Do Jeito Certo


Escrita porBetiza
Editada por Lelen


Capítulo único

Tempo estimado de leitura: 33 minutos

— Primeira vez que você anda na Montanha-russa invertida? — %Thalia% perguntou ao melhor amigo, incrédula. — Sério que é a primeira vez que você anda de cabeça pra baixo assim?
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  %Heeseung% riu divertido com o espanto da melhor amiga e então atravessou para dentro do apartamento dela quando a porta foi aberta. Passeou os olhos pelo local que já lhe era tão familiar.
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  Os dois eram melhores amigos desde sempre, desde que se entendiam por gente. Ele a protegia na escola, ela lhe ajudava com as tarefas de matemática. Mesmo com o tempo passando, com os cursos diferentes, relacionamentos, rolos, decepções — nada mudava. Aquela porta ainda se abria pra ele sem precisar bater.
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  — Você me conhece. Eu sou mais dos brinquedos que giram no chão — ele disse, jogando o boné no sofá e se esticando como se a casa fosse dele. — Aquilo foi loucura. Minha alma saiu do corpo umas três vezes.
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  %Thalia% riu e foi até a cozinha, pegando duas garrafas d’água. Quando voltou, jogou uma delas pra ele, que pegou no ar com uma das mãos.
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  — Bem-vindo ao mundo das “primeiras vezes”, então — ela disse, sentando-se ao lado dele. — Já era hora, né?
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  %Heeseung% ergueu uma sobrancelha, provocador.
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  — Tá querendo me iniciar em tudo que eu ainda não fiz?
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  — Vai depender do que você ainda não fez — ela rebateu, com um sorrisinho no canto dos lábios e os olhos presos aos dele.
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  Ele a encarou por um segundo a mais. E nesse segundo, o ar entre eles pareceu mudar.
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  Não era exatamente novo. Mas era diferente. Como se algo estivesse ali, esperando para ser dito.
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  — Hum… quer mesmo entrar nesse assunto? — ele perguntou, com a voz mais baixa, deslizando os olhos dos dela para a boca por um instante antes de voltar. — Porque se for pra falar de primeiras vezes… acho que você também tá devendo uma, né?
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  %Thalia% parou por um instante, sentindo o coração dar uma acelerada. Ele sabia. Claro que sabia. Eles se contavam tudo — ou quase tudo.
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  E talvez, naquela noite, estivessem prestes a deixar o “quase” de lado.
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  Ela levou a garrafa até os lábios, bebendo bastante da água gelada de lá de dentro e então, olhou para ele que também bebia.
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  — É diferente né, %Heeseung%! Essa primeira vez é bem mais delicada do que uma montanha russa invertida.
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  %Thalia% revirou os olhos e bateu a porta da geladeira.
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  — O que? — %Heeseung% gargalhou alto, jogando a cabeça para trás, daquele jeito que ela já tanto conhecia e que aquecia algo dentro dela, e ela ignorava todas as vezes. — Tá me dizendo que sexo é mais díficil para você do que ficar pendurada de cabeça para baixo andando num troço a sei lá, 20 metros do chão?
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  — Provavelmente trinta, %Heeseung%. — Ela rebateu se jogando ao lado dele no sofá.
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  — Não desvia do assunto! — %Heeseung% se ajeitou no sofá, ficando mais ereto no mesmo, para encarar o perfil desenhado de %Thalia%. — Eu nunca entendi porque você não transou até hoje… realmente nunca sentiu vontade?
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  %Thalia%, começando a ficar desconfortável, também se ajeitou no sofá, depois de tirar o par de tênis. Respirou fundo, e encarou %Heeseung%.
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  — Você sabe! Eu nunca senti confiança em nenhum parceiro. Acho que isso tem que ser especial… e os caras que me envolvi nunca me deixaram confiantes. Nem com o meu corpo, nem com o meu possível desempenho… a minha inexperiência assustou a maioria deles.
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  %Thalia% deu de ombros, tentando parecer mais tranquila do que realmente estava. Passou as mãos pelas pernas cobertas pelo moletom largo, como se buscasse algum tipo de conforto no toque, e apoiou os cotovelos nos joelhos, inclinando-se levemente para frente.
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  Seus dedos brincavam distraidamente com a barra da blusa, num gesto involuntário que denunciava o nervosismo.
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  — Não é que eu tenha medo, sabe? — ela acrescentou, sem encará-lo de novo. — Eu só… quero lembrar da primeira vez com algo bom. Não com vergonha. Ou pressa. Ou com alguém que só quer riscar mais um nome da lista.
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  Mordeu o lábio inferior por um segundo e depois soltou um riso fraco, quase amargo.
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  — Às vezes eu penso que isso tá ficando grande demais. Que quanto mais o tempo passa, mais difícil fica. Como se eu tivesse que justificar... o porquê ainda não aconteceu.
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  Ela então virou o rosto na direção dele, os olhos tentando buscar alguma reação no olhar de %Heeseung%.
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  — E você? Nunca teve vontade de me perguntar isso antes? Ou… só aproveitou o assunto da montanha-russa pra me zoar?
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  %Heeseung% ficou em silêncio por alguns segundos, o sorriso brincalhão se desfazendo aos poucos enquanto os olhos se fixavam nos dela.
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  Ele não estava esperando ouvir tudo aquilo. %Thalia% sempre foi tão cheia de opinião, tão segura de si, que vê-la vulnerável, falando da própria insegurança com o corpo e com a intimidade, apertou alguma coisa dentro dele.
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  — Eu nunca perguntei porque achei que era o tipo de coisa que você só contaria quando quisesse — ele disse, finalmente, com a voz mais baixa, mais sincera. — Mas não vou mentir: sim, já pensei nisso. E muito.
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  %Thalia% o olhou, surpresa.
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  — É sério. — Ele riu de leve, coçando a nuca, meio sem jeito, mas ainda firme. — Quer dizer… a gente se conhece desde sempre, %Thal%. Eu já vi você chorar por cara idiota, já te empurrei na piscina de roupa, já te carreguei no colo bêbada e até já te vi arrancando pelo da perna com fita crepe. Não tem muito mais o que esconder.
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  Ela soltou um riso abafado, envergonhada.
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  — Só faltava você me ver pelada agora — ela disse num tom sarcástico, tentando quebrar a tensão. Mas %Heeseung% não riu.
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  Ele só a olhou. E o silêncio depois disso foi diferente. Mais denso.
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  — Eu te respeito demais pra brincar com isso — ele disse, com firmeza, e depois continuou, mais suave. — Mas se o problema for confiança… você sabe que comigo pode ser você. Do jeitinho que for. Sem medo, sem julgamento, sem pressa.
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  %Thalia% piscou, e o estômago revirou como se estivesse numa nova montanha-russa.
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  — %Heeseung%...
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  — Não tô dizendo que tem que ser agora — ele interrompeu, com cuidado. — Nem que tem que ser comigo. Mas… se um dia você quiser que seja… você não precisa ter medo.
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  Ele sorriu de leve, e então encostou o ombro no dela.
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  — E, se for comigo… posso te prometer uma coisa.
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  Ela virou o rosto, curiosa.
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  — O quê?
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  — Eu vou fazer você se sentir tão segura… que a única coisa que vai ficar de cabeça pra baixo vai ser a cama.
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  %Thalia% arregalou os olhos e deu um tapa leve no ombro dele, rindo de novo, nervosa.
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  Mas o rubor subindo pelo pescoço não dava mais pra esconder, nem o calor que começava a se espalhar entre os dois.
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  O riso de %Thalia% ainda pairava no ar quando o silêncio voltou — mas dessa vez, ele tinha um peso diferente. Não era constrangimento. Era o tipo de silêncio carregado. Vivo. Cheio de expectativa.
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  Ela ainda tinha a mão no ombro dele por causa da brincadeira, mas agora não sabia se deveria soltá-la.
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  E não soltou.
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  %Heeseung% também não recuou. Continuou ali, com o corpo relaxado, mas os olhos nos dela. Fixos. Intensos. Como se estivessem dizendo tudo o que ele ainda não tinha coragem de verbalizar.
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  Os dedos de %Thalia% escorregaram devagar pelo ombro dele, traçando uma linha imaginária pela manga da camiseta. Era um gesto sutil, quase inocente. Mas %Heeseung% prendeu a respiração mesmo assim.
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  — E se eu quisesse? — ela perguntou, a voz baixa, rouca, quase um sussurro.
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  — O quê? — ele devolveu, mas a pergunta não tinha inocência nenhuma. Era só provocação. Só tempo.
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  — Que fosse com você — ela disse, finalmente, o coração batendo tão alto que ela tinha certeza de que ele podia ouvir.
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  %Heeseung% se aproximou mais um pouco. Só o suficiente para que os joelhos dos dois se tocassem. Só o suficiente para que o ar entre os rostos já não existisse mais.
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  — Aí eu ia te mostrar — ele sussurrou, os olhos presos aos lábios dela — que tem muito mais coisa gostosa do que andar de cabeça pra baixo num brinquedo qualquer.
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  Ela sorriu, quase sem ar.
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  — Você fala demais.
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  — Então cala minha boca, %Thalia%.
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  Ela não hesitou.
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  Se inclinou devagar e encostou os lábios nos dele com a leveza de quem não sabia se podia… mas precisava. O beijo começou calmo, hesitante, como se estivessem ainda tentando entender o que estavam fazendo. Mas bastou que ele levasse a mão até a nuca dela, puxando-a um pouco mais para si, para que tudo explodisse de vez.
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  Os lábios se encaixaram com fome, com vontade. A língua dele buscou a dela com precisão, e o gemido suave que escapou da garganta dela foi tudo o que ele precisava para perder o resto da razão.
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  %Heeseung% deitou %Thalia% devagar no sofá, cobrindo o corpo dela com o próprio. As mãos deslizaram pela cintura, pela curva dos quadris, até alcançarem a pele sob o moletom.
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  — Me fala se quiser parar — ele murmurou entre beijos no pescoço, no maxilar, na clavícula. — Eu juro que paro.
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  %Thalia% o segurou pelo rosto, obrigando-o a olhá-la.
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  — Eu só quero que você me faça esquecer que é a primeira vez.
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  Ele sorriu.
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  — Então me deixa te mostrar como deveria ser desde o começo. Do jeito certo.
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  E com mais um beijo, ele prometeu — com a boca, com os dedos, com o corpo — que ela nunca mais pensaria em "primeira vez" com medo. Só com prazer.
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  %Heeseung% não se apressou.
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  Mesmo com o corpo vibrando, mesmo com o desejo latente na boca, nas mãos, nos quadris que já ansiavam por mais — ele manteve o controle. Porque aquela não era qualquer noite, e ela não era qualquer pessoa.
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  %Thalia% estava deitada sob ele, o olhar firme, mas com um leve tremor nas mãos que seguravam seu rosto. Ele notou. E por isso deslizou os dedos até as mãos dela, entrelaçando os dedos devagar, mantendo o contato.
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  — Tá tudo bem? — ele perguntou com um carinho que atravessava a pele.
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  Ela assentiu, respirando fundo.
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  — Tô só… nervosa.
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  — Eu também tô — ele confessou, com um sorriso leve. — Mas não tem pressa, %Thal%. A gente vai no seu tempo.
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  Ela sorriu de volta. Um sorriso pequeno, mas verdadeiro. E aquilo foi tudo o que ele precisava.
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  %Heeseung% abaixou o rosto e voltou a beijá-la com mais calma agora. Beijos longos, molhados, lentos. O tipo de beijo que dissolve a ansiedade, que aquece a pele antes mesmo de tirar a roupa.
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  As mãos dele passeavam pelas laterais do corpo dela, explorando cada curva por cima do moletom. Mas quando os dedos deslizaram por debaixo do tecido, tocando a pele nua da cintura, %Thalia% suspirou contra os lábios dele.
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  Era tão diferente daquele nervosismo que ela imaginava sentir. Estava vulnerável, sim, mas não havia medo. Só uma espécie de calor que começava pequeno, mas ia se espalhando, como se o toque dele acendesse lugares que ela nem sabia que existiam.
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  — Posso tirar? — ele sussurrou, referindo-se à blusa dela.
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  %Thalia% assentiu de novo e levantou os braços. Ele tirou a peça com cuidado e a deixou sobre o encosto do sofá. Em seguida, levou os lábios até os ombros dela, beijando com calma, como se quisesse deixar marcas invisíveis por todo o caminho.
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  O sutiã dela era simples, mas a forma como ele olhou para ela fez parecer a coisa mais bonita do mundo.
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  — Você é linda — ele disse, como uma verdade absoluta. E então se inclinou e a beijou no meio dos seios, antes de descer lentamente, sem pressa, com os lábios, com a língua, com o desejo guardado há muito mais tempo do que ele admitia.
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  Ela arqueou o corpo ao sentir a boca dele envolver um dos mamilos quando ele tirou o sutiã que ela usava, sugando de forma suave, depois mais firme, alternando com leves mordidas e o calor da língua. Os dedos dela se enterraram nos cabelos dele, instintivos, sentindo o prazer subir em ondas que se acumulavam dentro dela.
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  %Heeseung% desceu os beijos até a barriga, até a linha da calça de moletom.
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  — Tudo bem? — perguntou outra vez, com a mão já no elástico.
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  — Sim — ela respondeu, a voz embargada pela expectativa. — Só não para agora.
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  Ele sorriu e puxou a calça devagar, junto com a calcinha, até deixá-la completamente nua sob ele.
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  %Thalia% mordeu o lábio, quase cobrindo o rosto — mas %Heeseung% a impediu.
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  — Nada de esconder. Eu quero ver tudo. Quero que você sinta o quanto te quero.
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  E ela sentiu.
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  Porque ele ajoelhou entre as pernas dela no sofá, e com os olhos fixos nos dela, se inclinou para beijar o interior das coxas, uma, depois a outra, até que a boca dele chegou no centro dela.
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  O primeiro toque da língua foi suave, exploratório. Mas bastou. O corpo dela respondeu com um suspiro profundo e um tremor que correu da espinha até os pés.
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  %Heeseung% a explorava com calma, como quem decora cada resposta do corpo. A língua se movia com precisão, alternando ritmo e pressão, atento aos sons que ela soltava, aos tremores leves, ao modo como os quadris buscavam mais.
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  Quando sentiu que o corpo dela começava a relaxar de verdade — os músculos menos tensos, a respiração mais entregue — ele deixou um beijo demorado no centro dela e então levou a mão até lá.
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  Com toda a delicadeza, roçou a ponta de um dedo na entrada, molhada, quente, já receptiva.
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  — Tá tudo bem? — ele sussurrou, a voz baixa, carinhosa, os olhos subindo para encontrar os dela.
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  %Thalia% assentiu, o rosto corado, a respiração falha, mas os olhos abertos, confiantes.
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  — Pode... continua.
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  Ele a beijou mais uma vez — uma promessa silenciosa de que faria tudo no tempo dela — e então, com cuidado, introduziu o dedo devagar. Sentiu o corpo dela responder, contraindo-se em torno do gesto, e parou ali, sem forçar, apenas sentindo.
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  %Thalia% soltou o ar lentamente. Não doía. Era uma sensação nova — estranha, íntima, mas incrivelmente boa. Principalmente porque era com ele. Porque ela confiava. Porque, ali, não havia espaço para medo.
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  %Heeseung% não se mexeu rápido. Movia o dedo lentamente, em um vaivém suave, profundo, enquanto continuava com a boca, estimulando o clitóris com toques firmes, ritmados.
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  Ela gemeu alto, o corpo inteiro se curvando em direção a ele, os dedos apertando o tecido do sofá, a outra mão cravada no cabelo dele. O prazer se acumulava como uma onda quente, impossível de conter.
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  E quando ela finalmente se entregou, com um gemido rouco, o corpo se contraindo sob os estímulos dele, ela sentiu mais do que prazer. Sentiu que era isso. Era sobre confiança. Era sobre sentir sem medo.
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  E %Heeseung% sabia disso.
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  Porque a forma como ele a olhou ao subir de volta, como a beijou entre suspiros, como a segurou com os braços firmes e cheios de ternura — tudo aquilo dizia que ele não estava ali só pelo corpo. Estava por ela. Inteira.
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  %Thalia% ainda sentia os espasmos leves do orgasmo percorrendo o corpo quando %Heeseung% subiu, beijando o caminho inteiro de volta até o pescoço, até o queixo, até a boca.
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  O beijo dele era calmo, mas firme — como se dissesse “eu tô aqui, ainda tô com você”. E ela sentia isso em cada gesto, cada toque, cada olhar.
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  — Você tá bem? — ele perguntou, acariciando o rosto dela com o polegar.
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  Ela sorriu, os olhos ainda meio marejados.
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  — Tô mais do que bem… tô flutuando.
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  Ele riu baixo e a beijou de novo, com mais ternura.
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  Mas, entre um beijo e outro, %Thalia% abriu os olhos e o encarou. E havia algo ali. Uma dúvida. Um incômodo silencioso.
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  — %Heeseung%…?
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  — Hum?
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  Ela respirou fundo e mordeu levemente o lábio inferior antes de falar.
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  — Eu quero te tocar também… quero te dar prazer. Mas… eu não sei direito como. E eu sei que isso pode ser idiota, mas eu fico com medo de errar. De fazer algo estranho ou…
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  Ele interrompeu com um beijo no nariz dela.
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  — Ei. — A voz dele era baixa, firme, segura. — Primeiro: nada do que vem de você vai ser estranho. E segundo… você não precisa saber tudo. Eu tô aqui pra te guiar. Pra sentir junto.
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  %Heeseung% assentiu, sorrindo com doçura — mas com os olhos ainda escuros de desejo.
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  %Heeseung% se afastou um pouco, apenas o suficiente para tirar a própria camiseta, e em seguida baixou o moletom e a cueca de uma vez, jogando tudo ao lado do sofá, sem pressa. O olhar dele nunca deixava o dela — quente, firme, como se cada gesto agora fosse feito com a certeza de que aquele momento não podia ser apressado.
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  Então se sentou de novo, as pernas abertas, o corpo completamente exposto e entregue a ela.
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  — Vem cá. Senta comigo.
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  %Thalia% se ergueu devagar e foi até ele, posicionando-se entre as pernas dele, de joelhos no sofá. %Heeseung% segurou as mãos dela e as levou até sua cintura.
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  — Vai com calma — ele murmurou. — Sem pressa. Sente primeiro. Conhece.
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  Ela engoliu em seco, o coração acelerado mais uma vez — mas agora por outro motivo. Ansiedade e excitação misturadas, formando uma corrente elétrica no ar.
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  O olhar dela desceu, curioso, tímido, mas sem desviar. %Heeseung% estava ereto, pulsante, quente. O desejo por ela era evidente, e isso a deixou ainda mais determinada.
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  — Toca como se fosse descobrir o que eu gosto — ele disse, acariciando as costas da mão dela.
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  Ela o envolveu com os dedos, devagar, sentindo o calor e a textura. Começou a movimentar a mão lentamente, o polegar deslizando com cuidado pela glande. %Heeseung% gemeu baixo, os olhos fechando por um momento.
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  — Isso… desse jeito. — A voz dele era mais grave agora, arrastada. — Não precisa apertar. Deixa ele sentir que é você.
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  %Thalia% foi pegando o ritmo, os movimentos de vai e vem alternando entre lentos e mais firmes, observando cada reação dele — os suspiros, a forma como os músculos do abdômen se contraíam, como ele apertava as coxas sem perceber.
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  Ela se inclinou, impulsiva, e beijou o abdômen dele, depois a base do membro, e ouviu o ar escapar dos lábios dele com mais força.
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  — Tá fazendo tudo certo — ele sussurrou, com a cabeça caída para trás e os olhos fechados. — Tá me deixando louco…
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  %Thalia% sorriu contra a pele dele e continuou, mais confiante agora, guiada não por medo, mas pelo desejo de vê-lo sentir. De vê-lo gemer. De vê-lo perder o controle como ela havia perdido minutos antes.
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  A mão dela deslizava pela extensão do membro dele com um toque curioso, mas cada vez mais seguro. %Heeseung% mantinha os olhos nela, o peito subindo e descendo devagar, como se cada movimento dela lhe roubasse o ar pouco a pouco.
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  — Assim... — ele sussurrou, com a voz rouca e embargada, levando uma das mãos até a dela, envolvendo os dedos juntos. — Aperta um pouco mais na base… isso. Agora sobe devagar.
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  Ela obedeceu. E o som que ele soltou em resposta foi tudo.
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  Um gemido grave, entre os dentes cerrados, com o maxilar travado, o pescoço tenso.
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  — Isso, %Thal%… você tá fazendo tão bem — ele disse, entre arfadas. — Nem parece que é a primeira vez.
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  Ela alternava os movimentos, testando o que o fazia reagir mais: uma leve torção dos punhos, um deslizar mais lento com a ponta dos dedos, uma pressão a mais no polegar na parte mais sensível.
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  %Heeseung% jogou a cabeça para trás, os olhos fechados, os músculos do abdômen contraindo em espasmos visíveis.
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  — Continua… desse jeito — ele pediu, a respiração ficando mais descompassada. — Tô quase…
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  Ela se inclinou mais, e sem pensar, levou a língua até a base, dando uma lambida lenta, só pra ver como ele reagia. E ele reagiu.
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  O gemido que escapou dos lábios dele foi mais alto, mais cru.
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  — Porra, %Thalia%…
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  Ela sorriu, sentindo o corpo vibrar por conseguir provocar aquilo nele. Por fazê-lo perder o controle. Ele que sempre parecia no comando, agora se contorcendo por causa dela.
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  — Quer que eu pare? — ela perguntou, maliciosa, os olhos brilhando.
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  %Heeseung% riu, ofegante.
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  — Quero que você suba aqui agora. Antes que eu goze só com sua mão.
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  Ele levou a mão até o rosto dela, os dedos deslizando pela bochecha com carinho, e então a puxou pra cima, colando a boca na dela num beijo carregado de desejo acumulado.
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  Os corpos se encaixaram mais uma vez. A pele quente contra a pele. O beijo dele tinha gosto de urgência. De entrega. Mas havia também uma ternura escondida entre cada movimento — como se ele quisesse que ela lembrasse daquele momento com cada célula do corpo.
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  — Pronta? — ele murmurou contra os lábios dela, a ponta do membro já roçando entre suas pernas.
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  %Thalia% assentiu, sem hesitar.
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  E agora, estavam prontos.
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🎢🎢🎢

  %Thalia% estava sobre ele agora, os corpos alinhados, os olhos grudados um no outro.
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  Ela se sentia exposta, sim — nua, entregue, completamente entregue — mas não havia desconforto. %Heeseung% a olhava como se ela fosse a coisa mais linda que ele já tinha visto. E só aquilo bastava para afastar qualquer insegurança que restasse.
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  Ele segurava a cintura dela com firmeza, mas sem pressa. Como se dissesse com as mãos: você está segura aqui.
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  A ponta dele roçava sua entrada, quente, rígida, pulsante.
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  %Thalia% engoliu em seco. A respiração já era outra — mais alta, mais rápida. O coração parecia bater no pescoço.
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  — A gente vai devagar — ele sussurrou, acariciando os quadris dela. — No seu ritmo, tá?
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  Ela assentiu. O corpo já pedia. Não era mais só o desejo — era a vontade de se sentir por inteira ali. Com ele. Pela primeira vez.
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  %Heeseung% a ajudou a se posicionar, guiando os quadris dela com paciência. Quando ela desceu devagar, sentiu a ponta dele forçar a entrada. Era novo, era diferente, havia uma leve pressão — mas não havia dor.
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  Ela travou por um instante, o corpo tentando entender aquela sensação inédita. E ele percebeu na hora.
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  — Respira — ele disse, com a voz baixa e tranquila. — Relaxa. Tá tudo bem.
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  %Thalia% soltou o ar devagar, os olhos fechados, e se concentrou na sensação. O calor. O preenchimento. O peso do corpo dele contra o dela. Era intenso. Era estranho. Mas era bom.
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  Ele acariciava suas costas com a palma da mão, devagar, como se embalasse o momento. E foi assim, no tempo dela, que ela foi descendo mais. Centímetro por centímetro, até que ele estivesse completamente dentro.
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  Os dois soltaram o ar ao mesmo tempo, como se finalmente tivessem se encontrado.
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  — Você tá me matando… — ele sussurrou contra a boca dela, os olhos fechados, a testa encostada na dela.
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  Ela sorriu, tremendo um pouco nas pernas, mas sorrindo.
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  — E eu achei que eu que ia morrer de nervoso.
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  %Heeseung% riu baixo, e a beijou de novo — um beijo calmo, profundo, cheio de carinho e desejo contido.
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  Os quadris começaram a se mover devagar. Ele a segurava com firmeza, guiando os movimentos de cima para baixo com calma, respeitando os limites dela, mas oferecendo prazer em cada avanço.
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  %Thalia% sentiu o corpo se acostumar. Primeiro a pressão, depois o calor, e então veio a onda — lenta, crescente — do prazer. O prazer de ser preenchida, de sentir os gemidos dele contra sua pele, o jeito como ele a segurava como se ela fosse feita de vidro, mas ao mesmo tempo como se fosse sua.
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  — Você é tão apertada… — ele murmurou, o olhar agora desfocado. — E tão linda assim em cima de mim.
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  Ela se moveu um pouco mais rápido, testando. E o gemido que ele soltou fez o ventre dela pulsar. Era poderoso, sentir que podia provocar aquilo nele. Era mais do que ela imaginava.
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  Os movimentos se intensificaram devagar, ainda no ritmo dos dois. %Heeseung% inclinou o corpo, puxando-a para mais perto, colando os peitos, os lábios e os corações. Agora era ele quem movia os quadris de baixo, com firmeza, fazendo-a arfar contra sua boca.
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  %Thalia% jogou a cabeça para trás e gemeu alto. O prazer crescia como uma onda quente dentro dela — não tão explosiva quanto a anterior, mas mais profunda, mais intensa, mais cheia.
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  — Isso… — ele sussurrou no ouvido dela. — Me sente, %Thal%… só me sente.
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  E ela sentiu.
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  Cada estocada.
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  Cada palavra.
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  Cada toque no corpo e na alma.
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  E quando ela gemeu o nome dele de novo, sussurrado, entre os dentes, tremendo contra ele… %Heeseung% se desfez também. Gemendo rouco, apertando os quadris dela com força, os corpos se contraindo juntos como se tivessem sido feitos para isso.
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  %Thalia% se aninhou no peito dele logo depois, o coração ainda acelerado, o corpo sensível, a alma em paz.
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  %Heeseung% beijou o topo da cabeça dela, uma, duas vezes.
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  — Foi perfeito — ela murmurou, a voz embargada.
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  — Você foi perfeita — ele respondeu.
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  E naquele sofá, com a respiração ainda descompassada e os corpos entrelaçados, %Thalia% soube:
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  A primeira vez dela não foi sobre medo, nem sobre dor.
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  Foi sobre confiança, sobre toque, sobre carinho… Sobre amor — mesmo que nenhum dos dois ainda tivesse coragem de dizer isso em voz alta.
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🎢🎢🎢

  Ainda demorou um tempo até o coração dela desacelerar. O corpo ainda formigava em alguns pontos, como se as mãos dele ainda estivessem ali mesmo sem se mover. O peito dela subia e descia devagar, encostado no dele, onde ela descansava com os olhos fechados e o rosto escondido, meio envergonhada, meio entorpecida.
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  %Heeseung% não dizia nada. Só passava os dedos devagar pelas costas dela, traçando linhas invisíveis na pele. De vez em quando, o polegar acariciava a lateral da cintura, ou parava por um instante pra apenas sentir a respiração dela seguir junto da sua.
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  Estavam assim: nus, entrelaçados, envoltos por um silêncio confortável, onde nem o mundo lá fora parecia existir.
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  %Thalia% foi a primeira a quebrá-lo.
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  — Isso foi… — ela começou, e depois suspirou, tentando encontrar a palavra certa. — Muito mais do que eu imaginei que seria.
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  Ele sorriu, ainda de olhos fechados.
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  —Você imaginava muito?
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  — Eu tentava, né? — ela riu, envergonhada, a voz abafada contra o peito dele. — Mas… sempre achei que fosse acabar sendo estranho. Ou desconfortável. Ou sem graça.
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  — E foi?
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  Ela negou com a cabeça, devagar.
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  — Foi… bonito. Você foi bonito. Comigo.
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  %Heeseung% soltou o ar com um sorriso e beijou o topo da cabeça dela.
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  — Você não faz ideia do quanto eu queria que fosse assim. Que você se sentisse assim.
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  Ela levantou o rosto e o olhou. E havia ali uma leveza diferente. O tipo de olhar que só se troca depois que você atravessa a barreira mais íntima de alguém e é recebido com carinho, com desejo e com cuidado.
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  — Eu ainda tô meio tremendo — ela confessou, rindo baixinho.
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  — Eu também — ele respondeu. — Mas se serve de consolo… você me desmontou.
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  — E ainda assim me montou tão bem — ela provocou, fazendo os dois rirem.
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  Ele puxou a coberta que estava jogada atrás do sofá e envolveu os dois com ela, acomodando %Thalia% mais perto, até que o corpo dela coubesse inteiro entre os braços dele.
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  — Se quiser dormir aqui… — ele começou.
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  — Quero — ela respondeu antes que ele terminasse.
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  — Então dorme, %Thal%. Hoje o mundo pode esperar.
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  Ela fechou os olhos com um sorriso leve, o rosto escondido no pescoço dele. E ali, aninhada, envolta em calor, pele e cheiro conhecido, ela finalmente descansou.
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  Não como alguém que perdeu alguma coisa por ter esperado tanto.
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  Mas como quem ganhou tudo — por ter esperado o momento certo. E a pessoa certa.
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Lelen

Aah, achei fofinho <3
Até desperta aquela coisa que acho que muitas jovens e adolescentes sonham, com a primeira vez sendo cuidado e carinho <3
Heeseung tá certinho em ganhar a garota e a garota confiou no cara certo, amém.

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