como vocês estão?
  - Bem! - respondeu sorrindo.
  - Excepcionalmente bem! - complementou .
  Sorri.
  - ? - me virei para .
   era o cara que eu menos suportava há três anos atrás, ele sempre fora meio arrogante e atirado, sempre se achando o máximo, há três anos ele usava aquele cabelinho de lado, ridículo, cujo era maior do que o do meu primo, e tinha aquele costume de dar em cima de toda menina que aparecia em sua frente, agora tinha o cabelo curto, e bom, a aparência mais madura, mas o mesmo sorrisinho cínico.
  - Eu estou... Bem. - ele disse com o sorriso mais cínico do mundo, e dando uma piscadinha rápida, logo se virando para os outros garotos.
  Parece que ele não mudara muito com aquele jeito atirado dele, suspirei percebendo isso.
  - Ela vai assistir o ensaio da gente, beleza dudes? - disse Pat sorrindo.
  - Beleza! - disse .
  - Já disse que não quero ensaiar nada? - perguntou meio indignado.
  - Já . - respondeu o cortando.
   virou-se para com uma cara de 'cala a boca cara', mas se manteve quieto.
  Todos seguiram para o quarto de Pat logo atrás dele, como Pat dissera, o quarto era bem espaçoso e tinha uma bateria no canto, só tinha percebido agora que os garotos tinham trazido seus instrumentos nas costas, e logo se acomodaram no quarto.
  Tim Kirch abrira a porta do quarto.
  - Ah sério que vocês vão ensaiar aqui hoje? - perguntou ele.
  - Não idiota, vamos ensaiar no banheiro. - respondeu Pat arrogante.
  - Pat vê se eu estou na esquina, por favor. - ele fuzilou Pat com os olhos. - Mais barulho! Já não era o suficiente eu seguir na turnê com vocês, agora até nas férias, vocês vem e fazem barulho na minha casa? Dudes, vocês não cansam mesmo. - ele riu um pouquinho e depois saiu do quarto, ninguém perguntou para onde ele fora.
   deu ombros e Pat bufou.
  - Beleza... - Pat disse se sentando atrás da bateria. - que música?
  - Into yours arms? - supôs .
  - Nãããão... Alguma idéia, ? - perguntou Pat.
  - Whoever She is... Não... Book of me and you?
  - Vocês estão meio afeminados hoje, só pode. - riu. - só música romântica, que isso dudes, que tal Everthing I ask for?
  - Tá, ta bom. - Pat disse começando a tocar.
  Todos começaram a tocar em seguida.
  Assisti animada sentada na cama de Pat, batendo os pés discretamente e murmurando algumas partes da música.
  '...Everthing i ask for, Everthing i ask for, and so much more'
   cantou isso e piscou mais uma vez para mim, fingi que nem vi, e voltei a prestar atenção na música.
  Terminaram de tocar e corrigiram alguns erros.
  - Já ta bom, não é? - perguntou reclamando - Pô vamos sair por aí!
  - Como você é molenga, , mas já até eu estou meio cansado, vamos sair então. , vai conosco, não é? - falou Pat.
   riu murmurando algo como 'todos preguiçosos'.
  - De pende de aonde vocês vão me levar. - eu respondi rindo.   - Eu te levaria pra minha casa e... - começou a falar .
  - , cala a boca! - cortou .
  - Vamos... Tomar algo na Starbucks? - falou Pat ignorando-os.
  - Beleza, eu vou. - sorri. - esperem, vou me arrumar.
  - Você ta ótima assim - disse meio rápido e corou - quer dizer, não precisa mudar nada.
  Sorri tímida para .
  - Ok, mas vou trocar de camiseta, olha o estado dessa. - eu disse apontando para minha camiseta branca, com mancha de macarrão.
  Coloquei uma camiseta com gola V branca e uma camisa xadrez azul por cima, coloquei meu all star preto, soltei meus cabelos que estavam amarrados em um rabo de cavalo e fui.
  - Bom... Vamos. - eu disse sorrindo.
  Pat assentiu com a cabeça.
   me olhou meio desconcertado demorando um pouco para processar o presente, e depois começou a andar.
  - O que foi, ? - eu perguntei rindo com a cara de bobo dele.
  - É que eu falei que não precisava mudar nada, e você apenas, pelo que parece, soltou o cabelo, e desculpa, mas está ainda mais bonita...
  Eu ri tímida, ele estava me deixando sem graça, mas eu não parecia a única sem graça dali, ele estava vermelho.
  - Ei, para de ficar cantando minha prima, dude! - Pat disse rindo.
  - Eu não estava cantando sua prima, Pat... - ele se virou para Pat meio nervoso.
  - Calma dude, eu estava brincando! - respondeu Pat rindo mais ainda pelo fato do amigo ter o levado a sério.
   abaixou a cabeça, ainda mais vermelho e com um sorriso meio bobo no rosto.
  Entramos no carro.
  Pat começou a dirigir.
  - , você continua me achando idiota? - perguntou do nada e meio desconfortável.
  - Não ... - eu ri - pelo menos não tanto, quer dizer, você está legal e...
  - Já entendi. - ele respondeu sorrindo.
  - Você nunca me achou idiota, não é ? - perguntou apertando minha cintura ao meu lado.
  - Ai... Acho que não, . - ri desconfortável, ele apertou ainda mais. - Ai , para!
   e riram.
  - Ai , paaara! - disse fazendo uma fajuta imitação minha no banco da frente, só que gemendo.
   não conseguiu segurar a risada.
  Bufei e rolei os olhos.
  - Ei dude, deixa pra gemer quando nós estivermos na cama juntos hoje a noite e... Ops desculpa cara, contei nosso segredo. - disse Pat dirigindo e rindo feito uma hiena.
  - Uau, revelações. - eu disse rindo também.
  - Hahaha. - riu sarcasticamente.
   sorriu debochado abraçando minha cintura e me dando um beijo na bochecha.
  - Ei, não se peguem comigo e com o aqui, ok? - disse virando-se para nós.
  - O que? Quem ta pegando quem? - perguntou Pat dirigindo.
  - O ta pegando sua prima, fica de olho dude! - respondeu .
   soltou uma risada debochada.
  - Olha , estou na sua cola hein! Porque com tantas fãs por aí, tu vai olhar pra minha prima? - Pat falou sério olhando para o retrovisor.
  - Dude não é nada disso e... - começou .
  Pat não segurou e começou a rir histericamente novamente.
  - Eu tava brincando de novo dude! Você leva tudo a sério hein! - falou Pat o cortando.
   corou novamente e ficou calado.
  Finalmente chegamos a Starbucks, e entramos, pedi um simples expresso, os meninos apesar de magros e em boa forma comiam feito loucos, como se nunca tivessem visto comida na vida.
  - Caramba, como vocês comem hein! - eu disse vendo aquela cena.
  - Você ainda não viu nada haha, precisamos de energia, não é mesmo? - falou .
  - Claro! Muuuuita energia, para muuuitas meninas. - disse de boca cheia.
  Eu ri da cara dele, Pat riu comigo.

Capítulo 2

  Estávamos conversando abertamente quando apareceram algumas meninas meio histéricas.
  - Amiga! São eles, são eles! - a primeira menina disse apontando para nossa mesa.
  Ergui minhas sobrancelhas.
   e Pat olharam para as meninas depois se encararam, deram um sorriso sacana para o outro.
  - Oi, vocês podem tirar uma foto com a gente? - disse a segunda menina se mantendo mais calma do que a primeira.
  - Claro! - respondeu sorrindo e se levantando.
  Em seguida os outros quatro meninos se levantaram e tiraram fotos com as garotas, deram autógrafos e tudo mais.
  - Vocês são uns amores, , posso te dar um beijo? Awn filma isso amiga!
  - À vontade gata. - ele disse piscando para ela.
  A garota deu um gritinho histérico, e eu estava me segurando para não rir.
  A menina beijou o rosto de e a outra filmou, depois trocaram.
  - , posso te beijar também? - a primeira menina se virou perguntando ao .
   que já tinha sentado novamente, ergueu a cabeça e iria começar a falar.
  - Olha, se eu fosse você não faria isso, a namorada dele ia ficar com ciúmes. - falou apontando pra mim.
  - ! Que absurdo, eu não sou namorada dele e... - comecei a falar.
  - Ah desculpa , você está namorando? - disse a segunda menina com a câmera na mão.
  - Hãa... - ele disse pensando no que dizer.
  Revirei os olhos.
  - Qual é gente, eles não namoram não hahaha, deixa as meninas te beijarem seu molenga! - disse acabando com o silêncio.
   se levantou, tirando outras fotos com as meninas, e depois se sentou novamente.
  - Obrigado guys, foi um prazer. - disse a menina, e a outra acenou, foram embora.
  Olhei para .
  - O que foi?
  - , agora vão falar que o está namorando, seu burro! - disse Pat.
  - Ah qual é, ele não está?
  - Que eu saiba não, ... - respondeu .
   riu.
  - Todos adoram uma polêmica, e você dá um belo par com a , . - ele tinha falado meu apelido? - mas eu a prefiro comigo sabe...
  Todos se calaram de repente.
  - Eu, e Pat sempre ficamos excluídos, não é? - disse quebrando o silêncio - as meninas nem pediram beijo pra gente!
  - Verdade , só porque eu gostei da loirinha... - comentou .
  Eu ri.
  - Quem iria querer beijar o Pat, não é mesmo? - eu perguntei zoando Pat.
  - Ah valeu prima, por acabar com minha auto-estima.
  - Oh, tadinho do Pat, eu iria querer beijar ele, ta bom? - falou puxando o rosto de Pat para si.
  Todos riram, eles eram mesmo uns idiotas, mas idiotas divertidos.
  - Hey dudes, meus pais saíram, venham dormir na minha casa hoje? - perguntou indo ao carro junto aos outros.
  - Claro, deixa eu só ir até em casa avisar minha mãe e... E a ? - perguntou Pat olhando pra mim.
  - Ué, ela pode vir também, tem espaço o bastante lá em casa. - falou .
  - Ok, mas tem que ver se minha mãe vai deixar. - Pat disse rindo - Não é mesmo garotinha do papai?
  Mostrei o dedo a Pat.
  - Então todos vão? - perguntou se virando para os outros dentro do carro.
  - Eu vou! - disse .
  - Conte comigo. - falou em seguida.
  - Beleza... - falou por último .
  Todos nos acomodamos no carro e Pat começou a dirigir.
  Chegamos rápido na casa de minha tia.
  - Esperem aí dudes, vou falar com minha mãe e... , nada de fugir com meu carro. - disse Pat saindo do carro, e eu saindo em seguida.
  Entramos e minha tia estava assistindo o programa da Ellen.
  - Mãe! Os dudes vão dormir na casa do ... Posso ir não é? E a ? - perguntou Pat.
  - Ahan... - ela respondeu. - , se cuida.
  Assenti com a cabeça.
  Peguei um pijama e fui para o carro com Pat.
  Pat dirigiu até a casa de , e que casa! Era bem grande e espaçosa, os pais de não estavam lá, a sala era enorme, e tinha quatro quartos, um para os pais de , um para e os outros dois vazios.
  - Pat dorme no meu quarto porque eu sinto falta dele a noite, não é babe? - perguntou olhando para Pat com cara de deboche.
  - Ahaha, desse jeito prefiro dormir com o .
  - Sai de mim Pat, seu boiola! - falou rindo.
  Estávamos na sala.
  - Eu durmo no 2º quarto, lá é bem legal, não é? Mas eu não quero dormir com ninguém hein, bom, com a não iria ter problema, mas como eu to achando que ela não vai querer. - ele sorriu pra mim - Então vou dormir sozinho, porque não quero dividir quarto com mais ninguém.
  - Eu durmo com a então, e o dorme no quarto com o . - falou Pat, rapidamente.
  - Ih, acho que o Pat está com medo da ser pega pelo a noite hein. - falou rindo.
  - Não , só não quero ver sua cara à noite caso eu acordar sabe. - Pat respondeu empurrando .
  - E eu...? - disse .
  - Ops, acho que esquecemos alguém. - falou .
  - Tadinho do , por que vocês o excluem? - falei indignada.
   fez bico.
  - , ele dorme contigo! - falou .
  - Eu falei que não queria dividir quarto com ninguém porra! - respondeu .
  - A casa é minha, mané. - disse dando um tapa na cabeça de .
   resmungou.
  - Vamos assistir um filme, dudes? - perguntou .
  - Vaaaamos. - falou Pat entusiasmado - O que tem aí?
  - Star wars... Hm, um amor para recordar. - ouviram tosses abafando risadas. - Titanic, Dragon Ball, Marley & eu, hm...
  - Tem algum pornô aí? - falou .
  Fiz cara de nojo.
  - Temos uma menina aqui, ô mané. - falou sentado no sofá, olhando de cara feia para John.
  - Ah, meninas também assistem isso, não é ? - perguntou virando-se para mim.
  Sentei-me do lado de .
  - Eu não assisto. - respondi dando ombros.
   riu.
  - Do que você está rindo, ? - perguntei.
  - Ah, nada... É que você me faz rir.
  - Tenho cara de palhaça agora é?
  - Não, mas tem uma cara bem bonitinha. - respondeu pelo .
  - Eu estava falando com . - o cortei.
  - Mas é isso mesmo... - falou tímido.
  Corei, e me virei para ver o que Pat, e estavam fazendo, estavam escolhendo algum filme.
  Por fim escolheram o filme 'amizade colorida' que é um filme até legal.
  Estava passando algumas cenas hots e sentado do meu lado começava a sorrir maliciosamente enquanto os outros ficavam fazendo comentários bobos ou dizendo 'Uau!'.
  Em algumas dessas cenas colocou sua mão na minha perna, discretamente, do meu outro lado estava vidrado no filme, tirei a mão dele de minha perna, que colocou a mão novamente e a apertou.
  - Hã, pessoal, vou tomar água. - eu disse.
  - Ok, a cozinha é logo à esquerda. - falou, agradeci e fui.
  Precisava me afastar um pouco daquele , ele estava me deixando constrangida.
  Peguei um copo de água da geladeira, e então um vulto apareceu atrás de mim, me virei rapidamente, era .
  - O que foi ? Está com medo de mim? - ele disse sussurrando e rindo baixo.
  - Por que eu teria medo de você? - perguntei tentando parecer tranquila.
  - Não sei... - ele foi chegando mais perto e encostou sua boca em meu ouvido me fazendo arrepiar. - mas eu sei que você sabe.
  Dei um leve empurrão nele.
  - Uau! Você é mesmo difícil, mas se fosse o aqui, acho que você já teria o agarrado hein. - ele falou ainda sussurrando.
  - Eu não tenho nada com o . - falei rispidamente.
  - Ah sério, e comigo, você tem? - ele ergueu uma sobrancelha.
  - Não mesmo. - respondi.
  Ele deu aquele sorriso cínico dele e se aproximou mais ainda, me segurando pela cintura e puxando-me até ele, tentei afastá-lo, mas não conseguia.
  E então aproximando seu rosto do meu, me deu um leve beijo, que por medo não neguei, nem o afastei.
  O beijo de era leve e intenso, suas mãos apertavam minha cintura contra ele, e pude sentir ele sorrindo entre o beijo.
  Ele cortou o beijo me olhando nos olhos e sorrindo como um vitorioso.
  - É, acho que temos algo. - ele sussurrou em meu ouvido.
  - Não temos, e isso não vai acontecer de novo. - respondi baixinho e ofegante, me afastando dele.

Capítulo 3

  - Não é isso que parece... E quem vai impedir a próxima vez? Acho que você não vai ser, não resiste a mim...
  Minhas pernas tremeram, ele realmente era um canalha, não mudara nada além de estilo, daquela época há três anos.
  - Ei vocês estão se comendo na minha cozinha por acaso? - ouvimos o grito de .
  - Bem que eu gostaria... - disse sussurrando para mim e sorrindo maliciosamente.
  Rolei meus olhos.
  - Que caralho vocês estão fazendo? - Pat apareceu na cozinha.
  Eu estava de braços cruzados e com cara de nojo olhando para , que sorria feito retardado.
  - Dude! Você não desiste mesmo, fala sério, você veio aqui só pra dar em cima da minha prima. - continuou Pat.
  - Problema? - respondeu .
  - Vocês estão perdendo o filme! - gritou da sala.
  Sem falar nada, fui até a sala, deixando e Pat ali, me sentei do lado de , que me olhou com um sorrisinho torto fofo.
  Pat e voltaram, e terminamos de assistir o filme.
  Quando demos conta, já estava escuro, e eu começava a bocejar.
  - A ta com soninho. - falou Pat virando para mim.
  - Estou... - falei fazendo bico.
  - Vai deitar lá amor, daqui a pouco estou contigo... - falou rindo.
  Bufei.
  - Cara, para com isso... - falou .
  - Com isso o que, ? - perguntou ele.
  - Para vei, parece que nunca viu mulher na vida, deixa a em paz, age normal com ela, dude!
  - Está falando pra mim parar de dar em cima dela? - perguntou bobo.
  - Estou!
  - E se ela quiser, dude?
  Fiquei calada, me olhou nos olhos e não disse mais nada, apenas ficou em silêncio com expressão séria.
  - Bom, são 03:00 da manhã dudes. - falou .
  - Não temos nada pra fazer... Acho que vou dormir. - falou .
  - Eu também. - falou em seguida Pat.
  - Ok, vamos todos dormir. - disse bocejando.
   deu ombros.
  - Boa noite dudes. - falei subindo para meu quarto.
  - Também já vou, boa noite guys. - disse Pat.
  Em seguida todos foram para seus quartos.
  No meu quarto tinha duas camas, uma para mim e outra para Pat.
  - Boa noite, Pat. - sorri torto.
  - Boa noite, .
  Apaguei a luz e deitei.
  Não conseguia dormir, estava atormentada com alguma coisa daquele dia, já tinha passado uma hora desde que todos se deitaram, todos há essa hora já deveriam estar dormindo, ou pelo menos era o que eu esperava.
  Vi um vulto na porta do quarto, não podia ser novamente, não é? Que cara de pau e...
  Não era , fui até a porta sem acender a luz, e chegando perto pude ver quem era.
  - ...? - comecei a falar sussurrando.
  - Desculpa, te acordei? - ele respondeu sussurrando também - eu não estava conseguindo dormir, e fui tomar água, só que não estou achando a cozinha... Desculpa.
  Eu ri baixinho.
  - Eu também não consigo dormir. - falei.
  - Então vamos conversar até cairmos no sono? - ele disse.
  - Vamos.
  Peguei na mão dele, e deitamos na minha cama, eu do lado dele, ele riu.
  - Se seu primo me ver aqui com você, acho que ele me mata.
  - Então se prepara para ser morto, porque você vai dormir aqui! - eu disse.
  - Isto é uma proposta?
  - Não, , eu estou mandando. - eu disse rindo.
  Ele riu também, nos cobrimos, ele estava sem camisa e com seu short meio de praia, e eu de pijama, começamos a conversar baixinho.
  - Cara, aquele é muito idiota não é? - ele disse se virando para mim.
  Mesmo no escuro pude ver o brilho de seus olhos.
  - É sim, dude, eu estou quase perdendo a paciência com ele.
  Ele riu.
  - Você acostuma.
  Assenti com a cabeça, e encostei a mesma sobre o peito nu de , que apoiou sua cabeça na minha e se virou para mim, me olhando.
  - O que foi? - eu perguntei.
  - Estamos dormindo juntos. - ele falou rindo.
  Dei-lhe um tapa fraco.
  - Sim, estamos, seu pervertido. - falei também rindo.
  Ele soltou outra risada fraca.
  - Acho que meu sono está vindo... - disse ele.
  - O meu também.   - Boa noite, . - ele me deu um beijo na testa.
  - Boa noite, . - respondi sorrindo.
  Acomodei-me sobre seu peito nu e adormeci.
  Acordei com a luz do sol invadindo o quarto, olhei para o meu lado, ainda dormia, resolvi não levantar e fechar meus olhos.
  - Porra, o que você está fazendo aqui?! - Ouvi um grito histérico de Pat, e abri meus olhos.
  - Hãn... - acordara.
  - Não digam que vocês... - começou a falar Pat histérico.
  Logo vi na porta.
  - O que aconteceu Pat... - ele olhou para meu lado - Caralho , você é rápido hein, e Pat, sua prima, dentro do mesmo quarto que você, com o e você nem percebe.
   se levantou meio desajeitado.
  - Não é o que vocês estão pensando e... - começou a dizer.
  Logo apareceu na porta.
  - Que gritaria é essa ô? - perguntou ele.
  - Nada, só o e a que acordaram na mesma cama dizendo que não aconteceu absolutamente nada entre eles. - respondeu bobo.
  - Caramba hein , você é rápida! - ele disse com um riso amargo.
  - Gente, dá pra parar? - consegui dizer. - Apenas dormimos na mesma cama porque não estávamos conseguindo cair no sono, não rolou nada dudes, pelo amor de Deus.
  - Gente... - apareceu esfregando os olhos atrás de .
  - Não rolou nada o caralho, ! Dude, você come minha prima assim e... - continuava Pat ainda histérico.
  - CARALHO PAT, EU NÃO COMI SUA PRIMA! - gritou .
  - Deve ter sido difícil de resistir à tentação... - falou erguendo uma sobrancelha.
  - Cala a boca mané! - respondeu .
  - Puta que pariu, da pra vocês pararem, até parece que o mundo tá acabando, acalmem-se, por favor. - falei.
  Todos ficaram quietos.
  - Não rolou nada e pronto, entenderam? Sim? Então está bom, agora, vamos sei lá, tomar café da manhã? - eu disse.
  - Claro... - falou .
  Pat parecia ter se acalmado um pouco.
  - Ok... - falou ele.
  Fui até o banheiro, fiz minha limpeza matinal e penteei meus cabelos, que não estava nada bonito e depois fui até a cozinha, onde , , e Pat comiam feitos porcos e apenas bebia leite.
  Tomei leite e fiz um sanduíche matinal, todos olhavam para mim como se tivessem perdido alguma coisa.
  - O que foi gente? - perguntei por fim.
  - Estamos esperando você e explicarem o que realmente aconteceu. - falou Pat.
  - Peraí, aconteceu alguma coisa? - Perguntou erguendo uma sobrancelha, todos o ignoraram.
  - Ela já disse a vocês, não estávamos conseguindo dormir, e ficamos conversando na mesma cama até cairmos no sono, foi isso. - disse com calma.
   riu com deboche.
  - O que foi agora ? - perguntou.
  - Nada... Só achava que o fosse mais rápido. - respondeu ele.
  Rolei os olhos.
  - , porque você não para com essas coisas dude? Só pensa em comer meninas, você tem uma pra cada dia da semana com as fãs por aí, faça o favor. - falou .
  - Você também.
  - O que isso tem a ver? Eu não fico só pensando em comer meninas! - respondeu ele com arrogância.
  - Mas às vezes você precisa ceder, não é dude? - falou rindo.
  - Mas eu não estou precisando ceder nada, porque não estou a fim, simples, se você está, vai procurar alguém por aí, não fica falando essas coisas. - disse sem paciência.
  - E quando você precisar vai pegar a , é isso? - continuou .
  - JÁ CHEGA! - gritou Pat batendo a mão na mesa. - PARA COM ISSO POR FAVOR!
  - Calma Pat... - eu disse.
  - Calma nada, ! Olha o que o está falando, ele merece uma surra! - continuou Pat.
   ficou em silêncio.
  - Ah claro, me dêem uma surra, não existe tal de banda aqui sem mim. - falou rispidamente.
  - Eu sei que não deveria estar me metendo, mas... - começou a falar - vamos esquecer isso gente.
  - Eu nem sei do que se trata! - falou , que foi ignorado de novo.
  - Beleza, mas respeita a pô, ela é da minha família. - falou Pat para .
   resmungou algo como 'está bem' e voltou a comer.
   se manteve calado e tomou o resto de seu leite.
  Pat nos levou embora novamente para casa de minha tia, e então me despedi de todos. Eu e Pat ficamos em casa sem fazer nada, apenas assistindo TV ou conversando sobre coisas bobas.
  - Férias são tão tediosas... - ele disse quando já eram 23:00 hrs da noite e sua mãe tinha saído para cuidar de alguém da família em um hospital da cidade.
  A campainha tocou.
  - Quem poderia ser a essa hora, Pat?! - eu perguntei.
  - As mesmas pessoas que vem há essa hora aqui, ... Já que não está acostumada, acostuma, os dudes vêm pelo menos 3 vezes na semana a essa hora.
  Os dudes de novo? Fala sério.
  Pat atendeu a porta, estava sorrindo.
  - E aí dude, bom, temos um probleminha aqui. - ele apontou para trás, cujo e carregavam que estava em um estado deplorável - espero podermos ficar aqui e usar o seu chuveiro sabe...
  Pat suspirou.
  - Beleza, entrem. - respondeu Pat.
  Entraram, o cheiro de bebida era forte, e resmungava a toda hora colocando a cabeça para trás, senti nojo.
   e o levaram para o banheiro, colocaram debaixo do chuveiro na água fria. resmungava alto.
  - O que foi dessa vez? - Pat perguntou a .
  - O mesmo de sempre, ele bebeu demais e ficou assim.
  Pat rolou os olhos, o que lembrou a mim.
  Pat e sentaram se no sofá, sentei no meio dos dois.
  - Oi, ... - eu disse suspirando.
  - Oi . - ele respondeu me beijando na bochecha.
  Era bom senti-lo, mesmo quando ele estava cansado e sem aquela disposição de sempre.
  - Podemos colocar ele na sua cama, Pat? Ele já está limpo e agora dormindo... - falou com em seus ombros com ajuda de .
  - Podem...
  Ouvimos o barulho deles colocando na cama, e depois e vieram até a sala também.
  - Oi, . - e disseram em coro para mim.
  - Oi dudes. - acenei para eles, que se sentaram no chão, cansados.
  - Esse deixa mesmo todos cansados, não é? - disse rindo.
  'Eu quem diga' pensei.
  - Pois é... - disse Pat.
  - Bom, o que vamos fazer? - perguntou .
  - Vamos ao mercado comprar coisas para comer, ou coisa assim? - perguntou Pat.
  - Vamos. - respondeu . - Alguém tem que ficar aqui cuidando do .
  - , você fica, beleza? - falou Pat.
  - Não quero ficar sozinha cuidando desse bêbado aí! - falei.
  - Eu fico com você. - disse encostando sua cabeça no meu ombro.
  - Vê se não dormem de novo juntos e... - olhei o fuzilando - beleza, parei, vamos dudes.
  Os três saíram pela porta, acenando, acenei de volta.
  - Agora somos eu, você e um bêbado no quarto. - disse rindo.
  - Pois é dude! - respondi.
  - você é uma ótima companhia para dormir, sabia? - ele me olhou com ar de diversão, rindo.
  - Af . - dei-lhe vários tapinhas fracos seguidos, rindo. - você também é.
  - Sou?
  - É sim!
  - Espera só ver eu no sentido 'dormir com uma pessoa' de verdade então... - ele disse rindo mais ainda.
  Eu rindo comecei a lhe dar mais tapas.
  - Ai ! - ele reclamou.
  Eu ainda rindo subi em cima dele batendo em seu ombro.
  - Agora qual será sua punição, senhor ? - eu disse rindo.
  - Não sei dude! Girls do what they want! Hahah - ele falou.
  Eu sorri, quando percebi que estava em cima dele, corei.
  - O que foi ? - ele riu, e inverteu nossas posições, ficando por cima de mim.
  Sorri torto, tímida, aposto que estava muito vermelha, logo vi ele corando também e ri da situação.
  - Isso é um pouco embaraçoso. - ele sorriu torto me olhando nos olhos.
  - Com certeza. - concordei.
  - Bom... Acho que vou sair daqui porque... - ele riu um pouco desconfortável.
  Apenas continuei sorrindo, e olhei nos olhos dele, cujo tinha um brilho indefinível e não estava saindo de cima de mim, e vi que por impulso ele segurou em minha cintura, com as mãos um pouco frágeis.
  - Desculpa... - ele falou indo tirar suas mãos dali, mas as segurei ali.
  Ele olhou em meus olhos e depois seu olhar parou em minha boca, fiz o mesmo, tirei minhas mãos das suas e as coloquei em sua nuca, foi se aproximando cada vez mais e então me beijou.
  Seu beijo era calmo e com sintonia, ele apertava minha cintura enquanto me beijava, eu baguncei seus cabelos de leve e ele entendeu meu recado, aprofundou mais o beijo me deixando relaxada no sofá e se deitando inteiramente por cima de mim.
   parou de beijar minha boca e desceu ao meu queixo, depois desceu até o pescoço, onde deu vários chupões que deixariam marcas mais tarde.
  Eu bagunçava seus cabelos e acariciava sua nuca, ele me dava beijos rápidos em meu pescoço, me fazendo arrepiar.
  Ele parou imediatamente quando ouvimos um barulho logo atrás de nós.
  - Eu sabia que vocês iriam acabar nisso... - disse acordado rindo feito louco e soluçando no final da frase.
  - ! - eu e falamos juntos.
  - Desculpa... - ele me olhou apreensivo e saiu de cima de mim.
  Fiquei quieta.
  - ... Vá pra cama. - disse.
  - Uau, agora você é minha mãe? - disse ainda rindo e com a voz molenga.   Pegamos e o colocamos sentado no sofá.
  Logo , e Pat entraram na sala com várias sacolas.
  - Ele acordou? Que merda! - disse .
  - Pat... - soluçou - o e a estavam se comendo no seu sofá dude! - ele disse rindo.
   arregalou os olhos virando-se para Pat.
  Eu bufei para .

Capítulo 4

  - Que? Ah fala sério. Tá, não vou mais ligar pra vocês dois, se comam quando quiserem... - falou Pat meio bobo - vamos , vamos arrumar essas coisas que compramos.
  Olhei para que retribuiu o olhar e rimos juntos, do nada aquilo ficara divertido.

  's Pov

  Estávamos assistindo qualquer coisa na TV e comendo doritos, Pat, e compraram vários tipos de comida para a noite e madrugada toda, e refrigerantes, já que bebida alcoólica estava proibido com ali, que agora estava mais consciente, acordado e calado assistindo o programa bobo que passava na TV.
  Eu olhei para rapidamente que estava olhando também e desviamos os olhares, sorri, o que tinha acontecido ali naquela noite antes dos dudes chegarem das compras estava em minha mente desde aquele momento, e não iria sair tão rápido, existiam várias possibilidades de se repetir, certo?
  Eram quatro horas da madrugada, a mãe de Pat ainda não chegara e estávamos todos já com cara de sono.
  - Eu vou dormir... - anunciou Pat primeiro.
  - É, eu também. - falou em seguida.
  Assenti com a cabeça.
  - Bom, tem uma cama de casal no meu quarto e duas no quarto de , e dois sofás aqui.
  - Eu durmo no sofá... - falou com uma carinha de sono muito fofa que dava vontade de agarrá-la e não soltar mais.
  - Não , eu durmo aqui... Eu e . - falei me virando pra ela.
   apenas resmungou, já com olhos fechados segurando a cabeça com a mão.
  - Então eu durmo na cama com o Pat... - disse com um sorrisinho - e dorme na cama separada no quarto da ?
  - Isso ae. - falou Pat por fim.
  Todos andaram em direção aos quartos, ficando só eu e ali.
  - Boa noite dude, e desculpa qualquer coisa que eu tenha chateado você... - falou deitando no sofá, de olhos fechados.
  - Beleza... - disse sorrindo - somos os Maines, certo? Não será qualquer briguinha que irá nos separar.
  E deitei em seguida no sofá, me acomodando.
  Não sei se passara muito tempo, mas logo acordei novamente com algum barulho do tipo panelas caindo, pelo jeito eu não era o único acordado, também não estava no sofá, olhei em direção a cozinha e vi a luz acesa, escutei vozes em sussurro.
  Andei a cozinha e parei na porta, lá estava de voz chorosa em sussurros dizendo:
  - , por favor, me solta. - dizia ela fuzilando com os olhos.
  - Ah , para com isso e cede logo a mim, pelo menos não acorda ninguém... - respondeu também sussurrando.
  Não aguentei e entrei na cozinha.
  - solta ela agora! - falei alto e claro.
   segurou mais firmemente nos pulsos da garota e olhou para mim, ele não estava bêbado, disso eu sabia, estava totalmente consciente.
  - E você vai fazer o que? - ele devolveu para mim em mesmo tom.
  - Solta ela , para com isso. - peguei pelo braço e a puxei para mim.
  Ela tinha os olhos brilhantes de que a qualquer momento se piscasse as lágrimas rolariam seu rosto a baixo.
   a soltou e eu a puxei para mim alojando sua cabeça em meu ombro.
  Logo Pat apareceu na porta.
  - O que está acontecendo... A está chorando? - ele se virou para mim.
   pousou seus olhos no chão.
  - Desculpa... - sussurrou ele, mas bem audível. - desculpa .
   tirou sua cabeça de meu ombro e respirou fundo.
  - Ele tentou me forçar a ficar com ele Pat, foi isso. - ela disse limpando as lágrimas.
  Pat assentiu com a cabeça.
  - Desculpa, eu perdi o controle, não vai acontecer de novo... Eu vou me comportar, e também vou parar com minhas brincadeiras, desculpa. - disse sério olhando para Pat.
  - Beleza... É melhor assim por que... Qualquer hora um de nós vai sair da banda e aí está tudo acabado, então, por favor, vamos levar isso mais a sério, e são cinco da manhã, vamos voltar para as camas. - disse Pat se mantendo calmo.
  Eu estava respirando pesado para não dar um soco no nariz de , quem ele estava pensando que era? Acariciei o ombro de e segui para a sala me deitando novamente no sofá.
  Logo a luz da cozinha se apagou e então deitou-se no outro sofá sem dizer nada.

  's Pov

  Estava acordado novamente e parecia que tinha acabado de me deitar, olhei o relógio na parede, eram onze horas da manhã, olhei para o sofá do lado, ainda dormia, suspirei, agora eu acho que teria de abafar um pouco o meu jeito meio babaca de ser.
  Eu tinha feito chorar, não foi de propósito, era o meu jeito canalha, e pelo menos, as fãs durante minhas turnês gostavam de caras insistentes, mas era diferente, aquele que estava sendo, não era eu, o meu eu por dentro gritava para eu dizer a o que estava sentindo.
  E bom o que eu estava sentindo não era nada simples, me fazia ficar agressivo e canalha, misturava ciúmes, desejo, carência, e alguma coisa que eu temo em dizer, chamada amor...
  Mas agora era tudo ou nada, eu tinha que mostrar quem realmente eu era, e deixar aquele meu lado canalha de lado, não seria fácil, pelo menos não para mim.
  Esfreguei meus olhos, e então ouvi barulhos na cozinha, andei até lá.
  Estavam Pat, e , todos calados, provavelmente Pat já contara das coisas que ocorrera aquela manhã.
  - Bom dia. - eu disse fraco.
  Eles resmungaram algo como 'dia', e continuaram a comer, sentei-me em volta a mesa, tinha certeza que meu rosto não estava nada atraente.
  Pat me ofereceu algumas coisas que lá tinham para eu comer e fiz meu café.
  - Cadê sua mãe, Pat? - perguntou se virando para Pat.
  - Não chegou ainda... Mais cedo eu liguei para ela, ela saiu do hospital e foi direto para o trabalho - ele suspirou - agora ela só chega depois das quatro da tarde.
  Continuei calado comendo, não tinha nada para fazer hoje, nem no dia seguinte, nem no outro... Estava começando a sentir falta da agenda lotada de shows ao redor do mundo.
  Suspirei, e logo apareceu na porta, coçando os olhos, toda bonitinha, um pequeno sorriso sem mostrar os dentes insistiu em aparecer nos meus lábios, mas eu me controlei, apaguei o sorriso e desviei o olhar dela, focando a atenção no meu sanduíche.
  - Bom dia guys. - ela disse mais animada do que todos nós.
  - Bom dia. - todos disseram em coro.
  Ela se sentou no lado oposto da mesa em frente a mim e começou a preparar algo para comer.
  Fingi estar extremamente concentrado no meu café.
  Logo apareceu encostado na porta, murmurando 'dia' para nós, que respondemos calmamente, vi dar um sorriso tímido para ele, me segurei para não fazer qualquer babaquice.
  Eu era amigo de há anos, muito amigo, gostava dele pra caramba, tínhamos nossos segredos, coisas bobas que só nós sabíamos, nossas coisas de amigos, e agora estávamos todos em uma tensão por causa de uma garota, mesmo gostando de pra caramba, eu não estava disposto a perder para ele.
  Terminei então o que tinha de terminar e fui para a sala, sentei-me sozinho com os olhos fixos na TV que estava desligada, eu tinha de dar um jeito de resolver as besteiras que tinha feito e falado esses dias.
  Logo ouvi múrmuros na cozinha, mas não fiquei curioso em saber o que estavam falando, já sabia que era sobre mim.
  Ouvi alguns passos e então estava do meu lado, sentada, me olhando.
  - Eu preciso falar com você... - ela disse com a voz meio insegura.
  - Olha , eu já pedi desculpas... - respondi calmo.
  - Eu sei, e eu te desculpo , eu só queria acertar as coisas.
  - Que coisas? - perguntei.
  Ela suspirou.
  - Queria fazer as pazes com você, sem ironias, sem nada, tudo bem pra você? - ela disse me olhando nos olhos - quer dizer, não quero passar um mês aqui odiando você ou você me odiando, podemos nos acertar, certo?
  - Ok.
  - Por que está sendo grosso comigo?
  - Não estou... E você não iria se importar se eu estivesse. - ri amargurado. - quer dizer, acho que você acharia melhor se eu fosse grosso com você e te ignorasse.
  - Mas agora eu não quero isso, entende? - ela suspirou de novo - Você sabe, só quero que aja normal comigo.
  - Estou agindo.
  - Não parece você...
  Sorri por um momento olhando para ela.
  - Mas sou.
  E então não sei o que tinha feito ou qual era a expressão de meus olhos, ela sorriu e pousou sua cabeça em meu ombro.
  Calei-me suspirando.
  - É estranho você sem piadinhas. - ela disse sussurrando e rindo baixinho.
  - Também acho. - sorri.

Capítulo 5

  's Pov

  Eu estava ficando realmente confusa, estava com a cabeça pousada no ombro de , o cara que até na madrugada daquele dia eu não suportava, um cara repugnante que só agora eu tinha percebido o quão bonito era o seu sorriso verdadeiro.
  Era estranho viver com aquele agora, de poucas palavras, porém agradável, e eu estava disposta a conhecer mais dele.
  - Mas aquele dia na cozinha do eu não desculpo, ouviu? - eu disse em tom de desafio.
  - Ah qual é, aquilo foi totalmente impulso, eu não iria fazer aquilo! - ele disse rindo.
  Tirei minha cabeça de seu ombro.
  - Impulso? - perguntei.
  - Totalmente. - ele abriu um sorriso cínico.
  - Pelo amor de Deus, para de sorrir assim!
  - Assim como? - ele perguntou rindo.
  - Assim, é provocante!
  - Uau, agora estou provocante para você? - ele riu me fazendo rir junto.
  Ouvimos passos para a sala.
  - Estão se entendendo? Finalmente, não aguentava mais essa birra de vocês. - disse Pat entrando na sala.
  - Pelo menos isso! - disse erguendo uma sobrancelha.
  - Eles não se davam bem? - disse totalmente fora do assunto.
  Ri da expressão de .
  - Bom, pelo menos agora vocês fizeram as pazes, certo? - disse sério.
  - Sim... - respondi.
  - Pois é , e bom, parei de zoar vocês dois, só vou zoar quando realmente for necessário... - disse com um sorriso de deboche.
  - Ou quando estiver bêbado, não é? - respondeu sorrindo.
  - É, mas eu acho que vou beber menos...
  - Me conta outra. - falou rindo.
  Sorri, parecia que as coisas estavam melhorando para todos agora, até para que estava totalmente desligado do mundo ao redor dele, eu ainda estava confusa com o ocorrido entre mim e , mas acho que isso também iria melhorar.
  Suspirei pela milésima vez.
  - Não temos nada para fazer, que tédio! - falei.
  Todos assentiram com a cabeça.
  - Querem ir a minha casa? - falou . - Vocês sabem... Podemos dar um mergulho na piscina de lá, faz tempos que não fazemos isso.
  - Verdade... Vamos então. - respondeu Pat.
  Peguei meu biquíni e minha toalha e coloquei dentro de minha bolsa de costas e esperei os meninos pegarem alguns shorts de banho do Pat.
  Fomos até o carro e então chegamos a casa de , que também era uma casa imensa de 3 andares e tinha dois carros na garagem, entramos.
  - Bom... Bem-vindos novamente dudes, e bem-vinda .
  - Ah valeu. - respondi.
  Entramos e então pude ver a piscina, apesar da água limpa, parecia que não era usada há anos, e talvez não fosse.
  Todos os meninos colocaram suas roupas de banho, mas eu continuei daquele jeito.
  - Não vai entrar, ? - falou Pat se virando para mim.
  - Agora não, Pat... Depois. - respondi.
  - Tá brincando? Vamos , entra agora! - falou me olhando.
  - Ah , depois...
  Ele fez bico.
  - É sério , depois...
  Ele olhou para e os dois sorriram.   Aquilo não ia dar boa coisa, e realmente não deu.
  Os dois vieram correndo até mim e eu não tive tempo de qualquer reação, eles me pegarem no colo e correram em direção a piscina.
  - Me soooooltem! - gritei, mas eles não pararam e pularam comigo na piscina.
  Molhei minha roupa toda por causa daqueles...
  Nadei até a borda da piscina.
  - Vocês são loucos? - disse ofegante com meu cabelo molhado em meu rosto me impedindo de enxergar.
  - Só um pouco. - respondeu rindo.
  - E agora, não tenho roupa! - falei bufando.
  - Putz... - falou - é verdade.
   fez uma cara de preocupado mordendo o lábio.
  Saí da piscina e cruzei os braços para eles.
  - Calma aí irritadinha. - riu - tem roupas de menina no quarto de hóspedes...
  - Não vou usar roupas da sua mãe! - respondi.
  - Não é da minha mãe... - ele corou - é da minha prima.
  - Sei, sei... - disse rindo.
  Subi até o quarto de hóspedes qual tinha falado e achei algumas roupas de meninas que serviam em mim, coloquei um short jeans e uma camiseta de manga curta branca escrita 'I wanna Love you' e sequei meus cabelos.
  Quando estava descendo até o local da piscina, me dei de cara com secando os cabelos, próximo a porta.
  - Ah oi. - ele disse sorrindo. - desculpa ter te jogado lá, mas você estava precisando sabe...
  - Ah claro senhor , muito obrigado. - respondi rindo com ironia.
  - Não foi nada... Estou ao seu dispor. - disse ele deixando a toalha em cima de uma mesa e se aproximando de mim.
    - O que foi, ? - eu perguntei sussurrando e percebendo a aproximação dele.
  - Nada... Sabia que você fica muito bonitinha quando está nervosa? - ele sorriu, me fazendo arrepiar.
  O olhei nos olhos.
  - Para de me provocar... - ele falou de repente.
  - Não estou te provocando...
  - Está sim, e muito. - ele respondeu - sabe, se você continuar fazendo essas coisas, não vou conseguir me segurar por muito tempo.
  - Que coisas, ?
  Ele chegou mais perto.
  - Adoro quando diz meu nome. - ele sussurrou em meu ouvido me fazendo arrepiar mais uma vez - fala de novo?
  - ... - sussurrei para ele.
  - Quer terminar o que começamos aquele dia? - ele disse pegando em minha cintura e me puxando até ele.
  Coloquei minhas mãos em seus ombros levando meu rosto para mais perto do seu, logo o vi fechando os olhos, também fechei os meus.
  Acabando com o espaço que existia entre nós, ele entrelaçou suas mãos em minha cintura, me apertando e nos beijamos com uma sintonia incrível.
  O beijo ia se aprofundando cada vez mais, cortamos o beijo e ele me olhou nos olhos, em seguida beijou meu queixo e foi abaixando seus lábios até meu pescoço e ombro.
  Ele me pegara em seus braços e me sentara na mesma mesa onde colocara sua toalha, que agora estava do meu lado.
   continuou dando longos beijos em meu pescoço e indo até minha boca, me fazendo arrepiar cada vez mais.
  Acariciei sua nuca e então ele parou de me beijar e me olhou com um desejo incrível em seu olhar, com nossos corpos totalmente grudados um ao outro, com a sensação de formigamento correndo o corpo dos pés a cabeça.
  Levei minha cabeça até seu pescoço e mordi de leve ali, percebi que o garoto gostara e apertara mais minha cintura contra si, fechando os olhos.
  - I'm all yours... I'm all yours somehow, baby don't stop now - cantarolou ele baixinho em meu ouvido, quase me fazendo perder o controle.
  Eu estava totalmente envolvida por .
   soltara um ar abafado pela sua boca, próximo ao meu ouvido, sorrindo.
  Percebi o volume por baixo de seu short, encostado em mim, e então parece que acordei de um transe, eu estava na casa de , quase transando com , enquanto todos os garotos estavam do lado de fora da casa, qual era o meu problema? E, aliás, ele era , eu tinha de ir devagar com isso.
  - Hum, . - suspirei - é melhor pararmos por aqui, um deles pode entrar aqui e ver...
  - Você me deixou vir até esse ponto... - ele disse apontando para o volume logo abaixo - para parar?
  Ele soltou uma risadinha desconfortável.
  - Desculpa ... - eu disse sorrindo - mas hoje não vamos passar disso, ok? Desculpa mesmo...
  - Tudo bem - ele sorriu - mas agora, eu acho que vou ter que ir lá ao banheiro cuidar de minha situação...
  Eu ri me afastando dele e descendo da mesa.
  - Até logo. - disse ele, piscando para mim e subindo até o banheiro.
   agora estava começando a parecer o de antes, estava mostrando seu lado mais atirado, sorri com aquilo, de alguma forma era... Contagiante.
  Fui até a beira da piscina, onde os meninos estavam tentando afogar uns aos outros, como crianças.
  - Não vai entrar não, ? - perguntou Pat.
  - Nããão, mais tarde, ok? - eu respondi sorrindo.
  Eles assentiram e continuaram nadando, na verdade estava planejando não entrar mais tarde também, não queria nadar nem nada do tipo.
   apareceu meio vermelho e sorriu torto para mim.
  - Nossa, demorou hein , o que estava fazendo? - perguntou rindo.
  - Eu? Não estava fazendo naaada... - ele respondeu meio sonso e sentado na beira da piscina, colocando as pernas dentro dela e balançando.
  - Cara, você não está com uma cara muito boa. - disse rindo.
   apenas deu ombros, ele sabia que estava mais bem do que nunca.

  's Pov

  Eu estava vendo-a lá sentada perto da piscina com aquele sorriso dela, aquelas bochechas rosadinhas, o jeito que ela piscava, como ficava brava quando se molhava... Tudo tão ela.
  Eu comecei a me sentir bobo, não conseguia desviar o olhar dela e nem disfarçar meu sorriso, e a confusa expressão dela quando me olhava... Se perguntando por dentro o porquê de eu estar a encarando daquele jeito, eu simplesmente não conseguia disfarçar, ou desviar o olhar, não conseguia agir com normalidade...
  - Ei ... - me cutucou me fazendo sair do transe.
  Resmunguei para ele, quase esqueci que estávamos dentro de uma piscina.
  - Hã, eles querem cerveja, vamos lá buscar comigo... - falou ele saindo da piscina.
  Dei ombros e segui-o até a cozinha da casa.
  - É dude, você não parou de olhar para ela... - ele disse abrindo a geladeira e rindo para mim.
  - Ela quem? - falei desengonçado.
  Ele riu da minha cara.
  - Acho que a é a única menina que está aqui conosco, não é?
  Ele colocou uma caixa de cerveja no balcão e olhou para mim.
  - Ah... Nada a ver , eu não estava olhando para ela não... - tentei abafar o assunto.
  - Cara eu te conheço faz vários anos e... Nunca te vi assim na frente de uma garota. - ele riu me olhando - sabe, você até parou de fazer aquelas brincadeirinhas bobas... Você nunca precisou mudar por causa de uma garota.
  Suspirei.
  - Está na cara? - eu disse levantando os olhos para - Quer dizer, eu não acho que estou apaixonado e...
  - Eu conheço pessoas apaixonadas, , eu já me apaixonei... - ele disse levantando uma sobrancelha.
  Dei uma gargalhada fraca e olhei para ele que continuava com a expressão séria.
  - Só... De o seu melhor . - ele disse por final, pegando mais uma caixa de cervejas.
  - Hã... - comecei a falar - mas parece que ela tem alguma coisa com o .
  Ele riu mais uma vez.
  - Pode ser que tenha, mas só depende de você mudar isso ou não. - falou ele dando uma piscadela para mim.
  Suspirei mais uma vez, e peguei a segunda caixa de cerveja, seguindo novamente até o local onde se encontrava a piscina.
  De qualquer forma, estava certo.
  Sentei mesmo molhado na cadeira ao lado de , que se virou para mim com um sorriso... E que sorriso, o sorriso que provocava o meu.
  Parecia que eu estava dentro de alguma das músicas da minha banda, algo parecido, talvez com... Untangle-me.
  De qualquer forma, aquilo estava passando do desejo, estava indo para o sentimento, e eu não estava certo de que era a melhor coisa no momento.
  - Então ...
  - Hãn...? - me peguei em transe de novo olhando para ela.
  Ela riu meiga, fazendo uma careta fofa.
  - Você é tão estranho, sabia?
  - É, você acabou de me avisar. - respondi rindo.
  - Você é um estranho bom...
  - Jura? - eu disse aumentando a voz - Quer dizer, obrigado... - corei.
  Ela deu uma gargalhada fraca e me deu um beijo na bochecha, me fazendo sorrir de orelha a orelha.
   me fazia mais bobo a cada momento que passava, e eu sabia as consequências disso, mas ela era algo pelo qual eu queria lutar, era minha decisão, e não seria nem o cara de minha própria banda que iria mudar isso, eu estava disposto a lutar, certo?
  Droga... Eu estava mesmo um bobo apaixonado, isso sim.

Capítulo 6

  's Pov

  Era ela, eu tinha certeza agora, que era ela quem eu estava querendo, não seria minhas fãs, os caras da banda ou minha família que iria mudar isso, tinha certeza, queria, eu a quero, , só para mim.
  Talvez pareça um pouco egoísta, mas era verdade, eu queria toda ela, aquele sorriso, aquele corpo, aqueles olhos, só para mim.
  Estava ficando um pouco digamos, irritado, vendo-a beijando ali fora da piscina e o deixando com cara de bobo, de alguma forma, parecia que também gostava bastante dela, mesmo depois das coisas que ele tinha feito, e ela estava começando a gostar dele, ok, este não é o problema, mas eu não queria ninguém roubando a de mim, quer dizer, ela nem é minha, mas eu queria ser o único a ter aquele corpo, aquele rosto, tudo, queria ser o único a tê-la em braços.
  Sorri com meus pensamentos bobos, eu estava ficando paranóico.
  Passaram-se horas, eu e os caras bebemos, zoamos, passamos o tempo, e o sol já estava se pondo.
  - Bom, acho que tenho que ir embora - disse Pat saindo da piscina - minha mãe já deve ter chegado lá e está preocupada...
  - Own filhinho da mamãe - disse com uma voz gay.
  Pat lhe mostrou o dedo e saiu para se enxugar.
  Todos saíram então e nos arrumamos, não tinha entrado na piscina a não ser naquele momento em que eu e a jogamos lá.
  Nos arrumamos e então já estava escuro.
  - Bom, eu levo vocês as suas casas. - disse .
  Saímos até o carro que estava estacionado lá fora e então ouvi alguns gritinhos de , não de medo, mas sim de felicidade, quem era aquela?

  's Pov

  Não acredito que ela estava ali! Com a correria daqueles dias eu tinha até esquecido de ligar paar ela e mais, tinha esquecido que ela morava ali...
   estava andando ali e quando me viu também deu um gritinho de satisfação vindo em minha direção.
  - Caracas , o que você está fazendo aqui? - perguntei a abraçando.
  - Ué, não posso mais passear perto da minha casa não? - ela sorriu.
  Dei ombros, e ela olhou para trás de mim, em seguida também virei, os meninos nos olhavam com olhar de curiosidade e sobrancelhas levemente erguidas.
  - Anhh, , esses são , , , Pat, e . - falei os apontando.
  - CARALHO!!! , eu sei quem são eles, sua burra! Caraaaaamba, a banda the maine, eu sabia que eles moravam por aqui, mas eu nunca os encontrei e... - ela fez uma pausa - caramba , você é amiga deles? Pode me apresentar?
  - Sou prima de um deles - rolei os olhos - sim, posso, gente essa é a .
  Eles deram pequenos acenos tímidos acompanhados de 'oi ' e ela foi apertar as mãos deles.
  - Uau ! Você é mais gato pessoalmente. - ela disse se virando para e rindo.
  Não sei qual foi minha expressão, mas assim que me olhou, ele riu de minha cara, me fazendo ficar curiosa.
  - Obrigado, quer dizer, você sabe... - ele sorriu tímido - nunca te vi antes, mas você é muita bonita.
  - Caaraalho, me elogiou, ! da The Maine!
  - Eu ouvi, Michelle. - eu disse rindo, todos riram em seguida.
  - Bom, eu não ia levar vocês embora? - perguntou olhando em volta.
  - É, mas agora eu estou a fim de ir a alguma festa... - falou dando ombros.
  Pat rolou os olhos.
  - Beleza, beleza, eu ligo para minha mãe, vamos para uma festa, ficarmos bêbados até não aguentarmos ficar em pé e voltar pra casa quando o sol estiver a fim de nascer. - falou Pat, tudo muito rápido.
  Todos riram dele e abrira a porta.
  - Vamos ? - falei, me virando para ela.
  - Humm, ok, não tenho nada para fazer mesmo. - ela se virou para mim - e eu não perderia uma festa com The Maine. - terminou ela em um sussurro audível fazendo todos rirem, ficou vermelha.

  's Pov

  Entrávamos na festa de um pub conhecido da cidade, começo da noite e já estava bem agitado, olhei em volta, os meninos já tinham quase sumido de vista, fui atrás deles. No bar todos pediram suas bebidas, e eu decidi não beber nada por enquanto, queria ficar atento e não se consegue ficar atento bêbado, certo?
   ria com a amiga , e eu, bom, eu queria uma chance de ficar com a sós, se é que me entende.
  Passaram-se alguns minutos e só sobrara ali eu, , e , que tomava o 5º copo de vodka e ria descontrolado.
  - ? Vai ficar parada aí? - falou em uma risada fraca, se virando para .
  Ela deu um sorrisinho fraco acenando positivamente com a cabeça.
  - Ok então. - ele respondeu - ei ... É esse seu nome, não é? Você me acha gato mesmo?
  - Claro que acho, - a amiga de disse rindo.
   sorriu.
  - Então, vamos dançar! - ele falou se levantando e puxando pela mão.
  Suspirei.
  - Não vai tomar nada... ? - ela disse me olhando nos olhos, de um jeito perigosamente perto e sensual, estava sentada do meu lado e Deus, como estava linda.
  - Anh, por enquanto não, . - eu disse a encarando com expressão confusa que a fez rir.
  - Qual é, você está com medo de mim agora? - ela disse encostando a cabeça em meu ombro e dando uma pequena risada contagiosa.
  - Não e... O que você tomou, ? - eu disse rindo.
  - Importa mesmo? - ela deu um sorriso de lado se levantando e me pegando pela mão.
  Quando dei por mim, estávamos saindo do pub pelas portas do fundo, onde saímos em uma sala mal-iluminada, grande, com mesas e muitas cadeiras.
  - Que lugar é esse? - perguntei bobo, parecendo uma criança de 5 anos.
  - Não é o mais importante no momento, - respondeu ela rindo e me trazendo mais para o fundo do local.
  Apenas olhei em volta com uma expressão de curiosidade, estava um pouco fora de si, seria melhor levá-la para casa? Acho que não...
  - ... - ela disse chamando minha atenção para ela, que estava com um sorriso muito chamativo, eu podia sentir sua respiração batendo no meu queixo.
  Ela me deixava louco.
  Encarei-a nos olhos e perdi o controle das minhas mãos, que agora seguravam firmemente a cintura dela e a puxavam para mim, sua cintura estava colada a minha, seu peito colado ao meu, as respirações estavam ofegantes e um formigamento na pele da cabeça aos pés tomou conta de mim, e a ultima coisa que vi foi seu sorriso de lado.

Capítulo 7

  Senti seus lábios nos meus, de forma suave e aprofundei o beijo, enquanto eu fui explorando cada canto da boca de , podia sentir o gosto de bebida em sua língua, e para dizer a verdade, me deixava com vontade de mais e mais...
  Separei nossos lábios e segurei em seu queixo, olhando dentro de seus olhos, me segurando para não olhar aquela boca...
  - O que você quer de mim garota? - sussurrei soltando uma respiração pesada.
  Ela apenas deu mais um sorrisinho maroto agarrando meu pescoço e puxando para si.
  Selou seus lábios nos meus e logo depois se separou, indo para trás e se encostando a uma parede.
  Aquela cena estava me deixando atordoado e então fui até ela, prensando seu corpo ao meu e de forma que não a deixava sair dali, beijei seu pescoço delicadamente e a olhei.
  - Eu quero você, ... - ela sussurrou em meu ouvido, me deixando mais louco e arrepiado.
  Fechei os olhos de leve rapidamente e suspirei, agora beijei sua boca mais ferozmente e com fome daquele corpo, eu estava descontrolado, assim por dizer, suas mãos passeavam pela minha nuca e ombros, peguei em sua cintura e a levei cambaleando até uma mesa, coloquei-a em cima da mesma e comecei a beijar seu pescoço novamente.
  Tudo nela era bom, o calor de seu corpo, sua boca, sua respiração, tudo tão bom que era capaz de virar vício.
  Descolei seu corpo do meu por um segundo e tirei minha camisa rapidamente, não estávamos nem na metade do caminho e minha testa já estava suando.
  Suas mãos agora passeavam pelo meu peito e abdômen, minha respiração estava pesada, e eu não conseguia mais sentir o ar daquela sala, se é que ainda havia ar.
  Minhas mãos escorreram pelas costas de e abriram o fecho de seu vestido, ela sorriu para mim me empurrando de leve e então o tirou e jogou no chão daquela sala.
  Olhei-a por um segundo, estava usando somente as roupas íntimas, engoli em seco e então descontroladamente apertei sua cintura contra a minha, a fazendo sentir o quanto animado eu estava.
  Ela soltou ar ofegante em meu pescoço e desceu sua mão até o zíper de minha calça, o abrindo.
  Logo vi minha calça junto de seu vestido no chão.
  Suspirei tentando me acalmar e a beijei suavemente enquanto abria o fecho de seu sutiã, o afastei ainda a beijando.
  Cortei o beijo e olhei-a inteira, i must be dreaming...
  Ela deu vários beijos rápidos em meu pescoço enquanto abaixava minha cueca box, eu apenas fechei os olhos sentindo.
  Quando dei por mim, minha cueca já estava também no chão.
  A olhei, eu a queria, e como queria, respirei pesadamente com a ponta do nariz encostada em seu pescoço.
  Enfim eu estava tirando a ultima peça de roupa que lhe restava, a tirei calmamente e assim a mesma se juntou as outras roupas no chão.
  A beijei agora com tanta vontade.
  - ... - ela disse com dificuldade - tem algum preservativo?
  Fui rapidamente até minha calça, não queria perder um segundo, e tirei uma camisinha do bolso de trás, rasguei o pacote com os dentes e coloquei rapidamente.
  Fui até ela e a penetrei com calma, fazendo-a gemer baixinho.
  Fui fazendo movimentos leves, sentindo tanto prazer a ponto de explodir, coloquei a cabeça para trás.
  - Por favor, ... - ela disse gemendo baixinho - mais rápido.
  Fiz o que ela mandou, aumentei a velocidade.
  Enfim eu a estava tendo para mim, só para mim, eu ofegava alto, eu estava dentro dela, sentindo-a em mim, e não tinha nada melhor do que isso.

  's Pov

  Estávamos ofegantes, minha cabeça latejava e eu via as coisas rodando vagamente, suspirou do meu lado e sorriu beijando minha nuca, arrepiei-me e me virei para ele, olhando-o nos olhos, naqueles incríveis olhos.
  Ele passou o polegar pelo meu rosto me fazendo fechar os olhos levemente e depois abri-los de novo.
  - Eu acho que... - ele disse baixinho suspirando - está tarde, e deveríamos ir.
  Olhei em volta, e vi minhas roupas no chão, entrelacei meus braços em volta de mim, em um tipo de abraço tentando me esconder.
  Ele deu uma risada baixa contagiosa e beijou minha testa se levantando.
  Levantei-me em seguida.
  - Sabe o que eu acho também? - ele me perguntou.
  O olhei com expressão curiosa.
  - Não... O que você acha?
  Ele chegou perto de mim e me abraçou, um abraço confortante, beijou minha bochecha e sussurrou baixinho.
  - Eu acho que te amo pequena... - ele suspirou em seguida e me soltou.
  Fiquei quieta sem reação e de repente acordei de um transe, peguei minhas roupas sem nada dizer e me vesti, quando dei por mim, estávamos vestidos e saindo daquela sala, dando de cara com o pub qual entramos não sei quantas horas atrás.
  Não sei se era impressão minha, ou estava mais cheio do que antes, olhei para o relógio de meu celular, 03h15min da madrugada, não estava tão tarde assim.
  Suspirei e olhei para ao meu lado.
  - Você é incrível, ... - eu disse sem pensar.
  - Digo o mesmo de você - ele sorriu tímido para mim, pegando minha mão.
  Olhei em volta e então vi rostos conhecidos... , , Pat, e estavam vindo em nossa direção.
  - Caramba, onde vocês estavam? Procuramos um bom tempo. - Pat disse para nós de mau-humor.
   levantou as sobrancelhas dando meio-sorriso desconfiado.
  - Hã... Resolvemos tomar um pouco de ar... - disse sorrindo para mim.
  - Eles estavam procurando a graça salvadora deles - disse rindo.
  Ri com aquela cena, estava bêbado e , do seu lado, estava em mesmo estado.
  Eu tinha bebido um pouco, mas estava sabendo perfeitamente o que tinha acontecido, minha cabeça ainda latejava um pouco.
  - Into yours aaaarmsss... Into Your aaarms... - cantarolou desafinada abraçando .
   riu a abraçando.
  - Eu e somos almas gêmeas, eu pedi ela em casamento. - disse com voz molenga - olha o anel que eu dei para ela.
  Ele pegou a mão de e mostrou para mim, tinha um anel cor prata, que eu via usando todos os dias.
  Arregalei os olhos para Pat.
  - Qual é? O que eu podia fazer? - ele disse rindo. - Se sua amiga gosta de caras bêbados, o problema é dela, não é? Vamos embora, pessoal?
  - Vamos... - disse bocejando.
  Dei ombros.

Capítulo 8

  's Pov

  Acordei com a cabeça latejando fortemente e abri os olhos, eu não estava em minha casa... Olhei em volta com um pouco de dificuldade e reconheci o lugar, estava no quarto de Tim Kirch.
  Tentei lembrar-me da noite passada, festa, pub, bebidas... e , uma garota legal chamada ...
  Levantei e olhei para o relógio na parede, eram mais de uma hora da tarde.
  Saí do quarto e todos estavam em frente a TV, até !
  Cocei a cabeça e os olhei.
  - O que aconteceu...? O que aconteceu ontem?
  Todos me olharam sorrindo e tinha corado.
  - Acho que isto é teu... - disse ela se levantando e me entregando meu anel, meu... Anel?
  Sorri meio atordoado para ela, e olhei em volta esperando explicações, mas nada veio.
  - É normal ele pedir as pessoas em casamento assim? - falou rindo.
  - É sim, principalmente quando bêbado. - respondeu Pat rindo.
  Eu tinha pedido alguém em casamento? Caracas.
  Sentei-me no sofá ao lado dos dudes.
  De qualquer forma eu sabia que e estavam juntos, e eu não estava mal por isso, nem com ciúmes, eu de algum jeito descobri que era uma garota incrível, bonita e meiga, e uma ótima... Amiga, perfeita amiga, e tudo aquilo não tinha passado de coisas da minha cabeça.
  Tudo estava ficando de alguma forma claro para mim, e agora de algum jeito eu sabia que não era ela a garota que eu procurava para algo a mais que amizade.
  Acordei do transe, e vi ao meu lado, um formigamento passou-se pelo meu corpo, aquilo sim era estranho.

  's Pov

  Eu tinha que falar com sobre o acontecimento da noite passada e daquela madrugada, o que é que seja.
  Estava lá, sentado no sofá de Pat Kirch, após chegarmos depois das quatro horas da manhã e levarmos sermões da mãe de Pat, dormimos ali e eu ainda não falara com após... Aquilo.
  Olhei-a, ela estava distante, com uma expressão fofa de pensamentos longes, sorri a vendo daquele jeito.
   seria umas das coisas que eu jamais saberia explicar, ela fora extremamente sensual naquela madrugada, e tinha horas que ela parecia alguém tão pura e inocente, porém tão linda, a ponto de me fazer colocar todos meus sentimentos para fora, com muitas e muitas músicas.
  Era algo difícil entender como minha mente estava voltada para ela, eu precisava saber o que ela sentia por mim, eu tinha de saber.

  's Pov

  Eu não conseguia parar de pensar em tudo o que tinha acontecido desde quando eu chegara lá, como eu cheguei lá achando insuportável e agora eu o achava um cara divertido que me fazia rir.
  Como eu chegara lá vendo como um cara incrível e um ótimo amigo, e agora... Bom, agora ele era mais do que isso, pelo menos isso eu tinha certeza.
  Suspirei, olhei para todos eles conversando em minha volta, também estava alí e conversava com sorrindo de orelha a orelha, sorri com aquilo e me levantei indo até a cozinha.
  Peguei um copo de água e comecei a beber, me virei para a porta da cozinha e lá estava encostado, me olhando com um sorriso torto.
  - Oi, . - falei colocando o copo na pia.
  - Oi...
  Fiquei parada sem nenhuma reação, o que eu deveria fazer ou falar?
  - Olha, ... Eu queria falar com você, sobre... Você sabe.
  - Fala... - respondi.
  Ele saiu da porta e veio ao meu lado, me olhando nos olhos e pegou em minha mão.
  - Bom, se aconteceu era porque tinha que ter acontecido... - ele começou a falar - mas o que você sente por mim?
  Engoli em seco, o que eu deveria falar? Eu estava completamente perdida...
  - Eu não tenho certeza, ... - respondi depois de um desconfortável silêncio.
  Ele sorriu fraco e beijou minha testa.
  - Eu quero você para mim... De todos os modos e jeitos, e isto está claro, digo para quem queira saber, não vou esconder de ninguém, nem das minhas fãs, fica do meu lado, por favor... - ele disse baixinho, pegando minha mão e colocando em seu peito, me fazendo sentir suas pulsações aceleradas.
  Suspirei, agora eu tinha certeza, eu queria ao meu lado também, de todos os modos, não importava o que eu teria de passar, aquele era apenas o primeiro capítulo do livro sobre mim e ele, certo?
  O abracei forte, não querendo soltar, e alojando minha cabeça em seu ombro enquanto o abraçava, era tão bom estar com ele...
  - Eu quero estar com você também, ... - falei por fim, fechando meus olhos.
  Senti seu sorriso.
  - Mas... - ele começou a falar e olhei nos olhos dele - não se atreva a desistir de nós, por favor.
  - Não... Não vou. - respondi.
  - Agora você é propriedade minha. - ele disse rindo - e eu sou sua propriedade, cuide bem de mim, ok?
  Assenti com a cabeça, sorrindo.
  Era , eu tinha certeza, era ele.

Capítulo 9

  's Pov

  Novamente naquela sala... Eu sentado de um lado e do outro lado da sala, nos olhando e desviando os olhares... Como duas crianças de 12 anos apaixonadas.
  - Gente, gente, gente... - comecei a falar e atrair todos os olhares para mim - Hã... Tenho que falar uma coisa.
  - O que dude? - perguntou Pat.
  Suspirei, fui até o lado de e sentei.
  - Eu e a estamos... Hã, juntos. - falei tentando pensar em palavras melhores, mas nada de melhor saiu.
  - Estamos vendo, vocês estão um do lado do outro e... - começou a falar .
  - Nossa dude, para de ser burro! - disse , o interrompendo - Até eu entendi que eles estão tendo um 'rolo'. - rapidamente se virou para , me virei também, mantinha a expressão tranquila.
  - !!! SUA BITCH! VOCÊ COMEÇA A FICAR COM UM CARA DA BANDA THE MAINE E NEM ME LIGA PARA FALAR, VOCÊ É UMA... - falava gritando, olhando com cara de brava.
  Todos riram em volta, e então Pat se virou para nós.
  - Então é isso, vocês estão juntos? - ele suspirou - Legal, mas não engravida minha prima, por favor... Ela não merece, sabe.
  - Calma dude! Vou cuidar bem dela - eu disse sorrindo - Prometo, não vou engravidar ela, relaxa aí!
  - É dude, bom mesmo que não engravide, a é muito bonitinha para andar com um barrigão por aí, que um tempo depois vai ter um pirralho te chamando de papai - falou rindo - Sério mesmo, seria escroto.
  - ... Eu te mato - falou para , ainda com cara de brava.
  - Caaalma - ela disse rindo - você e o estão nesse love desde ontem... E você não falou uma palavra comigo sobre isso até agora! Não reclama.
   se mexeu desconfortavelmente no sofá e corou, sabia mesmo intimidar as pessoas.
  Sorri, nada podia acabar com aquilo, agora eu tinha oficialmente, para mim, e... Nada podia acabar com aquilo, a não ser se quiséssemos...
  Como eu estava errado...

  's Pov

  Passou-se uma semana desde que eu e estávamos juntos, não era um namoro oficial, estávamos juntos apenas. Como eles estavam de férias, não tinha chego a boca de nenhuma fã.
   e conversaram animadamente nesta semana, mas ninguém viu eles durante este tempo darem um beijo ou coisa assim, parecia que eles eram muito tímidos um com o outro, e não costumava ficar tímido com as garotas ao seu redor, não todas...
   virou um ótimo amigo para mim, ele me fazia rir bastante e também me ajudava com alguns problemas.
  Bom, se passou uma semana, e agora era o primeiro show deles, na verdade era apenas um em Tempe mesmo, depois eles aproveitariam o resto das férias, que era mais algumas semanas.
  Eu iria ao primeiro show deles, e como 'garota do ', está bem, isso soa meio bizarro, mas é... Então eu estava meio nervosa, se é que me entende.
  - Que foi, ? - falou , me tirando de um transe.
  - Hã... Nada, .
  - Você fica tão linda quando está pensativa.
  Corei.
  - Qual é, você já deveria ter perdido a vergonha quando eu digo essas coisas, sabia? - ele disse dando uma risada gostosa.
   me deu um beijo na bochecha e me olhou.
  - Fica tranquila.
  - Eu estou, . - sorri o mais confiante possível.
  - Então vamos lá comigo preparar alguns cupcakes para o seu primo, vamos? - ele disse rindo - O Pat está quase enlouquecendo ali porque quer um, mas está com preguiça de fazer e não tem dinheiro para comprar. - ele apontou para Pat, que estava resmungando no outro sofá.
  Sorri vendo aquela cena e me levantei, indo até a cozinha com , quando chegamos a porta, demos de cara com... e nada mais e nada menos que se beijando ferozmente encostados na geladeira.
  Quando nos perceberam lá, derrubaram algumas tampas de panela que estavam na pia, atrapalhados e com os rostos corados.
   não se segurou e soltou uma risada abafada, em seguida eu soltei.
   abriu a boca para falar, mas nada saiu, então ele abaixou a cabeça, pegou pela mão, que mantinha uma expressão atordoada, e a levou para fora da cozinha.
  Incrível como todas as coisas legais sempre aconteciam em alguma cozinha.
  Passaram-se algumas horas e todos estávamos arrumados e indo em direção ao local onde aconteceria o show.
  Então aconteceu, eles fizeram o show, algumas meninas perguntavam curiosas se eu estava mesmo com , e eles agitaram bem aquele lugar, aquele pessoal, tudo, o show fora fantástico e eu, claro, tinha o assistido no camarote.
  No final do show, entrei no camarim junto dos meninos, eles estavam atendendo duas garotas, mas não estava ali.
  - Ei, onde está o , dudes?
  - Lá no fundo, na outra sala. - respondeu , e então eu fui até lá.
  Ele estava encostado em uma parede e tinha uma menina loira Ao seu lado, fiquei em um lugar não visível e escutei a conversa dos dois.
  - É, , aquela menina é tua namorada?
  - Estamos meio que juntos...
  - Então não é oficial. - ela deu uma risadinha que me fez cerrar os punhos. - Então você ainda está livre para outras pessoas...
  - Não, não estou, sério mesmo...
  - Shhh... - ela sussurrou e então o beijou.
  Eu estava a ponto de ir lá dar um murro na cara daquela... Vadia? Mas fiquei parada em choque, o por quê? Ele não recusou o beijo e nem se afastou dela, ele apenas retribuiu... era tão fraco assim? Quando eu vi, estavam rolando lágrimas, saí dali sem eles perceberem e voltei a sala onde estavam os outros Maines.
  - ... - disse chegando perto de mim - O que aconteceu?
  - Nada... - respondi com os lábios trêmulos e ele limpou minhas lágrimas.
  - Ele fez merda... - disse baixinho, mas não para mim, para si próprio, como se ele já soubesse que isso viria a acontecer.
   me abraçou e eu fechei os olhos fortemente.
  - Você não faria isso comigo, faria ? - perguntei, o abraçando.
  - Não... Nunca. - respondeu ele, me beijando na bochecha. - Vem, vamos lá fora tomar um ar.
  Saímos pelas portas do fundo, e deu autógrafo a algumas garotas e depois ficamos sozinhos ali, estava escuro e só alguns postes iluminavam a rua.
  - Isso vai se resolver, . - falou ele passando o polegar em meu rosto delicadamente.
  - Não, eu... Não quero mais nada com .
  - Não fale coisas antes de tudo se resolver, ok? Só deixe... Passar, e ver o que acontece. - disse ele, dando um meio sorriso e então tentei sorrir para ele, tentando mostrar que estava tudo bem.
   beijou minha testa, e então ouvimos um barulho atrás de nós, da porta se abrindo, era .
   segurou meu braço e ao olhar para , não me segurei e algumas lágrimas caíram, a minha vontade era de sair correndo dali e... Foi isso que eu fiz.
  Me soltei de e saí correndo na rua, as lágrimas iam caindo e voando para trás, então olhei para lá enquanto corria e vi vindo atrás de mim, quando olhei para frente, vi dois grandes faróis, e isso é tudo o que lembro.

Capítulo 10

  's Pov

  Eu chorava desesperado em cima dela, ela estava apagada, e eu tentava acordá-la. estava ao meu lado tentando me afastar dela, enquanto o motorista do carro descia dele e vinha até nós, ligando para a ambulância.
  - Vai ficar tudo bem, me desculpe, vai ficar tudo bem... - eu sussurrava a abraçando no chão, lágrimas caíam dos meus olhos.
  - Cara, não sufoque ela, calma, ela vai ficar bem - disse me empurrando para trás, enquanto eu via os outros caras da banda se aproximando.
  A ambulância tinha chego, e então eu segui com ela até o hospital, ela ainda não tinha acordado.
  Chegamos ao hospital, os meninos chegaram logo depois em nossa van, e levaram para dentro de uma sala.
  - Eu quero ir com ela... - falei para o médico.
  - Fique calmo rapaz, ela vai ter que ir sozinha, depois você poderá vê-la.
  Tentei protestar, mas nada saiu e então vi Pat ligando para sua mãe, para ir até lá.
  Fiquei quieto, tudo tinha acontecido tão rápido... E eu sabia que de alguma forma, estava ali por minha culpa, e eu estava arrependido, eu me sentia culpado... Mas não poderíamos voltar no tempo.
  - Ela vai ficar bem... Eu sei disso - falou Pat, baixinho para si mesmo.
  Assenti com a cabeça, e fiquei andando nervoso por aquela sala de espera, e logo depois a mãe de Pat chegou.
  - O que aconteceu rapazes, por favor... Falem.
  - Ela foi atropelada por um carro, Sra. Kirch, mas vai ficar tudo bem... - disse com a voz calma e segura.
  A Sra. Kirch estava respirando ofegante, nervosa.
  - E agora, como eu falo para o pai dela... - ela dizia nervosa para si mesmo.
  - Mãe... Mãe... Não o deixe preocupado em plena viagem de negócios, conte a ele quando ele voltar. - falou Pat para sua mãe, que foi até Pat e o abraçou.
  - E vocês, estão todos bem? - ela perguntou.
  Assentimos com a cabeça.
  A minha vontade era de gritar que a culpa era minha, e que eu queria estar no lugar dela, mas ficou apenas um aperto na garganta, e meus olhos começaram a arder, senti que lágrimas iriam vir.
  - Eu... Vou tomar água. - falei sussurrando e saí dali.
  Então era isso, estava lá por minha culpa, eu tinha que falar com ela, eu tinha...
  Voltei para junto deles e o médico apareceu.
  - Como ela está? - perguntou a Sra. Kirch.
  - Ela vai ficar bem... Mas precisa de repouso, e bom, ela quebrou o pulso. Já pode receber vocês lá, mas não a acordem, e muito menos a deixem assustada, por favor...
  - Claro. - respondeu Sra. Kirch, baixinho.
  Entramos na sala, estava deitada, apagada naquela cama, com a roupa toda branca... E eu estava com aquele mesmo nó na garganta.
  Primeiro a Sra. Kirch chegou perto de , e lhe deu um beijo na testa, murmurando algo que não compreendi.
  Em seguida chegou perto dela, e lhe pegou uma das mãos, a que não estava enfaixada, e fez lhe carinho, e em silêncio a olhou fechando os olhos e depois saiu.
  Então eu caminhei até ela e a olhei, abaixei-me fechando meus olhos e a beijei na bochecha, e senti lágrimas vindo.
  E então ela abriu os olhos lentamente e me olhou.
  - Me desculpe... - sussurrei para ela, olhando em seus olhos, e me afastei, saindo da sala, e deixando-os ali com ela.
  Engoli em seco, e minutos depois todos eles saíram de lá em silêncio.
  O médico falou que em 2 dias podíamos buscá-la, e então fomos pra casa de Pat, em silêncio, eu pensando o tempo todo no que faria quando ela voltasse...
  Estávamos todos sentados em silêncio, aquilo era estranho, nós, a banda The Maine, quietos, sem nada dizer, sem zoar nada, ou algo do gênero, estávamos mesmo crescendo...
  - Bom... Dudes... - disse , se levantando - lembram-se que nós começamos há algumas semanas atrás, antes de sairmos de férias... O projeto para o nosso novo cd? O Pioneer? Temos que ver isso agora... Compor as músicas e então, mais ou menos em um ano, ele poderá ser lançado... Eu tenho algumas letras, vocês tem alguma idéia?
  - Eu tenho... Uma música. - falei fraco, olhando para o chão. - Mas antes terei que fica um tempo a sós para fazer os acordes... E a letra é meio pessoal.
  - Entendemos... Hum, vamos ficar aqui na sala vendo TV, creio que os quartos estão livres, e pode levar meu violão. - falou .
  Pat assentiu com a cabeça para mim.
  Então peguei o violão e entrei no quarto de Pat.
  A letra, eu já tinha, eu sabia o que estava sentindo, eu sabia o que deveria dizer, agora faltava um ritmo, harmonioso de alguma forma, e também que combinasse com minhas emoções.
  Toquei os primeiros acordes, e então, eu já sabia qual seria o ritmo, eu sabia o que eu iria querer.
  - I am weakness, I am greatness, and anything you want me to be... - arrisquei cantando baixinho e tocando. - I am wasted, and I'll make this, the anthem for a dying breed, see the light at night when you're fading away, trust in us we're all that you've got these days...
  Suspirei e parei de tocar um segundo, fechei os olhos fortemente e voltei a cantar e tocar.
  - Take a look inside my heart, oh, let's get carried away... - Levantei a voz, cantando um pouco mais alto - Don't you dare... Don't you ever give up, don't you ever give up on us... Oh Don't you dare, Don't you ever give up, Don't you ever give up on us... My dear.
  Coloquei o violão ao lado, a letra estava quase completa, e tirava um pouco de meu peso, o peso que eu estava carregando lá dentro.
   apareceu na porta me olhando.
  - Eu estava ouvindo dude... - ele disse passando a mão nos cabelos - Está ótimo, eu gostei.
  Assenti com a cabeça, querendo dizer 'Obrigado', e então deitei-me na cama de Pat, um pouco cansado, aliás, era madrugada, e tinha acabado de sair de um show, vi acenando, e então adormeci.

Capítulo 11

  Acordei no dia seguinte, e para dizer a verdade, passou muito lento, e com o menos de palavras possíveis, foi o dia que eu mais fiquei ansioso e nervoso, preso a pensamentos, não tem muitos detalhes para dar. Então chegou o dia, o dia que eu iria vê-la de novo, e eu ainda não sabia o que fazer.
  Já estávamos no hospital, todos na sala de espera, foi quando ela saiu, não estava mais com aquelas roupas brancas do hospital, estava com uma roupa normal, e um sorriso tímido, todos correram para abraçá-la, mas eu não saí do lugar, e quando todos terminaram de lhe dar saudações, eu a olhei, tentando dar o melhor sorriso possível e cheguei perto dela, de cabeça baixa.
  Então para minha surpresa, ela me abraçou, forte, e de olhos fechados. Demorei um pouco para perceber e educadamente meus braços abraçaram sua cintura, forte, e beijei com certo medo, seus lábios de leve, ela me olhou um pouco assustada.
  - Você vai precisar de uma bela desculpa... - ela sorriu um pouco tímida - mas depois você explica, eu fui tão idiota... - ela dizia sussurrando.
  - Ei... Eu fui idiota, completamente idiota, eu... Desculpe-me, por favor, ... Eu me sinto culpado, eu...
  E então ela fez um gesto para eu ficar em silêncio e obedeci, logo depois recebi um beijo suave e com sintonia, essa era minha ... E como ela me deixava completamente caído aos seus pés.
  Sorri tímido depois do beijo, todos a nossa volta estavam tentando disfarçar o máximo que não tinham reparado nada, ri da cara deles e então peguei na mão de , e fomos para o carro.
  Ok, eu estava felizão, com certeza, e aquele sorriso bobo não saía do meu rosto.
  Voltamos para a casa da senhora Kirch, que tinha feito vários cupcakes para nós, mas pelo Pat, não iria sobrar nem um para os dudes, para mim ou para .
  - Ei! Deixa o último para mim gente! - disse Pat comendo dois de uma vez, e fazendo , ao meu lado, rir, aquela risada meiga que só ela tinha e era capaz de me fazer estremecer por dentro.

's Pov

  Eu estava de volta, isso era bom, ótimo! O médico dissera que eu ficara de repouso por conta que a batida na minha cabeça fora muito forte e me apagou, mas ainda bem que não quebrei nada mais além do meu pulso.
  Agora eu estava de volta com os 'dudes' que aos poucos viraram minha família, eles sorriam ao meu lado, rindo, conversando sobre coisas bobas, e também estava ali, surtando e perguntando a todo momento como eu me sentia.
  Eu precisava conversar com , sobre tudo, e agora era a hora certa de conversar, eu sabia disso, e qual o lugar melhor para conversar do que a cozinha?
  Lancei um olhar significativo ao , me levantando e seguindo até a cozinha.
  Segundos depois, ele apareceu atrás de mim sorrindo.
  - É bom... Te ter de volta. - disse ele sorrindo tímido.
  - É bom estar de volta... - respondi, e então ele me encarou em silêncio - ... Eu, preciso que você me explique, o por que daquilo.
  Ele suspirou pegando na minha mão.
  - ... Olha, enquanto eu não estiver em um relacionamento sério com alguém, se eu fizer alguma coisa além de falar, para aquelas garotas que ficam a todo momento tentando me 'pegar' ou coisa do tipo, tudo vai cair contra mim, desculpa, eu não pude fazer nada, pois eu sei que se eu me afastasse ou algo do tipo, ela iria fazer algum tipo de escândalo e coisa assim... Desculpe-me mesmo - disse ele, muito rápido.
  Assenti com a cabeça, era isso, enquanto ele não tivesse tal relacionamento sério, ele poderia ser a qualquer momento ser beijado por alguma garota necessitada, ok, digamos assim.
  - E sobre nós...? - perguntei um pouco insegura.
  - Nós? Nós foi a melhor coisa que já aconteceu para mim, pequena... Isso eu posso te assegurar. - respondeu ele, beijando minha testa e depois me olhando nos olhos.
   parecia saber o que estava dizendo, sorri tímida e selei seus lábios aos meus rapidamente, saindo depois da cozinha, com ele atrás de mim.
  - Cara, como vocês gostam da cozinha hein! - disse rindo para nós. É, eu precisava falar com também, sei lá sobre o que, só precisava.
  Rimos desconfortáveis, e sentamos no sofá, estava tudo muito quieto, o que não era típico dos Maines, tudo desconfortável, até Pat quebrar o silêncio.
  - Então, vamos comemorar? Vamos ao pub de sempre, aproveitar as férias, sei lá!
  Os meninos comentaram sorrindo e assentiram, fiquei quieta e me olhou preocupado.
  - Qual é , sua mão não vai atrapalhar você a se divertir, não é? - ele riu - Quer dizer, vamos descontrair um pouco.
  Sorri tentando dizer que não tinha nada a ver e ele sorriu de volta, assim todos se levantaram e seguiram ao pub, aquele mesmo pub.

Capítulo 12

  Chegando lá, estava tudo normal, as pessoas bebendo, dançando, rindo, fazendo besteiras, sempre coisas do gênero. Michelle estava em sua casa dessa vez e um pouco solitário e sério, pediu uma lata de cerveja.
   estava também tomando cerveja e perguntou se eu queria alguma coisa, respondi que não, eu não estava a fim de beber, percebeu meu desconforto, e me olhou preocupado.
  - O que foi, pequena?
  - Nada...
  - Fala. - ele disse, em meio ao barulho das pessoas.
  - Eu só... Preciso falar um pouco com o . - falei em quase sussurro e ele assentiu com a cabeça.
  , um pouco com a expressão desconcertada, saiu dali com a lata de cerveja na mão e se juntou aos outros dudes, logo ao lado.
  Olhei para ao meu lado, que me ergueu uma sobrancelha e sorriu.
  - Como está se sentindo?
  - Bem, ... E você?
  - Eu? Hã, eu estou bem, obrigado.
  Sorri, onde eu queria chegar?
  - ... Obrigado.
  - Pelo que, ?
  - Por me ajudar aquele dia, dizer aquelas coisas, obrigado, obrigado, você é um ótimo amigo. - eu disse apreensiva e ele me olhou divertido.
  - Não foi nada... Você merece do melhor, sabe disso.
  - Nem sempre, não sou tão boa assim, ok?
  - Eu sei disso, boba, eu estou brincando, você merece do pior! - ele disse rindo, e eu me aliviei, de alguma forma, eu vi que nem tudo tinha mudado.
  - Mas eu sempre vou te ver como... A menina que eu já tentei agarrar. - ele disse rindo e me fez rir também, podia ser um idiota, mas ainda assim, um idiota que eu gostava de conviver.
  - E como estão as coisas com a Michelle, hein ? - perguntei um pouco interessada e o olhando.
  - Hã... Bastante legal - ele sorriu malicioso e lhe dei um tapa - quer dizer, eu gosto muito dela sabe... Ela é legal.
  - Hum, sei...
  - Isso foi por que está duvidando de mim ou por que está com ciúmes? - ele brincou.
  - Por que eu teria ciúmes de você? - respondi rindo.
  - Porque eu sou lindo, oras! Mas você tem o seu precioso , esqueci disso - ele disse, fazendo biquinho.
  - E meu precioso é melhor do que você, ta bom? - falei.
  - Sei, você viu os 'instrumentos' - ele fez aspas com as mãos - dele e não viu os meus, o meu é maior ta bom.
  Só consegui rir mais ainda, e ele riu em seguida, era um ótimo amigo.
   vinha em nossa direção, sorrindo.
  - Desculpe, , mas agora a vai ser minha - disse chegando perto e não dando tempo de protestar, me pegando pela mão e arrastando para o meio do pub - Então, quer dançar?
  Ele fez o pedido provocativo, e assenti com a cabeça.
  Logo suas mãos envolviam minha cintura e minha cabeça estava encostada em seu ombro, enquanto ele fazia movimentos leves, me apertando contra si.
  Íamos dançando com um pouco de sensualidade, e um sorriso cheio de desejo surgiu no canto dos lábios dele, que vieram até meu ouvido e sussurraram:
  - Your hips... My hands, you swing and you dance... - sussurrou ele em meio a um ritmo contagiante.
  Mexi minha cintura dançando junto de sua melodia, enquanto ele sorria mais.
  - Yea, i'm feeling pretty lonely baby, just let me in. - ele continuou a cantar em meu ouvido, e eu, sorrindo, continuei dançando junto de si, e seus lábios agora estavam encostados em meu rosto, enquanto cantava meio rouco.
  - You're my heroine, but you're suicicde... If i let you in you'll crawl inside, oh you save my skin...
  Mordi meus lábios, enquanto ele agora passava os seus no meu pescoço, me fazendo arrepiar.
  - She can't wait to sink in... My heroine.
  E seus lábios pararam nos meus, se movendo com aquela sintonia, a nossa sintonia.

  's Pov

  Eu estava a sós, com minha cerveja e via e juntos daquele jeito, abraçados, e um pouco antes, sussurrava ao ouvido de Leandra - coisas safadas provavelmente? Ok - e eu lá, afogando não sei o que, não estava afogando nada...
  Mas algo se revirava em mim, meu estômago, e não era por causa da bebida, tudo revirava, estômago, mente, uma queimação, e coisas voltavam a minha cabeça. Era estranho, era errado, eu sabia disso, então tudo voltou...

Capítulo 13

  *Flashback 4 anos atrás*

  - Cara, temos que escolher um nome... Um nome!!! - disse Pat com expressão pensativa.
  - Pergunta pra sua prima, Pat! Ela está aqui sem dizer nada, vocês ficam a ignorando, dêem uma chance a ela. - disse tirando a franja dos olhos - talvez ela tenha uma boa ideia.
  Pat riu do que o amigo disse e se virou para a olhando.
  - Não... Ela não parece ser do tipo que tem boas ideias.
   lhe mostrou a língua, nunca suportou o primo.
  - Concordo com o Pat, o que uma menina iria ter de boa idéia para uma banda? - disse rindo - Inocente demais, jovenzinha demais, medíocre demais...
   o encarou um pouco boquiaberta e engoliu em seco, se afastando da roda de garotos.
  - Não acho que você deveria ter dito isso, ... - disse em meio a um sussurro audível.
  - Mas é verdade, por quanto tempo essa menina vai ficar aqui, Pat?
  - Não sei dude... Mas deixa ela, vai.
  Continuaram discutindo, quando disse.
  - Bom, eu gosto de uma música, que se chama Coast of Maine, do Ivory... E então?
   rapidamente virou sua atenção para o grupo novamente, era uma de suas musicas favoritas, chegou perto dos garotos, colocando uma mecha de seus cabelos atrás da orelha.
  - The Maine... Ia ser legal.
   sorriu olhando para a garota.
  - É, ! The Maine, ótimo, o que acham? - se virou para os meninos, sorrindo.
  Eles assentiram com a cabeça, pensando sobre o assunto.
  - É um nome legal! - disse .
  - É, eu gostei... - falou um pouco de mal-humor.
  E então todos os garotos concordaram que The Maine iria ser um bom nome para a banda, agora estavam decidindo músicas, covers, entre outros e voltara sua atenção para a TV, sem se preocupar com os garotos.
  Quando estava ficando tarde, os garotos resolveram ir embora para suas casas.
  - Tchau Pat, meu amor, se cuide - disse , fazendo uma voz gay.
  Pat riu irônico.
  - Tchau Pat, tchau , obrigado por ter ajudado com o nome da banda... - disse , se virando para e sorrindo.
   sorriu de volta sem nada dizer, estava corada e nervosa.
  - É, valeu - disse , acenando para a garota que retribuiu o aceno.
   em seguida também acenou para a garota e deu um tapinha na cabeça de Pat.
  Eles saíram e ficaram conversando na porta da casa de Pat Kirch, rindo, estava focada na TV e com sono, quando entrou novamente dentro da sala, passando em frente a TV e olhando para a garota com curiosidade.
  - Ei, dá licença, por favor, pessoa antipática?
   sorriu um pouco irônico.
  - Eu? Antipático? Olha o que fala de mim virgenzinha, um dia você vai cair aos meus pés.
   cerrou os olhos para o garoto.
  - Se eu sou virgem ou não o problema é meu, e nem sonha que eu vou cair aos seus pés, vai sonhando .
  O garoto chegou perto da menina, ainda sorrindo.
  - Vai sim, eu tenho certeza que vai, agora para de ser chata, bonitinha você pode até ser, mas não vou deixar você falar assim comigo.
  - Desde quando você precisa deixar eu fazer alguma coisa? - perguntou a garota, com arrogância.
  - Um dia você vai me implorar para eu deixar você fazer as coisas - ele disse chegando mais perto - guarde minhas palavras.
  - Anote aí, parar de sonhar e se iludir um pouco, ok? Vá viver com sua bandazinha e me deixa em paz.
   selou seus lábios nos da garota, sem pensar ao menos, e depois sorriu da atitude da menina, que ficou quieta e surpresa.
  'Idiota' sussurrou ela depois, saindo do sofá e indo até o quarto em que ela dormia.
   mordeu os lábios um pouco inseguro e saiu lá fora junto dos outros dudes, pensando no que acabara de acontecer, ele insistia em manter a idéia de que ela era 'só mais uma', mas tinha algo bagunçado ali.

  *Fim do Flashback*

  Sorri com aquela amarga lembrança, ela mexia comigo, tudo bem, ela estava feliz com , e eu tinha . Mas eu não podia negar, não era de agora que eu tinha sentido algo por , desejo, paixão platônica, sei lá, ela ainda mexia comigo, fazia revirar tudo por dentro, e eu tinha que admitir isso. Eu não tinha certeza do que queria, do que iria fazer, continuar como bons amigos e socar lá dentro as emoções, ok, agora eu estava encrencado, eu estava me envolvendo com emoções, nunca tinha sido assim, saia com algumas fãs, tinha algumas namoradinhas do passado, mas nunca me envolvi de verdade com emoções, eu ainda continuava canalha, ela só era algo na minha vida para me mostrar que um dia eu teria um ponto fraco, ou ela estava lá realmente para me mudar.
  Eu engoli em seco, geralmente quando eu pensava demais, eu bebia, bebia, bebia... Era o que eu estava fazendo agora, tudo começava a ficar embaçado, e vi então e sumirem entre a multidão, sorri irônico, a única coisa que eu poderia fazer, abaixei a cabeça, e saí também por entre a multidão, olhando as garotas a minha volta.
  - Olá, ... Você por aqui, afim de se divertir um pouco? - falou uma garota de voz melosa, aparentemente bonita, e se esfregava em mim. Por um momento eu tinha esquecido que tinha isso todos os momentos em todos os lugares que eu queria, eu era famoso, não era?
  Sorri para a garota e sua amiga.
  - Claro... - respondi baixo, colocando cada braço na cintura das duas meninas, e saindo por entre a multidão.

  's Pov

  Eu e atravessávamos a multidão meio abaixados e discretos, eu segurava em sua mão. Quando chegamos à parte funda do pub, onde tinha pouquíssimas pessoas e o barulho da música era abafado, a encarei sorrindo, ela retribuiu o sorriso.
  - O que foi ? - perguntou ela me encarando.
  - Nada... - mordi os lábios - vamos ver o que os dudes estão aprontando.
  Ela assentiu com a cabeça e saímos de novo entre a multidão e avistamos os caras; e conversavam com duas moças que havia lá e Pat bebia um energético qualquer, se aproximamos dele.
  - E aí Pat, o que está pensando em fazer? - perguntei.
  - Nada... Uau, você ainda não sumiu com minha prima - ele sorriu - Isto é... No mínimo bom.
  - Eu nem sempre sumo com sua prima, ok? - falei rindo e corou do meu lado.
  Passei o braço por seu ombro e Pat sorriu.
  - É... O , aquele safado, me deixou sozinho aqui, foi para aquelas portas do fundo, com duas garotas! Duas! Nem pra emprestar uma pra mim.
  Ri do Pat, ele era o que menos se via com uma garota entre nós, mas era homem, às vezes também dava uma fugida da sua imagem de 'santinho', se é que me entende.
  - Não se preocupe Pat, está vendo aquela garota sentada lá do outro lado? - apontei uma garota de cabelos repicados pretos e olhos verdes - Ela estava olhando para você.
  Ele olhou para mim e para sorrindo, depois murmurou 'Com licença' e saiu de nossa vista, riu do meu lado, balançando a cabeça negativamente.
  Eu a olhei, seus olhos brilhavam e então, por um momento, esqueci tudo o meu redor, esqueci a música, esqueci as pessoas, o barulho, suspirei e a abracei, forte, não queria, eu não podia perdê-la, eu poderia passar o resto da minha vida, seja em turnê, com os dudes, sei lá, eu poderia passar tudo com ela, o resto da minha vida.
  Ela retribuiu o abraço sem jeito, uma das mãos em meus ombros e a outra, com o pulso quebrado, no ar.
  Sorri, e a beijei, ela era minha, somente minha, não poderiam mudar isso tão facilmente, não se dependesse de mim, e agora, dependia.
  Selei os meus lábios nos seus rapidamente, e ela sorriu, o seu sorriso que me fazia uma pessoa diferente.
  Entrelacei minha mão na sua e então saímos do pub, lá fora estava frio, o barulho de lá dentro era abafado, apertei sua mão, e sentamos no meio fio, e beijei sua bochecha. Ficamos em silêncio por alguns minutos, nos observando, desviei o olhar dela e olhei para o céu, lua cheia, nunca reparava nessas coisas, nunca reparei, mas o céu naquela noite estava realmente lindo, as estrelas brilhavam de forma intensa, e a lua cheia grande, linda, me fez suspirar.
  - O que está fazendo? - perguntou ela sussurrando.
  - Pensando em nós, em você... - respondi com calma.
  Ela sorriu, apertando minha mão.
  - Eu te amo... Eu te amo, e eu não quero te perder... - sussurrei a encarando, e levei minha mão em seu rosto.
  - Eu também te amo... Mas... E quando você voltar a sua rotina? Shows e tudo mais... Como vai ser? - perguntou ela com os olhos trêmulos.
  - Você vai comigo, claro... Eu não vou te deixar aqui... Nunca deixaria.
  - E se eu não puder ir?
  - Eu te sequestro! - eu disse a fazendo rir.
  Logo ela estava com sua cabeça encostada em meu ombro, minha mão em sua cintura, olhávamos um para o outro, em silêncio, apenas o barulho abafado de dentro do pub.
  - Went outside and saw the moon, and it made me think of you... - cantei baixinho para ela, o que vinha em minha mente, era incrível o poder que ela tinha sobre mim, capaz de me fazer criar tantas canções sobre tudo... Tudo o que acontecia entre nós.
  Ela sorriu, beijando a ponta de meu nariz.
  - Eu estou viciado em você... My heroine - falei sorrindo.
  - Cuidado... Eu não mato, mas você pode ficar louco se ficar dependente de mim - ela disse brincando, e mesmo assim provocando.
  - Então me faz ficar louco... Eu quero - sorri mordendo os lábios.
  Ela sorriu de volta corando, e então eu ri a abraçando.
  Olhamos para trás, os dudes estavam ali, todos, e irritados, Pat assustado e com um olho roxo e de olhos baixos.

Capítulo 14

  - O que aconteceu? - perguntei, levantando e levantou-se do meu lado.
  - O ... Esse... - disse Pat se segurando para não falar algum palavrão - ele arranjou briga! Dá para acreditar? Não dá um dia se quer sem alguma confusão!
  - Eu e estávamos nos divertindo e ele vêm precisando de nossa ajuda, deveríamos deixar aquele cara acabar com ele! - falou irritado, e concordou assentindo com a cabeça.
   balançou a cabeça negativamente do meu lado.
  - Mas o que ele fez? - perguntei.
  - Eu estava com duas garotas, você sabe, mas uma delas era comprometida, como eu ia saber? - disse , um pouco em pânico e de cabeça baixa.
  Não disse nada, era típico de , então eu não podia dar broncas nele e nem nada assim.
  - Então vamos embora. - falei, Pat assentiu, e todos entraram no carro.
  Eu dirigi, afinal, não tinha bebido tanto quanto os outros, também não tinha bebido, mas não queria dirigir.
  Fomos para minha casa dessa vez, Pat ligava para sua mãe enquanto eu dirigia, tudo estava quieto de repente, falava aos sussurros com no banco traseiro.

  's Pov

  - Tá tudo bem? - perguntei em sussurros para , e ele assentiu com a cabeça, evitando me olhar nos olhos.
  - O que foi? - disse de novo, aos sussurros e ele suspirou.
  - Nada... Só estou cansado.
  - Do que?
  Pat ia falando com a mãe, e estavam quietos e dirigia.
  - De tudo, estou cansado de ser idiota, mas não consigo evitar, cansado de ser tratado por todos como algum tipo de má influência - ele parou por um momento de falar - cansado de sentir coisas confusas por você e fazer besteiras pra mudar os fatos... - disse ele sussurrando.
  Engoli em seco, não falando nada.
  - Você entende? - continuou falando ele em sussurro quase inaudível - Eu sinto algo por você, não sei o que é, o que pode ser, mas me deixa confuso, muito confuso, acabo bebendo, me tornando um completo canalha por causa disso.
  - Um dia vai passar... - respondi - confie em mim.
  Beijei seu rosto, e ele fechou os olhos, estava aflito, cansado, precisava de alguma forma escapar disso, desse jeito, precisava sorrir mais, eu sabia disso, sabia também que ele era um ótimo amigo, uma ótima pessoa, que tinha alguém especial, muito especial lá dentro dele, só não demonstrava.
  Chegamos à casa de , não muito diferente da dos outros dudes.
  Entramos, ele também morava sozinho, não passava das 2h, mas todos estavam exaustos, suspirei.
  Falei que iria ficar na sala por enquanto, até o sono vir, pois eu não estava com sono.
  - Quando ficar com sono... Primeiro quarto a direita, segundo andar... - disse piscando, selou seus lábios rapidamente nos meus e todos foram para seus quartos, acenando para mim.
  Logo depois, liguei a TV baixinho, mas nem estava prestando atenção, pensamentos ocorriam a minha mente, tudo ao mesmo tempo, sobre , os dudes, , , tudo ao mesmo tempo, eu não sabia o que iria fazer depois que as férias deles acabassem e eu voltasse para casa, nunca tive tantas coisas para pensar assim.
  Suspirei cansada, e quase dormindo, alguns minutos depois alguém estava sentado ao meu lado, ergui meus olhos, era .
  - Ei... Ei encrenqueiro, porque não vai dormir? - falei olhando para ele.
  - Perdi o sono... São tantas coisas para pensar - ele disse rindo, o cheiro de bebida forte saía dele.
  - Eu que o diga... - disse sussurrando.
  - No que estava pensando? - perguntou ele.
  - Em tudo.
  - Eu também.
  Ficamos calados por alguns segundos, e ele suspirou.
  - O que eu faço, ? - perguntou ele.
  - Em relação a que?
  - A tudo.
  - Primeiro... Beba menos - eu disse, o fazendo rir - Depois, mostre mais quem está aí dentro de você...
  Ele iria perguntar algo, mas fechou a boca rapidamente, pensou um pouco, e assentiu com a cabeça, parece que tinha entendido o que realmente eu queria dizer.
   suspirou um pouco cansado, desabando no sofá, e depois me olhou.
  - O que foi, ? - perguntei.
  - Isso tudo é muito louco, não é? - ele disse sorrindo - Sabe, nós ficamos famosos, estamos realizando nossos sonhos e sonhos de outras pessoas... Fazemos músicas do que sentimos... É tudo muito louco, e também é louco como há quatro anos nos odiávamos e agora eu sinto certa harmonia com sua companhia.
  Sorri, eu sentia o mesmo quando estava com ele, apesar das coisas que ele fazia ou falava, eu me sentia confortável.
  Ele sorriu de volta e depois pareceu se lembrar de alguma coisa importante, me fazendo erguer uma sobrancelha.
  - Ei, no caminho até cá, eu estava pensando na letra de alguma música... Pode ouvir pra dizer se está bom? - ele perguntou.
  - Claro... - respondi e o vi levantar em direção ao fundo da casa de e pegar um violão.
  Sentou-se do meu lado, e fez uma expressão pensativa, como se resolvesse qual ritmo iria ficar melhor, quais acordes, depois olhou para mim um pouco apreensivo, passou os dedos nas cordas do violão e começou a tocar, em seguida cantando.
  - Tell me how to feel like I did when we were young... - sua voz era baixa para não acordar os outros, assim como o som, suave - You would take the wheel, Oh yeah, we were on the run and I remember nights, we would sing 'till we saw the sun, Oh just tell me how to feel like I did when we were young...
  Ele cantou as últimas palavras e então me olhou nervoso, parecia engolir em seco, sorri.
  - Está ótimo - falei para ele, o vendo sorrir rapidamente.
  - Obrigado... Claro que tem que fazer alguns ajustes... Mas a letra, era bem isso o que eu queria sobre a letra.
  - É o que sente?
  - Por aí... - respondeu ele, sorrindo.
  - Você sente saudades... Daquele tempo? - perguntei, um pouco curiosa.
  - Sim... Sinto, era tudo tão mais descontraído, e eu não era o único 'rebelde' da banda - ele riu - todos tinham seu lado mais atirado, até o , ele era mais safado do que eu!
  Olhei boquiaberta para ele.
  - É verdade! Sinto falta das brigas bobas daquele tempo, de quando tínhamos dúvidas do que faríamos com o dinheiro, de quando eu te infernizava - ele riu mais uma vez - de quando éramos irresponsáveis, e nossas mães ficavam atrás de nós o tempo todo, quando podíamos ficar horas falando com as fãs que tínhamos nas frentes das casas de shows... Quando fazíamos as mais loucas coisas nos shows enquanto tocávamos I wanna love you... Sinto falta de tudo.
  Pensei um pouco sobre aquilo, era o tipo de cara que não gostava de pensar em crescer, mas estava, mesmo não percebendo.
  - Algumas continuam as mesmas - falei, sorrindo para ele.
  - Quais coisas?
  - Você às vezes ainda me inferniza - gargalhei, observando sua expressão de magoado - E vocês, até onde eu saiba, ainda ficam xingando um aos outros de boiolas e rindo feito retardados.
  Ele sorriu murmurando 'verdade...', suspiramos juntos e em seguida rimos.
  - Estou com sono - falei, me virando para ele - Boa noite, .
  - Boa noite...
  O abracei um pouco insegura, e ele retribuiu o abraço do mesmo jeito, às vezes era tão bom estar com ...
  Subi as escadas e fui ao quarto que disse que era para mim ir, ele estava dormindo feito um anjo, todo espalhado pela cama, sorri e deitei ao seu lado, me aconchegando em seu peito, adormeci.

Capítulo 15

  's Pov

  Acordei com a luz do sol me deixando desconfortável, virei para o lado, tentando me desviar da luz do sol, mas perdi o sono, logo ao abrir os olhos devagar e ver ela ao meu lado, dormindo e agora também incomodada com a luz do sol, fazendo caretas e esfregando os olhos.
  Sorri fazendo carinho em sua bochecha, então ela abriu os olhos com cara de sono, por um momento com uma expressão de ódio que me assustou, depois murmurou 'bom dia'. Fiquei calado a olhando, e ela também me encarava, parecia pensar.
  - Sabe do que lembrei agora? - perguntou ela.
  - Do que? - falei.
  - Daquela vez que dormimos juntos - ela riu - e o Pat ficou louco.
  Ri fraco, algumas coisas como estas eram boas de lembrar, eu sentia falta dos dudes, bom, as férias já estavam acabando, nossa rotina normal iria voltar, só que com apenas uma mudança para melhor... do meu lado.
  Levantei me espreguiçando, continuava deitada me olhando.
  - Ei, vamos levantar preguiçosa, eu tenho que ver o que aqueles meninos estão fazendo... Eles costumam acordar cedo e... Bem, é minha casa.
  Ela sorriu se levantando, seu cabelo bagunçado de um jeito lindo, puxei-a pela cintura a beijando, eu já disse que podia fazer isso pelo resto da minha vida? Pois é.
  Fomos para a sala, os dudes estavam lá, comendo, falando, rindo.
  - Belas adormecidas... Vocês acordaram finalmente - falou Pat, comendo uma torrada.
  - Dudes, quem deu permissão para vocês pegarem minha comida? - falei me fazendo de indignado e eles riram.
   bebia leite feito um condenado, e estava com um bigode branco.
  - Own, como você está fofo assim - falou , passando o dedo no bigode de leite dele, revirei os olhos.
   sorriu limpando a boca com as costas da mão e piscou para .
  Algo me intrigou com aquilo, eles eram amigos agora, mesmo que fosse um completo idiota, os dois conseguiam viver com harmonia entre si, não que eu não quisesse isso, mas eles não podiam se aproximar demais, ok?
  Como você é idiota ... Não tem comando algum sobre ela, não tem comando algum sobre a mente dela.
  Mas ela te ama, não é?
  Acho que estou ficando um pouco louco.
  Peguei pela cintura e a tirei de perto de , lhe lançando um olhar perigoso de brincadeira, ele sorriu maroto e continuou comendo.
   me olhou, levantando uma sobrancelha.
  - O que foi , está com ciúmes? - perguntou ela.
  - Ciúmes, eu? ? Acho que não hein . - respondi.
  Ela riu, me dando um beijo no queixo.
  - Ah vamos parar de pegação na nossa frente, ok? Não somos obrigados a ver o amor eterno meloso de vocês. - disse Pat.
   riu.
  - Só diz isso porque nunca está com ninguém. - falei.
  Pat deu uma risada irônica.
  - Haha, engraçadinho... - murmurou ele.
  Sorri quase suspirando, tudo parecia tão bem...
  O celular de tocou, o toque era conhecido, o que me fez rir, Saving Grace.
  Ela pediu licença e foi atender.

  's Pov

  Atendi meu celular sem olhar o número.
  - Alô, quem fala? - perguntei.
  - Oi filha, sou eu... - era meu pai - só liguei para te avisar que vou voltar mais cedo, vou estar aí amanhã.
  - O que? - senti meu coração acelerar, algo me dizia que era pânico.
  - É, nós vamos embora amanhã para casa, era só para te avisar mesmo...
  - Ok, está bem... Tchau - falei um pouco sem voz.
  - Tchau.
  E desligou o telefone, desliguei logo em seguida, eu não sabia o que pensar, era bom ir embora, ou era ruim? De uma coisa eu tinha certeza, eu queria passar bem mais tempo ao lado daqueles que agora eu chamava de amigos.
  - O que foi, ? - veio até mim preocupado, com uma das mãos em meu ombro.
  Eu o abracei forte e ele retribuiu o abraço, eu não queria perdê-lo, meu pai não deixaria eu sair em turnê com eles, passar o resto das férias com eles quem sabe... Mas eu não queria deixá-lo, era a única pessoa que eu podia chamar de 'meu' a hora que eu quisesse.
  - O que aconteceu? Quem era? - perguntou ele, segurando meu rosto.
  - Era meu pai... Ele vai voltar amanhã.
  Ele pareceu engolir em seco, me observou por alguns segundos, depois olhou para os dudes, que olhavam um pouco incrédulos talvez.
  - O que... Mas essa é a última semana que temos de férias... Você não pode ir embora amanhã...
  Enterrei minha cabeça em seu ombro suspirando, enquanto ele me abraçava forte a ponto de me deixar sem fôlego.
  - ... Você está sempre viajando pelo mundo todo... É sua vida, minha vida é estudar, garantir meu futuro, você sabe... Nossos caminhos podem se cruzar, mas manter andando juntos... É difícil, é diferente...
  - Não diz isso pequena... Por favor, eu te levo junto comigo para onde eu for, para onde for preciso, eu te sustento junto de mim... Você não precisa garantir futuro nenhum, mas, por favor, fica comigo... - parecíamos esquecer que todos os outros caras estavam nos observando - não vamos desistir...
  - As coisas não são tão fáceis assim, ... Desculpa. - eu estava a ponto de soltar lágrimas, mas eu sabia o quanto aquilo era improvável para mim, que sempre fui realista até demais, uma garota se envolver com um cara que é considerado famoso, tem fãs por quase o mundo todo e isso entre os dois durar... Eu não podia ficar seguindo ele por aí, eu tinha que seguir minha vida e ele a dele.
  Os olhos de estavam vermelhos, ele virou-se me soltando.
  - Eu nunca pensei que fosse fácil, eu sabia que você poderia me machucar... Sabia que qualquer hora algum de nós teríamos que partir, mas pensei que... Faríamos o possível para ficarmos juntos o quanto tempo pudermos.
  Não aguentei, fechei meus olhos e lágrimas escorreram, nessa hora Pat correu até mim, me abraçando.
  - Ei, ... Vai ficar tudo bem... Eu... Dou um jeito de convencer o seu pai a ir nessa turnê com a gente.
  Eu o abraçava forte também, me esquecendo completamente de que era o primo que um dia eu achei um dos caras mais insuportáveis que eu conhecia.
  - Eu não quero... Ser a garota que vai atrapalhar vocês durante o trabalho.
  - Nos atrapalhar? - ele riu - Que eu saiba, foi até você que escolheu o nome da banda.
  Quase sorri.
  Ele me soltou.
  - ... - murmurei, olhando para - Me desculpa...
  - Talvez você esteja certa... - disse ele olhando para mim - talvez você tenha que seguir o seu caminho e eu o meu... Mas isso é o que eles querem.
  - Eles quem?
  - O mundo... E eu não quero isso, não quero escutar o mundo, podemos mudar os conceitos, podemos fazer dos nossos caminhos o mesmo. - ele disse sorrindo.
  Fui até ele, o abraçando mais uma vez e fui pega de surpresa por um beijo, um beijo calmo enquanto ele me segurava forte, parecia que tinha medo que eu saísse dali.
  Ele cortou o beijo me olhando nos olhos. É, eu podia chamar de meu, e eu sabia que eu era totalmente dele.

Capítulo 16

  's Pov

  Eu não iria perder , não nessa vida, se é que você me entende.
  Passamos o resto do dia assistindo filmes, comendo, brincando, e eu ao lado de , o que não poderia ser melhor, tudo o que eu estava precisando era isso, um tempo sem sequer alguma confusão, me preocupar com trabalho ou com burradas, ao lado da minha garota e fazendo coisas que eu gosto.
   e acabavam com minha comida e Pat com o refrigerante, enquanto insistia em comprar algumas latas de cervejas, e eu e ficávamos abraçados como um típico casal que anda pelas ruas a tarde, no sofá rindo dos filmes que colocávamos.
  - Por que vocês não dormem aqui e vão embora só amanhã? - falei para os dudes e , que concordaram com a cabeça.
   sorriu para mim.
  - O que foi? - perguntei.
  - Nada... Vamos aproveitar essa última noite juntos, pois vamos ficar um bom tempo sem nos ver... . - ela falou no meu ouvido.
  Fiquei com expressão boquiaberta, engolindo em seco, bom, eu sou homem, às vezes é difícil resistir a provocações.
  Pat fez cara de nojo olhando para nós, apenas ri.
  - Claro que vamos, ... - respondi dando um beijo no pescoço dela, que se encolheu sorrindo.
  - Aproveita então e liga para algumas meninas virem aqui, ok? - falou - Não queremos ficar sozinhos, porque só vocês têm direito de manter uma vida sexual saudável e...
  - Concordo! - gritou .
   riu, balançando a cabeça.
  - Façam o que quiserem... Liguem para quantas garotas quiserem, essa noite merece uma festa.
  - Isso! - falou - , liga pra Michelle... Hã... - ele corou.
  - Liga você! - respondeu rindo.
  Peguei minha lista telefônica e entreguei para Pat.
  - Olha, aí tem um monte de telefone de garotas... Convidem quais vocês quiserem. - falei para eles, que olhavam os nomes da lista telefônica.
  - Por que você tem uma lista com telefones de garotas? - perguntou me olhando.
  - Oras... Porque às vezes eu preciso... Ah precisava de algumas para me fazerem companhia e...
  Recebi um tapa no ombro.
  - Ai! Eu estava brincando!
  Eles ligavam para as garotas mesmo. E eu só observava boquiaberto.
  - Quantas garotas vocês convidaram? - perguntei.
  - Só 6.
  - Só? Vocês são quatro!
  Eles deram ombro.
  - Quem liga? Damos conta. - falou sorrindo.
  Olhei para , que ria quase histericamente.
  - Agora... Precisamos de bebida - falou .
  - Tem bastante na geladeira em um quarto dos fundos...
  - Por que não me disse antes? - falou incrédulo.
  - Não queria você bêbado em horas impróprias. - respondi.
  Ele foi até o quarto indicado, depois trazendo algumas caixas de cerveja e vodka.
  Quase uma hora depois, depois dos dudes decidirem se arrumar a campainha tocou, abri a porta, tinha 6 garotas, vou confessar, bonitas.
  - Fiquem a vontade. - indiquei para elas entrarem, e entraram, agora tinha várias pizzas espalhadas pela mesa e bebidas, e o som estava muito alto, tocando give it to me, elas entraram e foram em direção aos dudes.
  Eles conversavam, até arriscou dançar com uma das garotas, Pat também conversava com uma delas, que sorria um sorriso de muito-oferecida-mesmo para ele, mas acho que nem reparava.
  Cheguei perto de , que estava visivelmente com vergonha e sorri lhe entregando um copo com vodka.
  - Toma, bebe um pouco... Só um pouco, ok?
  Ela sorriu, pegando o copo e tomando o líquido.
  Michelle também estava lá, e conversava com agora, os dois sorriam animados, decidiu ir até a amiga, cumprimentando-a.
  - Michelle! Nem me viu aqui, cara que tipo de amiga é você?
  A garota riu abraçando .
  - Oi, !
  Elas conversaram por alguns minutos, enquanto eu bebia observando tudo, derrubara vodka na camiseta de uma das garotas, beijava quase que furiosamente outra, ergui uma das sobrancelhas e balancei a cabeça negativamente, ali estavam os velhos dudes.
   veio em minha direção de novo, agora com um pedaço de pizza na mão, roubei da mão dela e dei uma mordida, ela cerrou os olhos para mim, me fazendo sorrir.
  Conversamos um pouco e ela terminou de comer sua pizza.
  - ... Vamos lá para cima? - sussurrei no ouvido dela já que o som era alto e ela assentiu com a cabeça, coloquei um dos braços em sua cintura e subimos as escadas, ninguém reparara em nós, pois estavam muito ocupados, estávamos em paz.
  Entramos no meu quarto, fechei a porta calmamente me virando para ela, que sorriu se aproximando de mim, beijei-a com intensidade e desejo... E eu estava sentindo falta daquilo, do seu corpo colado no meu e o sangue fervendo por dentro de mim, o coração tão rápido que mal se dava para perceber... Meu corpo cada vez pedindo mais e mais.
  Com minhas mãos em sua cintura, eu cambaleava com ela até a cama, sem abrir os olhos, sem nos descolarmos, então ela deitou na cama e eu por cima dela, eu tinha que tomar cuidado também com seu pulso que ainda estava enfaixado.
  Parei um pouco para recuperar o fôlego e ela sorria para mim, agora tirando minha camiseta, retribui o gesto tirando também sua camiseta, agora eu sentia sua pele contra a minha, estava tudo tão quente e céus, o melhor calor que eu já havia sentido.
  Beijei seu pescoço e ia descendo pela extensão do mesmo, enquanto ela se inclinava, depois os ombros e parando ali, abri o fecho de seu sutiã que agora estava jogado pelo chão do quarto.
  Com sua mão saudável ela puxava meus cabelos, mas não me importei, beijei-lhes os seios e fui descendo pela sua barriga até chegar onde havia seus shorts, os tirei também, agora só com sua roupa íntima de baixo, o que me fez ficar atordoado por um momento sobre o que estava acontecendo. me olhou, e eu sorri, e então eu estava por baixo dela, ela mudara de posição, agora estava sobre o seu domínio, e para falar a verdade, não vi nada de ruim naquilo.
  Ela mordeu os lábios de um jeito capaz de me enlouquecer, depois abriu o botão de minha calça, a tirou e eu ajudei-a já que podia usar só uma das mãos, logo minha calça também estava no chão e ela sorria para mim, me fazendo sorrir também.
  Troquei de novo as posições, minhas mãos passeavam pelo seu corpo enquanto eu a beijava, sem pressa, aquele momento era de longe tão especial quanto os outros e se eu pudesse, viveria preso nele para sempre.
  Parei de beijá-la e tirei a última peça de roupa que lhe faltava e logo em seguida tirei a minha, abri umas das gavetas na escrivaninha ao lado e peguei um preservativo e o coloquei, a olhei sorrindo, depois lhe dei um leve beijo e a penetrei.
  Ela gemeu baixinho, arranhando minhas costas com uma das mãos, logo comecei a fazer movimentos leves com meus quadris.
  E eu sentia um prazer que só ela conseguia me dar, não só prazer, havia tudo misturado ali, o prazer, a perca de controle, o amor... Eu tinha a sensação de que ela sempre fora minha.

Capítulo 17

  's Pov

  Eu estava deitada ao lado de , o observando enquanto ele também me observava, estávamos cobertos e não nos importávamos com o barulho lá fora, estávamos ainda meio ofegantes, eu afagava seu cabelo enquanto ele sorria para mim.
  Então ele me abraçou, simples assim, um abraço confortante onde o calor de nossos corpos se juntavam tornando o calor maior ainda, ele me beijou de um jeito carinhoso e depois cortou o beijo me olhando.
  - Eu te amo... - disse ele me encarando - eu te amo tanto... Tanto...
  - Eu também te amo ... - respondi - e não vou desistir de nós...
  Ficamos em silêncio por alguns segundos, quando alguém bateu na porta.
  - Ei! Espero que não estejam se comendo... Quer dizer, não estou ouvindo gemidos - era Pat - Mas , já são mais de quatro horas da manhã, e Michelle fizeram uma bagunça total no quarto do lado e as meninas já foram embora... E queremos dormir, está bêbado, na verdade todos estão bêbados, eu acho que bebi um pouquinho também, e eu quero dormir.
  - Hum... Já vou arrumar as coisas aí... Eu e a vamos só nos vestir... Quer dizer, você sabe, já vou. - respondeu sorrindo.
   e eu nos levantamos pegando as roupas do chão e nos vestindo e então ele abriu a porta, Pat ainda estava ali.
  - Legal, agora, por favor, arrume quartos para nós dormirmos - falou Pat se virando para .
  - Nossa, vocês até parecem crianças - riu - Ok, qual é o quarto que bagunçou?
  Pat nos levou até o quarto, já dormia em uma cama, roncava um pouco e estava nu, só que um lençol o cobria da cintura para baixo.
   fez uma expressão de nojo, o quarto tinha algumas garrafas no chão, alguns copos quebrados, cobertas pelo chão e roupas íntimas de mulher e dele.
  - Bom... Não vou arrumar isso agora... - falou - tem outros quartos, vamos.
  Tinha três quartos disponíveis e quase bem arrumados, cada um com duas camas.
  - Bom, todos de vocês... Fiquem à vontade, só não baguncem muito. - falou se virando para os outros três Maines, não parava de cambalear e tinha algumas marcas de batom no rosto, também não estava muito diferente, aquela cena me fazia querer rir.
  Enfim eles foram para os quartos deles e dormiram, nos levou de novo ao quarto de antes, deitamos na cama nos encarando, eu nunca imaginara eu com , membro de uma banda que vivia viajando pelo mundo fazendo shows... Às vezes parecia surreal, não como se fosse 'tudo o que eu queria', mas sim 'tudo o que eu nunca tinha pensado', mas agora não fazia diferença se ele vivia viajando, se tocava em uma banda consideravelmente famosa, não importava, pois a pessoa qual ele era me conquistara, e isso era tudo o que eu precisava para ter certeza de algo.

  's Pov

  Fui acordado pela luz do sol, parecia que tínhamos deitado um segundo atrás, eu estava exausto, meu corpo estava um pouco dolorido, a boca seca e meus olhos mais cansados do que qualquer outra coisa.
  Abri os olhos o máximo que pude, e senti que minhas mãos tocavam uma pele macia e quente, sorri, estava do meu lado, dormia apoiada em meu peito, acariciei seus cabelos com umas das mãos, bom... Hoje algumas coisas iriam mudar.
  Suspirei fraco e senti ela se mexer encostada em mim, beijei seu rosto que estava quente e ela resmungou um pouco, se encolhendo em mim, ficamos assim por uns minutos e ela abriu os olhos, sorriu tímida.
  - Bom dia ...
  - Bom dia ... Vamos levantar? - perguntei olhando para ela.
  Ela balançou a cabeça positivamente, mas continuou me olhando, selei meus lábios nos dela e levantei cambaleando um pouco, eu ainda estava com bastante sono.
  Em seguida ela se levantou ficando do meu lado, passei um dos braços por seu ombro e saímos, a única pessoa que estava acordada ali era , que estava com uma cara péssima, de cueca, o cabelo todo bagunçado, tomando água.
  - Dia , a noite foi boa? - disse rindo.
   estava de ressaca, então apenas murmurou algo e mostrou o dedo do meio.
  - Ah... - logo em seguida ele falou com voz baixa - o Tim Kirch ligou, disse que é para irmos pra casa do Pat, porque daqui a pouco o pai da vai estar lá.
   ficou um pouco apreensiva e abaixou a cabeça...
  - Bom dia - murmurou ela também para em seguida.
   então deu um sorrisinho pequeno de lado, o rosto ficou um pouco melhor.
  - Bom dia .
  Então ele saiu e foi se sentar ao lado da mesa.
  - ... Vou lá acordar os dudes, se quiser pode tomar o café da manhã. - falei me virando para .
  Ela assentiu e foi.
  Fui até o quarto que estavam Pat e .
  - Seus boiolas, acordem! - gritei, eu estava com saudades de falar assim - Não estamos em turnê nem nada, mas temos que ir pra sua casa, Pat.
   e Pat pularam em um salto, um pouco assustados e depois resmungaram afundando a cabeça novamente no travesseiro.
  Logo eles pararam de resmungar um pouco e começaram a se levantarem muito lentamente, revirei os olhos indo ao quarto onde estava.
  - , levanta... Vamos a casa do Pat. - falei olhando para ele que não dormia totalmente.
  Ele resmungou algo e começou a se levantar esfregando os olhos.
  Sorri, e voltei para perto de , colocava uma camiseta e suspirava, parecia muito cansado e com razão.
  - Espera... A Michelle também bebeu desse jeito? - disse sorrindo - quer dizer... Ela não costuma beber e...
  - É, eu descobri isso... - falou sorrindo - sim, ela bebeu bastante, tanto quanto eu, o pior de tudo é que nós transamos e eu nem ao menos consigo lembrar algumas coisas... Droga!
  Ele bateu uma mão na testa, eu ri diante daquela situação enquanto levantou uma sobrancelha também rindo.
  Quando todos estavam prontos, fomos de carro até a casa de Pat, todos estavam um pouco cansados, risonhos também, eu teria de arrumar minha casa outro dia, ou contratar alguém para arrumar, pois aquilo estava um lixo, literalmente.
  Chegando lá, o carro do pai de já estava ali, engoli em seco, ok, do nada um nervosismo correu pelas minhas veias, só agora eu estava com consciência de que iria falar com o pai de . Pensei em apenas uma palavra: fodeu.
  Entramos juntos na casa, o pai de estava sentado junto com a Sra. Kirch, estavam conversando normalmente, quando nos viram, sorriram.
  - Olá rapazes... - falou a mãe de Pat e assentimos com a cabeça - Oi , como está vendo, seu pai veio te buscar mais cedo.
  O pai de sorriu para ela e olhou para nós.
  - Como vocês cresceram... Mudaram muito desde a última vez que vi vocês - falou o pai de sorrindo.
  - É tio, também acho que mudamos muito - disse Pat rindo.
  - E como está a banda e as férias, meninos? - perguntou ele de novo.
  - Está ótima, essa é nossa última semana de férias. - respondeu de novo Pat.
  O homem sorriu de novo e se virou para .
  - Bom... Espero que tenham se divertido, bom, vamos arrumar suas coisas e irmos, ?
  - Bom... Tio, nós temos que falar sobre isso... - começou Pat e se virou para mim - Mas a primeira parte é o que tem que falar.
  A parte mais difícil sempre sobrava pra mim, senti o nervosismo correndo pelo meu corpo e parando em meu rosto, que ficou muitíssimo quente, e o homem se virou para mim, eu estava quase entrando em pânico.
  - Bom... Senhor - comecei pigarreando - eu e sua filha... Estamos hm, tendo um relacionamento e...
  Ele ergueu uma sobrancelha para mim e eu não conseguia falar mais nada, estava quase gaguejando.
  - Já entendi, vocês estão juntos? - ele sorriu - E a outra parte?
  Agora Pat começou a falar, e ele gaguejava mais do que eu.
  - B-bom tio, é que, nós queríamos que - ele deu uma pausa respirando fundo, isso parecia ser uma coisa difícil - que sua filha seguisse em turnê conosco - ele disse a última frase bem rápido.
  O pai de por um momento pareceu surpreso, e depois começou a pensar com a mão no queixo e então se virou para .
  - Você quer ir? - perguntou, e ela simplesmente assentiu com a cabeça.
  O pai de pareceu engolir em seco.
  - Está na hora de te dar uma chance... Eu vivo viajando, acho que você também tem esse direito... Mas o que será de você no meio de cinco rapazes com a agenda cheia?
  - Não se preocupe senhor, ela estará em boas mãos. - disse pela primeira vez ali.
  O pai de olhou mais uma vez para ela.
  - Pai, não se preocupe - ela sorriu - eu sei me cuidar, e quero mesmo, mesmo ir. - falou ela.
  O pai de assentiu com a cabeça, e depois piscou para ela, vou considerar isso como um 'sim'.
  Cara, eu fiquei feliz, muito feliz, foi até que fácil, não tivemos que convencer ninguém!
  Deixando meus pensamentos altos demais, dei um pulo pequeno sorrindo, e todos riram de mim, corei.
  Então eu teria ao meu lado até em tempo de trabalho, isso seria... Interessante, ok, bem mais do que interessante, podemos dizer, estou autorizado a extravasar? Porra véi! Vou entrar em turnê de novo e com ao meu lado, não é o máximo? É, eu sei que é.

Capítulo 18

  's Pov

  Eu não acreditava que meu pai tinha deixado! Cara, isso era excepcionalmente ótimo, se é que vocês me entendem, eu não parava de sorrir, eu ia viajar com meus amigos, meu primo e bom... ! Cara, se as coisas melhorarem estraga, não é?
  Abracei meu pai e ele retribuiu o abraço sorrindo, meu pai estava certo, tinha que me recompensar por ir viajar tantas vezes e me deixar por lá, sem sair do mesmo lugar.
  - Mas então... Você vai passar uma semana lá em casa, aí no final da semana vou trazer você para ir com eles, pode ser? - falou meu pai, e eu assenti com a cabeça. - Então vá arrumar suas coisas, vocês aguentam uma semana sem vê-la, não é meninos? - ele disse rindo.
  Revirei os olhos, e ficamos um tempo todos nós conversando.
  Depois de muita conversa e quando eu já tinha arrumado minhas coisas, fui me despedir de todos. Abracei o pedindo para se cuidar, aliás, era umas das coisas mais fofas do mundo, sem exageros, abracei também, sempre um tremendo bobo, abracei , que insistiu em me apertar e tirar meu fôlego rindo, e depois Pat, eu que tirei o fôlego dele, aliás, ele é o primo mais chato do mundo, só que é o meu primo mais chato do mundo, e quando fui abraçar , todos automaticamente saíram de perto, gargalhei um pouco e olhei para .
  Encaramos-nos sorrindo, e então nos abraçamos, forte de ambas partes, era tão bom sentir o perfume de , que me causava um arrepio inevitável, então ainda com nossos braços entrelaçados, olhamos um nos olhos do outro, e eu estava perdendo o fôlego, sempre me deixava assim, sem fôlego, ele sorriu mais uma vez e me beijou, um beijo calmo cheio de sintonia, ele quebrou o beijo me dando vários selinhos e sorriu.
  - Uma semana, ... É muito - ele disse rindo.
  - Sim, é. - sorri - Mas vamos passar muito e muito tempo juntos, você vai ver.
  Nos apertamos mais uma vez e nos soltamos, abracei minha tia, e meu pai acenou para todos, entramos no carro. É, adeus casa do Pat.

  's Pov off

   foi para sua casa, e os guys aproveitaram sua última semana de férias, ligavam para Leandra todos os dias, e passava um tempo com seu pai e Michelle que ia para lá. Foi uma semana só e ela sentia uma saudades imensa de todos os dudes, sorria se lembrando das palhaçadas deles.
   também aproveitou aquela semana, aproveitou também para escutar bastante The Maine, aliás, ia sair em turnê com eles, e ela nunca se julgara fã da banda para falar a verdade, era o último dia que iria passar em casa, Michelle não parava de falar como iria ser o máximo sair em turnê com eles, Michelle apoiando sempre em tudo.
  - Só fala para o que estou com saudades dele, ok? - disse Michelle saindo bem de noite da casa de e sorrindo.
   assentiu e logo depois de assistir um pouco de TV, foi dormir ao som de Every Road.
  Bom, era o grande dia, iria sair em turnê com a The Maine pelos Estados Unidos. Arrumou uma bolsa, malas, pois é, não era fácil, então seguiram para a casa de Pat, cujo ela encontrou todos os dudes, gente da produção, fotógrafo e outros na porta da casa, e um ônibus estacionado ao lado de fora, sorriu, era a hora.
  A garota suspirou, despedindo-se da tia, que lhe pedia para cuidar de Pat, e depois se despedindo do pai, com um longo abraço, 'se cuida ok?' ele disse, e ela assentiu com a cabeça.
  Arrumaram alguns instrumentos finais, malas e outras coisas dentro do ônibus, os dudes também se despediam de suas famílias, e levavam suas bolsas nas costas, junto de travesseiros, entraram dentro do ônibus, acenando para as pessoas do lado de fora, acomodaram-se lá dentro suspirando, o trabalho voltara, a playlist já tinha sido organizada na última semana livre, a histeria voltaria, as brincadeiras no meio de turnê voltaria, as fãs voltariam.
  Então, depois de bastante tempo, o ônibus partiu, a turnê estava começando.
  Estavam viajando até New York, onde seria o primeiro show, ficariam longas horas na estrada, rindo, pulando, eles arriscavam até dançar no meio do ônibus, e parar em alguns lugares para turistas e tirarem fotos engraçadas, se divertiram, riam, davam alguns autógrafos pela estrada.
  Também gravavam vídeo-diary, agora com neles, nas redes sociais começava o debate, quem era aquela garota? O que fazia com eles? Umas apostavam que era da produção, outras que era uma groupie, mas eles não se importavam, estavam se divertindo mais do que nunca enquanto viajavam, experimentando coisas novas e tendo novas experiências.

Capítulo 19

  Então finalmente chegaram ao seu destino, e era dia do show, se hospedaram em um hotel de lá, e agora deixariam o ônibus ali para levarem embora novamente, pois a partir dali eles viajariam de avião.
  Era o primeiro show da turnê, eles preparavam algumas surpresas, músicas finais, alguns discursos quem sabe, e enquanto tudo acontecia, e não se afastavam por um segundo se quer, os dudes se queixavam dizendo que aquilo era muito meloso e que eles não precisavam ficar vendo beijos nojentos a cada hora que passava, mas o casal nem se importava, eles estavam felizes viajando juntos, estavam felizes juntos.
  A tarde chegara, e eles iam para casa de show, fazer alguns ajustes no palco, treinar um pouco os acordes, entre outros.
  Na entrada da casa de show, tiveram que enfrentar um pouco da histeria das meninas que já estavam na fila, deram alguns autógrafos, e estavam lá dentro, tudo começaria.
  Depois de algumas conversas jogadas foras, umas garrafas de cerveja e do grande ritual de We like to party, eles decidiram entrar no palco.

  's Pov

  Eu ouvia os gritos do público no palco e sorria.
  - Espera aí - disse a ponto de entrar no palco - meu beijo de sorte - ele sorriu.
  Revirei os olhos e selei rapidamente seus lábios nos meus, e ele piscou entrando no palco.
  Começaram a tocar Listen to your heart, a esse ponto eu já sabia as músicas do The Maine, pode se dizer que até tinha virado fã, eles tinham muito talento, isso era óbvio.
  The Maine, uma banda, o sonho de várias garotas, eles tinham tudo para serem tudo, eles eram mais do que aqueles caras legais, às vezes bobos, eles tinham a voz, o som, as palavras, o que tornava as músicas com real sentido, o que fazia deles, não daquelas bandas que ficam um momento mundialmente famosas e depois são esquecidas, mas daquelas bandas que ganham o suficiente para serem admirados, e ficam o suficiente para serem reconhecidos para sempre.
  Eu tinha orgulho deles.
  Eu estava feliz mesmo por entrar em turnê com eles, ver tudo passo a passo, os ensaios, as mudanças, as surpresas, era tudo fabuloso, eu sorria enquanto assistia o show, as meninas que se descabelavam por eles, cantavam junto formando um lindo som, e eles que davam o máximo para dar atenção a elas e às vezes eram puxados palco abaixo.
  Eu acho que eu tinha aprendido algo com os 'dudes', quem sabe, ser mais descontraída, ser quem eu era, eu me sentia mais no meio deles.
  O show ia passando, o mais rápido do que eu imaginava, pois eu mesma queria que eles ficassem lá tocando para sempre, assim como as fãs, então veio a última música, 'Inside of you', jogaram algumas palhetas e o Pat jogou as baquetas para o público, e logo eles entraram todos suados, mas com enormes sorrisos para dentro do camarim, eu entrei junto deles lá também, tomavam garrafas de água e passavam toalhas úmidas pelos rostos, respiravam pesadamente. Depois de alguns minutos, tinham trocado de roupas, e ainda tentavam recuperar o ar e sentaram se encarando, suspirou e foi o primeiro a dizer algo.
  - Foi incrível, não foi? - ele disse suspirando.
  - Com certeza. - concordou .
  Começaram a comentar sobre o show, sorrindo feito bobos, acho que eu podia entender.
  - E você , o que achou? - perguntou Pat.
  - Vocês foram maravilhosos - eu disse sorrindo.
  Eles sorriram de volta pra mim, e se sentou ao meu lado.
  - Que bom que gostou... - ele disse me beijando na bochecha.
  - E por que ela não deveria gostar? - disse convencido - Somos fabulosos!
  Todos riram.
  Alguns minutos depois de conversa, decidiram que devíamos ir embora.
  Passamos para a van rapidamente, pois ainda tinham algumas garotas esperando eles na saída, eles acenaram para elas de dentro da van e partimos para o hotel, onde ocorreria a 'after party', com muita bebida e outras coisas, vai lá saber, iria ter até algumas groupies, eu não tinha como saber.
  Chegamos ao hotel e fomos para o quarto.
  - Bom... Eu dei o endereço do hotel e o número do quarto para algumas garotas que estavam lá... Espero que não se importem. - disse .
  Os outros meninos deram ombros, não fazia diferença para eles, eu acho.
  Estávamos bebendo algumas latas de cerveja, nada muito forte, algumas garotas tinham chegado, eram legais, conversavam sobre diversos assuntos, fui para um lugar afastado dali onde poderia ficar um pouco sozinha. Olhava pela grande janela que dava uma visão incrível de New York a noite, sorri.
  Logo percebi que estava ao meu lado, era estranho, não estava com as outras garotas e sorria bebendo calmamente uma lata de cerveja, me olhou mexendo a cabeça como uma saudação.
  - Oi, ! - respondi.
  - Hey... Linda visão, não é? - disse olhando para a janela também.
  Assenti com a cabeça.
  - ... Eu estive pensando, o porquê você não me deu uma chance, nem a quatro anos atrás, nem agora... Por quê?
  Sorri, eu sabia exatamente do que ele falava.
  - Sei lá, o tempo não permitiu, e, além disso, você sempre foi um pouco rude comigo. - ri fraco - Mas acho que não era pra ser assim, ainda mais nessa altura...
  Ele sorriu.
  - Você fala isso como se fosse um campeonato. - ele respondeu.
  Apenas fiquei calada, e o fitei, ele olhava dentro de meus olhos, timidamente sorrindo sem saber o que fazer, parecia nervoso.
  - O que está pensando? - perguntei.
  - Se algum dia poderei ter uma chance. - falou ele em uma tentativa de ser calmo.
  - ... Você é incrível, mas não sou a garota para você.
  - É errado, eu sei... Mas eu sempre fui errado em todos os sentidos - ele riu, e depois ficou sério suspirando, tivemos um silêncio desconfortável ao nosso redor.
  Abaixei a cabeça, olhando de novo para a vista lá fora e ele fez o mesmo.
  Era estranho, era como se eu pensasse que devesse dar uma chance a ele, mas isso era um pensamento errado, eu estava com e eu amava .
   olhou de novo para mim e o encarei também com certo medo, ele sorriu colocando uma mecha de meu cabelo atrás de minha orelha, não sei se deveria ter percebido, mas ele aproximava sua cabeça de mim, calmamente como se fosse parar a qualquer sinal negativo que eu fizesse, mas não conseguia pensar em nada, não conseguia agir, seu olhar baixou para minha boca, senti um formigamento na nuca, as mãos deles continuavam sem me tocar diretamente, ele estava sendo cuidadoso, sendo... Um que eu nunca tinha percebido.
  Seus lábios tocaram os meus, por um momento ele não se mexeu, nossos lábios estavam apenas em contato, fechei meus olhos também, eu sabia que aquilo era errado, eu tinha isso em consciência... Uns segundos depois, ele começou a mover seus lábios de acordo com o meu, calmo, não usávamos as línguas, tínhamos apenas os lábios em contato, não sei, talvez por medo, logo depois ele cortou o nosso 'beijo', eu não me atrevi a abrir os olhos rapidamente e quando abri, ele me fitava, como se esperasse alguma resposta, não consegui sorrir, não consegui fazer nada, mas logo um barulho quebrou o silêncio, vidro caindo no chão.
  Eu e nos víramos rapidamente ao mesmo tempo... .
  ... ... Ele estava ali, expressão congelada, atrita, copo quebrado no chão, parecia engolir em seco.

Capítulo 20

  Ficamos os três em um grande silêncio, até o barulho dos passos de , pesados, rápidos saindo dali. Estava com os olhos vermelhos, a boca em uma linha fina, estava pálido e saiu dali, eu e permanecemos parados, ouvimos alguns barulhos, vozes, parece que a festa tinha acabado.
  Olhei para , e ele tentou falar algo, mas saí dali antes dele se explicar, porque, aliás, era eu que tinha de me explicar.
  Saindo dali veio atrás, em silêncio, fomos para onde todos estavam, sentados em sofás, olhando para que mantinha o rosto enterrado nas mãos, Pat falava alguma coisa para ele, e ele balançava a cabeça negativamente.
  Esperei algum deles falar algo, a produção da The Maine estava no quarto de hotel deles e não havia mais garotas ali.
  Todos pareciam engolir em seco e procurar palavras para dizer, menos que ainda estava com o rosto enterrado nas mãos.
  Então Pat foi o primeiro a dizer algo.
  - Explicações? não disse direito o que aconteceu.
   resmungou.
  - Está bem... disse que vocês estavam se beijando... Explicações? - continuou Pat.
  Eu não consegui dizer algo, então disse.
  - É... Estávamos nos beijamos.
  E de novo todos ficaram em silêncio.
  - Pensamos que... Você estava com o . - disse para mim.
  Eu estava a ponto de chorar, mas eu não podia ser tão fraca assim.
  - Eu... Estava.
  Então tirou o rosto das mãos, seus olhos estavam imensamente vermelhos e parecia respirar com dificuldade.
  - Isso mesmo, você estava, não está mais, porque eu acho que aqui acabou algo que tínhamos... E além disso... É, eu acho que você tinha direito de ficar com quem quisesse, porque não tínhamos nada sério. - ele puxou pesadamente a respiração, parecia ter dificuldade para falar - Isso foi algum tipo de vingança? Foi isso? Não, ... Não precisava disso. - ele disse as últimas palavras como se fosse desabar a qualquer momento, seus lábios tremeram, e ele enterrou de novo o rosto nas mãos.
  Eu queria ajoelhar-me para ele, implorar por desculpas, chorar, abraçar ele, mas não consegui fazer nada disso, nem ao menos chorar, não conseguia fazer nada.
  - Foi eu... - começou a falar .
  - Não, não foi você, quando um não quer, dois não fazem. - disse - Mas de qualquer forma, não vou brigar com vocês, vocês podem ser meus amigos como antes, sem remorso, ok? Eu só estou um pouco abalado, vai passar, mas vamos continuar a turnê normalmente... Por favor.
  Todos ficaram em silêncio.
  - É, acho que é hora de dormir, teremos um grande dia amanhã. - disse finalmente.
  Todos assentiram, e fomos para os quartos separados silenciosamente, duas camas em cada quarto, e é claro, estava no mesmo que o meu, deitei-me na minha cama enquanto ele tirava a sua camiseta e passava em seu rosto limpando algumas marcas das lágrimas, suspirou.
  - Boa noite. - sussurrou ele apagando a luz e indo se deitar.
  Não consegui responder, eu estava em choque para isso, depois de inúmeras reflexões, consegui dormir.

  's Pov

  Sol. Acordei muito cedo, com o rosto inchado, suspirando, colocando rapidamente minha roupa, já que íamos diretamente para o aeroporto seguirmos para Los Angeles, eu não estava nada bem, e não era ressaca porque eu não tinha bebido quase nada na noite passada.
  Olhei para a cama ao lado, vazia, bagunçada.
  Colocando a roupa, fui para onde os dudes estavam, comendo seus cafés da manhã, como em toda manhã indo direto para o trabalho, conversavam quase que animadamente, comi algumas coisas que o hotel oferecia, dei 'bom dia' a eles, estávamos visivelmente cansados e com razão.
  Ah, e o que tinha acontecido na noite passada? Bem, vejamos, algo que me deixou triste, mas que não me impedia de continuar.
  Eu não conseguia ter raiva de , e nem de , então eu estava triste, bem triste por sinal, mas não com raiva.
  É que... Eu tinha perdido minha garota, ok, não era mais minha, mas fora minha. Não posso dizer que parei de amá-la, mas ia passar... Tinha que passar! Isso é crítico, é histérico, tão preso a ela... Eu ia continuar em pazes com ela, mas nada de sentimento, nada de remorso guardado, era isso, eu tinha que seguir em frente, então eu iria agir normal com ela, e isso não era fácil.
  Avistei ela tomando um copo de leite e murmurei:
  - Bom dia, .
  - Bom dia. - respondeu ela.
  Depois que terminamos, decidimos seguir para o aeroporto, as coisas estavam basicamente normais, íamos conversando até lá, como um típico dia de The Maine seguindo para outra cidade em turnê.
  Algumas fãs nos esperavam lá, tiramos fotos, demos autógrafos, gravamos alguns vídeos, e esperamos um tempo por nosso voo, partimos para Los Angeles, calmos.
  Chegamos lá, tiramos algumas fotos em alguns lugares, mais autógrafos, mais fotos.
  Preparativos para o show, tudo rápido, até que chegara a hora do show, fizemos o 'we like to party', sorríamos, fizemos um show incrível, como a maioria dos nossos shows.
  Era bom, a histeria das fãs, e todas outras coisas, era assustador como recebíamos tanto amor de pessoas que víamos pela primeira vez e nem conhecíamos.
  O show tinha acabado, e nos arrumamos rápido para irmos ao hotel de novo, não iríamos fazer 'after party' hoje, e no dia seguinte iríamos passar o dia todo em Los Angeles, para ter um tempo de descanso.
  Chegamos ao hotel e fomos jantar, é claro, precisávamos comer.
  Passou-se um tempo, começamos a conversar, eu evitava ficar olhando para , mas também conversava normalmente com ela.

  's Pov

  Caralh*, ok, desculpa, mas eu tinha estragado muita coisa - de novo - para variar. Eu precisava fazer algo, gostava de , mas sei que ela ama, mesmo, , então agora, vou ter que dar uma de cúpido, é mole?
  Jantávamos, vi e conversarem formalmente, aquilo dava ânsia, mais do que quando eles eram um casal meloso.
  Decidi fazer algo, terminei de comer, e deixei os dois terminarem também.
  - Vocês dois, conversar comigo, daqui a pouco, lá atrás. - sussurrei pausadamente para eles, que deixaram suas sobrancelhas erguidas e deram ombro.
  Fui lá para trás do quarto, e logo depois vi eles virem em minha direção e me olharem com curiosidade.
  - Ok, beleza, , eu beijei sim, e ela retribuiu o beijo - puta que pariu, eu estava piorando a situação - MAS ela não gosta de mim, fiz por impulso, ela gosta de você , porra! - vi ficar vermelha - Você não enxerga dude! Não importa quanto idiotas beijem ela de surpresa, ela só vai conseguir querer você...
  Parei de falar um pouco.
  - E , velho, para de agir como se nada tivesse acontecido, se resolvam! To cansado disso. - explodi.
   olhou para .
  - Ah... Então eu acho que tenho que pedir desculpas... Mas ... Eu acho que eu e vamos continuar só sendo amigos...
  - É, ... Eu desculpo a , mas nós vamos ser amigos, ok dude? Para de tentar resolver as coisas, eu não estou bravo com você, nem com . Relaxa, ok? - disse me olhando.
  Suspirei e murmurei 'ok, ok' e saí dali.

Capítulo 21

  's Pov

  Era de manhã.
  As coisas estavam passando rápido e eu não conseguia me animar, eu estava me entendendo com , de um modo formal, mas estava me entendendo, tínhamos poucas conversas, sem muitas expressões, era como se fôssemos colegas de trabalho ou coisa assim.
   tinha se explodido comigo e com , e tinha razão, eu não podia agir como se nada tivesse acontecido, eu tinha que resolver aquilo, não sei como, mas de alguma forma, sabia que era isso que deveria ser feito.
  Sim, claro, eu continuava amando , mas não podia demonstrar. O que era doloroso. E eu sabia que não tinha me desculpado totalmente.
  Tínhamos a tarde livre para darmos uma olhada na cidade, passear, tirar fotos, descansar, dormir, essas coisas. Os dudes resolveram sair, eu os ouvi cochichando entre si, só eu e ficávamos de fora da rodinha, bufei, mais planos daqueles malucos.
  - , nós vamos sair para atender algumas fãs na porta do hotel e... - começou a dizer Pat.
  - Legal, vou junto. - respondi imediatamente.
  - Ah, não vai não, fica aqui, por favor, você e , para descansarem, cuidar daqui, almoçarem, sei lá, apenas fiquem. - falou Pat de novo.
  - Mas o que... - comecei a dizer.
  - Tchau! - disse animado e os quatro dudes saíram pela porta batendo-a, de repente um silêncio desconfortável se formou entre mim e .
  - Estão tramando algo... - falou .
  - Ah, você acha? - disse sarcástica, mas sem querer ser rude.
   deu ombros.
  Saí dali e fui para onde estava o meu quarto e do , vi a guitarra de sobre a cama dele, e uma lembrança me ocorreu, pensei se ainda sabia tocar guitarra, pois aos 12/13 anos eu tivera aula e até arriscara formar uma pequena banda com minhas amigas da escola, sorri com a lembrança e peguei a guitarra.
  Um pouco pesada, mas tudo bem. Posicionei meus dedos em alguma nota que eu sabia e toquei levemente, sorri, pois o som saiu agradável, ouvi o barulho da porta, tinha entrado no quarto, e sorriu sem mostrar os dentes.
  - Então você sabe tocar? - ele perguntou.
  - Ah... Um pouco, quem sabe. - respondi ainda com a guitarra em mãos.
  - Por que nunca me disse?
  - Faz muito tempo... Acho que não lembro um monte de coisas.
  - Toca pra mim! - pediu ele.
  - Eu não.
  - Então você não sabe tocar.
  Cerrei os olhos para ele.
  - Sei sim. - respondi.
  - Então... Toca para mim. - falou agora em tom de desafio.
  - Não vou te dar esse gostinho. - falei sorrindo e coloquei a guitarra de volta na cama.
  - Hum, que pena, você não sabe tocar. - disse ele fingindo desapontamento.
  - Eu sei sim, ... - só depois de dizer eu percebi que falara o seu apelido, ele alargou um sorriso.
  Corei e fui sair do quarto, quando ele ficou entre a porta, sem dar espaço para eu sair.
  - Quer ir a algum lugar, ? - perguntou ele, falando meu apelido...
  - Quero, quero sair daqui. - respondi em voz alta.
  - Hum... Ok. - ele disse e em um movimento muito rápido, tirou o anel de amizade que eu usava dado por Michelle, e saiu correndo.
  Abri a boca.
  Ele ria e corria sobre o lugar, indo até a 'sala' do quarto de hotel.
  Bufei e fui correndo atrás dele, parecíamos duas crianças.
  Eu estava quase morrendo, sem exageros, de tanto correr atrás dele, e finalmente o alcancei, ele estava de pé no sofá com a mão que segurava meu anel, erguida, subi no sofá também, o cerrei com os olhos e comecei a pular para tentar pegar o anel de sua mão, sem sucesso.
  Fiz uma última tentativa e o fitei demoradamente, para mostrá-lo que eu não estava brincando, e seria capaz de dar um soco no nariz agora mesmo por ficar com essas brincadeiras estúpidas.
  - Baixinha... Pequena... - ele sussurrou e então fiquei imóvel... Pequena.
  Percebi que ele tinha engolido em seco e entregou meu anel, e também percebi que estávamos muito próximos em cima daquele sofá. Logo depois de ter devolvido meu anel, ele levou uma das mãos no meu rosto, continuei imóvel, tentando controlar minha respiração, o que não estava dando certo.
  A respiração dele saiu ofegante pela boca e senti o ar quente em meu rosto, fechei os olhos e os abri de novo, ele continuava me olhando, como se pensasse em algo.
  Enfim, dei um passo para trás, aquilo era tortura, ficar tão perto dele e não poder fazer nada.
  Ele tirou a mão de meu rosto e tinha uma expressão indefinível, como se... Algo doesse dentro dele.
  - E-eu... - começou a dizer gaguejando - me desculpe... - pediu ele.
  E desceu do sofá, eu também desci, ficamos calados, até ele quebrar o silêncio.
  - Vou pedir o almoço... - disse ele pegando o telefone do hotel - o que vai querer?
  - Macarronada. - respondi.
  Ele assentiu com a cabeça e começou a discar os números, em seguida, falando com a atendente do hotel.

  's Pov

  Estúpido! Idiota! Caralho, , como você é... Burro!
  Eu tinha acabado de pedir o almoço, e eu e estávamos em silêncio o esperando chegar, tinha acabado de fazer duas burradas, a primeira era quase beijá-la, o que era errado, porque eu não queria beijá-la, e a segunda, era não beijá-la, porque eu queria fazer isso. Confuso, não? É, eu sei.
  Estava com vontade de me bater, ela estava lá, na minha frente, intacta, linda, e eu não a beijei... Por outro lado... Ok, tinha um lado bom nisso?
  Se eu tivesse outra chance... Até porque é errado, acabamos de terminar o que tínhamos e eu ainda não conseguia esquecer aquela cena dela beijando o ...
  Mesmo que eles dissessem que ela não sentia nada por ele... E se ela sentia? E como eu vou saber se eu não arriscar e tentarmos mais uma vez? Caralho, são tantas coisas pra pensar...
  Finalmente depois de torturantes minutos, a comida chegou, a pegamos e colocamos na mesa, sentamos frente a frente, ela sorria, eu sorria, enfim...
  Ela comia seu macarrão, e eu minhas panquecas, sim, panquecas na hora do almoço, algum problema?
  Ela sugava o macarrão algumas vezes e sua boca ficava suja com molho de tomate, e eu ria.
  - Do que está rindo? Nunca viu alguém comendo? - ela perguntou emburrada.
  Soltei mais um riso, e peguei um guardanapo ao meu lado, passei na boca dela.
  Ela corou, e ela ficava tão linda toda vez que corava... Eu já disse isso tantas vezes, que perdi as contas.
  - Obrigado por limpar minha sujeira, mamãe. - ela disse sarcástica e depois riu, eu ri junto e continuei a comer.
  Quando terminamos, bebemos o resto de nossos refrigerantes e ficamos em silêncio de novo.
  Ela parecia pensativa, mordia os lábios e tinha uma expressão distante.
  Eu tinha que... Beijá-la... Era uma necessidade, era... Eu precisava! Eu não aguentava mais ela ali na minha frente, a garota que eu amo, e eu não poder fazer nada! Eu acho que... Devemos... Dar outra chance a nós... Mesmo que eu me decepcione de novo... Eu quero outra chance...
  Então, sem pensar mais um segundo, virei seu rosto para o meu e a beijei, como nunca tinha beijado antes, um beijo de saudade, de desculpa, de desejo, intensificava mais e mais. Por um momento ela pareceu nervosa, depois relaxou seus braços em meus ombros, enquanto eu apertava sua cintura contra mim.
  Paramos o beijo ofegantes, ainda estávamos próximos, nos encarando, aquilo era errado? Eu beijá-la tão rapidamente depois do ocorrido? Eu não sei, mas de qualquer forma... Eu precisava daquilo.
  Ela me encarava olhando nos meus olhos, uma das suas mãos estava em meu peito, que lá dentro batia rapidamente meu coração, eu ainda mantinha minhas mãos em suas cinturas, não dizíamos nada.
  Eu não iria dizer nada, pois dois dias antes eu achava que devíamos nos reconciliar aos poucos, e aquilo não era reconciliação, era desespero! Acontece que eu não era eu sem ela.
  Eu estava esperando uma reação dela, e ela reagiu.
  Pegou minha cabeça com as duas mãos e a trouxe para perto do rosto dela, ela estava ofegante.

Capítulo 22

  - Você... Me desculpa? - ela disse com dificuldade.
  Balancei a cabeça positivamente.
  Ela selou levemente seus lábios aos meus e depois me olhou acariciando meu rosto, consegui sorrir.
  - Mas ... Vamos fingir que nada disso aconteceu... Não vamos deixar os dudes saberem disso agora. - falei.
  Ela arqueou uma das sobrancelhas.
  - Ok. - respondeu se afastando de mim.
  Olhei para ela procurando alguma outra resposta, mas desisti, dei ombros e fui para meu notebook ver o que acontecia nas redes sociais.
  Twitter.
  'Vocês viram aquela garota que está viajando com o the maine? Ouvi boatos que viram ela beijando o @, o que será que eles têm?'
  'Suposta namorada do @, conseguimos fotos dela!'
  'Eu não sei o que vocês acham, mas eu acho que temos um solteiro a menos no The Maine, o @

  Li essas e mais coisas que mencionaram meu user e fiquei confuso, todos achavam de fato que eu tinha algo com a , e eu tinha, mas eles não sabiam do ocorrido de nós termos 'terminado' algo que tínhamos. Bufei, e vi mais algumas coisas, escrevi um tweet sobre qualquer coisa e saí dali.
   assistia TV, foi quando os dudes chegaram novamente, rindo como sempre, olharam para mim em frente ao notebook, para em frente a TV.
  - Bom... Já vimos que vocês almoçaram. - disse Pat suspirando.
  Assentimos com a cabeça.
  Passamos o resto da tarde e noite comendo, bebendo, saímos um pouco pela cidade também, tiramos várias fotos, e eu atendi algumas fãs que não tinha atendido, já que os dudes saíram sem mim para atender elas.
  Quando voltamos ao hotel já era madrugada, fomos dormir, pois íamos pegar o avião cedo.
   se deitou na cama ao lado da minha, então senti o quanto estávamos afastados, o quanto o espaço entre nossas camas eram grandes, a observei deitada, ela esperava eu ir me deitar também para apagarmos a luz, suspirei tirando minha camisa, e cheguei perto dela em silêncio, dei um beijo em seu rosto e sussurrei 'Boa noite', ela sorriu em resposta e então apaguei a luz, dormindo depois de inúmeros pensamentos.
  Acordando um pouco cansado, eu já tinha em mente tudo o que eu iria fazer hoje, era como se uma ideia tivesse do nada vindo parar em minha cabeça, olhei para o lado, ainda dormia, sorri, me vesti e fui ver os outros dudes, eles também tinham os rostos cansados e se arrumavam, logo percebi que eu estava sorrindo demais e eles também perceberam.
  - Ué , o que você tem? - perguntou arqueando umas das sobrancelhas.
  - Eu? Eu não tenho nada... Por que pergunta? - eu respondi tentando apagar o sorriso, mas ele insistia em ficar ali.
   me olhou como se soubesse de algo e deu um sorriso caloroso, cara, ele era imprevisível, esse ...
  Logo depois levantou dando um sonoro 'Bom dia!' e se arrumando também, não demorou muito para estarmos no aeroporto e seguirmos para outra cidade.
  Atendemos mais fãs, aliás, elas sempre estavam por toda a parte, passamos o dia planejando algumas coisas, tirando fotos, demos até uma entrevista para um canal local, e fomos para o local do show arrumar tudo, sempre chegávamos cedo ao local, e mesmo assim, já tinha pessoas e pessoas na fila.
  Eu tinha muita coisa na cabeça para essa noite, e o que não podia faltar era coragem pra fazer, seria muita bobice eu travar na hora... Faltavam poucos minutos para entrarmos no palco, fizemos o "we like to party", vi observar tudo animada, e acenei pra ela sorrindo, ela retribuiu o aceno, e pensei em tudo o que eu seria por ela.
  'I'm anything you want me to be'.

  's Pov

  Observei tudo animada, como sempre, porque era sempre muito bom estar observando um show do The Maine e cantando junto, e eu estava feliz pelo que tinha acontecido no dia anterior, o fato que aconteceu entre mim e , que ele poderia me dar outra chance, que poderia ter um 'nós' de novo.
  No meio do show eles começaram a tocar 'Book of Me & you', um plano de última hora, porque pediu, eles assentiram um pouco confusos, quando foram tocar outra música, interrompeu-os.
  - Gente! Espera um segundo, por favor? - ele pediu aos outros dudes, que assentiram.
   se virou ao público sorrindo, e fez um sinal para que eles ficassem em silêncio.
  - Bom... - ele começou a falar com o público em silêncio - essa música, eu pedi ela, por que... Tem um pouco a ver com a história entre mim e uma garota.
  Ouvi murmúrios do público, aquilo não podia estar acontecendo... estava falando sobre... Mim?
  - Pois é... Eu conheço uma menina muito especial faz uns quatro anos - ele riu - e eu posso dizer que... Eu sempre fui apaixonado por ela.
  'Ela sempre foi uma pessoa incrível, já passei por muitas poucas e boas com ela... Tínhamos um relacionamento, não oficial, mas tínhamos, passamos por umas coisas ruins, nos afastamos, mas... Há, aqui estamos nós de novo, porque prometemos não desistir... De nós? - se escutou o público fazendo 'oowwwn' ele riu e continuou - 'essa música, eu dedico a ela, já que tem a ver com nossa história... Ela me inspira, cada vez mais... E eu não quero perdê-la de modo algum, algumas coisas aconteceram esses dias, mas eu percebi que não poderia desistir sem tentar mais uma vez... Ser dela, e ela ser minha, eu tive que tentar.'
  As pessoas ficaram caladas, os dudes tinham as expressões boquiabertas, e respirou fundo.
  - ... Pode sair daí de trás, por favor? Vêm aqui... - ele disse sorrindo.

Capítulo 23

  Eu estava paralisada, meus olhos estavam queimando, e eu sentia algo formigando por dentro, meu coração batia muito rápido, eu não sabia o que fazer...
  - ... Eu não quero ir aí te buscar. - disse e o público riu.
  Minhas pernas reagiram, respirei fundo e fui ao palco, andando lentamente, com medo de ser atingida por algum objeto voador não identificado, as pessoas faziam mais murmúrios, e deu um sorriso lindo para mim.
  - Então... ... - ele suspirou - esse é apenas mais um capítulo no livro sobre mim e você... - disse ele, citando a frase da música.
  Eu assenti lentamente com a cabeça, provocando risadas do público.
  Então... Ele me beijou, me beijou na frente de todos, me puxando contra ele, um beijo calmo, qual me fazia sentir a tensão de sua respiração e da minha também.
  Ele cortou o beijo, acariciou o meu rosto ainda próximo de mim e sorriu.
  Ele deu uma tosse fingida no microfone enquanto todos gritavam e pulavam, e eu só sorria.
  Todos ficaram abaixando na minha frente, de joelhos e sorrindo, senti uma lágrima correr pelo meu rosto de novo, e aí, eu tremi totalmente.
  Limpei a lágrima com as costas da mão, eu sorria feito uma boba, eu estava intacta...
  Ele apoiou um dos joelhos no chão, sempre me olhando nos olhos, percebi o quanto aquilo parecia clichê, mas não me importava, estava perfeito!
  Então ele pegou uma caixinha no bolso de trás da calça, me olhou nos olhos novamente e encheu os pulmões de ar.
  - ... Você quer ser oficialmente minha? Você quer... Namorar comigo? - ele disse e ainda sorrindo calorosamente me olhava tenso.
  Deixei algumas lágrimas caírem.
  - Sim, ... Eu quero...
  Ele colocou o anel em meu dedo, e depois se levantou, me abraçou, me tirando do chão, e sussurrando no meu ouvido 'agora ninguém vai nos fazer desistir, você é só minha e eu só seu.' E sim... Era verdade.
  Todos aplaudiram em volta, os dudes davam gritos, e meu rosto estava todo borrado, mas quem se importava? Eu estava feliz, muito feliz.
  Olhei mais uma vez para minha volta, com o rosto meloso, sorrindo, quando me deu mais um grande abraço, sorrindo também, segurou em meu rosto e me deu um beijo na testa.
  Percebi que era hora de voltar para trás do palco, voltei como uma boba, realmente, e ouvi comentando no palco aos risos 'É gente... Não estou mais solteiro, mas esses caras aqui estão!' apontou para os outros dudes enquanto ria.
  Passei o resto do show chorando feito uma boba, e cantando junto, tudo parecia ter ficado perfeito do nada, e eu não conseguia ainda acreditar nisso.
  Era como se... O mundo girasse a favor de 'nós' agora, eu, , e eu.

  's Pov

  O show acabara, e ela, finalmente, depois de tanto tempo era minha, minha, só minha, pertence a , e pertence à , é isso? Sim, é isso, e agora todos sabiam disso, fãs, dudes, os caras que ficavam de olho nela, todos e eu não poderíamos estar mais felizes.
  Digo, olhei para ela já no camarim e já de roupa trocada, e me olhou sorrindo, parecia que era a primeira vez que eu a via sorrindo, quando uma vez fui à casa de Pat ao acaso e estava lá, e sorriu para mim, tive a mesma sensação daquele dia, um arrepio passou dentre meu corpo inteiro, então me juntei a ela, abraçando-a com força.
  - Mal espero para o pedido de casamento. - disse rindo.
  - Mal espero para os filhos, imagina, um monte de pequenos 's correndo pela casa. - falou Pat, também rindo.
  Eu e apenas respondemos selando um os lábios do outro.
  - Ok, gente, vocês nem se casaram ainda, então, estou apenas avisando que aqui não é a lua-de-mel de vocês. - falou , vendo a cena e sorrindo radiante.
  Mostrei o dedo do meio para todos eles, afinal, éramos assim.
  - mal-educado, sua namorada não te ensinou a ter educação? - perguntou brincando.
  - Claro que ensinou, não é ? Só que na cama - disse rindo feito bobo, provocando risadas nos outros, então eu e reviramos os olhos.
  Não poderia ter momento mais feliz do que aquele, eu, os dudes, , sem brigas, naturalmente, ela finalmente minha, era algo que eu nunca esqueceria, de forma alguma.

  's Pov

  Claro que eu fiquei muito feliz com tudo aquilo, aliás, se passaram alguns anos depois do ocorrido, e eu posso dizer que, me tornei mais responsável? Haha, ok, nem tanto assim, muitas coisas mudaram, lançamos mais CD's, continuamos a fazer show's, quase o mesmo de sempre, mas agora sempre com ao nosso lado, que por acaso virou minha melhor amiga.
  Percebi que, tudo aquilo no passado era uma grande confusão na minha cabeça, eu vivia implicando com ela, o que deu em mim um interesse absurdo pela mesma, mas agora, bom, agora era outra coisa, eu, , estou namorando sério, com uma garota chamada .
  E ela, bom, ela foi uma das melhores coisas que já me aconteceu. Depois que voltamos daquela turnê pelo EUA, eu vi ela, e bom, ocorreu um beijo, um abraço, 'estava com saudades' e já sabe no que deu né.
  E e ? Sabem né, sempre um casal meloso, sempre onde vamos, eles estão juntos dando um amasso e falando palavras bobas um para o outro, é nojento.
  Mas eu estou feliz, os dudes estão felizes, bom, o que mais estranho ocorreu nesse tempo foi Patrick Kirch começar a namorar, e uma garota! Sim, Patrick começou a namorar uma garota, e isso é muito estranho, é, quando eu também soube, entrei em choque, e é brasileira cara, que ele conheceu da segunda vez que fomos para lá.
   e são os que estão solteiros, claro, sempre eles têm algumas noites com garotas por aí, mas nunca nada sério.
  E bom... e estão noivos, é, noivos, e eu sinceramente espero que a lua-de-mel não seja durante alguma de nossas turnês, sei lá, não quero tentar dormir para outro grande dia ouvindo gemidos, deve ser estranho.
  Mas estamos felizes, muito felizes, temos vários CD's lançados, um DVD, conhecemos muitas pessoas de outras bandas bem legais, eu tenho , que às vezes vira pra mim dizendo 'estou namorando com um cara da minha banda favorita' e eu sorrio para ela respondendo 'estou namorando com uma garota muito gostosa' e recebo um tapa no ombro.
  De qualquer forma, não temos do que reclamar de nossas vidas, estamos 'felizes pra caralho' se é que vocês me entendem.
  Então, não importa que erros cometemos, sempre há um jeito de corrigir tudo, sempre temos tempo de corrigir, basta querer.

  's Pov

  Eu vou casar. É isso que tenho a dizer. Vou casar com a mulher mais linda que eu já conheci, mais minha do que de qualquer outra pessoa, , futuramente, .
  As coisas estão indo muito bem, passamos por muitas boas coisas, e toda a mídia que cerca a banda The Maine conhece eu e como o casal meloso, quem liga? Eu não ligo, pois estava muito feliz com isso faz tempo, acho que o fato de e Pat começarem a namorar sério, me assustou um pouco, poxa, namorando sério, e Pat?... Sinceramente falando, nunca consegui imaginar ele com alguma garota, e não é qualquer garota, é uma brasileira né, digamos, é gostosa... Ops, acho que não deveria usar essa palavra, mas tudo bem, eu posso elogiar garotas, porque tem um péssimo costume de dizer que os olhos do são lindos, só para me provocar.
  Eu acho que está apaixonado, mas não admite, e , bom, acho que ele está 'dormindo' com a ex de 15489464 anos atrás, se é que me entendem.
  Ah esses caras, velho, eles são todos parte de mim, vocês sabem, desde quando éramos moleques na escola, jogávamos pedras na janela dos outros e depois saíamos correndo, nós sempre rolamos juntos, são pessoas cujo eu vou poder compartilhar as histórias com meus filhos e netos, porque sabem o tanto de loucuras que já passamos juntos.
  E ? Bom, como eu disse, nós vamos casar, e eu do nada estou começando a fazer mil planos para o futuro, como vamos viver nossas vidas de casados daqui para frente... E lembrando-me de alguns anos atrás, de como, cara, como eu era, sempre fui apaixonado por essa menina, a minha pequena... Tudo o que passamos juntos, não é uma história para ser jogada fora, sempre persistimos, e estamos aqui.
  E como eu amo ela... Estamos aqui, porque, bom, não desistimos.
  Posso dizer que já estou pensando em filho? Não ria, mas é, eu estou, imagina várias miniaturas da correndo pela casa e me chamando de 'papai', seria uma boa, é, seria...
  Olha o que essa garota faz comigo! Aliás, o que sempre fez. Se ela não se importa com nada, eu também não me importo.
  Agora é isso, eu, , nós, como sempre foi, como tem de ser.
  Ei, se você tem um objetivo, não desista dele, não pense em desistir, e se outra pessoa compartilha o mesmo objetivo contigo... Não desistam, e se seu objetivo é outra pessoa, não desista dela, nem mesmo que ela desista de você por algum momento, apenas... Vá atrás.

  's Pov

  Ei! Essa história toda foi muito cansativa de se viver, sabe? Mas valeu a pena, valeu muito a pena viver todo esse tempo com esses caras idiotas, que hoje eu já não sei viver sem, meus melhores amigos, , , e Pat, meu primo, sem ele eu não estaria aqui hoje.
  Cara, muita coisa mudou, mas tem coisas que nunca mudam, eles ainda são idiotas, me fazem rir com bobeiras, eu ainda sou a mesma garotinha apaixonada por , que é meu noivo hoje em dia. , com quem eu tanto implicava, é meu melhor amigo, tudo o que acontece comigo eu tenho que dizer a ele, e o fica até com ciúmes às vezes, mas não nos importamos, aliás, minha amiga é namorada do .
  Pat Kirch, meu primo, continua tímido, preguiçoso, bobo e agora comprometido, com uma garota legal, eu realmente não esperava que ele namorasse com alguém como ela.
   continua a fazer as piadas de sempre, e vivendo a sua vida sem estar comprometido, mas estando 'ficando' com a garota que sempre esteve, o que logo dá em um relacionamento. continua com um ar meio apaixonado, dá até para rir dele com aquele jeito bobo, sorrindo pelos cantos.
  Cara, acho que esse é uma das épocas mais felizes da minha vida, eu continuo viajando com The Maine, de um lado para o outro, conheci lugares incríveis pelos quatro cantos do mundo.
  Os anos se passaram desde quando eu estava na casa de meu primo 'insuportável' e seus amigos igualmente insuportáveis, que agora são as melhores pessoas que tenho em minha vida, cada um com seu jeito especial de ser e me fazer rir.
  E ? Bom, somos 'melosos' o tempo todo, ficamos nos abraçando, rindo de nossas coisas bobas e falando coisas sem sentido, algo que eu não entendo, é que eu sempre adormeço ao lado dele e nunca me canso disso, cada vez é como se fosse a primeira, aquela primeira vez que eu dormi ao seu lado, sem nem mesmo termos nada, e no dia seguinte o Patrick acordou bolado.
  Eu sempre fico rindo quando me lembro disso e rindo também da reação de todos naquela manhã, de como era idiota e insistia em ficar implicando comigo e , de como eu e nos tornamos tão bom juntos em tão pouco tempo.
   me completou desde aquele dia em que ele fora o único que foi gentil comigo na casa de Pat enquanto eles escolhiam o nome para a banda, é, parece clichê isso, mas é a verdade, sempre foi meu, eu sempre fui dele, e juntos sempre fomos 'nós', o que fez uma grande diferença para tudo.
  Cada toque, abraço, carícia, beijo que demos um ao outro, fez parte disso, da história toda, dos sorrisos e lágrimas todas, do drama, do clichê, da melação, eu e , e eu, juntos.
  Não sei o que seria de mim sem os dudes, sem meu primo, sem hoje, talvez eu estivesse em casa, com um trabalho chato, comendo mais do que deveria, e com depressão, mas eu tenho eles, esse tempo todo eu tive, e agradeço por isso, agradeço por todos eles estarem comigo todo esse tempo.
  Eu e , nós, temos um futuro a viver agora, temos mais abraços e beijos a dar, mais palavras bobas, mais coisas de casais clichês para fazer, porque é esse cara que eu amei, amo, vou amar, ontem, hoje, sempre. Integrante da banda The Maine, o cara com um sorriso charmoso, meu , estamos aqui juntos hoje por que não desistimos de nós.
  E você? Se tem um objetivo, não se atreva, nunca se atreva a desistir dele.
  Don't you ever give up on us, my dear.

FIM.



Comentários da autora


Hey, queridas leitoras! Aqui estou eu, Leandra, terminando a fanfic! Até deu vontade de continuar, mas aí ia ficar gigantesco e eu nunca terminaria, pois não teria ideia para um final audhuahf, então, eu quero agradecer a minha inspiração pra criar essa fanfic cof cof Kennedy Brock. Ao rebelde cachaceiro qual eu me inspirei sendo John O'callaghan, quero pedir mil desculpas as Team Kirch's! Pois aí ele é fixo e é primo né, então desculpem!!
Agora quero agradecer a vocês todas que leram do começo ao fim e aturaram as partes confusas/chatas, me cobraram no twitter e me elogiaram, fizeram dessa fanfic um dos "destaque do mês" e tudo mais, obrigado de verdade por lerem, eu não fazia a menor ideia de que iria ter tantas visualizações assim! Obrigado a todas vocês, e quem sabe, eu começarei a postar outra fic em breve!
Quero agradecer também a mim mesma, que não obtive ajuda alguma de ninguém para me dar ideias para as cenas u_u, obrigada Leandra.
Que a força esteja com vocês! Leandra, @mazoquethemaine ;)