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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

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Darko

Escrita porPams
Revisada por Natashia Kitamura

1 • A FUGA

Tempo estimado de leitura: 10 minutos

Perm, Rússia

  Outono de 2016
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  Eu já não sabia o que fazer nem como me esconder daqueles homens, quando, acidentalmente, entrei na floresta Chernyayevsky. O barulhos das folhas secas pelo chão iam surgindo a cada pisada minha sobre o solo. O meu desespero só crescia dentro de mim, lágrimas escorrendo em meus olhos, sem direção certa para ir. Até que um homem robusto surgiu de repente diante de mim, fazendo-me trombar nele. O impacto do encontro de nossos corpos, devido a velocidade em que eu estava, me fez perder o equilíbrio e cair consequentemente.
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  — Você. — sussurrei ao reconhecer o rosto de um dos meus perseguidores.
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  — Achou que conseguiria escapar? — ele deixou transparecer um breve sorriso superior, se aproximando de mim, pegou-me pelo braço erguendo meu corpo — Agora você vai pagar pela traição do seu pai.
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  — Por favor! — implorei para que me soltasse, deixando algumas lágrimas rolarem pela minha face — Por favor!
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  O homem não tinha nenhum traço de compaixão em seu olhar, logo seu comparsa nos alcançou, estava com a arma na mão engatilhada. Neste momento, minha mente só conseguia se lembrar das palavras de meu pai, dizendo o quão curta a vida era, para não se viver livremente. Um frio na espinha tomou conta de mim, juntamente com a sensação de que aquele seria meu último suspiro, assim que o homem robusto me deu o primeiro soco.
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  Eu não sabia se estava viva ou morta, mas uma coisa eu sentia, meu corpo latejar de dor de forma descomunal. Tentei abrir meus olhos, porém, um peso pareceu estar sobre eles, minha cabeça rodando, gosto de sangue na boca. Se estava morta não deveria sentir isso, queria chorar ainda mais, contudo, até mesmo isso parecia doer. Minha audição, ainda que abafada, me permitia ouvir numa baixa frequência os sons que surgiam.
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  — Oh céus, o que fizeram com ela? — disse uma voz feminina, parecia em choque com o que via.
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  Certamente falava de mim. As dores em meu corpo demonstravam isso.
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  — Quando a encontrei, parecia estar morta, mas percebi que a respiração estava baixa, por isso a trouxe. — uma voz masculina ficou mais nítida, era firme e pouco rouca — Você consegue salvá-la, doutora?
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  — Não sei, posso tentar, teremos que fazer alguns exames para ver como seu corpo está por dentro. — respondeu a mulher, seu tom preocupada exalava em sua voz — Não prometo nada, aparentemente, o estado dela parece muito grave.
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  — Conto com suas habilidades, das quais sempre ajudaram a Darko. — completou ele.
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  Instantes depois, o som de uma porta se fechando soou, e logo meus sentidos foram ficando fracos, assim como a dor, até que perdi a consciência novamente.
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  — Hum… — resmunguei sentindo a boca seca.
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  Uma dor latejante nos olhos, um peso em meu corpo. Ergui minha mão, tocando em meu braço, sentindo agulhas em mim, me movi mais um pouco e toquei minha face, havia uma faixa de atadura sobre meus olhos, o que explicava tudo escuro para mim.
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  — Olha só, nossa paciente está acordando. — disse a voz que já reconhecia como a da doutora — Olga, quero que monitore seus batimentos e as atividades cerebrais, não podemos deixar nada passar.
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  — Sim, doutora. — a outra mulher possuía a voz mais baixa, porém ainda assim nítida — Mais alguma coisa?
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  — Chame o capitão Bellorum. — respondeu a doutora. — Diga que a paciente está reagindo aos estímulos.
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  Estímulos? O que eles estavam fazendo comigo?
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  — Paciente, consegue me ouvir? — perguntou a doutora após a movimentação de saída da outra mulher.
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  — Hum… — resmunguei tentando destravar minha língua. — Onde… Estou?
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  — Você está segura, criança. — disse ela mantendo o tom sereno.
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  — Não... Sou... Uma... Criança. — retruquei forçando meu corpo a reagir e se mover — O... Que... Fizeram... Comigo?
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  — Nós te ajudamos. — respondeu — Consegue se lembrar quem é?
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  — Não... Vou... Dizer. — retruquei.
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  — Então consegue. — concluiu ela.
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  — Onde... Estou? — insisti, sentindo-me mais cansada a cada vez que forçava falar.
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  — Descanse, quando estiver pronta, saberá. — esta foi a palavra final dela, até que tudo ficasse silencioso novamente e escuro.
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  Percepção do tempo eu já não tinha, mas havia gravado as vezes que a tal Olga se aproximava para medir minha pressão, tirar sangue, conferir meu prontuário. A faixa se mantinha em meus olhos, tudo escuro, entretanto, minha audição parecia mais limpa e clara, o que ajudava a situar o que acontecia ao meu redor. Foram longos dias, até que finalmente recebi a tão esperada visita do tal capitão Bellorum, que, para minha surpresa, era o dono da voz masculina que me resgatou.
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  — Senhorita. — disse ele.
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  O som de seus passos se aproximando me despertaram.
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  — Você… — sussurrei.
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  — Como está se sentindo? — perguntou ele.
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  Senti sua parada ao lado direito de mim. Movi meu rosto em sua direção.
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  — Quem é você? — por mais que me esforçava, minha voz continuava baixa.
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  — Sou a pessoa que te salvou. — respondeu subjetivamente.
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  — Por que não me deixou morrer? — continuei.
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  — Porque todos têm direito a vingança. — continuou.
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  — Onde estou?
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  — Em um lugar seguro. — disse.
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  — Isso já me disseram. — controlei um pouco minha raiva — Mas não acredito.
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  — Meu nome é %Nikolai% Bellorum. — iniciou ele — A agência para qual eu trabalho, nos proporcionou a chance de te resgatar e ajudar.
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  — O que fizeram comigo?
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  — Te induzimos ao coma, sua cirurgia reparatória foi complexa e demorada, você tinha quatro costelas quebradas, fratura exposta na perna esquerda… — ele deu uma pausa — Seu rosto também estava deformado, foi mesmo um milagre ainda estar viva quando te achei.
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  — O que fizeram comigo? — repeti a pergunta, controlando o desespero.
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  — Te consertamos, mas não 100%. — finalmente respondeu o que queria.
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  — Como?
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  — Minha agência respeita o conceito de livre arbítrio, por isso estou aqui para perguntar se você aceita participar do projeto Alpha. — explicou ele. — Você pode continuar vivendo como está, vai se recuperar, mas terá muitas sequelas, e sua visão é uma delas.
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  — O que aconteceu com a minha visão?
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  — Eles arrancaram seu globo ocular. — ele não mediu palavras para me responder. — Como eu disse, foi um milagre ainda estar viva.
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  Eu senti uma náusea repentina. Meu estômago se embrulhou só de imaginar aqueles homens fazendo isso comigo. Lágrimas se formaram no canto dos meus olhos, me fazendo sentir um ardor na região.
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  — O que seria esse projeto? — indaguei.
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  — Você será modificada completamente, vamos refazê-la por completo agora. — explicou ele. — E lhe dar uma nova visão, tudo por meio da tecnologia.
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  — Vocês conseguem fazer isso? — não conseguia acreditar em suas palavras.
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  — Sim.
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  — E o que vai me custar?
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  — Sua lealdade à minha agência, sem contestações. — respondeu prontamente.
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  — O que vai acontecer depois que me modificarem? — perguntei.
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  — Você passará por um treinamento, físico e mental, para resistir a qualquer tortura que puderem fazer com você novamente. — continuou. — Você aceita?
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  O que eu teria a perder? O que eu teria a ganhar? A única coisa que permanecia em minha mente de tudo que ele falou, era a palavra: Vingança.
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  — Aceito.
  — Será ainda mais doloroso. — alertou ele.
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  — A dor se tornou minha melhor amiga. — assegurei com firmeza.
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  — Que assim seja. — concluiu ele — Hoje mesmo a doutora Irina Baker iniciará sua entrada ao projeto Alpha.
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  Só levou algumas horas para que a doutora Baker organizar a sala de operação e me preparar para a segunda cirurgia. Minha recuperação total levou cerca de duas semanas, comigo em um quarto isolado, recebendo minhas refeições pontualmente e tendo alguns auxílios de Olga. Eu tinha que me locomover sozinha e precisava memorizar o espaço para não trombar nas paredes.
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  Pela manhã no décimo quinto dia, me reuni com a doutora Baker e o capitão Bellorum. Seria o teste da minha nova visão e finalmente Olga pode tirar as ataduras dos meus olhos. Um frio na barriga me veio, assim como as lembranças do dia que quase me mataram. Eu era uma garota inocente que apenas se tornou o alvo por uma traição do pai.
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  Me colocaram diante de um espelho. Respirei fundo e abri meus olhos lentamente olhando aquele novo rosto à minha frente. Eu estava irreconhecível, bem nítido isso. Toquei de leve meu rosto reprimindo as lágrimas que formavam no canto dos olhos. Jurei a mim mesma que não choraria mais por causa disso.
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  — Quem era você? — perguntou a doutora Baker.
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  — Natasha Ivanov. — respondi com um aperto no coração.
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  — Esta mulher agora está morta, a partir de hoje, quem está refletida nesse espelho é %Nissah% Petrov, a agente alpha da Darko.
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“Você vai se machucar! Fuja ou você vai se machucar!
Às vezes ser corajoso demais pode ser ruim.”

- Face / Nu'Est

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Lelen

AI SOCOOORROOOO, AMO UM SCI-FI. Pera, Natasha a Viúva Negra? :O

Gente, que babado!

Vou acompanhar a história porque sim! Louca para saber o que vai rolar <3

Pâms

<3<3<3 também gosto de sci-fi!! 
então, eu não tinha pensado nessa referência da viúva negra, mas amei ter chegado nela <3<3<3 Obrigada por ler, acompanhar e comentar!! espero que goste dos capítulos a seguir <3<3<3

Julia N.

Tô aqui esperando semana que vem para ler a att o que será que vai de diferente depois da intervenção no corpo??

Pâms

Será o que né??!! Muitas mudanças para nossa pp.
Obrigada por ler e comentar Julia!!! <3<3<3<3
espero que goste dos próximos capítulos.

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