Dear Patience
Escrito por Jozi B. | Revisado por Natashia Kitamura
Chegar em casa, tomar um banho quentinho e vestir a roupa mais folgada do guarda roupa, se tornou um hábito. Assim como abrir a janela da sala e deitar no chão, na direção da janela.
Aquele lugar, aquela posição em cima do tapete felpudo, era perfeito. Dava uma vista privilegiada do céu que ficava, quase sempre, estrelado – e continuava sendo uma vista maravilhosa ainda que, em alguns dias, a imensidão azul estivesse sem os brilhantes. Entretanto, admitia que preferia quando havia estrelas lá em cima, do lado de fora, a encarando de volta.
Depois de um dia com tantas matérias novas na faculdade e tanto agito no trabalho, deitar no chão da sala e ter como companhia as estrelas, era o suficiente. Porém, mesmo sabendo disso, ainda passava a ponta do dedo na tela do celular, rolando a lista de contatos em busca de algum nome, alguém, que estivesse disposto de ouvir todos os seus problemas e lamurias.
Queria compartilhar o choro preso dentro de si, o nó preso na garganta, a dor de cabeça que parecia aumentar a cada dia, o emocional cada vez mais abalado e a esperança que parecia areia escapando dentre os dedos. Procurava por alguém que lhe doasse alguns minutos de seu tempo, que ouvisse tudo o que tinha a dizer. Alguém que lhe desse um abraço e dissesse que tudo ficaria bem. E, principalmente, alguém que não fizesse julgamentos. Alguém que não diminuiria sua dor e fizesse comparações com outros problemas que, aparentemente, merecem mais atenção que os seus. Queria alguém que se importasse o bastante, que se importasse de verdade.
Sabia que era errado olhar o grupo com suas amigas e não ver ali, naquele grupo e naquelas garotas incríveis, o suporte que precisava. Simplesmente porque sabia que suas amigas diriam a mesma coisa de sempre “vai ficar bem tudo”, “respira fundo”, “daqui a pouco passa” ou, o maior clichê de todos: “foca em outra coisa, logo você esquece e supera”. Além dos inúmeros elogios. Claro que elas teriam a melhor das intenções, mas, ainda assim... Precisava de um conforto diferente.
E tão cansada quanto triste ao saber daquilo, daquela necessidade que crescia cada vez mais dentro de si, mirou novamente no céu – que tinha poucas estrelas naquela noite – e pediu por ajuda. Ajuda divina ou cósmica, não sabia. Só precisava que lhe ajudassem.
Perguntou baixinho, enquanto encarava aqueles poucos pontos brilhantes se não existia ninguém disposto a ouvi-la. Alguém que aceitasse tomar café consigo por uma hora, enquanto faria um desabafo e colocaria para fora tudo que segurava dentro de si. Alguém que lhe desse a mão.
Questionou se não havia alguém com um pouquinho de paciência para si. E uma poção de amor também.
Estava precisando daquilo. De um café forte, conversa franca, paciência e amor.
Continuou em silêncio, encarando o céu azul escuro e as poucas estrelas, esperando por alguma resposta – desejava tanto que fosse positiva. Afinal, já estava cansada de tanta negatividade. Cansada o suficiente para pensar em desistir de tudo.
...
O vento tocava-lhe a face e bagunçava os fios dos cabelos que balançavam com o sopro, enquanto os pés descalços de qualquer sapato ou meias tocavam a grama baixa. O céu estava azul claro, com poucas nuvens enquanto o sol brilhava, ainda era dia. Em algumas arvores havia frutos em seus galhos entre as folhagens verdinhas, e em outras havia flores bonitas e saudáveis. Os pássaros cantavam em seu próprio ritmo enquanto sobrevoavam por aquele lugar tão amplo e da mais pura natureza.
Era lindo. Daria um belo quadro se algum artista fosse capaz de reproduzir tamanha beleza e paz que aquele lugar lhe dava, o que duvidava muito.
As mãos seguravam a corda que fazia parte do balanço que tinha numa das arvores, enquanto o corpo estava sentado na madeira que fazia o papel de assento. Balançar sem pressa era perfeito, a pressa não existia naquele lugar.
Acabou sorrindo por isso. Era magnífico estar num lugar onde era capaz de respirar sem pressa, sem um relógio lhe informando quantos minutos faltavam para um dos tantos compromissos existentes no mundo.
O lugar era tão calmo e precioso que não se assustou quando, após observar um pássaro que sobrevoava o céu, olhou para o lado e percebeu que tinha companhia. O balanço ao seu lado também estava ocupado, e sorriu por isso.
Era bom não estar sozinha.
– Eles estão animados hoje. – a voz soara leve como a brisa, e tão bonita quanto às flores da arvore. – Acho que é por sua causa. Pra você.
– Pra mim? – perguntou surpresa, sorrindo com a possibilidade de ser o motivo do canto tão belo dos pássaros. – Acho que não mereço tanto. – desdenhou da mera possibilidade, um pouco envergonhada.
Sentindo, como sempre, que não merecia tanto assim.
– Eu acho que merece. – afirmou, exibindo um sorriso que seus olhos jamais viram. Era um sorriso que lhe transmistia amor, que causava um quentinho gostoso no coração quando o observava. Era lindo e puro. Desejou poder ver aquele sorriso todos os dias de sua vida. – Acho que merece muito mais, na verdade. – completou.
– Eu acho que você não me conhece. – brincou com um fundo profundo de verdade. Afinal, não era possível que aquele homem a conhecesse. Se conhecesse, saberia que você não era merecedora de tantas coisas assim.
– Como eu não conheceria alguém que é parte de mim? – perguntou ainda sorrindo. O sorriso não diminuindo nem quando viu no seu rosto um olhar confuso. – Alguém a quem estive ao lado desde sempre?
– Como assim? – perguntou confusa e completamente perdida com aquelas perguntas que soavam como afirmações. Os olhos arregalados e a linha que surgira em sua testa entregavam sua confusão mental através do seu físico, enquanto seu coração acelerado em sua caixa torácica era resultado interno de como você se sentia. Contudo, você não sentia medo. Nem um pingo de medo.
– Vou te mostrar. Olhe para o céu.
E ainda se sentindo tão confusa como nunca antes, enquanto o vento tocava sua pele e as pontas dos dedos dos pés encostavam-se à grama baixa, você olhou para cima. Para o céu. E o que antes era o mais puro azul com nuvens e sol, diante de seus olhos, deixou de ser e exibiu um momento que você já tinha visto em fotos em um dos tantos álbuns de fotografias que existiam na casa de sua mãe: o momento de seu nascimento.
Outros momentos surgiram na imensa tela que se transformou o céu, e enquanto sentia seu coração acelerado por estar vendo momentos de sua vida que você não lembrava por ser tão novinha quando viveu tudo aquilo, você riu diante de alguns e chegou a soltar vez ou outra, exclamações como “olha aquilo!” ou “não é possível!”.
Era incrível poder assistir toda a sua vida bem diante dos seus olhos, momentos que você nem sequer lembrava, mas que faziam parte da sua existência. Era encantador, mágico. Você até se esquecera de perguntar ao cara ao seu lado, aquele que te observava sempre com um sorriso nos lábios, como tudo aquilo era possível.
Mas acabou o perguntando quando tudo ficou confuso ao que momentos que você se lembrava perfeitamente, começaram a ser exibidos. Especialmente aqueles momentos em que você se trancava em seu quarto e chorava por alguma dor ou decepção que sentia. Ou aqueles em que alguém lhe dizia algo ruim e você queria revidar, mas não sabia como porque gostava demais daquela pessoa. E ainda tinham aqueles momentos de duvida, em que você não acreditava em si mesma e no que queria de sua vida. Tudo ficara confuso porque você se lembrava daqueles momentos, de cada um deles, mas não se lembrava de ter companhia neles.
Apesar de se lembrar da calma que sentira em seu coração nas vezes em que dormiu após chorar por algum tempo, você não se lembrava de receber cafuné até que adormecesse. Seus olhos não viam o homem que aparecia na exibição daqueles momentos, segurando sua mão e estando ao seu lado em todos aqueles momentos.
Quando vivera aqueles momentos você se via sozinha, sem qualquer companhia ou demonstração de amor. Não tinha ninguém ao seu lado, você tinha certeza disso.
– Como... – sussurrou confusa, deixando de olhar para o céu e focando no homem ao seu lado, a boca se abrindo quando seus olhos notaram semelhanças entre o sorriso e as vestes dele e as do homem que aparecia ao seu lado nos momentos de sua vida que vocês assistiam no céu. – Era... Você? Como? Quê?
– Você chamou por mim, e eu fui até você. – ele respondeu simples, como se ter estado ao seu lado em todos aqueles momentos não tivesse sido nada demais. – Você perguntou se ninguém se importava com você, então eu fui porque me importo. Você pediu que alguém estivesse ao seu lado, eu estive. Você perguntou se ninguém poderia te ouvir, eu fui porque ouvir a sua voz me contando tudo que você quiser é o que eu mais amo. Você pediu que alguém fizesse sua dor passar, eu fiz. Você pediu que alguém segurasse a sua mão, eu segurei. Você pediu por carinho, eu te dei. Você pediu por amor, eu te amei. E te amo. – explicou, o sorriso já tão largo e bonito parecendo ainda mais. O brilho que saia dele, e que só agora você percebera, se tornando mais intenso.
Ele era lindo. E você mal podia esperar para ver a face dele por inteira. Olhar nos olhos deles, e ver se encontraria neles a mesma paz que encontrava no sorriso dele.
– Eu te assusto? – ele perguntou, e você negou com a cabeça porque essa era a verdade. Apesar de se sentir confusa com a aparição dele enquanto o céu lhe mostrava os momentos de sua vida – e você se lembrar de tê-los vividos sozinha, você não sentia medo dele ou de toda aquela situação. Pelo contrário, seu coração nunca estivera tão calmo e com um sentimento incrivelmente bom.
– Eu não me lembro de você. Digo, de ter te visto ao meu lado. – foi sincera e estava pronta para se desculpar com ele, não queria magoá-lo. Mas, antes mesmo que você se desculpasse, ele a respondeu:
– Lembra-se de ter me sentido? De ter sentido paz em meio ao caos? Felicidade em meio ao choro? Amor em meio à insegurança? Esperança em meio à vontade de desistir de tudo? – questionou, e parando para pensar naquelas perguntas e nos momentos que viveu... Você assentiu.
Você sentira tudo aquilo durante os momentos difíceis pelos qual passou. Com muita ou pouca intensidade, de forma explicita ou não, você sentira paz em meio ao caos. Felicidade em meio ao choro. Amor em meio à insegurança. Esperança em meio à vontade de desistir, a prova disso era que ainda não havia desistido de nada, mesmo que pensasse seriamente em fazê-lo. Mas... Como? Como ele poderia ser tudo isso se ele lhe parecia alguém como você? Ser humano?
– Como você pode ser tudo isso?
– Porque tudo isso vem de mim. – simplificou mais uma vez. – Eu sou a paz, a felicidade, o amor, a esperança e a vida.
– Eu... – você mesma se interrompeu, pois não sabia o que falar.
Em seus olhos existiam lágrimas e mesmo que já estivesse cansada de chorar e detestasse chorar nas frentes dos outros, o possível choro não te preocupava. Nada te preocupava diante daquele homem. Você se sentia exposta de um jeito muito bom. Ele não parecia lhe julgar, ele apenas... Ele transmitia tudo àquilo que ele dizia ser.
– Você também é a paz, a felicidade, o amor, a esperança e a vida. – apontou, e você permaneceu o observando em silêncio, enquanto o escutava. – Quando se olha no espelho, tu me vês. Quando você sente paz, se sente feliz, sente amor, esperança e fé na vida, tu me sentes. Aquilo que há em mim, há em você desde o dia em que eu e meu pai te criamos.
– Me criou? – perguntou, passando a mão no rosto quando sentiu que uma lágrima escapou dos teus olhos. Teu coração que antes batia acelerado agora batia calmo, como se estivesse tudo bem. Como se todo o seu interior estivesse tranquilo, em paz, sem qualquer receio. Enquanto sentia muito amor vindo daquele homem e das palavras dele.
– Sim, planejamos cada um dos seus detalhes com muito amor e paciência. Te fizemos com as nossas mãos. – revelou parecendo saudoso. – Nós te fizemos a nossa imagem e semelhança. E cá entre nós – apontou dele para você –, achamos que você é um pouco melhor do que planejamos. – ele riu após sussurrar como se te contasse um segredo.
A risada dele lembrava a de uma criança ainda tão inocente com a maldade do mundo. Você riu junto porque fora completamente impossível não fazê-lo, assim como era impossível não sentir-se cheia de amor.
– Estar ao seu lado nunca foi um sacrifício. – ele continuou. O sorriso nunca deixando os lábios dele e o amor nunca deixando seu coração. – Te observar nunca me pareceu um trabalho. Quando estou com você, me sinto mais feliz. E mesmo que você ache que esteve ou está sozinha, isso não é verdade. Nunca foi e nem será. Eu estive e estou com você. E sempre estarei. – prometeu.
E por nunca ter ouvido tanta verdade numa promessa feita a você, e tanto amor também, você chorou. As lágrimas escaparam de seus olhos sem que você as pudesse controlar. Seu rosto foi molhado porque o amor que sentia naquele momento transbordava de você.
Aquele lugar era incrível, os pássaros cantavam ao fundo e o vento ainda tocava a sua pele, mas aquele homem ao seu lado... Ele era ainda mais. As palavras dele soavam com tanta leveza e amor, o sorriso dele te transmitia coisas maravilhosas. E por isso você chorava, porque nunca pensou que fosse encontrar alguém assim em sua vida. Pior, ou melhor, nunca pensou que fosse escutar alguém dizer que estar ao seu lado lhe causava felicidade. E aquela promessa de ficar sempre ao seu lado... Ele falando que te criou com o que havia de melhor nele e em seu pai, que eles te fizeram a imagem e semelhan...
Seus olhos repousaram nas mãos dele que estavam no colo dele, um em cima da outra. Seus olhos observaram desde as unhas curtas, os dedos, o dorso da mão com pelos e as veias altas, até a parte do pulso. Seus olhos se arregalaram e seu choro se tornou mais intenso quando ele virou a mão e expôs pra você a marca que havia no pulso. Era marca de um machucado já cicatrizado. Marca de um furo, como se prego tivesse entrado ali. Você olhou das mãos dele, da marca, para o rosto dele e tudo que encontrou – mais uma vez – foi o sorriso dele.
– Você é...
– Eu tenho alguns nomes. – te interrompeu com calma. – Alguns me chamam de irmão. Outros de melhor amigo, companheiro, parceiro... – riu, se deliciando com aqueles apelidos. Sentindo amor por cada um deles. – Você pode me chamar como quiser. Desde que me chame. Desde que saiba que não está sozinha e que quero ser o seu melhor amigo, é assim que vocês chamam aquela pessoa em que podem confiar plenamente, certo? Pode me chamar como se sentir melhor, desde que tenha em seu coração que te ter por perto é importante pra mim. Desde sinta que estar perto de mim também é importante pra você. Não porque eu te amo, mas porque você me ama de volta. – explicou, parando por um curto momento quando um pássaro pousou na mão dEle. – Eu desejo que você descanse em mim e em meu Pai. Que desabafe comigo os seus problemas, suas conquistas e medos. Que não se sinta sozinha, porque você não está. Eu estou sempre contigo.
– Eu não te mereço. – afirmou, porque era isso que sentia. Sentia o amor, calma e todas as coisas boas que emanavam dEle e por isso, também sentia que não o merecia. Alguém tão errada como você não poderia merecê-lo. Não.
– Os teus erros não te definem pra mim. Se arrependa e peça perdão sincero por cada um deles, e eu te perdoarei. Viva em mim e te ajudarei a não errar novamente. Não chore. – pediu quando tocou em seu rosto com as mãos deEle, os dedos limpando os rastros das lágrimas já derramadas e aquelas que ainda caiam de seus olhos. O toque dele era suave. Era bom senti-lo. – Converse comigo. Se abra. Eu quero saber tudo sobre você.
– Mas você já me conhece. Não? – perguntou sem pensar muito bem.
– Eu te conheço pelos os meus olhos, quero te conhecer pelos teus. Para que juntos possamos te mostrar como eu te vejo, e como você é importante pra mim.
– Você... – ponderou, olhando para Ele, ainda incerta e com um pouco de medo. Não queria que Ele fosse embora após te ouvir. – Se eu derramar o meu coração em você... Você vai cumprir sua promessa? Vai continuar comigo?
– Eu não irei a lugar nenhum. – prometeu, a mão deixando de tocar seu rosto após limpá-lo e secá-lo por completo, logo procurando pela sua mão e segurando-a.
Ter a mão segurada pela d'Ele dava a você a mesma sensação de segurar numa rocha firme. Era como pisar em terra firme após se afogar no mar... Esquece, era muito melhor.
– Eu... Posso ver o seu rosto? – questionou não conseguindo segurar a curiosidade. Será que os filmes, séries e novelas o retratavam do jeito certo? – Se não puder, tudo bem eu...
– E por que não poderia?
Ele riu. E você permaneceu o encarando enquanto o rosto dEle tomava forma, traços eram desenhados, olhos, nariz, bochechas com barba e o cabelo também apareciam. Ele era lindo. Mas, a beleza dEle não vinha da estética e sim do amor que existia naqueles olhos tão brilhantes.
E foi encarando fixamente aqueles olhos brilhosos que transbordavam o mais puro e intenso amor, que eram como uma imensidão de coisas boas para você que os encarava, que você descansou e falou tudo o que tinha preso dentro de si. Apertou a mão dEle em alguns momentos, apenas para se certificar de que Ele ainda estava ali. E Ele estava. Sempre estaria.
Você começou contando tudo de ruim que lhe sufocava, desde as inseguranças até as tristezas. E não se deu conta quando começou a compartilhar todas as coisas boas também. Não se deu conta porque nunca se sentira tão amada e compreendida em toda a sua vida. Porque antes dEle ninguém nunca te olhou, te segurou e te ouviu com tanta atenção e amor. E paciência.
O tempo parecia ter desaparecido enquanto estava ali com Ele, o mundo lá fora também. Só existiam vocês dois e aquele paraíso. E mesmo sabendo que aquela não era sua realidade, que voltaria para o mundo real, você não se importou com isso.
Apenas desejou poder contar com Ele quando estivesse de volta a realidade.
E pôde.
Quando chegou em casa após mais um dia cansativo de estudos na faculdade e responsabilidade no trabalho, você tomou um banho relaxante e vestiu a roupa mais folgada de seu guarda-roupa. Fez uma xícara de café para si, bebeu um pouco da cafeína e logo se deitou no tapete felpudo que continuava lhe dando uma vista perfeita do céu do lado de fora.
Você sorriu antes de qualquer coisa, como sempre fazia quando ficava ali. Seu coração se aqueceu antes mesmo que de sua boca saísse a primeira palavra, e acabou sorrindo ainda mais largo. Respirou fundo e fez o que vinha fazendo há alguns dias...
– Olá, amigão. Hoje o dia foi...
Conversou com aqu'Ele que lhe dava um conforto diferente daquele que suas amigas e pessoas próximas lhe causavam. Conversou com aquEle que não parecia disposto a deixá-la ir, e que se fazia presente em todos os seus dia-a-dia. Você o sentia consigo em todos os momentos.
E se via cada dia ainda mais apaixonada por Ele.
E, bem, a melhor parte dessa relação, que difere de todas as outras que você já teve, é que Ele também é profundamente apaixonado por você.
FIM.
22 de junho de 2020.
N/A: Tem coisas que a gente não explica né? Assim é essa fanfic pra mim. Eu estava completamente sem saber o que fazer com essa música (isso que dá escolher música sem ter ouvido antes kkkk), nenhum plot parecia bom o suficiente e nunca conseguia entender muito bem quem ou o que era essa tal “Dear Patience” que o Niall tanto falava e procurava. Pedi ajuda a algumas amigas, já sabendo que não queria plot romance entre pessoas. Uma amiga me disse que “Amiga, a fic é sua! Você pode colocar até Jesus Cristo nela se quiser!” e o que era brincadeira, se tornou real. Tem coisas que só Ele explica mesmo.
E assim surgiu essa fanfic que se tornou umas das mais especiais que já escrevi até hoje – se não for a mais.
Acho que num momento difícil como esse em que estamos vivendo, no meio de uma pandemia e com tantas perdas e desespero, é importante termos um porto seguro. Não só nos momentos difíceis, é claro. É bom saber que Alguém quer a nossa companhia, quer nos ouvir e nos ama. E Ele nos ama como ninguém, isso eu posso garantir.
Peço desculpas se ofendi a fé de alguém em algum momento de alguma forma, jamais foi a minha intenção. Tudo que eu quis foi passar tudo de bom que Ele sente por cada um de nós.
Espero que tenham gostado tanto quanto eu gostei. Comentem ai embaixo se possível. Beijos e até a próxima. xx