Dear Maria, Count Me In

Escrito por Cah Coca | Revisado por Any

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Capítulo 1

  - Não vou ao show do All Time Low. - Maria disse com raiva. se assustou, como ela poderia negar o pedido da irmã pra ir no show favorito da banda dela?
  - Não entendo o porquê. - disse com soar de tédio, mas no fundo estava desesperada com a notícia.
  - Porque simplesmente eu não quero mais ir. - se virou e saiu do quarto da irmã mais nova.
   bufou, acabara de fazer dezoito anos, mas não tinha carteira de motorista, Maria iria levá-las ao show, mas agora que a irmã pulou fora, ela ficou sem ter o que fazer. As amigas que iriam ao show também iriam com Maria. Ou seja: fodeu tudo.
  - O que eu faço? - se perguntou a menina. Ela andou de cá pra lá no quarto e colocou as mãos no rosto. Ficou ainda mais apreensiva e parou de repente. - Quer saber? Vou ir pra quadra. - e pegou as chuteiras, meiões, shorts e camisa do Brasil.
  As irmãs tinham acabado de se mudar da casa dos pais para um apartamento que ficava no prédio de algumas amigas de . Como a garota era fanática e jogadora de futebol, ficava maior parte do seu tempo na quadra com os amigos que fizera no prédio.
  Desceu e encontrou os garotos jogando a típica pelada, uns com camisa e outros sem camisa, dividindo as equipes. Sorriu vendo que as suas amigas estavam no banco de madeira ao lado da quadra. Claro, nenhuma delas tinha o mesmo amor pelo futebol que , elas tinham um amor por Matheus, o gato do prédio, que no momento estava sem camisa.
   riu da cara das amigas, elas praticamente babavam por Matheus e ele mal percebia.
  - Oi, . - falou olhando rapidamente para a amiga e depois voltando a olhar para o garoto.
  - Oi, gente. - falou gargalhando por dentro. e eram duas marias-chuteiras. Elas se atraiam por jogadores com as coxas mais grossas possíveis, Cristiano Ronaldo e Kaká eram sempre os favoritos.
  - Hey, . - Matheus acenou pra . - Vem jogar! - e também chamou com a mão.
  - Já vou. - ela respondeu sorridente. Foi até o banheiro do prédio, se trocou, calçou as chuteiras e prendeu o cabelo num rabo de cavalo alto.
  - E ai, pronta, melhor jogadora? - Fernando chamou rindo. Sorriu mais ainda, só o futebol a tranquilizava.
  - E em qual time eu vou? - perguntou cruzando os braços.
  - No dos sem camisa, é claro. - Matheus falou a puxando pela cintura, ela o empurrou corada e foi para o lado de Fernando.
  - É claro que vou no time dos com camisa. - falou mostrando a língua para Matheus que lhe devolveu o gesto.
  Começaram a jogar, era realmente boa, não era uma das garotas que sempre procuravam uma desculpa para não fazer Educação Física, sempre gostara de esportes, principalmente futebol, mas também amava música e bandas, como o All Time Low.
  No apartamento, Maria mexia no notebook e ficava de olho no celular. Ela era estudante de publicidade, e tinha uma amiga que é a produtora dos shows do All Time Low no Brasil. A garota estava tentando arrumar um jeito de a irmã encontrar a banda, seria um presente de dezoito anos perfeito.
  O celular toca e Maria rapidamente atende, fala algumas coisas, gesticula, franze a testa, mas termina a ligação com sorriso nos lábios. Havia conseguido colocar no camarim do ATL após o show.
  - Qual é, Matheus? Vai ficar mesmo bravinho por ter perdido pra uma garota? - o provocava, fazendo bico. O garoto a agarrou e a apertou. - Para Matheus, você tá suado e nojento. Credo!
  - Como se você não estivesse assim também. - ele a apertou mais ainda. Ambos riam feito crianças que estavam brincando.
  - Credo, sai Matheus! - ela conseguiu se soltar do rapaz e saiu correndo e o garoto começou a correr atrás dela.
  - Esses dois. - Fernando balança a cabeça negativamente.
  - Ela é uma vadia sortuda. - fala rindo da amiga sendo agarrada pelo amigo. Ela sempre gostou de Matheus e sabia que ele se interessava não por ela e sim pela amiga, mas a amizade com vinha em primeiro lugar.
  - Por que vadia? - Fernando perguntou, quase capotou com o que o garoto disse, mas só manteve a cara de tédio.
  - Me larga, Matheus! - grita risonha, qualquer um que os visse naquele momento poderia jurar que eram primos ou namorados. riu da cena, ela também não ligava para Matheus, ligava mais em seu tanquinho.
  Todos riram do jeito que se esquivou do menino e saiu correndo da quadra, o garoto riu e saiu correndo atrás da menina novamente, não escaparia de seu hug of the bear, não mesmo.

Capítulo 2

  - Oi, Má. - entrou na pequena cozinha do apartamento, onde Maria se encontrava cozinhando.
  - Oi , lavou o cabelo de novo? Hoje já você tinha lavado. - Maria falou séria, mas a irmã mais nova somente sorriu e colocou a mão no ombro da mais velha.
  - Lavei, eu estava um nojo depois do jogo, além do mais, o Matheus me agarrou todo suado, credo! - fez uma careta.
  - Acho que ele gosta de você. - Maria voltou a dar atenção na panela.
  - Aposto que não, aquele lá é um moleque ainda, só quer farrear. - e sorriu. - E também, não adiantaria nada se ele gosta de mim enquanto eu tenho olhos para outro. - disse avoada, apoiando o queixo na mão, que estava apoiada na mesa e olhou para o nada.
  - E eu posso saber quem? - Maria colocou as duas panelas com tampas na mesa.
  - Você não é a minha mãe. - a irmã mais nova falou mostrando a língua marotamente e rui da careta que Maria fez. - É o . - falou começando sorrindo sem graça e começando a corar.
  - ? Que , ? - Maria voltou ao fogão e olhou para a irmã com uma sobrancelha arqueada.
  - Der. - se levantou e foi ao lado da irmã. - O do All Time Low, claro!
  Maria revirou os olhos e colocou duas frigideiras tampadas junto às duas que já estavam lá. As duas sentaram uma na frente da outra e destamparam as panelas.

  - Arroz, feijão, bife e ovos? Fazia um tempão que não comíamos isso. - disse servindo-se. A garota parou repentinamente ao notar falta de algo. - Má, cadê a salada?
  - , eu fiz tudo isso sozinha, você poderia fazer a salada, sim? - sorriu ao ver a irmã mandar-lhe outra linguada.
  - Só porque você é legal, se esforçou e paga as contas daqui. - e levantou em direção à geladeira, pegou a travessa que continha salada e começou a preparar numa tigela de acrílico. - Vai querer também? - Maria afirmou com a cabeça e a irmã continuou. Em poucos minutos uma salada com tomates e cenouras estava na mesa e as irmãs riam, falavam sobre o dia e comiam.
  Naquela noite, enquanto dormia, Maria recebeu uma ligação. A produtora ligou avisando que iria ao camarim do All Time Low, mas em troca Maria seria estagiária da produtora. Claro que a menina ficou feliz, conseguira colocar a irmã no camarim da sua banda favorita e ainda conseguiu um estágio, estava tudo perfeito.

Capítulo 3

  - , anda logo! - falava aflita para a amiga. Todos, , ,   Matheus e Fernando estavam no hall do prédio esperando a atrasada.
   saiu do elevador correndo, Maria estava logo atrás dela e andava tranquilamente.
  - Foi mal, a Maria enrolou muito para se arrumar. Só porque ela não vai acha que pode atrasar a gente! - falou olhando para a irmã com lasers nos olhos, Maria somente sorriu ironicamente.
  - Ok, se é pra levar vocês, eu levo, mas ficar eu não fico, tenho outros compromissos. - Maria disse impaciente girando as chaves do carro no dedo indicador.
  - Só porque você tem carteira e nós dependemos de você para ir ao show, não seria ruim se você fosse um pouco mais humilde comigo né, Maria? - falou sorrindo, também ironicamente.
  - Ok, ok, vamos logo, tenho um trabalho para fazer depois de deixar vocês lá. - falou indo em direção ao portão do condomínio, pois o carro se encontrava estacionado na rua.
  Os seis entraram no carro, era magrinha, assim como , então ambas eram consideradas ?compactas?, e a casa de show não era tão longe a ponto de Maria levar uma multa. Certo?
  - Tá, e agora? - perguntava de braços cruzados à beira da rua, Maria fora multada. Claro que isso tudo era uma grande ironia, só podia, era o que pensava.
  - Olha, seis adultos não podem ficar num carro, os cintos não suportam. Uma pessoa deve ficar. - o guarda falou colocando a mão no bolso do uniforme de PM.
  - Eu não fico. - falou e cruzou os braços.
  - Ok, a Má não pode porque ela é a motorista, e agora? - falou olhando para .
  - Olha, - Fernando começou. - podemos sortear um para ficar. Ou tirar "minha mãe mandou", sei lá.
  - Tá, teremos que fazer isso mesmo, está ficando tarde e a fila vai estar uma droga. - Matheus disse.
  - "Minha mãe mandou"? mesmo? - disse arqueando as sobrancelhas.
  - Eu tenho uma ideia, tenho dados aqui, vocês tiram ?minha mãe mandou? e fazem uma ordem, ou algo assim. Tiramos os dados e vemos quem vai, o último fica. - Maria falou tirando dois dados e entregando um para .
  - Tá, em vez de ?minha mãe mandou?, todos nós jogamos o dado para decidirmos os números...
  - Ah não, quero ser o 3. - falou fazendo bico.
  - ... - Matheus suspirou.
  - Então quero ser o 5, é o número da sua camisa não é Matheus? - falou indo para o lado do garoto.
  - É sim, mas...
  - Então eu quero ser o 5! - falou puxando Matheus para o seu lado.
  - Mas eu disse primeiro! - falou o puxando de volta.
  - Tá, tá, não precisamos brigar, será o 5. - ele falou se desenroscando delas e pegando o dado da mão de . - Serei o 1, Fernando o 2, o 3 e o 4. Caso caia 6 nós tiramos de novo.
  - Ok, vou tirar então. - Maria pegou o dado da mão de Matheus e jogou no livro da faculdade que usou como apoio. - Tá, 1, Matheus, tá dentro.
  - Tá. - o garoto foi para o lado da irmã de .
  Maria jogou de novo, o dado indicou o número 3, fazendo correr para o lado de Matheus, fazendo ficar com cara feia. Maria jogou novamente e deu 2, Fernando caminhou calmamente até o lado de .   Maria jogou o dado pela última vez.
  - , você vem com a gente, , você me espera.
  - O QUÊ? VOCÊ TÁ LOUCA, MARIA? - gritou, seus olhos começaram a lacrimejar, de raiva e de desespero. Ela iria ser literalmente largada na rua pela irmã no dia mais importante de sua vida.
  - , relaxa, eu venho! Faltam só mais alguns quarteirões e eu volto, não se preocupe. - falou entrando no carro. - Fique com o Senhor Guarda que daqui a quinze minutos eu volto. Além do que, são os seus amigos, têm prioridade, já que foi você quem os convidou. Não poderia deixar um deles na rua enquanto você vai para o show certo?
  , deu um beijo no rosto da amiga e entrou. a imitou, mas a abraçou também, minutos depois já estava brigando com para ver quem sentaria ao lado de Matheus. Fernando deu um abraço forte na amiga e sussurrou um ?Eu volto com a Maria se quiser? e sorriu, entrando no carro em seguida.
  - Calma, se quiser, eu e Fernando voltamos com a Maria enquanto as meninas guardam o nosso lugar. - falou dano o meio sorriso, tranquilizando a garota.
  - Não tudo bem, eu peço um táxi se Maria demorar, relaxa. - tentou sorrir, mas não conseguiu. estava muito triste por ficar para trás.
  Matheus não gostava nada de enganar , Maria contara a ele e aos amigos que iria fazer a surpresa à irmã, mas ele não gostava mesmo assim de fingir para a amiga.
  Ela derramou uma gota de lágrima na camisa dele enquanto se abraçavam. Ele afastou o rosto da menina do seu peito e enxugou o rosto molhado dela com o polegar. Matheus realmente considerava mais que uma amiga, muito mais, e estava com muita vontade de beijar os lábios dela.
  Ele foi se aproximando e, quando estava a milímetros da boca de , ela virou a cabeça, fazendo ele beijar a bochecha dela.
  - Matheus, eu te amo, te amo muito. - ela falou olhando séria nos olhos dele, também se separou dos braços dele. - Mas não te amo como você me ama. Você sempre soube que eu gostava do e isso é maior que um simples amor platônico.
  Matheus suspirou, sabia disso, sabia muito bem, sabia tão bem que chegava a machucar.
  - Ok , saiba que eu te amo muito, muito mesmo. Espero que o Senhor Gaskarth saiba da sorte que ele tem. - ele sorriu triste. - Mas saiba que vou te esperar, não importa quanto tempo, ok? - falou beijando o rosto dela.
   sorriu amarelo, queria amar Matheus como amava , mas não conseguia, seu coração simplesmente não deixava.
  Matheus entrou no banco do carona e sorriu para a garota, que sorriu triste para ele. Maria sorriu confiante para e deu a partida, logo se afastou do local onde a irmã mais nova foi deixada.
  - Ok, agora você liga pra produtora e diz que estou indo, . , liga pro número 1 da discagem rápida e fala que a está no ponto de encontro. Só fala isso! - Maria falava aflita. O plano tinha que dar certo.
  - Como você fez os dados darem os nossos números? - Fernando perguntou.
  - Simples, a camisa de Matheus é a 5, fiz ficar com esse número, quero dizer, fiz com que Matheus deixasse ela com esse número. - falou olhando o menino pelo retrovisor.
  - Ai eu e fingimos brigar pelo 5, para acabar com ele. - sorriu vitoriosa para o garoto.
  - E os dados? Como os nossos números caíram? - perguntou Fernando novamente.
  - Dados viciados. Na verdade cinco dados viciados, a cada jogada eu trocava os dados, era para ficar na rua o tempo todo.
  Assim seguiram, Maria levou os quatro até a casa de show, que por acaso estava lotada, mas eles entraram pela entrada dos fundos, de bandas e ficaram no backstage.
   estava roendo a unha, já não aguentava mais esperar. Os quinze minutos viraram meia hora, o que deixava a beira do desespero total. Tentava conversar com o guarda, mas não conseguia manter sua atenção no assunto, sempre pensava que a cada minuto ali, seria um minuto a mais esperando na fila, que já devia estar gigantesca.
  - Acalme-se criança, tudo vai ficar bem. - o guarda falou e sorriu. lhe mandou um sorriso, mas não se aguentava mais de ansiedade.
  Do nada, uma van preta parou na frente da menina e do guarda, só Deus sabe de onde ela veio. A porta lateral se abriu e saíram de lá duas garotas de óculos escuros e roupa de segurança. Antes de falar algo, elas já a seguravam pelos braços e a empurravam para a van.
  - Mas que...
  - Maria, aqui é José, já está a caminho. - o guarda falou no celular e desligou.
  - Legal, ela está vindo. - desligou o celular, Maria. Ela se dirigiu à sala ao lado, onde tinha um banner grande e quatro garotos de Baltimore. Até lá, o plano estava bem.

Capítulo 4

  "Para onde eu estou indo? Por que será que tudo de estranho e bizarro está acontecendo comigo JUSTO HOJE?" Ela se perguntava a todo o momento. Ela estava sentada num banco, tinham colocado nela uma venda de tecido, sua visão estava totalmente bloqueada. Além de suas mãos estarem amarradas.
  - Acalme-se garota, você está chegando. - uma voz feminina falou. deduziu que a mulher estava ao seu lado.
  A van parecia correr, pois ficava batendo contra a mulher ao seu lado e outra pessoa que se encontrava no seu outro lado. Não sabia para onde estava sendo levada, poderia morrer a qualquer hora.
  - Para onde estou indo? - perguntou para a mulher ao seu lado, ela soou trêmula e no fundo, se perguntava o porquê de ela ser a felizarda a ser sequestrada.
  - Para um lugar que você vai gostar. Você merece isso, garota. - a mulher falou de novo. começou a se perguntar se tivera feito inimigos tão perigosos que chegariam a sequestrá-la.
  - Ela está indo, estamos com a garota. - uma segunda mulher falou, deduziu que estava falando num celular, pois ninguém respondeu na van.
  - Ok, obrigada. - Maria falou e desligou o celular. Olhou para os amigos de e riu. e correram para e , nessa ordem. As duas amavam o All Time Low, não tanto quanto , mas amavam. Fernando e Matheus também gostavam da banda, cumprimentaram os quatro e conversaram um pouco, mas Matheus já não se encontrava na sala. Maria deduziu que o garoto foi ver se já havia chegado.
  A van onde estava começou a reduzir a velocidade até parar totalmente. Ouvia-se muita gritaria, como fanáticos no jogo do Brasil que ela teve a oportunidade de ir. Mas eram crianças e adolescentes, seria uma gangue de matadores de adolescentes?
  - Saia, garota. - uma terceira mulher falou, a menina estava a ponto de chorar, continuava com os olhos vendados e as mãos atadas, mas obedeceu a mulher e saiu da van. Uma mão tocou o ombro da menina, ela pensou ?Caralho, vou morrer estrangulada no dia do show do ATL!?. Ela só não sabia que era Matheus que não tinha como não sair para esperar . A menina já derramava uma lágrima de desespero, o garoto, assim que viu que a amiga chorava, secou a lágrima com o dedo, assim como antes.
  - Calma, tudo vai dar certo. - ele falou. paralisou. Ou estava tão em choque com esse sequestro ou Matheus era o seu sequestrador. Ou ainda mais, ele iria matá-la!
  - Matheus, você está envolvido nisso? - ela perguntou em direção a voz do garoto e começou a chorar mais ainda.
  - Sim, . Mas...
  - Matheus, como pôde? - ela disse com a voz demonstrando dor, como o seu melhor amigo poderia ter feito algo assim com ela? Ela fizera algo tão grave para ele que ele precisasse sequestrá-la para se vingar?
  - Matheus, eu te odeio. - ela chorou, como nunca chorou na vida. Justo no show da sua vida, ele sabia que era importante para ela, ele foi tão cruel para fazer aquilo.
  - , me escuta...
  - Se for pra me matar, me mate logo. - ela gritou para ele.
  - Mas ...
  - Calem a boca, vamos logo garota! - a mulher que se sentou ao lado dela na van falou empurrando . Matheus foi atrás das duas, Maria sabia que o garoto provavelmente iria atrás da irmã e avisou para os atores que contratara na noite anterior que ele provavelmente iria aparecer.
   entrou na casa de shows e ouviu algumas pessoas conversando sobre um show que iria acontecer naquela noite e pensou que iria perder o show do All Time Low, não pode evitar ficar pior, seria o melhor de sua vida com a sua banda favorita.
  - ? - uma pessoa falou, um homem. Ela notou o sotaque do homem e se perguntou se o comparsa de Matheus era americano.   - Você é a ? - ela afirmou com a cabeça.
  Uma pessoa desamarrou as mãos dela, mas ela continuou parada.
  - , pode tirar a venda e realizar o seu maior sonho. - Matheus falou baixinho, no seu ouvido.
  A menina tirou o pedaço de tecido dos olhos, sua visão estava desfocada. Esfregou os olhos e olhou para frente. Abriu a boca e quase desmaiou.
   estava na frente do All Time Low, com a maquiagem borrada, mas na frente da sua banda favorita. Ela abria a boca e fechava várias vezes, notou uma pessoa tocar a sua mão e viu que era Matheus, ele estava fazendo parte daquilo. O garoto sorriu e indicou que ela fosse até a banda. sorriu e foi, soltando a mão do menino no caminho.
  - Você então é a , Maria nos contou que você é a nossa maior fã. - falou e deu um meio sorriso, o mesmo meio sorriso que fazia e ainda faz a garota ter arrepios na nuca. - Você é mais bonita que eu imaginava. - ele falou e riu fraco.
  - Obrigada. - ela falou envergonhada. - Você é a minha inspiração.
  - Obrigado, mas a banda toda deve levar crédito não acha? - ele riu e começou a ficar vermelha.
  - Desculpe. - falou para , e . - Quis dizer ao mundo, sério. Que acho vocês a banda mais foda do mundo, sério. - ela falou e os três sorriram.
conversou com os quatro, foi cantada por , o que deixou ela ainda mais apaixonada por ele e ganhou palhetas e baquetas da banda.
  - Maria é uma ótima pessoa, tem sorte de ser irmã dela e temos sorte dela ser parte da nossa produtora aqui no Brasil. - falou.
  - Maria? Conhecem Maria? - perguntou confusa. Maria também estava nessa?
  - Claro, ela que armou essa para você. - falou e riu. - Nós adoramos surpresas, me lembra o tempo em que nós fazíamos para nossos amigos quando a banda estava no começo e conseguíamos colocá-los nos backstages das bandas grandes.
  - Legal, eu queria poder fazer isso. - falou surpresa.
  - A partir de agora, já tem lugar no camarim quando viermos para cá. - falou sorrindo.
  Conversaram bastante, até que a banda teve que sair para atender alguns ganhadores de promoções.
   viu o show do palco, ao lado da bateria, assim como os amigos. Os ingressos deles foram vendidos e o dinheiro doado para a caridade. ainda conseguiu ganhar a camiseta que usou no show, suada, mas ainda assim de . Maria, e os amigos dela foram até o hotel da banda e passaram a noite lá, mal pode acreditar que iria dormir no quarto ao lado da de !
  No dia seguinte a banda iria deixar a cidade, estavam todos no aeroporto, no setor de embarque.
  - Bom, espero que a nossa maior fã não nos abandone. - disse simpático e somente negou com a cabeça. - Sentirei sua falta, . - ela ficou vermelha, assim que ele falou a última palavra.
  - E eu a sua. - falou para ele triste. - De todos vocês. - falou para a banda e o crew.
   não saia de perto de e até que ele gostou, ficou tão amiga de que a amizade tinha passado dos limites, tinha até os pego "perto de mais." Mas ela e ficaram conversando sobre muitas coisas, ele era o seu ídolo e ficou ainda mais, e ela o tinha atingido, o que não acontecia fazia uns tempos.
  Na despedida, Maria falou com Matt, o empresário, e falou que iria para NYC em alguns meses, já que ele gostara do trabalho da menina e queria ela como estagiária de tours. Ela somente disse que assim que tivesse um tempo, ligaria para ele e marcaria uma reunião na cidade da Estátua da Liberdade para fazer um acordo.
  - Então, vamos? - Vinny, o amigo da banda que vendia a merch, falou se encaminhando para a porta de embarque, o crew foi atrás e sobrou somente a banda, os amigos de , ela e Maria.
  - Bom, vamos, ou perdemos o avião. - disse e se virou para . - Conversamos por twitter ok? - ela concordou com a cabeça e se abraçaram.
  - Tá, vamos. - falou e beijou no rosto, fazendo a mesma ficar corada. - Nos vemos em outro show né? - ela sorriu e deu um selinho nele, fazendo todos ficar boquiabertos.
  - Que foi? Isso foi inocente tá? - ela falou rindo e também sorriu, devolvendo o selinho.
  - Isso também. - e riram, fazendo os outros ficarem assustados.
  - Tá bom, melhor irmos, antes que isso passe do inocente. - falou e deu um abraço em . - Não vou te esquecer, pode ficar tranquila. - falou no ouvido dela, os pêlos da nuca da menina de eriçaram e ele a soltou, indo em direção a Matheus.
  - Cuida bem dela viu? - falou brincando, e apertaram as mãos.
  Ao se despedirem, pegou o celular e entrou no twitter. Sorriu ao ver o tweet de .
  "Esse nosso último show foi insano! Brasil, nós amamos você! Nunca iremos esquecer os amigos e amigas que fizemos ai!"
  Ela sorriu sozinha. Colocou o fone do iPod e o ligou. Começou Dear Maria, Count Me In.
  O show do All Time Low fora inacreditável, mas o mais inacreditável foi o plano da irmã. Maria sempre fora louca, mas a loucura mais incrível que ela já fizera foi de longe essa surpresa para .
  Ela foi até Matheus e sorriu para ele.
  - Me desculpe por ontem, desculpe mesmo, não sabia do plano mirabolante de Maria.
  - Tudo bem, você não tem culpa. Irei cuidar de você até você encontrar de novo. - sorriu.
  Matheus sempre foi o seu amigo, desde que se conheceram, e sempre será o seu melhor amigo.
   estava indo embora, ela iria lembrar daquele dia para sempre. Pegou o celular e twittou.
  "Melhor dia da minha vida, os amigos que fiz nesse show serão para a vida toda."
   a seguia, ela o seguia, ele saberia que aquele tweet era para ele. Ela o esperaria, esperaria como fã e como mulher, não importa quanto tempo precisasse, esperaria.
   abriu o twitter pela última vez e viu um tweet que postara há um minuto.
  "Querida Maria, conte comigo, e isso é sério!"
  Sorriu e cantarolou com a música que tocava nos seus ouvidos "Querida Maria, conte comigo."

FIM



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