Damned If You Do? Merry Christmas!

Escrito por Bee | Revisado por Lelen

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Prólogo

  E com o corpo trêmulo, meus dedos se cruzaram aos de Zack durante todo o tapete vermelho da igreja. Alguns convidados, a maioria amigos dele, nos encaravam com  um sorriso nos lábios.
  Lá na frente, Jack nos esperava com as alianças em seu bolso. Optamos por não termos padrinhos, só o tal ‘pajem’, que no caso, era Jack.
  Após algumas palavras do juiz todo o meu nervosismo havia desaparecido completamente.
  Hora ou outra eu virava o meu rosto e no mesmo instante Zack me encarava sorrindo, estampando aquelas covinhas nos cantos das bochechas. Joguei um fraco beijo no ar e voltei a minha atenção, no exato momento em que deveria começar meus votos. Perdi novamente a calma e voltei a tremer. 
  - Eu escrevi algo pra você, mas no meio dessa confusão toda eu não faço a menor idéia de onde o papel possa ter ido parar. – Olhei para todos à minha volta e eles sorriam. Talvez pelo estado em que eu me encontrava; Vestido encharcado, marcando o mapa do tesouro desenhado em minhas pernas, vulgo, celulites, maquiagem borrada e projeto de cabelo arrumado – E eu acho que na verdade eu não preciso de muito, Zack. Talvez eu te ame desde quando pus meus olhos em você primeira vez. E depois fui re-apaixonando todas as outras vezes que te vi. – Passei meu indicador por debaixo dos meus olhos, secando rastros de lágrimas que escorriam por ali. – Eu não preciso de um projeto de vida. Colocar num papel tudo que eu quero realizar, eu vou deixando que tudo vá se realizando da sua maneira, e com você ao meu lado. Tudo o que eu pensei em fazer até hoje seria por mim, pra mim, agora será por nós. Você é um pedaço da minha vida, você é a minha vida e nada que eu diga vai justificar tudo o que eu sinto, e tudo o que você é e significa pra mim.
  - Como ser canalha. – Jack sussurrou do canto do altar, fazendo todos olhar em sua direção e rir – Desculpa. – Seus ombros se levantaram e novamente a atenção foi voltada a mim.
  - Você acreditou, confiou em mim desde o começo. Foi o meu melhor amigo, o meu apoio principal. Com você eu perco a razão e me torno a pessoa mais inconseqüente do mundo, e... E é isso. É você, tinha que ser com você. Zachary, presta atenção mais uma vez no que eu vou te dizer, porque essa é a última vez que vou falar em público. – Ele riu e se aproximou de mim, apoiando suas mãos sobre minha cintura. – Eu te amo muito, muito e muito.
  Sob aplausos de todos na igreja, ele me levantou do chão e me prensou contra seu corpo, dando um beijo demorado em minha bochecha direita antes de me colocar novamente ao seu lado.
  Então Zack tirou um pedaço de papel do bolso do paletó e desenrolou-o devagar, e com calma, quase parando começou seus votos.

01.

  Não anda sendo fácil conciliar a vida de profissional, esposa e mãe. E tenho dito isso há quase 15 anos. E as coisas pioraram há três, com a chegada da caçula, .
  Mimada, chorona e paparicada demais pelo pai. Isso significa que, quando ele não está em casa, o trabalho dobra. Ela não dorme, toma mamadeira e nem banho sem antes falar com Zack pelo telefone.
  , o mais velho anda numa fase difícil, que oscila entre a teimosia e a preguiça aguda. Não que ele seja um mau filho, eu não posso reclamar quanto a isso, mas ele apronta umas que admito, dá vontade de colocar num castigo eterno, tipo, colocar sentado no tapete do castigo e não tirar nunca mais.
  Há dois anos que Zack e eu planejamos passar as festas de final de ano no Brasil, mas sempre aparece um contratante de última hora que ferra com tudo. E esse ano, especialmente, conseguimos conciliar as nossas férias com as das crianças.
  Enquanto brincava no tapete da sala de tv, passei o blue-ray do casamento para fazer uma cópia extra, para que eu possa levar para que os parentes brasileiros, que ainda não tenham visto, poderem ver.
  - Você não se cansa de assistir a esse vídeo, mãe? Até eu já decorei isso tudo. São quase quinze anos assistindo isso. Acho que você e meu pai precisam se casar de novo, pra ter outros filmes assim pra gente assistir.
   entrou na sala de vídeo, se jogando sobre o tapete vermelho felpudo, se sentando ao lado de , a irmã mais nova.
  Abaixei a cabeça, olhando em sua direção enquanto ele pegava um chocalho da menina, brincando com a ela.
  - Você não me engana, garotinho. Vai, fala o que você quer.
  Pausei o vídeo da televisão e me virei à sua direção.
  Seus olhos verdes me encaravam e um sorriso se formou em seus lábios, revelando covinhas nas bochechas, também herdados de Zack.
  - Seguinte, mãe. – Ele segurou no colo e caiu na gargalhada, e suas gargalhadas quase sempre significavam nervosismo, e esse menino aprontou alguma coisa.
  - Coisa boa não é, mas vai, manda Merrick.
  - Eu não quero passar o natal no Brasil. – Seu sorriso foi se desfazendo aos poucos, na medida que meu cenho ia se franzindo, encarando-o.
  - Você falou isso com seu pai?
  - Falei. – Ele bufou, murmurando algo incompreensível – E ele me mandou falar com você.
  - Ótimo. E minha resposta é não.
  - Mas mãe...
  - . Sua mãe falou que você vai, então você vai. - Zack apareceu pela porta dos fundos, jogando sua jaqueta por cima do sofá enquanto se aproximava de mim. Me beijou a testa. Dando a volta pelo sofá, foi até onde e estavam e pegou a menor do colo do irmão. – E como essa boneca ta linda hoje. – Ele passou seu nariz pelo da menina, fazendo-a gargalhar.
   permaneceu sentado sobre o tapete, olhando emburrado enquanto o pai brincava com a irmã.
  - Eu queria ficar com o meu padrinho esse ano. – murmurou, apoiando a cabeça no encosto da poltrona.
  - Jack? Jack vai viajar com a Cora e o Edwin, . – Zack puxou o boné do filho, bagunçando seus cabelos – Quer ir dar uma volta lá fora?
  - Skate? – murmurou, recebendo um aceno de confirmação.
  - Bora. Mas sem roubar. – Zack se levantou, deixando sentada ao meu lado. Beijou o topo da cabeça da menor e me deu um selinho demorado, seguido de uma mordida na minha bochecha e saiu.

02.

  Enquanto eu terminava de arrumar as malas de viagem da família Merrick, Zack entrou no quarto falando no celular. Ele se sentou ao meu lado na cama e enquanto eu terminava de colocar tudo no corredor, para levá-las pra baixo, ele desligou o celular e me olhou com sua aparência de preocupação.
  - O que aconteceu? – Me sentei em seu colo e beijei sua bochecha.
  - Vazaram com todas as nossas informações da viagem, . A imprensa toda está sabendo horários de vôos, escalas, tudo.
  - E agora, Zachary? Vamos trocar as passagens, viajar dia 23?
  - Não podemos, ainda tenho um show no dia 23. Vamos precisar ir dia 24 mesmo ou dia 25.
  - Não. Eu não vou dia 25. Vamos normalmente dia 24. E se tiver aquela bagunça toda, foda-se. – Dei com os ombros antes de Zack me puxar com ele para cima da cama.
  Passou seus braços em volta do meu corpo, prendendo minhas pernas com as suas. Beijou todo meu rosto, mordendo minhas bochechas hora ou outra.
  Resmunguei e pedi para que ele parasse, em vão.
  - Você já fez seu pedido para o papai noel? – Zack colocou seu nariz próximo ao meu e roçou-os.
  - Na verdade eu pedi. Mas não agora, fazem três meses. – Mordi meu lábio inferior, segurando o riso.
  - E eu posso saber o que foi que você pediu? Porque há três meses...
  Zack ia explicando sua teoria para que Papai Noel outubro não existe, quando se deu conta do pedido e parou de falar. Me encarou com seu cenho franzido, mordeu o lábio e esperou que eu dissesse algo.
  - Eu falei alguma coisa de errado, amor? – Abri um sorriso, e me virei na cama, ficando de barriga pra cima.
  - Falou. Eu não gostei de saber que você encomendou seu presente de natal e não me falou nada. Eu não gosto de surpresas, você sabe disso, .
  Arqueei a sobrancelha e me levantei na cama, ficando sentada enquanto encarava Zack.
  - Eu vou precisar desenhar pra você?
  - Não. Você não sabe desenhar nem bonecos de palitinhos. Não quero saber de seus desenhos.
  Rolei na cama e me aproximei de Zack, deitando em seu colo. Passei as duas pernas em volta do teu corpo e apoiei minhas duas mãos em seu peito e meu queixo sobre ela, encarando-o.
  - Você é uma pessoa realizada, Zack? – Sorri fraco, beijando sua mão que agora se apoiava sobre a minha.
  - Em todos os aspectos. Por que?
  - Porque eu me sinto assim também, todos os dias. – Sorri, recebendo um selinho demorado – E você acha que dois filhos são suficientes pra você?
  - Acho. – Zack riu, colocando as mãos sobre o rosto – , vocês três são as razões por estar nascendo cabelos brancos na minha cabeça. Eu não saberia dar conta de mais preocupações.
  Caímos juntos na risada e eu continuei encarando-o.
  - Eu tenho uma coisa pra te contar, espero que você não surte. Na verdade eu tenho medo de te contar e...
  - Conta logo, . – Ele segurou em meus braços e os acariciou.
  - Nós vamos ter gêmeos, Zack. São mais dois a caminho.
  Enquanto me repreendia, nervosa, o sorriso de Zack se abriu, fazendo com que os cantos de seus lábios quase tocassem as orelhas.
  - Você só pode ta brincando com a minha cara, . Você não ta falando sério.
  - Não, isso é sério. Eu...
  Fui dar uma justificativa sobre eu só ter dito a ele agora, mas fui surpreendida pelos seus lábios sobre os meus. Seus braços se apertaram em minha cintura e então fui puxada para o meio da cama, onde Zack me deixou de costas, encarando-o. Dobrou os joelhos sobre o colchão, deixando as pernas esticadas rente ao meu corpo. Aproximou sua cabeça da minha e me beijou.

03.

   terminava de se arrumar em seu quarto, terminei de arrumar suas mochilas deixadas sobre a cama.
  - Você tem certeza que vamos viajar hoje, mãe? Vamos amanhã.
  - , pelo amor de Deus garoto, pare de reclamar e termina logo de se arrumar. Seu pai logo chega.
  - Vocês só estão pensando em vocês dois. Estão tirando a minha liberdade de escolha. - Sem dizer mais nada, pegou o gorro que estava sobre a cômoda e saiu do quarto, batendo a porta com força.
  - Adolescente mal criado, volta aqui já. – Me levantei rapidamente da cama, puxando a porta do quarto e seguindo corredor a fora em direção ao garoto.
  Enquanto descia o primeiro lances de escadas, Zack abriu a porta da sala de estar, acompanhado por Jack. Em seus ombros, um pinheiro mediano, amarrado por cordas resistentes que deixam seus galhos levemente formados.
  - Sua encomenda está entregue patroa. – Jack riu, se dirigindo até mim, sem encostar seu corpo sujo no meu, beijou minha bochecha – E posso saber por que um certo rapazinho saiu feito um foguete em cima de um skate pela rua?
  - É besteira, Jack. Nada com que devemos nos preocupar. Ele só não quer viajar no natal.
  - Então deixe ele comigo, eu cuido dele. – Jack sorriu, olhando para Zack que me retribuiu o olhar.
  - Eu adoraria dizer sim, mas minha resposta é não. É natal, então ele vai com a gente sim.
   me chamou no quartinho de brinquedos e fui correndo socorrê-la, deixando que Jack e Zack deixassem o pinheiro pronto para receber a decoração.

04.

  Um funcionário do aeroporto nos ajudou com o processo de translado. Há alguns dias todas as informações a respeito de nossa viagem de natal haviam vazado na imprensa, então, alguns jornalistas faziam plantão desde então no aeroporto.
  Zack segurou no colo e cobriu sua cabeça para que ela não ficasse resfriada com a quantidade de neve que caía.
   não fazendo questão da viagem, e para provocar a mim e Zack, fez questão de não só acenar para os paparazzi, como também desceu para cumprimentá-los. Já podia imaginar o burburinho que não seria amanhã nas bancas de jornal, com as fotos de nossa passagem pelo local, e também pela simpatia, se assim podemos chamar, de Merrick.
  - , ! – Ouvi alguém me chamando e me virei para verificar.
  - Peter! – Ajeitei minha bolsa em meu ombro e me virei, retornando ao lugar de onde o rapaz me chamou. Esse rapaz cujo era meu chefe – Você não vai me dar tranqüilidade nem às vésperas do natal? Estou de férias, cara.
  - . Seguinte, a chefe-mor quem me mandou aqui para uma entrevista rápida. Eu sei que Zack vai ficar bravo, mas faz isso por mim, vai?
  - Eu não posso. Estou indo pro Brasil, meu vôo vai sair daqui a pouco. – Apontei pra Zack, que me esperava próximo à porta de embarque.
  - Merrick, juro pra você que é muito rápido. Vou até começar. – Ele apontou o microfone e desembuchou – Quantos dias você pretende ficar no Brasil?
  - Quinze dias. Eu e Zack conseguimos tirar férias juntos. Então vamos aproveitar um pouco por lá.
  - E esse vestidinho Versace realçando suas belas curvas, o que você andou fazendo nesse pré-feriado? Praticou bastente boxe?
  - O suficiente para entrar no vestido.
  Nosso vôo então foi anunciado, então dei um breve beijo em Peter, me desculpando e voltei correndo para próximo à Zack, que segurou em minhas mãos e me guiou até o avião.
   e estavam devidamente acomodados em suas poltronas. Ele com seus fones do iPod nos ouvidos e ela segurando o copinho de suco, que Zack havia entregado a ela antes de sairmos de casa.
  Enquanto sintonizávamos a pequena TV de bordo, deixei por alguns instantes no canal E! e não me surpreendi quando vi minha imagem e de minha família no canto direito da tela enquanto Ryan Seacrest comentava sobre meu Versace, dando uma leve ênfase para a saliência por debaixo do tecido preto.
  - Zack. Você comentou com alguém? – O cutuquei, apontando para o monitor.
  - Não. Mas o que estão falando? – Ele sintonizou no canal e pôs seus fones no ouvido. Hora ou outra me encarava com um leve sorriso nos lábios.
  ‘ Merrick. Nossa querida editora-chefe do E!News, esposa do músico Zack Merrick e amiga particular de Khloé Kardashian, grávida do terceiro filho?’
  As palavras que eu menos pretendia ouvir no momento. Segurei trêmula nas mãos de Zack, que logo me puxou para próximo de seu corpo, ajustando minha cabeça em seu peito enquanto acariciava meus cabelos.
  - Eles não sabem de nada, amor. Você não precisa ficar assim. – Ele sussurrou antes de beijar o topo da minha cabeça.
  - Eu não quero que ninguém saiba por enquanto. Quando chegarmos, é outra história, mas por enquanto quero que isso seja sigiloso.
  Antes que o avião decolasse, peguei meu celular que estava perdido dentro da bolsa e liguei para minha advogada e agentes, ordenando que qualquer especulação fosse dada como sem autorização de pronúncia, para que assim todos os rumores pudessem ser afastados de vez.
  Então os motores foram ligados, portas estavam e automáticos e estávamos prestes a passar as quinze horas que antecedem a véspera de natal no avião.

05.

  Meu pai foi nos buscar no aeroporto. Embora nos falássemos sempre, nosso abraço de saudade deve ter durado alguns curtos vinte minutos, pois precisou de puxar as barras de meu vestido para que eu desse conta de que todas as nossas malas, bolsas e já estavam dentro do carro, para que pudéssemos finalmente ir pra casa.
  Uma festa se iniciou no momento que pus os pés na porta da sala.
  Todos os parentes reunidos, esperando por nossa chegada.
  Por algum tempo a adaptação com as crianças e Zack foi um pouco demorada, pois embora eles sejam criados com as duas línguas, o sotaque dificulta um pouco o entendimento.
  Minha mãe nos acomodou em nossos quartos, permitindo que nos sentíssemos em casa.
  Tomamos banho e dormimos até aproximadamente a hora da ceia.
  Toda a família acomodada pela casa. A todo momento os convidados chegavam e iam acomodando seus presentes embaixo do enorme pinheiro verde musgo que estava posto ao lado da escadaria.
  À medida que a meia noite se aproximava, mais meu coração se acelerava e uma emoção sem explicação tomava conta de mim.
  Há algum tempo uma sensação de solidão nos natais tomavam conta de mim. Por mais que eu estivesse sempre cercada de pessoas especiais, nada se comparava com a sensação de estar em casa, com a minha família.
  E todos gostavam de Zack. Embora ele fosse quem é e fizesse o que faz, desde sempre a empatia com ele foi a melhor possível, e ele também gostava desse clima, assim como eu.
  O sino da igreja central ecoou as doze badaladas, anunciando a chegada no Natal.
  Em volta da mesa da ceia, todos presentes deram as mãos e em uma oração baixa, agradeceram e fizeram seus pedidos.
  As crianças corriam de um lado para o outro, fazendo com que algumas pessoas achassem graça e soltassem um riso.
  Minha avó, levantando sua taça de cristal com suco de uva, levantou um brinde e deu menção para que a partir daquele momento cada um comemorasse do seu jeito.
  Todos então saímos pelos cômodos, abraçando e cumprimentando todos presentes, fazendo felicitações.
  Alguns mais emocionados com o momento se permitiam chorar na frente dos parentes, sendo consolados por uns ou outros.
  Após os nervos se acalmarem, hora dos presentes.
  As crianças foram as primeiras a ter seus embrulhos abertos. Zack entregou a uma boneca que fala, anda e faz xixi na roupa, o que achei um pouco exagerado pela idade dela, enquanto ganhou seu laptop novo, já que o antigo queimou um pouco antes de viajarmos. Seu padrinho, Jack, depositou em sua conta uma quantia de dinheiro para que ele comprasse seu próprio presente, mas essa parte, ele só saberia quando voltássemos para casa.
  A ceia se estendeu noite a fora. Os mais alterados iam se retirando aos poucos, sem o trabalho de despedir, afinal, logo estariam de volta para o almoço, e então poderiam se desculpar.
  - Você estava linda hoje, amor. – Zack sussurrou enquanto nos levantamos para levar as crianças para os quartos.
  - E você é lindo sempre, amor. Sempre. – Beijei seus lábios de leve enquanto envolvia seu corpo em um abraço.
  Então, Zack levou suas mãos para trás, encaixando-as nas minhas atrás de seu corpo.
  Sutilmente, segurou um de meus dedos e de leve introduziu um objeto, logo deixando meu dedo livre.
  Soltei meu braço, e levei minha mão ao meu campo de visão, notando um anel com uma pequena pedra azul que brilhava no contraste da luz.
  - Eu te amo. – Sussurrei e sorri em agradecimento, recebendo um longo e demorado beijo.

Epílogo

  E logo que o avião aterrissou em Los Angeles, paparazzis nos seguiram por todo o saguão, precisando que alguns agentes da segurança evitassem que algo acontecesse. Sem entender o que acontecia, rapidamente liguei para Sue, nossa agente, que logo comunicou que a noticia sobre a gravidez havia vazado do consultório médico, fazendo com que a imprensa local surtasse atrás de alguma informação extra.
  Como havíamos combinado, não comentamos sobre nada e deixamos que tudo o que fosse noticiado seria por conta própria.
  Colocamos os pés dentro de casa e a secretária eletrônica alarmando, ligação do Brasil, minha mãe perguntando sobre nossa viagem, e é claro, se os rumores que haviam chegado por lá logo que saímos eram verdadeiros.
  Após alguns esporros a emoção. Ele não contente com um neto a mais, mas sim dois.
  Logo ela estará aqui, passando as férias de meio de ano, logo na época que as crianças nasceriam.
  Depois de um banho tomado, me deitei com Zack em nossa cama, onde nossas mãos se cruzaram, seu polegar acariciando o meu. Me virei de lado, deixando que nossos olhos se encontrassem. Sorrimos um para o outro. Antes de adormecer, deixando que o cansaço tomasse conta de nossos corpos, nos encaramos com os olhares fixos.
  Última palavra que ouvi antes de adormecer foi aquele ‘Eu te amo, mulher da minha vida’ sussurrado e um beijo depositado em minha bochecha e mão esquerda, por cima de nossa aliança.



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