Cross Your Mind
Escrito por Sereia Laranja & Jaden Forest | Revisado por Natashia Kitamura
Prólogo
Junho de 2018
entrou sorrateiramente no escritório de seu pai. Ele precisava de algo para poder chantageá-lo. Qualquer coisa seria o suficiente para chantagear o grande Reynold , dono da Inc., a maior e mais prestigiada empresa farmacêutica da cidade alta e uma das mais bem avaliadas na bolsa de valores; além de ser um político de grande influência, era também uma brilhante figura pública, muito respeitado em seu meio. O sujeito amava manter sua imagem limpa, como um homem honesto, pai de família, político e empresário bem sucedido, onde empunhava uma bela esposa ao seu lado e dois filhos lindos, os quais tentava sempre manter na linha, com grande dificuldade quando o problema estava sempre com eles. Ele tinha uma imagem a zelar e odiava ver seu sobrenome manchado nos tabloides. A sujeira era sempre varrida para baixo do tapete com perfeição e Reynold fazia de tudo para assim continuar sendo. Por sorte, seus filhos odiavam aparecer na mídia e qualquer tipo de imprensa; eles gostavam de sua privacidade. Assim como sua mãe, os dois só apareciam juntos em eventos particulares e ainda assim evitavam ser fotografados, detestavam ser ligados a Reynald, pois sabiam que ele não era quem aparentava ser, e quando ele resolvia agir, a sujeira poderia resvalar neles. Ninguém queria ser envolvido com o tal, mesmo que suas vidas fossem ligadas.
O garoto então se sentou no chão e, com um grampo e muita avidez, destrancou uma das gavetas. Começou a mexer nos papéis ali e não achou nada de relevante. Então foi para a próxima rapidamente, pois seu pai poderia chegar a qualquer momento. Também não achou nada. Pulou para a última gaveta, e quando a abriu, ela travou. uniu suas sobrancelhas, achando aquilo estranho. Colocou sua mão dentro dela, procurando o que estava a prendendo e seus dedos acharam uma pequena alavanca na parte superior, ele a puxou e a gaveta se abriu. Começou a mexer nos papéis ali, achando algumas coisas bem interessantes que poderia usar. E quando acabou de tirar tudo, percebeu que aquela gaveta era mais rasa que as outras. De forma curiosa, suas mãos a puxaram mais, a tirando do lugar e colocando em seu colo. A sacudiu, ouvindo que tinha algo ali dentro. Um fundo falso. Tentou tirar, mas não conseguiu, então a virou de cabeça para baixo, puxou a parte de trás dela com força e finalmente o fundo saiu, revelando uma pasta fina de papel ali. pegou a pasta e a abriu sobre a gaveta virada, vendo que tinha documentos antigos dentro dela. Certidões de nascimento, casamento e óbito já amareladas com o tempo.
— O que é isso? — se questionou, olhando a certidão de óbito de uma mulher a qual não fazia ideia de quem era. — Para quê meu pai guarda isso? — começou a olhar as outras.
Encontrou sua própria certidão de nascimento e não tinha o nome de seu pai, apenas o de sua mãe. Achou estranho e pegou a outra certidão. Era de , seu irmão mais velho, e nela tinha o nome de seu pai, mas o nome da mãe… Seus olhos não podiam estar acreditando no que viam. O nome na certidão que estava em sua mão era o mesmo do papel de óbito. , de forma desesperada, começou a revirar aqueles papéis, achando um outro documento, esse era de adoção, que continha seu próprio nome, o de sua mãe e o de Reynold . O garoto parou e ficou olhando aquilo, tentando digerir as informações, achando que aquilo não podia ser verdade. Ele não era filho de Reynold e não era filho de Christine . Eles não eram irmãos. Suas mãos começaram a tremer e ele não sabia como reagir. Pegou o celular e ligou para no mesmo instante, mas caiu direto no correio de voz.
— Que inferno, ! Tem como você parar de palhaçada só por um segundo? — soltou, puto da vida, encerrando a ligação e tentando de novo. Novamente, não conseguiu. — Inferno!
Tirou fotos dos documentos e guardou tudo como estava antes, já se levantando e saindo dali rapidamente, sem fazer barulho. Sua mão passou em seu cabelo, o bagunçando um pouco, e tentou mais uma vez ligar para seu irmão, só que não conseguia, caía sempre no correio de voz e ele não quis deixar nenhuma mensagem pedindo para retornar a ligação, nem nada do tipo, porque sair, não o faria. precisava falar com ele de qualquer forma, pois não poderia contar por mensagem o que tinha acabado de descobrir. Aquilo mudaria totalmente suas vidas.
Capítulo 1
Era aniversário de 15 anos do meu irmão. Por alguns meses teríamos a mesma idade, e eu sempre achava isso engraçado, porque sempre que nesse período, quando perguntávamos quantos anos que nós tínhamos e falávamos o mesmo número, a pessoa fica nos encarando sem entender nada perguntando se éramos gêmeos. Isso me tirava algumas risadas. Em todos os nossos aniversários sempre comemoramos duas vezes. Uma com nossos “amigos” ou da forma que quiséssemos, e outra com a família e com a corja toda do meu pai, gente importante como nossa mãe gostava de dizer.
E esse ano nosso pai tinha feito o contrário com meu irmão. Deu primeiro a festa chata, e se a gente se comportasse nessa, deixaria que comemorássemos de novo do nosso jeito. Isso era um saco. Odiava aquelas festas insuportáveis, com aquelas músicas chatas e toda aquela gentinha hipócrita do caralho, ainda mais a parte que tinhamos que ser agradáveis com eles e cordiais com as garotas que adoravam pagar de santinha, mas nós já tínhamos pegado praticamente todas. ficou enchendo o saco do nosso pai perguntando porque ele tinha feito aquilo, e o velho só responder que o dinheiro era dele e que dava as festas na ordem que queria. Era uma luta perdida, não adiantava discutir. O grande Senhor queria daquele jeito, então seria exatamente como desejava.
E para completar, meu irmão tinha tirado o dia para me irritar. Aquele babaca deveria achar muito engraçado me tirar do sério, ainda mais nesses tipos de locais onde eu não podia simplesmente avançar para cima dele e socar sua cara aos berros até cansar, ou nossos pais nos colocariam em um castigo fodido. Foi desse jeito que meu pai me fodeu da última vez, e eu fiquei meses dopado com remédios, um verdadeiro vegetal.
estava me deixando nervoso desde que acordamos, e conforme passava, só piorava. Eu tentava não ficar puto, porque hoje era seu aniversário, mas ele não estava ajudando. Ainda mais que tinha saído para uma festinha particular e nem me falou, fiquei sabendo só porque vi algumas pessoas comentando no Twitter. Para mim, podia pegar aquela festinha que tinha ido à tarde e enfiar no cu. E para completar, quando eu estava me arrumando e tinha passado quase uma hora para colocar meu cabelo em um estado minimamente decente, porque meus cachos tinha horas que me tiravam do sério, o babaca chegou e enfiou seus dedos deles e os bagunçou totalmente. Aquilo me deixou mais puto ainda, e eu senti uma vontade enorme de socar a cabeça dele no espelho, mas aí não teria festa com o belo rostinho do desfigurado. Tudo o que fiz foi xingar aquele desgraçado enquanto ria e corria para seu quarto para se arrumar. Pude até ouvir nossa mãe mandar ele parar de me provocar, mas meu irmão não dava ouvidos e sabia que não ia parar até que minha mão entrasse fechada bem no meio da sua cara. É, ele era assim e eu também. Totalmente sem paciência para suas idiotices fora de hora. Antes da festa começar, nosso pai nos deu o sermão de sempre. Sem brigas, sem escândalos, blábláblá, umas ameaças e olhares feios. Como se nós ligássemos muito para isso, né? Mas tentaria me controlar pelo , porque sabia que se perdesse o controle, ele iria ficar sem festa e o próximo ano seria um perfeito inferno por causa daquela merda. Então, para isso não acontecer, tentei só me afastar dele, mesmo sabendo que aquilo poderia piorar, pois a única forma de nos divertimos naquelas festas chatas era quando estávamos juntos; era tipo uma tradição a gente ficar zoando nesses tipos de lugares, mas hoje meu humor não estava realmente ajudando.
Tentei beber, pegando uma taça de champanhe, mas antes que eu conseguisse fazer isso, meu irmão surgiu e a tomou de mim, bebendo tudo de uma vez só. A minha vontade foi de enfiar aquela taça em sua garganta para ver se entalava com ela e parava de encher meu saco pelo menos por um momento, mas tudo o que fiz foi virar as coisas e ir pegar outra coisa para beber.
Peguei um coquetel de frutas escondido, a vodka estava bem forte até, e tomei para ver se ficava mais calmo, mas meus olhos estavam em e ele ainda ria da minha cara. Maldito. Eu odiava ele. Lhe dei o dedo do meio irritado, querendo jogar aquela bebida em sua cara. Saí andando, ou realmente iria fazer alguma merda.
Avistei uma loira gostosa e fui até ela, era melhor eu pegar alguém, do que ficar olhando para a cara do , não ia dar certo, iria acabar brigando com ele. Coloquei meu copo em uma mesa qualquer e deixei as pontas dos meus dedos tocarem sua cintura fina. Ela levou um susto e me olhou, mas sorriu depois. A olhei por inteira de baixo para cima até chegar em seus olhos verdes.
— Quer dançar? — chamei e ela já abriu ainda mais o sorriso.
— Quero. — Então simplesmente peguei sua mão e a levei até pista comigo.
Enquanto dançava com a garota que eu não queria nem saber o nome, mas ela sabia o meu, já que me chamava por ele, vi aquela idiota da Lisa de graça com meu irmão. Ela dando um selinho nele, e a cara dele não foi nada boa. Qual era a dela? Aquela loira sem sal achava mesmo que ligava para ela? Sério? Era iludida daquele jeito? Eu conseguia já ouvir a voz do nosso pai falando que aprovava eles. É claro que ele aprovava. Queria empurrar nós dois em cima de qualquer filha de alguém importante. Tudo para ele era negócios. Nosso pai me dava nojo. Continuei dançando com a garota, até que segurei o riso vendo meu irmão se irritar com Lisa. Ótimo. Ele tinha se irritado, bom que agora sabia como me senti a porra do dia todo. Tentei não olhar para meu irmão quando dançava com aquela garota, mas era impossível, era como se seu olhar estivesse me chamando. Inferno!
Girei a garota e a puxei para bem perto pegando em sua cintura, a alisando apertando com meus dedos sobre o tecido fino de seu vestido. Deixei meu rosto chegar perto do dela, meu nariz passou ao lado do seu e ela segurou minha nuca, enfiando seus dedos finos em meu cabelo. Fechei meus olhos e quando ia juntar nossos lábios senti uma mão em meu ombro, me fazendo abrir os olhos e olhar para o lado, vendo o demônio do meu irmão ali. Abaixei meu ombro para que me soltasse, não queria nem que me tocasse. Travei meu maxilar olhando para sua cara, puto, tentando descobrir qual seria sua próxima palhaçada. Puxei a menina para perto de mim para que ele ficasse longe dela também. E caguei para a forma que me olhou quando me esquivei de sua mão. Não é para me tocar mesmo, caralho! Porque eu queria arrancar sua mão fora, se fosse possível. Só que vi em seus olhos que aquilo tinha afetado ele de outra forma, e me fez querer recuar ainda mais, só que dessa vez foi por ter feito ele ficar chateado. Maldito! Como ele conseguia entrar na minha mente e fazer ela mudar inteira apenas com a bosta de um olhar!?
— , o aniversariante. — se apresentou com aquele sorriso falso do qual sabia que estava usando apenas para me irritar mesmo.
— Ah, parabéns! — a menina sorriu para ele um pouco sem graça e minha mão apenas apertou sua cintura.
— Vê se não pisa do pé dele que ele morde, tá? — piscou para ela e logo depois ele saiu nos deixando em paz.
Lancei um olhar mortal pra e não o respondi, não lhe daria esse gostinho. E quando saiu dali, por incrível que pareça, quis ir atrás dele. Mas que inferno! Fiquei ali pensando em meu irmão, e me arrependi de ter brigado com ele o dia todo, mesmo que tivesse me irritado. Deveria ter tido mais paciência, afinal, hoje era seu aniversário também, e sabia muito bem como ficávamos em festas como aquela. Era chato e sempre éramos um a companhia do outro, fazendo até mesmo ficar divertido, porque a gente sempre arranjava um jeito das coisas ficarem melhores quando estávamos juntos.
— Seu amigo é engraçado. — lla comentou me fazendo rir fraco.
— É meu irmão. — corrigi e ela arregalou os olhos.
— Ele é o ? É claro que é! Ele se apresentou. — soltou um pouco envergonhada. — Desculpa. Deus. Eu sou tão desligada. É claro que ele é o . Eu vi uma foto dele. — umedeci os lábios querendo rir dela daquele jeito.
— Deixa isso pra lá. — falei a puxando para perto de novo e voltando a dançar.
Aquele idiota tinha quebrado o clima, e eu só queria beber mais agora. Assim que a música acabou, a soltei e, quando me virei para sair dali, quando decidi ir atrás dele para tentar fazer as pazes ou coisa parecida, dei de cara com já quase enfiando o meu celular na minha cara. Seu olhar já me dizia que tinha feito merda. Mas não possível! Ele não se aguenta nem por um momento? Moleque do demônio! Uni as sobrancelhas.
— Você esqueceu na mesa. — entregou o celular sorrindo e saiu de perto.
Não, eu não tinha deixado na mesa. Estreitei meus olhos. Filho da puta, ele tinha feito merda. Virei o aparelho na minha mão e já o desbloqueei vendo o que estava acontecendo. Arregalei os olhos e virei a cabeça procurado pelo meu irmão, tinha sumido. Ele tinha mandando mensagens para algumas pessoas bem sem noção da escola dizendo que hoje tinha uma festa na mansão e pediu para os idiotas espalharem, até postou no meu Twitter. Enviou mensagem para os seguranças da mansão falando que eles podiam liberar a galera que chegasse falando que “eu” tinha liberado. A festa iria virar um enorme caos e meu nome que estaria enfiado nisso tudo... Ah! Eu quis matar o idiota do meu irmão! Foda-se se era a porra do aniversário dele!
Deixei a garota ali e sai mandando mais mensagens falando que não tinha festa nenhuma, que era o babaca do meu irmão que tinha pegado meu celular e mandando aquilo. Entrei no meu Twitter para postar que a festa não real e vi e a quantidade de curtidas que tinha na que ele havia postado com o meu perfil.
— Eu vou te matar, ! — rosnei apagando o post e sai andando já indo até o pessoal da segurança. — Não deixa ninguém entrar! Não está liberado. — avisei puto da vida passando a mão em meu cabelo tirando todo ele do lugar. Tinha passado quase uma hora arrumando de novo depois que o babaca do meu irmão tinha o bagunçado.
— Mas você mandou… — o segurança começou a rebater.
— Não fui eu! O que mandou a mensagem. É mentira! Não é para deixar ninguém entrar que não esteja na lista! Entendeu? — ordenei e o segurança concordou com a cabeça.
Sai andando já querendo jogar meu iPhone na parede. Ele não parava de vibrar recebendo mensagem e com gente me ligando querendo saber da festa. Desliguei o aparelho e o guardei no bolso. Eu ia arrebentar o meu irmão agora!
O avistei em um canto rindo com uma garota. Sentia que estava saindo fumaça da minha cabeça. Andei até lá trombando com qualquer um que entrasse em minha frente e o peguei pega gravata, o puxando por ela para que enforcasse mesmo. Não lhe daria o gosto de surtar na frente de todos. Então arrastei para dentro da porra de um banheiro social que tinha ali perto. Não iria fazer escândalo porque isso faria que sua outra festa fosse para o ralo, mas não queria dizer que não podia matá-lo de porra do banheiro. Senti sua mão segurando meu pulso.
— Me matar enforcado na minha festa de aniversário? Era esse seu presente? Poxa, previsível demais. — ainda teve a audácia de me provocar mais.
— Cala a boca. — mandei com muita raiva sentindo seus dedos segurarem meu pulso para tentar fazer com que não puxasse sua gravata, mas eu queria arrancar ela de sua cabeça sem desfazer o nó. Sua mão apertou ainda mais meu pulso.
— Vai tomar no seu cu. — eu até poderia rir com aquilo se eu não estivesse espumando pela boca.
Mesmo que apertasse meu pulso e me xingasse, eu não o soltei. Mimado do caralho também. Não custava bosta nenhuma esperar minha raiva passar, mas não, ele tinha que ficar me cutucando até que eu explodisse. Odiava quando fazia isso. Odiava demais quando fazia isso. Porque não gostava de me irritar com meu irmão. Ele era meu melhor amigo, na verdade, meu único amigo, a única pessoa que estava sempre ao meu lado e ainda se esforçava para tentar me entender quando nem eu mesmo era capaz de fazer isso às vezes. Sempre me arrependendia quando o machucava, e isso fazia com que toda a raiva que sentia dele, viesse para mim mesmo. Então eu me odiava até ver que estava realmente bem. E eu não queria mesmo brigar com ele hoje, mas aquele idiota estava pedindo! Minha mão apertou mais aquela gravata o ouvindo tossir por aquilo, mas não afrouxei. Ainda tentou se livrar da minha mão, mas era totalmente inútil. O joguei ali dentro e entrei, trancando a porta, já me virando e o pegando pelo blazer, o prendendo contra a pia mal dando tempo dele tentar sair dali. E o babaca ainda achou que eu o deixaria sair. Claro que eu ia, depois se socar ele todinho! Estreitei meus olhos com aquela bosta de risada que fez meu sangue ferver e quase soquei para ver se ia continuar sorrindo sem a porra dos dentes.
— Qual é a merda do seu problema!? - quis berrar, mas me controlei e acabei soltando aquilo com um rosnado.
— Tá bravo, é? — ergueu a sobrancelha abrindo meus braços pra fazer o que eu quisesse.
— Bravo? Eu estou com ódio, ! — esbravejei em um tom baixo para que ninguém nos ouvisse e apertei ainda mais meus dedos na gola de seu blazer, o puxando mais para cima, prendendo seu corpo com o meu na pia.
— Tá com ódio, é? Bem feito. É pra ficar mesmo! — rebateu, deixando sua voz sair baixa e rouca, demonstrando que também estava com muita raiva de mim. — É a porra do meu aniversário, . A única pessoa que me importa nessa festa e na porra do dia todo não deu a mínima pra mim hoje. Você me ignorou o dia todo! Chegou na festa e não quis ficar nem perto de mim. — começou a jogar as coisas em cima de mim e eu quis ainda mais bate nele! A culpa não era minha se ele próprio tinha acabado com a porra do meu humor me irritando desde o maldito café da manhã falando bosta. Agora estava bem ali. — Só queria ficar com meu irmão nessa festa chata do caralho. — minha respiração ia ficando cada vez mais pesada conforme ele ia soltando aquelas bostas na minha cara, meus dedos seguravam o tecido do seu blazer como se ele fosse se desfazer de tão forte que apertava. Eu estava com tanta raiva dele! Tanta raiva de mim! — Mas se você quer me socar, vai em frente. Pelo menos não tá fingindo que eu não existo. Seu babaca de merda! — cuspiu o xingamento abrindo os braços para que eu fizesse aquilo.
Travei meu maxilar mais ainda respirando muito fundo e soltando o ar como se ele pudesse sair de dentro de mim como chamas, quando aquele imbecil de merda abriu os braços querendo mesmo que eu o socasse. Era isso!? Ele queria apanhar? Ah, nem que eu tivesse que enfiar minha vontade no cu, agora não o daria isso nem fodendo só porque ele queria!
— Cala a boca! Só para! — mandei o sacudindo. Que inferno! Eu não queria brigar com ele! Não queria! Sua raiva fazia a minha ficar menor, aliviava saber que eu não estava puto sozinho. — Para! — seus olhos estavam me fuzilando.
— Eu te odeio! Eu te odeio! Eu te odeio demais! — repetiu várias vezes, estava sentindo muita raiva de vindo dele. Eu vi em seu rosto que estava quase chegando ao seu limite. Vai, me arrebenta como você quer fazer, ! Vai logo! Porque eu não vou! Era o que meus olhos berravam para ele naquele instante.
— Odeia? Me prova, então! — o provoquei chegando meu rosto mais perto olhando bem dentro dos seus olhos e procurando o seu ódio ali dentro, mas tudo o que achei foi magoa.
Ele estava chateado comigo porque eu estava sendo um babaca, e eu quem me odiei por isso. Sentia até mesmo meu corpo tremer segurando aquele ódio que queria transbordar de mim. Para! Merda! Para! Berrei com meus olhos de volta quando via que estava me implorando para soca-lo com o olhar. se divertia vendo que meu controle estava indo pra casa do caralho. Desgraçado! Ele me fuzilou com o olhar quando o provoquei o sacudindo um pouco para me provar logo que me odiava. Mas não! Ele nunca iria encostar a porra de um dedo em mim. Sempre se recusava socar a minha cara. Então soltou o ar e deixou o ódio se esvair quando me me aproximei mais, negando com a cabeça com o “me prova” que ele rosnei de novo para ele naquele instante. Anda! Vem logo! Berrei com meus olhos, o chamando para me socar como sabia que queria mesmo.
— Não vou te socar, . — falou baixinho me deixando ver o que quisesse ver ali dentro dos seus olhos. Rir fraco, porque sabia que não me odiava mesmo, era só raivinha porque o irritei de volta.
— Deveria! — soltei, irritado ainda com ele vendo seus olhos rolando, me deixando mais puto.
Nunca importasse o que eu falasse ou fizesse, meu irmão nunca me batia, nunca! E eu podia ver em seus olhos que não adiantava provocar, isso não mudaria, ele só estava com raiva e parcialmente magoado comigo.
— Não consigo te machucar. — soltou, voltando a me olhar. Vi seus olhos rolando pela sua falta de paciência e pela raiva que sentia de mim. Idiota!
— Uma pena. — rebati porque queria que me conseguisse, que brigasse comigo de volta. Eu estava muito puto ainda.
Fechei meus olhos com força, e uma ideia absurda veio na minha mente. Ele queria a porra da minha atenção? Ok! Eu daria atenção para ele. Então não pensei muito sobre isso, e apenas fiz. Juntei meus lábios nos seus em um selinho apertado prendendo o ar com força para ver se parava com aquilo e ficasse com raiva de mim, que me afastasse de uma vez dele, mas principalmente para não socá-lo. Não queria machucar aquele idiota.
Nós dois tínhamos congelado naquele segundo, era como se o tempo todo ao nosso redor tivesse parado, nem ao menos respiramos. Aquilo arrancou as nossas reações. Nem eu mesmo estava acreditando que tinha feito aquilo. Mas o que realmente não entendia porque tinha beijado meu irmão. Tantas coisas para fazer! O que diabos tinha passado pela minha cabeça? Que aquilo era uma ideia boa? Que isso o faria ficar com raiva? Sério, ? Sério que você foi tão idiota assim? é meu irmão, porra! Ele não era os garotos que você curtia pegar escondido. Caralho, o que eu fiz? Não conseguia entender de forma alguma como tinha chegado na conclusão de que se o beijasse isso o faria me bater.
O mais louco daquilo tudo foi que suas mãos seguraram meu rosto e seus lábios se apertaram de volta nos meus. Não estava conseguindo entender mais nada naquele momento. Acho que meu cérebro tinha parado de funcionar, ou sei lá. estava retribuindo o selinho? Era isso? Até que ele trouxe seu corpo para mais perto e suspirou com nossos lábios fortemente unidos, e de forma involuntária eu relaxei, minhas mãos se afrouxaram a bola de seu blazer, e soltei o ar que tinha prendido. Então se afastou, e eu jurei que iria me empurrar para longe e me socar.
O encarei de volta esperando logo sua fúria vir toda em cima de mim. O vi umedecer seus lábios e nossos olhares não conseguiram nem ao menos desviar. Sabia que tinha feito uma merda, e das grandes ainda. Não sei como tinha pensado naquilo. Não tinha lógica alguma beijar a porra do meu irmão, mas beijei. Nem sei porque tinha feito aquilo. Que porra eu estava pensando?! Eu só estava com tanta raiva. E aquilo tinha sido tão errado. Mas eu não queria socar ele! Minha mente começou a virar uma bagunça fodida, pior do que já era.
Precisava sair dali. Me virei para ir embora, me puxou e juntou nossos lábios em outro selinho e segurou minha nuca para não me afastar. Arregalei meus olhos. Não conseguia mais nos entender naquele momento. O que estava acontecendo? Por que meu coração estava tão acelerado naquele jeito? Porra! Ele ficou maluco de vez? Fechei meus olhos com força puxando o ar com aquilo. Minhas mãos se desfizeram do aperto da gola de seu blazer, espalmando em seu peito, então o empurrei com força jogando meu corpo para trás contra a parede, me soltando se sua mão.
— Mas que porra, ! — soltei vendo seus olhos arregalados como os meus. Aquilo era loucura!
— Eu...E-eu. — não conseguia nem soltar uma frase direito.
Olhei para meu irmão ofegante sem estar acreditando naquilo. Seus olhos estavam tão perdidos quanto os meus. Estávamos assustados. Eu não sabia o que falar, o que pensar! Que eu o beijei e depois ele me beijou. Ok, tinha sido um selinho, mas mesmo assim. Meu olhar desceu até seus lábios que estava levemente vermelhos por conta do aperto dos meus sobre eles. Eu queria beijar ele de novo. Não! O que estava pensando? Não podia. Mas era como se meu cérebro não tivesse entendendo essa informação. Algo dentro de mim se revirava com muita força, e meus olhos só estavam vidrados pra caralho nos lábios de . E desejei sentir direito como era seus lábios.
Seu peito subia e descia, e vi que respiração pareceu ficar pior quando não conseguia parar de encarar seus lábios. Meu coração estava disparado e nem os azulejos gelados embaixo das minhas palmas gélidas conseguiram me trazer a realidade, porque as coisas começaram a ficar muito turvas na minha mente com aquela vontade repentina de beijar meu irmão enquanto olhava para sua boca sem parar. Engoli em seco subindo meu olhar até o seu vendo meu irmão se afastando e se encostando na pia, agarrando nela.
Merda, me desculpa por isso. Foi o que meu olhar pediu para .
Então me impulsionei para frente indo ao seu encontro, fazendo meu peito se bater com força contra o seu, segurei sua cintura com minha mão direita e à esquerda foi para sua nuca. Não consegui olhar em seus olhos antes disso, apenas fechei os meus e beijei seus lábios mais uma vez em outro selinho apertado. Uni as sobrancelhas ao realmente parar para sentir seus lábios, e como eles eram macios no ponto certo, gostosos. Senti um arrepio me correr com aquilo, com aquele pensamento. Até que seus lábios se apertaram de novo contra os meus e o senti segurar o ar.
Então deixei meus lábios deslizarem por cima dos seus, mas não deixei minha língua entrar em sua boca, porque sem ela eu tinha a impressão de que aquilo não era exatamente um beijo, era como se fosse menos errado. entreabriu os lábios suavemente deixando eles passarem sobre os meus de forma perfeita os raspando de volta pegando o meu inferior e o puxando e chupando de leve. Minhas mãos o apertaram e eu puxei um pouco de ar sentindo ele fazendo aquilo, me arrependo mais forte agora, fazendo o caos dentro de mim ser devastado por uma onda deliciosa que fez meu estômago revirar. Deus, aquilo era…
Não tinha mais como entender quando estava realmente sentindo vontade de beijá-lo. Isso era insano demais. Eu só queria saber como era seu beijo, e a ideia torcia minha mente inteira. Loucura! era meu irmão, porra! Não podia ser. Aquilo ficava repetindo em minha cabeça sem parar ao lado da vontade louca que sentia naquele momento. Tudo era tão confuso. Meu irmão nem nunca tinha beijado um garoto, e sempre me disse que não sentia vontade, e agora estava ali me beijando de volta. Minha cabeça estava um tremendo nó que ficava mais apertado a cada segundo que nossos lábios estavam juntos.
se afastou quebrando aquilo tudo, me fazendo arregalar os olhos porque ele me puxou para a realidade de novo. Travei meu maxilar me dando conta do que tinha acontecido. Eu estava... não, eu não ia ousar pensar nisso. Podia ver em seu olhar o questionamento que eu mesmo fazia. Que porra estava passando pela minha cabeça? Eu não sei, caralho! Que porra ele também estava pensando quando retribuiu?
— Isso daqui já tá passando dos limites, . — sussurrou rouco e me empurrou ficando olhando para meus olhos por alguns segundos.
Apenas cheguei para o lado sem falar nada, até porque não conseguia. Minha mente voltou a ficar muito confusa. Ele se virou e saiu andando. Fechei meus olhos não querendo ver ele indo embora, só precisava ficar sozinho. Caralho. O que estava acontecendo? Passei a mão em meu cabelo o bagunçando de forma desordenada.
Levei um susto quando ouvi um murro na porta, e olhei para ver o que estava acontecendo. Não deu tempo de falar nada, nem de reagir. Meu irmão já estava em cima de mim, me prendendo contra a pia agora. Arfei bem baixo com sua mão em meu cabelo, o puxando daquele jeito, porque tinha sido gostoso, como gostava que fizessem, mas poucos conseguiam pegar de forma certa, e foi exatamente como se já soubesse daquilo. E sua outra mão pegou meu ombro de forma bruta, me roubando um pouco o ar. Seus lábios juntaram nos meus novamente com força. Seu corpo apertou mais o meu contra aquele mármore gelado. Minha mente se apagou de novo, ainda mais com seus dentes pegando meu lábio inferior daquele jeito. Fechei meus olhos os revirando de leve sentindo sua língua me lambendo. Caralho, ! Para com isso! Quase berrei para ele se meu corpo e minha mente não estivessem tão perdido com a forma que suas mãos me seguravam. Tão bruto, tão gostoso. Meu peito foi se esquentando rapidamente, e isso não era normal para mim. Não quando só estava beijando alguém. Porra, era meu irmão! E ainda assim não consegui me afastar dele, porque queria mais daquilo que estava me dando.
— Porra, . — soltei como um gemido e ele soltou outro de volta.
Seu gemido rouco me arrepiou todo. Puta merda, tinha sido gostoso. Para de pensar assim! Eu nem podia estar gostando de nada aquilo, mas já tinha perdido o controle das coisas!
Então o empurrei contra a parede, ouvindo seu grunhido com isso, me fazendo sorrir enviesado querendo ouvir de novo. Respirei fundo com suas mãos brutas em minha cintura puxando meu quadril de encontro ao seu. Merda. Eu não estava mais pensando, só estava fazendo, reagindo a ele. Abri a boca, soltando o ar por ela, sentindo meu quadril se impulsionar contra o seu totalmente sem que eu permitisse aquilo. Juntei nossos lábios com força sentindo seus malditos dedos adentrando em meu cabelo. Adorei seu ar sendo solto em minha boca e como seus lábios passaram pelos meus daquele jeito tão gostoso. Me deixava mais quente, fazendo meu corpo ir mais de encontro ao seu, querendo mais.
Minha língua passou pelos seu lábio inferior pedindo permissão para continuar, e quando seus lábios deslizaram por cima dos meus, minha língua tocou a sua me fazendo respirar bem profundamente com aquilo, sentindo um frio rasgar minha espinha me arrepiando por inteiro. Gemi bem fraco com a forma que soltou o ar quando minha língua tocou a sua. E no momento que elas se enrolaram, por Deus, eu soube que esse tinha sido o pior erro da minha vida. Minhas mãos pegaram sua cintura com força e o puxei para mim. Minha língua tomou sua boca de forma feroz com extrema urgência, querendo sentir seu gosto, seu toque, seu calor. Uni as sobrancelhas com força com o toque de sua língua na minha puxando o ar e o prendendo em meu peito onde meu coração estava acelerado. Sabia que não deveria ter deixado nossas língua se tocarem, eu sabia. Agora era tarde demais, e... Droga. Estava gostando pra caralho do jeito que me beijava, porque simplesmente estava sendo o melhor beijo que tinha dado até agora. Era perfeito. Seus lábios passavam por cima dos meus se encaixando com perfeição e nossas línguas deslizavam uma pela outra no timing certo, tirando que seus lábios eram macios exatamente no ponto, nem muito e nem pouco, apenas na medida perfeita.
Segurei sua cintura com força e o puxei para mim, o sentindo arfar com aquilo. Sua mão pegou minha costela fazendo meu corpo queimar, mas sabia que não apenas por causa dela. E eu não conseguia parar aquilo, aquela onda que estava me tomando, tirar aquele frio na barriga, ou mudar o fato que tinha gostado do beijo do meu irmão. Eu só precisava de mais. retribuia o beijo com voracidade, sua língua deslizando com avidez dentro da minha boca enquanto a minha fazia a mesma coisa, me deixando extremamente arrepiado.
Gemi baixo com a puxada que deu em meu cabelo. Agarrei sua bunda fazendo seu quadril se impulsionar para frente e bater contra o meu. Arfei com o choque. Ele girou o beijo ficando ainda mais intenso, mais rápido e quente. O beijei ainda com mais vontade, indo com voracidade e até mesmo crescendo um pouco para cima de fazendo seu rosto levantar levemente. Estávamos descontrolados. Quase o levantei daquela parede e o puxei para cima, mas apenas deixei minha mão apertar sua bunda mesmo enquanto a outra estava agarrada em sua cintura sentindo como sua pele era quente naquele momento mesmo por cima do tecido de sua camisa. E eu quis mais, queria tocar sua pele, sentir seu calor na minha. respirou fundo me fazendo suspirar com aquilo de forma sôfrega, porque eu não deveria estar gostando de nada daquilo, mas estava, e muito.
Soltei o ar em um gemido quando puxou meu cabelo com brutalidade nos fazendo romper o beijo, passando seus lábios por minha pele. Caralho, eu estava ficando excitado. Porra! Não faz isso... Deixei meus lábios entreabertos, dando um gemido baixo, sentindo seus dentes em meu queixo e depois seu nariz em meu pescoço. fazia aquele simples toque ser intenso de uma maneira que eu não entendia como, mas me deixou muito arrepiado e com a porra de um tesão que não esperava. Arfei com sua língua tocando minha pele, e a mão que estava em sua bunda subiu até sua nuca, embrenhando meus dedos em seu cabelo e o segurando com força enquanto já jogava um pouco mais minha cabeça para trás, querendo sentir mais do seu toque. Esfreguei meu quadril no seu para sentir o jeito que estava me deixando. Então soltou um gemido contra a minha pele que me fodeu um pouco mais, me fazendo desejar ouvir mais daquele som que tinha sido extremamente gostoso. Até que sua língua tocou meus lábios e ele me beijou de novo.
Sua boca de volta na minha me deu um tesão que não estava mais conseguindo controlar. Nosso beijo ia ficando cada vez mais forte, mais intenso e rápido, me fazendo arfar entre ele, sentindo meu ar faltar, meu coração saltar contra meu peito e minha mente se apagar de tão excitado que estava ficando. estava descontrolado junto comigo, e pelo menos eu não estava fodido sozinho. O fogo dele me lambia como sua língua, e eu só precisava sentir ainda mais dele. Queria pedir para gemer de novo, mas decidi que o faria gemer para mim daquele jeito gostoso.
Suas mãos deslizaram em minhas costas até chegar em meu peito, parando em meus ombros, onde me empurrou de novo, quase que girando nossos corpos e, dessa vez, me prendendo contra a parede com brutalidade. E eu me sentia levemente tonto naquele momento, tanto que não consegui reagir por ter me prendendo contra a parede com força. Filho da puta!
Aquilo me fez abrir os olhos sentindo um fogo me lamber inteiro, e encarei os seus que estavam igual. Respirei aquilo. Queria mais.
Sua mão foi até meu cabelo, o bagunçando com nossos lábios se juntando novamente de forma desesperada. Gemi baixo de tão gostoso que foi nossas línguas se tocando de novo, ainda mais com seu quadril vindo de encontro ao meu e me apertando daquele jeito, me prendendo ainda mais naquela parede. Sua língua entrou ainda mais em minha boca me fazendo até mesmo suspirar. Agarrei sua bunda, o puxando contra mim e o fazendo se esfregar mais contra meu quadril, sentindo seu pau duro que nem o meu estava naquele momento. Seu suspiro alto com a minha mão em sua ali só me fez apertar ele com mais ainda, puxando seu quadril para se esfregar de novo no meu. Não para. Era tudo o que conseguia pensar sentindo daquela porra toda me dominando. Eu estava louco! E era a porra da minha insanidade naquele momento.
E eu não sabia que precisava tanto de seu beijo do jeito que estava precisando naquele momento. Não queria parar, eu só precisava dele.
Segurei sua costela com sua mão em meu braço, me apertando também, então ele prendeu minha língua dentro da sua boca me fazendo suspirar por aquilo. Joguei meu quadril para frente me esfregando nele, que logo prendeu o meu de volta na parede me fazendo sentir seu pau, e como estava deliciosamente duro. Ah, ! Eu não ia conseguir mesmo me segurar se continuasse fazendo aquilo! Era como se aquilo não fizesse parte da realidade até!
puxou meu ar, me fazendo delirar por causa daquilo que estávamos fazendo. Tão errado e totalmente proibido. Insanos demais para poder compreender qualquer coisa que poderia estar acontecendo dentro daquele banheiro, porque não havia a menor lógica de estar beijando meu irmão mais novo em seu aniversário de quinze anos. Só que eu estava. Inferno! Precisávamos parar. Estava excitado por causa de . Isso era fodido demais. Muito! Para! Era o que minha mente berrava loucamente enquanto meu corpo dizia outra coisa.
Meus lábios iam contra os seus com mais urgência ainda, o beijando com intensidade. Peguei em sua nuca soltando sua bunda e segurei seu cabelo com força. Adorei como lambeu o céu da minha boca, tinha sido sexy e gostoso, me deu maior tesão, e eu quis saber mais do que meu irmão poderia fazer comigo. Mordi de leve seu lábio com um grunhido que soltou e sua mão pegando minha nuca agora. Filho da puta gostoso do caralho. Eu o odeio por isso. Mas a porra do gemido que soltou fez meu pau pulsar de leve. Caralho, ! Caralho! Aquilo era doideira demais. Não podia ser possível eu estar assim apenas me pegando com alguém, não era real. Eu deveria estar bêbado demais, e o pior era que não tinha bebido tanto para começar a delirar. Deixei minha mão passar pelo seu cabelo, o arrancando ainda mais do lugar do que já era.
Não para de me beijar. Não para. Meu corpo queimava. Minha língua tocava a dele com mais rapidez como se nosso tempo estivesse acabando. Meu ar estava faltando. Eu precisava daquilo, não podia parar agora.
Não tinha nada que fizesse me parar naquele momento, pois de uma maneira absurda, estava gostando daquilo e queria mais. Então avançava com cada vez mais voracidade em sua boca, tomando sua língua com a minha sem lembrar que deveria respirar para continuar com aquilo. Minha mente girava, meu corpo fervia, minhas mãos queriam tocar em lugares de que eu não deveria. Aquilo não era a porra de um beijo qualquer, e eu soube disso em algum momento perdido no meio daquilo tudo, porque estava me sentindo excitado demais. Sua boca era gostosa demais, seus toques eram absurdamente deliciosos, a sua brutalidade me arrancava a porra do juízo e eu não queria saber mais de nada que não fosse sua pegada. Sabia que estava sendo o pior erro que estava cometendo em toda a minha vida, que nada poderia ser pior do que isso, mas porra! O erro estava extremamente delicioso.
Em um rompante, puxei seu blazer pelos ombros para que ele tirasse aquela merda, porque eu queria pegar mais em sua pele, mesmo que fosse por cima daquele tecido fino de sua camisa. O desgraçado ainda sorriu entre o nosso beijo quando não consegui tirar seu blazer por ter travado em seus braços. Foda-se, os seus ombros já estavam bastando naquele segundo, e minhas mãos foram para eles, os pegando com força, descendo pelo seu peito sentindo o quanto estava quente, deixando meus dedos apertarem o tecido. Merda! Eu precisava mais do que só aquilo!
Separei nossos lábios minimamente apenas para pegar seu inferior e o chupei com vontade deixando minha língua passar por ele enquanto estava dentro da minha boca, então o puxei para mim, soltando ele. Desci meus lábios para seu queixo o beijando e desenhei seu maxilar até chegar em seu ouvido, passando meus dentes pelo seu lóbulo enquanto esfregava meu quadril sem pensar em nada, querendo só sentir mais seu corpo no meu.
Respirei fundo, e o maldito estava com o seu perfume que era o meu favorito dele; isso fez meus lábios colarem contra sua pele, passando por ela, a beijando querendo o ponto onde mais sentia, o pegando quando seu corpo reagiu ao meu toque, então o chupei ali, abraçando sua cintura, colando nossas barrigas para que não saísse dali enquanto minha outra mão continuava em seu cabelo, segurando-o com força. Seus dedos saíram de meu cabelo e começaram a me provocar, e eu só deixei mais meus lábios mostrarem para meu irmão como estava me sentindo, o jeito louco que estava me deixando. Adorei ver como ficou arrepiado, me fazendo sorrir de um jeito safado e deixar minha língua passar pela sua orelha agora. Sua mão deslizava entre a curva de meu pescoço e meu ombro, me apertando conforme meus lábios tocavam sua pele deliciosa.
Não estava mais me controlando, eu só queria queimar sentindo .
Seu quadril soltou um pouco o meu da parede, e apenas me esfreguei mais contra ele, deixando minha ereção se roçar contra a dele de um jeito que fez meu pau pulsar dentro da minha calça. Ele estava se entregando para mim, e era delicioso demais. Seu gemido veio, me fazendo revirar os olhos de leve e soltar o ar contra a sua pele. Era muito gostoso ouvir meu irmão daquele jeito.
— … — o meu nome saindo de sua boca me deixou totalmente louco e eu avancei com mais vontade em seu pescoço querendo ouvir de novo aquilo.
Gemi abafado contra sua pele com seu quadril se chocando contra o meu. Minha mão em sua cintura desceu até sua bunda, a pegando com força enquanto me curvava sobre seu corpo, chupando seu pescoço ainda mais. começou a roçar com vontade, esfregando sua ereção contra contra a minha e isso me fez suspirar bem pesado contra seu pescoço.
Cheguei minimamente para trás, sentindo suas mãos abrindo meu blazer, afrouxando a minha gravata e abrindo os botões da minha camisa. Eu queria sentir seu toque, era praticamente uma necessidade. E gemeu de novo, com a força que chupei seu pescoço com mais vontade.
Andei com nós dois o prendendo contra a pia tirando a mão de sua bunda e a levando até seu pau, e foi a minha vez de gemer o sentindo em minha mão.
— Caralho, ...Porra! — gemeu mais para mim, me deixando muito excitado.
— Porra, . — soltei, tonto de tesão. Ele parecia ser tão gostoso.
Sua mão tocou minha pele me fazendo arfar e meus lábios voltaram a pegar seu pescoço, o beijando ali com vontade esfregando minha mão em seu pau por cima da calça querendo sentir mais.
— Não para. — pedi totalmente fora de si com o seu quadril se esfregando no meu de baixo para cima, com força.
Tirei minha mão, porque queria sentir meu pau roçando nele.
— Meninos? — a voz da nossa mãe na porta me fez parar, congelar totalmente, então ergui a cabeça apenas encarando vendo que ele tinha parado também naquele instante.
— Ela viu a gente entrando aqui? - sussurrou baixinho.
Vi seu olhar descendo para meus lábios que certamente deveriam estar tão vermelhos e inchados quanto os dele estavam naquele momento, e vi que tinha algo em seu olhar, e não era pânico. Ele estava querendo me beijar de novo?
— Merda. Devem ter fofocado para ela. Bando de língua solta do caralho. — reclamei baixinho respirando fundo e engolindo em seco.
— ? ? — ela chamou de novo batendo na porta. Passei a mão em seu cabelo o empurrando para trás respirando fundo. — Tem certeza que eles entraram aqui? — perguntou para alguém, e eu encarei meu irmão naquele segundo.
— Tenho. O o pegou pela gravata e arrastou aí para dentro. — era a voz daquela escrota da Lisa.
— Eu vou afogar essa menina no chafariz do jardim. — contei e respirei tudo.
— ? — chamou de novo.
— Oi, mãe! — respondi irritado encarando meu irmão, vendo como estava ofegante que nem eu, seus lábios inchados e vermelhos, seu cabelo todo deliciosamente bagunçado. Eu quis beijar ele de novo naquele segundo.
— O está com você? — quis saber com a voz doce e eu apenas fechei meus olhos.
— Não. — menti ou sabia que ela ficaria na porta esperando nós dois sairmos, e sem condições da gente sair daquele jeito.
— Está sim! Eu vi ele entrando contigo. , se você fez alguma coisa com o , eu vou te matar! — Lisa falou toda nervosinha. Encarei , revirando meus olhos.
— Vai se foder, Lisa. Ele é meu irmão e eu faço o que quiser com ele! — apenas avisei com arrogância, porque aquela garota estava me irritando demais. — Ele saiu já tem um tempo. Eu só estou estressado, preciso me acalmar. Daqui a pouco eu saio. — avisei para a nossa mãe.
— Está bem, querido. Vou procurar pelo seu irmão. Qualquer coisa fale comigo, ok? — pediu e me senti um pouco culpado pela aquela situação de merda.
— Ok. — falei e ouvi ela indo embora. Me afastei do meu irmão lhe dando espaço.
— Eu saio, e depois você sai. Ok? — falei ainda sem ar, sentindo meu coração disparado.
apenas concordou, não falando nada mais. Meu pau ainda estava duro, e isso me fez olhar para baixo e depois para meu irmão. Mordi a ponta da minha língua com os incisivos sentindo vontade de beijar aquele desgraçado de novo.
Fechei meus olhos e joguei minha cabeça para trás e me encostei na parede apenas pensando em qualquer merda que não fosse o que tinha acabado de acontecer para que meu pau abaixasse logo. Queria falar para fingirmos que isso nunca tivesse acontecido, mas o conhecia bem para saber que era exatamente isso que iria acontecer.
Me desencostei na parede e me olhei no espelho.
— Porra, . — resmunguei com ele o olhando de relance. Eu estava uma bagunça e meu cabelo. Deus, meu cabelo. — Como que eu arrumo isso agora?! — reclamei apontando para minha cabeça vendo ele rindo da minha cara. Idiota. — Eu deveria te socar por isso. — apenas avisei rolado meus olhos e tentando dar um jeito na situação.
— Bem que você queria mesmo. — rebateu o abusado e apenas o fuzilei com o olhar.
Quando minha respiração voltou a ficar normal, e eu consegui colocar tudo no lugar, olhei para meu irmão soltando o ar de forma pesada. Fui até ele e segurei seu rosto com uma mão.
— Foi mal ter sido um babaca contigo aquela hora. — me desculpei com ele e cheguei perto deixando a ponta do meu nariz passar pelo seu, a vontade de juntar nossos lábios foi ridícula. Me afastei.
— Tudo bem. — deu um pequeno sorriso. Eu pirava nos seus sorrisos.
— Te espero no jardim de inverno. Preciso fumar um, para me acalmar. — disse dando um pequeno sorriso para ele.
Saí do banheiro, apagando a luz e encostando na porta como se não tivesse ninguém ali. Lisa veio marchando em minha direção e se esquivou de mim para entrar no banheiro. Peguei seu braço. Tá louco ela entrar lá.
— Olha aqui, eu não vou falar duas vezes contigo! — soltei olhando dentro dos seus olhos com raiva e apertando aquele bracinho fino dela para doer mesmo. — Fica longe do meu irmão. Eu sei o que você está fazendo e se continuar, juro que acabo com essa bosta de vidinha social que adora ficar exibindo para os outros. — então a soltei empurrando para trás.
— Você é um babaca, ! — Soltou irritadinha e foi para outro lado.
Ótimo, acho que isso a deixaria longe dele. Umedeci meus lábios e segui para o jardim de inverno.
Capítulo 2
A tequila ardia na minha garganta, mas mesmo assim virei outras doses que tinha na mesa e peguei o limão logo em seguida, o chupando e sorrindo por deixar o sabor muito melhor.
— Tá bom, eu topo a guerra dos copos. — rolei meus olhos por todos terem comemorado.
Dom topou competir comigo e eu logo lhe lancei o meu melhor olhar desafiador, mas voltei a encarar os copos vermelhos vazios de plásticos virados para baixo, entre eles colocaram copinhos com dose de vodca.
— Vamos lá. No 3... Estou de olho em você, . — Cassie anunciou, mas estreitou seus olhos azuis pra mim, só fazendo eu aprofundar os meus um pouco mais nos dela e sorrindo inocente.
— Conta logo, garota! — ouvi Lisa berrar pra ela, mordi minha bochecha por segurar a risada apenas pelo tom de voz de Lisa ao berrar isso.
Então Cassie contou até três, usei apenas as pontas dos meus dedos na borda do copo pra tentar virá-lo pra cima. Uma. Duas e na terceira tentativa consegui, isso fez o Dom ter que beber a dose dele. No segundo copo, acabei perdendo e tendo que virar minha dose. Porra, aquilo não era vodca nem fodendo, parecia puro álcool de tão horrível que era. Acabei rindo da minha própria careta, mas continuei no jogo, ganhando as duas seguidas e rindo alto das caras que o Dom fazia ao virar as duas doses.
Obviamente que ele me alcançou e me fez beber mais doses também e eu já mal conseguia sentir minha garganta, que parecia dormente, mas só me motivou a ganhar o jogo virando todos os copos vermelhos para cima. Bati na mesa e gritei junto com a galera em comemoração, agitando para o Dom terminar de virar aquela garrafa com a bebida.
— Vem, , vou te dar seu prêmio. — Cassie segurou minha mão e me puxou com ela.
— Meu prêmio? Não te contaram que é meu aniversário? Eu mereço muitos prêmios, presentes e tudo que eu tiver direito. — ela soltou uma gargalhada com isso e lambeu seus lábios que eram absurdamente beijáveis, porra.
— Tudo que você tem direito? Absolutamente tudo? — ela foi chegando mais perto e eu apenas balancei a cabeça em afirmação, mordendo e prendendo meu lábio inferior.
— Eu tenho uma coisa que ele vai gostar mais, piranha. Vaza! — Lisa apareceu ali, dando um peteleco na testa de Cassie, arregalei meus olhos por conta daquilo e não aguentei não rir por conta daquilo. Ela deu um peteleco na testa da garota, mano! Qual era o problema dela?
— Faz isso de novo pra ver se não te afogo, sua maluca surtada! — rolei meus olhos quando uma empurrou a outra, mas entrei no meio.
— Chega! Nenhum garoto no mundo vale a pena que vocês briguem assim e é bem anormal eu estar dizendo isso pra vocês. Sabem disso, né? Eu sou um babaca, eu sei disso, por isso afirmo que não vale a pena brigar por causa de mim. — sabia que minha mãe ficaria orgulhosa de mim se visse isso, mesmo achando sexy pra caralho as duas brigando por minha causa, mas não queria brigas na minha festa.
Elas podiam se pegar, seria mais gostoso. Mas não sugeri porque queria beber mais, então apenas saí de perto das duas à procura de mais álcool. Só que obviamente Lisa veio atrás e o que era bem engraçado era que ela esperou o sumir da festa pra se aproximar, sabia que ele tinha dado um chacoalho nela na festa da semana passada.
Parei de respirar um pouco, era sempre assim toda vez que eu lembrava daquela festa. O que ele e eu fizemos no banheiro… Não, não tinha rolado, tinha sido só um delírio nosso. Porque não era possível que tínhamos mesmo feito aquilo. De todas loucuras que já fizemos juntos aquela… Porra, a gente tinha se pegado pra caralho naquele banheiro.
Engoli a seco só de lembrar do gosto do beijo dele, seus lábios que pareciam terem ficado gravados nos meus porque eu conseguia até sentir só de lembrar. Mano, até a respiração dele tinha ficado na minha mente e tinha noites que eu alucinava achando que estava ouvindo bem no meu ouvido e me causando arrepios deliciosos. Minha pele toda queimava de lembrar dos seus gemidos e dele tão duro… Puta merda, , já chega!
— Essa é das melhores, te juro! Eu consegui só pra você! — Lisa segurou meu rosto para que eu prestasse atenção nela.
Peguei o saquinho com a erva dentro e cheirei rapidamente, vendo que era mesmo das boas apenas pelo cheiro forte.
— Você não deveria estar perto de mim. — relembrei ela, guardando o saquinho no bolso.
— Não tenho medo do . — estreitei meus olhos nos dela.
— Deveria ter. — falei baixinho, em um tom sério.
— Você tem? Ele te machucou naquela festa? — rolei meus olhos com isso.
— Você não o conhece. E também não me conhece. — segurei levemente seu queixo pra ela prestar bem atenção em mim. — Então para de achar que me conhece, porque você não tá nem perto de saber quem eu realmente sou. E muito menos quem o realmente é. O que você deveria fazer, é realmente seguir o conselho amigável do meu irmão e ficar longe de mim. — a soltei, esperando que ela saísse de perto logo.
— Deixa eu te conhecer então, por favor. Me conta, qual é sua cor preferida, sua comida, eu quero saber tudo sobre você porque… Eu não consigo ficar longe de você! — droga, aquela garota não tinha entendido ainda? O que eu teria que fazer? Por que eu não conseguia ser igual o nessas horas, que exalava aquela grosseria nata dele que era sempre muito engraçado de ver.
— Fica longe de mim, Lisa. — a empurrei, virando de novo para ela e apontando pra ela ficar ali. — Fica longe! — falei com mais firmeza, bem puto pra ver se ela realmente tinha entendido agora.
Inferno! Precisava ir pro meu quarto pra dichavar essa erva e fumar ela toda, era um presente e não ia devolver não, ela me deu porque quis.
Trombei com alguém no caminho e sorri brevemente ao ver que era meu irmão.
— Está afim de chapar? — me chamou assim que viu que era eu.
— Estava mesmo indo fazer isso. — respondi, vendo ele sorrir. — Você tá cheirando sexo. — o empurrei levemente, mas o chamei com a cabeça para ele me seguir.
O fresco torceu o nariz com o comentário, mas me seguiu mesmo assim. Fui para o meu quarto mesmo, assim que ele entrou, fechei a porta e peguei umas coisas embaixo da cama.
— Já estou indo. — anunciou assim que entramos no quarto.
Não aguentei e comecei a rir porque ele ia mesmo tomar banho só por causa do meu comentário.
— Fresco! — falei um pouco alto, negando levemente com a cabeça.
O filho da puta me deu o dedo do meio ainda. Segui até o terraço dele, onde conseguia ver um pouco da festa lá embaixo, tirei minha camisa pra não ficar fedendo demais e era muito impossível de tirar aquele cheiro depois. Joguei a erva em cima da mesinha e começei a dichavar com os dedos mesmo, já que ela era mais solta e não precisaria buscar meu dichavador.
Nem notei que tinha passado um pouco de tempo e olhei rapidamente para a porta ao ver meu irmão ali, sem camisa e com uma calça minha. Retrai levemente os lábios ao voltar olhar para o que estava fazendo antes, ignorando o fato de achar que ele ficava bem demais com a bandana assim no cabelo. Aquilo ainda era normal. Tudo normal, tudo na ordem certa das coisas.
— Tá com seu isqueiro aí? — perguntei pra ele.
Peguei o isqueiro no ar mesmo quando ele me jogou, o colocando ali do lado enquanto terminava de alinhar a erva no papel. Pegando o papel seda mesmo, porque estava com preguiça de procurar minhas blunts pra isso.
Balancei a cabeça no ritmo da música que tocava e preenchia a casa toda. Passei minha língua na borda do papel, deixando ela se deslizar por ele todo e comecei a girar aquele canudo nos meus dedos, vendo se estava bem preso. Dobrei uma das pontas, a prensando com meus lábios e fazendo mais uma dobra.
— O que aquela garota está fazendo aqui? — levantei um pouco a cabeça e olhei para a festa rapidamente quando escutei o que ele perguntou, já sabendo de quem falava e isso me tirou uma risada baixa. — Ainda fui legal com ela avisando para ficar longe, mas claramente não entendeu a porra do recado. Tudo bem, então.
— Relaxa, não liga pra ela, não. Eu mandei ela ficar longe minutos atrás, mas nunca saí com um tom…”” de ser, sabe? — olhei pra ele como se tivesse frustrado comigo mesmo e curvei levemente os lábios para cima em um sorriso divertido.
Senti o olhar dele em mim quando passava a língua no papel e automaticamente meus olhos subiram até os dele, pegando seu tom verde em um tom totalmente diferente do que estava segundos antes quando ele falava da Lisa. Abaixei meu olhar de novo pra ver se tinha ficado bom e também porque era o certo, estava me proibindo de pensar em coisas que não eram pra ser pensadas. Ele só me olhou da mesma forma que sempre olhou, só isso, estava bêbado e vendo coisas.
Então ele se deitou no sofá atrás de mim, já estava quase terminando de bolar também, já tinha feito tantas vezes que peguei prática, apesar de sempre preferir usar blunts por ser mais prático e não ter o perigo de rasgar ou soltar.
Sorri de lado ao ver que tinha ficado um canudo grande e até um pouco grosso por ter usado toda a erva nele. E olhei meu irmão estava no sofá.
— Quer testar primeiro? — estiquei pra ele pegar, erguendo ambas sobrancelhas.
— Quero. — ele esticou a mão de volta pra pegar o baseado. — Está me chamando de grosso? — voltou ao que respondi sobre a Lisa. Ele sabia a resposta para essa pergunta. — Ela vai entender de um jeito ou de outro. — sorriu de lado, claramente com uma ideia já na mente.
Murmuro um “Terrível” pra mim mesmo, negando levemente com a cabeça. Lisa que lutasse agora, ele tinha avisado.
— Estou. — respondi simplesmente sobre ele ser grosso. — Vai me dizer que você é um poço de gentileza agora? — ergui uma sobrancelha em tom de zoeira, mesmo não sendo porque ele não era não.
Se algo o irritasse, ele só falava e foda-se, não estava nem aí se ia ser grosso ou não, e muitas vezes eu tinha certeza que ele nem percebia que estava sendo, era muito natural dele. Ficava de cara tinha hora que saía apenas.
— Não está errado, mas também não vou discordar, porém às vezes sei ser educado. Só que tem gente que pede por minha grosseria. — ele tinha um ponto. Então o encarei na mesma hora com o que ele falou por último e deu aquele olhar pra mim.
— Eu peço por sua grosseria? Quando isso? — fiz de sonso, aumentando o sorriso pra segurar a risada quando ele estreitou os olhos pra mim.
— Pede? Não sei. Me diz você. — claro que ele se fez de sonso também.
— Eu não peço, não. Nunca fiz isso, sou um anjo, praticamente. — pisquei meus olhos pra ele, mordendo minha bochecha porque quis rir dessa mentira deslavada.
— Lúcifer também era um anjo. — rebateu, erguendo as sobrancelhas. Ergui minhas sobrancelhas igual ele tinha feito pela resposta.
— Abusado mesmo. — estreitei meus olhos pra ele, negando com a cabeça. Ele não respondeu porque não tinha nem como negar aquilo. Fatos incontestáveis.
— Deita aqui. — gesticulou com a cabeça já se jogando para trás quando o entreguei o baseado e o isqueiro.
Balancei a cabeça quando ele me chamou pra deitar com ele, fazendo exatamente isso. O sofá era enorme também, a parte estofada era bem mais larga que os comuns, me joguei ao seu lado mesmo, ficando de barriga pra cima. Virei meu rosto e apenas senti minha língua passar de uma forma apertada entre meus lábios quando vi ele tragando, pisquei meus olhos rapidamente e decidi olhar para cima. Mais seguro.
Peguei o baseado assim que ele me passou, mas acabei assistindo ele soltando a fumaça, meus olhos deveriam ter acompanhado o caminho dela e não ter ficado nos lábios dele. Merda! Voltei a olhar o baseado e o levei até meus lábios, pegando o isqueiro com ele de novo. Deixei o fogo queimar um pouco mais na outra ponta enquanto dei uma boa tragada, fechando meus lábios para deixar a fumaça presa também. Pude sentir minhas narinas arderem um pouco e essa foi a deixa para soltar a fumaça bem aos poucos. Vendo ela ir sumindo aos poucos quando subia.
Minha pele queimou um pouquinho só em sentir os olhos verdes de em mim. Quando que eu me sentia assim com o olhar do meu irmão? O que estava acontecendo comigo? Uma ruga pequena nasceu na minha testa quando notei receio no olhar dele, espera… Quê? Por quê? Estava vendo coisa, era isso. com receio? Não, eu estava mesmo ficando chapado.
— Esse é bom, hein. — ouvi seu comentário. — Onde que arranjou esse?
— Com a Lisa. — dei de ombros em seguida, fazendo o mesmo processo com o baseado e sentindo os olhos verdes de em mim. Não olha de volta, , não olha!
— Algo de bom ela tinha que fazer. — concordei com ele, soltando uma risada leve.
Entreabri um pouco meus lábios, deixando eles com um desenho de um “O” e vi a fumaça sair em círculos para cima, me tirando um sorriso leve. Virei meu rosto de novo para meu irmão e passei o baseado e o isqueiro de volta pra ele. Inspiro profundamente e arregalei meus olhos ao encarar os dele, soltando uma risada um pouco alta em seguida.
— Caralho, tá tudo em câmera lenta já! — olhei em volta sem conseguir parar de rir porque a sensação estava muito louca, mano. Era como se tudo ao meu redor estivesse parado e meu corpo rápido demais ou ao contrário. Sei lá.
— Idiota. — murmurou, rindo pra mim.
— Babaca. — rebati de volta, rindo junto.
A música pareceu ficar mais alta ainda, e a lâmpada do terraço parecia soltar pequenos raios amarelos como se saísse do sol. Esse realmente era dos bons. Voltei a olhar meu irmão e dessa vez virei meu corpo junto, ficado mais de frente pra ele, e consegui assistir ele soltando a fumaça de novo, vendo seus lábios se abrirem em câmera lenta e a fumaça sair aos poucos, meus olhos desceram e viram seu peito descer junto conforme seu ar saia junto com a fumaça. Engoli totalmente a seco sentindo minha língua coçar tanto, minha boca secar como se tivesse com sede e sabia que não era sede de água.
Juntei suavemente as sobrancelhas com o descontrole dos meus pensamentos me levando de volta àquelas lembranças proibidas. Meus olhos subiram de novo para seus lábios e o som dos gemidos dele invadiram minha mente e minha pele se arrepiou inteira com a lembrança. Será que eu nunca mais iria esquecer aquilo? O pior de tudo era sentir vontade de fazer de novo. Isso realmente era o pior, o verdadeiro fundo do poço. Subi meu olhar para seus olhos e deixei os meus mergulharem em seu verde.
Virei meu corpo de novo, deitando de bruços agora, apoiando meu corpo nos meus cotovelos. Peguei de novo o baseado, tragando mais duas vezes e sentindo tudo se intensificar mais, tudo parar e girar, meu corpo relaxar, ficar mais mole e também mais sensível. Onde eu conseguia até sentir o vento tocar cada parte da minha pele nua.
Apoiei meu corpo em um braço só apenas pra pegar meu celular no bolso da calça, aumentando o volume da música que tocava. Sorrindo fechado por ter ficado melhor. Caralho, parecia que as notas musicais entravam por por dentro de mim e a música tocava até minha alma. Umedeci meus lábios ao ouvir rir fraco assim que aumentei a música, até me tirando um sorriso leve. Gostava do som da risada dele mais que qualquer música, outro fato que já existia em mim desde criança.
— You lift my heart up when the rest of me is down — cantei junto com a música, fechando meus olhos e apenas deixando minha voz sair. — You, you enchant me, even when you're not around. If there are boundaries, I will try to knock them down — deixei a ponta da minha língua tocar o meio do meu lábio superior, balançando a cabeça no ritmo gostoso da música.
Senti se remexer um pouco no sofá enquanto cantava e isso me fez parar pra reparar na letra, já que eu só estava cantando sem nem ter prestado atenção, aquilo me fez engolir a seco. Senti tudo dentro de mim se agitar um pouco. Derrubar limites? Era isso que eu queria fazer ali? Eu sabia a resposta e sabia o quanto ela era absurdamente errada, mas o que me preocupava era se a resposta dele era a mesma que a minha.
— I'm latching on babe. now I know what I have found — abri meus olhos, passando meus dentes no meu lábio inferior, o prendendo levemente enquanto mergulhava intensificamente nos olhos dele. Eu tinha me aproximado mais ou era a maconha? — I feel we're close enough — cantei essa parte sem conseguir tirar meus olhos dele.
Nossos olhos se encontram quando cantei mais uma parte da música, só não abaixei meus olhos para os lábios dele porque estava totalmente preso em seus olhos. Abri um pouco meus lábios, deixando o ar sair lentamente, quer dizer, parecia estar tudo lento, tudo em câmera lenta. Mas o ar saiu como um suspiro baixo mesmo quando senti seus dedos passarem em meu braço. Ele só estava tocando meu braço, era só isso.
Meus olhos só se aprofundaram ainda mais nos dele como uma súplica para eu deixá-los se afogarem ali, se perder totalmente e nunca mais serem encontrados. Caralho, eles eram tão verdes, tão intensos e puxavam pra ele.
Tombei levemente minha cabeça para o lado encostando na minha mão quando notei um certo tipo de questionamento em seus olhos com a parte que eu tinha acabado de cantar. Será que era? Por que eu ainda estava tentando apagar o que estava bem diante dos meus olhos? Eu sabia ler meu irmão e ele sabia me ler. Estávamos, sim, nós dois bancando os cegos e a pior parte era admitir isso agora. Mas ele os fechou, claramente voltando atrás e vendo o quanto tudo aquilo que a gente estava sentindo e pensando não poderia de forma alguma dar bom. Só que não tirava o fato de ser uma delícia, porra, o beijo dele era muito gostoso. O cheiro dele. Encarei a curva de seu pescoço e faltou tão pouco para não me aproximar deixar meu nariz passar ali.
Encarei melhor seu rosto quando suspirei com seu toque, sentindo um tipo de calor subir por ele, um calor errado, insano e perturbado. Não era pra sentir aquilo, mas foi impossível quando vi a forma que ele ficou quando eu apenas quase perdi minhas forças com seu pequeno toque em meu braço. Quando foi que eu já me senti assim com outra pessoa? Cara, nunca! Meus olhos foram lentamente até seus dedos em meu braço quando ele fez o caminho de volta, me causando mais arrepios e dessa vez engoli o suspiro que quis sair de novo. Então deixei meus lábios desenharem um sorriso leve quando voltei olhar pra ele.
Não queria que ele se assustasse com minhas reações e queria muito menos que ele parasse de me tocar. Era pra tocar, com certeza era. O olhei na mesma hora quando ele tirou seus dedos do meu braço, recuando quando não era pra recuar.
— Continua, por favor. — acabei soltando sem nem pensar. Estava tão bom, não queria que ele parasse, poxa.
— Assim? — perguntou com a respiração pesada, suas sobrancelhas levemente unidas.
Mordi meu lábio inferior e o segurei com meus dentes, o prendendo com um pouco de força quando ele voltou a fazer o carinho no meu braço, ainda mais com a expressão deliciosa em seu rosto. Fechei meus olhos e deixei minha cabeça cair um pouco para frente, soltando o ar como um suspiro gostosinho por ele ter perguntado se era daquele jeito.
— Uhum. — respondi baixinho, me entregando inteiro só por carinho lento no meu braço.
Desde quando eu gostava de carinho? Ficava desse jeito que só faltei gemer de tão bom que estava.
Acabei olhando sua boca que me convidava tanto para se aproximar, tocar nela com meus lábios e com minha língua, ainda mais quando ele soltou o ar daquela forma. Puta que pariu, . Quis fechar meus olhos, quis abaixar a cabeça e me esconder, mas o que eu fiz foi olhar pra ele. Puxando o ar e o prendendo, sem conseguir desviar meus olhos dos dele mais, não queria também. Deixa eu me afogar em você, . Por favor. Juntei bem levemente minhas sobrancelhas com aquele pedido mudo.
Passei minha língua em meu lábio superior quando vi seus olhos permitirem eu ficar ali o quanto eu quisesse. Não sabia como, mas parecia muito que ele estava me lendo tão bem que pareceu ler minha mente. Parecia até ter respondido ali. Então me afoguei mais, como se o castanho dos meus olhos estivessem se misturando no verde dele. Como seria essa real mistura? Seria a cor da insanidade que sairia? Bem provável, mas não tinha problema, ainda assim queria ficar ali, queria ficar nele. Puxei mais ar, me impedindo de pensar mais, era perigoso dar ouvido aqueles pensamentos. era ainda meu irmão, sempre seria. E nem gostar de meninos eu gostava. Por que estava me atraindo por ele e apenas por ele? Não pensa, , não pensa.
Desviei meus olhos dele, encarando o sofá, pronto. O estofado e começando a fazer leves círculos nele com meus dedos. Ouvi ele ficar frustrado quando deixei de olhar pra ele, isso me fez encolher um pouco ali. Não sabia o que fazer mais. Queria ele, sabia que era errado. Mas queria. Não conseguia mais não querer. Era péssimo em tentar controlar as coisas dentro de mim, nunca fui de me privar das coisas. Era mimado demais pra isso. Só que querer o próprio irmão era demais até pra mim. E sabia que ele pensava a mesma coisa. Por mais que eu visse algo a mais em seus olhos, conhecia meu irmão o bastante pra saber que ele estava enterrando muita coisa que estava sentindo. Engoli o meu suspiro frustrado quando ele desviou seus olhos. Não! Já chega disso! Estava cansado já, exausto. Deixa eu te olhar, eu deixo você me olhar também. Estava ficando cansativo esse jogo de esconder e aparecer nosso. Não teria vitória nele se ambos queríamos a mesma coisa. Eu me recusava a perder meu irmão por causa daquilo, isso era um fato. Nem que eu vivesse engolindo aquela vontade de beijar ele todo dia pelo resto da minha vida, eu faria.
Ele era o meu bem mais precioso. Apesar das nossas brigas, eu não conseguia viver longe dele. Não me lembrava de um dia que tivesse ficado longe dele e fiquei com saudade o dia todo. Esperando ele voltar ou esperando voltar pra ele. Parecia que meu dia não era completo sem o . Eu não era o mesmo sem ele. Uma parte minha faltava, uma parte inteira e enorme. Esse medo eu sempre teria nos meus olhos. Medo de perder a única pessoa que me tinha como ninguém tinha. Confiava demais nele e sabia que nunca iria confiar em outra pessoa.
Senti vontade de sorrir e senti meus lábios até se moverem um pouquinho quando notei seu rosto se suavizar, sua respiração ficar leve quando estava mergulhado e totalmente submerso nos seus olhos.
— Você curte ficar com a Lisa? — fiz uma careta engraçada pela pergunta dele, achando extremamente do nada; abri a boca pra responder e ele mesmo mandou eu esquecer aquilo, fazendo eu rir dessa vez.
— Curto mais os baseados que ela me proporciona. — falei de zoeira, mantendo um sorriso divertido no canto da boca.
— Hm, posso te arranjar melhor. — deu de ombros ao dizer isso.
— Vai ser meu traficante, maninho? — ergui a sobrancelha pra ele, rindo um pouco, mas ficando feliz por ele ter se oferecido para aquilo.
— Hm. Posso ser o que você quiser. — sorri um pouquinho mais ao ver o sorriso dele. As covinhas dele eram tão lindas, sempre sentia vontade de morder se isso não o fizesse me socar.
— O que eu quiser? — perguntei animado, deixando o sorriso largo nos lábios, o olhando como se estivesse tendo milhares de ideias pra pedir pra ele.
Acabei rindo um pouco com ele também quando confirmou minha pergunta.
— , essa sua mente às vezes me dá medo. — soltei uma risada.
— Não tem nada de diabólico nela. — mostrei a língua pra ele.
— Imagina. — rebateu, rolando seus olhos.
— Tá perfeito você ser o mesmo. — respondi, voltando ao sorriso e olhando pro sofá de novo. — Mas adoraria os baseados. E você pode ser meu cantor privado também. Gosto da sua voz. — falei com meu tom de abuso mesmo, eu era sim um abusado e sorri mais abertamente ao pedir isso.
— Ah, está? Mesmo eu brigando contigo? — sorri ao ver o biquinho fofo que tinha feito. — Ok, vou te arrumar os baseados... e o cantor... vou pensar no seu caso. — estreitei meus olhos na direção dele.
— Mesmo você brigando comigo. Gosto de você em todos os momentos, até naqueles que eu te odeio. — soltei uma risadinha fraca com isso, mas era verdade. acabou rindo alto quando falei isso e eu sorri mais abertamente. Amava a risada dele! — Você tinha dito que seria o que eu quisesse, poxa! Se você cantar pra outra pessoa, eu destruo seu quarto. — falei sério como se fosse uma ameaça.
— Você com certeza é masoquista. — dei de ombros, talvez fosse mesmo e até tombei a cabeça para o lado em sugestão que talvez aquela brincadeira dele fosse a verdade. — Eu também gosto de você em todos os momentos, até naqueles que sinto vontade de te matar. — sorri para ele quando falou. — E larga de ser ciumento, ! Destrói meu quarto para você ver. — estreitou os olhos pra mim, respondendo minha ameaça e eu apenas deixei meus olhos estreitados de volta nos dele. — Mas eu sou o que você quiser que eu seja. — voltou a dizer, mordendo seu lábio inferior antes de me dar mais um dos seus sorrisos. Abri meu sorriso bem largo pra ele, fazendo minha expressão de vitória por causa daquilo. — Você já beijou alguém e gostou demais? — parei de respirar um pouco quando ouvi a outra pergunta dele, até me perdi nos desenhos que eu fazia com os dedos no estofado.
Lambi meus lábios com um pouco de força, querendo mesmo me jogar daquele sofá. Fingir um possível desmaio. Droga, o que eu responderia? Claro que já, o beijo dele, por exemplo. Virei meu rosto e o encarei sério.
— Já beijei gente demais e eu tenho só quinze anos. Uns bem ruins e outros bons. — mordi meu lábio inferior rapidamente. — Mas um só que ficou na minha mente. Um que eu não consigo mais esquecer. — desci meus olhos para seus lábios dessa vez. Inferno... Ele tinha perguntado! — E você? — subi meus olhos de volta para os dele, com medo da resposta.
Queria saber se era a mesma resposta que eu ou se era diferente porque daí mudava bem as coisas. Se fosse diferente eu saberia que só eu tinha sentido o que não deveria. Soltei meu lábio preso entre meus dentes quando ele se ergueu um pouco, depois parou mais perto de mim, deixando nossos lábios na mesma reta e porra... Eu precisava tanto de um beijo dele.
— Apenas um conseguiu me marcar. — segurei seu olhar no meu quando abri minha boca, puxando a fumaça que ele tinha soltado, mal percebendo que eu tinha chegado mais perto para fazer isso, só percebi quando senti nossos lábios roçarem um pouquinho quando suguei a fumaça. Deixei ela ser solta pelo meu nariz e meus olhos automaticamente se fecharem só por uns segundos com seus dedos frios tocando minha pele que parecia ter a temperatura de um vulcão em erupção. — E eu não consigo parar de sonhar e pensar nele. — voltei abrir meus olhos quando ouvi sua voz, um arrepio intenso percorrendo minhas costas inteira com suas palavras, a respiração dele batendo no meu rosto por ele estar perto demais. Não pensei e levei minha mão até a cintura dele, mergulhando um pouco mais em seus olhos e querendo saber daqueles sonhos.
Meus dedos subiram e desceram em sua cintura e meu olhar caiu de novo para seus lábios quando sua mão foi para meu pescoço. deitou de novo e eu me aproximei agora, abaixando meu rosto e deixando meu nariz raspar levemente no dele.
— Se você pudesse beijaria de novo? — apertei sua cintura com um pouco de força por tentar me controlar até na resposta para aquela pergunta. Mas foda-se também.
— Eu sei que é errado. Sei também que não deveria… — acabei deixando a ponta do meu nariz passar por sua bochecha, inspirando um pouco sua respiração e seu cheiro. — Mas eu beijaria sim. — me afastei um pouco apenas pra olhar em seus olhos. Subi minha mão de sua cintura até sua costela, alisando ali com as pontas dos dedos. — Se a pessoa quisesse também. Claro. — deixei meus lábios se curvarem um pouquinho só para o lado, não desviando dos olhos dele enquanto minha mão voltava para sua cintura, o apertando novamente.
— Eu quero. — vi seu sorriso de lado, sentindo meu coração se acelerar pra cacete com sua resposta.
Ele queria também. Fechei meus olhos na mesma hora quando ele juntou nossos lábios, apertei um pouco mais meus lábios nos dele gostando demais da sensação de poder senti-los de novo. Foi minha vez de se arrepiar todo com seus dedos no meu cabelo. Subi minha mão de sua cintura até o rosto dele, desenhando o contorno dele quando abri meus olhos ao vê-lo respirando daquela forma. Acabei sorrindo só de notar ele segurar a risada. Ele voltou a deitar, mas não me afastei, continuei passando meus dedos no seu maxilar agora, depois queixo e deixei meus dedos ficarem trilhando um certo tipo de carinho na lateral do seu pescoço.
Beijei de leve a ponta do nariz dele quando vi que ele tinha ficado preocupado quando me mexi no sofá e isso fez ele abrir seus olhos. Tinha sido fofo, não iria me afastar até ele pedir.
Não aguentei e ri junto com ele assim que passei meu nariz no dele de novo. Tinha sido muito gostoso mesmo. Ainda sentir que ele tinha gostado. Sorri bem de leve com a forma que seus olhos olharam os meus. Estavam presos ali me dizendo que gostava do que via. Isso quase me fez beijá-lo de uma vez.
— Adoro seu sorriso. — sussurrei extremamente baixo, até sentindo umas sílabas mal saírem pela rouquidão da minha voz.
— Eu adoro o seu também. — respondeu rouco, unindo suas sobrancelhas em uma expressão até de tortura, o que me tirou totalmente o ar.
Me apoiei melhor nos meus cotovelos, deixando meu rosto mais em cima do dele mesmo estando nós dois ao contrário um do outro. Passei meu lábio inferior pelo dele, o pegando com meus lábios e o segurando enquanto deslizava meus lábios até seu queixo, soltando seu lábio pra morder seu queixo. Olhei seu sorriso de lado e soube que passou alguma provocação na sua mente, isso me fez olhar pra ele com curiosidade com o que tinha pensado.
Voltei novamente para sua boca, dando outro selinho mais demorado. Suspirei bem baixinho e fraco no nosso selinho quando ele puxou mais o ar e eu acabei fazendo o mesmo. Era muita doideira querer tanto o beijo de alguém assim. Abri lentamente nossos lábios, mas quando fui deixar minha língua procurar a dele, me afastei, lambendo seus lábios com vontade, deixando minha língua passar deles até seu queixo.
— Está mesmo me provocando, ? — isso me fez rir fraco, não respondendo também.
Será que eu estava mesmo? Então me abaixei mais, deixando meu rosto ir pra lateral do dele, aproveitando meus dedos em seu pescoço e fazendo eles segurando o rosto dele pra virar para o outro lado, começando a distribuir mordidas leves e beijos por seu pescoço. Finalmente podendo inalar seu cheiro que me arrepiava inteiro. Soltei o ar contra sua pele quando ele virou mais ainda seu rosto, deixando eu tocar nele, eu tocaria mesmo. Teria que me segurar pra não querer fazer isso por todo seu corpo.
— Pode me tocar mais, sei que você quer, e eu também quero sentir sua mão em mim. — estremeci um pouco com aquele aval que ele me deu e com sua confissão. Engoli a seco com isso e olhei para os seus olhos rapidamente.
— Você pode me tocar também, . Eu… eu também quero. — sussurrei, sentindo que estava tímido e aquilo nunca tinha rolado comigo.
Nunca ficava tímido com ninguém em pegação alguma. Mas com ele eu me senti vulnerável. Tímido e inseguro. Não sabia explicar, mas só sentia. era meu irmão mais velho e agora estávamos confessando que queríamos nos tocar, sentir nossas mãos em nossos corpos. Aquilo fazia meu peito palpitar bem feio mesmo. No entanto, não iria parar, nem conseguiria se tentasse. Eu o desejava demais.
Sorri de leve com sua pele arrepiada. Mordi sua pele de um jeito mais gostoso quando ouvi seu gemido. Quase me tirando um porque nossa… Os gemidos dele não saiam da minha mente, podia sentir até meu pau criar vida sempre que lembrava. Suspirei rouco lambendo seu pescoço com seus dedos apertando minha nuca. Chupei de leve a curva de seu pescoço e fiz questão de morder seu ombro de leve.
— Ah, . — ouvi seu murmúrio quando mordi suas costas.
Porra, aquilo me queimou. A forma como ele se virou mais pra mim no sofá, um pedido mudo pra eu continuar. Os suspiros, os gemidos estavam me deixando louco. Seus dedos subiram em minha nuca com certa pressão por entre os fios até se fecharem nele.
Soltei seu rosto, chupando de leve sua pele um pouco abaixo do maxilar. Então deixei minha mão aberta deslizar por todo seu peito até chegar em sua barriga, sorrindo ao ver o contraste da minha pele na dele. Uni minhas sobrancelhas com ele erguendo seu corpo quando deslizei minha mão por ele. Você quer que eu desça mesmo, ? Isso me fez engolir a seco. A verdade era que eu senti curiosidade de descer mesmo, de sentir como ele estava, como seria a textura, o que provocaria nele quando eu o tocasse. Tá, eu queria muitas coisas. Mas queria mais o beijo dele. desceu seu quadril ao olhar para o meu rosto. Ele soube que talvez tinha me assustado com aquilo, afinal, eu nunca mesmo tinha pegado outro garoto além dele.
Peguei o baseado com ele de novo, me levantando do sofá pra tragar mais uma vez e fui até o interruptor para mudar o tom do vidro, o deixando um pouco mais escuro. Sentia os olhos dele em mim quando me levantei. Meus olhos foram para os dele e ergui levemente a sobrancelha com o que vi em seus olhos. A forma como me olhava. Caralho, ! Sorri junto com ele quando tudo escureceu. Sentia até minha pele queimar inteira só com os olhos dele em mim.
Traguei mais um pouco, prendendo a fumaça e deixei o pouco que tinha sobrado no cinzeiro, o apagando também. Voltei pro sofá só que agora subi em cima do meu irmão mesmo, inspirei com força mesmo quando sentei em cima dele porque me senti até tonto com seu olhar passando em mim, praticamente sussurrando gostoso no meu ouvido que ele queria me pegar gostoso. Foi assim que ele me fez sentir só de me olhar. Uma trilha de arrepio percorreu meu corpo todo com suas mãos subindo das minhas coxas até minha cintura. Filho da puta gostoso mesmo.
A forma como ele me olhava estava me deixando duro, era isso, ele me olhando me deixava duro. Como podia? Aproximei nossos rostos e puxei levemente seu lábio inferior para baixo com meus dedos até segurar seu queixo, onde soltei a fumaça em sua boca. Meu corpo se remexeu levemente em cima dele com sua língua tocando meus dedos que prendia seu lábio. puxou o ar com vontade comigo se remexendo em cima dele e olhou para baixo vendo meu quadril contra o dele, seus lábios ficaram lustrosos com sua língua os umedecendo com isso e voltou seu olhar até encontrar o meu, então lambeu mais meus dedos que estavam ainda em seus lábios.
Sorri safado quando ele puxou a fumaça da minha boca, a soltando para cima, mas não tirei meus olhos dos dele nem pra piscar. Sorri mais de lado com seu quadril praticamente me empurrando contra sua boca.
— Me beija daquele jeito de novo? — pedi baixinho.
Ele encostou seus lábios nos meus em um selinho. Segurei seus ombros com força mesmo ao retribuir o selinho, deixando ele apertado e um pouco desesperado. Me dá logo seu beijo, porra. E foi isso que ele fez, recuando e voltando quase no mesmo instante com sua língua entrando em minha boca, pegando a minha de um jeito que fez meus olhos se revirarem.
Meus dedos subiram de seus ombros até seu pescoço, depois até seu rosto enquanto eu me sentia totalmente tonto por aquele beijo. Então puxamos o ar um do outro de forma desesperada tornando aquilo mais intenso.
O cheiro dele toda vez que eu respirava invadia minha mente, só fazendo eu enfiar minha língua de volta em sua boca, esfregando a minha na dele de um lado para o outro de um jeito tão erótico que fazia meu corpo todo pirar. Nossos lábios em um perfeito encaixe, amassando um no outro, acariciando e se esfregando enquanto nosso fôlego se perdia entre o beijo.
Toda vez que eu puxava mais ar, puxava o dele e ele puxava o meu. Só fazendo o beijo ficar mais intenso, mais profundo. Suspirei forte dentro de sua boca com suas mãos subindo nas minhas costas. Seus dedos seguraram minha pele com um pouco de pressão o puxando contra ele, o fazendo arfar com aquele contato. Tudo girou com seu gemido junto com o meu. Juntei as sobrancelhas com aquele tesão que estava me tomando por causa dos seus lábios, acabei gemendo junto com ele quando me abraçou, fazendo nossos peitos se chocarem. Não aguentei e nem segurei meu quadril se movimentando em cima dele, deslizei um pouco meu peito no dele, subindo e descendo, enquanto meu quadril se forçava contra o dele.
Arfei e senti até meu abdômen se contrair de tanto que prendi o ar também com suas mãos em minha pele, me excitando tanto quando ele pegou meu cabelo. Então pegou meu cabelo com um pouco mais de força. Gemendo de novo com meu quadril se chocando agora com força com nossos peitos deslizando apertados um no outro. Dei uma impulsionada com meu quadril no dele com força mesmo, tirando um gemido fraco dele. Subindo um pouco seu corpo até quando ele girou o beijo, o deixando ainda mais gostoso, tão delicioso que me tirou um gemidos bem fracos e baixo. Porra, como você é gostoso, .
Invadi sua boca com minha língua, empurrando meus lábios nos dele, deixando eles passarem sobre os dele com mais violência. Mais fome. Mordi seu lábio inferior com força no beijo, suspirando com meus dentes afundando nele e queimando pra caralho com o gemido alto que ele soltou por causa da mordida. Ele negou com a cabeça e puxou meu cabelo com força mesmo, atacando minha boca de volta, enfiando sua língua ainda mais na minha boca, roubando a minha, roubando meu ar, roubando tudo o que ele conseguia. Meu coração pareceu querer saltar da minha boca de como eu fiquei com tesão quando ele me prendeu contra si, cruzando seus braços em minhas costas.
Deixei meus lábios entreabertos, puxando e soltando o ar sem movimentar meus lábios nos dele, pelo menos por alguns segundos porque eu sentia que ia queimar com aquela onda que estava me dando. Sabia que era o baseado, mas aquele desejo absurdo que eu estava sentindo por ele era muito mais além do baseado. Então voltei a movimentar minha língua contra a dele, voltando ao beijo enquanto meu ar era solto em tons de suspiros. Sorri contra seus lábios por adorar ele bagunçando meu cabelo daquele jeito gostoso, empurrei seu quadril de volta quando ele o impulsionou pra cima. Então esfreguei minha ereção contra ele, sentindo como eu estava duro pra porra só com aquele beijo. Meu irmão mordiscou meu lábio inferior com meu quadril se esfregando de novo contra o dele.
Gemi baixinho e fraco com ele puxando meu cabelo, então o filho da puta puxou de novo e eu sabia que ele queria ouvir meu gemido de novo. Deslizei minhas mãos em seus braços, o fazendo me soltar lentamente, sem parar de beijá-lo. Segurei suas mãos quando ele me soltou, entrelacei nossos dedos e levantei nossos braços, deixando eles presos em cima de sua cabeça. Senti ele sorrir entre o beijo por causa daquilo. Apertei suas mãos com as minhas, rompendo o beijo apenas pra beijar sua bochecha e pude ver seu sorriso lindo por causa disso, beijei seu maxilar, pescoço, queixo e suspirei fraco com ele se mexendo embaixo de mim totalmente excitado e arrepiado por causa dos meu beijos. Voltei aos seus lábios, grudando meus lábios nos dele e apertando contra.
— Eu tinha pedido seu beijo de presente de aniversário quando soprei as velas. — contei baixinho pra ele. Tinha sido mesmo meu pedido no aniversário de hoje. — Obrigado por realizar. — sussurrei contra seus lábios, chupando de leve seu lábio.
— Podia ter me pedido isso em vez de ter gastado seu desejo de aniversário assim. — comentou, sorrindo de lado para mim. Seus olhos se viraram com a chupada em seu lábio inferior. — Obrigado por ter me deixado te dar esse presente. — sussurrou de volta com a respiração trêmula pra caralho.
Voltei ao beijo, não conseguindo e nem querendo parar de beijar meu irmão. Levantei meu tronco, mas o puxei comigo, ainda segurando suas duas mãos. As coloquei na minha cintura, onde ele pegou com vontade mesmo me puxando pra perto, e as minhas foram para seu cabelo que estava bem preso com aquele lenço ou bandana, nunca lembrava o nome.
— Não me mata por isso. — pedi entre o beijo, lambendo seus lábios antes de invadir sua boca de novo, então tirei aquilo do seu cabelo com cuidado, deixando ele cair no sofá mesmo.
Então peguei seu cabelo de jeito, o bagunçando bem gostoso e puxando contra meus dedos, quase gemendo junto quando ele soltou um extremamente delicioso. A verdade era que aquele beijo estava melhor do que a festa toda. Aquele beijo seria meu desejo de todas as noites, não só do aniversário.
Suas mãos seguraram a minha pele com vontade, e deslizaram por ela, só me fazendo tomar sua boca com mais fome. jogou seu peito contra o meu em um pequeno impulso e suas mãos desceram com pressão até minha bunda, a apertando. Meus dedos entraram ainda mais em seu cabelo, o puxando bem gostoso e bem forte. Senti as mãos dele deslizarem por minha cintura, e desceram por minhas coxas, a esquerda foi para a parte inferior de uma delas. Suspirei fraco e rouco contra seus lábios ao sentir meu peito estufar por ter puxado muito ar. Sua mão procurou por meu pau, o apertando de leve e sentindo como eu estava duro. Aquilo me tirou um gemido alto e sôfrego contra seus lábios, onde empurrei um pouco mais meu quadril contra sua mão. Aquilo era insano!
subiu sua mão para meu peito, o alisando e apertando, indo para minhas costelas e as apertando, me roubando o restinho de ar que eu tinha segurado. Chupei sua língua bem gostoso em resposta, sentindo meu coração muito forte mesmo, ele parecia querer sair andando para fora do meu corpo. Caralho, nunca tinha sentido isso antes. Revirei meus olhos e gemi falhado com a mordida que ele deu em meu lábio inferior com força.
— Eu não sei o que está acontecendo comigo, mas estou muito excitado por sua causa. — confessou o que eu estava sentindo, seu pau extremamente duro estava bem nítido contra mim e isso me tirou outro suspiro fraco. Não estava diferente dele.
— Eu também estou muito excitado. — comentei baixinho, respirando fundo. Ele tinha sentido já como eu estava, mas achei que era necessário confessar em voz alta pra mim mesmo até.
— Essa porra é fodida demais. Muito fodida. — então beijou meus lábios, tomando minha boca brevemente com a sua língua deliciosa, esfreguei a minha na dele de volta. — Eu já fiquei com uma porrada de gente, você sabe. — abriu seus olhos e me olhou, balancei a cabeça em concordância. Meu irmão estava ofegante assim como eu também estava, senti vontade de lamber seus lábios quando vi que ele os umedeceu. — Mas nunca me senti assim com ninguém. Excitado desse jeito por causa de um beijo. Eu não quero parar, . — vi em seus olhos verdes o quanto ele estava sincero comigo. não mentia pra mim nunca. — Não para de me beijar. Eu quero mais, por favor. Me beija até… — sua mão segurou meu rosto e ele voltou a me beijar com vontade mesmo.
Gemi fraco de novo contra seus lábios quando sua mão foi para minha nuca, pegando meus fios negros e a outra apertou minha coxa, me deixando ainda mais colado nele. Tomei sua boca com a minha de volta. Essa era a minha resposta, não queria parar de beijá-lo também.
— Não quero mais descer para a festa. Quero ficar com você pelo resto dela. — disse baixinho contra seus lábios.
— Também não quero descer, não tem nada que me interessa lá embaixo, só aqui. — juntou nossos lábios em um selinho apertado.
Sorri contra seus lábios e o beijei de novo, nos deitei de volta no sofá, passando minha perna por sua cintura. Nos deixando de lado mesmo, senti sua mão apertar minha coxa e alisá-la. Não sabia por quanto tempo ficamos assim. Meus lábios nos dele, os lábios dele nos meus. Nossas línguas se enroscando com uma fome imensa uma pela outra. Minha mão em sua cintura, apertando e o puxando contra mim. Nossas respirações extremamente descompassadas. Não existia mais fôlego, mas não tinha menção de nenhum de nós dois pararmos.
Nossos pais não voltariam naquela noite mais, a casa era nossa. Mas na verdade, eu queria só aquele sofá sendo nosso pelo resto dela. Subi em cima dele e paramos aos poucos de nos beijarmos. Senti seu olhar em mim e devolvi na mesma intensidade. Seus lábios se curvaram em um sorriso fraco e eu fiz o mesmo. Encostei minha testa na dele e deixei nossas respirações se embolarem mais um pouco. Desci um pouco meu corpo e encostei minha cabeça em seu peito, ouvindo como seu coração estava acelerado pra caralho. O meu também estava e era por ele.
— Dorme comigo? — pedi baixinho, fechando meus olhos e inalando seu cheiro.
— Durmo. — sorri com sua voz rouca entrando dentro de mim e relaxando cada músculo meu.
Inalei seu cheiro viciante e delicioso, ouvindo meus batimentos irem ficando mais controlados assim como os dele. A música ainda tocava alto, mas só a sua respiração que me importava no momento.
Ele estava certo o quanto aquilo era fodido demais.
Não queria parar de beijá-lo também. E eu não estava falando só dessa noite.
O que seria de nós agora?
Capítulo 3 - All the Things He Said
Seis meses depois
Eu tinha falado com a Lisa, avisei para ela ficar longe do meu irmão, bem pausadamente e explicitamente, mas ela continuou. Abusou totalmente da minha paciência, que já não era muita, então eu fiz o que tinha que ser feito. Simples assim.
Criei uma conta no Twitter e comecei a jogar todas as merdas da sua família lá, inclusive os nudes que ela já tinha mandando para várias pessoas que eu conhecia. Era ótimo ser um nesses momentos, porque eu pedia, e as pessoas mandavam, e eles sabiam que se abrissem o bico, os próximos seriam eles. Vazei até mesmo os vídeos dela pegando umas meninas bem loucamente, dedando elas e tudo. Aquilo foi um balde cheio.
Lisa não era a santinha que gostava de pagar para sua família, e agora todos sabiam disso, inclusive que ficava dando drogas para os outros. Ops. Além de uma safada que adorava uma pegação, o que não julgava, porque eu também gostava, era uma também traficantezinha que fingia ser princesa. Isso lhe rendeu alguns problemas bem legais. Acho que seus pais não gostaram muito de saber disso.
Logo apaguei a conta como se nunca nem tivesse existido, a merda já tinha sido jogada no ventilador e tinha prints espalhados por toda a cidade, então o estrago foi feito. Mandaram a Lisa para um internato, e provavelmente iria ser deserdada. Uma pena, não é mesmo? Só que não. Isso era para ela aprender a não se meter com os e nem mais com ninguém. Ridícula do caralho mesmo. Aquilo não era mais um problema, agora o meu problema era outro.
Meu irmão estava de cu virado comigo só porque sai com a Ray para uma festa com uma galera doida e não o convidei. Uma pena, não é mesmo? Quem mandou ir para a festa aquela vez sem mim? A gente foi para uma rave que durou o final de semana todo, e acabamos acampando por lá mesmo e nem tinha sinal de celular direito, então ficamos sem nos falar os três dias que fiquei fora. Fiquei com saudades? Pra caralho! Quis que ele fosse? Com toda certeza do mundo. Porém, eu ainda estava puto com ele por causa daquilo, então aquele era meu troco.
Quando cheguei na segunda de manhã, o desgraçado nem olhou na minha cara. Ok, deixa estar. Passei o dia enchendo o saco dele, e o babacão nem me encarou, não falava nada. Apenas me ignorava, fingindo que eu nem existia. Nossos pais tinham viajado, só estávamos nós dois e os empregados em casa, então se a gente brigasse, não teria ninguém no mundo que nos separaria, porque o pessoal que trabalhava ali não chegava nem perto da gente.
Não demorou muito e me irritei com aquilo tudo. O lance dele me ignorar. Fui para o escritório do nosso pai e comecei a beber, tomei quase todo o whisky dele que com certeza iria me matar por causa daquilo, mas foda-se, eu queria ficar bebado até dormir. Porém, toda desgraça para corno é pouco. Eu fiquei bêbado e sem sono, o calor não me deixava dormir.
Levantei no meio da noite ainda ruim, as coisas ainda giravam. Ainda estava irritado e frustrado que meu irmão não queria falar comigo. Então fui para o quarto do meu de e a porta estava trancada. Não me surpreendi por isso, afinal, não estava nem olhando na minha cara.
— ! — chamei com a cabeça encostada na porta. — Eu não aguento mais, ok? Fala comigo, por favor. — pedi e abaixei a maçaneta de novo. — Abre a porta, vai. Me deixa dormir contigo. — sussurrei bêbado com a voz levemente embargada. Ele não me respondeu, não abriu a porta, certamente estava dormindo. — Tudo bem, você não vai mais falar comigo, então não faz sentindo ficar aqui. — eu estava sendo dramático só para ver se aquele idiota abria a porta. — Você sabe muito bem que não posso viver sem você. — e aquilo era verdade e não tinha drama nenhum naquilo. — Vou te deixar em paz… Para sempre. — falei, então me afastei e sai andando, descendo e indo para a piscina.
A noite estava toda aberta, quente pra caralho, e tudo no maior silêncio. Eu vestia apenas minha cueca e ainda assim conseguia sentir minha pele suando. Parei na borda da piscina olhando lá para dentro ainda sentindo tudo rodar, sabia que não deveria fazer isso, mas paciência também. Olhei para o quarto do meu irmão vendo ele lá, parado na em sua sacada me encarando fumando certamente maconha em seu narguilé e soltando aquela fumaçada toda.
Só dei um sorriso de leve para ele, um triste por não estar falando comigo por mais soubesse que merecia aquilo. Seus olhos se estreitaram em minha direção claramente não acreditando em mim, e logo desviaram voltando a sua atenção para o narguilé. Ok. Você vai mesmo continuar me ignorando, ? Tudo bem. Pode me ignorar então o quanto quiser.
Tudo o que fiz foi respirar bem fundo e fechei meus olhos, e só deixei meu corpo cair na água, afundando rapidamente. Uma coisa era verdade, não importava onde eu estivesse, sempre estaria comigo, aqui ou do outro lado.
Segurei a minha respiração o máximo que consegui sentindo até mesmo meus pulmões queimarem, e quando pensei que não aguentaria mais, que isso não faria vir atrás de mim, ouvi o barulho de alguém mergulhando e logo um par de mãos me puxaram para cima.
Assim que submergimos puxei o ar e abri meus olhos vendo meu irmão ali. Ele me encostou na beira da piscina olhando bem para meu rosto, me examinando para saber se estava bem. Comecei a rir, porque não aguentei. O jeito que me olhou puto por aquilo era ótimo, ainda mais quando percebeu que era zoeira com ele. Então jogou água na minha cara me fazendo rir mais alto.
Vi a raiva transbordando de seus olhos por causa da minha risada, ele queria enfiar a mão na minha cara, eu tinha certeza disso como aquela lua que brilhava em cima de nós. E aquilo só me fazia rir ainda mais.
— Enfia essa porra de “não viver sem mim” no seu cu, filho da puta. — se afastou de mim quando disse aquilo.
— Mas eu não consigo mesmo, e duvido que você também. — rebati erguendo uma sobrancelha. Não meti sobre aquilo e nunca mentiria. Era impossível viver sem aquele desgraçado.
— “Mas eu não consigo mesmo.” — repetiu o que eu disse de uma forma irritante, estreitando mais ainda os olhos em minha direção e isso me fez jogar água em sua cara.
Mas eu não aguentei e joguei a cabeça para trás gargalhando alto. Foi ótimo a cara de ódio que estava me olhando ainda mais quando me imitou, puta que pariu. Aquele tom irritadinho dele, nossa! Eu estava me deliciando tanto. É bom, né ? Irritar os outros. Eu era um cretino vingativo, sabia disso, e ele já deveria estar acostumado com meu jeito. Então jogou mais água quando em minha cara, dando um tapa nela.
— Quer que eu chame a Ray pra ficar contigo? Ligo para ela agora mesmo, já que você prefere ela do que eu. Só não vem com suas merdas de mentiras pra cima de mim de novo. — me fuzilou com o olhar sentindo muita raiva mesmo, dava para ver as faíscas em seus tons escuros.
— Ah, que bonitinho. Tá com ciúmes? — soltei rindo jogando um pouco de água na sua cara de volta. Eu era um belo de um filho da puta mesmo e ainda estava pagando para ver a sua raiva. — Eu já fodi ela demais no final de semana, enjoei. Quero ficar contigo agora. — pisquei um olho para ele sorrindo de lado, e aquilo era outra verdade também. Queria ele, e não aquela garota. Mas rolou os olhos claramente não acreditando em mim. — E eu não prefiro ela, e nunca vou preferir. — rebati agora sério para que entendesse aquilo e não ficasse achando que era realmente outra coisa. Até parece que eu preferia a Ray. A coitada dela. Porém a raiva dele estava me divertindo.
— Não, só estou oferecendo ser legal contigo e chamar sua namorada pra vir aqui te fazer companhia porque eu mesmo não quero mais olhar na sua cara. — falou palavra por palavra, e eu podia sentir sua raiva em cada uma dela. Achava que era real que queria me socar. E mais uma vez ri, ainda mais por dizer que Ray era minha namorada. Então me deu o dedo do meio e aquilo só me fazia gargalhar. — Arranja outra puta pra foder, porque eu não quero ficar perto de você. — disse chegado para trás tomando mais distância de mim. Então balançou a cabeça bem cínico. — Não prefere agora porque cansou de foder ela de tudo quanto é jeito. — desviou o olhar, virando o rosto para encarar qualquer lugar menos eu.
— Não, imagina que não é ciúmes! Ah, me poupe, . Admite logo que você morreu de ciúmes de me ver com a Ray. Você deveria provar também, a boceta dela é uma delícia. — provoquei dando um sorrisinho de lado o olhando rindo um pouco só para irritar mais um tantinho só. Seus olhos rolaram com aquilo. Ai ai, o putasso comigo estava engraçado. — Bem que você podia ser minha putinha. — rebati mordendo a ponta da minha língua para não rir de novo naquilo e o vi travando agora. — É, deve ser mesmo. — cuspi minhas palavras por ele ter sido idiota por não acreditar que preferia ele a foder a Ray.
Ah, eu estava pedindo para apanhar, sabia disso, mas meu irmão jamais seria que nem eu e me socaria por causa daquelas coisas. tinha um limite e eu adoraria vê-lo passando por cima dele. Ignorei a parte que disse que não queria mais olhar na minha cara, eu o faria olhar querendo ou não. Ia ter que me engolir sim. Quanto mais eu ria daquela situação toda, com mais raiva ficava, sentia que se meu irmão pudesse, iria me explodir aquele momento apenas pelo modo que estava me olhando. A raiva borbulhava em seu olhar, e aquilo cada vezes mais me arrancava risadas. Mas sabia que estava com ciúmes da Ray e não discuti sobre aquilo. A gente não costumava lidar muito bem quando éramos deixados de lado. Era uma merda isso, mas eu também sentia ciúmes dele. Não tinha como mudar, e a maior parte das vezes eu só fingia que não sentia nada.
— Não curto pegar restos, obrigado. — fez de descaso e ergui as sobrancelhas achando graça dele ter chamado a Ray de resto. Errado não estava, mas ela ainda não deixava de ser gostosa. — O rabo do Rick é muito melhor. — franzi o cenho com aquilo e travei meus maxilar. — Tão apertadinho que meu pau pulsou pra caralho. Realmente, foi muito bom comer um macho pela primeira vez. Acho que vou até ligar pra ele agora pedindo pra repetir a dose. — rebateu, olhando para o seu sorrindo malicioso em seguida.
— Você disse que nunca tinha se interessado em ficar com garotos. — aquilo saiu de minha boca sentindo aquela pontada de ciúmes enfiando bem no meu peito.
Eu pensei que tinha sido o único que já tinha ficado, e a ideia de que não era mais me incomodou. Sabia que era um puta babaca por sentir isso, mas não era como se pudesse controlar, porque uma parte minha queria que eu fosse o único garoto da sua vida.
— Não tinha mesmo. Achei apenas um seria minha exceção... Parece que me enganei. — estalou a língua no céu da boca olhando pra mim com atenção em seguida. Meu olhar pesou sobre de um jeito que não consegui controlar. — Ué, maninho. Tá com ciúmes? — ergueu as sobrancelhas.
— Vai se foder, . — mandei vendo seu maxilar se travar... Virei o rosto não querendo olhar para o sentindo a minha raiva me tomar.
— Vai você se foder, babaca. — rebateu puto. Respirei fundo com aquele imbecil me xingando de volta.
— Vai, liga para ele. Fode ele loucamente com força. — mandei o empurrando pelo peito sentindo a raiva me tomando por causa daquela bosta.
— Pode deixar que eu vou mesmo foder ele loucamente com muita força pela noite inteira de preferência. — respondeu no mesmo tom.
— Cala a boca. — mandei jogando água na sua cara para ver se assim parava de falar daquele garoto e ele só virou o rosto não ficando calado agora.
Não falei mais nada também porque sabia que se continuássemos com aquilo eu iria acabar socando ele. Então travei meu maxilar sentindo a raiva me tomar de uma forma que não podia imaginar que aquilo iria acontecer naquele momento. E então, de forma inesperada, meu peito doeu com suas palavras, porque eu… Eu… Eu era um puta idiota! Isso que eu era. Idiota! Trouxa! Palhaço! Tinha a maior cara de otário do mundo! Dos bem grandes mesmo! Achei que iria querer ter a primeira vez comigo… do mesmo jeito como eu queria que a minha fosse com ele. Já tinha pegado garotos, isso era um fato. Já tinha chupado e outras coisas, mas transar de fato, ainda não tinha chegado até lá, e depois que beijei realmente comecei a pensar que queria que isso rolasse com ele por algum motivo bizarro e doentio da minha mente insana.
Prendi meus lábios em uma linha reta e quis sair daquela piscina na mesma hora, não queria olhar para a cara de até aquela porra sumisse do meu peito.
Eu estava puto mesmo me achando o imbecil que estava esperando alguma coisa daquela loucura toda. Fala sério, ! O é seu irmão! Pelo amor! Transar com seu irmão? Sério? Noção foi dar uma volta e nunca mais voltou. Que ele enfiasse o pau todo no Rick, e foda-se! E ainda assim, eu, babaca, estava indo até do meu irmão. Eu sempre ia. Não importava o que acontecesse, se ele tinha me irritado, ou se eu o havia socado, sempre ia atrás do , implorando por desculpas e para que as coisas ficassem bem.
— Aquela maldita festa que eu fui antes do meu aniversário, foi por uma hora no máximo porque eu precisava de ervas pra aturar nossos pais naquela festa de gala que é insuportável. — veio se explicando para mim.
— Foda-se. Podia ter sido dez minutos. Cinto! Um minuto! Você foi sem mim. Podia ter me falado que ia comprar erva, eu teria ido contigo. Sabe disso. — contei bem sério agora olhando dentro de seus olhos.
— Agora, depois de você se divertir pra caralho por três dias sem mim, ainda acha que eu sou otário de acreditar nesse seu papinho? Não se esqueça que eu sou um também. — ver seus olhos lustrosos me pegou, e toda a graça daquilo acabou.
— Sabe que odeio ficar sem você até mesmo por um segundo! E foi uma bosta aquela festa sem você. Senti sua falta o tempo inteiro, se isso vale de alguma merda. — travei meu maxilar por falar aquilo e vi a forma como ficou por causa de eu ter passado três dias fora e agora achava que estava mentindo para ele. Seus olhos queimavam nos meus de pura raiva, e aquilo estava começando a perder a graça para mim, na verdade já tinha perdido.
— Odeia ficar um segundo sem mim? Para de ser um arrombado mentiroso! Você passou a porra do dia todo do meu aniversário me ignorando, não te chamei porque você estava de cu virado comigo. — aumentou o tom de voz e controlou minha respiração. — Sentiu, o caralho que sentiu! Eu vi as porras das fotos, dos vídeos que aquela garota fez. Pobrezinho do nos vídeos, enchendo a cara, se divertindo pra caralho na balada. Esse é o seu sofrimento? Porra! Como deve ser se divertir então? — foi debochado, total cínico comigo.
Estreitei meus olhos em sua direção por não ter acreditado no que falei, então joguei água na sua cara para largar de deboche. Idiota mesmo. Eu e ele. Dois idiotas! Seu rosto se virou quando a água bateu nele de novo, e dessa vez não revidou. Queria dizer que estava magoado ou chateado comigo, o conhecia bem, porque se fosse só raiva, estaria tentando me afogar em um montão de água. Travei meu maxilar sabendo que tinha total razão de tudo aquilo. Eu tinha sido um puta babaca com ele no dia do seu aniversário.
— Ok, eu mereci. É isso que você quer que eu diga? — perguntei abrindo meus braços para ele erguendo minhas sobrancelhas. — Eu mereci você ter ido para aquela porra de festa e ter me deixado sozinho em casa. Mereci você estar me ignorando o dia todo por eu ter ido para uma rave sem ter te chamado. Está bom assim, ? — questionei em um leve tom de irritação o olhando esperando que parasse agora com aquilo, porque já estava bom.
— Tanto faz, . — sua voz saiu baixa, sem emoção alguma dando de ombros.
Sabia que eu merecia seu desprezo e muito mais, só que... Porra! Meu irmão me fazia ficar arrependido das coisas, me fazia querer voltar atrás, mas eu não ia. E aquilo me matava um pouco, sabe. A nossa briga tinha perdido toda a graça, ele estava magoado comigo, e eu odiava profundamente quando isso acontecia, me sentia extremamente culpado naquele momento.
Então ele saiu nadando até a borda, então fui atrás dele rapidamente, não deixando que saísse da piscina. O puxei pela camisa, o virando para mim. Senti suas mãos em meu peito pronto para me empurrar, mas segurei sua nuca com força já juntando seus lábios com os meus em um selinho apertado me fazendo puxar o ar fortemente, então seu corpo congelou inteiro embaixo de minhas mãos com nossos lábios colados. Tinha tanto tempo que não fazíamos aquilo, mas não tinha me esquecido ainda como era. travado me incomodou um pouco, e até pensei que tinha feito merda, que ele não queria mais aquilo, que sua vontade só foi naquela vez em seu aniversário, que apenas eu ainda sentia aquilo. Isso era uma merda das grandes. Sabia o quanto estaria fodido se estivesse naquela sozinho.
— Não é papinho, . — sussurrei contra seus lábios soltando o ar neles, então engoli em seco. Ele se afastou e negou com a cabeça me fazendo encará-lo.
— Não é pra me tocar. — sussurrou tentou sair dali, mas não deixei.
— Mas eu quero te tocar. Estou com saudades. — sussurrei baixinho para ele quase sentindo vergonha de admitir aquilo em voz alta. — Calma. — pedi olhando para seu rosto.
— Eu não quero que toque. — foi ríspido e seco comigo. Travei meu maxilar sentindo o quanto doeu aquele seu tom de voz sendo usado, e vi que ele engoliu em seco em seguida. viu o quanto seu simples pedido me machucou. — Me solta. — pediu baixinho, mas firme dessa vez.
Seus braços se levantando querendo que o soltasse me machucou por dentro, odiava quando não queria que o tocasse, era pior do que qualquer coisa. Mas eu não podia prendê-lo a mim. Eu não queria largar, era um fato, queria ficar ali abraçado com meu irmão, mas eu jamais iria fazer algo que não quisesse, era contra tudo o que sentia por ele. Então deixei meus braços cederem lentamente e soltei sentindo aquilo doendo em mim como nunca antes. Por que tinha sido tão difícil naquele momento fazer aquilo? Não tinha sentido na minha mente, mas eu sentia. E quando minhas mãos não tocavam mais e o vi se afastar de mim, sentindo que aquilo era uma merda fodida que estava acabando comigo.
— Eu só pensei em você o tempo inteiro naquela rave. O tempo inteiro. — contei fechando meus olhos fechados sentindo aquilo dentro de mim batendo com força.
— Para de me tratar como um brinquedinho seu, . — pediu com extrema sinceridade. Travei meu maxilar com isso, então neguei.
— Você nunca foi e nunca será meu brinquedo. Você é a única pessoa que vale a pena na minha vida, eu não seria louco de brincar contigo, . — contei unido as sobrancelhas chateado por ter pensado aquilo de mim, mas também não tirava sua razão, eu amava brincar com todos. Só que não era como os outros. — Assim que saí de casa me arrependi de ter te deixado para trás. Eu quis voltar, de verdade. Mas eu sou um babaca, lembra? Um escroto que não se conforma com porra nenhuma. — seus olhos se estreitaram em minha direção e apenas concordou comigo sobre aquilo. Sorri com um bico de forma triste. — Sim, eu quis me vingar por você ter ido sem mim para aquela festa. Só que nem nisso eu sou bom, porque me fodi sentindo sua falta, mal me diverti. — me afastei um pouco dele e abri meus olhos vendo os seus estreitados em minha direção e até concordando com a cabeça. — Você sabe quando estou mentindo, então olha nos meus olhos e veja se estou fazendo isso agora. — pedi para ele esperando que seus tons subissem até os meus de esmeralda. Seus olhos me encaravam, e eu pedia para que visse que não estava mentindo para ele. Odiava mentir para , e ele sempre sabia quando estava fazendo isso. Aquele desgraçado me conhecia melhor do que eu mesmo. — Eu senti sua falta. — disse lento e pausadamente para que visse toda a minha sinceridade ali.
— Você fica muito bem sem mim. Bebeu e se divertiu, transou pra caralho e quem ficou sofrendo fui eu, no colo da nossa mãe. Você é muito egoísta. — podia ver seus olhos brilhando, ficando marejados.
— Eu sou muito bom em fingir as coisas, e você melhor do que ninguém sabe disso, e também sabe que contigo sou verdadeiro. — mas mesmo parecendo que tinha acreditado, isso ainda não foi o suficiente para seu olhar sobre mim mudar, meu irmão ainda estava magoado. — Eu sou mesmo egoísta, e não tem como me desculpar por isso. É quem sou e não acho que isso vá mudar. — admiti sentindo que ele estava quase chorando e aquilo me atravessou a garganta com força ainda mais.
Ele apenas balançou a cabeça em concordância, e isso me fez sorrir de forma triste. Eu não queria ser assim, mas não sabia também como mudar.
— E eu lamento por ter ficado sofrendo no colo da nossa mãe. De verdade. Me deixa me redimir, por favor. — pedi levando minha mão até sua cintura com cautela e a apertando de leve voltando a me aproximar.
Encostei minha testa na dele vendo seus olhos se fecharem e inspirar profundamente deixando até mesmo a ponta de seu nariz passar pelo meu, e pude ver um pequeno sorriso vir em seus lábios perfeitos. Respirei fundo junto com aquilo sentindo uma onda forte de arrepio que me tomou, uma gostosa que me fez suspirar e até mesmo fechar meus olhos querendo sentir mais aquele contato.
Sabia que estava escondendo o que estava sentindo naquele momento me incomodou demais, eu não queria que se escondesse de mim! Não! Por favor, não faz isso comigo. Por favor. Implorava com meus olhos mesmo que não pudesse ver.
— Eu juro que senti sua falta, . Eu juro. — as palavras saíram rasgadas da minha garganta com um certo tipo de dor, porque estava, sim, doendo ver que tinha o machucado com aquela minha babaquice toda.
— Acredito que sentiu. — falou baixo, mas firme. — Mas não o bastante pra voltar pra mim. — então voltou a desviar o olhar. Virei meu rosto não conseguindo encará-lo também, e o senti abaixar a cabeça e respirar fundo. — Eu também senti. Está doendo ainda o que você fez. Isso machucou mais do que seus socos. — confessou baixo, fungando de leve ainda. Puxei um pouco de ar com o que disse, me sentindo melhor por saber que ele também tinha sentido a minha falta do mesmo jeito.
— Mas eu voltei agora. — sussurrei para mim mesmo, sabia que era inútil, porque ele não me queria mais agora. — Me desculpa, eu não queria te machucar assim. Não tinha ideia de que faria isso contigo, porque se tivesse, não teria feito. Eu odeio te machucar, sabe disso. E fico muito pior quando sei que te magoei também. Me desculpa. — pedi sendo totalmente sincero com ele.
Seus olhos finalmente encararam os meus e ele só concordou com a cabeça fazendo meu coração ficar menor com aquilo, sabendo que não tinha aceitado totalmente, a mágoa ainda estava em seus tons de castanho que tanto me fascinava. Como também sabia que queria jogar tudo o que fiz na minha cara, e declarar que quis, sim, o ferir. Às vezes não precisávamos de palavras para saber exatamente o que o outro queria dizer, e aquilo doía tanto quanto ouvir de sua própria voz o que achava de mim. Sabia também que estava se segurando para não chorar, e isso me levava direto para baixo. Era péssimo. Deixei que visse em meus olhos que falava a verdade, e ele realmente viu aquilo e esperava que as coisas pudessem ficar menos piores. Eu só fazia merda, era impressionante.
— Por que a rave acabou? — ouvi o que disse mesmo que tivesse sido baixo.
— Eu queria ter vindo, mas não tinha como. Não fui com meu carro, estava de carona. — contei como se fosse melhorar as coisas, mas pelo jeito nada que eu falasse fosse fazer realmente acreditar que queria ter voltado para ele. Seus olhos rolando pela última vez foi o confirmação de que não iria acreditar mesmo em nada que eu falasse.
Sabia que deveria sair daquela piscina e deixar meu irmão em paz, mas simplesmente não conseguia desistir dele tão fácil assim. me queria há três dias, quando saí sem avisar. Agora parecia que não fazia mais diferença eu estar ali para ele ou não.
— Só para de me dar desculpas… Por favor. Só para. — pediu baixinho.
Então apenas larguei de mão, porque não adiantava ficar discutindo com ele quando aquilo não ia levar a lugar nenhum. Às vezes eu não conseguia entender porque a gente se machucava tanto simplesmente do nada. Sabia que a culpa era minha, eu tinha começado aquela merda toda quando decidir passar três dias em uma rave sem nem avisar. Eu era um idiota por ter feito isso.
Soltei sua cintura e passei a mão na lateral de seu belo rosto fazendo um carinho ali. Eu nunca entenderia porque aquele filho da puta era tão lindo. Vi como ficou arrepiado com meu toque em seu rosto, então não parei, porque queria que ele sentisse mais daquilo. Adorei ver como suspirou com meu toque e tombou a cabeça ligeiramente em minha palma em um pedido mudo por mais. Intensifiquei o carinho deixando meus dedos tocarem mais sua pele morena tão perfeita e gostosa. Sua pele macia e quente sob meus dedos gelados, eu sempre adorei aquele contraste nosso de temperatura. Eu sentia como se fosse meu complemento. Ele era minha metade.
Seus lábios deram um sorriso sutil quando meus olhos estavam presos nos dele deixando todo aquele desejo transbordar. Adorei ver como seus olhos se fecharam com meu toque, ele se entregando naquele momento me preencheu por inteiro. Nunca pensei em ter alguém dessa forma, alguém que sentisse meu toque do jeito que fazia naquele momento, eu sentia que era intenso e isso fazia meu coração ficar acelerado.
— Eu sinto falta do seu beijo. — aquilo saiu de meus lábios como um sussurro.
Vi o jeito que ficou surpreso com o que falei e suas sobrancelhas até mesmo se uniram com aquilo. Meus olhos desceram para o lábios dele, me tirando um pouco do ar e senti meus olhos até mesmo brilhando encarando aqueles lábios que eram tão perfeitos os quais umedeceu naquele momento. Nós só tínhamos nos beijado duas vezes, mas eu não conseguia tirar aquilo da minha mente por nada, porque queria sentir de novo por mais que fosse extremamente errado.
— Pensei que você tinha realmente apagado da sua mente. — contou baixinho, abaixando sua cabeça, retorcendo seus lábios.
Neguei com a cabeça em resposta do que disse e o vi mordendo o lábio inferior por isso, me fazendo querer que fossem meus dentes ali. Nunca conseguiria apagar seus beijos de sua mente, porque eles não estavam gravados apenas nela, eles tinham ficado gravados na minha pele também. Meus lábios ainda conseguiam sentir todos os dias como era a sensação de ter os do meu irmão juntos a eles, e todo o meu corpo se arrepiava apenas ao lembrar de como era algo além da perfeição. Ninguém jamais tinha me beijado do jeito que fez. Então como apagar aquilo? Era algo impossível, e eu também não fazia esforço nenhum para isso por mais errado que soubesse que era. Aquele desejo louco que sentia pelo meu irmão parecia ficar cada vez maior, e eu não sabia mais se conseguia conter as coisas que começavam a se mexer muito rápido dentro de mim. Não sabia como conseguia causar aquele desejo absurdo dentro de mim, mas ele conseguia com uma perfeição que nem sequer conseguia imaginar que alguém poderia ter. Podia sentir meus olhos brilhando naquele segundo com seu rosto se movendo em minha palma querendo mais do meu carinho, e não cogitei nem em resistir, apenas deixei meus dedos apreciarem sua pele de forma suave sentindo como aquilo mexia comigo, fazia meu coração se acelerar como se estivesse em uma das minhas corridas.
— Você ainda sonha com nosso beijo? — perguntou, mal conseguindo ouvir sua voz direito. Segurei a ponta de seu queixo para que me olhasse, então seus olhos vieram para os meus.
— Sonho, e quando você não está nos meus sonhos me beijando, está na minha mente. É impossível não lembrar de como foi que me senti quando nos beijamos sempre que te olho. Me desculpa por isso, mas é a merda da verdade, mesmo que isso vá te fazer me odiar um pouco mais. — o vi puxar o ar por causa das minhas palavras.
Meu irmão se aproximou mais depois de tudo o que falei para ele e deixou seus lábios passarem nos meus, me fazendo soltar um suspiro por eles. Eu queria tanto beijá-lo que quase o puxei naquele segundo e acabei com aquela tortura que estava sendo para mim mesmo sendo uma total loucura, porque ele era meu irmão. Meu irmão mais novo! Era errado, mas ainda assim eu queria ele mais do que qualquer coisa que já desejei.
— Não te odeio por isso. Não consigo te odiar mesmo quando você pede por isso. Você sabe. — se afastou um pouco. Concordei com a cabeça me sentindo melhor por saber que não iria me odiar por causa do que estava sentindo. — Não posso te odiar por sentir o mesmo. Por desejar o mesmo. Sério, é um desejo muito grande, muito mesmo... É forte, tira meu ar, não me deixa pensar, queima minha pele. — até que meus olhos encararam os seus com intensidade assim que admitiu que sentia a mesma coisa fazendo meu coração ficar extremamente acelerado. Ele queria me beijar também.
E continuei encarando ele como se estivesse mesmo checando se estava em um sonho ou coisa parecida, porque estava correspondendo o que sentia por ele, e falando como sentia de volta. Era daquele jeito, aquela forma que me sentia também. Mas assim como eu, meu irmão tinha medo, porque sabíamos muito bem como aquilo era errado e extremamente problemático. Fazia tudo o que nosso pai sempre jogou na nossa cara ser verdade. O jeito que gostávamos um do outro era diferente. Ele sempre soube e agora nós estávamos percebendo isso também, porque nunca tínhamos conseguido enxergar além do que éramos, apenas irmãos. E nunca tinha imaginado aquilo antes, aquele desejo que sentia pelo . Aquilo parecia tão surreal as vezes que me fazia crer que era apenas uma loucura momentânea por causa dos entorpecentes.
— … — seu nome saiu como um sibilo enquanto sentia meu corpo todo implorando para que chegasse mais perto, pedindo mais do dele. Meus olhos se fecharam. — Me desculpa por ser um péssimo irmão, mas, por favor, não fica sem falar comigo.
Aquilo saiu em tom de súplica. suspirou pesado e meus olhos se abriram um pouco sentindo as lágrimas passarem pelo seu rosto.
— Não. Não. Não. — falei rapidamente soltando sua cintura e levando minhas duas mãos até suas bochechas, as secando, pegando suas lágrimas, mas suas mãos me afastaram e isso fez meu peito doer de verdade sentindo um certo desesepero me tomar.
— Não vou parar de falar contigo, você é meu irmão. — nunca tinha visto chorando por minha causa e aquilo me pegou de um jeito que jamais senti antes, me tirou o ar, me tirou tudo, absolutamente tudo. Ele mesmo secou seu rosto e o que falou me fez parar. Ele só não pararia de falar comigo porque eu era seu irmão? Engoli o nó em minha garganta travando o maxilar. — Nosso pai adorou saber que você tinha tinha passado três dias fora, longe de mim. Falou que finalmente parece que você está entendendo que tem que se desprender de mim. Disse que era o certo porque somos muito grudados. Acho que você concorda com ele agora, né? — uni as sobrancelhas com força.
— Eu não acredito que você está dando ouvidos ao o que aquele bosta fala! Sério mesmo, ? — ele se afastou mais e encostou na beira da piscina. Você acha isso? Realmente acha que quero me desprender de você? Que quero ficar longe? Ah, mas você é mesmo a porra de um fodido se acha isso, porque eu sou a merda de outro fodido que só por ter passado o caralho de um final de semana fora ficou morrendo de saudades! Olha para mim! Vê se estou mentindo?! Jamais quero me desprender de você! Você é minha metade! — eu explodi quando jogou na minha cara o que nosso pai disse. Não! Eu nunca permitiria que nos afastássemos. era a porra da minha metade! Sem ele era era totalmente incompleto. Vi a forma como prendeu o ar quando falei aquilo, mas agora não dava para voltar atrás, eu já tinha dito o que sentia que ele era para mim. — Não tem como me desprender da minha metade! Não tem, ! Somos eu e você contra o mundo! Sempre vai ser. Não tem como isso ser de outro jeito. — então respirei fundo tomando fôlego por ter falado sem nenhuma pausa.
— Desculpa... Desculpa. Eu não acreditei nele, só estou magoado contigo. Muito mesmo. — fez um biquinho vendo as lágrimas escorrendo em seus olhos. Neguei com a cabeça com suas desculpas. Eu não queria elas.
— Eu não quero que você fique magoado comigo e nem suas desculpas, quero apenas que acredite em mim. — disse querendo secar suas lágrimas. E ele fez um biquinho que me matou.
— Eu que sou um tolo mesmo. — revirou meus olhos, indo para o canto da piscina e mergulhando desta vez.
Neguei a cabeça fazendo meus fios de cabelo molhados grudarem em meu rosto. Não. Você não é um tolo. Eu teria falado isso se ele não tivesse mergulhado. Sabia que tinha afundado para se esconder de mim, para esconder o que estava sentindo, eu não pude deixar aquilo acontecer. Fui atrás dele. Então mergulhei de olhos abertos atrás dele e nadei em sua direção, o pegando pela cintura e o abraçando. Levei minha mão até seu rosto deixando meus dedos acariciarem sua pele, e fechei meus olhos juntando nossos lábios de novo sentindo ele sorrindo por isso. Adorei sentir seus dedos virem para minha nuca, me segurando de leve. Então seus lábios se prenderam contra os meus quando os juntei, e sua mão segurou meu rosto, e isso me acalmou demais. Sentir como estávamos na mesma sintonia. Seus dedos seguraram meus fios molhados e os meus sua nuca com certa força.
Ele não era um tolo sozinho, eu era um tolo junto com ele por ainda querer seus beijos, por não conseguir ficar longe, por suas lágrimas terem me machucado, por suas palavras terem me afogado naquilo que parecia tão sombrio e totalmente desconhecido para mim.
Impulsionei nós dois para cima puxando o ar ainda com os meus tocando nos dele. Senti um arrepio gostoso me tomando com seus lábios passando deliciosamente molhados sobre os meus, nossos narizes se raspando, a forma como estávamos perto agora.
— Me deixa ser um tolo junto com você, ? — pedi com os olhos fechados com nossos narizes um ao lado do outro, com nosso ar se embolando. — Eu beijei a Ray pensando nos seus lábios. Eu fodi ela com força lembrando do seu cheiro. — foi delicioso sentir seus dedos apertando minha nuca por causa do que lhe contei. Eu queria mais daquilo. Mais dos seus toques em mim. — Eu dormi desejando que fosse nos seus braços e não a porra do travesseiro que estava deitado. Eu estou me afogando, e não sei como subir mais. O que eu faço? — perguntei em um certo tom de desespero no final. Porque aquilo estava começando a me deixar louco.
Seus olhos se abriram e seguraram os meus, nossos tons se misturando daquela forma perfeita. Suspirei com seus dedos desenhando os traços do meu rosto e o vi lambendo seus lábios, eu ficava arrepiado demais com aquilo, me afetava de um jeito que ninguém jamais conseguiu, e sinceramente não queria uma explicação para aquilo, ou sabia que iria enlouquecer. Fechei meus olhos de leve com seu polegar em meu lábio, e depois os dele seus lábios o pegando daquele jeito delicioso, de leve, o chupando me fazendo soltar o ar quase como um pequeno gemido por aquele toque ser tão gostoso, ainda mais com o beijo que deu nele depois.
— O que você faz? — abri meus olhos com sua pergunta e sentindo o jeito que segurou meu queixo. — Me beija. — saiu como uma ordem. Sua resposta era tudo o que mais queria ouvir. — Respira o meu cheiro. — uni minhas sobrancelhas junto com ele com o que pediu. — Durma em meus braços. — sentindo mais arrepios me tomarem com suas mãos descendo até minha cintura e me puxarem para perto juntando nossos corpos. — Porque eu estou me afogando também, só não sei se quero mais ser salvo. Você quer? — ergueu levemente uma sobrancelha. Meus olhos brilharam com aquilo. — Se você me disser que quer ser salvo, eu te ajudo a encontrar a bóia para que nunca mais se afogue. — segurei a lateral do seu rosto olhando dentro dos seus olhos, mergulhando intensamente neles. Ele moveu suavemente seu rosto em minha palma.
— Acho que não tem como me salvar mais. — admiti depois de tudo aquilo que falo para mim e então ele me deu um daqueles seus sorrisos lindos, que puxava o meu para fora com rapidez. . — Quero me afogar contigo. — contei.
— Vem cá se afogar então. — sussurrou em um convite desesperado e agonizante de puro desejo.
— Vou. — concordei com a cabeça. — Agora. — disse chegando mais perto dele e deixando meus lábios matassem aquela saudade que sentiam do meu irmão em um selinho apertado.
Então levei lentamente meu rosto até seu pescoço e finalmente pude sentir seu cheiro, fechando meus olhos e passando meu nariz contra sua pele. Eu queria fazer isso tinha tanto tempo.
— Você tem um cheiro tão gostoso. — sussurrei beijando sutilmente seu pescoço enquanto ainda sentia seu cheiro, como se fosse uma droga que estava me entorpecendo inteiro naquele momento.
me deu mais espaço, então passei mesmo meu nariz por sua pele, a beijando também, inalando seu cheiro me deixando totalmente inebriado com aquilo. Acho que era viciado em seu cheiro, e sabia o quanto aquilo era perigoso, mas não queria parar, queria continuar sentindo, deixando aquilo me invadir por inteiro.
Minha outra mão desceu e entrou por baixo de sua camisa finalmente tocando sua pele quente, e o apertei um pouco. O jeito que soltou o ar por causa daquilo me deixou arrepiado, e meus dedos apenas apertaram mais sua pele seu abdômen se contrair com meu toque gelado. Era errado demais gostar de como ele reagia a mim? De qualquer jeito o inferno já me aguardava mesmo, então iria aproveitar a descida.
— Tenho? Respira mais então. — disse de forma rouca, deitando um pouco sua cabeça para trás continuasse. Suspirou extremamente baixo com meu beijo em seu pescoço.
— Uhum. — afirmei sobre seu cheiro com sua voz rouca me arrepiando por inteiro,
Então passei meu nariz pelo seu pescoço conforme foi jogando sua cabeça mais para trás. Estava excitado com meu irmão me deixando fazer aquilo, me dando aquela permissão toda para sentir seus cheiro e beijar sua pele.
— Seu corpo é sempre tão quente. — disse baixinho sentindo como a água estava quente ali, e sabia que era por causa dele. Arfei de leve com sua mão em minha cintura a apertando com mais força, e o que falou me fez morder seu pescoço e ele soltou o ar. Eu sabia o que aquilo queria dizer. — Eu adoro a sua temperatura. — contei deixando minha mão passando por sua pele macia que queimava embaixo da minha palma.
— Você o deixa ainda mais quente. — confessou, sorrindo enviesado. puxou o ar com minha mão passando por minha pele. — E eu adoro nosso contraste. — contou.
— Quero sentir ele queimando no meu. — confessei também muito sem pensar em como aquilo tinha soado e senti como engoliu em seco por aquilo. Só depois que me toquei que poderia tê-lo assustado com aquilo.A té que parei por um segundo me afastando minimamente e passando meus lábios pelo seu pescoço suspirando com o que ouvi.
— Nosso contraste. — sussurrei por nunca ter pensando naquilo daquele jeito e amando como tinha soado.
O quente e o frio, juntos se misturando de forma intensa. É, definitivamente eu iria pirar por causa do meu irmão mais novo. começou a se esfregar de baixo para cima com seu quadril no meu me fazendo gemer fraco. Ele queria me deixar mais excitado do que já estava? Porque iria conseguir isso com perfeição.
— Eu também quero, eu quero demais, . — soltou tomado com aquela rouquidão que me deixou arrepiado. Minha mente girou ouvindo aquilo sair de sua boca tão gostosa junto com a sua falta de ar.
Apenas beijei seu pescoço com mais vontade, chupando até a parte que o senti ficar mais arrepiado com o toque dos meus lábios. Sua respiração pesada estava me tirando do sério, fazendo meus lábios atacarem sua pele com mais fome. Todos os sinais estavam bem claros mesmo que eu ainda estivesse bêbado. Tínhamos perdido o controle, a sanidade. Tínhamos nos perdido em nós mesmos, e eu sabia que era tarde demais para tentar encontrar o caminho de volta quando o que eu estava sentindo dentro de mim ia além do imaginável que era permitido para sentir por um irmão. Eu o desejava. Meu corpo queimava pelo dele. E nada que falássemos ou fizéssemos iria mudar aquilo.
A gente tinha acabado de ultrapassar o limite quando admitimos que queríamos um ao outro. Não era mais só um beijo. Não eram só nossas línguas se misturando. Não eram apenas nossos lábios deslizando um sobre o outros enquanto nossos corpos se esquentavam. Seus suspiros me fazia querer respirar profundamente, mas eu não conseguia mais fazer isso, meus lábios estavam sedentos demais por sua pele para pensar em algo que não fosse aquele contato mesmo que respirar fosse algo totalmente automático. Sabia que tinha achado a parte mais sensível de seus pescoço, e não queria perder ela por nada naquele momento.
Gemi fraco com seus dedos afundando na minha pele de um jeito tão gostoso que minha mente foi apagada mais um pouco e eu só queria sentir mais naquilo, deixando o prazer daquela sensação tomasse cada parte do meu corpo com força mesmo sabendo que era extremamente errado. Eu queria. Eu desejava meu irmão mais novo. Eu precisava de naquele momento além da linha do certo e errado, do que minha consciência poderia me impedir.
Seus gemidos estavam me tomando de um jeito que me fazia suspirar, clamando por ouvir mais deles mesmo que fossem baixo, mas a sua rouquidão estava me bagunçando por inteiro. Aquela labareda que existia dentro de mim queimava cada vez mais como se estivesse jogando gasolina dela. Alguém tinha que me parar. Meu irmão precisava fazer isso, porque sinceramente eu estava desejando seu corpo inteiro, cada parte, cada centímetro, queria sentir seu gosto na ponta da minha língua, o sabor do seu suor descendo por sua pele morena se misturando com ela, o seu cheiro forte sendo exalado enquanto seu corpo queimava com o meu. Aquilo era problemático em tantos níveis, mas nenhum deles estava me impedindo naquele momento, certamente era o teor de álcool que corria em meu sangue, o fervendo junto com todo o resto.
Seu quadril vindo contra o meu cada vez mais, estava me enchendo de um prazer que ainda não tinha conseguido sentir antes, e olha que estávamos de roupa ainda. E tudo o que eu conseguia fazer além de atacar sua pele, era gemer alucinado com o que estávamos fazendo.
Subi com meus lábios beijando meu maxilar, depois sua bochecha, até chegar no canto de seus lábios, dando um beijo ali e sorrindo de leve. Então beijei seu queixo e seu suspiro rouco me fez beijando ainda mais e morder, passando a língua por ele. Queria ouvir mais, e eu estava começando a perder o meu controle.
Alcancei seu lábio inferior, o pegando com meus lábios e o chupando com um pouco de pressão. Sua pegada forte em minha cintura me arrancou um suspiro, e chupei seu lábio inferior com força, passando minha língua por ele enquanto ainda estava dentro de minha boca. O sorriso safado que se estendeu em seus lábios deliciosos me fez lamber eles em excitação.
chocava nossos quadris em uma certa forma que me fazia chupar sua boca com mais vontade ainda, sabendo que ficaria vermelha e inchada por causa daquilo, mas claramente não estávamos nos importando com os danos colaterais que aquilo tudo poderia nos causar. E seu quadril veio e se chocou com o meu ainda mais forte que antes. Soltando o ar junto com uma exclamação por isso, e minha língua lambeu vagarosamente seu lábio inferior.
E não aguentei segurar e minha língua entrou em sua boca rapidamente em um beijo sedento, com aquela saudade toda que estava sentindo dele naqueles três dias que fiquei longe. Puxei o ar com seu gemido quando finalmente estarmos nos beijando de novo daquela forma que tanto queríamos. Minha língua entrou ainda mais em sua boca com seus dedos pegando meu cabelo e o puxando daquele jeito que aquele desgraçado tinha aprendido desde a primeira vez que tocou meus fios naquele banheiro.
Andei com a gente até o canto da piscina e o predi contra ela com meu corpo, e segurei com a mão esquerda a borda. O beijo ficou mais intenso e minhas mãos o puxaram para mais perto do meu corpo, o abraçando e tocando sua língua com a minha em uma voracidade que chegava a fazer meus lábios queimarem sobre os dele.
— Eu senti tanta sua falta. — sussurrei contra seus lábios
— Eu também senti muito sua falta. — disse de volta no mesmo tom de voz.
Meus olhos se reviraram com sua resposta, porque era tudo o que queria ouvir, saber que também sentiu minha falta.
— Não me deixa mais, por favor. Eu não aguento ficar longe de você, . — falou bem baixinho. Parei por um segundo olhando em seus olhos, senti um certo desespero em sua voz, então segurei seu rosto com as duas mãos.
— Não. Eu não vou te deixar. Também não aguento ficar longe de você, . — sussurrei para ele.
Voltamos a nos beijar com aquela fome que tínhamos um do outro, que parecia que nunca iria acabar. Senti a urgência que meu irmão tinha naquele beijo demonstrando toda a falta que tinha sentindo, me puxando para mais perto, me pegando com força fazendo nossos corpos se colarem novamente, dominando toda minha boca com sua língua feroz, e até mesmo chupando a minha de um jeito que me fez gemer fraco, até que retornou com a sua para dentro de minha boca, voltando a me beijar como antes, me arrancando o ar.
Seu corpo abaixou um pouco e depois subiu, passando seu pau duro pelo meu por cima de nossas roupas. Porra, eu estava com um tesão fodido e Z não parava com aquilo. Estava tentando me controlar, mas era impossível com ele fazendo essas coisas. E eu gemi de novo por causa daquilo.
roubou eu ar, então puxei o dele, e suspirando por causa daquilo. Suas mãos me apertaram contra ele quando o prendi na parede da piscina e nisso meu quadril foi contra o seu se esfregando nele suavemente de um lado para o outro sentindo meu pau ficando duro dentro da minha cueca. Gemi contra o beijo com suas mãos brutas pegando minha cintura e afundando seus dedos contra em minha pele.
Então deu uma chupada fodidamente gostosa em minha língua. Meu quadril se jogou contra o dele adorando ouvir o suspiro, e me afastei um pouco.
— Volta aqui. — sorri safado de lado com sua ordem por eu ter aliviado a pressão e voltou a puxar contra si.
— Eu estou aqui, baby. — lambi seus lábios de baixo para cima pegando até seu nariz, e tomei sua boca com ferocidade mostrando que estava mesmo ali.
Aquele beijo com vontade mesmo, puxando seu ar, o prendendo contra a parede, o segurando com mais força, mas aliviei um pouco a pressão dos meus dedos em sua pele por medo de estar exagerando um pouco. A forma que me puxou me fez entender o recado, então com a mão que estava na borda puxei meu corpo para frente prendendo ainda mais o de meu irmão contra aquela parede sentindo o tesão me tomando, queimando meu corpo até.
— Caralho, . — falei quando soltou o ar dentro da minha boca naquele beijo apertado nosso, que estava me deixando cada vez mais excitado.
Adorei como sua língua deslizou por debaixo da minha, e logo joguei meu quadril com mais força contra o dele sentindo meu pau duro apertar o dele. Olha o jeito que você me deixa por pouco, desgraçado. Sua língua tomava cada parte da minha boca do mesmo jeito que a minha fazia com a dele. A ponta de sua língua tocou embaixo a minha antes de deslizar ela por minha boca inteira, se aproveitando de cada parte.
Seu suspiro com minha língua em sua boca só me fez beijá-lo com mais vontade ainda como se isso ainda fosse possível. Mas percebi que não existia o impossível mais para nós dois quando nossas respirações já tinha se perdido a muito tempo por causa do nosso contato.
Sua mão pegou mais em meu cabelo daquele jeito que me fazia simplesmente pirar e gemer baixo para ele soltando o ar dentro de sua boca por isso. Era como se tivesse a porra do meu manual de instruções e já soubesse de tudo que eu gostava. Como me beijar. Como me tocar. Como me excitar. Meu irmão sabia exatamente tudo sobre mim, até mesmo as coisas que nunca lhe contei, ele lia na minha pele, nos meus olhos, na minha respiração.
Então me puxou contra ele me mostrando que me queria tanto quanto eu o queria. Aquilo era uma porra de uma loucura sem fim. A ponta de sua língua passou pelo céu de minha boca me fazendo revirar os olhos por debaixo de minhas pálpebras e arfar com aquilo.
— Ah… — gemeu forte contra minha boca quando o prendi contra a piscina, esfregando meu quadril
Desgraçado, filho da puta. Minhas mãos o segurarem com mais força ainda. Ele se esfregou de volta em mim me mostrando que estava tão excitado quanto, sua ereção ralou na minha me fazendo gemer de prazer com aquilo. Aquilo era tão delicioso.
— Porra, ! — gemi contra seus lábios sentindo suas unhas curtas cravarem na pele de minha cintura de um jeito gostoso.
Sorri de lábio com sua língua lambendo meus lábios com vontade. Tudo o que aquele garoto fazia era voluptuoso assim mesmo? Joguei meu quadril contra o dele e ouvi seu grunhido, e forçou mais o seu no meu, perdendo o ar com isso.
— Caralho… Caralho. — gemeu rouco de um jeito muito gostoso.
Até que parou de me beijar e isso me fez olhá-lo.
— Eu não peguei o Rick. Nunca fiquei com outro menino além de você. Nem sinto vontade. — minhas sobrancelhas se uniram com o que ouvi. Estreitei os olhos com a risadinha que soltou.
— Seu filho da puta. — rosnei para em um misto de raiva e alívio por aquilo, me sentindo menos idiota com aquilo. O desgraçado riu baixinho de novo.
— Falei pra te irritar só. — fez um biquinho torto.
— Eu deveria te dar uns tapas por isso. — adverti entendendo mesmo que tinha conseguido me irritar com aquela merda.
Mas cheguei perto e mordi aquele bico que fez, mordi com força mesmo o puxando para mim querendo falar que ele era meu, só que aquilo era loucura demais. O grunhido baixo que soltou me deixou louco. Seus braços o rodearem minha cintura, me prendendo a ele.
— Vem cá, me dá os tapas então. — provocou, me roubando um selinho apertado.
Dei um tapa de leve em seu rosto quando me provocou com aquilo, e o segurei, deixando meu polegar passar pelo seu maxilar até o prender com firmeza. Meus olhos afundaram nos seus e eu passei a língua pelos seus lábios inchados sem desviar o olhado.
— Abusado. É isso que você é. — deixei minha voz sair em um rosnado misturado com a porra do tesão que me dominava por inteiro. Mordi seu lábio inferior por causa daquilo com certa força. E depois os selei com os meus em um selinho apertado. — Você me tira do sério, garoto. — contei soltando seu rosto. — O Rick ia aparecer morto e a culpa seria sua. — disse em tom de brincadeira. Minha língua passou no canto superior do meu lábio vendo rindo alto.
— Isso é ciúmes, ? — sussurrou rouco.
— Eu não tenho ciúmes de você. — menti na maior cara lavada do mundo, rindo em seguida.
Então o peguei com força mesmo, beijando com uma puta vontade mostrando realmente o motivo de eu ser o único garoto que ele sentia vontade de beijar, porque eu era o melhor deles, era o único o tomaria daquele jeito tão gostoso, forte e intenso. O queria fazer sentir tudo que podia existir e até mais, queria ouvir perdendo todo o juízo por minha causa, ficando sem controle, se perdendo e afundando fodidamente junto comigo.
Minhas mãos apertaram a borda da piscina e prenderam mais o corpo de meu irmão contra a parede enquanto meus lábios o tomavam em uma voracidade insana. Eu mal conseguia respirar, e não parava, não iria. Suas mãos em minhas costas subindo e descendo me arrancavam arrepios fortes e era como fogo na minha gasolina, aquilo me lambia inteiro, queimando, fervendo. Seus dedos apertando minhas costas estavam me deixando doido com as ondas de arrepio e tesão que aquilo estava me dando.
Até que gemi contra seus lábios quando suas mãos invadiram minha cueca e apertaram minha bunda, e sorri por causa daquilo. Alguém estava curioso ali, e isso era delicioso. Revirei meus olhos com sua pegada forte e meu quadril empurrou o de para cima por causa da pressão que usei. Suas mãos a rodearam minha bunda por inteira.
Nós roubávamos o ar um do outro, e aquilo me deixava com um puta tesão, querendo mais de sua língua na minha. Gemi de novo com a força que estava apertando minha bunda fazendo meus braços arderem por causa da força que estava fazendo para prender ele ali, puxando mais meu corpo contra o dele.
— Caralho, . — soltei como um gemido baixo com seus dentes pegando meu lábio inferior sentindo como doeu de um jeito gostoso demais.
Vi ele sorrir bem safado quando lambi meu lábio que estava levemente inchado. pegou minha bunda com mais vontade, e eu quis perguntar se tinha gostado dela, porque ele poderia pegá-la sempre que quisesse. Arfei com seus dedos deslizando pela minha carne e a pegando por baixo, abrindo minhas nádegas para apertar com mais força ainda.
Ele se afastou um pouco olhando dentro de meus olhos com suas mãos começando a descer a minha cueca.
— Eu quero te tocar. — seus dedos roçaram em minhas coxas quando foi abaixando mais aquela única peça que eu usava.
Lambi meu lábio inferior e sentindo o desejo transbordando em meus olhos. Meu olhar desceu sentindo suas mãos descendo minha cueca já vendo meu pau saltando duro para fora do tecido.
— Só se você me deixar te tocar também. Quero você gozando para mim. — disse soltando a borda da piscina e segurando seu rosto pelo queixo e sorri com o selinho que me deu antes de mergulhar.
Na verdade queria chupar meu irmão, mas eu podia esperar por isso. O soltei e ele desceu, afundando na água enquanto o olhava tirar minha cueca totalmente. Ri safado com o beijo que deu em meu peito e suspirei com os que deu nos meus mamilos, e depois minha barriga. Passei meus dedos em seus fios molhados, os acariciando.
Uni as sobrancelhas arfando com seus dedos pegando meu pau sem tirar meus olhos dele, e gemi baixo com polegar em minha glande, até que subiu com um sorriso safado naqueles lábios perfeitos. Cheguei mais perto e mordi seu queixo sentindo sua mão me provocando.
— Ah, . — gemi baixinho com ele apertando a cabeça do meu pau por causa da minha mordida em seu queixo. — Não vou gozar sozinho, quero você junto comigo. — tirei sua mão de meu pau.
Puxei a barra de sua camisa para cima, a tirando e jogando para fora vendo como seu cabelo tinha ficado todo bagunçado de um jeito sexy pra caralho. Ri fraco do biquinho que ele fez quando tirei sua mão de mim por não estar me tocando mais.
— Eu deixo, . — respondeu baixinho. Então sorri de lado por causa da sua resposta, adorando demais ouví-la
E isso me fez levar meu polegar até seu lábio inferior. Abri meus lábios soltando o ar por eles tento a visão de sua língua tocando meu dedo, aquilo tinha sido fodidamente gostoso.
— Então me faz gozar pra você. — aquilo saiu quase como um ronrono de tão manhoso que soou.
Concordei lentamente com a cabeça. Ia fazer ele gozar muito e bem gostoso para mim. Então rapidamente meus dedos abriram sua bermuda enquanto meus dentes mordiam o canto de meu lábio inferior olhando para seu corpo que era lindo demais, além de ser gostoso. Desci segurando a peça junto com sua cueca, e a abaixei, afundando como ele tinha feito antes para tirar aquilo.
Até que voltei, nós dois totalmente nus naquela piscina. Aquilo me deixava excitado demais. Vi o sorriso de canto, que não era do tipo safado, e um claramente que estava levemente sem graça por estar totalmente nu na minha frente aquele momento.
Então deixei minha mão passar em seu ombro, peito e barriga, sentindo sua pele quente e macia sob minha palma e meus dedos, olhando e o admirando.
— Você é lindo pra caralho, . Se foder. — contei sentindo minha voz sair com prazer.
Seus olhos estavam nos meus querendo saber o que eu realmente sentia por ele naquele momento, e tudo estava exposto e transbordando ali, não tinha nada a esconder. Subi minha mão até seus fios negros o bagungando ainda mais, me fazendo sorrir de lado enquanto chegava mais perto dele.
— Eu sou fodido demais por achar meu irmão mais novo gato? — perguntei olhando seu rosto agora e passando meus lábios pelo dele querendo que relaxasse com aquilo, não tinha motivos para ficar tímido comigo. — Porque eu estou me achando muito fodido por isso, ainda mais por desejar cada parte do seu corpo. — sussurrei deixando minha respiração se embolar com a sua.
Deixei minha língua passar pelo meu lábio superior e cheguei mais perto deixando meu pau duro tocar no seu.
— Olha o que você faz comigo, . — acusei e olhei para baixo. Adorei o jeito que suspirou com nossas ereções roçando uma na outra.
— Ah … — uniu minhas sobrancelhas.
— Você gosta disso? — então movi meu quadril de leve deixando meu pau duro deslizar pela lateral do dele olhando bem suas reações e me deliciando demais com elas.
concordou com a cabeça mordendo seu lábio inferior. Deixei minha mão pegar seu pau gemendo com aquilo por finalmente sentir como era fazer aquilo sem nenhuma roupa atrapalhando. Me perdi ouvindo seu gemido por conta daquilo.
O tocava lentamente para se acostumar com meu toque e a sensação que aquilo lhe dava. Seus olhos dentro dos meus com seus gemidos sendo soltos estava me fazendo soltar o ar de uma forma pesada.
Masturbar meu irmão estava me dando um prazer tão grande que apostava que poderia gozar só vendo o jeito que ele estava por causa daquilo. Mordi meu lábio inferior com sua mão vindo até minha nuca e a segurando, apertando ela de leve e arfando bem gostoso por minha causa. Aquele seu sorriso safado me fez rir fraco, adorava demais todos os seus sorrisos.
Eu era mesmo um fodido.
— Tão gostoso… Macio… — sussurrei tocando por inteiro passando minha mão por ele sentindo como era delicioso pra caralho, na minha boca faria um estrago.
Subi meus tons verdes até alcançar os seus e juntei nossos lábios de um jeito apertando enquanto minha mão descia e subia pelo seu pau, até que meu polegar passou vagarosamente por sua base sentindo sua veia ali, e indo até sua glande, acariciando ela e rodeando com meu dedo sua cabeça macia.
— Deveria ser um crime ser gostoso assim. — disse baixo respirando fundo e passando meu nariz pela lateral do dele movimentando um vai e vem agora um pouco rápido para depois ir mais devagar.
Suspirei de forma pesada sentindo sua mão pegando meu pau extremamente duro e alisando toda a base, o prendendo com seus dedos e depois fazendo um vai e vem que me arrancou um grunhido.
— Posso dizer o mesmo de você. Gostoso demais. — sussurrou, olhando em meus olhos ao aumentar meus movimentos em meu pau, gemendo baixo por causa da minha mão no seu.
Sorri sem ar mesmo olhando em seus olhos sentindo meu corpo se arrepiar por inteiro por causa do que sua mão fazia que agora ia mais rápido. Então acompanhei seu ritmo afim de que nós dois gozássemos juntos. Meu gemido se perdeu no dele, e nossas testas se juntaram. Olhei para baixo junto com tendo aquela visão perfeita dos nossos paus duros, um com a mão no outro, nossos tons de pele intercalados em uma palheta de cor perfeita.
— … . Isso é tão gostoso. — grunhiu baixinho, abrindo seus lábios pra puxar mais ar e acabou soltando em meu rosto.
— Muito gostoso. — gemi de volta fechando meus olhos por um segundo sentindo sua mão indo e vindo em meu pau, e eu fazendo a mesma coisa. Ele era tão grosso e macio.
Porra!
Sorri de lado e abri meus olhos com seu quadril fodendo a minha mão.
— Hey, hey. Calma. — mandei e gemi fraco e segurei seu quadril com minha outra mão.
Então comecei a tocar nele mais rapidamente já que era isso que ele queria. Gemi mais alto com sua mão apertando a cabeça do meu e esfregando minha glande com seu polegar, então em seguida começou a me tocar do mesmo jeito que eu fazia com ele, me arrancando mais gemido.
— Porra, . Não para. — pedi gemendo em seguida soltando o ar contra seus lábios.
Os gemidos que ele soltava já estavam totalmente descontrolados.
— Quero ouvir você gemer no meu ouvido, . Agora. Porra! — rosnou, ordenando mesmo aquilo, fazendo seus dedos se fecharem ainda mais em meu pau enquanto me masturbava.
Uni as sobrancelhas com seu tom de ordem pirando demais naquilo e leve meus lábios até seu ouvido e gemendo lá.
— Ah, . — soltei o tocando mais em um compasso perfeito com ele sentindo meu pau pulsando em sua mão.
Se continuássemos assim por mais alguns minutos tenho certeza que iria gozar em sua mão. Desci meus lábios pela lateral de seu pescoço sentindo como estava quente, e meti a porra de um chupão ali pouco me fodendo para a marca que iria ficar.
Então meu coração quase saltou pela boca e meus olhos se arregalaram com o barulho do portão da garagem se abrindo e ouvindo o motor da BMW do nosso pai entrando. As luzes da casa começaram a se acender como se um presidiário tivesse fugido da prisão, e eu soltei no mesmo instante.
— Droga! Eles voltaram antes. — arregalou seus olhos para mim.
— Corre. Porra! — falei já me debruçando na beira da piscina e ajudando meu irmão a fazer o mesmo.
Peguei minha cueca a vestindo de qualquer jeito, enfiando meu pau ainda duro para dentro dela enquanto andava pulando e tentando não cair de cara no chão por ainda estar bêbado. Meu irmão pegou suas roupas e colocou sua cueca enquanto corria também. ria da situação toda com nós dois parecendo fugitivos.
Corremos para dentro o mais rápido que conseguimos, o piso escorregando pra caralho por estarmos molhados. Eu cheguei a cair e quase dando uma banda em , mas sua mão já pegou a minha me puxando para levantar logo. Meu irmão tropeçou em alguns degraus rindo ainda mais. Eu só conseguia rir também daquela situação de merda. Correndo desesperadamente com meu pau duro por causa do meu irmão ainda para nos esconder dos nossos pais. Nós estávamos molhando a casa toda, e nem tinha como resolver aquela situação. O melhor a se fazer era se trancar no quarto mesmo. O universo gostava muito da gente.
Conseguimos chegar no corredor dos quartos quando a porta da frente se abriu, me fazendo rir ainda mais. me puxou para trás quando parou na porta de seu quarto, enquanto eu já estava indo para o meu.
Minhas costas se chocaram contra a porta e seus lábios se juntaram com os meus. A adrenalina me deixou ainda mais excitado do que já estava. Segurei o cabelo de sua nuca e tomei sua boca tão rápido quanto fez com a minha, deixando nossos lábios deslizando um sobre o outro em uma pressa única com nossas respiração totalmente perdidas. Gemi apertado entre nossos lábios com sua mão em meu pau o esfregando um pouco, então peguei sua bunda com força quase o puxando para dentro de seu quarto e acabando com aquilo.
se afastou quando ouvimos outro barulho, precisávamos sair dali.
— Deixa sua porta aberta hoje. Nosso pai geralmente apaga quando ele chega de viagem. — sussurrou, me dando outro selinho e então me soltando. Sorri com aquilo.
— Safado. — sussurrei.
Então entrou no seu quarto em seguida. Corri para meu fechando a porta e tirando aquela cueca molhada, a jogando no cesto rindo demais com aquilo tudo. Passei a mão em meu cabelo com um sorriso enorme no rosto. Mano, nós éramos totalmente loucos.
Meu celular apitou em cima da cama, então o peguei vendo a mensagem do meu irmão.
A mãe acha que não estamos nos falando
Então foi você quem molhou a casa, tá?
Além de ter deixado seu irmão mais novo com o pau doendo
de tanto tesão que ele está sentindo por você
Você é um filho da puta mesmo.
Se livra disso.
Bate uma pensando em mim.
Vou fazer o mesmo aqui.
Não dá para ficar assim.
Joguei o aparelho de volta na cama e fui para o banheiro.
— . — ouvi minha mãe chamando.
— Estou tomando banho. — respondi bem sonso.
— Você molhou a casa toda! — ela soltou irritada. — Seu pai deu um espetáculo comigo. Termina logo esse banho e vá secar. Eu não vou acordar a Jordin para isso. — mandou.
Eu estava tão de boas com aquilo que nem reclamei. Apenas concordei.
Capítulo 4 - Everything I Wanted
Três semanas depois.
Estava com o que parecia ser uma jarra de liquidificador em uma mão e um baseado na outra. Alguém tinha colocado uma coroa na minha cabeça e eu usava apenas uma cueca e um roupão preto por cima. Tudo girava e girava mesmo, a música que tocava estava tão alta que nem as risadas das pessoas eu estava ouvindo. Sentei na cadeira perto da piscina, bebendo o que eu achava ser marguerita na jarra e estava uma delícia. Porra, quem tinha feito aquilo? Uau, eu poderia tomar outra jarra dessas facilmente. Levo o baseado até meus lábios, tragando profundamente e depois soltando a fumaça para cima com formatos de círculos. Uma garota loira sentou no meu colo, já enfiando a língua na minha boca, mas não retribui o beijo.
— Espera eu terminar minha bebida. — Dei um tapa na bunda dela pra ela levantar.
Ela revirou os olhos bem puta, se levantou e sumiu do meu campo de visão. Dei de ombros, ela tinha que saber esperar. Virei o restante da jarra e a deixei cair no chão, ouvindo apenas o vidro se espatifar, ou eu imaginava o barulho, porque realmente a música estava muito alta.
Sorri de lado para a tal de Moira? Não, não era Moira, a Moira foi a de ontem. Porra, ! Bato na minha testa tentando lembrar o nome daquela morena maravilhosa, a festa toda com certeza era só pra comer aquela garota. Puxei o nó do roupão enquanto descia meu olhar por ela toda, deixei o roupão se abrir e levei o baseado de novo aos meus lábios, tragando mais calmamente e permitindo meus olhos se intensificarem nos dela. A chamando para se aproximar, pra sentar, pra fazer o que quiser. Ela riu e negou com a cabeça, começando a dançar apenas pra me provocar. Ela provavelmente conseguiria, afinal, que bunda que ela tinha. No entanto, não me levantaria dali, aquele era eu lutando pra pegar alguém.
A festa era na porra da minha casa, ela já tinha ganhado minha atenção, mais que isso realmente não rolaria, não. Ela já estaria abusando da sorte. Tombei minha cabeça ao descer meus olhos pelo corpo dela todo quando ela rebola até o chão, quase que quicando ali. Prendi meu lábio inferior entre meus dentes, encostando minha cabeça no encosto da cadeira, inspirando profundamente e aproveitando mesmo o show. Ela me chamou com o dedo, fazendo apenas eu rir e negar com a cabeça no mesmo instante. Notei ela revirar os olhos e vir até mim, colocando uma perna de cada lado meu e se sentando no meu colo.
Terminei de fumar meu baseado, levando uma mão até sua nuca embaixo do seu cabelo longo e a outra até sua bunda, puxei sua nuca e deixei ela iniciar o beijo. Já que ela parecia gostar de estar no comando, deixei ela comandar o beijo, mas achei lento demais. Abri meus olhos ao sentir seus lábios descerem para o meu pescoço, ouço alguém falar pra mim que meu irmão estava me procurando e estava puto da vida. Isso me fez revirar os olhos.
— Ele vive puto da vida — resmunguei, soltando um muxoxo em seguida.
não queria aquela festa, hoje ele tinha acordado na TPM, porque estava insuportável. Tudo estava o irritando e mesmo assim eu fiz a droga da festa. Ele não mandava na casa e muito menos em mim, ele que saísse de casa então.
— Manda ele ir comer alguém, que passa — falei para a pessoa. — Ou depois eu dou uns beijos nele que passa. — Brinquei, vendo as pessoas ao redor me olharem, até a garota em cima de mim. Abri os braços em questionamento. — Vocês não tem senso de humor, não? — Rolei meus olhos, erguendo meu tronco e voltando a beijar a garota com mais vontade, a puxando melhor contra mim.
E antes que eu a jogasse contra aquela cadeira, a música parou; a soltei e a empurrei para poder me levantar. A força tinha sido desligada e eu não precisava pensar muito pra saber quem tinha feito aquilo.
— — murmurei, ficando puto por ele ter feito isso.
Subi em cima de uma das mesas e bato palmas para a galera prestar atenção em mim.
— Tem um quarto que fica no corredor de cima, à esquerda. A festa agora vai ser lá e todo mundo sem roupa também. Levem todas as bebidas, façam realmente a festa! — anunciei, fazendo todos gritarem.
Vi aquele povão entrar na mansão, indo realmente na direção do quarto dele. Sabia que ele me mataria por causa daquilo, mas ele tinha pedido.
Apesar de achar que eu nunca poderia machucar meu irmão, tinha momentos que ele realmente testava minha paciência, que não era muito boa. Já quase não a tinha. O humor dele também oscilava entre bom e ruim em questão de segundos, o que eu aprendi pela convivência, é óbvio. Sabia como seu humor estava pelos seus olhos, era algo bizarro que só eu sabia, só eu tinha e não tinha comentado nem com ele. Mas quando ele ficava puto, seus olhos ficavam mais escuros, aquele tom de verde que você teria que olhar mais perto pra ver o tom exato. Escuro como uma floresta selvagem de noite, aquela noite mais sombria e sem estrelas. Quando eles ficavam assim, eu sabia que era a hora de gritar pra todo mundo correr e procurar abrigo, que lá vinha tempestade. E quando ele estava bem seus olhos ficavam claros, tão verdes que eu conseguia enxergar o tom de longe. Como também uma floresta em dias de primavera.
Sabia que era extremamente estranho conhecer ele tão bem assim apenas pelo tom dos seus olhos. Mas eu conhecia e eu era, sim, um abusado, porque adorava jogar mais lenha quando ele estava puto. E naquele dia ele tinha acordado insuportável, não ia cancelar a festa por ele, não mesmo. Ele que lutasse. Porém, quando anunciei a festa no quarto dele apenas pra rebater aquela birra dele de ter desligado a força, sabia que tinha assinado minha sentença de morte. Podia até acenar pra ela de longe, vendo ela acenar de volta e dizendo que aquela era realmente a minha hora. Era cômico ao meu ver, doentio também, costumava me divertir ver ele puto também. Mas ele podia simplesmente ter ido pra outra de nossas casas, só que não, eu que tinha que respeitar o humor de merda que ele tinha. Ah, foda-se também. Cruzei meus braços ao ver o furacão empurrando todo mundo que entrava na mansão e iam para o quarto dele.
— Muito maduro da sua part....
Não consegui terminar porque o babaca simplesmente pulou em cima da mesa onde eu estava, agarrando minha cintura e nos jogando na piscina no segundo seguinte. Tentei empurrá-lo enquanto ainda estávamos afundando, mas o filho da puta me sacudiu. Levei minha mão para o seu rosto, o empurrando por ali e tentando me soltar de suas mãos. Segurei seu pulso assim que ele nos puxou para a superfície, inspirei o ar e voltei a tentar empurrá-lo.
— Me solta, ! — esbravejei, totalmente puto com ele e sem brincadeiras.
— Tenta de novo — rosnou ao sentir a água ser jogada em seu rosto.
Mano, a vontade de afogar de volta era grande, mas ainda não o bastante pra eu afogá-lo de volta então só tentava fugir de suas mãos mesmo, não conseguindo nem por um milésimo.
— Vai tomar no seu cu! — rosnei de volta, jogando mais água nele, usando a raiva e força que eu queria usar contra ele na água mesmo.
Grunho de dor ao sentir minhas costas baterem contra a escada, nem sabia se era mesmo a escada, mas tinha doído pra caralho.
— Filho da puta. — resmunguei, ainda fazendo a careta de dor.
Minha cabeça foi para trás, me deixando totalmente tonto pelo baita soco que ele tinha me dado.
Consegui apenas ouvir algumas pessoas gritando na beira da piscina. Droga, aqueles idiotas filmariam e postariam na internet. Além de entregar a festa, entregaria meu irmão me socando. O que só deixaria o sermão do nosso pai pior assim que ele chegasse.
— Todo mundo pra fora! Sumam daqui! — bati na água, esperando que os seguranças tivessem me ouvido e fizessem a porra do trabalho deles.
— Ué, você não queria a porra de um espetáculo? Estou te dando o que você quer! — as palavras foram soltas com aquele veneno de cobra que ele tinha quando queria debochar.
— Você quer dar o espetáculo pra mim ou para essas pessoas, ? Estou te estranhando. — rebati no mesmo instante, não usando o tom dele, usando um mais baixo.
— Não era isso que você queria? A porra da minha atenção só para você? Estou te dando exatamente o que você quer, . — Vi o mesmo se aproximando, ainda cuspindo as palavras com extrema raiva.
— Nem tudo que eu faço gira em torno de você e do seu ego, tá? Você que tá fazendo o show porque quer. Você gosta de me socar, maninho? Então soca. — Coloquei o braço na minha frente apenas pra não deixar ele se aproximar de novo. — Soca mais. Anda, soca! — Abri os braços, sentindo a lateral do meu rosto doer também, vendo que os socos deixariam mesmo o estrago feito. — Vai, . Soca mais que tá pouco, porra! — o empurrei mais uma vez na água.
— Eu deveria! — esbravejou.
Filho da puta do caralho mesmo, queria poder simplesmente socar ele de volta. Arrebentar com ele, mas não conseguia achar força pra fazer aquilo. E isso me fazia odiá-lo mais, ainda mais. Eu poderia quebrar a cara de qualquer idiota, até do nosso pai, mas a dele nunca. Era frustrante e decepcionante.
— Mimado do caralho!
— Como se você também não fosse. — respondeu de forma ácida com certo humor agora. — Eu te odeio, ! — ouvi ele rosnar e não consegui segurar a risadinha que saiu mesmo que os socos tivessem doendo. Balanço minha cabeça na tentativa de afastar a tontura e o empurro de novo, dessa vez usando minha força mesmo.
— Fala de novo que me odeia. — o provoquei, tocando meu nariz e vendo o sangue escorrer ali, isso me faz encará-lo com ódio. Muito ódio mesmo.
— Ah, eu falo! — berrou comigo já avançando de novo, pegando o colarinho do meu roupão me puxando de encontro ao seu corpo com força, fazendo meu peito bater no dele. — Eu te odeio! Muito!
Ergui as sobrancelhas em tom de provocação quando vi que ele ficou mais puto ainda com a minha risada. Então veio mais um soco, esse com mais força que os outros talvez, não sabia bem. Cuspi o sangue na piscina mesmo, passando a língua nos meus lábios em seguida.
— Uma delicia, . — murmurei, limpando meu queixo antes de empurrá-lo com força para longe de mim.
Levei minha mão até seus cabelos que estavam cumpridos, os agarrando sem pena assim que ele me puxa pelo colarinho do roupão.
— É uma delícia mesmo — sussurrou para mim. — Não me provoca, ! — apontou o dedo na minha cara.
Dei um tapa no dedo dele em minha cara, jogando mais água nele também.
— Provoco sim. O que você vai fazer? Me socar mais? — ergui ambas sobrancelhas para irritá-lo mais também. Franzi o cenho quando ele fechou seus olhos, parecendo mesmo se controlar talvez pra não me matar logo de uma vez. — Não gosto quando você se controla, . — Decidi provocar mais um pouco.
Se ele queria mesmo me matar, então que matasse. Que me socasse até a mão dele cansar, porra! Se segurar o cacete, queria ver ele no limite e mesmo se o limite não fosse nada bom pra mim.
— Vai tomar no cu, ! — ordenou. — Foda-se o que você gosta.
— Que delícia você bravinho assim — sussurrei pra ele, tirando onda mesmo.
Deixei meus dedos se enroscarem mais em seus fios molhados ao ver a forma como ele tinha olhado o roupão.
— , solta! — Falei quase sem deixar a voz sair, apenas movimentando meus lábios pra ele soltar logo aquele caralho de roupão. Então quando o vi morder seu lábio inferior, segurei o sorriso que queria sair. — Tira. As. Mãos. De. Mim. — Falei pausadamente, abaixando meus olhos para apontar suas mãos no meu roupão, depois o fuzilando com os olhos, puxando mais o cabelo dele.
— Me. Obriga. — falou do mesmo jeito que eu, lentamente deixando as palavras deslizarem por seus lábios. — Puxa com mais força. — provocou, deixando um pequeno sorriso sair dos meus lábios.
O conhecia bem o bastante pra saber que aquele maluco podia tá mesmo gostando que eu estivesse puxando seu cabelo.
— Tá te excitando, é? Escroto! — cuspi as palavras, vendo ele lamber seus lábios.
Apertei mais os meus olhos ao sentir ele apertar mais o roupão entre seus dedos e quando ele me provoca de volta, no mesmo tom que eu tinha usado, seguro seu cabelo com mais força.
— Você adoraria. — Rosnei basicamente,claro que ele queria que eu o obrigasse, o socasse e retribuisse a violência da mesma forma. Mas não daria mais esse troféu a ele.
— Do mesmo jeito que te excita. Babaca. — rebateu o olhando como se fosse avançar em cima de mim.
— Vem cá, deixa eu ver se excita mesmo. — o chamei pra se aproximar, rindo logo em seguida.
Encarei sua expressão e passei a língua nos meus lábios, aquele desgraçado estava mesmo gostando que eu puxasse seu cabelo mesmo no meio daquela briga. Não me surpreenderia que se eu puxasse mais o deixasse duro.
— Safado — murmurei baixinho, bem tentado a puxar seu cabelo do jeito que ele gostava mesmo.
Mas não daria aquela vitória pra ele não. Solto seu cabelo porque também não daria aquele gostinho pra ele, a raiva não me deixava. Grunhi de novo pelo empurrão que ele me dá de novo contra aquele caralho de escada que nem deveria estar ali.
— Eu te odeio também! Te odeio pra cacete. Te odeio demais!
— Ai que delícia — falou batendo com as mãos na água como se tivesse comemorando. — Vai, fala de novo. — estreitei meus olhos naquele olhar insano dele.
Mania chata do caralho de querer ser sempre a estrela do show.
— Eu até falaria pra alimentar seu fetiche, você sabe que eu adoro alimentar seus fetiches. Mas agora não... agora eu só quero que você vá se foder mesmo. — já tinha demonstrado minha raiva mesmo, já tinha dado o gostinho pra ele, deixei que ela respondesse por mim mesmo.
— Me fode você então. — rebateu me olhando em forma de desafio.
Ergo ambas sobrancelhas quando o descarado me manda fode-lo.
— Vai por mim, , você não ia querer que eu te fodesse agora. — praticamente rosnei, descendo meu olhar por ele porque se eu o pegasse daquele jeito eu faria questão de marcar cada centímetro do seu corpo.
E eu faria com o maior prazer, tanto prazer que provavelmente não sobraria cômodo quando terminássemos.
— Eu ia adorar — provocou, passando a língua em seus lábios.
Passei a língua entre meus dentes ao ver seu olhar queimar em mim e eu já previ o que ele responderia, claro que ia adorar. Ele adorava me provocar daquele jeito porque sabia que bater nele, eu nunca bateria, mas daquele outro jeito...Era bem provável que ele ganhasse.
— É, você ia mesmo — deixei minha voz sair mais rouca e baixa, assistindo sua língua passar em seus lábios e até deixo um suspiro baixinho sair pra provocar de volta.
Não iria realmente pegar ele ali na piscina e ele sabia disso, sabia perfeitamente que estava me provocando só por saber disso. Mas eu tinha conseguido a minha vitória naquele dia, afinal, ele tinha realmente ficado totalmente fora do sério como eu esperava. Pois é, eu era mesmo um maluco por querer aquilo do meu irmão. Paciência.
Sentia que além da água que escorria no meu rosto, sangue também escorria, mas foda-se. Era pra ele ter o troféu toda vez que fosse me olhar naquela semana. Desgraçado. Toquei meu nariz novamente, vendo meus dedos vermelhos e rolando meus olhos por isso. Coloquei minhas mãos em seu peitoral quando ele se aproximou, me puxando pela nuca. No entanto, ainda mantive a pressão nos meus dedos para que ele não fizesse aquilo.
— Quem tá dando showzinho aqui? — sussurrei pra ele, sem olhar pra ele. Tentando em livrar de suas mãos que seguravam meu rosto, mas ele tinha conseguido segurar e agora parecia examinar as merdas que ele tinha feito. — Tá vendo o que você fez? Tá orgulhoso? — encarei bem seus olhos agora.
— O show foi para você. Não gostou? — perguntou cheio de ironia olhando para o meu rosto. — Estou orgulhoso. — falou calmamente. — Você não sabe o quanto. Serão semanas deliciosas daqui para frente.
— Adorei — respondi sua pergunta sobre o show de forma irônica, até fazendo uma careta bem de criança birrenta pra acompanhar a resposta.
Fiquei olhando para o rosto dele ao ouvir suas respostas, as respostas que eu já sabia que ele daria. Claro que ele ia se deliciar com as marcas no meu rosto sempre que me visse. Mas se ele me visse... talvez o sol do Caribe não fosse uma má ideia.
— Eu te odeio, seu filho da puta — disse passando o polegar em cima de onde tinha me cortado. Virei meu rosto ao ouvir o que ele fala perto do meu ouvido. — Muito.
Passei meus olhos pelo seu rosto quando ele fala que me odeia de novo, mas sem raiva dessa vez, sinto ele tocar onde tinha machucado e deixo uma careta aparecer.
— Fala de novo e tenta me convencer disso. — murmurei pra ele, virando meu rosto pra ele parar de tocar.
— Não estou afim agora — respondeu com um sorriso, isso me fez rir.
— Você continua um péssimo mentiroso. Mas os socos melhoraram — respondi no meio da risada.
Não sabia nem dizer que me odiava mesmo, não sabia porque não tinha nenhum por cento de verdade naquilo. É, a gente se gostava de um jeito estranho, já tinha ouvido isso.
— Você leva vantagem — respondeu sobre ser um péssimo mentiroso.
— Eu levo sim — Pisquei um olho pra ele, me achando por isso, ainda rindo baixinho.
Pois é, éramos os livros de cabeceira um do outro. Ignorei ele estreitando os olhos para mim com a minha resposta.
— Vem, me deixa limpar essa merda — então finalmente me soltei se afastando e saindo da piscina.
Rolei meus olhos que agora ele queria bancar o protetor, era sempre a mesma merda. Mergulho de novo na água quando ele me solta, ficando um pouquinho lá embaixo apenas pra tirar o sangue.
— Liguem a força! — pude ouvir ele ordenar aos seguranças que retornava agora. — Chamem a limpeza também, esse lugar está um chiqueiro. — então me lançou um breve olhar.
— Obedeçam se não quiserem apanhar — resmunguei, tirando o roupão ensopado, ouvindo ele rir do que eu tinha dito.
Devolvi o olhar dele, só que semicerrando os meus para ele. Toquei novamente minha bochecha e sinto o corte ali, sangrando de novo. Peguei uma toalha limpa e seca que me entregam e jogo por cima dos ombros.
— Não precisa cuidar de mim, — Passei por ele, tirando a toalha das minhas costas e passando no meu cabelo, os bagunçando.
Segui para o meu quarto e vi que ele veio atrás, indo para o banheiro e pegando umas coisas.
— Me deixa ver se vai precisar de ponto. Qualquer coisa eu te levo no hospital. — joguei a toalha nele assim que ele voltou, me recusando a deixar ele vir com aquela historinha agora.
— Caguei se vai precisar ou não. Já falei que não vai cuidar de mim, . Não socou? Não deu seu show? Pode ir para o seu quarto e dormir em paz. — Apontei a porta do meu quarto, indo até meu armário e pegando umas roupas limpas e secas, jogando na poltrona ali perto. — Sai, — falei mais uma vez.
— Hm, perdi o sono. Agora eu sou o seu problema — declarou.
Olhei de relance ele secar seu cabelo com a toalha que eu tinha jogado na cara dele. Rolo meus olhos lentamente com o que ele responde.
— Você já foi meu problema hoje, . Minha cara machucada tá aí pra comprovar isso. Agora some da minha frente. — rebati, não querendo mesmo ficar perto dele naquele momento.
Já tive minha dose dele e precisava ficar sozinho. Tiro aquela cueca molhada e coloco outra, vestindo uma calça, primeiro eu precisava ver minha cara na pia pra depois ir tomar um banho. Quem sabe dormir até hibernar. Não o olho quando vejo ele ficar quieto, mas sabia que ele tinha me respondido silenciosamente que não iria sair daquele quarto. Ele era tão teimoso quanto eu, uma dádiva que nossa mãe odiava e sempre perguntava quem tínhamos puxado. Ninguém, de fato, porque do nosso pai era só o eterno ranço por ele mesmo.Encarei meu irmão sentado na minha cama todo molhado.
— Sério? Você realmente molhou minha cama? Qual é a porra do seu problema? — a vontade mesmo era de tirar ele dali pelo cabelo.
Eu o odiava demais tinha hora.
— Pode deitar no meu quarto se quiser. — acabei que o olhando quando ele oferece seu quarto, achei que ele tava me zoando ou me provocando, mas ele parecia ter falado sério e isso só fez meu olhar demorar um pouco nele. Ainda estava puto com ele pra responder qualquer coisa, então apenas dei de ombros e voltei minha atenção nas roupas.
— Anda, . — Ignorei ele mandar eu me apressar, foda-se ele. Mas acabei sendo pego de surpresa quando ele me puxa pelo braço com força, me jogando contra cama com forca. O encarei puto da vida mesmo, mas que porra mesmo. — Você está nervoso? — me provocou.
— Estou extremamente. Sai da minha frente. — rosnei, tento levantar, mas ele tinha me prendido ali, colocando suas mãos em cada lado do meu corpo. Meus olhos queimam nos dele quando ele chega mais perto.
— Eu não vou embora, então sugiro que me deixe cuidar dessa merda, vai ser mais fácil.
— O que vai ser? Do jeito fácil ou difícil?
O olhei em desafio.
— O que você vai fazer? Me socar mais? — levantei um pouco minha cabeça, o olhando mais intensamente.
— Não — respondeu com simplicidade.
— Qual seria o lado difícil, hein? — me aproximei mais dele, erguendo meu tronco. — Tô pagando pra ver. — sussurrei perto dos seus lábios.
Então o empurro com força pra ele me deixar sair da cama. Fuzilei aquele sorriso que ele tinha dado, desgraçado ainda queria rir. Naqueles momentos eu o odiava demais, puta que pariu. Fico o encarando esperando ele dizer o que ele iria fazer então, se não ia me bater, o que seria? Me prender ali? E eu odiava ainda mais a forma como ele reagia as minhas aproximações, a forma como ele respirava ficava totalmente diferente como se me pedisse mais. Ignorei qualquer reação dele quando o empurrei, mas ele tinha sido mais rápido do que eu, assim que o empurrei para me deixar sair, ele me empurrou na cama de volta com mais brutalidade e dessa vez se sentando em mim para que eu não conseguisse levantar.
— Sai de cima de mim! , agora! — tirei suas mãos dos meus ombros, tentando me levantar mesmo assim, mas sabia que teria que ser violento pra sair dali e eu não conseguiria.
Não com ele. Filho da puta mesmo, puta que pariu! Segure seu pulso assim que ele segurou meu pescoço, forçando meus dedos em volta de sua pele clara pra ele me soltar. Prendi o ar com força quando ele aproximou seu rosto do meu, não conseguindo desviar meus olhos dos dele nem se tentasse de verdade.
— Para — pedi, quase não ouvindo minha voz sair por conta de saber que seria uma tentativa falha de pedir pra ele parar. Meus olhos se fecharam automaticamente ao sentir seus lábios onde estava machucado, retrai meus lábios e os forcei um no outro querendo segurar o que quer que fosse sair dali. — Para… — tentei de novo, suavizando meus dedos de seu pulso.
E quando o mandei parar pude sentir que ele quase realmente parou e foi embora, eu conseguia ler aquilo nitidamente pela maneira como ele ficou mais tenso em cima de mim. Por mais que doesse ter feito aquilo com ele, era o que eu queria mesmo, não queria que ele continuasse não. Estava machucado, instável e com raiva, podia machucá-lo de formas que eu não queria como eu tinha feito agora. Era óbvio que eu não queria ficar longe dele, tudo que eu mais queria sempre era ficar perto dele. Não conseguia me imaginar longe daquele babaca escroto, mas eu não pensava pra falar também, deixava a raiva falar por mim já que eu nunca iria usar a violência contra ele.
— Do mesmo jeito que te machuquei, eu quero cuidar de você. — Abri meus olhos quando escuto o que ele fala, então encaro seus lábios agora sujos de sangue e umedeço os meus contendo a vontade de lamber. — Do mesmo jeito que eu adorei ter te socado lá fora, eu me odeio por ter feito você sangrar. — Suguei ainda mais o ar como se fosse me ajudar a ouvir ele assumir aquilo em voz alta. Sabia que ele se arrependia sempre, sabia porque ele sempre vinha cuidar de mim depois de ter me arrebentado.
Mas ele assumir aquilo em voz alta...porra, mano!
Soltei seu pulso e seguro seu rosto levemente, deixando meus dedos em seu maxilar.
— Eu gosto que você me dê atenção, . — segurei seu rosto com mais força, fazendo meus dedos deslizarem no contorno do seu maxilar, depois tirar alguns fios de cabelo que tinham ficado ali. — Gosto de brincar com você, independente como estamos brincando. Mesmo quando é você me socando. — era insano demais assumir aquilo, mas ele já sabia também.
Até meu orgulho sofreu assim que toquei meu rosto e senti ele travar seu maxilar contra meus dedos, ainda mais quando ele virou seu rosto não querendo sentir meu toque. Eu merecia aquilo, sabia disso, mas mesmo assim tinha machucado demais. E eu preferia seus socos do que aquilo. Abri a boca pra pedir pra ele me deixar tocar nele, não fazer aquilo comigo, mas engoli as palavras. Não gostava quando ele parava de respirar, era como se ele tivesse desistindo e se ele desistisse, eu desistia logo atrás. Eu era conectado à ele, droga. E muitas vezes ele parecia esquecer daquilo. Sabia que se eu abrisse minha boca sairia aquele pedido pra ele me deixar tocar nele, deixasse meu toque quente esquentar sua pele fria. Mas não permiti que saísse aquele pedido assim como ele não queria sentir meu toque.
— Eu sou a pior pessoa que você poderia ter ao seu lado, e não tem nada que possa ser feito pra mudar quem sou. — Juntei levemente as sobrancelhas quando ele diz ser a pior pessoa e talvez aquilo tenha doído mais do que os socos.
Com certeza tinha. Tiro minha mão de seu rosto, engolindo a seco várias vezes por conta daquilo. Ele se afasta e abre seus olhos, me olhando e dessa vez eu que solto todo o ar que eu tinha segurado.
— Você é mesmo um fodido, . — resmunguei, rolando meus olhos. — Mas eu também sou. E eu não quero que você mude, porra. — me remexi embaixo dele, suspirando por saber que eu teria mesmo que deixar ele cuidar de mim.
Praticamente bufei de novo com seu pedido, sentindo que nem existia mais raiva dentro de mim naquela hora e mesmo assim eu sentia raiva de não sentir mais raiva. Seguro sua nuca e faço ele se aproximar mais um pouco de mim, encostando minha testa na dele e respirando fundo só mais uma vez antes de passar a língua em seus lábios, os lambendo com vontade.
— Não. — rebateu com a voz baixa, cortada. — Você não pode gostar. Não. Pode. — minha expressão muda porque tinha sim doído pra caralho ele dizer que eu não podia gostar.
— Cala a boca. — foi o que eu disse, levemente com raiva por ele ser tão teimoso até nisso.
Porra, claro que eu gostava e ele mandar eu não gostar não me faria gostar menos. E quando recuei senti aquele maldito arrependimento por ter feito ele sair do controle daquele jeito, eu conseguia ver o estrago que eu tinha feito. Ele se culpava no que não era pra se culpar, eu que era o filho da puta que ficava o cutucando até ele soltar tudo e hoje eu vi que tinha feito ele soltar mais do que ele tinha soltado.
— É a verdade. — foi o que respondeu. Fazendo eu negar com a cabeça mais uma vez.
Odiei ver o arrependimento em seus olhos. Odiei ouvir ele me dizer aquilo.
Não era pra ser assim. Não queria perdê-lo, não podia. Senti meu peito se encher de tanto ar que eu poderia explodir, sentia aquela dor crescer dentro de mim como uma doença. O medo estampado em meu rosto, medo de ter perdido meu irmão naquele momento. Ele não rebateu o que eu tinha dito sobre não querer que ele mudasse, o que era bom, mas mesmo assim tive medo. E se tinha algo que eu odiava sentir mais do que ódio, era medo. E o era a única pessoa que me fazia sentir aquilo. O medo de perdê-lo era absurdo, era enorme, era o monstro que ficava embaixo da minha cama.
— Do mesmo jeito que você nunca me deixou, eu nunca te deixarei — disse olhando dentro dos meus olhos . Mas mesmo suas palavras não me tirou aquele medo, ele tinha recuado do meu toque como nunca tinha feito antes. — Eu prometo. — sussurrou extremamente baixo.
Rolei meus olhos quando ele negou com a cabeça. Teimoso do caralho também. E mais uma tentativa falha de tentar me aproximar, quando ele fechou os olhos assim que o puxei para perto, eu soube que ele não queria mesmo receber meu toque. Mas mesmo assim tentei e tive que soltar quando ele simplesmente virou seu rosto mais uma vez.
— Então, me deixa ficar e fazer você parar de sangrar. — Ouvi seu pedido.
— Faz o que você tem que fazer — murmurei, sentindo tudo doer e não eram os socos.
Me sentei na cama quando ele se levantou logo em seguida e não olhei pra ele também, mantive meus olhos fixos em um ponto do quarto que eu realmente não estava olhando. Apenas me desliguei, deixando que ele cuidasse daquelas merdas de machucados de uma vez. Até consegui segurar a careta quando senti arder a ferida, mas não esbocei mais nada. Nem dor. Nem tristeza. Nem porra nenhuma. Eu tinha fodido tudo, era isso. Tinha estragado a porra toda e era o que eu mais sabia fazer. A vida do meu irmão seria extremamente melhor sem eu nela e admitir aquilo chegava ser como ter levado uma facada no estômago e estivesse torcendo a lâmina lá dentro. Fechei meus olhos quando ele saiu de perto pra guardar as coisas, escondi meu rosto entre meus braços. Dando foda-se se aquilo ardia ou não. E quando levantei meu rosto, vi que ele já tinha saído. Não era pra sair, não era. Era pra ficar aqui comigo, caralho.
Levantei e fui atrás, mas parei na frente da porta do quarto dele ao ouvir barulho lá dentro, ele estava quebrando tudo. Segurei a maçaneta, mas não a girei, sabia que não podia entrar lá e impedi-lo daquilo. Sabia que tinha que deixar ele descarregar, seria egoísmo demais da minha parte pedir pra ele ficar bem quando eu mesmo tinha feito ele ficar naquele estado. Eu era sim um egoísta filho da puta, mas não podia ser com ele. Eu me recusava a ser mais filho da puta ainda com meu irmão. Não com a única pessoa a quem eu realmente me importava. Encolhi os ombros ao ouvir o que parecia ser o espelho sendo quebrado, fechei meus olhos com força, puxando todo o ar e me sentindo como aquele espelho naquele momento, totalmente quebrado. Soltei a maçaneta, me abaixando ali perto da porta dele, me sentando na parede ao lado da porta. Eu ficaria perto dele mesmo assim, eu precisava dele, precisava demais. Fechei meus olhos e encostei a cabeça na parede, inspirando e expirando, controlando a vontade de entrar no seu quarto.
— I had a dream I got everything I wanted but when I wake up, I see you with me — comecei a cantar, virando meu rosto e olhando para a porta. — If I could change the way that you see yourself you wouldn't wonder why here. They don't deserve you — sabia que de alguma forma ele estava ouvindo e eu queria mesmo que ele se acalmasse.
— I had a dream I got everything I wanted, but when I wake up, I see you with me — ouvi ele cantar baixo e sua voz cortada, sua respiração descompassada partiu ainda mais meu coração.
— Quando eu voltar você não vai precisar olhar para os machucados, vai ser como eles nunca tivessem existido. Eu prometo — falei mais perto da porta. Então me levanto, voltando pro meu quarto e arrumando umas malas enquanto compro uma passagem para o Caribe. não teria que me olhar e se sentir culpado.
Eu também precisava lidar com o fato que ele não queria mais que eu o tocasse daquela outra forma.
No final das contas, parecia que eu tinha afogado sozinho naquele poço.
Capítulo 5 – I Always Wanna Die (Sometimes)
Meu irmão queria que eu saísse de perto dele, então tudo bem, eu poderia fazer isso agora. Deixar que ficasse em paz. Passei pela porta do meu quarto e a fechei sem fazer barulho. Olhei para minhas coisas, e sentir uma vontade absurda de quebrar tudo que minhas mãos conseguisse tocar. Minhas narinas se encheram com vontade, fazendo meu peito levantar, meu corpo estava gelado, cada parte minha estava. Desci. Desci o mais fundo que eu podia descer, desci até não tem mais luz. Então em um rompante único passei a mão em cima da mesa varando tudo longe, sentindo meu sangue começar a esquentar por causa disso. Com raiva de mim mesmo por ter machucado . E eu quebrei tudo que minhas mãos conseguiam alcançar.
Eu queria me quebrar, era só isso que queria fazer. Eu queria me machucar por causa daquilo, queria que ele tivesse me machucado, assim eu me sentiria menos pior. Minhas mãos agarraram a roupa de cama e eu puxei tudo com força, fazendo o colchão sair do lugar e cair no chão com todo o resto. Ele não podia gostar de mim do jeito que eu era. Não podia!
Minha respiração estava profunda, dolorida, fazendo minha garganta queimar. Sentia vontade de gritar, mas não fiz. Avancei para frente do espelho encarando meu reflexo, e odiando o que via. Então apenas o soquei, sentindo o vidro cortar minha mão, mas aquilo não me fez parar, porque eu soquei de novo e de novo. Ele não podia. Ele mentiu! mentiu! Ele precisava estar mentindo.
O que diabos eu fiz? Por que eu ainda continuava machucando meu irmão? Qual era a porra do meu problema? Só precisava que aquilo tudo fosse a porra de uma mentira, porque eu não merecia o .
Soquei o espelho mais uma vez indo de joelhos ao chão, sentindo eles quebrando mais cacos que estavam sobre o carpete. Eu não merecia. Estava de joelho sentindo os cacos do espelho grudados em minha pele, ardendo, queimando, fazendo meu sangue descer pela minha mão esquerda, manchando o carpete, mostrando que não era difícil fazer com que sangrasse, mas não era o suficiente.
Seus dedos melados correram por cima de um caco grande, o pegando com certa incerteza, e meus olhos se viraram para a pele clara do meu pulso. Um puxão. Tudo se apaga. ficaria melhor em mim, eu tinha certeza. A ponta do vidro frio tocou minha pele, e meus olhos se fecharam. Lembrei da promessa que tinha acabado de fazer. Não podia deixá-lo. Um par de lágrimas rasgaram meu rosto, se juntando no meu queixo. Meus dedos seguraram o vidro com mais força fazendo pressão na ponta contra a pele de meu pulso, e queimou quando furou.
Estava prestes a correr com ele para cima quando ouvi a voz de do outro lado da porta cantando, e eu reconheci a letra na hora. Soltei o vidro no mesmo instante. O que eu estava fazendo? Eu não podia deixar meu irmão. Eu fazia parte dele.
Então levantei e fui até a porta, encostando minha cabeça na madeira, e escorreguei por ela, de lado, fechando meus olhos tentando ouvir mais, nem que fosse sua respiração. Abracei minhas pernas.
— I had a dream I got everything I wanted, but when I wake up, I see you with me — cantei baixo com minha respiração fora do compasso, sentindo ainda tudo dentro de mim se revirando, mas estava voltando como uma onda calma.
— Quando eu voltar, você não vai precisar olhar para os machucados, vai ser como eles nunca tivessem existido. Eu prometo. — falou mais perto da porta como uma promessa e minhas mãos se apertaram com força.
— Não vai, por favor. — sussurrei sabendo que ele nunca iria ouvir.
Mas ele se foi. Eu ouvi os passos ficando cada vez mais longe, meus olhos queimavam, e as lágrimas desciam. Ele tinha ido embora. Minha mão se levantou, trancando a porta e seguiu até o interruptor, apagando tudo, me jogando para onde eu nunca deveria ter saído. O vazio e o escuro.
Quando acordei no dia seguinte, ainda sentado atrás da minha porta com alguém batendo nela, chamando pelo meu nome, reconheci que era minha mãe. Meus olhos se abriram lentamente, encarando o caos ao meu redor. Minha mão estava dolorida, o sangue seco agarrado nela fazia a pele repuxar me causando uma leve agonia. Na verdade, meu corpo todo estava, era como se eu realmente tivesse levado uma surra, e sinceramente, era o que eu queria que tivesse acontecido, porque achava que pelo menos assim ainda estaria ali comigo. Aquele pensamento fez meu peito doer, meu coração se retraindo em uma pulsada amarga fazendo meu sangue correr um pouco mais rápido, mas não me aqueceu, me fez tremer. Meu corpo estava extremamente gelado, ainda sentia minha calça úmida, e minha pele estava pálida, algo semelhante a um mármore, porque sua falta de coloração fazia todas as minhas veias ficarem extremamente evidentes. Minha cabeça latejava mais do que o dia anterior, martelando direito nas minhas fontes, e a claridade piorava aquilo tudo.
Soltei o ar e me senti levemente tonto. Segurei na maçaneta da porta a usando para me erguer, enquanto meu corpo escorava a madeira para que eu não caísse. Limpei minha garganta para garantir que minha voz não sairia tão ruim, e então respirei fundo.
— Oi. — respondi a minha mãe que eu sabia que ainda estava parada do lado de fora.
— , abra a porta, por favor. — pediu com seu tom baixo, suave, com uma preocupação intensa em sua voz.
— Não. Tem uma garota aqui comigo. — menti olhando para tudo destruído, para o sangue no carpete.
— Você e o brigaram, não foi? — aquela pergunta me fez fechar os olhos e engolir em o nós que fechou minha garganta.
— Não. — fechei meus olhos com muita força.
— Então por que ele foi viajar sem você? — eu odiava como nossa mãe nos conhecia tão bem.
— Porque eu tenho outros planos para as férias. — respirei o mais fundo que consegui me agarrando a qualquer coisa que fosse me manter seguro.
— Está bem. Qualquer coisa estou no meu quarto se quiser conversar. — disse e foi embora.
E naquele segundo eu soltei o ar deixando meus ombros caírem com força. Lentamente fui pegando minhas coisas do chão, porque não queria nem que os empregados vissem aquilo, na verdade, não queria que ninguém soubesse do meu surto. Então fiquei horas ali, limpando aquela sujeira toda, esfregando o carpete até não ter rastro nenhum, e minha sorte que ele era preto, então me ajudou um pouco.
Quando terminei, peguei meu celular ainda sentindo meu corpo tremendo, e olhei as mensagens. Não tinha nenhuma de . Aquilo doeu mais do que deveria. Umedeci os lábios e comecei a digitar, mas apagava sempre, porque não tinha nada que pudesse falar, a não ser que fosse um pedido de volta pra casa. Mas eu não faria isso quando ele queria paz, me queria longe dele. Fechei meus olhos lembrando da noite passada quando me pedia para parar e aquilo me sufocou, e ardeu, como se minha pele queimasse. Eu era a pior coisa que poderia existir em sua vida. Eu o machucava o tempo todo, e por mais que não quisesse, sempre fazia a mesma coisa. Como meu irmão ainda podia gostar de mim? Ele não deveria. tinha feito o certo por ele indo embora, ficando longe de mim.
Passei a mão em meu rosto, e abri meus olhos, encarando a tela do celular logo em seguida. Montei um grupo com cerca de umas vinte pessoas, as que eu sabia que não me dariam tanta dor de cabeça. O nome era: Verão na Casa do Lago dos . Todo mundo que sabia sobre os rumores da casa tinha vontade de conhecer. Não era apenas uma casa, era A casa. Ela era enorme e cheia de passagens secretas, coisa que nosso avô fez para nosso pai de divertir quando era criança. E tinha chaves espalhadas pelo lugar que abriam portas que levavam para outros cômodos secretos. Armários com fundos falsos que poderiam dar a lugares escondidos, como Nárnia. Eu e amávamos aquela casa, sempre quando éramos crianças, pedíamos para ir lá todo o final de semana, e ficávamos horas tentando descobrir algo novo. Até que aprendemos todas as entradas e saídas, e conseguimos achar todas as salas secretas. A nossa favorita era da biblioteca, que abria quando puxava um livro específico, bem coisa de filme mesmo. Então revelava uma passagem estreita, escura, que descia para baixo da casa, e lá tinha várias coisas muito antigas, segredos de família, e aventuras de nosso avô. E também tinha outro lugar, um alçapão embaixo da cama do quarto do , que levava para outro quarto, um pequeno que tinha pouca coisa, uma cama de solteiro e uma quadro na parede. Era uma pintura da casa, e sempre que olhávamos para ela descobrimos algo novo. E o melhor, que atrás dela tinha um buraco que dava para o quarto dos nossos pais. A gente sempre ficava sabendo de muitas coisas daquele jeito. No fim do quarto tinha uma janela, longa, comprida, com um vitral todo colorido, que quando a luz do sol batia nele, projetava uma rosa enorme na parede oposta. Eu sempre gostava de olhar para ela quando o dia amanhecia. Era bonita. Era ali naquele quarto onde nós dois sempre nos escondíamos quando queríamos fugir de qualquer coisa, seja do mundo, de um problema, ou até mesmo do nosso pai que queria nos bater por alguma merda que fizemos.
Então, quando montei o grupo, não teve um que disse que não iria. Arrumei minha mala rapidamente mesmo que já tivesse algumas coisas minhas lá, tomei um banho, e logo avisei minha mãe para onde iria. Peguei meu Troller preto e as chaves da casa, e parti.
Cheguei lá ao anoitecer, e já tinha uma fogueira feita, porque tinha mandando mensagem para o caseiro pedindo que fizesse aquilo, e comprasse bebidas no mercado na cidade. E não demorou para o pessoal ir chegando. Mandei eles se virarem com os quartos, e fiquei no de , porque aquilo me fazia sentir perto dele, e não queria também que ninguém tocasse nos pertences do meu irmão.
Comecei me arrumar e antes de descer já ouvi a música alta tocar. Mesmo que quisesse ficar animado com aquilo, não estava conseguindo, porque eu só conseguia pensar em e em nossa briga, e me odiava um pouco mais. Eu precisava apagar minha mente. Então me olhei no espelho e enterrei tudo, ninguém precisava saber que eu estava daquele jeito. Coloquei meu melhor sorriso no rosto e desci fingindo que estava super empolgado, vendo o pessoal já bebendo, fumando e dançando ao redor da fogueira.
Não esperei nenhum segundo. Peguei uma bebida e fui para lá. E foi assim, até um momento que a bebida não estava conseguindo me puxar para cima. Eu só queria que minha mente apagasse. Só isso! Era o que eu precisava. Então me lembrei de uma coisa. Remédios. Eu odiava o efeito deles em mim, mas eles me deixariam do jeito que eu queria. Subi até o quarto dos meus pais e mexi no armário do banheiro. Puxando frasco por frasco procurando algum que fosse fazer minha mente entrar em torpor, e os soltando deixando que caíssem dentro da pia. Rosnei puto. Não tinha nada ali de útil! Inferno.
Desci e vi uns garotos e umas meninas na mesa de centro da sala, eles formavam carreiras de cocaína em cima da mesa de espelho. Eles me encaram no mesmo segundo com os olhos arregalados, porque sabiam que eu odiava qualquer tipo de droga, já que detestava perder meu controle e muito menos pessoas descontroladas perto de mim, um tanto hipócrita, mas verdade. Mas a única coisa que fiz foi chegar até eles e me abaixar do lado de uma garota, olhando para as carreiras quase prontas. Tomei um canudo de nota da mão de um dos moleques, e sem pensar muito cheirei a que estava mais perto de mim com vontade sentindo aquilo entrando e queimando. Balancei a cabeça fechando os olhos com força segurando a vontade de espirrar, então tampei meu nariz prendendo aquilo lá dentro. E quando os abri, o grupo estava me olhando mais assustados ainda.
— Me chamem para a próxima rodada. — pedi e entreguei o canudo para a menina do meu lado, levantando.
Fui para o lado de fora pegando uma cerveja, e bebendo. E não sei quando foi que as coisas começaram a ficar loucas, mas elas ficaram. Uma euforia me tomou com vontade, e minha mente se tornou turva, e tudo o que importava agora era dançar, beber, beijar e foder. Entrei naquele piloto automático com força, perdendo a contagem dos dias, porque sempre que apagava de alguma forma, quando acordava eu buscava qualquer aquilo de novo desesperadamente para ter outro apagão. E não pensar em tinha se tornado fácil, porque a maior parte do tempo não conseguia pensar em nada mesmo, era tudo vazio com uma euforia desconhecida fazendo meu sangue queimar, meu corpo entrar em combustão, até que me perdia, chegando rapidamente no meu limite, e saltando nele deixando aquela sensação toda me abraçar. Era bom. Era tudo o que conseguia pensar quando estava lá. E tudo o que pensava quando acordava era; eu não quero estar aqui mais. Então fugia de mim mesmo o mais rápido que conseguia.
Before I Forget tocava na caixa de som tocava no último volume na cabeceira, enquanto Ray estava com as pernas em volta de minha cintura. Eu a fodia rápido, com força, grunhindo, gemendo, com os olhos fechados para não olhar nos olhos daquela garota, segurando o encosto da cama com a mão esquerda como se ele fosse se desfazer, enquanto a direita estava afundada na cintura da morena, a ouvindo gemer alto e misturando com o som da música. Meu coração batia rápido demais, como se fosse atravessar meu peito, meu corpo fervia fazendo o suor escorrer como se eu tivesse acabado de sair do banho. Tinha uma carreira de cocaína incompleta que cheiramos pela metade na mesa ali perto, e eu só pensava nela, como queria aquele pó entrando em meu nariz, turvando tudo de um jeito que só ele conseguia fazer. Até que parei de me mover quando senti algo quente escorrendo por cima de meus lábios, abri meus olhos rapidamente vendo gostas de sangue pingando no rosto de Ray, que agora me olhava apavorada. Minha cabeça começou a doer no mesmo instante.
— , seu nariz. — sua voz saiu assustada com um misto de preocupação, e sua mão segurou meu rosto.
— Ah, bosta. — rosnei saindo de dentro dela.
Assim que me virei sentando na cama pronto para levantar e ir no banheiro, tudo apagou. Não tinha nada ali, era apenas o escuro. E quando abri meus olhos, tudo estava silencioso. A música tinha parado, meu coração não estava mais acelerado, mas meu corpo estava suado, e eu sentia muito frio. Respirei fundo sentindo meu estômago embrulhado juntamente com uma sensação péssima, uma agonia que embalava meu peito, fazia com eu quisesse me encolher. E foi o que fiz, deixando minha mão puxar o edredom que me cobria, e o trouxe para debaixo de meu pescoço.
Ray apareceu no segundo seguinte, seus olhos verdes escuros me olhando com extrema preocupação.
— , você está bem? — perguntou e eu não queria responder. — Por favor, me fala que você não vai morrer. — de forma desesperada.
— Não vou. — garanti com minha voz falhada.
— Achei que você ia morrer. — soltou com as lágrimas descendo pelo seu rosto redondo e pintadinho. — Eu não sabia o que fazer. Ninguém sabia. — contou com a voz baixa, e eu apenas a olhava tentando entender do que diabos ela estava falando.
— Para de chorar. — mandei não me importando com aquilo. — Eu não vou morrer, caralho. Por que você achou que isso iria acontecer? — aquilo soou extremamente grosso, e mesmo assim seu olhar não mudou.
— Você… — retraiu os lábios. — A gente estava transando, e seu nariz começou a sangrar muito, e do nada você desmaiou. Suas pupilas estavam tão dilatadas, quase não dava para ver a cor do seu olho. — aquilo me fez ficar tenso. — Nós não podíamos te levar para o hospital, porque... você sabe, né? Não podíamos pedir ajuda de ninguém. Então mandei mensagem para o . — minhas sobrancelhas se juntaram no mesmo instante.
— Você fez o quê? — disparei irritado, e naquele segundo eu soube que iria vomitar.
Levantei correndo da cama me sentindo tonto, mas continuei e fui para o banheiro, me jogando do lado do vaso e vomitando. Fechei meus olhos com força sentindo meu corpo suando frio. Então vomitei mais. As mãos de Ray seguraram meu cabelo, e ela se abaixou atrás de mim, me segurando. Eu não consegui mandar que se afastasse, porque vomitei de novo, e me sentia tonto demais. Apoiei minha mão no chão, me segurando quando tudo ficou muito distante, mas voltei rapidamente, vomitando de novo. Me agarrei no vaso.
— Você vai mandar uma mensagem para o , falando que eu estou bem. — rosnei forçando meu corpo para ficar ali.
— Mas você não está! — Ray rebateu ainda me segurando.
— Não importa. Manda! Agora! — ordenei me sentindo fraco.
— Mas …
— Agora, Ray! — tive forças para esbravejar, e ela me soltou rapidamente.
Ela se afastou um pouco, e eu podia ouvir os toques de suas unhas batendo na tela do celular rapidamente. Fiquei imóvel esperando sua resposta, me segurando para não deitar no chão. Eu sentia tanto frio, meu corpo tremia de dentro para fora, e eu só conseguia pensar em quanto queria que aquilo parasse, mas os pensamentos sobre como iria reagir se me visse daquele jeito atropelava tudo. Não queria que ele soubesse que eu estava fodido, não era nem para Ray estar ali também.
— Pronto. — disse e voltou a ficar perto.
— Não me toca. — mandei a afastando.
— Você pode ser o maior babaca do mundo e falar o que for. Se você não quer o aqui, ok! Mas eu não vou embora! — a garota rebateu irritada, e me pegou com força. — Então pode parar de rosnar para mim, tentar me morder e todas essas suas palhaçadas.
— Vai à merda. — falei puto da vida.
— Tudo bem, você já está nela comigo mesmo. — aquilo me fez travar o maxilar. — Você precisa de um banho. Vem. — me puxou para cima.
E se não fosse por Ray estar me dando apoio, eu teria caído. Eu queria rebater, mandar ela ir para o inferno, mas eu não estava conseguindo mais achar minha voz, então apenas tive que aceitar. Ela me colocou na banheira e ligou a água quente. Ficou ali comigo, me ajudando, e eu só a olhava as vezes, vendo que ela estava preocupada. As vezes ela pegava o celular e me olhava, e esperava que não estivesse fofocando para meu irmão o jeito que eu estava, porque isso me deixaria mais puto ainda.
A garota me ajudou a sair da banheira e me levou para o quarto, me secando, e depois me deixou na cama, me cobrindo com vários edredons, ficando ali sentada do meu lado me olhando, certamente achando que eu iria morrer de novo. E bem que isso poderia ter acontecido, porque tudo se apagou de novo.
Capítulo 6 – Somewhere Only We Know
Uma careta se fazia em meu rosto por não conseguir aproveitar um segundo sequer aquela ilha paradisíaca. Adorava tanto aquele resort que nosso pai tinha comprado e mal ia pra lá. Adorava a praia. Adorava sentir a areia nos meus pés. O sol escaldante na minha pele morena. A brisa do mar tão azul e perfeito. Aqui era muito perfeito. Mas não estava porque não estava comigo.
Cheguei me arrepender de ter vindo sem ele no avião. Na poltrona vazia do meu lado, eu geralmente imaginava ele ali. Todos fizeram muita festa quando cheguei no hotel. Festas muito boas. Mas não estava mesmo na vibe de nenhuma. Pegava meu celular e ficava pensando em mandar mensagem para o meu irmão. Toda hora a mesma vontade. Droga!
Sabia que provavelmente ele não deveria estar querendo falar comigo também. Não me lembrava se alguma vez ele já tinha recuado do meu toque, mas sempre que lembrava do seu rosto se virando, meu coração parecia se torcer dentro do peito de uma maneira que me deixava sem ar. Tive tanto medo de agora estar sozinho naquele desejo intenso. Será que eu tinha agora realmente conseguido fazer ele ver o quão mimado escroto eu era?
Minha mãe sempre falava para eu não provocar o , ele tinha mesmo um pavio curto e mesmo assim eu fazia questão de irritá-lo até ele chutar toda a porra do limite e acabar saindo como o monstro descontrolado. Aquilo me deixava muito triste, me sentia culpado e com raiva. Era um desejo incontrolável de querer chamar atenção dele que chegava ser bem doentio, pois é, não era novidade alguma que tudo que eu sentia pelo meu irmão não era normal.
Agora além de sempre querer sua atenção ao ponto de fazê-lo me socar até marcar todo meu rosto. Também sentia que a vontade de sentir seus lábios não tinha passado e eu temia não passar nunca mais. Será que eu desejaria meu próprio irmão pra sempre?
Tudo parecia piorar quando eu me encarava no espelho e via o estrago no meu rosto. Odiava ainda mais as pessoas me olhando, mas nenhuma tinha coragem o bastante de perguntar o que tinha rolado realmente. Também não iria contar. O problema era meu e de mais ninguém.
Quando pensei em voltar pra casa, acabei me interessando pela DJ de uma festa. Ela era loira, tinha umas mechas coloridas no cabelo. Olhos verdes, eram lindos, mas nada comparado com os olhos do meu irmão. Era lotada de tatuagem e bem gostosa mesmo. Então dei uma chance para a viagem. Ela me fornecia maconha e muita bebida, era engraçada demais também.
— Não vai mesmo me contar seu nome? — perguntei, pegando o baseado da mão dela. Tragando com vontade.
— A garota dos seus sonhos, não serve? — então eu ri e ela acabou rindo junto.
— Dos meus sonhos? Hm, que ego invejável. — lambo meus lábios, tirando meus olhos dela e encarando o mar que estava um espetáculo. A lua iluminava ele todo junto com as estrelas.
— Meu ego te agradece. Quer um passeio de barco? Uma galera maneira vai fazer uma festa naquele barco. — apontou um dos iates dos .
— No meu barco? Estou sendo convidado pra uma festa no meu próprio barco? — pergunto como se fosse dar uma bronca, mas acabo rindo em seguida.
— Isso aí mesmo, . Vocês não tão usando mesmo. — deu de ombros, bem abusada mesmo.
— Por que não? — acabei aceitando, tirando um gritinho dela. A maluca levantou na mesma hora, me puxando pela mão. Corremos pelo píer até o iate. Tinha uma galera já lá dentro mesmo. Uns quatro garotos, mais umas garotas, muita bebida e drogas também.
— Esse é o . Ele é o patrão! Então não deem folga pra ele, aqui ele é só o carinha gostoso que eu acabei de conhecer. — estreitei meus olhos pra ela.
— O cara dos sonhos dela que ela tá doida pra levar pra cama. — minha resposta fez todos rirem e ela me mostrar o dedo do meio.
— Sonha, ! Sonha! — jogou seus cabelos, ligando a aparelhagem de som e colocando a música. Um garoto loiro ligou o barco, nos levando para alto mar.
A festa começou, finalmente uma festa boa e eu pirei demais pelas luzes, as músicas preenchendo aquele vazio onde existia apenas o céu estrelado, o mar e a gente como testemunhas daquela noite. Só não estava perfeito porque não estava junto. Ia ser perfeito demais ver os olhos verdes dele brilhando enquanto me olhava. Ele sabia o quanto eu era apaixonado por praia. Ficava aos surtos porque queria fazer tudo.
Droga, sentia tanta falta dele!
Suspirei, terminando aquele copo de marguerita. Já pegando outro e me sentando com os meninos no sofá, assistindo as meninas fazerem um showzinho ao som de Swalla. O nível do álcool já estava bem alto quando notei elas começarem tirar a roupa. Mas fiquei sentado enquanto via os meninos não se aguentarem ali, levantando e dançando junto.
Não demorou muito pra todos começarem se pegar. Fazendo eu sorrir de canto, negando levemente com a cabeça com aquela baita orgia ali de todo mundo pegando todo mundo.
— Você é o que só olha? — ouvi a voz da loira perto de mim, sorri de canto e levantei um ombro.
— Precisa mais que isso pra eu participar. — dou um sorriso meio egocêntrico pra ela.
— Aiai, essas multidões de menininhas que devem cair de quarto por esse sorrisinho de cafajeste. — lambi meus lábios e fiquei a olhando.
— Multidões? Não diria tantas assim. — dei de ombros, tirando uma risada dela.
— E você quer me beijar, ? — ela se aproximou, seus olhos caíram nos meus lábios e quando pensei em me aproximar, algo em mim me fez parar. Não queria beijar ela. Não queria nem estar ali. Aquilo acabou com meu humor. Então levantei do sofá, a deixando ali sem entender nada. Segui pelo barco, indo para o outro lado, querendo ficar sozinho apenas olhando o mar que estava calmo.
Sentia tanta falta do meu irmão. Queria ele aqui comigo, queria estar com ele onde quer que ele estivesse. Estava tudo bem ele ter me socado. Eu tinha merecido, tinha o tirado do sério. Como eu sempre fazia. Eu nunca aprendia! O problema era eu, sempre eu, queria sua atenção de qualquer maneira. Longe de mim ele não teria quem machucar, não teria quem o levasse além do limite. Doía pensar nisso porque eu não imaginava minha vida sem meu babada de merda.
— E essa “Bad” ai, cara? Trouxe algo que vai te ajudar. — ouvi a voz do loiro que dirigia o barco. Ele me entregou um baseado e isso me tirou um sorriso no canto dos lábios. — Esse realmente é bom! Vai tirar um sorrisão seu logo.
Então confiei nele e traguei algumas vezes, já sentindo uma onda forte bater em mim sem demorar quase nada. Arregalei meus olhos e encarei o baseado, devolvendo pra ele e soltando a fumaça pra cima.
— Qual foi a maior loucura que você já fez? — o loiro perguntou, isso me fez pensar porque já tinha sido muitas mesmo. — Não precisa me contar. Só pensa nela. Coloca essa memória na cabeça.
Aquilo me fez franzir o cenho, mas busquei na mente a loucura. Claro que apareceu as vezes que eu peguei meu irmão loucamente. Engoli a seco, sentindo meus lábios secarem de saudades dos lábios dele. Lambi os meus e senti meu coração se acelerar pra caramba.
— Isso que você tá sentindo, essa adrenalina, as batidas do coração mais fortes, né? Esse brilho nos olhos de que foi algo insano, mas que você repetiria mais vezes. Essa é a verdadeira forma de se viver, sabia? — então abriu um sorriso pra mim, acabei soltando um riso nasalado.
— Qual foi a sua maior loucura? — devolvi a pergunta. Ele parou de olhar o mar, então me encarou.
— Estou à procura da maior todo dia. - o sorriso aumentou em seus lábios, seus olhos azuis brilharam como se tivesse bem empolgado pra isso.
— Viver perigosamente é seu lema então? - peguei o baseado dele, tragando mais uma vez.
— Viver é meu lema. — respondeu simplesmente. — A morte tá aí, sabe? Um dia todos vamos passar por ela. Existe os sentimentos e não há nada que façamos que irá nos impedir de sentir cada um deles. Então, por que não se entregar ao que está sentindo agora? Medo? Sinta-o, depois esmague. Fome? Sede? Sinta pra matar. Saudade? Não espera passar, sinta e a deixe rasgar sua pele. Deixe ela te fazer de refém. Conheça seus medos, suas fraquezas pra enfrentar depois. A sensação de vitória é a melhor de todas. — aquilo tudo me fez puxar o ar com força, não conseguindo parar de olhar aquele garoto que eu nem sabia o nome.
— E gostar do errado? Daquilo que é proibido? O que você me diz disso? — o questiono, devolvendo o baseado para ele.
— Quem te disse que é proibido? Se vale a pena chuta a placa que diz ser proibido e finge que não é. — aquilo me fez rir. — Você já pensou que talvez não exista certo ou errado? E que só fazem as pessoas acreditarem nisso porque se der liberdade demais ao ser humano, o mundo queima. Imagina se você descobre que o limite não era ter limite. Que o errado na verdade é o certo. Que tudo que realmente importa é sentir. Afundar até não conseguir respirar pra buscar aquela força, aquela parte dentro de si que o faça lutar por ar. Essa parte é a qual devemos nos agarrar.
Abaixei a cabeça, respirando suas palavras e me sentindo até inebriado por conta delas. E se o errado fosse certo?
— Você levaria esses socos de novo? — voltei encara-lo na mesma hora.
— Sim. — não pensei, apenas respondi.
— Essa é sua parte que implora por ar. — notei o sorriso no canto dos lábios dele.
— E se a mesma parte que me dá ar, também tira? — isso fez ele tragar mais vezes, seus olhos azuis ficaram mais claros que o céu de dia.
— Você achou o que eu vivo procurando. Algo que te dê vida e também a tira. Você achou a linha tênue entre tudo. O equilíbrio e o desequilíbrio. — acabei sentindo meu coração se apertar mais dentro de mim. — Assim que tem que viver, cara. Perder o ar pra depois achá-lo. Morrer pra depois viver. Sentir e se permitir sentir. Não fugir, ficar e lutar. A vida nunca para, ela só passa. E passa rápido, nos carrega como esse mar que só aparenta estar calmo.
Umedeci meus lábios, sentindo minha mente travar enquanto tentava o acompanhar. Tinha intensidade demais nas palavras dele. Ele parecia jovem demais pra saber disso tudo. Nunca tinha conhecido alguém como ele. Doido, mas aquele tipo de pessoa que você fica querendo saber qual é o próximo passo. Mas tudo que ele me disse só me levava a uma única pessoa. Droga!
— Talvez minha maior loucura esteja no fundo desse mar. — arregalei meus olhos quando vi ele simplesmente pular na água. Todos que estavam na festa foram até a beirada por causa do barulho. O doido demorou para submergir e eu esperei que ele não tivesse morrido. Não queria estar envolvido com morte alguma. Mas quando ele voltou para superfície, soltou uma gargalhada. Fazendo todos rirem, inclusive eu.
— Vão ficar só assistindo? Soltem o freio logo. — ele gritou da água, ri disso. Então quando fui mergulhar, senti meu celular vibrar e estranhei. Achei que não tivesse sinal aqui. Mas meus olhos se arregalaram ao ler a mensagem de Ray. Meu coração até falhou, batendo errado e me roubando ar, tive que me apoiar na Madeira do navio pra não cair.
— Eu preciso voltar agora. Tipo agora! Imediatamente! — falei desesperado. O loiro nadou de volta até o barco, subindo com pressa. Todos me olhavam com preocupação. — Agora! Eu preciso voltar pra praia agora. Vocês podem ficar farreando no barco, eu só preciso ir embora. — falei mais alto e claro pra eles me entenderem. O loiro concordou, ligando o barco de novo e dirigindo de volta para a praia que não estava tão longe.
Droga, ! Droga! Não era pra estar usando essas coisas. Não era pra se drogar desse jeito. O que ele estava na cabeça? Ele queria morrer? Era isso? Queria mesmo morrer e me deixar? Qual era a porra do problema dele? Assim que chegamos na praia, não me despedi de ninguém, apenas fui pro quarto pegar minhas coisas. Já pedindo pra me levarem pro aeroporto de novo.
— Vem, eu te levo. — o garoto loiro se ofereceu, não o questionei sobre aquilo. Apenas aceitei. Indo com ele até sua moto, pedindo apenas para despacharem minha mala depois. De moto fomos bem mais rápido para o aeroporto.
— Ei, lembra que o errado não existe, tá? Ele está só na cabeça de mentes pequenas. - ele falou assim que sai de cima da sua moto.
— Valeu, cara! — segurei a mão dele como um agradecimento. — Como é seu nome mesmo? — nunca mais o veria provavelmente, mas não queria lembrar dele sendo o doido com as palavras profundas.
— Taylor Davis. — sorriu fechado. — Corre pra pegar seu voo.
Assenti pra ele, correndo para o guichê comprando a passagem logo. Estava preocupado, estava surtando porque aquele idiota estava fazendo merda. Estava com raiva dele ter feito aquilo. Mas estava com mais raiva de mim por ter viajado sem ele. Não deveria ter feito isso. Não deveria tê-lo deixado sozinho.
Assim que desembarquei, vi no celular uma mensagem desmentindo a outra. Dizendo que estava tudo bem, mas sabia muito bem que era o obrigando a garota falar aquilo. Deve ter rosnado e tudo pra ela. O conhecia bem e conhecia bem o bastante pra saber que ele não queria que eu tivesse ficado sabendo daquilo.
Fui direto para a casa do lago, vendo a zona que estava lá ainda. Festas que duravam dias. Nunca tinham fim. Apostava que se ele tivesse morrido, o corpo dele estaria lá ainda e eles iam cagar em chamar alguém. Iam deixar lá até alguém achar. Odiava aqueles hipócritas tinha hora.
Assim que entrei na casa, não fui legal, não fui gente boa com ninguém. Apenas mandei todos irem embora. Não dei aviso algum. Só mandei com bastante clareza todos irem embora antes que eu fizesse que fossem mesmo. Então subi para o quarto, não estavam no dele. Então fui para o meu quarto, vendo Ray ali com meu irmão. Ele não estava no estado como ela disse que ele estava na mensagem. Isso me aliviou. Mas ainda estava com raiva. parecia dormir, então a olhei no mesmo instante.
— Não adianta falar que ele tá bem, sei que não tá. — falei antes dela, porque vi no sorriso dela que ela iria mentir. — Vai embora também. Eu tô aqui agora.
Passei as mãos no meu cabelo, indo até a cama e me sentando ao lado dele. Vendo que ele estava mais pálido. Seu nariz vermelho. Isso me fez engolir a seco. Pisquei meus olhos com força.
— Obrigado por ter ficado com ele. — falei pra ela que ainda estava ali. — Obrigado mesmo por ter cuidado dele. — só pelos olhos dela pareceu que ela viu um fantasma. Pois é, eu estava sim agradecendo. Mas ela que não se acostumasse. — Pode ir. Eu cuido dele agora. Fica tranquila!
Ela sorriu pra mim e saiu do quarto. Meus olhos foram até ele, assistindo seu peito subir e descer. Quis deitar com ele, ouvir sua respiração, esquentar seu corpo. Mas não fiz isso. Continuei ali olhando pra ele, ficando totalmente aliviado dele estar ali. Vivo. Tive tanto medo de ter acontecido algo com ele. Tanto tanto medo.
Então me lembrei do que o tal Taylor tinha dito. A maior loucura do era usar aquilo? Isso fez meu peito doer. Era naquilo que ele encontrava motivo pra viver? Prendi o ar ao pensar nisso, mas acabei o soltando quando seus olhos verdes pegaram os meus. Ele tinha acordado. Deixei ele se situar de onde estava, lhe dei alguns segundos. Mas neguei com a cabeça quando vi que ele ia falar alguma coisa.
— Não adianta berrar comigo. Nem com a Rey. Nem com ninguém. A merda que você fez já tá feita. — passei a mão na minha nuca, me sentindo cansado. — Não vou brigar contigo. Cansei de brigas, . Pensei em chegar aqui e berrar com você o quanto eu odeio você por ter feito isso. Por ter se drogado, porque eu sei que se drogou. Sei que quase morreu por conta disso. E só de pensar que você poderia realmente ter conseguido isso… — levantei dali, indo até a janela, fechando mais as cortinas. — Não me assusta mais assim, por favor. Por favor! — pedi baixinho, segurando o tecido da cortina com força, controlando o quanto eu queria chorar, berrar com ele. Mas engoli tudo isso. Chega de brigar com ele! Queria meu irmão bem, apenas isso. Ele ficaria, eu faria de tudo pra ele ficar bem. Ele apenas me ouvia, não dizia nada. Seus olhos mal estavam conseguindo se prender no meu rosto e eu soube que era por causa das marcas dos socos.
— Desculpa ter saído do seu lado. Não deveria ter viajado, não deveria ter ido. Eu senti sua falta a viagem toda, foi um saco. — ri fraco disso, voltando a olhar pra ele, vi o mesmo tentar forçar um sorriso e mais uma vez ele encarava outro ponto.
— Você tá péssimo. Parece que não toma sol há dias. — tento brincar, umedecendo meus lábios em seguida. — Vou trazer algo pra você comer e nada de festas, . Vamos passar o resto do dia maratonando “Piratas do Caribe”. — sorri de canto pra ele, já pensando no que pedir pra gente comer.
Desci as escadas e controlei a vontade que senti de chorar, sentei na escada e passei os dedos no meu cabelo. Respirando bem fundo, contanto até três ou até dez, foda-se. Fechei meus olhos e forcei minhas pálpebras, ficando ofegante por estar tentando controlar tudo que queria sair. Tive medo de ter perdido meu irmão para aquelas drogas. Tive tanto medo dele viciar naquilo e ficar usando. Isso significava tanta coisa… Será que ele não gostava mais de mim? Ou dele mesmo? Ou de tudo que tinha na vida dele? Por que ele estava usando aquilo?
Precisava ser forte por ele, precisava levantar daqui e mostrar que ele não precisava mais daquilo. Ele tinha a mim, sempre teria. Nem que eu enterrasse aquela droga de desejo toda santa hora, eu faria isso. Se ele queria apenas o irmão dele de volta, ele teria o irmão dele. Eu também poderia ser o que ele quisesse que eu fosse.
Peguei meu celular e pedi comida japonesa, desci até a cozinha e peguei água, suco também porque ele precisava ficar hidratado. Subi e antes de entrar no quarto, dei mais uma respirada forte. Sorri fraco para ele quando seus olhos vieram até mim assim que pisei no quarto, coloquei as caixinhas de suco no frigobar ao lado da cama e entreguei uma garrafinha de água na mão dele.
— Você precisa tomar muito líquido, por favor. — falei baixinho, dando a volta e me deitando ao lado dele. Pegando o controle da TV e colocando “A maldição do Pérola Negra”.
Sorri de canto bem disfarçadamente ao ver ele bebendo a água toda mesmo, sem dizer nada. Mordi de leve minha bochecha interna, olhando pelo canto dos olhos ele se deitando mais perto de mim e se encolhendo ali. Senti muita vontade mesmo de puxar ele pra perto, deixar ele ficar em meus braços, mas doeu lembrar de quanto tentei tocá-lo e ele recuou. Tive receio dele fazer aquilo de novo. Então me ajeitei na cama também, engolindo ar junto com a respiração enquanto tentava prestar atenção no filme.
Sorri de leve com a cena do Capitão Jack Sparrow aparecendo com o navio afundando, mas então me senti levemente arrepiado com o dedo mindinho de passando na minha mão e levei meus olhos para baixo, prendendo meu lábio inferior ao deixar meus dedos deslizarem por baixo dos dele, deixando-os intercalados de forma bem sútil. Entortei levemente meus lábios e não os entrelacei, apenas deixei daquela forma e respirei um pouco forte. O sorriso em meus lábios se abriu um pouco mais quando ele deixou seus dedos deslizarem entre os meus, fechando sua mão e deixando nossos dedos entrelaçados.
Pude sentir seus olhos verdes olharem para o meu rosto, mas deixei os meus ficarem olhando nossas mãos juntas e deixei meu polegar alisar de leve sua pele, o sorriso pequeno bem desenhado em meus lábios por sentir tudo dentro de mim voltar a ondular como um oceano voltando ao seu habitual após uma tempestade em fúria. Deixei meu corpo escorregar mais para baixo e meu braço se encostar no dele.
Virei um pouco meu rosto quando vi ele chegar mais perto e encostar sua cabeça no meu ombro, respirando forte ao fazer isso, seus olhos voltaram para a TV e isso me fez sorrir mais abertamente. Achando aquilo até um pouco engraçado. Parecia que tínhamos voltado a ter onze anos de idade. Deitei minha cabeça na dele e beijei de leve seu cabelo.
— Ei — o chamei bem baixinho, sentindo meu coração disparar —, vem cá.
Então virei meu corpo de lado e o abracei lentamente, sentindo aquele receio de que ele poderia me afastar a qualquer instante. Mas não foi isso que ele fez, o que me fez ficar bem mais leve, ele retribuiu o abraço no mesmo momento. Senti ele se encolher em meus braços e isso me fez puxá-lo ainda mais contra mim, afagando suas costas. Fechei meus olhos ou ver ele relaxar completamente no abraço, seu ar sendo solto acarretou no bom andamento da minha respiração.
— Eu embarcaria numa aventura dessas de navios amaldiçoados, tripulação zumbi, Dave Jones, a deusa maluca que tem no terceiro. Mesmo odiando polvos, enfrentaria até o Kraken se me dissessem que no final de tudo aquilo eu ia conseguir um abraço seu. — murmurei no abraço, forçando de leve meus braços em volta dele e rindo baixinho.
— Deusa Calipso. — ouvi sua correção, me fazendo rolar os olhos e ouvi-lo soltar o ar em forma de riso. — Eu também enfrentaria qualquer coisa... — sua voz rouca saiu extremamente baixa, suspirei ao sentir me apertar contra ele, respirando fundo e me causando mais arrepios.
— … Promete que não vai me deixar? — implorei bem baixinho, escondendo meu rosto na curva do seu pescoço, deixando ele sentir só um pouquinho o pavor no meu tom de voz. Ele balançou a cabeça em concordância, sorri de leve e fui o soltando aos poucos. Deixei ele deitar a cabeça dele no meu peito, mas os meus braços continuarem em volta dele, o prendendo contra mim.
Foi muito bom ficar assim com ele durante o filme, pude sentir como ele estava calmo, relaxado em meus braços e fiquei quieto quando percebi ele até cochilar em alguns momentos. Em outra situação, eu o zoaria demais por causa daquilo e tomaria uns tapas pela zoeira. Mas hoje eu apenas fiquei alisando seu braço, deixando ele ficar perto de mim.
Era mesmo um pecado tão grave querer ficar com ele daquele jeito para sempre?
Capítulo 7 – Waiting Game
Quatro meses depois
Nathalie rebolava lentamente em cima de mim enquanto suas mãos seguravam as laterais de meu rosto, que estava apoiado em seu ombro, respirando fundo, ou pelo menos tentando quando meu peito parecia estar tão apertado que me impedia de fazer um ato tão simples. Eu sabia o motivo de estar me sentindo daquele jeito, mas só não queria pensar sobre aquele assunto.
O suor descia pelos nossos corpos, minhas mãos estavam escorregadias em seu quadril estreito enquanto seu gemido invadia minha mente que estava totalmente turva em um estado de torpor. As coisas iam e vinham, imagens soltas que compunham um cenário que me fazia querer gritar de raiva e aos mesmo tempo deixar meu corpo ir de encontro ao chão, e apenas ficar lá, deixando aquela imensidão me engolir. O álcool estava cortando grande parte das coisas, mas o problema dele é que eu ainda podia sentir meu peito sendo esmagado, e o pior de tudo, por mim mesmo.
Mais uma vez, como todas as outras, a culpa era minha.
Eu não ia gozar, tão pouco ficaria duro por mais tempo. Queria sair dali, mas duvidava que fosse conseguir fazer aquilo, eu estava muito, mas muito bêbado mesmo. Sabia que não deveria beber até aquele ponto, mas precisei para tentar, de forma inútil, esquecer o . Não queria pensar nele, não queria lembrar que existia, mas meu irmão estava por debaixo da minha pele, a arranhado, fazendo meu corpo inteiro ficar desconfortável por querer sua atenção. Queimava, ardia, era dolorida a forma como o queria. E a cada pensamento eu tentava me segurar em Nathalie com mais força, mas não ia embora. Era como um sussurro em meu ouvido me lembrando a cada segundo o que eu havia feito. O quanto não o merecia a maior parte das vezes, além de que nunca seria bom para ele, e sabia que merecia alguém melhor, precisava ter um irmão de verdade, não eu, a porra de um fodido que não tinha controle de nada, que só estragava tudo o tempo inteiro, que era um enorme peso em sua vida que sempre teria que carregar porque estávamos ligados pelo nosso sangue. Mas algo dentro de mim me dizia que um hora Rhetcansaria disso tudo e me deixaria junto com toda a confusão, atolado naquela bosta até a cabeça. Sabia que precisava mudar, ser alguém melhor por ele, mas não tinha ideia de como quando tudo o que eu fazia era errado.
As mãos pequenas da loira puxaram meu rosto para cima me fazendo abrir os olhos. O fogo da fogueira lá fora me dava um pequeno vislumbre de seus traços delicados e olhos azuis que tinham agora a pupila extremamente dilatada. Pisquei tentando fazer minha linha de raciocínio ser o mínimo coerente para entender o que ela queria.
— Eu gosto de você, . — sussurrou juntando nossas testas, e me toquei o quanto sua boceta estava latejando em meu pau e seu corpo estava trêmulo. Ela tinha gozado. — Eu gosto de verdade de você.
Tentou juntar nossos lábios, mas puxei meu rosto para trás escapando de seus dedos. Não ia beijá-la. Não mesmo. Está louca? Gostar de mim? Essa garota só podia estar perdendo a porra do juízo. Eu não era bom para ninguém, nunca fui e nunca seria. Não tinha como estar gostando de mim, era totalmente impossível quando eu era um desgraçado arrogante que tratava todo mundo como se não fosse nada.
Seus olhos me encaravam sem entender nada, e minhas mãos apenas seguraram com força seu quadril a tirando de cima de mim. Meu pau não estava mais duro e meus reflexos uma merda, então fiz isso mais lentamente. Passei a mão pelas coisas ali perto tentando achar minhas roupas, encontrando minha cueca e bermuda enquanto Nathalie tentava segurava meus braços me fazendo parar, mas eu só os puxava de volta. Não queria que me tocasse. Não queria nem que chegasse perto de mim!
Em um vislumbre breve pude ver lágrimas descendo pelo seu rosto, e não me importei. Ela falava algo que eu não ouvia, e apenas fui me vestindo o mais rápido que conseguia, pegando por último minha regata e puxando o zíper da barraca para baixo, querendo sair de sua barraca o mais rápido possível. Nathalie ainda segurou meu pulso, mas o arranquei com força de seus dedos sentindo suas unhas longas arranharem minha pele causando uma pequena ardência.
Sai dali sem olhar para trás indo em direção a minha barraca que dividia com , e quando cheguei perto, consegui ouvir seu gemido junto com de uma garota. Aquilo me fez travar, me travar de um jeito que minha mão parou no ar prestes a tocar no zíper. Minha mente turva foi clareando conforme dos gemidos do meu irmão tomavam meus ouvidos, e a garota implorando, o pedindo para ir mais forte, seguidos do som de seus corpos se chocando com força, a pele estalando uma na outra, os gemidos delas, os grunhidos dele, e meus sangue fervendo por causa daquilo. Sim, eu conseguia escutar tudo mesmo por cima da música alta. Pois por um segundo parecia que estava apenas eu e aquela barraca ali.
Meu peito se fechou, apertando forte meu coração. Minha respiração entrou de forma difícil em meus pulmões, tudo dentro de mim começou a se revirar com força. Então apenas me virei e sai andando me esquivando os pessoal mesmo que meu reflexo estivesse uma merda me fazendo esbarrar em algum deles.
Fui até a cachoeira que não era longe, e parei quando cheguei em sua beira. A luz da lua e da fogueira que estava depois de umas árvores iluminava o lugar. Tirei minha roupa, arranquei aquela camisinha do meu pau, e pulei na água que já sabia que deveria estar extremamente gelada.
Puta merda, ela queimou minha pele por causa do gelo e fez meus ossos doerem, mas minha mente se abriu totalmente, e eu odiei ter tido aquela ideia de bosta de entrar ali. Porque fez tudo voltar, e com força como se eu tivesse sido jogado de volta para o passado.
Horas antes
Tínhamos chegado no lugar onde íamos acampar com uma galera que conhecíamos. Estávamos arrumando as coisas, montando a nossa barraca animados, rindo, bebendo uma cerveja. Realmente estávamos nos divertindo. Ainda não tinha chegado muita gente, mas só estávamos nós no acampamento, porque o resto tinha ido procurar lenha antes que ficasse escuro para isso.
— Onde estão os pinos da barraca? — Rhetperguntou e eu apenas apontei para as malas que estavam ali perto indicando a amarela. — Que porra é essa? — meu irmão perguntou puto da vida e tudo dentro de mim gelou já imaginando o que era.
Me virei vendo o saquinho de cocaína em sua mão enquanto seus olhos me olhavam com muita raiva, e ele poderia me socar aquele momento se tivesse o temperamento que nem o meu. Eu não respondi. Ele sabia o que era, e que era meu, não tinha o que ser dito. só me encarou com mais raiva por causa do meu silêncio, então veio andando em minha direção me pegando pela regata, me puxando para mais perto, e isso me fez desviar o olhar.
— Olha nos meus olhos, caralho. — disse entre dentes. — Para que você está usando essa merda ainda? Eu não te pedi para não usar mais isso? Não pedi "por favor"? Qual é a porra do seu problema? Achei que quando eu estivesse do seu lado você não ia precisar mais disso, eu estou aqui, caralho. — quase enfiou o saquinho de pó dentro da minha cara.
— Mas eu não estou usando! — o que não era uma mentira. Eu realmente não tinha usado desde aquela vez na casa do lago.
— Então trouxe essa merda pra quê? — tinha muita raiva em sua voz, e eu o entendia. Não era para ter achado aquilo nas minhas coisas, eu sabia o quanto aquilo o deixaria chateado comigo.
Não respondi também, e apenas o olhei brevemente. Aquilo era só uma forma rápida de apagar minha mente caso eu precisasse, não iria usar apenas por usar, mas não podia falar isso a ele, ou as coisas ficariam piores.
As narinas de se encheram com força e ele me soltou, me empurrando para trás. Seus dedos rasgaram o plástico fazendo a cocaína se dissipar no ar. Eu não falei nada, não reclamei, não o olhei com raiva, nem coisas do tipo, apenas deixei um pedido de desculpa cintilar em meu olhar, mas meu irmão virou seu rosto no segundo seguinte e saiu andando, se embrenhando no meio das árvores.
Respirei fundo e passei as mãos em meu rosto, e depois em meu cabelo que estava preso. Eu quis gritar, mas não esbocei som algum. Só fiquei ali, me sentado em uma cadeira de praia e ficando calado. Sabia que não deveria usar aquilo e nada do tipo, até porque eu nem gostava, mas eu só precisava para apagar minha mente rapidamente até o próximo ponto onde talvez as coisas pudessem ficar bens entre nós de novo. Porque eu preferia me matar aos poucos do que machucar meu irmão de novo, não queria mais vê-lo marcado por causa das minhas mãos, mas também ver o quão puto tinha ficado comigo não ajudava muito, porque de certa forma aquilo era um tipo de ferimento. Eu realmente era um bosta.
As horas foram se passando, o pessoal foi chegando; Por mais que eu bebesse, nada conseguia fazer minha mente entrar na vibe da festa. não estava olhando na minha cara e evitava ficar perto de onde eu estava, e aquilo estava me matando. Eu queria puxá-lo pelos ombros, o obrigar a olhar dentro dos meus olhos e pedir que me desculpasse, mas sempre quando tomava essa coragem, meu irmão parecia que via e saia de perto. Rhetnão queria nem ao menos ouvir minha voz. Fiquei puto comigo mesmo, e foi aí que achei que pegar a Nathalie faria com que as coisas em minha mente sumissem por um momento. E eu nunca estive tão enganado.
Enquanto a beijava, tocava seu corpo, sentia ela fervendo em cima de mim, eu só pensava em . Queria que fosse sua boca macia na minha, desejava que meus dedos estivessem passeando pelo seu corpo que estava sempre deliciosamente quente, precisava sentir sua pele fervendo conta a minha, ouvir seus gemidos em meu ouvido, ver seus olhos se perdendo dentro dos meus. Eu precisava dele para limpar minha mente, para me sentir bem novamente. era a minha droga favorita, a única com poder total sobre mim, que era capaz de me levar ao êxtase em segundos.
Agora
Submergi puxando o ar com força passando a mão em meu cabelo que estava totalmente para trás. Meus dentes batiam uns nos outros por conta do frio, ainda mais quando ventou forte. Eu precisava sair dali. Olhei para o céu vendo nuvens começando a correr, querendo tapar a lua. Bosta. Parecia que ia chover.
Nadei até a beirada e sai da água, vestindo apenas minha cueca e short sentindo meu corpo todo arrepiado, então me abracei, subindo até o acampamento. Peguei uma toalha que achei ali, sem ligar de quem era, e me sequei, mas meu corpo estava extremamente gelado, precisava tirar aquela roupa.
Toquei o foda-se e fui para a nossa barraca, quando cheguei lá não tinha mais som de ninguém transando, provavelmente eles tinham saído. Quando puxei o zíper, vi meu irmão deitado abraçado com o meu travesseiro e June abraçada em suas costas, com o rosto em seu ombro, e ela vestia uma camisa minha. Aquilo me deixou puto ao ponto de quase arrancar aquela porra dela de uma só vez. Pela respiração dos dois, estavam dormindo.
Respirei fundo e entrei, limpando o pé com a toalha para não sujar tudo de terra. Tirei aquela roupa molhada e vesti apenas uma cueca seca. Eu ia deitar atrás de June, mas achei muito desaforo ela estava na minha barraca, dormindo daquele jeito com o meu irmão, e com a minha camisa.
Então a puxei para trás, seu corpo estava mole, e ela nem acordou. Me sentei no meio deles e encaixei meu corpo entre os dois puxando o edredom para nós cobrir, passando meu braço ao redor de quando me deitei. Meu irmão se mexeu, certamente acordando, sabia que ia brigar comigo, então apenas me encolhi um pouco contra suas costas escondendo meu rosto em sua nuca.
— Porra, . Você está gelado, caralho. — reclamou tentando tirar meu braço de seu tronco.
— Me esquenta — pedi deixando meu peito se colar totalmente em suas costas quente — por favor. — sussurrei contra sua nuca vendo como tinha ficado arrepiado. — Eu quero ficar aqui contigo. — contei, porque mesmo que eu estivesse com raiva de mim, estar perto dele me deixava menos mal.
não respondeu, apenas soltou meu braço e me deixou ficar ali. O apertei de leve por isso, como se agradecesse, beijei seu ombro, e segurando a minha vontade de continuar que meu lábios deslizassem por sua pele apenas porque June estava ali. Ela poderia acordar, e não queria que ela visse nós dois de um jeito que não deveria. As poucos minha mente foi se apagando, até que dormi.
Abri meus olhos com o barulho forte de chuva sentindo meu corpo suado, com um braço fino em torno da minha cintura, enquanto meu peito estava colado contra as costas de , totalmente molhado, e meu pau ainda estava duro. Me mexi de leve sentindo o rosto de alguém em minhas costas, e em um flash lembrei que era June. Aquilo me subiu um sangue. Aquela garota ainda estava ali? Ah, mas não ia ficar mesmo!
Me virei e a sacudi com força, fazendo com que acordasse meio assustada.
— O que foi? — ela sussurrou sem entender nada.
— Fora. — rosnei. — Está quente e apertado aqui dentro, se manda para sua barraca. — mandei e a garota não respondeu. A única coisa apertada ali dentro era minha ereção mesmo, mas não queria aquela garota ali. — Anda, June!
— Está chovendo, eu não vou sair. — retrucou, e aquilo foi o suficiente para que eu puxasse minha camisa que estava em seu corpo para cima fazendo com que saísse de uma só vez. — Que merda, ! O que você está fazen… — não deixei que terminasse a sua pergunta, apenas abri o zíper da barraca rapidamente e a joguei para fora, fechando em seguida para não molhar ali dentro. — Você é um babaca, !
— Não grita, vai acordar os outros. — falei voltando a deitar, mas me cobrindo só um pouco.
— O que está acontecendo? — perguntou com a voz embolada de sono.
— Estava colocando o lixo para fora. — rebati. Minha mente ainda estava turva por causa do álcool e meu corpo queimava. — . — chamei e ele não respondeu, mas sabia que não tinha dormido, sua respiração ainda estava pesada. — Fala comigo, porra. — reclamei e ele apenas me ignorou, se remexendo do meu lado. — Ok, vai ser do meu jeito então. — sussurrei para mim mesmo.
Me virei de volta para meu irmão sentindo como ele estava suado, e passei minha mão pelas suas costas, subindo pelo meio dela indo até sua nuca, prendendo alguns fios de cabelo ali, e levando meus lábios contra sua pele úmida.
— Para, . — mandou puto e minha respiração saiu pesada contra sua orelha. — . — seu tom de advertência não me faria parar.
— Me faça parar. — disse passando a ponta da minha língua por sua cartilagem. — Eu quero você, . — soltei o ar de forma dolorida com meus olhos fechados e agora com minha mão deslizando o caminho de volta, indo para sua barriga dessa vez. — Me deixa te mostrar o quanto eu te quero. — aquilo não era um pedido, e sim apenas um aviso.
— Não deixo mostrar, não. , já falei pra parar! — apesar da sua frase, a forma como a pronunciou tão sussurrante entre cada sílaba me dizia algo totalmente diferente.
— Se você não gostar, eu juro que paro. — sussurrei em seu ouvido soltando o ar de forma dolorida.
— Estou bravo contigo ainda... — falou manhoso de um jeito que me deixou arrepiado, e fez meu pau pulsar de leve dentro da minha cueca e contra sua bunda, o ouvindo gemer rouco e baixinho.
— … Quero fazer essa raiva passar… — soltei baixinho apertando de leve a pele de sua cintura.
— ... — tentou soltar em tom de advertência de novo, mas meu nome saiu com tanto prazer de seus lábios, que aquilo me fez suspirar.
— , por favor — gemi fraquinho no ouvido dele sentindo sua pele se arrepiar embaixo da minha palma.
— Droga... — resmungou e suspirou em seguida.
Deixei minha mão invadir sua cueca e meus dedos pegaram seu pau que estava levemente rígido. Aquilo me fez gemer baixo, e senti seu abdômen se contrair e meu irmão arfou em seguida. Delicioso sentir daquele jeito. Então o puxei para fora juntando totalmente nossos corpos, deixando minha ereção dentro da minha cueca prender contra sua bunda. Comecei a alisar seu pau em movimentos lentos, deixando minha respiração bater contra sua orelha para ele saber a cada segundo como eu estava por sua causa. Eu não me importava com mais nada naquele momento que não fosse meu irmão, e sabia que o álcool tinha que empurrado para o precipício. Agora que eu estava caindo não iria parar, não queria, iria sentir tudo aquilo até meu corpo se partir por inteiro.
Fui sentindo como estava ficando cada vez mais duro, sua respiração perdendo o ritmo, seu corpo se movendo de leve por causa do meu toque. Ah, como eu o queria sentir ele se perdendo totalmente por minha causa.
O soltei e fiz que virasse para cima, levando meu peito suado contra o seu, me enfiando entre suas pernas, então suas mãos seguraram minha cintura com força, e as minhas deixei irem para seu cabelo e o bagunçando daquele jeito gostoso que meus dedos adoravam, sentindo os fios passando por eles, os prendendo um pouco. Passei a ponta de minha língua pela pele de seu pescoço que estava levemente salgada e o chupei de leve para não marcar, exatamente onde sabia que ele gostava deixando meu quadril se esfregar no seu. Nós estávamos fodidamente duros, e meu pau latejava dentro da cueca implorando para sair, para que eu aliviasse aquela tensão toda, mas não faria isso.
Deixei minha língua vir para o meio de seu pescoço, o lambendo, puxando seu cabelo para trás para deixar ainda mais sua pele mais exposta para mim, a beijando, chupando, deixando até mesmo meus dentes rasparem por ali. Mordi seu queixo. Até que meus lábios chegaram nos seus, minha língua os tocaram vagarosamente contornando o de baixo, indo e voltando, me torturando, o torturando também. Queria que sentisse tanta vontade quanto eu de juntar nossos lábios de uma só vez. Queria que desejasse aquilo tanto que doesse. Eu era um filho da puta, mas só queria que ele me quisesse tanto quanto o queria. Só precisava dele sendo meu de novo. Era só isso.
Odiava quando me ignorava, quando não olhava em meus olhos, quando não queria nem ao menos ouvir minha voz por alguma merda que eu tinha feito.
Cheguei mais perto como se fosse beijá-lo, minha língua até chegou a passar pelo seu lábio superior, mas recuei, e isso fez seu quadril vir para cima contra o meu fazendo meu corpo subir minimamente, e jogando meus lábios de encontro aos seus sem a minha permissão. Sua língua invadiu minha boca daquele jeito quente que só tinha, tomando a minha, reivindicando o que era seu. E eu o beijei de volta com vontade, mostrando para ele o tamanho do meu desejo, o quanto o queria, deixando meus dedos se prenderem com força em seu cabelo, enquanto os seus se afundavam na pele de minha cintura com pressão. A única pessoa que conseguia me ter de forma tão intensa era meu irmão. Ele tocava cantos que faziam minha mente entrar em um estado de embriaguez fácil. E se não me segurasse, poderia gozar apenas com a forma que me beijava e me segurava. Tão delicioso, tão quente, tão intenso. Meus pulmões puxavam o ar com força, tentando fazer aquela tontura parasse, mas aquilo não era falta de oxigenação, era apenas o efeito que sempre causava em mim.
Minha mão esquerda desceu agarrando sua costela com força, e logo à direita fez a mesma coisa, puxando seu corpo mais de encontro ao meu como se nossas peles coladas não fosse o suficiente. Eu estava com um tesão fodido, e eu perdia a noção da minha força, porque só queria afundar meus dedos nele, sentir o quão quente e suado estava. Então o empurrei para cima em um rompante fazendo seus lábios escaparem dos meus, deixando seu corpo molhado deslizar pelo meu.
A barraca era grande, então eu desci, beijando, mordendo, chupando todos os cantos que podia. Me deleitando sua sua respiração pesada e até mesmo gemidos.
Não queria que ali estivesse tão escuro, porque desejei olhar dentro dos seus olhos e ver ainda mais a forma como se sentia, pois sempre que fazia isso tudo se tornava ainda mais intenso. Eu amava aquele tom se desfazendo, se tornando mais claro e mais escuro conforme o prazer ia atingindo cada pedaço seu. Apenas aquele pensamento fez meu pau pulsar com força, melando um pouco minha cueca. Deixei minhas mãos mostrarem o quanto estava excitado enquanto elas passavam por sua pele, até chegar em sua cueca, e a tirando sentindo seu pau saltar para fora do tecido de um jeito delicioso.
— … — disse em um tom de voz que tinha curiosidade do que eu estava prestes a fazer, o que me tirou um sorrir de lado.
— Eu queria fazer isso há muito tempo. — sussurrei para bem perto de seu pau, deixando minha respiração bater contra ele o ouvindo gemer fraco.
— Pode fazer… O que você quiser. — soltou de um jeito manhoso que me fez gemer baixinho sentindo minha ereção ficando ainda mais apertada em minha cueca.
Minha mente estava totalmente turva de prazer, e eu sabia que nada seria melhor do que sentir se desfazendo por minha causa. Então deixei minha língua passar pelo seu pau descendo até suas bolas, às chupando uma por uma e depois voltando, deixando que meus lábios envolvessem sua cabeça e minha língua o rodeasse, deslizando a ponta dela por trás de sua glande e sentindo como tinha pulsado por conta do meu toque. Seu gemido em meio ao barulho da chuva me entorpeceu, e eu estava totalmente louco por causa do meu irmão. Então meus lábios desceram em volta de seu pau com minha língua o apertando, fazendo com que o meu pau doesse de tão duro que estava.
Comecei a chupa-lo lentamente tentando conter a vontade de ir mais rápido, e o tê-lo totalmente dentro de minha boca enquanto ouvia seus gemidos que estava sendo presos, e eu não queria que fizesse isso, desejava que se soltasse, que aqueles gemidos rasgassem seu peito, que ele rosnasse meu nome no meio deles.
Então deixei o ritmo ficar mais intenso, gemendo ouvindo perdendo o seu controle, respirando fundo. Seu quadril começou a se mover, então o segurei com força, sabendo que a marca dos meus dedos ficariam ali, mas eu não conseguia controlar também. Meu pau pulsava cada vez mais, latejando de dor e prazer extremo. Seu corpo se torcia embaixo do meu, tentava arquear, mas não o deixava, eu quem estava no controle ali, e não ele. Então suas mãos vieram até meu cabelo, o segurando, tirando de meu rosto, prendendo meus fios cacheados, os torcendo de leve de um jeito que só me fez tomar mais seu pau gostoso com minha boca.
E eu não parei, não podia, não queria, tudo o que desejava era meu irmão se desfazendo de forma intensa. Era como se meu corpo dependesse daquilo para continuar vivendo. Era tudo o que precisava. Minha boca descia e subia em seu pau, o engolindo cada vez mais, indo o mais fundo que dava, sentindo sua cabeça deslizando sobre minha língua até quase chegar em minha garganta, meus lábios o forçando, fazendo pressão ao redor dele. Subindo e rodeando a glande com a ponta de minha língua, passando ela pela sua pequena abertura sentindo levemente o gosto que tinha, e como era tão liso e macio. Voltando a descer, esfregando minha língua pela sua veia que pulsava bem embaixo.
O pau de começou a pulsar com mais força em minha boca, latejando bem gostoso com meus lábios o prendendo, e isso foi o suficiente para que eu gozasse. Gemi forte ainda chupando meu irmão com mais vontade que antes se isso ainda fosse possível. Então o suguei todo quando começou a se desfazer também, enchendo a minha boca com seu gosto, o qual fui engolindo tudo suspirando forte por finalmente ter sentindo como era.
— ! — gemeu alto arqueando suas costas, me fazendo gemer baixinho. Eu não parei, não me afastei, queria seu gosto inteiro em minha boca até não ter mais nada. — Ah... Porra! — gemeu forte gozando mais, com seu corpo espasmando.
Deixei meus lábios escaparem de seu pau quando senti começar a ficar mole. Caralho, eu estava muito melado mesmo, minha cueca estava encharcada. Meu corpo todo estava tremendo, o meu sangue corria tão forte que me dava pequenos espasmo. Me joguei para o lado, totalmente suado, como se tivesse fodido freneticamente, minha respiração estava desordenada e minha cabeça girava de forma absurda.
Aquilo era a melhor sensação do mundo. E soltei um riso fraco. Só conseguia me dar aquilo. Eu estava totalmente mole, não conseguia ter forças para me mexer, e meus olhos estavam totalmente pesados.
— Você é um filho da puta. — ouvi a voz rouca e falhada de no meio do som da chuva.
— Pelo menos agora você está falando comigo. — rebati no mesmo tom mal conseguindo respirar direito.
— Vai tomar no cu. — aquilo só me fez dar um riso fraco.
Não consegui pensar em mais nada, e as coisas apenas sumiram alguns instantes depois.
Baby, I'm thinking it over
(Baby, eu estou pensando sobre isso)
What if the way we started made it something cursed from the start?
(E se a maneira que começamos fez ser algo amaldiçoado desde o início?)
Capítulo 8 – Love Songs, Drug Songs
Um ano depois
Tinha esquecido a droga da festa de Halloween da escola porque a gente nunca queria ir mesmo. Mas obviamente que o temperamento do nos obrigou a ir quando ele me socava na frente das pessoas e dava o rolo todo. Óbvio que nosso pai nos ameaçava pra cacete e aqui estávamos nós, sendo bons meninos e indo para aquela droga. Tinha me vestido de Zorro mesmo porque era o que tinha pra hoje. Todo de preto, chapéu e máscara. Até a espada de mentira eu consegui arranjar com um nerd da escola que eu pagava para fazer meus trabalhos. Ele fez a espada e o garoto caprichou. Porque sair pra comprar fantasia estava bem fora de cogitação. E minha mãe estava ajudando o com a dele. No carro quase o elogiei, ele tinha ficado gato pra caralho mesmo de vampiro daquele jeito. Mas só não soltei um elogio porque não estava afim de encher a bola dele hoje.
Estava mega preocupado também. Eu tinha feito uma merda imensa semana passada que poderia causar minha expulsão da escola e meu pai tinha sido claro que se isso acontecesse, ele mandava para um internato e eu só veria meu irmão em feriados e olhe lá. Precisava dar um jeito nisso até que tive que forçar a barra. Tive que me rebaixar lá embaixo. Persegui um pouco uma professora e fui um bom menino com ela por dias, a ajudando, mostrando interesse, inventando tanto drama que a idiota até chorou achando que eu era mesmo um menino rico sofrido que odiava minha vida. E o pior de tudo foi que ela se apaixonou. Tipo, se apaixonou mesmo por mim. Que louca surtada! Disse que ia abandonar o emprego e tudo por mim. Mas não deixei que fizesse isso, ela só precisava limpar minha barra e tinha conseguido. Só que eu precisava comer ela direito pra agradecer e não melar mais ainda. Iria gravar aquele sexo e chantagea-la depois. Era o plano e ele daria certo.
Pedi pro me esperar na arquibancada enquanto eu colocava meu plano pra funcionar. Segui para dentro da escola que estava escura e vazia, indo para o corredor onde ficavam os laboratórios que era mais para o final da escola enorme. Ela estava me esperando dentro de uma das salas. A sala sete que era onde acontecia só algumas aulas pela sala não ser tão grande assim.
Assim que cheguei ela sorriu toda besta, correndo até mim e me beijando de um jeito gostoso até. Fui a empurrando para trás até chegar na mesa e a sentei em cima dela, descendo meus beijos para o seu queixo, pescoço e mordendo a curva dele. Desci minhas mãos pelo seu corpo, puxando seu vestido pra cima e me enfiando no meio de suas pernas, que já gemeu alto.
— Shiu! — coloquei meu indicador em seus lábios.
Ela não podia ficar gemendo naquela altura porque se nos pegassem daí que eu tava mais na merda ainda. Desci pelo seu corpo, abrindo seu vestido e chupando seus seios com tanta vontade que senti meu pau ficar absurdamente duro já. Ainda mais com seu corpo se arqueando pra frente, se entregando totalmente pra mim.
Abri mais suas pernas e me ajoelhei ali, tirando sua calcinha que estava totalmente úmida. Puxei seu quadril com força pra ela vir mais pra frente e então comecei a lamber sua virilha primeiro, chupando levemente sua pele e a provocando antes de descer meus lábios por sua pele quente e molhada. Enfiei minha língua no meio dos seus grandes lábios, apenas a passando por ali e ouvindo ela soltar um gemido mais alto.
— Para de gemer alto assim ou eu paro — ameacei, ela concordou em meio aos suspiros.
Puxei sua pele entre meus dentes mesmo apenas pra poder pegar com meus lábios e começar a chupar bem gostoso. Deslizando com a minha língua por dentro dela que estava tão melada que com certeza meu pau entraria nela com extrema facilidade. Peguei meu celular vendo que ela estava de olhos fechados e deixei gravando por trás de alguns livros que tinham ali na mesa que era enorme.
Saí do meio das suas pernas e me levantei, abrindo minha calça, mas ela apenas tirou minhas mãos e foi sedenta na minha calça, e abaixando com pressa e se virando pra mim, curvando seu corpo sobre a mesa e empinando a bunda em minha direção. Então ela começou implorar pra eu meter logo e aquilo foi uma delícia. Seria perfeito para a chantagem porque era ela que estava implorando.
Segurei seu quadril com força e como previ meu pau realmente deslizou com facilidade pra dentro dela, fazendo me fazendo grunhir baixinho. Subi minha mão pelas suas costas e segurei seu ombro com uma mão, enquanto a outra segurava seu quadril com força, então comecei o vaivém e não fui devagar. Não costumava foder devagar.
A mesa balançava e batia contra a parede sempre que eu entrava nela de novo com mais força, mais velocidade e vontade. Ela tentou levantar para tentar inverter ou sei lá. Mas não deixei, a prendi ainda mais contra a mesa, fodendo com força mesmo. Só olhando para ver se não tinha derrubado o celular.
Até que alguém abriu a porta e isso quase me fez ter um treco.
Puta merda! Se eu fosse cardíaco eu morria ali.
Vi ali e só de ver em seus olhos, vi que ele estava extremamente puto. A empurrei, pegando meu celular ali, vestindo minha calça às pressas e indo atrás dele. Mas quando cheguei na porta do corredor vi aquele filho da puta fechando a porta que era a minha única saída.
— Não faz isso! , não faz isso! — bati com força na porta, mas ele me trancou olhando bem dentro da minha cara e saiu.
Foi embora.
— Filho da puta do caralho! Seu merda, abre essa porra, agora! — continuei esmurrando a porta de tanta raiva que eu estava.
Ele não tinha feito isso. simplesmente não podia fazer isso.
A professora apareceu no corredor desesperada com medo que ele fosse nos entregar.
— Quem vai nos entregar vai ser eu se você não limpar a porra do meu nome. — joguei logo a merda na cara dela porque tava puto. — Eu filmei você implorando pra eu te foder. Se eu entregar isso para a direção e depois para a mídia, nunca mais você arranja emprego. Foder com um aluno é muito feio, sabia? Pedofilia que se chama, né? — soltei uma risada amarga e vi ela chorar de ódio, vindo até mim, mas segurei seus pulsos quando ela foi me socar. — Você não vai querer socar um aluno também. — pisquei um olho.
Então ela me empurrou e saiu pelo corredor. Ela saberia de outra saída, então simplesmente a segui.
— Você deve saber de outra saída. Também sei que você não quer passar a noite olhando pra minha cara. E eu também não quero mais te foder. — bati palmas pra ela se apressar logo em achar aquela droga de saída.
Mas a vadia enrolou pra caralho porque decidiu me dar sermão. Falando que eu era um fodido, babaca, que meu irmão e eu nos merecíamos. Tudo que eu já estava cansado de saber. E nos merecíamos mesmo. Mas estava com tanta raiva daquele escroto de merda que só de ouvir o nome dele queria queimar a porra da escola toda de raiva. Eu podia socar a cara dele de tanta raiva que eu sentia.
Então ela finalmente nos levou para a saída dos funcionários. Uma de emergência que nos levava direto ao estacionamento. Ela simplesmente prometeu que eu não seria expulso e eu prometi que apagaria o vídeo depois de ter certeza.
E o filho da puta não tava mais na festa. Óbvio que não. Tinha ido pra festa do Malcom. Tive que chamar um Uber e estava bufando o caminho todo, ele tinha mesmo me trancado naquele lugar. E se eu não tivesse como sair? E se tivessem nos pegado? Ele não pensava mesmo, só fazia. Babaca de merda. Ainda me fez ficar ouvindo sermão daquela idiota burra que achou mesmo que eu tinha me apaixonado.
Assim que cheguei na festa do Malcom, simplesmente cheguei no grupo dos caras do baseball e pedi o bastão emprestado. Depois me virei e segui até onde os carros estavam estacionados e vi o carro dele ali. Então comecei a quebrar vidro por vidro. Depois bati contra as portas, os faróis e descontei toda a porra da minha raiva naquela lata. Não tinha coragem de estourar a cara dele de soco, mas o seu carro eu não via problema nenhum.
Continuei com a força do ódio mesmo arrebentando a porra do seu carro. Qual era a merda do problema dele de ter me trancado lá? Por que ele tinha feito aquilo? Ele podia ter me arranjado mais merda ainda. Eu o odiava mais. Sentia muita raiva, meu sangue estava fervendo dentro de mim. Minha respiração descompassada. Minha vista embaçada. Meus braços dormentes de tanto que eu usava minha força pra arrebentar seu carro. Sabia que aquilo iria machuca-lo, porque tocar nele eu nunca iria conseguir mesmo. Foda-se também se ele iria me socar, me matar, tanto faz. Não me importava mesmo.
Quando levantei mais uma vez pra bater no capô dele, senti o taco ser preso no ar e depois ser puxado da minha mão. Vi o taco ser arremessado longe e ali com o demônio no corpo mesmo. O empurrei, mas ele foi mais rápido, me puxando pelo ombro e logo depois agarrando meu pescoço com uma mão, me jogando contra o capô amassado e fazendo eu grunhir. Tentei sair, mas ele logo se enfiou no meio das minhas penas e me prendeu ali. Senti o ar faltar um pouco quando ele apertou mais sua mão no meu pescoço.
— Eu quero tanto arrancar a porra da sua cabeça fora! — rosnou, apertando sua mão no meu pescoço.
— Anda, me mata logo! — falei com a voz falha, o olhando e o desafiando a isso.
— Bem que eu queria, mas o inferno está aguardando nós dois! — rebateu, apenas me fazendo o fuzilar com os olhos. — Eu te odeio, . Eu te odeio muito! — segurei sua camisa com força quando ele me puxou do capô e me jogou contra ele de novo, fazendo minhas costas inteira arder e o ar faltar mais.
— Eu que te odeio! — soltei a porra da minha voz, deixando ela sair alta o bastante e quase um berro estagnado.
— Bem que você queria mesmo. — sussurrou em resposta. — Por que você fez isso, caralho? — engoli a seco ao ouvi sua pergunta idiota, sentindo minha garganta doer por ele ter apertado.
— Por que você me trancou lá? Qual a porra do seu problema? — meus olhos voltaram para os dele, o encarando querendo saber que merda tinha passado em sua cabeça para ter me trancado naquela porra de escola.
Babaca desgraçado mesmo.
Ele me soltou sem responder a porra da pergunta, saindo de perto e bufei.
— Ele está vivo, não precisa se preocupar. — vi ele falar aquilo para a Ray.
Tossi um pouco, levando minha mão até onde ele tinha apertado e mandei todos irem se foder quando tentaram se aproximar para me tirar dali. Não precisava da ajuda falsa de nenhum deles. Todos pra merda também.
Saí dali, andando pela rua mesmo porque não iria ficar naquela droga de festa também. Sabia que ia querer ficar perto dele mesmo que eu estivesse com raiva. Eu sempre queria ficar perto dele. Sabia também que ele não iria querer me ver mais ou iria querer me machucar. Depois da nossa última briga ele nunca mais me machucou. Tive medo dele ter parado de gostar de mim também. Tive medo de tudo mudar entre a gente. Sabia que o certo era fazes isso mesmo, deixar as coisas mudarem. Era errado demais a forma como éramos explosivos um perto do outro. Mas não falava apenas da maneira como brigávamos. Mas da maneira como nos tocamos. Os socos e os beijos. Ambos errados.
Droga, aquilo fazia meu corpo queimar, aquela raiva já tinha virado angústia enquanto eu andava sem norte e sem destino naquela rua. Uns caras da escola vieram atrás de mim, falando que podiam chamar um Uber para mim, um táxi ou qualquer coisa. Até ofereceram ir para nossa cobertura e fazer outra festa lá. Aquilo era uma boa ideia mesmo, outra festa para eu poder curtir sem ferir meu irmão.
Cogitei a ideia deles, mas assim que ouvi meu celular tocar atendi rapidamente. Era Ray me contando que tinha pedido drogas pra ela, que ele iria fazer aquilo. Fechei meus olhos, prendendo o ar e passando a mão no rosto.
— Eu odeio meu irmão. Eu odeio ele demais! — grunhi alto de tanta raiva por ele estar fazendo aquela merda. Os meninos ficaram tentando me segurar pra não voltar lá. — Me soltem! Eu preciso ir até meu irmão, porra. — os empurrei com força, tirando aquela porra de máscara que eu ainda estava usando.
Corri pela rua, ignorando a dor nas costas por ele ter me empurrado com força contra o capô. Assim que fui entrar na festa, me barraram.
— Não, . Sem brigas aqui em casa. — era o próprio Malcom me barrando, rolei meus olhos com ódio e desespero.
— Não vou brigar. Só preciso impedir meu irmão de fazer merda. Por favor. — tentei passar por ele, mas outros caras me seguraram. — Você não vai querer arranjar briga com um , Malcom. Eu estou pedindo “por favor”. — cuspi as palavras nele.
— Se vocês destruírem alguma coisa minha, vocês tão fodidos. — quis rir da cara dele com aquela ameaça de merda, mas só concordei.
Eles me soltaram, então entrei na festa como um furacão. Passando pelas pessoas e procurando aquele merda. Avistei Ray, e ela apontou para o andar de cima.
— Se eu pegar ou souber que você arranjou essas merdas pra ele... — apenas apontei pra ela, estreitando meus olhos e deixando que visse que eu não estava brincando.
Subi aquelas escadas como se fosse quebrá-las de tanta pressa que eu estava. Entrei em um dos quartos e vi ele abaixado perto de uma mesa de vidro, aquela merda toda espalhada na mesa. Tinha outra garota e um cara com mais pacotinhos na mão. Nenhum pensamento passava na minha mente a não ser a raiva. O desespero também. Tinha até esquecido o motivo que eu estava com raiva do , mas agora estava com raiva dele estar indo atrás daqueles lixos. Ele conseguia me machucar mais usando aquilo do que me socando. Por isso sempre preferia os socos, qualquer merda que ele fizesse comigo seria melhor do que usar aquilo. Porque aquilo iria atingi-lo, e eu nunca quis fazer nada para feri-lo. Nunca.
Devolvi o olhar dele assim que me fuzilou seus olhos. Quem tinha que estar puto ali era eu e não era pra vir com aquele olhar. que ia fazer aquela merda.
— Saiam daqui. Agora! Anda! — bati na porta.
Mas não me aguentei e apenas voei naquele cara, dando um soco em sua cara e batendo em sua mão pra derrubar aquela merda. Não conseguia ferir meu irmão, mas poderia socar lindamente quem ia dar aquelas drogas pra ele. Filho da puta. Não queria saber nem quem era, não queria saber se eles vendiam para qualquer um também. Ele estava vendendo pra pessoa errada aquela noite e aquele soco ia estragar a vibe dele. Pronto, estava satisfeito. Não deixei ele revidar, o empurrei pra fora do quarto.
— Saiam. — mandou e senti me segurar, mas logo acabou me empurrando para longe dele também, e eu fechei a porta na cara do garoto e da menina que saiu.
— Pode arrebentar a porra da minha cara, mas você não vai usar isso. — passei meu braço pela mesa antes que ele fizesse qualquer coisa. Então em seguida virei a mesa ali no chão mesmo, estava furioso e podia sentir meu coração praticamente sair pela boca. — Anda, . Soca a minha cara, me enforca. Me chuta. Faz qualquer coisa comigo, mas não isso. Não usa essas merdas. — parei na frente dele, abrindo meus braços e deixando ele me matar se era o que queria. — Eu também te odeio. Te odeio demais. Mas eu me recuso ver você usando essa merda. Eu prefiro morrer do que ver isso. — não estava com raiva mais, estava decepcionado e magoado por ele estar fazendo aquelas merdas.
— Prefiro apagar do que te machucar. — rebateu entre dentes e virou seu rosto. — E se está puto, vem! Desconta em mim. — me empurrou pelo peito, e empurrei seus braços. — Vai, caralho. Me arrebenta como você quer! Como fez com a porra do meu carro. — chegou bem mais perto, encarando meus olhos.
— Não! , isso não é sua escolha. Não é! — apontei o dedo, ignorando aquela merda de preferir apagar do que me machucar. — Não! Não vou te socar, você sabe muito bem que eu nunca faria isso. — parei ali mesmo, não dando passos pra trás, deixando ele se aproximar. Deixando que me socasse ou fizesse qualquer merda que quisesse. Tudo seria melhor do que ir atrás de mais drogas. — Eu nunca vou te socar. — falei baixinho, encarando seus olhos de perto.
Levantando um pouco a cabeça, o olhando de cima, não pra peita-lo, mas pra ele ver realmente que eu falava sério. Não aguentava ver usando aquilo.
— É sim! Meu corpo, minha escolha! Vai se foder! Sai daqui, ! Vai, volta para a porra da escola para comer aquela puta! Não deveria ter vindo atrás de mim! Seu escroto de merda! — me empurrou pelos ombros, fiquei estapeando suas mãos por isso. — Se ainda não voltou para aquela puta ainda por achar que vou usar alguma coisa, pode ir, não precisa ficar aqui me vigiando. Eu não preciso de babá, já tem a Ray para fofocar qualquer bosta que eu faça mesmo. — cruzou seus braços se recusando me encarar.
Passei a mão na testa ao respirar tão fundo por ele vir com aquela merda de “meu corpo, minha escolha” e quase o mandei enfiar aquele papo no cu. Ele era um arrombado do caralho mesmo. Mas então pisquei várias vezes, tentando assimilar o que suas palavras seguintes significavam. Espera… Era por isso que ele estava puto?
— Você tá puto porque eu estava transando? , em quantas festas você não me largou pra foder qualquer uma em qualquer canto. E eu nunca te tranquei por isso, seu merda! — joguei mesmo na cara dele porque não era possível que tinha me trancado por aquilo.
Ele nem sabia da história toda, sabia que eu podia ser expulso, achei que ia ligar os fatos e se tocar o porque eu tava comendo aquela professora. Mas eu ia contar depois e sabia que ele ia rir da situação toda, iria rir muito dela ter sido feita de otária. Só que é óbvio que dessa vez ele me pegou de surpresa tendo aquele surto por conta daquilo.
— Para de show, ! Não quero ir comer ela, vai se foder. Quer a porra de um relatório sempre que eu for foder alguém então? Um adendo com data e hora pra você aprovar? — o provoquei de volta, achando engraçado ele realmente ter surtado por isso.
— Vai tomar no cu. Não to fazendo show, seu babaca do caralho! — me xingou de volta. — Enfia ele no seu cu e roda! Não quero saber quem você come, caralho! — rebateu sobre o relatório.
— Xinga mais, anda. Pode xingar mais que aposto que até me excita! — o provoquei mais, porque eu já estava mesmo irritado pra caralho. Queria ter a coragem de arrebentar sua cara igual ele fazia comigo, mas sabia que nunca teria. Então xingar de volta muitas vezes não adiantava, então sempre apelava para a provocação porque ela tinha mais verdade no que aquele falso ódio. — Não quer? Então por que você tá dando show porque eu tava comendo alguém na porra daquela festa insuportável? Você ia mesmo acabar indo foder a Ray em qualquer canto mais cedo ou mais tarde. — era a pura verdade já que ele tava com ela nessa outra festa.
não tinha esse direito, ele não podia ficar com… Parei na mesma hora, perguntando pra mim mesmo se era realmente aquilo que ele estava sentindo. Ciúmes? Não, não era não. Não podia ser. Sem essa mesmo.
— Não! Enfia a porra da sua lista no cu, caralho! — mandou bem puto, fechando seus olhos. — Quando começamos a falar sobre eu foder a Ray mesmo?
Mesmo puto da vida e extremamente furioso com ele, acabei que soltando uma espécie de risada por ele ter virado a cara daquele jeito dele. Dei uma risada que demonstrava o quanto eu queria socar sua cara se tivesse essa coragem. Filho da puta que conseguia pegar umas reações minhas que nem eu mesmo entendia. Fodido do caralho mesmo!
— Vou enfiar no seu mesmo, porra! — rebati com a voz mais alta, mostrando o dedo do meio pra ele. Idiota dramático, isso sim. Fazendo maior show por causa de uma coisa que vivíamos fazendo. — Agora. Eu sei que você ia e não ia dar a mínima se eu tava na festa ou não porque você é assim. E você ia curtir se eu trancasse você com aquela chata do caralho? Babaca! — abri os braços, o questionando. Mas ele apenas virou sua cara e não me respondeu mais, claramente puto.
E naqueles momento de raiva que estava quase explodindo com ele, eu queria apenas jogá-lo contra qualquer lugar daquele quarto e descontar minha raiva de outro jeito. Queria deixar ele totalmente excitado, tão excitado pra fazer com que esquecesse aquelas merdas toda. E só queria ouvir ele gemer daquele jeito extremamente gostoso que só ele gemia. Se foder mesmo, era isso. Aquele era a porra do meu limite.
Deixei meus olhos queimarem tanto nele, deixando que visse o que eu realmente queria fazer com ele naquela bosta daquele quarto. Não era machucá-lo, estava bem claro. Como eu já esperava que quando ele me olhasse de volta com aquele desejo absurdo e delicioso que tinha nos olhos todo aquele ódio se transformaria em tesão e porra… Sentia meu pau até começar a ficar duro só por causa da porra daquele olhar. conseguia me olhar e me mostrar exatamente tudo que ele queria fazer comigo e eu quase berrei para que fizesse.
Vem e me pega desse jeito. Deixa eu beijar cada centímetro da sua pele gostosa.
Meu peito estava agitado, ia e vinha de uma forma totalmente descontrolada e rápida. Não conseguia respirar e o oxigênio não conseguia entrar, era como se eu tivesse sendo afogado a seco. Tudo aquilo era a porra do meu tesão por ele e eu queria tanto que doía em cada parte do meu corpo. Porra, se mostrasse para naquele momento a vontade que eu estava de agarrá-lo não iria quem entrasse naquele quarto que iria me separar dele. Só iria parar até ele gemer bem alto e gozar muito só pra mim. Filho da puta gostoso mesmo que acabava comigo inteiro. Eu odiava como ele me tinha porque ele me tinha demais.
Pisquei meus olhos com uma certa força ao ver ele passando a mão em seu cabelo, desejando arrumar aqueles fios soltos ou até mesmo bagunçar ele todo enquanto o beijava pra caralho naquele instante. Tomar no cu de desejo da porra que eu sentia por aquele idiota. Sabia que queria o mesmo que eu, seus olhos praticamente berrava comigo que me queria e me queria demais. O que só tornava tudo ainda pior. Por questão de muito pouco eu simplesmente não empurrei ele naquela parede e enfiei minha língua em sua boca. O beijando até nós dois perdermos a porra do ar todo. Até queimarmos tanto que foda-se quem estivesse lá fora.
Dei alguns passos na direção dele praticamente quase chutando o balde e deixando ele fazer comigo o que estivesse em sua mente. Implorando naqueles instantes para me fazer gozar então do jeito que só ele sabia fazer. Seus olhos queimavam demais em mim, queimavam tanto que eu poderia ficar duro só com ele me olhando daquele jeito. Parei, me obriguei a parar. Não! Eu não podia fazer aquilo! Chega, ! Recuei alguns passos, negando com a cabeça.
— Você me machuca muito mais usando essa merda. Ver você usando isso dói muito mais do que todos os seus socos. — era a porra da verdade, não aguentaria ver ele se acabando naquilo.
Então eu faria de tudo para impedir sempre que tivesse por perto. Conhecia meu irmão e sabia que ele não via a hora de parar até seu corpo não aguentar. Sabia bem o apagar dele. E não sabia realmente o que eu faria se um apagão desses não tivesse mais retorno. Não conseguia nem imaginar o que eu faria, o que seria de mim. Porque não teria como existir mais um sem o . E aquele babaca do caralho não entendia isso.
— Era por isso que você não ia saber. — rebateu um pouco mais baixo.
— Eu não ia saber? Você é um desgraçado de merda mesmo. E se você não voltasse mais, ? Huh? Essas merdas podem te matar e se você morrer… — não consegui finalizar, meu ar faltou e eu tive que engolir muito a seco. Engolir uma porra de um bolo enorme na minha garganta. Meu peito chegou arder só de imaginar aquilo e era aquele motivo que me deixava tão bravo, tão puto da vida com ele. — Para de fazer isso comigo! Para! — berrei praticamente, negando com a cabeça e olhando pra cima apenas para empurrar qualquer merda que queria descer dos meus olhos. Não ia chorar. Não ia deixar ele me afetar tanto daquele jeito. Ele não ia usar as drogas e era isso.
— Não. Não ia saber! — berrou ainda mais comigo. Estreitei meus olhos com os berros dele pra cima de mim. — É, eu sou mesmo! Desgraçado, babaca e egoísta... O que mais? Esqueci outro adjetivo? — estava claramente me provocando para me deixar com mais raiva ainda e explodir com ele. Mas aquilo nunca aconteceria! — E até parece que você se importa! Você não liga para nada além de si mesmo, ! — soltou. Isso fez tudo dentro de mim mudar, até cambaleei um pouco para trás, sem conseguir nem olhar pra ele depois das suas palavras. — Se eu morrer, vou ficar morto como sempre deveria ter sido. E você não iria precisar ficar atrás de ninguém vigiando. — virei meu rosto, não querendo e não conseguindo olhar pra cara dele. Ele tinha soltado aquilo na raiva, sabia disso, mas tinha machucado. — Tudo o que te peço é para não gostar de mim ao ponto que isso te machuque. Por favor, não faz isso. Não me deixa te machucar mais do que minhas mãos podem fazer. — tremi ao sentir seu toque no meu rosto, travando tudo dentro de mim, travando todos os meus músculos.
— Uma peninha pra você porque eu estou sabendo. — levantei os ombros, sendo excepcionalmente debochado mesmo. — Fodido de merda, um bosta, escroto, filho da puta. E eu te odeio pra caralho! — era totalmente mentira, não odiava por mais que tentasse mesmo. Pude ver ele me olhar com mais ódio ainda por eu ter acrescentado mais adjetivos. Ué, ele que tinha pedido. — É isso mesmo que você acha de mim? Que eu não me importo contigo? — minha voz saiu baixa, rouca e falha. — Cala a porra da sua boca! Seu moleque mimado do caralho, cala a boca! Você não tem noção do que você tá falando, não a mínima noção. Se você morrer, eu morro junto, seu filho da puta. Eu me mato no mesmo instante, mas não preciso explicar isso pra você. Não preciso, porque você que não se importa com porra nenhuma a não ser esse seu ego de merda. — cuspi as palavras na cara dele, deixando minha respiração sair pesada e forte. — Para de me pedir isso, . Ou eu sou só mais um que você pega e manda não gostar porque vai jogar fora no instante seguinte? É isso que eu sou pra você? — senti minha garganta se fechando mais quando engoli a seco mais uma vez. Tirei suas mãos do meu rosto sendo bruto mesmo.
— Não. — respondeu. — Não. Não é isso que eu acho de você. — engoli as lágrimas que queriam sair, engoli tudo dentro de mim e me recusei a olhar pra ele quando ele mesmo negou o que ele tinha dito antes. — Eu me importo com você! — berrou comigo e me pegou pela camisa, para que olhasse dentro dos seus olhos. — Eu me importo com você. — falou mais baixo com a respiração ofegante. — É tudo com que me importo. — vi ele engolir a seco. — Eu não ligo para mim, Z. Eu só quero me destruir quando vejo o que fiz contigo, porque sei que você não faria o mesmo comigo. Eu só preciso fazer isso parar. — confessou, soltando minha camisa. — E me desculpa se até assim eu te machuco, é por isso que não queria que soubesse. — completou com sua respiração ofegante. — Por favor, olha para mim. — ele me pediu porque sabia que eu estava fodido por dentro porque tinha realmente me machucado e queria ver o estrago que tinha feito. — Não. Você não é. — respondeu calmamente. — Você é meu ar, . Sem você eu não seria capaz de viver. — vi que ele estava chorando quando o olhei. — Você é tudo. Entende? — respirei bem fundo. — Você é meu tudo. — olhei rapidamente sua língua lambendo seus lábios molhados por suas lágrimas. — Eu só quero parar de te machucar. Me diz como eu faço isso, por favor. — pediu com certo desespero e ouvi o pequeno soluço que soltou.
— Eu odeio demais como você me machuca dessa forma. — murmurei, não querendo ter soltado aquilo. Não querendo ter assumido aquilo em voz alta. Mas eu odiava como ele fazia aquilo com tanta facilidade e me destruía por dentro. Ele não pensava para falar quando estava com raiva e eu preferia mil vezes que ele me socasse do que fizesse aquilo. — Shiu. — sussurrei, vendo como ele estava sem ar e eu queria dar o meu naquele instante. Ele se importava comigo, eu via aquilo em seus olhos. E vi mais uma vez que ele só tinha soltado suas palavras em momentos de raiva, mas mesmo assim conseguia me magoar. Ele tinha esse poder de falar as merdas sem pensar e praticamente me esquartejar por dentro. Então se machucava ao ver como tinha me matado mais um pouco. Parecia exaustivo e até era, mas eu o amava cada vez mais. — Não se destrói. Não faz isso porque toda vez que faz isso você faz o mesmo comigo. Se acontece algo contigo acontece comigo, . — droga mesmo, ele tinha que entender aquilo. Tinha que colocar aquela merda na cabeça dele. Assim que soltou minha camisa e eu quis que aquela briga acabasse, queria muito. Queria nós dois bem. Queria ouvir sua risada. Ver seu sorriso que era tudo pra mim. Queria poder beijar seus lábios e ouvir seus gemidos viciantes. — O que me machuca ainda mais… Você se machucar escondido de mim. Eu só quero ficar com você, . — falei, sem olhar pra ele. — Não quero ficar nunca sem você. — respirei fundo, fungando pra não chorar. Não iria chorar. Soltei o ar várias vezes ao sentir seu toque no meu rosto em um carinho que só me fazia querer ficar ali perto dele por mais que ainda estivesse doendo o que tinha pedido antes. — Então não me manda não gostar de você. Nunca mais me pede uma coisa dessas. — implorei pra ele, totalmente sem ar de tanto que aquele pedido tinha me ferido.
Abri meus lábios para poder puxar o ar que meu corpo clamava e reclamava comigo que estava faltando, mas estava impossível depois de ouvir suas palavras. Ele era o meu ar também. E não segurei minhas mãos que agora foram até sua cintura e segurou com força, precisava senti-lo. Precisava sentir sua pele, queria me tornar mesmo seu ar, sua respiração. Queria sentir ele inteiro. Minhas mãos apertavam sua cintura com uma força absurda contra mim conforme suas palavras ainda entravam dentro de mim e pareciam lamber as feridas por dentro. Gemi baixinho quando ele passou a língua em meus lábios. Queria abrir meus olhos e pedir pra ele ser meu, apenas meu e demais ninguém.
— Você é tudo pra mim também. Minha força. O motivo que eu levanto da cama nos meus piores dias e me obrigo a levantar porque sei que posso ver seu sorriso no decorrer do dia. — soltei as palavras cortadas pelo ar que ainda parecia faltar, apertei mais meus dedos em sua cintura. Lágrimas grossas escorreram no meu rosto só de ouvir seu soluço mesmo que pequeno. — Não me manda nunca mais não gostar de você. — voltei a pedir aquilo para ele entender claramente que eu nunca mais aceitaria aquelas palavras.
— Eu também. Eu também. — sussurrou, mostrando com certa dor que ele também odiava me machucar daquela forma. — Eu também não consigo viver sem você. — sua voz ainda saía como um sussurro, só me fazendo ir respirando mais pesadamente. — Ok. Ok. Não irei mais pedir. — concordou rapidamente. — Respira. — me pediu com a voz baixa. Ele pegou minhas lágrimas de forma desesperada. — Não vou, eu prometo. — disse rapidamente. — Não vou. — sussurrou ainda deixando seus polegares passarem pelo meu rosto.
Por mais que ele me machucasse, eu só queria a felicidade daquele babaca. E naquele momento estava tudo perdoado, queria ele calmo, queria bem e sabia que ele não se permitiria tão cedo apenas pela forma como fechou seus olhos quando tentei acalmá-lo.
— Você não pode mudar o que eu sinto por você. Não pode me afastar porque não é isso que você realmente quer, eu sei que não. — sussurrei, querendo tanto ter o poder de tirar sua dor, sua agonia. Queria que ele entendesse que nada do que fizesse iria me fazer parar de amá-lo daquela forma intensa. Eu o amava demais. — Então fica comigo, só fica comigo. — pedi baixinho de volta, porque não teria realidade onde um existisse sem o outro. Sabia bem disso porque não iria aguentar nunca viver sem ele.
Forcei ainda mais meus olhos porque não queria mostrar nada pra ele, não queria machucá-lo ainda mais. Chega de nos machucar! Inferno mesmo! Fiz uma expressão de que não tinha acreditado muito nas suas palavras rápidas, queria ele me prometesse aquilo de coração e não da boca pra fora. Lambi meus lábios quando ele me pediu para respirar de novo, então abri levemente minha boca, inspirando com profundidade e deixando o ar entrar, mas eu queria o ar dele. Queria respirar sua pele, seu cheiro, seu gosto, queria tanto ele que chegava fazer meu ar faltar de novo. Por isso deixei que finalmente visse nos meus olhos, os abrindo e deixando que lesse ali que era ele que eu queria e precisava.
O apertei ainda mais em mim, dando foda-se se eu estava usando mesmo a minha força, o queria colado em mim, queria senti-lo inteiro. fechou seus olhos e isso quase me fez avançar aquele limite e só por medo que eu não fiz. Tive medo de avançar e no outro dia ele não querer mais nem me ver. Meu corpo quase não me obedecia quando se tratava do meu irmão.
Seus lábios rasparam nos meus, automaticamente deixei minha língua tocar os ele, os tocando somente com a ponta dela e aquilo me fez soltar um gemido sôfrego. Estava com dor sim, com muita dor porque eu o queria demais.
Meus dedos ainda pressionavam sua cintura contra mim em resposta ao seu toque. Me deixa ser seu ar, porra! Era o que eu pedia vendo ele puxar e soltar o ar daquela forma. Subi minhas mãos por suas costas, o deixando mais perto de mim ao sentir secar minhas lágrimas, quase que me tirando um sorriso.
Puta merda, , como eu te amo! Se foder mesmo!
Suspirei aliviado e mais calmo pensando em suas palavras de que não iria mais me pedir que não gostasse dele e eu desejava mesmo que não. Porque tinha me machucado pra caralho ele ter pedido aquilo. Não era algo que eu simplesmente podia controlar, porra, não era só gostar dele, era amar aquele babaca. Ele tinha meu coração de merda em suas mãos. Ele querendo ou não.
Então tirei suas mãos do meu rosto porque eu acabaria o beijando ali mesmo e pedindo por favor pra sermos apenas um do outro e dar foda-se para todo o resto a nossa volta. E mais uma vez eu tinha sido um bosta na porra da minha vida de merda quando fiz aquilo, porque vi como tinha machucado por ter entendido errado. estava achando que eu não queria que ele me tocasse. Não era isso! Quase o puxei pela mão e a coloquei em meu rosto de novo, mas já era tarde porque ele tinha se afastado.
Parabéns, ! Você é um merda mesmo!
se trancou em algo que eu achava que era um banheiro ali no quarto. Fui atrás, mas apenas encostei meu corpo ali na porta, ouvindo o que parecia ser um surto. Ouvia ele chutar algo e aquilo me fez engolir a seco. Queria que a raiva voltasse, sabia que seria muito mais fácil simplesmente sair dali e ir embora. Procurar outra festa, procurar uma garota pra foder até eu dormir e só acordar amanhã. Mas eu odiava o fácil, claro. Porque eu simplesmente fiquei ali encostado, esperando ele descontar sua raiva naquilo que parecia chutar e quis que fosse eu, se aquilo fosse fazê-lo ficar bem.
Fechei meus olhos e inspirei profundamente, levando minhas mãos para o meu cabelo, deixando meus dedos bagunçarem mais aqueles fios coloridos. Então os puxei para trás, já sentindo eles voltando e ficando mais bagunçado. Peguei meu celular e liguei pro meu pai.
— Eu quebrei o carro do . Ele não me socou. Eu sei que eu merecia. — esfreguei a palma da minha mão no meu rosto. — Pode tirar a minha mesada toda. Não me importo. Usa ela pra dar um carro novo pra ele, faz o que quiser com o meu. — meu pai era um cu, mas não me importava. Queria ver aquele babaca de merda feliz de novo. Ele fez um acordo comigo. — Combinado, então. — desliguei.
Eu era tão dele. Cada parte minha era só dele. Se ele estivesse mal, eu também estava e só ficaria bem com bem. E eu faria o impossível para isso. A porra da minha respiração dependia da dele.
Toquei na maçaneta quando ouvi o silêncio lá dentro, a virei devagar e vi que a porta estava aberta. Tudo estava escuro, entrei e fechei a porta devagar. Com a iluminação que vinha do basculante o vi ali dentro da banheira, aquilo só fez meu ar faltar mais ainda. E a vontade era de bater minha cabeça na parede até ela sangrar. Odiava ver ele daquele jeito.
Me sentei do lado de fora dela, soltando o ar quando passei meus olhos pelo rosto dele. Jogando meus braços para dentro dela, querendo toca-lo, mas me segurando. Me jogando contra aquela parede dentro de mim, é só me permitindo tocar nele com meus olhos que passeavam em seu rosto. Quando ele simplesmente fugiu do meu olhar. E eu sempre me odiava por isso. Queria que ele não me machucasse para não machucá-lo também. Mas éramos feitos disso, um machucando o outro para no momento seguinte a gente poder se amar. Era basicamente isso e sabia o quão errado e destrutivo aquilo era. Mas eu nunca iria conseguir viver longe dele, ficar sem ele. Não era possível. E por isso eu engolia qualquer mágoa, qualquer raiva, qualquer decepção e elas simplesmente desapareciam porque só o que me importava era ver o sorriso de de novo. E eu lutava até conseguir porque era minha maior vitória na vida. Ver aquele babaca de merda sorrir era simplesmente tudo pra mim.
ainda manteve os olhos fechados quando me aproximei mais da banheira, querendo se esconder e quase pedi pra ele não fazer aquilo. Não tinha nada para esconder de mim. Doeu quando vi ele se encolher um pouco ali, isso quase me fez tirar minhas mãos dali e me afastar. Não iria tocá-lo se ele não quisesse. Machucava cada parte minha quando tentava tocar nele e ele não deixava.
O silêncio dentro do banheiro era composto por nossas respiração e o barulho da festa rolando solta. Até que sorri de canto ao reconhecer a música que tocava lá fora.
— Love songs. Drug songs. We can get together — cantei baixinho, deixando meus dedos fazerem um caminho na banheira perto do rosto dele, mas só perto. — If you get to know me. Play nice. Baby think twice — lambi meus lábios, balançando a cabeça de um lado para o outro com o toque dela que mesmo não tão alto dava pra ouvir e sentir. Sorri brevemente para ele ao ver que tinha aberto os olhos quando comecei a cantar a música que tocava. Seus olhos me diziam que gostava da minha voz sempre que eu cantava. Não gostava de cantar para as pessoas, ele sabia disso. Mas gostava de cantar para se isso o fizesse bem. — And I look you in the eye… — soltei um pouco mais alta agora porque eu adorava o refrão.
Vi ele fechar seus olhos com minha mão se aproximando, aquilo me fez recuar também, engolindo a seco. Engolindo a mágoa porque não queria que visse em meus olhos. Mas acabava comigo não poder tocar nele porque eu sempre queria. Sempre queria o puxar pra perto, apertar seu corpo contra o meu, respirar ele todo se fosse possível.
— Gonna put you back together — desci meus olhos para os seus lábios, lambendo os meus com vontade ao ouvir ele sussurrar aquela outra parte da música.
Fiquei encarando seus lábios, querendo tanto beijá-lo, sentir sua língua a minha, sentir nossas respirações ficarem mais descontroladas conforme o beijo ia ficando mais intenso, mais excitante. Isso me fez soltar um suspiro baixo, desviando meu olhar para a banheira que era melhor.
— Conversei com nosso pai. Amanhã você vai comprar um carro novo. — contei pra ele, tirando meus braços de dentro da banheira e deslizei meu corpo pra me encostar na parede.
— Não queria um carro novo. Você não tinha nada que ter ligado para ele. — respondeu. — Queria você comigo. — disse com a voz baixa fazendo uma puta de uma manha, fazendo até um biquinho. Fiquei o olhando quando ele usou aquela voz de criança que quase me fez levantar dali apenas para morder sua bochecha, mesmo que ele ainda não tivesse sorrido.
— Queria sim, você vai ter seu carro novo. — rebati no mesmo instante. Já estava feito e meu pai não ia voltar atrás. — Mas eu estou com você. — respondi baixinho também, apontando para mim naquele momento, mesmo entendendo que me queria com ele antes naquela festa.
— Foda-se o carro, . O que você falou para ele concordar? — ele quis saber, e eu sabia que tinha um tom de preocupação naquela pergunta porque sabíamos que nosso pai era o Diabo. — Não estava. — rebateu todo birrento ficando ainda mais emburrado.
— Ele vai tirar minha mesada por dois meses. — contei, porque ele saberia de uma forma ou de outra. — O que eu não faço por você, huh? — levantei um pouco meu queixo, o questionando sobre aquilo, deixando um sorriso leve no canto dos lábios. — Não faz birra assim. Eu estou aqui agora e não vou sair daqui nem se você mandar. — o avisei sobre isso, mas não em tom de briga. Estava achando ele adorável fazendo birra daquele jeito. Sentia tanta vontade de entrar naquela banheira, o puxar pra perto, apertá-lo em mim.
— Eu vou dividir a minha mesada contigo. — falou bem decidido daquilo. — Eu te odeio, mas até que gosto de você às vezes. — ouvi sua voz sair em tom de brincadeira e sua risada leve em seguida, mas ainda fazendo aquela expressão de birra, todo emburradinho.
— Não precisa dividir, . Para de ser legal comigo quando eu destruí seu carro. — sabia que ele era teimoso pra caralho e iria negar aquilo, mas eu também era teimoso. Quando ele sorriu de leve deixou tudo bem, mesmo aquele sorriso de leve fez tudo dentro de mim ficar imensamente bem, tão bem que pareceu que eu nunca fiquei triste antes. era a porra da minha felicidade, era o verdadeiro motivo pelos meus melhores sorrisos. — Fala de novo que me odeia, fala. — pedi, mordendo meu lábio inferior em provocação. Ele não conseguia odiar nem nos seus sonhos. — Para de fazer essa birra que eu vou te morder, . — o alertei.
Ah, mas eu iria morder mesmo e por mim iria morder todinho cada parte da sua pele e foda-se mesmo. Ninguém mandava ficar uma delícia fazendo birra daquele jeito e eu não tinha controle nenhum, iria morder mesmo.
— Você não quebrou meu carro atoa. Eu tenho culpa também. Então eu vou transferir metade da minha mesada para sua conta, e não tem nada a ver ser legal em dividir a culpa. É o certo. — então só acabei sorrindo pra ele, deixando meus olhos brilharem em sua direção, sentindo meu peito se preencher de amor pela forma como ele cuidava de mim mesmo eu tendo feito bosta. tentando arrumar as coisas que eu tinha feito. — Eu te odeio, muito. — resmungou colocando a língua para fora em tom de irritadinho emburrado mesmo. Apertei meu próprio rosto ao rir um pouco mais alto com ele fazendo pirraça daquele jeito fofo que o sabia ser, duvidava muito que outras pessoas conheciam aquele lado dele, mas eu conhecia bem demais e amava, eu o amava em todos seus momentos. — Me obriga. — soltou segurando o riso, porque sabia bem o poder daquela sua frase em mim. Abri a boca com o atrevimento dele de soltar o “me obriga”, então semicerro os olhos. — E tenta me morder para você ver. — sua voz saiu em tom de ameaça.
— Odeia nada. Bem que você queria! — fiz uma careta pra ele, até ficando vesgo e rindo baixinho em seguida. — Ah, , não me faça entrar nessa banheira. — apontei o dedo pra ele. — E o que é que você vai fazer? Não tenho medo de você, rabugento. — estreitei mais os olhos pra ele.
Eu hein, tentaria morder sim, se deixasse morderia ele todinho. Filho da puta gostoso mesmo! Vi ele segurando o riso e quase entrei ali para tirar aquela risada a força se precisasse.
— Babaca. — reclamou.
— Fodido. — respondi, mostrando a língua pra ele.
— Sou mesmo. — concordou comigo.
— Que bom que você sabe que é. — soltei uma risada nasalada.
— Idiota. — resmungou segurando seu riso.
Soltei uma risada mais alta ao ver a careta que ele fez e ainda me deu a língua.
— Sou mesmo. — mostrei a língua de volta, arregalando meus olhos em outra careta.
— Ainda bem que sabe. — revirei meus olhos bem dramaticamente quando ele rebateu que ainda bem que eu sabia que era idiota. — Me mostra essa língua de novo que eu vou morder ela. — ameaçou estreitando os olhos.
Quando recebi sua ameaça aí que eu coloquei minha língua para fora mesmo. Fiquei até brincando com ela no ar, o olhando em desafio para vir mesmo morder. Então tive um deslumbre em seus olhos de que tinha totalmente segundas intenções naquela ameaça e porra, aí que eu queria mesmo. Vem, , me chupa inteiro logo, merda! Inferno de desejo do caralho que nunca parava.
Então arregalei meus olhos com o babaca dando uma chuveirada de água na minha cara. Bem na minha cara mesmo e quase me engasguei com a porra da água. Empurrei sua mão e balancei minha cabeça, soltando uma risada e passando as costas da mão no meu rosto, tirando meu cabelo da testa.
— Seu filho da puta! — me ajoelhei ali, puxando o chuveirinho de sua mão com força e jogando água nele também.
O empurrei naquela banheira de novo e vendo que nem precisei de muito esforço, ela era muito escorregadia, e ele caiu. Cuspi um pouco de água que tinha entrado na minha boca, ouvindo aquele palhaço dar risada, mas não reclamei porque era isso que eu queria mesmo. Era meu objetivo naquele banheiro, fazer ele rir daquele jeito que fazia tudo ficar bem. Podíamos estar na porra de uma guerra e se eu ouvisse meu irmão rir seria a paz para mim.
— Seu merdinha! — me xingou de volta. Soltei uma gargalhada alta, só fazendo eu querer molhar ele ainda mais.
— Babaquinha! — devolvi, jogando o jato na cara dele quando estava nas minhas mãos. — Fennira! — berrei um dos seus apelidos quando ele jogou outro jato de água em mim e ouvi ele gargalhar tão gostosamente que me arrepiou.
Tinha engasgado até com meu ar quando aquele filho da puta me jogou mais água ainda, gargalhando de um jeito que me arrepiava inteiro e não era pela água não. Era aquele som divino que me preenchia completamente. Queria poder gritar o quanto eu amava aquele sorriso, o quanto eu amava aquela risada e o quanto eu o amava. Acabei rindo ainda mais alto quando ele riu tão gostosamente do meu xingamento.
— Que filho da puta! — reclamei assim que o babaca tinha cuspiu a água em mim. — Isso vai ter volta, idiota! — respondi em meio as risadas que só aumentavam.
— Ah, vai? Estou pagando para ver! — me provocou rindo ainda mais.
Entrei dentro na banheira e escorreguei, perdendo o chuveirinho, fazendo ele apontar para cima e acabar molhando nós dois ao mesmo tempo.
— Idiota. Sabe nem segurar a duchinha. — soltou no meio da gargalhada.
Gargalhei junto quando ele escorregou na banheira assim que o empurrei de volta para ela, a risada simplesmente saiu alta e eu não conseguia controlá-la e nem queria. Até fechei meus olhos por rir sem parar quando escorreguei e caí em cima dele, fazendo nossos peitos se chocarem.
— Me xinga mais que tá pouco ainda. — apertei sua cintura, fazendo cócegas mesmo, subindo minhas mãos por sua barriga com mais cócegas, mas reclamando por ainda estarmos sendo encharcados com a porra da duchinha. Fiz mais cócegas nele quando o filho da puta me molhou mais, quase me afogando de novo e fazendo eu tossir em cima dele mesmo. — Para, filho da puta! — falei entre tosses e risadas, deixando o ar sair junto.
— Xingo! — gritou e me apertou um pouco fazendo um arrepio percorrer meu corpo.
Comecei a minha guerra de cócegas que eu sempre vencia porque ele realmente perdia as forças quando eu começava, pegando em seus pontos fracos, apertando meus dedos ali e o fazendo se contorcer daquele jeito que me tirava boas risadas porque era muito bom ver ele tentar fugir de mim, não conseguir e ainda rindo daquele jeito que fazia meu mundo ser o paraíso completo.
— Z! Para! — soltou lufadas de ar em meio as risadas quando ele me mandava parar totalmente sem fôlego também.
era perfeito, puta merda, não existia ninguém mais perfeito do que ele.
Parei ao ver que ele estava mesmo já sem forças total e totalmente ofegante assim como eu estava porque tinha gargalhado demais. Então ele parou de se mexer, onde pude ouvir mais um pouco sua risada deliciosa que me causava até arrepios. Que bom divino! Puta merda!
O ajudei a se posicionar melhor embaixo de mim, enquanto lambia meus lábios molhados e olhava para o seu rosto agora. Estávamos os dois totalmente encharcados dentro daquela banheira que tinha ficado pequena, apertada de um jeito gostoso e perigoso. não estava em si, ele tinha bebido pra caralho, eu sabia disso, sentia isso até em seu hálito. O que me fazia sentir vontade de chupar sua língua e sentir mais ainda o gosto daquelas bebidas em seu beijo que me deixava completamente duro.
Sorri só pra ele quando senti ele jogar minha franja para trás, deixando até meu nariz passar levemente por sua bochecha. Mas vi em seus olhos, consegui ver nitidamente mesmo naquele escuro, vi as chamas no meio do seu verde. Elas estavam queimando. Ele me queria ali e agora. E eu também. Porém, ele tinha uma vantagem e eu não. Amanhã ele podia jogar a culpa da bebida e eu jogaria a culpa no que? Não tinha bebido ou usado qualquer tipo de droga.
Quando ele se impulsionou para me beijar, sai de cima dele e me deitei praticamente do seu lado, o puxando pra baixo também. Coloquei minha perna no meio das suas e o puxei pela cintura para que se colasse em mim. Passei meu braço por baixo de sua cabeça pra ele deitar ali também.
Se eu me permitisse tê-lo para mim sóbrio uma única vez, nada mais iria me impedir de ir toda noite em seu quarto implorar pelo seu corpo. Não precisei nem ler em seu rosto ao ver que tinha ficado confuso com aquilo.
— Se você não quer que eu te beije, não me toca assim. — suspirei pesado ao ouvir suas palavras e soltei um “porra” baixinho demais que até eu quase não ouvi.
— Eu toco sim, . Não consigo não te tocar. — respondi alto e claro, sendo bem franco com ele.
Respirei com dor e deixei que ele visse aquela maldita dor nos meus olhos porque doía demais não poder deixar que ele me beijasse. Mas não conseguia ficar longe, eu o queria pra mim. Forcei minha língua em meu lábio superior e meus dentes rasparam no meu inferior assim que ele puxou minha coxa. Ah porra, ! Para de me deixar excitado assim. Aquilo era muito jogo sujo mesmo.
— Então, me toca. Meu corpo é seu. — ouvi suas palavras, então sorri. Era tudo que eu precisava ouvir naquele momento. — Mas não vou conseguir controlar meu pau para ele não ficar duro. — me avisou soltando um riso. Acabei rindo, negando levemente com a cabeça e retraindo meus lábios daquela forma que dizia “vou nem falar nada”. Porque a verdade era que se eu pudesse eu daria um jeito naquilo também, o faria gozar demais.
Levei meus lábios até sua bochecha, beijando, distribuindo beijos por todo seu rosto, amassando meus lábios em sua pele, até rindo baixinho um pouco.
— Você que deixou. — sussurrei, sentindo seu cheiro de novo e quase gemendo de tão bom que era.
Prendi meu lábio entre meus dentes com uma certa força pela sensação gostosa que estava me excitando pra caralho com ele alisando minha coxa daquele jeito, querendo tirar minha roupa para ele me tocar direito.
— Eu quero fugir com você daqui. — sussurrei, enroscando ainda mais minhas pernas nas dele. — Vamos? Só nós dois indo para qualquer lugar. Sei que temos aula, sei também que nosso pai iria comer nosso cu com isso. — soltei uma risadinha ao falar isso. Então comecei a jogar seu cabelo para trás como ele tinha feito com o meu. — Vamos? Foge comigo daqui? — estava falando sério. Queria ele só pra mim por pelo menos um tempinho. Sem escola. Sem brigas. Sem drogas. Só nós dois.
— Ir para onde? — me perguntou, me fazendo pensar. — Eu vou para qualquer lugar contigo, . — sussurrou com seus olhos fechados. — Vamos. Agora. Nesse exato momento. Qualquer lugar. — sua mão apertou de leve a minha coxa.
— Qualquer lugar. Não ligo, só quero fugir com você. — foda-se o lugar mesmo, eu queria ele, só ele. — Sério? Então vamos, por favor. — respondi com empolgação e excitação porque sua resposta tinha me excitado ainda mais. Meu coração batia acelerado demais como se eu fosse ter um treco mesmo. Dancei meu olhar em seus lábios naquele sorriso lindo, tão lindo mesmo. — Seu sorriso me faz tão bem. — sussurrei baixinho, querendo tanto tanto tanto beijá-lo. Puta que pariu mesmo! Deixei meus dedos afundarem mais em suas mechas, às jogando totalmente para trás apenas para eu poder ver seu rosto melhor. Querendo lamber as gotas de água que ainda tinham ali. — Vamos! — soltei novamente, aumentando ainda mais o meu sorriso. — A cobertura seria muito clichê, nosso pai nos acharia lá. A casa do lago também, infelizmente. — rolei meus olhos com isso porque amávamos fugir pra lá.
Suspirei com força e um pouco alto com sua mão subindo da minha coxa até minha cintura de um jeito que quase me jogou com força naquele abismo. Era muito bom ver como ele se entregava ao meu toque, quando lia isso perfeitamente em seus olhos, podia até perguntar se ele estava me ouvindo, mas apenas sorri disso e continuei alisando seu cabelo. Mas fechei meus olhos ao ouvir seu suspiro em resposta do meu. Não, ! Não faz nada que vá se arrepender depois. não ajudava também com aquela mão me alisando. Tomar no cu também!
— Vamos, agora. — disse olhando mais sério para mim para eu visse que ele não estava mesmo zoando. — O seu sorriso me preenche totalmente. — contou deixando seus olhos descerem para o meu sorriso, deixando sua mão agora no meu rosto. — É tão lindo. — uniu suas sobrancelhas em uma expressão de dor.
— Vamos! Por favor, vamos! — como tinha adorado ver aquela certeza em seus olhos, ele iria mesmo pra qualquer lugar comigo e era apenas isso que eu precisava saber. Queria tanto ele só pra mim. Poder ser dele sem ter medo de nada. Sorri feito bobo quando ele aumentou mais aquele sorriso perfeito, me dando a visão perfeita das suas covinhas. Puta merda, que sorriso! — Meu sorriso é seu. — sussurrei quase não deixando minha voz sair, lambendo meu lábio superior ainda sorrindo ao ver seus olhos olharem para o meu sorriso. — Você que é lindo. Shiu! — impliquei um pouco, dando mais um beijo em sua bochecha pra ele suavizar aquela expressão, queria seu sorriso de novo, mordendo onde ficava sua covinha porque eu não me segurava não.
Sorri para quando ele se levantou com dificuldade e estendeu a mão para mim, segurei firme nela e levantei da mesma forma, segurando a risada quando dei algumas escorregadas. Parei assim que sai e ele se aproximou de mim, me dando um beijo na bochecha, o que me fez puxar o ar e prender dentro de mim.
— When we were alone I took your heart. So beautiful — tudo dentro de mim se arrepiou demais ao ouvir sua voz tão perfeita cantando aquela frase no meu ouvido. Fechei meus olhos e quase perdi minhas forças por causa daquele tom rouco e espetacular que só ele tinha.
— Ah … — gemi seu apelido baixinho, tudo completamente e perfeitamente descontrolado dentro de mim por conta daquilo.
Quase pedi pra ele fazer isso de novo, eu era maluco quando ele cantava no meu ouvido só pra mim. Fazia me sentir tão dele, era algo que parecia ser apenas nosso. Obviamente que minha pele se arrepiou com seus lábios passando por ela, ele mandava no meu corpo mesmo.
— . — gemeu de volta em meu ouvido.
— Para de me deixar excitado! — pedi sôfrego quando ele gemeu meu nome daquele jeito, ficaria difícil me controlar, mais do que já estava.
Segurei sua mão com mais firmeza quando ele a virou, então o segui, pegando meu celular também e vendo alguns lugares para alugar.
— Se liga nessa casa em New Orleans. — mostrei pra ele rapidamente, vendo ele chamar um Uber.
Era uma casa enorme, dizia que era uma pousada ali antes e ela teve seus dias de glória. Tinha o melhor bar ao lado dela que tocava o melhor jazz da cidade.
— Gosto de lá. E eu gostei dessa casa. — falou sorrindo.
Abri mais o sorriso e apertei sua cintura rapidamente por ele ter curtido a casa e a ideia, entraria em contato para alugar. soltou minha mão assim que saímos do quarto e vi as pessoas naquela festa, coloquei minha mão no bolso da calça e respirei de um jeito incômodo. Sabia que era errado demais eu ficar incomodado com aquilo, era totalmente errado querer estar com ele da forma que eu queria na frente de todos. E era errado até escondido. Mas era o que eu queria.
Ouvi a voz de Ray perguntando o que tinha acontecido e a olhei como se a alertasse do que ela iria ouvir.
— Não te interessa. — então respondeu simplesmente daquele jeito dele e isso me arrancou uma risada deliciosa. Era divertido demais como ele era grosso e nem percebia tinha hora. Nem ligava também. era único mesmo e eu o amava demais daquele jeito. — Um minuto, ! — balancei a cabeça quando ele fala o tempo do uber e fiquei animado demais, sentindo meu coração querer saltar pela boca de tanta animação.
Saímos da casa rapidamente. O carro chegou e não esperamos mais nada, então entramos. Sentei ao lado de no banco e sorri abertamente quando ele segurou minha mão ali. Entrelacei nossos dedos sem dar importância alguma pra mais nada. Encarei seu sorriso naquele instante, me aproximando e beijando sua bochecha. Até tombei de leve minha cabeça ao admirar aquele sorriso só pra mim dentro daquele carro. Era mais bonito que o céu lá fora, era mais bonito que qualquer coisa.
— Você me mata com esse sorriso. — sussurrou para mim.
Coloquei a mão em seu joelho quando ele segurou minha nuca assim que beijei sua bochecha, prendi todo meu ar assim que ele virou seu rosto e achei naqueles segundos que ele iria me beijar. Porque se fosse, eu não iria mais fugir, não ia conseguir. Sorri ainda mais por causa seu sussurro e subi minha mão até sua coxa, a apertando com força com beijo que deu em meu pescoço.
— Você não faz ideia do quanto ele é seu, . — sussurrei de volta, apertando mais um pouco sua coxa e a soltando, me afastando porque era mais seguro.
Peguei meu celular e perguntei para um dos empregados se nosso pai estava em casa e responderam que não. Assim que o uber chegou, beijei sua mão várias vezes antes de soltá-la, saindo do carro quando chegamos na mansão .
— Temos que ser rápidos. Vou pegar as chaves do meu carro e só algumas coisas. Cinco minutos é o bastante? — abri mais o sorriso vendo ele concordando com a cabeça. — Nos vemos no carro. — sussurrei no ouvido dele. Não conseguia parar de sorrir feito idiota por estarmos de mãos dadas e pela forma que tinha ficado com meus beijos em sua mão. Até soltei o ar de uma forma meio risonho com ele respondendo um “sim” ao que tinha dito. — Você fica lindo todo perdido assim. — falei enquanto me afastava, sorrindo tão abertamente e tão feliz que eu iria tê-lo só pra mim.
Então corri até meu quarto enquanto foi para o seu. Peguei qualquer mala, jogando algumas roupas apenas. Pegando as chaves do carro também, mas ouvi minha mãe ali e sabia que ela não iria simplesmente deixar a gente viajar quando amanhã tinha aula. Então acabei deixando a mala, apenas trocando aquela roupa molhada.
Sai do quarto, sorrindo pra ela no corredor, beijando sua testa.
— Vou voltar para a festa. O me molhou todo em uma brincadeira. — revirei meus olhos, rindo junto.
Desci até meu carro, entrando nele e ficando no aguardo do meu irmão. Contendo toda aquela emoção de poder fugir com ele. Então fiquei batucando meus dedos no volante do carro, esperando e estranhando a demora. Será que ele tinha desistido? Ah não, , sem paranoias essas horas!
Meu celular apitou com uma mensagem. Peguei o aparelho e vi o que disse e revirei meus olhos de raiva da nossa mãe naquele instante, ela não tinha deixado ele sair do quarto e ainda tinha o trancado lá. Ow mulher pra conhecer os filhos bem demais! Sai do carro e voltei pra casa. Minha mãe estava na escada e já me olhou daquele jeito que nem adiantava eu pedir.
— A gente não ia aprontar! A festa estava boa. Tá virando vilã daqueles desenhos chatos da Disney? Trancando o filho no quarto? — ela semicerrou os olhos ficando brava comigo.
— Não me faça trancar você também, ! Pode voltar você pra festa, mas o vai ficar aqui. — então seguiu para seu quarto e nem quis me ouvir.
Ah inferno também!
Segui para o meu quarto de novo, pegando meu narguilé e algumas ervas que eu tinha guardado. Iria chapar até dormir também. Foda-se. Segui para o terraço, me jogando em uma cadeira que tinha ali, pegando meu isqueiro e deixando o fogo queimar aquela erva dentro do bagulho. Levando o caninho até meus lábios e tragando com vontade, fechando meus olhos e soltando a fumaça pra cima em forma de círculos.
Senti meu celular vibrar no bolso da calça, o peguei e vi que era um áudio do . Não era muito curto e algo me fez ir buscar meus fones porque seria melhor do que ouvir alto. Assim que conectei o fone, apertei pra ouvir.
— Everybody knows you and I are suicide and stolen art — senti a porra da minha pele toda se arrepiar com sua voz cantando.
Então aumentei mais ao notar que ele estava… gemendo.
Ah não, ele não fez isso comigo!
— Não, ! Por que você fez isso? — suspirei, conseguindo sentir a porra do fogo dentro de mim queimar cada centímetro de mim, percorrendo meu corpo a cada gemido que ele soltava. Conseguindo ouvir o barulho de sua mão. Filho da puta estava se masturbando de um jeito tão gostoso que comecei a sentir uma dor absurda no meu próprio pau. — Caralho! — gemi praticamente junto com seu gemido mais alto, apertando a porra do meu volume que já estava bem nítido naquela calça.
— Ah, . Eu precisava tanto de você aq… — não conseguiu completar a frase, me tirando outro suspiro rouco e alto que preencheu a sacada.
— Não faz isso comigo… Não! — gemi, sentindo tanta dor ao ouvir suas palavras porque eu queria mesmo estar lá.
Queria que fosse a minha mão ali, queria tanto lamber ele inteiro. Tomar no cu de vida de merda! Se aquela porra de porta não estivesse trancada eu o faria gozar tanto. Foda-se nossa mãe também, foda-se o mundo todo. Ele não conseguindo terminar a frase só me fez soltar o ar como um suspiro, apertando ainda mais meu pau por cima da calça. Não queria bater uma, queria sentir seu prazer, queria que seus gemidos entrassem dentro de mim e me fodesse gostoso.
— , porra. Eu estou tão duro por sua causa. — contou, gemendo ainda mais naquele áudio que era o próprio inferno.
— Eu também estou duro pra caralho, filho da puta. — falei como se ele pudesse me ouvir.
Ah eu o odiava tanto naquele momento, o odiava demais. Por que eu não podia entrar naquele quarto? Isso me deixava com tanta raiva, tanta raiva. Mas me deixava explodindo de tesão. Seus gemidos entraram mais ainda em mim, fazendo eu me contrair inteiro naquela cadeira, gemendo junto. Esfreguei a porra da minha mão na minha calça para ver se aliviava, mas só piorava aquele tesão que me machucava até.
— Queria que você visse como estou. — soltou baixinho de um jeito delicioso.
— Desgraçado! Filho da puta! — xinguei alto, pouco me importava se nossa mãe iria ouvir.
Queria ver mesmo como ele estava, mais do que ver, queria sentir mesmo. O barulho delicioso dele aumentando os movimentos faziam meu pau pulsar e eu nem estava me tocando. Me virei ali na cadeira, choramingando de dor e prazer.
— Ah, , porra! — arfou um pouco alto.
— Porra, . Porra! — gemi logo depois, quase quebrando meu narguilé de tanto que eu me mexia naquela cadeira, apertando meu pau com uma força absurda.
— Quero te chupar com tanta vontade. Caralho! — revirei meus olhos ao sentir um espasmo lamber meu corpo todo com ele gemendo aquilo. Ele estava fodendo a porra da minha sanidade!
— Desgraçado! — o xinguei de novo.
Eu queria também, nossa como eu queria. Meus pensamentos me levaram a nós dois naquela barraca, ele me chupando tão gostoso. Gemi mais alto, sentindo espasmos pelo meu corpo ouvindo seus gemidos mais descontrolados. Juntei minhas sobrancelhas,tirando minha mão dali da minha calça, suspirando e perdendo toda a porra do meu fôlego com seus gemidos que aumentavam.
— Eu preciso… — gemeu alto. — de você, !
Não sabia nem como, mas eu soube que ele tinha gozado e aquilo acabou comigo porque queria que tivesse sido em mim, queria poder sentir como tinha explodido. Era tão gostoso, tão gostoso que me fez arfar, gemendo alto também, sentindo como se tivesse sido jogado pra fora daquela cadeira com força, como se tivessem entrado aqui e levado meu ar e pude sentir como tinha ficado inteiramente melado. Desci o zíper da minha calça, vendo que eu tinha gozado só de ouvir aquele babaca batendo uma. Eu nem tinha me tocado, puta que pariu!
— Escutou o jeito que você me deixa? — perguntou com a voz cortada e rouca no final naquele audio.
— Te odeio tanto. — suspirei baixinho.
— Eu te odeio, filho da puta. — acabei rindo ofegante também com o que ele fala no final e coloquei pra gravar também.
— Você é um babaca do caralho mesmo, olha o que você faz comigo. Queria que soubesse que eu gozei sem nem tocar em mim, só de ouvir seus gemidos, sua respiração. Você acaba comigo, ! — suspirei, ainda olhando minha cueca toda melada. — Tudo que eu mais queria era que você me chupasse gostoso mesmo. Queria poder entrar nesse quarto agora mesmo e ter feito você gozar só pra mim. Queria poder dizer no seu ouvido, que você podia fazer o que quisesse comigo, porque a porra do meu corpo é seu também. Meus gemidos são seus, minha respiração, meus orgasmos, minha pele, meu tesão. Você me fode sem nem me foder, . Gostoso do caralho mesmo! — então desliguei e enviei.
Peguei o narguilé de novo e fumando mais, fumando toda a erva e até perdendo os sentidos de tão chapada que tinha ficado.
Levantei dali meio cambaleando, tirando minha roupa e saindo só de cueca mesmo, descendo pra piscina. Mergulhando nela, deixando a água gelada pra porra esfriar aquele caralho de fogo.
Então deixei meu corpo boiar nela, olhando o céu estrelado. Estava tão chapado que podia jurar que as estrelas se moviam e conversavam comigo. Mas não queria falar com elas, queria meu irmão. Deixei que minha mente o trouxesse para aquela piscina comigo, onde fingi que estivéssemos sozinhos e que ele poderia ser só meu dentro daquela água.
Capítulo 9 – Paradox
Calnin
Cinco meses depois
De presente de 18 anos pedi uma viagem para meu pai. Nada extraordinário. E também seria só um final de semana porque estávamos em aula. Eu só queria ir para qualquer lugar com meu irmão sem que ninguém nos conhecesse, e que o nosso sobrenome não quisesse dizer nada. Apenas nós dois, sendo somente e . Escolhi o destino o qual sabia que ninguém nos reconheceria. Brasil. Lá teria um festival exatamente no dia do meu aniversário e iria umas bandas que eu curtia demais, então achei que seria perfeito. Ainda não tínhamos visitado o país, e como falavam que era bonito. Então achei que seria divertido, e perfeito para nós.
Cheguei no quarto do meu irmão com as duas passagens nas mãos, junto com os nossos passaportes e autorização para sairmos do país sem nossos pais. Pulei ao seu lado na cama sorrindo.
— Olha o que consegui. — sacudi as passagens na frente de seu rosto e pude ver seus olhos brilharem quando ele viu o que era, aquilo era o verdadeiro ouro para nós. Eu estava feliz da vida por podermos sair daquela maldita prisão que era ser a merda de um Calnin pelo menos por um final de semana.
— Caralho! Para o Brasil? — se arrumou melhor na cama e se aproximou mais com os olhos ainda brilhando e um leve sorriso nos lábios, ainda um pouco incrédulo.
— Sim! Para o Brasil! Vai estar rolando um festival lá no dia do meu aniversário. Acho que vai ser ótimo fazer algo diferente para várias. — falei lhe mostrando os ingressos que tinha comprado do Lollapalooza para o domingo.
— Que foda! Você já olhou as bandas que vão tocar? — segurou um dos ingressos ficando ainda mais animado. — E vai ser mesmo só nós dois? — seus olhos voltaram até os meus.
— Sim! Nesse dia vai ter The Strokes, The Weeked, MØ, Catfish and The Bottlemen, e mais uns outros. Vou pegar o line up. — já me virei na cama pegando meu celular e procurando a imagem que tinha salvado dos artistas que iam naquele dia, e mostrei para meu irmão ver. — Sim! Você e eu. — sorri para ele sentindo meus olhos pegarem os seus por um momento.
— Você é perfeito mesmo! Porra, vai ser bem melhor do que as festas, tenho certeza. — soltou bem empolgado, pegando meu celular e vendo o line up mais detalhadamente. Pude ver ele apontando para alguns em especial e soltando umas exclamações em total êxtase e ansiedade. — Só você e eu no Brasil. — sussurrou, me fazendo morder meu lábio inferior de leve com aquela ideia. Só nós dois... Abriu mais o sorriso para mim e deixando seus olhos presos nos meus por alguns segundos.
— Ah, eu sou mesmo. Perfeito, lindo, maravilhoso, e ainda o seu favorito… — fiz uma cara de metido mesmo, abrindo um sorrisão e tirando uma risada gostosa de . — Vai mesmo. Estou de saco cheio daquela gente fresca enchendo a gente de coisa e nem sabem do que realmente gostamos só para mostrar a merda do status deles. Por mim que enfiei o que tem no cu. — torci meu nariz cansado daquela gentinha que sempre nos rodeiam nas festas. — A única boa disso tudo é você. — contei mais baixo mesmo que ele soubesse disso.
— Não queria alimentar seu ego mais do que ele já é alimentado todo santo dia, a toda santa hora. Mas você não errou. — comentou, rolando seus olhos e até soltou o ar frustrado, mas acabou voltando a sorrir de forma leve. — Se elas pudessem elas iriam mesmo enfiar tudo no cu, mas não deve caber… — soltou o ar pelo nariz em um riso nasalado, fazendo uma careta também. — Por isso que esse aniversário vai ser o melhor de todos. Porque você também é a única coisa boa nisso tudo. — respondeu baixinho, deixando o sorriso ir um pouco mais para o canto dos seus lábios.
— É claro que estou certo. Quando foi que eu errei? Nunca! — eu mesmo respondi não lhe dando tempo para tal coisa, rindo mais um pouco. — Claro que cabe, tudo um bando de arrombados. — comentei rolando meus olhos e soltando o ar. — Anda, vai arrumar as suas coisas. — falei mudando de assunto claramente não querendo me aprofundar muito naquilo porque sentia que estava tão na beira que qualquer coisa além dita em sobriedade poderia me fazer pular naquele abismo. Então empurrei meu irmão da cama para pegar sua mala e começar logo.
— Ufa, que bom que você mesmo se respondeu… — teve a ousadia de ainda fazer uma careta de quem tinha se livrado daquilo. — Eles são mesmo arrombados e o maior deles infelizmente tem nosso sangue. — torceu de leve seus lábios e pude sentir um pouco de raiva no seu tom de voz, mas aquilo me arrancou uma gargalhada alta por entender exatamente de quem estava se referindo… Nosso pai. — Eu sempre esqueço como você é um doce! — reclamou por causa do empurrão, mostrando a língua para mim a qual mostrei de volta rapidinho enquanto puxava uma de suas malas já para começar a arrumar as coisas.
Fiquei deitado abraçado com seu travesseiro sentindo seu cheiro nele enquanto o olhava escolher que roupa iria levar. Seu sorriso estava me preenchendo de uma maneira que fazia meus olhos ficarem sobre seu rosto com mais intensidade, sentindo como meu coração ganhava batidas mais fortes e aceleradas. Adorava ver meu irmão feliz daquele jeito, e nunca me cansaria disso. Se pudesse faria todos os seus dias serem assim, nunca perderia minha paciência e jamais brigaria com ele, o faria rir e sorrir mais vezes.
Céus, como queria ter o poder para fazer aquilo.
Por um momento ele parou de mexer em suas coisas e me encarou, seus olhos pegaram os meus no flagra o admirando, e não me importava com isso, só fazia tudo dentro de mim ficar ainda mais acelerado. Então desejei tocar sua pele naquele momento, beijar seus lábios, e pedir mais daqueles sorrisos. Eu queria tanto abraçar forte e sentir seu cheiro, mas não podia. Não tinha uma boa desculpa para isso, não tinha bebido nada alcoólico ou consumido qualquer tipo de droga para poder culpar aquela minha vontade. Odiava ter que me esconder atrás daquilo para poder mentir para mim mesmo, e principalmente para , sobre como realmente me sentia. Droga, não deveria gostar do meu irmão, não assim. Era tão errado. Algo que nunca poderia ser real.
E aquilo me fez fechar os olhos apertando seu travesseiro contra meu corpo tentando me afastar da maldita beirada. Eu queria tanto pular. Tanto. Mas isso nunca aconteceria. nunca pularia comigo porque aquilo era insano demais até para nós dois. De todas as coisas estúpidas que vivíamos fazendo, aquela sempre seria a pior delas. Aquilo seria a única coisa que sempre me mataria. seria sempre a minha vida, mas também a minha morte. E aquilo fazia meu peito se apertar como se não houvesse ar para respirar.
— Vou arrumar as minhas coisas. — avisei rapidamente me levantando de sua cama e soltando seu travesseiro, ou o levaria para o quarto comigo.
Sorri de leve para meu irmão tentando de uma maneira totalmente falsa dizer que estava tudo bem, mas eu sabia, assim como , que eu não conseguia esconder nada dele, só que mesmo assim tentava de forma falha para lhe tranquilizar, ou pelo menos tentar. Não queria que ficasse preocupado com as coisas que estava sentindo, e nem com as minhas loucuras. Já bastava ter que lidar com as suas coisas, ele não precisava de mais um tormento em sua vida.
Então sai em passos rápidos quase como em uma corrida para chegar logo em meu quarto, entrando nele e trancando a porta, porque sabia que meu irmão viria atrás de mim por saber que tinha alguma coisa errada comigo. Não queria que me visse me desfazendo daquele jeito, porque eu detestava ver em seus olhos o quanto sentia muito por aquilo tudo também. Odiava machucar nós dois com algo que nunca seria real.
Liguei meu som e me sentei na frente da minha cama deixando minhas pernas dobradas com meus braços apoiados em cima dela, olhando para a porta enquanto ouvia a música que tentava me tomar, mas só fazia tudo ficar pior. Avistei uma sombra por baixo da soleira, e logo a maçaneta foi abaixada, mas a mesma não se abriu como ele desejava. Por favor, só me deixe sozinho. Foi o que quase saiu da minha boca enquanto meu peito se partia.
— Ei — ouvi sua voz baixa e seus toques na porta —, aconteceu alguma coisa? Foi algo que eu falei? — meu coração se apertou demais com sua pergunta e eu tentei fazer minha respiração ficar normal para poder responder.
Fui até a porta parando ao lado dela me encostando de costas na parede e fechando meus olhos tentando pensar em uma boa desculpa para lhe dar sabendo que provavelmente não acreditaria em nenhuma delas. Lambi meus lábios puxando o ar com certa força e fechando meus dedos com força, sentindo até mesmo como minhas unhas curtas se cravaram em minha palma. Era só responder, ! Só isso.
— Não. — falei no meu tom mais firme de voz. — Só me deu dor de barriga. — aquela tinha sido a mentira mais ridícula que eu já tinha dado em toda a minha vida, duvidava que fosse levar a sério.
— Eu já vi sua cara de dor de barriga e não era aquela. — respondeu em um tom divertido me fazendo fechar os olhos com força. Ele realmente não podia facilitar? — Enfim, vou estar no meu quarto se precisar de alguma coisa, qualquer coisa mesmo. Eu consigo ser mais rápido que o Barry quando o assunto é meu maninho. — disse em um tom fofo, mas aquilo só fez meu peito doer mais. Eu era só o seu irmão.
— Ok. — foi a única coisa que consegui responder quando o ar tinha sido tomado com meu coração se apertando, o nó travando em minha garganta, e eu quis gritar.
Sabia que era o único que podia fazer aquela dor dentro de mim parar, mas eu precisava sangrar para poder recuar. Era preciso, por ele, por mim, por nós quando era apenas o seu maninho. Que merda eu estava pensando?! Como ainda podia sentir aqueles desejos por ele quando aquilo era algo tão absurdo? Ainda mesmo depois de anos desde que tudo tinha acontecido. Um dia eu pararia de me afundar? Porque parecia que isso nunca aconteceria. Sentia que estava muito fodido.
Fechei meus olhos e joguei minha cabeça para trás não querendo ver se ele iria permanecer ali ou iria embora. Vaguei até minha cama e me sentei na frente dela novamente. E deixei a música que tocava me acertar.
This light is a paradox
(Essa luz é um paradoxo)
You're the only one who saw the real me, yeah
(Você é o único que viu o verdadeiro eu, sim)
This love is a paradox
(Esse amor é um paradoxo)
You're the only thing that almost killed me
(Você é a única coisa que quase me matou)
Yeah, you kiss me when
(Sim, você me beija quando estou triste)
I'm down and you suck the poison out
(E você chupa o veneno)
Then you make me sick again
(Então você me deixa doente de novo)
'Cause you've got the medicine
(Porque você tem o remédio)
Ele sempre seria meu remédio. Sempre. E eu queria que me beijasse agora e levasse todo aquele veneno embora. Então ardeu como se aquilo estivesse em minhas veias, me arranhando por dentro, querendo sair. Minhas mãos se fecharam com força, e eu quis gritar bem alto. Quis também abrir a porta e o puxar para dentro. Quis que visse o quanto o desejava. Quis que nada importasse a não ser nós dois.
E fiquei ali a noite toda. Não sai daquele chão mesmo quando a governanta me avisou que o jantar estava pronto. Eu não desci, porque meus olhos ainda transbordavam aquele sentimento intenso que me tomava totalmente. viria, e aposto que meus pais também. Estava começando a ficar cada vez mais difícil de esconder, e isso tornava tudo ainda mais perigoso. Deveria me afastar, mas nunca conseguiria ficar longe de meu irmão.
Não sei quando apaguei, mas acordei aleatoriamente de madrugada sentindo meu estômago doer de fome. Desci sem fazer barulho, mas encontrei minha mãe na cozinha fazendo um chá. Ela me olhou com seus belos olhos , então sorriu de forma preocupada.
— Você anda abatido, querido. — comentou enquanto eu me sentava ao balcão e abaixava minha cabeça, cruzando meus braços embaixo dela. — Não quis comer hoje, e se alimentou pouco no almoço. — sua mão delicada passou em meu cabelo, fazendo um carinho bom mesmo que eu não gostasse que me tocassem daquele jeito, a não ser que fosse . E aí estava o problema, eu era louco por muitas coisas que ele fazia. — Quer me falar o que está acontecendo? — meus olhos se fecharam querendo desaparecer exatamente naquele momento..
— Se eu pudesse, contaria. — sussurrei sentindo meu peito se esmagar contra meu coração que batia acelerado. — Você já amou alguém de forma errada? — meus olhos se abriram vendo um sorriso gentil se formar em seu rosto.
— Seja quem for, não se machuque achando que não deve amar, apenas ame. O sentimento não vai ficar menor só porque você está lutando contra ele. — seus dedos acariciaram meu rosto. — O amor é para ser sentido, .
— Ele me assusta às vezes, outras me machucam, mas é bom, me acalma, me faz sentir bem como se a minha parte que estivesse faltando fosse colocada de volta no lugar. Ele me completa. — meus olhos se fecharam com força por terem começado a queimar. — Mas sei que é melhor que eu seja incompleto… do que morrer de vez por causa disso. — Doeu falar aquilo, doeu muito, doeu tanto que meus olhos não aguentaram segurar as lágrimas.
— Ela tem sorte. — comentou e isso me fez retrair os lábios. — Porque te ter completo é algo maravilhoso. Você é uma pessoa muito especial, espero que ela te de valor e que te mereça.
— Ela me dá valor, só que merece alguém melhor. — as lágrimas escorriam pelo meu rosto o cortando lentamente. — E mesmo assim, eu não posso amá-la dessa forma.
— E por que não? — seus dedos apanhavam minhas lágrimas.
— Porque nós nunca vamos poder ficar juntos. Não nesse mundo. Nessa realidade. É impossível. — tudo dentro de mim se torceu com muita força me fazendo soltar um soluço e chorar ainda mais por estar contando aquilo.
— Não fale assim. Não sabemos o que o destino nos reserva. Ele pode mudar a realidade em um piscar de olhos e tornar tudo possível. — ela afagou meu cabelo, então a olhei vendo um sorriso pequeno em seus lábios. Então minha mão se abaixou para ficar da mesma altura de meus olhos. — Não desista de algo tão bonito, meu amor. Mesmo que pareça impossível. Lute pela sua felicidade, porque o mundo não vai lutar. — apenas a puxei para um abraço.
Me desfiz nos braços de minha mãe. Chorei até minha cabeça doer, até não ter mais lágrimas dentro de mim. Perdi a fome e voltei para o quarto. Ela deitou lá comigo, e fui ficando sonolento, enquanto a ouvia cantar para que me acalmasse.
— I've got a distant memory of previous lives so don't say I'm not ready — cantou baixinho, e a letra me fez ficar arrepiado. — Don't tell me I'm not ready. Don't tell me I'm not ready for love. For love
Minha respiração finalmente tinha ficado normal, meu rosto tinha secado. Não era a voz de , mas me acalmou e me fez dormir mais tranquilo agora. Eu não sabia se estava pronto para nada daquilo, mas também não queria pensar mais sobre isso, não agora.
— Oi, mãe. Eu estava sentado no corredor esperando você sair para perguntar como ele estava, mas você não saiu. — despertei ouvindo meu irmão sussurrar com nossa mãe que se mexeu de leve. — Não vou conseguir dormir sem saber como ele está. — e mesmo que eu tentasse a todo custo continuar fingindo que estava dormindo, meus ombros se encolheram de leve por saber que não estava conseguindo dormir por minha causa. Não queria que tivesse visto o meu estado.
— Shiu. Está tudo bem, eu vou ficar aqui com ele. — sua voz doce saiu ainda mais baixa na tentativa de não me acordar.
— Posso deitar com vocês? — pediu bem baixinho com algumas sílabas até cortadas.
Não ouvi a resposta da nossa mãe, apenas senti ela se mexer sutilmente e erguer um pouco a coberta, então soube que ela tinha permitido que se deitasse ali com a gente. Então o colchão atrás de mim se afundou, e logo o corpo quente de meu irmão estava perto do meu, me fazendo soltar o ar lentamente por ele estar ali. E como eu sempre sabia, tudo dentro de mim finalmente se acalmou como deveria. Ele a todo momento seria a minha calma. Não entendia ainda como podia fazer isso, mas sempre conseguia. Sempre. Definitivamente ele era a cura para tudo o que eu sentia.
Quando acordei a primeira coisa que vi próxima a minha cama foi minha mala arrumada. Uni as sobrancelhas e me virei esfregando meus olhos com as costas de meus dedos vendo que estava sozinho na cama, então me sentei vendo que minha mãe me olhava de pé na ponta de minha cama com uma bandeja nas mãos de café da manhã.
— Como eu não irei te ver no seu aniversário, pensei que poderíamos ter um café da manhã juntos antes de você viajar. — disse e se sentou na ponta da cama.
— Acho perfeito. — respondi, sentindo que meu humor estava melhor do que no dia anterior.
Mas meu olhar vagou para meu irmão que entrou no quarto o disco do Ben E. King na mão, indo até a minha vitrola, e o colocando lá, já posicionando a agulha exatamente na faixa que era a sua favorita. Nossa mãe já o olhou com um sorriso enorme, e foi impossível não sorrir também ouvindo as primeiras notas de Stand by Me.
Ele se virou para ela logo em seguida e estendeu sua mão, tirando uma risada da mesma que segurou sua mão no mesmo segundo e a girou por baixo de seu braço, depois a puxou para perto de uma forma carinhosa. Meu sorriso só ganhou ainda mais vida. Eu amava demais quando eles dançavam, especialmente quando era aquela música. Era como se fôssemos finalmente uma família feliz. Seus olhos vieram até mim e seu sorriso ficou maior enquanto deixava seus tons nos meus e pude ver ele mover seus lábios de acordo com a letra, mas não deixou sua voz sair. Mas de alguma forma eu imaginei perfeitamente seu tom de voz cantar o trecho “No I won’t be afraid. Just as long as you stand, stand by me”. Vi ele lamber rapidamente seus lábios naquele sorriso largo também e se afastar um pouco nossa mãe para girá-la mais uma vez, a pegando de surpresa quando rodopiou com ela pelo meu quarto e a fez gargalhar de uma forma que era meio difícil de ouvir.
— Se você me fizer cair eu puxo sua orelha, Calnin. — ela ameaçou quando ele rodopiou com ela de novo e tentou a levantar pela cintura, mas acabou rindo e perdendo a força. Recebendo uns belos tapas no ombro no mesmo instante.
— É mãe do mesmo. Credo! — esfregou sua mão onde ela tinha batido.
— Ih, vai deixar falar de você assim? — perguntei rindo um pouco daquela cena que estava sendo perfeita demais. Eu amava demais aqueles dois.
— Não entendi o que você quis dizer com isso não, . Você entendeu, ? — se fez perfeitamente de sonsa com um humor maravilhoso no tom de voz.
— Mas é mãe do também! — soltei rindo ainda mais alto agora.
— Agora eu que não entendi o que o senhor quis dizer. — virou para mim, fazendo sua expressão de sonso que era bem clássica tanto para mim quanto para minha mãe.
— Imagina que não. — lhe dei língua sorrindo sentindo como minhas covinhas estavam afundando cada vez mais em minha bochecha.
— Mãe, será que eu vou apanhar muito mesmo se eu morder ele agora? — voltou seus olhos para nossa mãe e então a soltou, começando a se aproximar da minha cama.
— Ele vai te socar, . — foi super sincera e eu concordei com a cabeça erguendo as sobrancelhas para mim irmão, deixando claro que iria apanhar se me enfiasse o dente. — Não provoque seu irmão. — pediu a .
— Não provoque seu irmão, ouça a nossa sábia mãe. — apontei para ela dando um sorrisinho.
— Vai ser bem rapidinho. — continuou, fazendo um biquinho e então se ajoelhou na minha cama.
— Nem que seja uma mordida do Barry! — já encolhi minhas pernas e empurrei meu corpo para trás me afastando de . — Não me morde, peste. — joguei o travesseiro em sua cara e ele o segurou, empurrando para o lado..
— Cuidado com a bandeja, meninos! — nossa mãe avisou já correndo até ela antes que virássemos tudo em cima da cama, a tirando da cama e colocando sobre a mesa.
se deitou em cima de mim, começando a apertar minha cintura para me fazer rir e então senti ele morder meu braço e me olhar com aquela expressão de que estava mesmo aprontando, e soltei um grito por aquilo empurrando sua cabeça para parar de me morder. Então ele apertou mais um pouco minha barriga e desceu um pouco seu rosto.
— Só porque não me deixou morder sua bochecha, sua barriga agora será bombardeada. — avisou, começando a me apertar bem na barriga mesmo e a puxar minha camisa para cima tentando morder minha barriga.
— Não, ! — berrei rindo me contorcendo na cama tentando me livrar dele, o empurrando, mas eu estava sem muita força para isso. — Mãe, me salva! — pedi já sem fôlego.
— Se ela vier interferir, ela será a próxima! — ele avisou, rindo também e sentando nas minhas pernas para me prender mais ali. Dando uns tapas nas minhas mãos, voltando a apertar minha cintura, barriga e quadril com mais afinco naquelas cócegas que ele sempre conseguia fazer muito bem, pegar nas partes certas que me tiravam muitas gargalhadas.
— Eu não vou me meter nisso. — nossa mãe avisou rindo da gente também. — Tanto que o não te soca, por mim está ótimo.
— Para, Calnin! — gritei, conseguindo me virar na cama, ficando de costas para ele e tentando me esconder para que não acertasse os pontos que em que eu era mais sensível. Mas sentia ele apertar minhas costelas com as pontas dos seus dedos, e eu já me arrependi com isso quando elas eram mais sensíveis ainda do que o resto do meu corpo.
— Virando de costas você não vai se livrar de mim não. — ameaçou quase que cantarolando vitória e levantou mais minha camisa, agora pegando minha pele mesmo. Sua mão conseguiu apertar de leve quase embaixo do meu sovaco e quando prendi meu braço na lateral do meu tronco, gargalhou e voltou a fazer cócegas por toda minhas costas até que eu voltasse a me virar de frente para ele. O mesmo foi rápido ao se abaixar de novo e morder minha barriga, soprando ali em seguida tirando um barulho cômico e rindo mais ainda por ouvir as gargalhadas altas de nossa mãe assistindo aquela cena.
— Chega, por favor! — minha voz saiu totalmente sem ar, falhada, e as palavras quase não davam para serem ouvidas de tanto que eu ria. As lágrimas por causa das minhas risadas escorriam pelos cantos dos meus olhos, realmente não estava mais aguentando, precisava respirar. Então antes de parar, ele conseguiu beijar minha bochecha rapidamente e se levantou ofegante também por tanto rir, mas aquilo me esquentou de uma forma que não deveria.
Virei de lado agarrando meu travesseiro e enfiando meu rosto dele, respirando fundo de várias formas diferentes. Eu precisava desesperadamente dar um jeito daquilo! Estava ficando impossível quase me manter no controle quando estava perto, ainda quando decidia me beijar daquele jeito. Sabia que não era por mal, que estava sendo só carinhoso comigo como um irmão mais novo fazia com o mais velho, mas aquilo me afetava, muito.
— Vamos comer, meninos. — minha mãe disse depois de um tempo.
Então respirei fundo mais uma vez, e soltei meu travesseiro, me virando e sentando em minha cama tentando não olhar muito para meu irmão, mas sempre que o fazia, pegava seus olhos em mim naquele tom que eu sabia que ele estava me lendo, pegando todas as minhas reações e demonstrando preocupação da forma sutil que ele tinha. Nós dois não falamos nada, apenas nossa mãe tagarelava sobre como o Brasil era bonito, como que ela gostava de lá, e se pudesse iria com a gente nessa viagem, mas infelizmente não podia por terem um jantar de negócios naquele final de semana, e nosso pai jamais iria sem ela. Adorava ficar desfilando com nossa mãe como se fosse seu troféu mais valioso, uma esposa linda e jovem, enquanto ele era um velho escroto que ainda tinha a cara de pau de traí-la, mas era melhor assim. Pelo menos ele não precisava colocar aquelas mãos nojentas nela.
Como mesmo que eu não estivesse com muita fome, mas me obriguei a isso. Quando acabamos, nossa mãe levou a bandeja. Deixando eu e meu irmão sozinhos ali. Ainda não o olhei, apenas levantei da minha cama em silêncio e fui me arrumar, porque o nosso voo seria daqui há três horas.
— , — ouvi ele me chamar com o tom sério e firme, apenas o olhei por cima de meu ombro enquanto mexia em minha mala agora, a abrindo para ver o que tinha lá dentro. — Conta pra mim o que está acontecendo. Porque eu sei que está acontecendo alguma coisa. — pude ver ele suspirar pesado também, deixando seus olhos bem presos em mim.
— Nada que você tenha que se preocupar. — sorrir de leve para ele, me sentando no chão fingindo que estava muito preocupado com a minha mala, mexendo nas roupas ali.
— É isso então. — murmurou, se levantando e saindo do quarto sem dizer mais nada.
Suspirei pesado, abaixando a cabeça e fechando meus olhos segurando minhas roupas com força. Só se controla, ! Mordi meu lábio inferior, e decidi que não ficaria surtando agora antes de sair para a viagem. Coloquei mais algumas coisas dentro da mala.
Fui até o banheiro e encarei meu rosto no espelho, e eu estava com uma olheira péssima, então enfiei um óculos escuros a cara, e segui o baile fingindo que nada tinha acontecido, como se aquilo fosse enganar meu irmão.
Quando desci, nossa mãe estava abraçada com na porta de casa, e certamente nossas coisas já estavam no carro. Ele me olhou e seu sorriso morreu um pouco, e seus braços ao redor dela se afrouxaram. Me aproximei e abracei os dois, apoiando minha cabeça no ombro dela. Suspirei de forma pesada antes de soltá-los, mas beijamos sua bochecha, um de cada lado.
— Cuidem um do outro. — nossa mãe disse colocando suas mãos no rosto de cada um. — E não briguem. — me lançou um olhar bravo e depois outro para o . — Não provoque seu irmão.
— Não irei. — respondeu sério, e o olhei na mesma hora. — Não estou debochando. Juro. — ergueu as mãos como se estivesse se rendendo, então deu de ombros.
— Anda, vamos logo. — o empurrei pelo ombro para ir andando.
— Tão delicado. — rebateu e podemos ouvir a risada da nossa mãe.
— Não provoca. — resmunguei ouvindo meu irmão dando uma risada.
Entramos no carro e Carlitos nos levou para o aeroporto. Não falei nada no caminho, não queria conversar muito e às vezes sentia o olhar de em mim. Então só pedi mentalmente que não perguntasse nada de novo, e parecia que tinha ouvido meus pensamentos, já que não disse uma palavra sequer. Nós éramos assim, sentíamos as coisas no ar e às vezes nem precisávamos olhar no olho do outro para isso. A viagem para o Brasil foi do mesmo jeito, mas no caso, passei a maior parte dela dormindo, o que nos poupou um pouco.
Quando chegamos no apart hotel, eu apenas tirei minha camisa e me joguei na minha cama de casal que era enorme. Já pegando o controle do ar e o ligando para refrescar um pouco. Não tinha ideia de que aqui era tão abafado assim. fez o que ele sempre costumava fazer, olhou o quarto do hotel inteiro, até os armários e todo o resto, parecia um ritual dele e isso me tirou uma risada que atraiu sua atenção até mim.
— Isso é coisa de gente doida. Você sabe, né? — perguntei ainda rindo da maluquice dele.
— Vai me falar que só agora que você percebeu que seu irmão mais novo não é normal? — perguntou de forma séria, mas depois deu um sorriso leve no canto dos lábios.
— Não. Sempre soube que você caiu do berço e bateu com a cabeça. — rebati rindo um pouco mais. — Porém acho que meus socos ajudaram também. — lambi meus lábios agora segurando o riso que queria sair.
— Não duvido nada que foi você mesmo que deve ter me empurrado quando bebê. Já era um doce até criança. — estreitou de leve seus olhos na minha direção.
— Se você me irritou com toda certeza eu te empurrei com o berço e tudo. — contei não conseguindo segurar a gargalhada que saiu.
— Agora tudo faz sentido! — abriu a boca em uma expressão que parecia que tinha descoberto o Brasil mesmo e soltou um riso nasalado. Eu adorava vê-lo rindo, e isso me fez ficar olhando para ele por um tempo.
— Claro que faz. — disse mais baixo agora, sem querer deixando um pequeno suspiro sair. Seus olhos ficaram um pouco em mim e vi pela forma como seu peito se moveu que ele tinha respirado forte.
— Vou tomar banho. — avisou mais sério, indo até sua mala para pegar as coisas.
— Não demora. — disse ainda o olhando por alguns segundos antes de me virar e abraçar o travesseiros.
— Ah, não enche! — resmungou.
— Hm, está nervosinho? — perguntei para provocar.
— Acho que estou sim. Que tal uns beijinhos para me acalmar? — me provocou de volta.
Não respondi, apenas virei meu rosto e afundei ele no travesseiro. Então apenas ouvi a porta do banheiro ser fechada. Passou por minha cabeça entrar no banheiro e tomar banho com ele, mas apenas fiquei deitado esperando aquele devaneio sem sentido passar. Então berrei contra o tecido macio na esperança que ele fosse abafar o som.
— ? — ouvi a voz do meu irmão.
— O quê? — perguntei erguendo a cabeça.
— Está surtando por quê? — e apareceu pelado na porta do banheiro. Fiquei olhando para ele por longos segundos. Ele estava me provocando! Vai se foder!
— Vai tomar banho, infeliz! — mandei levantando da cama na mesma hora e indo pegar meu cigarro. — Anda logo porque eu quero tomar também.
— Desculpa, eu não pergunto mais nada então. — fechou a porta do banheiro de novo.
Revirei meus olhos e peguei o cigarro no meio das minhas coisas, e fui para a varanda. Me sentei à uma mesa que tinha ali e fiquei fumando um cigarro atrás do outro enquanto minha perna balançava de nervoso, querendo entrar naquela porra de banheiro e agarrar aquele desgraçado, entrando embaixo do chuveiro, sentindo seu corpo molhado no meu.... Puta que pariu. Aqueles pensamentos estavam começando a me deixar duro. Caralho! . Pra que ele foi aparecer pelado na porta do banheiro? Só para me fazer querer ele mais ainda? Ah, só podia ser. Acendi o quarto cigarro o tragando com vontade olhando a selva de pedra na minha frente. Porra! ! Porra! Puxei a fumaça ainda com mais força para dentro.
— Pode ir tomar seu banho, irritadinho. — a voz do meu irmão me fez levar um pequeno susto.
Não o olhei, porque era capaz de estar pelado de novo. Terminei de fumar e entrei não vendo por ali. Certamente deveria estar pedindo algo para comermos. Tomei um banho demorado, e quando saí meu irmão estava deitado na cama dormindo apenas enrolado com uma toalha em sua cintura. Meus dedos coçaram querendo tocar na pele expostas de suas costas, meus lábios queriam tocá-lo, marcá-lo, sentir seu calor. Chega!
Ouvi alguém bater na porta, e tive que vestir uma bermuda para atender. Era mesmo do serviço de quarto trazendo a comida. Pedi para deixar as coisas no balcão, e segui até o quarto. Chamei , mas ele não acordou, deveria estar muito cansado. Não resisti e me abaixei dando um beijo em seu ombro e sentindo ele se mexer um pouco dando indícios que estava quase despertando. Deixei minha mão alisar suas costas ainda tentando acordá-lo e vi sua pele ficando arrepiada.
— Acorda. — sussurrei ainda muito perto dele, mas não se mexeu, apenas respirou fundo. — A comida chegou. — avisei porque sabia que tinha acordado.
— Não quero nada. — falou baixo e virou seu rosto no travesseiro.
Então me afastei e fui para a cozinha. Esperei um pouco, mas meu irmão realmente não veio. Então comi um pouco, escovei meus dentes e deitei na minha cama tentando dormir. Mas passei a maior parte do tempo me remexendo sem sono. Merda. Meus pensamentos me levavam até o tempo inteiro, às vezes fazendo meu corpo queimar, outras apenas me acalmando.
Acabei cochilando uma hora, até ouvir o celular do meu irmão despertar. Abri meus olhos rapidamente batendo a mão no iPhone sobre a mesa de cabeceira que tinha entre nossas camas fazendo ele parar de berrar. Odiava demais o toque de despertadores.
— Levanta. — falei com um pouco do meu humor péssimo por estar morrendo de sono.
Fui para o banheiro tomar um banho. Fiquei lá dentro maior tempão tentando apenas me acalmar. E quando achei que conseguia sair dali sem surtar, terminei meu banho, me enrolei na toalha e saí. Mas parei na porta vendo sentado na cama dele com o seu violão no colo. Uni as sobrancelhas por ter ficado distraído ao ponto de não ter percebido que o havia trazido. Meu irmão me encarava sério, e logo seus olhos voltaram para o violão.
— I figured it out I figured out from black and white seconds and hours — começou a cantar com aquela voz que eu tanto era louco, roubando meu fôlego, fazendo tudo dentro de mim parar. — Maybe they had to take some time
Meu coração começou a ficar tão acelerado que não achei que eu conseguiria ficar de pé muito tempo. Segurei a maçaneta da porta não conseguindo desviar o olhar de nem por um segundo.
— I know how it goes I know how it goes from wrong and right — e naquele momento eu quase arranquei o violão de sua mão e o beijei. — Silence and sound — seus olhos se encontraram com os meus, e tudo dentro de mim começou a queimar. — Did they ever hold each other tight, like us? Did they ever fight, like us? — eu não estava mesmo acreditando que estava cantando para mim, ainda mais tocando. Aquilo era tão raro, mas tão raro, que eu não conseguia reagir. Só conseguia sentir como ele acertava cada parte dentro de mim com muita força. — You and I we don't want to be like them. We can make it 'till the end — meus olhos se fecharam, eles queimaram. — Nothing can come between You and I — sussurrei aquela parte junto com meu irmão com o ar entrando cortado em meu peito. — Not even the gods above can separate the two of us — mordi meus lábios tentando conter as coisas, mas tudo já estava uma tremenda bagunça dentro de mim. — No, nothing can come between you and I
Eu só abri meus olhos e fui em sua direção tirando o violão de sua mão quando subi na cama, e me sentei em cima dele, o abraçando com muita força, deixando as lágrimas descerem do jeito que elas queriam. Amava tanto , tanto. Ele não fazia ideia do quanto! Minhas mãos apertavam com força suas costas e meus lábios foram de encontro a pele de seu ombro, beijando, subindo até seu pescoço onde escutei ele soltar um tipo de suspiro fraco, e parando em sua bochecha, deixando meu nariz passar pela lateral do seu, agarrando tudo dentro de mim para não beijá-lo. Sentia seus braços em volta da minha cintura, me apertando contra ele também.
— Feliz aniversário. — sussurrou com uma voz baixa e rouca que mexeu ainda mais comigo.
Me afastei e olhei seus olhos o agradecendo por aquilo. Por ser tão perfeito. Suas mãos subiram até meu rosto o secando, mas as segurei, levando até meus lábios e as beijando, vendo ele abrir um sorriso leve. Aquilo tinha sido melhor do que qualquer coisa cara que poderia ter comprado. Eu tinha amado. Muito mesmo. Eu nunca esqueceria aquilo.
Apenas sorri deixando mais lágrimas descerem. Estava feliz por ter meu irmão. Ele era o meu melhor presente.
— Obrigado. — falei sorrindo enquanto ainda tentava me fazer parar de chorar.
— Não precisa agradecer. — disse abrindo um pouco mais o sorriso.
— Eu adoro quando sorri. — passei meu polegar pelo seu rosto. — A gente precisa se arrumar.
— Daqui a pouco. — rebateu, e voltou a me abraçar. — Eu só quero ficar bem com você hoje, . Por favor, vamos tentar não brigar, é pra essa viagem ser perfeita, lembra?
— Desculpa. Eu vou me esforçar para ela ficar perfeita. — disse dando um beijo em seu ombro e deitando a minha cabeça ali, deixando minhas mãos fazendo um carinho em suas costas, sentindo ele esconder seu rosto na curva do meu pescoço.
— Desculpa se eu fiz ou falei alguma coisa, não foi minha intenção mesmo. — pediu baixinho e me apertou um pouco mais contra si. — Você se arrependeu da viagem, não foi? — então levantou seu rosto e me olhou, e eu o encarei na mesma hora.
— Está tudo bem. — sussurrei suspirando fraco. — Não! Claro que não. Não pensa isso, por favor. — pedi rapidamente.
— É que a gente mal conversou durante ela inteira até agora. Achei que você não queria mais ter vindo ou pelo menos não comigo. — respirou fundo e pude sentir ele ir soltando minha cintura aos poucos. Neguei com a cabeça fazendo meus cachos caírem um pouco em meu rosto.
— Não faz isso. Não me solta. — pedi sentindo o ar saindo um pouco preso. — A única pessoa que eu queria aqui comigo é você, . Só você e mais ninguém.
Ele voltou a abraçar minha cintura e suas mãos subiram pelas minhas costas também me tirando um arrepio intenso, então tive que segurar para não suspirar. aproximou seu rosto do meu e encostou sua testa na minha, fechando seus olhos em seguida, e acabei fazendo o mesmo.
— Então para de me afastar e deixa eu te fazer sorrir, Calnin. — praticamente me implorou aquilo e eu senti pelo seu tom de voz que saiu meio desesperado e sôfrego.
— Eu deixo, . Eu deixo. Eu deixo. — falei beijando sua bochecha repetidas vezes em um leve desespero. Era tudo o que eu queria. Ele me fazendo rir.
— Perfeito. — sussurrou, beijando a minha bochecha também. — Você é perfeito. — mordeu de leve minha bochecha, rindo baixinho por causa disso e me apertou bem forte em seus braços.
— Sou. — seu riso acabou puxando o meu. E era incrível como sempre conseguia deixar tudo bem.
Fiquei sentado em cima do meu irmão abraçado nele por longos minutos que podiam ter sido eternos para mim. Mas logo bateram na porta do quarto, e deixei que ele fosse atender enquanto me vestia. Assim que cheguei na copa tinha um puta café da manhã. Aquilo me fez sorrir ainda mais, e consegui finalmente comer direito. Comemos até não ter mais tempo, e tivemos que sair correndo para terminarmos de nos arrumar.
Calcei um vans preto, e eu já tinha colocado minha calça preta com os joelhos rasgados, vesti uma regata preta com as laterais bem abertas, e amarrei um blusão xadrez preto e branco na cintura. Deixei meu cabelo solto, coloquei meu chapéu, e por fim, meus óculos escuro. Até que olhei para meu irmão quando estava finalmente pronto também.
estava gato pra caralho com aquele óculos escuro, e com aquela camisa preta da MTV meio detonada e larga com as mangas bem curtas, com uma calça toda rasgada, e com um par de coturno preto fosco. Em sua cintura tinha um blusão amarrado também. Seu cabelo jogado para o lado já que as laterais estavam raspadas. Puta que pariu! Ele estava sexy pra porra! E isso só fez a minha vontade de tê-lo ficar ainda maior. Ele não ajudava mesmo sendo lindo daquele jeito.
— Porra, mas se me der mole eu pego fácil. — comentei com um sorriso de lado.
— Mas eu estou te dando mole. — colocou pilha me olhando de um jeito safado.
— Claro que está. — rebati rindo um pouco. — Vamos. — acenei com a cabeça ouvindo sua risada.
Saímos do apartamento e de repente olhei para meu irmão tendo uma ideia quando estávamos dentro do elevador. Porra, a gente podia ser quem quisermos. Então simplesmente segurei sua mão, e olhando para ver qual seria a sua reação por conta daquilo. Ele olhou para nossas mãos no mesmo instante e depois para mim com um sorriso nos lábios, mas um leve questionamento nos olhos, mas não soltou minha mão. Ótimo. Aquilo só me fez sorrir de leve.
Logo chegamos no térreo, e ainda assim não soltei sua mão.
— Já volto. Vou ver uma coisa. — disse dando um beijo em sua bochecha e corri até o balcão da recepção.
Pedi informações para a recepcionista de como chegava no Lollapalooza de metrô. Ela me explicou, e eu fui anotando no celular rapidamente. Agradecendo por fim.
Voltei até pegando o celular de sua mão e cancelando o uber.
— Vamos de metrô. — falei rindo e tirando uma reação espontânea dele que foi bem engraçada.
— Você pirou de vez. A gente nem sabe andar de metrô. — disse rindo fraco.
— Vamos aprender. — soltei, e peguei sua mão, o puxando comigo ouvindo ele rir mais um pouco ao me seguir.
Saímos andando pela rua enquanto eu olhava o Maps no meu iPhone para onde deveríamos ir, e logo conseguimos achar a estação. Estava lotado, e aquilo me fez rir demais. Por um dia estávamos sendo normais, e não achei que isso poderia ser possível.
Comprei duas passagens e descemos para a área dos vagões. Tinha uma galera vestida como se fosse para o festival, então era fácil, bastava seguir.
Entramos no vagão lotado, e me encostei na porta rindo. me encarou e acabou rindo também por causa do nosso aperto.
Até que alguém começou a puxar a letra de The Middle dentro do trem, e isso me arrancou mais uma risada e um sorriso largo do meu irmão. Comecei a mexer meu corpo com a galera cantando e voltou a me olhar, deixando seu sorriso ficar ainda mais largo.
— So pull me closer — cantei junto com a galera puxando a cintura de meu irmão para perto, quase fazendo nossos corpos se colarem olhando para ele. — Why don't you pull me close? — soltei, o sentindo me pegar também, e realmente me levar para perto daquele jeito bruto que eu adorava. — Why don't you come on over? — passei a língua pelos meus lábios querendo beijá-lo de novo. Aquele desejo iria acabar comigo até o final do dia. — I can't just let you go — neguei com a cabeça fazendo uma cara de dor fazendo a minha performance.
— Oh baby, why don't you just meet me in the middle? — cantamos juntos bem alto me arrancando uma boa risada enquanto minhas mãos dançavam pela lateral de seu corpo, o agarrando e sentindo ele segurar minha cintura com força, me deixando preso contra ele. — I'm losing my mind just a little — e nessa parte cheguei bem perto dele quase juntando nossos lábios, observando ele lamber seus lábios rapidamente. Eu amava o fato de poder estar fazendo aquilo no meio de pessoas que não tinha ideia de quem éramos. — So why don't you just meet me in the middle? In the middle! — berramos juntos um para o outro e joguei minha cabeça para trás rindo.
Poderíamos mesmo fazendo um acordo e acabar com tudo aquilo, poderíamos ficar juntos e foda-se o mundo! Foda-se! Foda-se nosso sobrenome! Foda-se nossa família! Foda-se tudo! Só nós dois. Era tudo o que eu queria.
Mordi meu lábio olhando para meu irmão, e agradeci por estarmos de óculos escuros. Porque sabia que estava me desejando da mesma forma que eu, porque suas mãos estavam presas por baixo da minha camisa, tocando minha pele com pressão, assim como sua respiração que estava pesada querendo se embolar com a minha. Cheguei perto dele e beijei o canto de sua boca, porque era o mais perto que podíamos chegar. Suas mãos me apertaram com mais força e ele suspirou, e sinceramente eu não queria saber se aquilo era uma advertência onde dizia que eu não deveria fazer aquilo em público ou se estava apenas tentando se segurar também.
Por fim, apenas sorri para ele, e o puxei para que me abraçasse enquanto eu segurava o nosso peso para não caíssemos quando o vagão parasse nas estações. Fiquei sentindo seu corpo junto ao meu, e isso era bom demais. Poderíamos ficar assim o dia todo que eu acharia perfeito.
Demorou um pouco para chegar no evento, mas quando chegamos foi ótimo. Seguimos de mãos dadas até uma tenda para comprar bebida. Começamos com cerveja porque estava calor, e fomos assistir um show do Jimmy Eat World que já estava começando. Ficamos sentados na grama bebendo e curtindo a música. As pessoas passavam e nos olhavam, até mesmo algumas vinham pedindo para ficar com a gente, e eu dispensava uma atrás da outra. Não estava afim de ficar com ninguém, estava afim de curtir o festival com meu irmão, e também sua boca era a única que eu queria beijar.
— Porra, ! — soltou do nada me fazendo olhar para ele. — Sério que você dispensou aquela garota? — dei de ombros.
— Não estou afim de ficar com ninguém. Quero curtir o dia contigo, cada segundo. — falei dando um sorriso e meu irmão ficou me encarando por alguns segundos. — Para de me olhar assim. — o empurrei e ele caiu de lado.
— Bruto pra caralho! — reclamou voltando a se sentar direito. Bebi mais da minha cerveja que chegou no final logo em seguida.
— Vou comprar mais cerveja. — avisei já levantando. — Já volto, não vai daqui.
Comprei dois copos de cerveja para nós. A fila estava um pouco grande, então isso me levou alguns minutos. Quando voltei tinha uma garota sentada em cima do e eles estavam se engolindo. Aquilo me fez morder a boca por dentro. Eu não podia sair um segundo de perto dele, que era isso! A raiva me subiu e quis virar as costas e deixar ele ali, mas me aproximei e sem querer querendo pra caralho deixei um pouco de cerveja cair em cima do cabelo da garota, que me olhou na mesma hora puta da vida. Ops...
— Some. — mandei e ela continuou ali sem entender nada enquanto me sentava ao lado do meu irmão. — Como fala na sua língua mesmo? Ah sim, vaza. — pareceu que entendeu, e se levantou logo dali.
— Que porra foi essa, ? — perguntou parecendo um pouco irritado e completamente confuso enquanto me encarava.
— Nada. — rebati levemente puto ainda. — Toma, bebe. — entreguei a cerveja dele, a mesma que tinha deixado cair um pouco na menina.
— Nada? — pegou o copo e ficou me encarando ainda com o semblante confuso, só que mais sério. Mordi minha bochecha por dentro.
— Se eu não vou ficar com ninguém, não é para você ficar também. — soltei e enfiei a minha cara no copo de cerveja bebendo umas longas goladas não querendo olhar na cara de .
— Você não quer então que eu fique com ninguém? — sentia seus olhos bem fixos no meu rosto e senti mais a seriedade das suas palavras.
— É. — apenas respondi tirando um pouco o copo de meus lábios e o levando de novo até eles. Eu precisava beber, estava começando a falar demais e nem estava bêbado ainda.
— Certo. — respondeu, virando seu rosto e bebendo da sua cerveja também. — Então eu vou exigir o mesmo de você. Posso, não é?
— Se fosse para ficar com alguém eu já teria feito. Já passou umas dez pessoas aqui que eu enfiaria a língua. — cala a porra da boca, ! Eu poderia me afogar naquela cerveja agora?
— Só dez? Olha só que mudança. — brincou de forma debochada mesmo.
— É, eu ando ficando mais seletivo. Deve ser a idade. Ficando velho chato. — rebati no mesmo tom de deboche.
— Chato você sempre foi. — vi seu sorriso que dizia que ele estava segurando a risada e bebeu quase toda a cerveja de seu copo.
— Você gosta de mim do mesmo jeito. — rebati, erguendo as sobrancelhas de leve e o olhando. — Cuidado para não se engasgar...
— Você não faz ideia do quanto. — falou mais sério, desviando os olhos de mim e encarou seu copo, dando uma risada. — Cala a boca. — me empurrou com seu ombro.
— Se quiser pode me mostrar. — pisquei um olho para ele, agora rindo fraco. — Ah, vem calar, então. — empurrei ele de volta com o ombro.
— Não dá pra mostrar porque é muito mesmo. — sorriu de um jeito fofo e voltou a me encarar. — Fica provocando que quem vai engasgar aqui é você.
— Poxa. — fiz um biquinho como se estivesse triste por aquilo, mas acabei sorrindo por sentir meu coração ficando mais quente. — Não estou provocando. Estou? — ergui uma sobrancelha.
— Ah porra! Eu amo seu sorriso. — soltou bem alto, apertando de leve minha cintura. — Vou nem te responder, Calnin. Abusado do caralho.
— Ele é seu. — contei a ele em um tom mais baixo agora e olhei para frente, vendo o show. — Isso, não responde. — falei rindo. — E o único abusado aqui é você.
— Só o seu sorriso é meu? — ele perguntou baixinho e pude sentir que seus olhos estavam em mim ainda. — Nem comecei a ser abusado ainda, Calnin. — soltou em ameaça.
— E teria como não ser? — questionei o olhando agora e vi ele abrir seu sorriso, não respondendo nada, apenas deixando seus olhos ficarem nos meus por alguns segundos. — Não vem me ameaçando.
— Não estou ameaçando. — deu um sorriso falso.
— Acho bom que não esteja. — virei meu rosto voltando para o show.
Comecei a beber mais rápido ainda e até mesmo pensei realmente em ficar com alguém para ver se aquela minha vontade passava, mas não dava, eu não conseguia. Isso era uma merda! Então só tentei abstrair a todo o custo enchendo o rabo de cerveja.
Já estava começando a entardecer, e vi que iria começar o show do Catfish and The Bottlemen, e eu estava louco para ver. Adorava demais eles. Peguei meu irmão pela mão dando um sorriso e descemos o gramado. Entramos na galera, não estava tão cheio e dava para ficar no meio de boas. O sol começava a descer, e não estava tão forte. Tirei meu óculos o colocando para cima, prendendo meu cabelo e coloquei meu chapéu em , rindo um pouco com a cara que ele tinha feito por causa daquilo certamente amassando seu cabelo lindo. Foda-se, eu já estava alto mesmo, não estava mais ligando para muita coisa. Ele tirou o óculos dele, e o sol que ficava mais baixo batia fraco em seu rosto, fazendo seus olhos ficarem mais claros. Tão lindo. Amava demais seus olhos. Sorri para ele, e pude ver um sorriso leve em seus lábios.
— And all I wanna know is just how far you wanna go — cantei levando minhas mãos até seu pescoço o acariciando olhando para seu rosto, seus detalhes. — I wanna make it my business. — ele jogou a cabeça para trás cantando também, segurando o chapéu, e logo meus lábios foram até seu pescoço que ficou exposto para mim, o beijando de leve, sentindo seu cheiro que eu tanto amava e senti sua outra mão apertar minha cintura com um pouco de força. — I wanna tolerate drunk you, honey — continuei agora me afastando um pouco olhando dentro de seus olhos quando ele fez o mesmo e desci minhas mãos para seus braços, os segurando, puxando para mais perto fazendo nossos peitos se juntarem, envolveu minha cintura também com seus braços e deixou um sorriso ficar preso no canto dos seus lábios. — I wanna make you my problem — berrei a letra.
Queria que ele fosse o meu problema. Queria que fosse meu! Todo meu.
Eu não aguentava mais, não dava. Sentia que meu mundo iria acabar se eu não fizesse isso. Apenas subi minha mão esquerda até sua nuca e finalmente juntei meus lábios nos seus, puxando todo o ar que meus pulmões conseguiam pegar, levantando um pouco meu corpo para cima dele, e passando o outro braço ao redor de sua cintura, o segurando em mim, juntando nossos corpos totalmente. Senti tudo dentro de mim estourando como se fossem fogos de artifícios, e não aguentei, eu simplesmente sorri contra seus lábios por ter feito aquilo depois de tanto ter me segurado nos últimos dias. Pude sentir sorrir também contra meus lábios antes de acariciá-los com os dele. Ele subiu suas mãos por dentro da minha camisa, agarrando minhas costas e deixando suas unhas curtas passarem pelo meio, me acertando com uma onda de arrepios.
Então meus dedos passaram nos fios curtos de sua nuca, e minha língua acariciou seu lábio inferior, querendo sentir a dele, e assim que seus lábios me deram passagem, o beijei com toda aquela vontade que me tomava enlouquecidamente. Aquele toque feroz em sua língua, com fome de algo que só poderia me dar. Aqueles beijos perfeitos que apenas meu irmão tinha. Minha língua se passou por baixo da dele, a segurando um pouco, e logo deslizou por sua lateral, pegando com a minha. Nossas línguas se tocaram vorazmente, me fazendo soltar um pequeno gemido em meio do prazer que sentia por estar fazendo aquilo. Porra, o queria tanto. Meus lábios passavam por cima dos seus rapidamente como se os nossos segundos estivessem sendo contados e ele devolvia na mesma pressa, no mesmo desespero intenso como se o mundo realmente fosse acabar e nunca mais fossemos nos beijar. Suas mãos me agarraram ainda mais, seus dedos apertavam minha carne basicamente e sentia ele me arranhar de leve ao subir um pouco mais minha camisa conforme sua língua tomava minha boca de volta e ele avançava mais em mim, jogando seu corpo para frente, enquanto eu fazia o mesmo, fazendo com que nossos peitos se baterem um contra o outro cada vez que nós íamos para frente.
esfregou suas mãos por minhas costas e gemeu rouco no beijo, arrancando um meu, eu nem estava tentando resistir mais. Ele lambeu os meus lábios com uma absurda vontade que a ponta da sua língua chegou até meu nariz e então voltou aos meus lábios, suspirando sem controle ao puxar minha língua para dentro de sua boca e senti ele deslizar uma de suas mãos até minha costela onde ele segurou com força me roubando o ar de uma maneira muito gostosa. Minha mão subiu por sua nuca, e eu simplesmente tirei o chapéu dele, porque queria demais tocar em seu cabelo macio, então meus dedos se embrenharam nos fios negros e lisos, o puxando de leve e arfando por isso e tirando outro suspiro rouco dele. Adorava pegar naquele cabelo. Na verdade, eu adorava fazer qualquer coisa com meu irmão. Mordi seu lábio inferior e o suguei em seguida com bastante vontade mesmo, o qual sabia que ficaria vermelho, e ainda mais tentadores de beijar, inchadinho, bem gostoso mesmo. Sua mão desceu até minha bunda onde ele apertou em resposta, fazendo meu corpo se colar mais no dele. Gemi, deliciado com aquilo. Lambi por onde tinha prendido e suspirei, vendo ele entreabrir mais seus lábios e puxar meu ar.
Tive que nos separar um pouco para poder respirar.
— Fica comigo. — pedi ofegante juntando nossas testas, e ele concordou com a cabeça tentando respirar também. — Para sempre? — perguntei.
— Para sempre.
mesmo foi quem juntou nossos lábios novamente em outro beijo que fazia tudo de nós queimar. Suas mãos me puxaram contra seu corpo, e ele mesmo com que fez nós dois caíssemos sentados no gramado ali no meio da galera mesmo com o show rolando, rindo e me puxando para o colo dele, voltando a me beijar como se não tivéssemos parado. Passei minhas pernas ao redor de sua cintura e abracei seu pescoço, sorrindo entre aquele beijo, adorando ficar daquele jeito com ele em público. suspirou baixinho no beijo que só ficava mais caloroso ao continuar puxando minha cintura contra ele e eu conseguia sentir seu corpo se esquentando com seus toques se intensificando junto com o beijo. Minhas mãos desceram por seus ombros, os alisando e apertando, puxando contra mim quando meu quadril ia para frente e para trás sem que me desse conta disso, arfando dentro de sua boca por causa da forma como suas mãos estavam me pegando tão gostoso. Meus lábios passaram com mais vontade sobre os dele, minha língua tomando a sua rapidamente, enquanto a dele que fazia o mesmo, e eu não estava nem me importando com os pequenos gemidos que soltava no meio disso tudo. Estava delicioso demais para ter algum resquício de sanidade em mim, minha mente já tinha se apagado a algum tempo, e eu não queria pensar em nada que não fosse beijar aqueles lábios tão perfeitos.
Desci minha mão alisando seu peito e deixando meus dedos se fecharem no tecido de sua camisa, o puxando para mim, na verdade queria tocar sua pele, mas não tinha como fazer isso, não agora pelo menos, ele apertou minha cintura ainda mais em resposta, seus dedos se afundaram ali por cima da minha camisa. Então minha mão subiu e segurou seu pescoço, o afastando um pouco, soltando o ar pelos meus lábios, e comecei a beijar seu maxilar, mordendo de leve e depois descendo ouvindo seus suspiros gostosos serem soltos sem controle, esfregando com pressão meus lábios contra a sua pele até chegar na lateral de seus pescoço, beijando com intensidade a região que era mais sensível, que eu conhecia tão bem, isso fez soltar um gemido um pouco mais alto e cortado. Meu polegar passou pelo meio de sua garganta, subindo e erguendo seu queixo para me dar mais espaço, então passei a ponta da minha língua onde estava beijando antes, dando um sorriso de lado por sentir como ele estava arrepiado por causa do meu contato naquela região. Ele jogou um pouco mais sua cabeça para trás e desceu suas mãos para minha bunda, a pegando com aquela vontade que ele tinha e me levantando um pouco até, me fazendo arfar pesado contra sua pele quente. Sentia ele apertando cada lado com mais força, trazendo meu corpo mais para o dele, sua respiração saía forte com uns suspiros falhos.
— Preciso beber alguma coisa. — disse ofegante, ainda alisando minha bunda antes de se afastar um pouco.
— Aham. — respondi meio que automático beijando seu pescoço de novo e recebendo um apertão na minha bunda em resposta. — Ok. Ok. Já vamos. — falei agora voltando um pouco para a realidade. — Não tenho culpa de você ser gostoso. — soltei em tom de reclamação me afastando um pouco e o olhando. Segurei seu rosto com a minha mão que subiu de seu pescoço apertando suas bochechas fazendo que seus lábios formarem um biquinho gostoso e inchado por causa do nosso beijo, então o mordi de fraco. — Muito gostoso. — lhe dei um selinho apertado rindo em seguida, me levantando e pegando meu chapéu que ainda estava ali no chão, recebendo um tapinha na minha bunda, e depois estendendo a mão para que segurou no mesmo instante.
— Eu sou mesmo muito gostoso. Sou um Calnin, né? — então parou no mesmo momento e fez uma careta de quem iria vomitar, e por um segundo pensei que estava mesmo passando mal. — Tirando o escroto arrombado do nosso pai que também é um. Mas a gente finge que ele não conta aqui. — se corrigiu, começando a rir ao desfazer a careta aos poucos, e acabei rindo também, percebendo que estava tudo bem com ele. — Viu só? Eu não consigo ter seu ego, quando eu vou pagar de metido eu quase chamo nosso pai de gostoso. Credo! — zombou, já estando de pé e me puxando para o lado, passando seu braço pela minha cintura para irmos juntos comprar mais bebidas, e eu passei o meu pelo seu ombro.
— Ah, você consegue. Houve só uma falha na sua frase. Mas você sabe que é gostoso, Calnin. — pisquei um olho para ele sorrindo de lado e colocando o meu chapéu em sua cabeça, ajeitando o seu cabelo por baixo dele. — E ainda fica mais lindo que eu com o meu chapéu. — lhe mandei um jeito que era só para ele não reclamar de estar com aquilo na cabeça.
— Sim, sim. Eu sei. — concordou com a cabeça, rindo nasalado. — Tá me elogiando assim só pra eu ficar carregando ele, não é? — sua mão na minha cintura me deu um apertão ali e ele estreitou de leve seus olhos. Eu apenas ri disso lhe roubando um selinho. — Hm, me dá mais um que eu fico com seu chapéu. — pediu, sorrindo um pouco.
— Eu te dou mais que um. — segurei seu rosto com a outra mão e juntei nossos lábios em um selinho apertado, e depois dei mais dois estalos, rindo do barulho que fez. — E isso. — lambi seus lábios rapidinho, isso enquanto ainda andávamos praticamente abraçados indo até o lugar mais próximo para comprar algo.
— Quero mais. — soltou manhoso, levando seus lábios até minha bochecha e me dando um beijo forte ali, amassando seus lábios nela e rindo depois contra aquela região. Eu nem segurei, ri achando aquilo muito gostoso. — Quero mais uns vinte selinhos e umas quinze lambidas. — fez um biquinho, me apertando mais contra ele quando paramos na fila.
— Olha ele, está todo guloso. — brinquei rindo e parei na frente de erguendo minha mão livre. — Vinte? — perguntei o olhando com um sorriso, e comecei a dar os selinhos nele levantando cada dedo e depois abaixando, contando até chegar em vinte, soltava a risada entre os selinhos e os deixavam mais estalos ao retribuir.
— Não sou guloso, sou mimado e você me mima também! — foi se aproximar para me dar outro selinho, mas então mordeu meu queixo e me puxou, abraçando minha cintura com seus dois braços.
— Ah meu Deus, que casal lindo! Socorro! Perfeitos demais, puta que pariu! — nós dois olhamos um pouco assustados para uma garota que parou do nosso lado. E eu não entendi nada do que ela tinha falado, mas só a aproximação dela fez a minha mão passar pela cintura de meu irmão. — Desculpa, vocês são americanos? — agora falou em inglês, e eu concordei com a cabeça, e acho que ela repetiu a frase que disse antes no nosso idioma. Ela tinha dito que éramos um casal?
— Er… Obrigado? — eu nem sabia bem o que responder sobre aquilo, sentindo que tinha ficado a primeira vez na minha vida sem graça com alguma coisa. Ouvi rir e dar um beijinho na minha bochecha, então o olhei de relance. Não era para rir, era para me ajudar.
— Sério, gente. Vocês formam um casal muito bonito! Vocês namoram há quanto tempo? — abriu mais o sorriso, parecendo mesmo toda encantada com a gente.
— Obrigado. — falou, retraindo os lábios e me olhando por uns instantes sobre o que responder para ela, mas eu também não tinha ideia, então voltou seus olhos para a garota. — Começamos a namorar no primeiro ano da escola. — virou seu rosto de novo para mim e deixou seus olhos nos meus, eu quis rir naquele momento. — Ele foi bem difícil, sabe? Tive que brigar muito pra conseguir um beijinho! — piscou seu olho pra mim.
— Ele quer dizer que eu o socava porque ficava enchendo o meu saco querendo chamar a minha atenção. — falei em tom de correção rolando meus olhos e sorrindo. Se era para inventar, eu podia dar uma ajuda e isso tirou uma risada alta dele, ele balançou a cabeça em concordância comigo. — Me irritou tanto, que eu nem sabia mais como fazer para ele parar, então o beijei. — dei de ombros fazendo um bico. — Depois disso não consegui mais parar. — o olhei bem nos olhos, porque isso era verdade. Ele ficou mais sério também, deixando seus tons totalmente concentrados em mim. — É impossível não beijá-lo. — disse mais baixo querendo que apenas ouvisse essa parte.
— E eu levaria mais milhares de socos para conseguir seu beijo. — se aproximou mais e roubou um selinho. — A solução para isso é não parar então. — sorriu de leve para mim, levando sua mão até meu rosto e deixou seu polegar alisar minha bochecha, quase me fazendo fechar os olhos com aquilo. — Não para de me beijar então. — sussurrou no meu ouvido, e não aguentei, meus olhos se fecharam e eu suspirei. Ridículo, ele não podia falar aquilo comigo, eu iria levar a sério. Se afastou e abri meus olhos, vendo que estava olhando para a garota que ainda sorria enquanto nos encarava.
— E isso faz quanto tempo? Vocês deveriam casar até e terem filhos! Imagina a perfeição que seria. — bateu palmas em animação ao dizer isso com bastante sinceridade.
— Eu não tenho mais coragem de te bater, baby. — respondi com a voz um pouco rouca, o olhando. — Você pode ter meus beijos sem isso. — disse lambendo meus lábios respirando profundamente. — Não quero parar de te beijar nunca mais. — confessei olhando bem dentro de seus olhos, aquilo era totalmente verdade. Encarei a garota logo depois. — Filhos? — uni as sobrancelhas com a ideia, então voltei meu olhar para meu irmão. — Vamos ter que arranjar uma barriga de aluguel para isso. — ergui as sobrancelhas. — O que acha?
— Eu sei que não. — ele sussurrou quase não deixando a voz sair e sorriu. Ele beijou meus lábios sutilmente logo em resposta ao que te disse. — E eu quero te beijar pela noite inteira. — falou no meu ouvido, distribuindo uns beijos quentes e molhados pelo meu pescoço até minha bochecha, me arrepiando com aquilo. Então soltou uma risada controlada com o que a garota tinha dito, olhando dela, para mim. Respirou fundo e negou com a cabeça. — A parte do casamento sim. Mas ter filhos? — esboçou uma careta, olhando para ela de novo. — Vai por mim que a criança seria uma coitada. Uma pobre vítima nas nossas mãos. — respondeu sério, rindo ao voltar olhar pra mim. — Quem iria dar mamadeira para a criança? Dar banho? Deus do céu, trocar a fralda. Passo!
— Só a noite toda? — perguntei apertando sua cintura, gostando e ao mesmo tempo não, porque queria beijar ele mais vezes do que apenas uma noite. — Você quer se casar comigo, baby? — abri a boca como se estivesse surpreso. — Eu já ia falar que achei um absurdo você não querer ter filhos comigo, mas eu aceito os seus argumentos. — comentei rindo um pouco. — Porém eu acho que um filho nosso seria a coisa mais linda desse mundo. — poderei com a cabeça, e depois rindo.
— O dia todo também. — respondeu, roubando outro selinho meu. — Claro que eu quero me casar contigo. Você fica lindo de noivo na minha mente. Um casamento na praia, só nós dois e o cerimonialista. Adoraria que fosse em roupas claras, não sei se o clássico e clichê branco, mas em tons frios. — mordeu seu lábio ao realmente parar pra pensar naquilo. — Só nós dois contra o mundo. — abriu o sorriso com um brilho nos olhos me fazendo sorrir para ele de volta. Ouvi ele rir e suspirar aliviado quanto ao assunto dos filhos. — Ele seria o causador do Apocalipse, . Mas seria lindo mesmo. — rebateu não mentindo em nada sobre aquilo, soltando uma risada alta. Virou seu rosto para a garota ainda rindo aos poucos. — Ele é mesmo perfeito pra mim. — disse em um tom sem indícios de brincadeira para ela.
— Pensei que você queria me beijar para sempre. — rebati sério, o olhando com as sobrancelhas levemente erguidas, lembrando ainda pouco quando tinha pedido para ficar comigo para sempre, e o cachorro havia concordado. Agora ele estava fazendo o sonso? Eu ia jogar cerveja na cara dele daqui a pouco. — Perfeito, eu já ia falar que não me casaria de branco, negócio brega. Quero me casar de amarelo pastel. — dei de ombros sorrindo como se já tivesse escolhido minha roupa, ele que lutasse agora para escolher a dele. — Só nós dois contra o mundo. — repeti suas palavras olhando bem dentro de seus tons que era a minha cor favorita, ele balançou a cabeça com um sorriso mais fechado e mais intenso. — Ele seria o anticristo mesmo. — falei rindo alto, porque se nós dois juntos já era possível causar um monte de problemas, imagina uma criança com o nosso gene. Ela colocará fogo no mundo. — E você é perfeito para mim. — respondi sério também olhando bem para seu rosto, então me aproximei e lhe dei um selinho demorado, fechando meus olhos e desejando que fosse só meu, mas sabia que isso nunca aconteceria.
— E eu quero. — respondeu sério, deixando seus olhos presos nos meus, e isso fez meu coração ficar muito disparado, e um sorriso veio em meus lábios. — Se eu pudesse te beijava a maior parte do dia e da noite e nas outras partes faria você rir só pra mim. — segurou meu rosto com mais força, sem desviar seus olhos dos meus me roubando a porcaria do ar com suas palavras. — Dormiria todas as noites para ouvir sua respiração toda vez que eu acordasse. Sem ninguém para nos… — parou de falar, abaixando a cabeça por alguns instantes. Sabia que a palavra seguinte era “separar”, mas ainda assim meus olhos brilhavam nos seus por causa dos seus desejos que eram exatamente iguais aos meus. Então pareceu se recompor porque levantou sua cabeça com um sorriso enorme, e eu juntei meus lábios nos seus em mais um selinho apertado, ouvindo ele suspirar baixo. — Amarelo pastel vai ficar lindo em você. — mordeu o canto da sua boca ao me olhar inteiro como se estivesse imaginando. — Seria o próprio garoto de “A Profecia”. — concordou comigo e gargalhou mais um pouco. Ele virou seu rosto de volta para mim e raspou de leve a lateral do seu nariz no meu, tocando meus lábios com os dele em um carinho mais suave. — Perfeito pra mim. Só pra mim. — disse de olhos fechados enquanto roçava seus lábios nos meus.
— Tenho certeza que um dia iremos poder ficar desse jeito. — disse tocando a ponta de seu queixo e o erguendo um pouco, juntando seus lábios nos meus e suspirando suavemente por causa daquilo, senti meu irmão apertar levemente minha cintura em resposta e sorrir contra os meus lábios. — Então teremos muitos dias e noites assim, apenas nós dois. — deixei meus lábios passarem pelos seus e a ponta de meu nariz acariciou o de , dando um sorriso pequeno demonstrando que realmente acreditava naquilo, e que não era parte do teatro que estávamos fazendo para aquela garota. Ficar com ele daquela forma era o que eu mais desejava. — Eu fico lindo de qualquer jeito. — pisquei um olho para ele, rindo um pouco. — Ah, com toda certeza que seria. — concordei dando uma gargalhada com aquilo, realmente imaginando algo bem parecido. O garoto era do demônio. — Só para você. — sussurrei para ele respirando bem fundo, e beijando seus lábios que ainda roçavam nos meus.
— Eu estou muito apaixonada! Vocês são realmente perfeitos! Shippo demais. Sério. Se casem, e lembrem de mim, da menina do Lolla que surtou achando vocês o casal mais lindo que ela já viu. — a menina falou de um jeito muito engraçado me fazendo rir e negar com a cabeça encostando minha testa na do . — Preciso ir. Foi um prazer. — ela deu um pulinho acenando e correu quando o atendente a chamou para pegar suas bebidas.
— É realmente tudo que eu mais quero. Só você e eu todos os dias, todas as noites podendo fazer tudo. — ouvi sua voz mesmo que estivesse extremamente baixa e mais falha, então me olhou com um sorriso fraco, mostrando que tinha acreditado em mim. E em muito tempo eu me senti extremamente feliz. — Fica ainda mais lindo embaixo ou em cima de mim completamente nu. — sussurrou bem baixinho apenas para mim em meu ouvido, então senti ele passar sua língua no meu lóbulo, e aquilo me fez rir de um jeito safado. — Hm, só pra mim. — repetiu em um sussurro novamente, devolvendo o beijo e apertando seus lábios nos meus.
— Tchau. — respondi rindo e acenando brevemente para ela, então me afastei um pouco do meu irmão segurando a sua mão e entrelaçando nossos dedos. — Viu, nós formamos um casal lindo. — soltei divertindo piscando um olho para ele com um sorrisinho de lado. — Vem, está na nossa vez. — o puxei comigo para irmos fazer o nosso pedido. — Ah, eu fico mesmo. — disse dando um sorriso largo e puxando sua cintura de encontro a minha. — Só. Seu. — soltei bem pausado passando meus lábios por cima dos de .
riu da garota e acenou para ela quando a mesma se afastou, então voltou a me olhar, abraçando minha cintura de lado.
— Um combo de cerveja, por favor. E duas garrafas de água. — fez o pedido, então virou seu rosto para mim e me deu um beijo na bochecha, me fazendo rir, adorando demais aquele seu jeito carinhoso de me tratar em público. — E é claro que formamos um casal lindo… Hm, quero fazer algo. — o olhei curioso, até vi ele pegar seu iPhone e colocar na câmera frontal, erguendo seu braço e então virando seu rosto, grudando seus lábios na minha bochecha e apertando para tirar a foto. Depois virou meu rosto e me deu um selinho demorado, rindo em seguida ao colocar na galeria e mostrar as fotos. Eu acabei rindo daquilo por ser algo que nunca tinha me imaginado fazer, muito menos com ele, mas gostei das fotos, me fizeram sorrir. — Viu só? — disse baixinho, mordendo seu lábio inferior com um sorriso lindo.
— Agora estamos bem casal mesmo. — brinquei com ele rindo um pouco mais e beijando sua bochecha e recebendo um sorriso largo em resposta, o puxando pela cintura dando uns passos para irmos para o lado ficar na fila de espera. — Adorei as fotos, quero no meu celular também. — passei a mão em meus bolsos caçando meu celular, e quando achei fizemos a mesma coisa que antes. Duas fotos. — Nós somos doidos. — falei achando aquilo uma loucura, porque se alguém visse aquilo, só estaríamos fodidos.
— O que mais casais fazem será? — ele perguntou, fazendo uma expressão pensativa e rindo um pouco disso. — A gente deveria tirar mais pelo lugar também. — virou seu rosto, olhando em volta e apontando alguns lugares, como o muro colorido que tinha ali perto. — Podemos colocar uma senha nessas fotos depois porque eu não vou apagar. — voltou a me encarar com mais seriedade, me tirando o ar de novo. Ele não queria esquecer nem quando estivesse lúcido, assim como eu? Aquela ideia me fez querer questionar, mas eu estava com medo de que aquilo fosse estragar o momento, então achei melhor ficar com ela guardada apenas em minha mente. O homem nos chamou para entregar os nossos pedidos.
— Não sei. Nunca fiquei de casal com ninguém. — respondi rindo, achando aquilo realmente engraçado. — Gostei. Podemos pedir para alguém tirar para nós também. O que acha? — sugeri bem empolgado com aquilo querendo ter mais fotos daquele dia com o meu irmão, nós dois sendo apenas duas pessoas normais, sem nos preocupar com nada. — Me mostra como faz depois. Gostei dessa ideia. — disse erguendo de leve as sobrancelhas deixando bem claro que eu também não apagaria aquelas fotos, nunca. Pegamos nossos pedidos, deixando a garrafa de água embaixo do copo, segurando os dois com a esquerda, e com a direita segurei a mão de , mas antes lhe dei um selinho e sorri. Eu iria aproveitar cada segundo daquele dia. — Está sendo o melhor aniversário que já tive. — contei abrindo um sorriso bem maior enquanto olhava para meu irmão — Obrigado por isso. — ri um pouco sem jeito por ter soltado aquilo em voz alta.
— Também nunca fiquei. — respondeu rindo também. — Mas está bom ficar assim com você. — sorriu de canto, depois mordeu de leve minha bochecha, pegando uma das cervejas que estavam comigo, segurando a dele e uma das garrafinhas de água. — Podemos sim. Deveríamos ter pedido para a doidinha tirar, aposto que ela ia adorar tirar fotos do shipp dela. — comentou soltando uma risada nasalada, e eu acabei rindo alto pelo jeito que chamou a garota. — Mostro sim, me lembra depois. — pediu, dando uma boa golada em sua cerveja e levou minha mão que segurava a sua até seus lábios, deixando um beijo em meu dorso. Ele ainda iria me matar com aquelas coisas hoje. — Era isso mesmo que eu queria. — parou bem na minha frente com um sorriso largo nos lábios. — Não precisa me agradecer, eu queria que esse dia fosse perfeito para você. — então ele se aproximou mais e beijou de leve meus lábios. — Se fosse possível, eu faria todos os seus dias perfeitos exatamente como esse. — sua voz saiu rouca e um pouco cortada enquanto ele dizia cada sílaba com seus lábios colados nos meus.
— Está? — falei com um sorriso bem largo mesmo por saber daquilo. — Que bom que não sou o único aqui que está gostando de ficar desse jeito. — mordi de leve meu lábio inferior o olhando, dando um sorrisinho depois. Estava sendo impossível não sorrir com meu irmão. — Demos mole, mas a gente arranja alguém. — disse fazendo um pequeno bico olhando para as pessoas enquanto andávamos juntinhos. — Você tem que parar de beijar a minha mão desse jeito, eu vou me acostumar muito mal com isso. — avisei lhe lançando um olhar que estava mesmo falando sério, porque eu estava gostando daquilo muito mais do que deveria. — Então você conseguiu com perfeição. Eu me pergunto se tem algo que Calnin não consiga fazer. — fiz uma cara de pensativo agora, tentando me lembrar de algum momento que ele havia falhado, chegando à conclusão que não tinha um. — É. Não tem. Você é foda. — contei rindo um pouco, mas falando realmente sério. — Eu tenho certeza que se você quiser, é capaz de fazer todos os meus dias perfeitos. — sussurrei para ele fechando meus olhos vindo contra meus lábios, e suspirei. — Eu gosto tanto dos seus beijos. — confessei como se fosse uma tortura, e passei a ponta de meu nariz pelo o seu.
— Está perfeito, Calnin. Seria impossível não estar gostando, sério. — ergueu levemente o queixo apontando para o meu rosto me fazendo sentir como um bobo apaixonado. — Acho que já te falei que tudo fica bem com o seu sorriso. — contou de forma pensativa, mas sem tirar o sorriso bonito que ele tinha em seus lábios. — Onde você quer tirar? — perguntou, olhando as pessoas também como se procurasse alguém para pedir. — Ah mas está tudo bem beijar sua mão, não é? Até em dias comuns, porque não me vejo parando mesmo. — deu de ombros, me empurrando levemente com o ombro fazendo um pouco de cerveja cair, e me arrancando risadas. começou a rir e negar com a cabeça, claramente discordando de mim. — Não consigo fazer muitas coisas, muitas mesmo. Apesar de concordar que eu sou mesmo foda porque eu realmente sou, no entanto, queria muito saber cozinhar e ao mesmo tempo morro de preguiça de aprender, queria me especializar em tantas coisas, mas acho que a nossa boa vida me deixou um mimado que adora receber tudo na mão. Então… — suspirou em um tom de frustração. — Mas fazer seus dias melhores já é um sonho realizado. — voltou a sorrir e me olhar com um brilho nos olhos. — E eu gosto tanto de te beijar. — confessou baixinho e eu sentia meus olhos brilharem de volta para ele. — Agora vamos pedir as fotos logo antes que eu pegue pra te beijar e não paro mais. — brincou, me dando outro selinho apertado.
— Hm, não me lembro se falou ou não. — fiz de sonso sobre o lance do meu sorriso, e dando uma risada em seguida, ele estreitou seus olhos e riu também. — Em todos os lugares legais. Quero muitas fotos agora contigo. — contei, o que era bem estranho vindo de mim quando não curtia tirar fotos, mas como sempre com era diferente. — Tirando comida, que eu tenho certeza que se você pegar para aprender vai ser delicioso, me fala só uma coisa que você não conseguiu fazer. — pedi o olhando curioso até por essa resposta. — É mesmo. — falei o abraçando e beijando seu rosto todinho. — Vamos! — disse empolgado já me afastando dele e pegando a sua mão, o puxando comigo para tirarmos mais fotos.
— Tá querendo me fazer repetir então, Canin? — soltou minha mão apenas para apertar de leve minha barriga. — O que a gente já evitou de tirar, hoje vamos compensar? — balançou suas sobrancelhas em uma expressão cômica. — Mas eu quero também tirar muitas fotos contigo. — voltou a abrir o sorriso. — Não consegui fazer nosso pai explodir ainda… — fez um biquinho bem triste por isso, e eu joguei a minha cabeça para trás gargalhando com aquilo. — Mas estou trabalhando nisso, então, quem sabe um dia. — sorriu um tanto maldoso, neguei de leve ainda rindo. Meu irmão era perfeito mesmo. — Você também tem que parar de ficar me beijando desse jeito aí ou eu que vou ficar mal acostumado. — apertou de leve meus dedos quando voltou a entrelaça-los.
virou o resto de sua cerveja e jogou o copo fora rapidamente e então voltou para o meu lado, pegando seu celular e depois olhando para cima, fazendo uma careta de leve e murmurou algo sobre a luz que eu não entendi por ele ter murmurado extremamente baixo. Ele me puxou com ele um pouco mais para o lado e sorriu pra mim, pegando seu celular e apontando a câmera na minha direção e segundos depois deu uns passos para trás, levantando seu indicador para eu ficar ali e correu até um garoto que mexia em uma câmera, o garoto sorriu para ele e depois os dois voltaram até mim.
— Como você quer tirar? — perguntou no meu ouvido.
— Espera. — falei tendo uma ideia e bebendo minha cerveja toda de uma só vez para me livrar do copo, então o joguei fora e voltei até meu irmão já rindo. — Não ri. Tem que ficar sério. — avisei, mas até eu mesmo estava rindo com aquilo. Soltei meu cabelo e passei a mão nele, o jogando para o lado. Peguei pela cintura. — Se segura. — pedi, e quando senti uma de suas mãos em meu pescoço, pois a outra ele ficou segurando o chapéu em sua cabeça, joguei seu corpo para trás, tombando o meu sobre o dele deixando meu nariz encostar no dele. — Pode tirar. — pedi para o moço enquanto eu olhava dentro dos olhos do meu irmão sentindo como meu coração estava acelerado. Eu quis tanto falar que o amava naquele momento. — Tira mais uma. — disse e juntei meus lábios nos dele, que nem aquela famosa foto do marinheiro beijando a enfermeira no meio da Times Square no final da segunda guerra, a diferença ali era que meu irmão queria me beijar de volta. Então o puxei para cima rindo. — Como você quer ditar agora? — perguntei divertindo.
— Deus do céu, ! A pose foi clichê, mas a foto deve ter ficado incrível! — fez um biquinho, olhando para o celular na mão do cara com um olhar curioso de como deve ter ficado. — E eu tenho absoluta certeza que deve ter ficado até melhor que a original famosa. — dizendo isso, se aproximou e deu um beijo rápido na minha bochecha. — Hm. Vem pra cá. — segurou minha mão e me levou um pouco mais para o meio do gramado, um dos palcos ficava atrás e ele estava todo colorido no fundo, o sol estava mais fraco com aquele tom alaranjado no céu. — Você consegue tirar um pouco mais de baixo… — correu até o cara rapidamente e posicionou o celular da forma certa, o cara sorriu e apenas segurou o aparelho. Eu estava achando extremamente fofo meu irmão mostrando como queria exatamente que a foto fosse tirada. voltou sorrindo e me abraçou pela cintura, me puxando para perto. — Agora é só me beijar. — falou baixinho, juntando nossos lábios e tomando minha boca com a sua língua em um beijo profundamente intenso.
— Por ser clichê mesmo que eu queria, porque não tem nada a ver com a gente. — contei rindo um pouco e mordendo seu biquinho de leve. — Com certeza ficou. Somos lindos. Quem é aquele casal comparado a nós? — questionei, porque nós éramos algo além da realidade. Eu nem mesmo estava conseguindo acreditar mesmo no dia que estava tendo. Estava sendo incrível demais.
Eu não consegui nem ao menos responder. Soltei a garrafa de água que ainda estava segurando, e levei minhas duas mãos até a nuca de , o puxando contra mim, e o beijando de volta, suspirando bem pesado por conta de como sua língua tomou a minha. E por um momento, naquele beijo, tudo tinha sumido de novo. Era sempre assim quando tinha seus beijos, eles me levavam para lugares desconhecidos os quais queria me perder por lá junto com meu irmão. Jurava que nunca mais queria sair dali, de seus lábios, de seus braços, de seu calor. Sabia disso muito bem, e estava ficando difícil de esconder cada vez mais, mas a verdade era que eu tinha me tornado somente do , não conseguia ficar com mais ninguém que fosse ele. Estava definitivamente na beirada, e não conseguiria mais me segurar, sabia que iria saltar a qualquer momento, e esse talvez fosse o meu fim. E sinceramente, por mim estava tudo bem, porque sentia que meu irmão estava comigo. Senti meu ar faltando com aqueles pensamentos, juntamente com aquele beijo, e em vez de me separar dele, tomei sua boca com mais vontade ainda, ouvindo suspirar e arfar dentro da minha boca, deixando meus dedos apertarem de leve sua nuca, e minha mão esquerda desceu segurando seu braço com força, me fazendo finalmente voltar a si, e me afastar.
— Desculpa. — falei rindo fraco. — Me empolguei um pouco. — mordi a ponta da minha língua olhando para meu irmão, então o abracei, escondendo meu rosto na curva de seu pescoço, e dando um beijinho ali, sentindo ele apertar de leve minha cintura em resposta.
— Tá tudo bem. — sussurrou no meu ouvido, deixando uma trilha de beijos leves em meu lóbulo me causando arrepios. — Obrigado pelas fotos, cara. — escutei ele falando com o cara e soltando um lado da minha cintura. — Ah , caralho! Olha só para essas fotos! — soltou extremamente empolgado me fazendo olhar para a tela de seu iPhone. — Droga… — retraiu seus lábios e ficou sério por um momento, ainda encarando as fotos, e eu tentei achar qual era o problema ali. — Ficaram perfeitas demais. — falou mais baixo, voltando a sorrir de leve, e eu acabei rindo mesmo.
— Você é um ridículo. Eu já estava achando que tinha dando algo de errado. — belisquei sua barriga rindo de leve. — Ficaram perfeitas mesmo. — sussurrei com um pequeno sorriso nos lábios e passando meu nariz pela lateral de seu rosto, beijando sua têmpora e tirando um sorriso fechado de . — Eu quero essas fotos para sempre. — contei baixinho olhando ainda para a tela de seu celular. — Seria arriscado demais revelar e deixar escondido? — sabia que aquilo já estava ultrapassando a loucura, mas… Fechei meus olhos e suspirei.
— Um ridículo que você adora. — deu um tapa de leve na minha mão. — Perfeitas igual você, sabia? — sussurrou, fazendo quase a mesma coisa que eu tinha feito, passou a ponta de seu nariz pela minha bochecha, mas desceu até a lateral do meu pescoço, esfregando a ponta de leve na minha pele e senti ele respirar fundo ali, em seguida suspirou baixinho. Ele me arrepiava fácil demais. — Também quero essas fotos para sempre. Quero esse dia para sempre. — soltou com seriedade e olhou para os meus olhos. Senti segurar meu rosto com suas duas mãos. — Olha para mim. — pediu e passou seu polegar na minha bochecha me fazendo virar o rosto e abrir meus olhos. — Eu topo revelar e esconder com você. Quer tentar comigo fazer isso? — por mais que agora ele tivesse um sorriso leve no canto da boca, sua voz era séria.
— Adoro mesmo. Adoro demais. Adoro, do tamanho do universo. — falei sorrindo e lhe roubando um selinho mesmo que eu quisesse ter mudado o “adoro” por “amo”. abriu ainda mais o sorriso e me abraçou rapidamente, bem forte mesmo. Eu sabia o que aquela frase lhe causava e sabia que ele a adorava demais. — Então elas estão muito perfeitas! — contei rindo mais, porém era verdade, acabou rindo também e concordando com a cabeça. As fotos tinham ficado mais do que simplesmente perfeitas, eu estava totalmente apaixonado por elas como estava pelo meu irmão. — Quero esse dia para sempre também, . — disse bem baixinho para ele passando meus lábios por sua pele morena. Meus olhos ficaram sobre os dele ainda administrando o que aquelas palavras queriam realmente dizer, eu sentia meu coração muito acelerado em meu peito, e o ar entrou até falhado. — Quero. — foi tudo o que saiu de meus lábios antes de fechar os olhos e segurar seu rosto com as duas mãos e beijá-lo com a vontade absurda que me tomou naquele instante.
— Tudo isso mesmo? — perguntou, tentando usar sua voz de criança e riu mais um pouco. Concordei com a cabeça. — Também gosto de você do tamanho do universo. — me roubou outro selinho, deixando seus lábios um pouco pressionados em meus lábios. — Ah … Você acaba comigo mesmo. — gemeu baixinho, então vi sua pele totalmente arrepiada. Seus olhos bem presos nos meus, captando cada movimento e expressão minha até que minha resposta tirou um sorriso fraco dele, um sorriso que me dizia que era aquilo que ele queria ouvir mesmo.
Suas mãos desceram para minha cintura e me pegaram ali de jeito, sua língua tomou a minha com uma dependência sem tamanho, me tirando o ar, o chão, a sanidade. passou com a lateral da dele na minha e a prendeu com pressão enquanto seus dedos puxavam minha camisa um pouco para cima até ele conseguir agarrar mesmo minha pele, afundando as pontas de seus dedos e até cravando suas unhas curtas, então eu gemi fraco com isso, me entregando totalmente aqueles toque em meu corpo, deixando os meus dedos seguraram seu rosto com mais firmeza e aprofundando ainda mais aquele beijo. Ele colou ainda mais seu corpo no meu, girando o beijo e tombando seu rosto para o lado oposto do meu, sua língua deslizava pela parte de cima da minha onde eu sentia ele esfregar a lateral da sua, enquanto eu fazia o caminho contrário, tomando sua boca com uma urgência a qual parecia que nunca teria um fim. Mordisquei seu lábio inferior, e passei minha língua por cima da sua em seguida, deixando a ponta dela lamber o céu de sua boca, arfando um pouco por isso, então a desci com ela, enroscando a dele, e o beijando novamente sem o menor pudor. Pude sentir seu ar quente ser solto e ouvi ele arfar ao me segurar ainda mais contra si, aprofundando mais o beijo e o deixando mais rápido, roubando meu ar e perdendo o dele junto. Minhas mãos desceram para seus braços, os segurando com força, e meus dedos afundaram em sua carne com pressão, o puxando para mim ainda mais e fazendo nossos peitos se baterem.
— Vamos… Vamos ver os últimos shows. — parou abruptamente, rindo sem ar, e eu estava exatamente do mesmo jeito, mas eu estava tentando achar minha voz para responder, e não a encontrei, então apenas concordei com a cabeça. — Qual vamos ver agora?
— Queria ver o resto do Catfish and The Bottlemen. — respondi ouvindo como aquilo havia saído cortado e totalmente falhado, era assim que me deixava.
Então seus braços me soltaram, e fiz o mesmo, descendo minhas mãos até segurar a dele. Me abaixei pegando a garrafinha de água e rindo por causa daquilo. Então puxei comigo, já ouvindo a música que tocava e cantando ela bem alto, feliz pra caralho com aquele dia. Realmente estava sendo o melhor aniversário da minha vida! E eu nunca me esqueceria daquele dia, e como ele estava sendo realmente mágico. Se alguém me contasse que teríamos algo assim, eu iria rir e dizer que era bobagem, jamais acreditaria se realmente não estivesse vivendo cada um daqueles momentos com meu irmão. Poderíamos estar bêbados, mas tinha certeza que não iríamos esquecer do que tinha rolado naquele festival. Do que aconteceu no hotel hoje cedo e da parte do metrô. Porra! Aquilo estava sendo além da perfeição mesmo.
Entramos no meio da galera, e eu já comecei a pular e fiz meu irmão me acompanhar, berrando as letras e rindo demais quando errávamos alguma. Ficamos dançando e realmente curtindo aquele show, enquanto nos beijávamos entre uma música ou outra, nos abraçávamos e sorríamos de um jeito único. Seguiu assim pelo resto do festival, até quando paramos para comer algo. Não nos soltamos mais nenhum segundo, como se cada milésimo fosse extremamente valioso para nós, mais precioso que o ouro mais caro. Assim como eu, não queria perder isso. Então realmente curtimos até não dar mais, até os shows acabarem.
Pensei em voltar de metrô, mas já estava muito tarde e a gente não conhecia a cidade direito, então chamamos um Uber e voltamos para o hotel aos beijos no banco de trás. E acabei rindo quando senti que meu pau estava duro e em tínhamos chegado ainda. Filho da puta que me deixava excitado pra caralho quando me pegava daquele jeito delicioso dele. Parei um pouco para respirar e encostei a testa no seu ombro, colocando a sua mão sobre meu pau mostrando o motivo que eu havia me afastado um pouco e o desgraçado ainda apertou com vontade, me fazendo segurar um gemido que quis escapar pelos meus lábios.
— Você é ridículo, Calnin. — falei sem fôlego, rindo fraco e jogando a sua mão sobre sua coxa, ou eu ficaria ainda mais duro por causa dele.
— Sou? Fala de novo. — me provocou, apontando o ouvido e mordendo seu lábio inferior. O olhei com os olhos estreitados.
— Porra nenhuma que eu vou falar de novo. Eu te conheço. Vale bosta nenhuma. — o empurrei de leve pelo ombro rindo um pouco mais. — Vai ficar me provocando e eu vou ficar pior do que já estou.
— Ah, mas eu quero te deixar pior do que você está mesmo. — me empurrou de volta, rindo mais um pouco. — Será que o motorista está nos entendendo? — olhou de soslaio para o cara dirigindo em silêncio.
— Vai se foder, porque eu estou quase te puxando e fazendo com que sente em cima de mim. — avisei para deixar bem claro qual era a minha situação ali. Encarei o rosto do motorista por um tempo. — Se ele estiver, certamente já deve estar sem graça pra caralho só por estarmos nos engolindo no banco de trás do carro dele. Então entender o que estamos falando seria menos pior do que estávamos fazendo. — comentei rindo um pouco alto por causa daquilo e ouvi me acompanhar.
— Se você fizer isso a gente vai ser expulso do carro dele porque eu ia querer fazer você gozar na sua calça mesmo. — rebateu com as sobrancelhas arqueadas, e eu uni as minhas mordendo meu lábio inferior com força querendo arfar pesado por causa daquela merda de desejo que sentia por ele. — Não acho que seria menos pior. Mas algo me diz que ele está entendendo… — voltou a olhar rapidamente o motorista que se remexia de leve no banco, então me olhou com um olhar de quem iria aprontar, e eu movi meus lábios em um “não”, ou seríamos expulsos e eu nem tinha ideia de onde estávamos. — Será que minha alma vai queimar muito no inferno se eu rebolar gostoso no meu irmão mais velho até ele gozar? — soltou com a voz alta, arregalei meus olhos e o motorista começou a tossir, tirando uma gargalhada alta de e lhe dei um tapa no braço para parar com aquela merda.
— Eu sei o que você iria fazer. Te conheço bem até demais. Peste do inferno. — rebati lhe lançando um breve olhar de apesar de não poder, era exatamente o que eu queria que ele fizesse comigo naquele exato momento. — Para de palhaçada, Calnin. — mandei e o puxei para perto, o beijando, porque ele era melhor de boca fechada naquele momento, antes que falasse algo que realmente nos faria ser expulso. — Mas sem colocar a mão no meu pau. — o avisei segurando sua mão que já veio alisando minha coxa.
— A peste do inferno que você adora. — mostrou sua língua pra mim de uma forma bem pirracenta, mas em seguida sorriu safado por causa do meu olhar. ainda dava risada quando o puxei para perto, então segurou meu rosto com sua outra mão. — Eu disse que ele estava nos entendendo. — murmurou e mordeu meu lábio inferior com uma certa força, o puxando e o chupando, me fazendo suspirar. — Sem graça. — apertou minha coxa e deixou sua mão ali, descendo seus lábios até meu maxilar onde deixou uma trilha de beijos e leves chupões em minha pele.
— Ah, eu gosto mesmo. — dei língua para ele também, rindo baixinho. — Tenho pena dele então. — falei e lambi seus lábios até a ponta de seu nariz, sorrindo para ele. — Sem graça é não poder fazer nada que eu quero contigo exatamente agora. Então se controla, Calnin. — mandei arfando por causa do que seus lábios faziam. Até que o carro freiou bruscamente quase lançando o contra o banco da frente se eu não tivesse o segurado. Olhei para os lados vendo que já estávamos na frente do hotel. — Anda, vamos sair antes que ele nos chute. — falei rindo e abrindo a porta, mas meu cérebro tinha falhado ao fazer isso, porque estava encostado nela, e quando a porta foi para trás, não tinha onde eu me apoiar, então cai de costas dando quase uma cambalhota e levando meu irmão comigo. — Porra! — berrei gargalhando por causa da cena, e olha que nem estava tão bêbado para isso.
— Se falasse que não gosta ia levar uns tapas. — senti ele me dar um beliscão no interior da minha coxa, e tive que dar um tapa em sua mão por causa disso. Abusado. — Que lambida gostosa. — soltou baixinho, raspando seus lábios nos meus, então fiz questão de repetir, só que dessa vez mais lentamente tirando um suspiro gostosinho dele. — É difícil me controlar quando o assunto é você. Desculpa. — sua voz saiu cortada enquanto ele ainda brincava com a minha pele. Meus olhos se reviraram um pouco com seus toques. — Prometo dar duas estrelas para ele só por causa disso. — falou alto para provocar o motorista, ficando emburrado por ter quase caído, me arrancando uma puta risada alta. Meu irmão nem existia de tão perfeito que era mesmo. E não deu tempo do motorista sequer responder porque agora estávamos os dois no chão, gargalhava também enquanto rolava seu corpo para o lado, fechando a porta do carro com o pé mesmo, só faltando chutar o carro e falar um “vaza”. — Deixa eu dar a avaliação dele, por favor. — virou de lado, abrindo a mão para mim porque eu tinha pedido com o meu celular, e apenas lhe entreguei meu iPhone. — Vou tentar te imitar na avaliação, usar o tom “”, prometo. — piscou um olho para mim e se levantou, estendendo a mão para eu segurar.
— Uns tapas onde? — perguntei em tom de provocação, lambendo meus lábios querendo saber onde iria me bater. — Vou pensar no seu caso. — respondi passando a mão em sua coxa também, bem de mansinho, porém com certa pressão. Estreitei meus olhos em sua direção quando me coloquei de pé. — Se for assim manda ele tomar no cu logo. — dei de ombros e rindo pegando meu chapéu que estava no chão e o colocando em minha cabeça. — Deixa essa merda para lá. Vamos entrar. — o peguei pela mão. — Estou precisando de um banho urgente, estou nojento. — comentei fazendo uma careta.
— Como assim onde? … — ele ficou me olhando com os olhos levemente arregalados e o tom de voz de surpresa mesmo. — Pode tirando a mão também, abusado. — parou minha mão e a prendeu em sua coxa, rindo safado. E eu fiz um biquinho agora que nem o que tinha feito antes, chateado. — Tomar no cu? Espera… espera, porra! — ordenou, abrindo o aplicativo da Uber e começando a digitar rapidamente e então começou a rir muito alto. — “Cara administração da Uber, gostaria de informar que fui maltratado com este indivíduo motorista que ficou incomodado com o simples fato que eu queria fazer meu irmão gozar loucamente no banco de trás do carro dele. Meu irmão tem sérios problemas de humor e ele só fica melhor quando eu rebolo no colo dele. Bem caso de saúde mesmo. Estamos em pleno século XX e qual é o problema com incesto? Todos amavam Game of Thrones devidamente por causa do incesto gostoso entre os Lannisters. Minha nota é de um total de zero estrelas mesmo.” — terminou de ler o que digitou as gargalhadas enquanto o encarava rindo um pouco. — Posso enviar? — afastou um pouco o celular de mim com o dedo no botão de enviar, e a minha resposta foi um tapa em sua mão fazendo o meu iPhone voar longe, porque ele era bem capaz de mandar mesmo aquela merda. — Hm, posso tomar banho com você? — sorriu de canto.
— Ué, queria saber onde você me daria o tapa, oras. — dei de ombros como se não fosse nada demais. Às vezes eu curtia quando estava com tesão, e no caso sempre me deixava assim. — É claro que não pode enviar, Calnin. — falei já dando uns passos a frente e pegando o celular no chão, vendo que ele não tinha quebrado dessa vez. Olhei por cima do meu ombro com seu pedido, e sorri de lado. — Pode. — respondi rindo fraquinho e lambi meus lábios, notei os olhos dele acompanhar o movimento da minha língua. — Vai ser uma delícia tomar banho contigo. — agora minha voz saiu mais baixa e em tom de malícia.
— Eu pensei na bunda mesmo. Você queria em outro lugar? — ergueu a sobrancelha sugestivo. — Você é sem graça. — soltou um muxoxo, fazendo um biquinho de leve. — Claro que vai ser, taradinho. — se aproximou e deu uma leve mordidinha no meu queixo bem gostosinha.
— Os outros lugares você descobre sozinho. — pisquei um olho para ele dando um sorriso sugestivo, ele desceu seus olhos pelo meu corpo com aquele olhar que pegava fogo mesmo e apenas mordeu o canto de sua boca como se estivesse adivinhando os lugares em sua imaginação. Então cheguei mais perto dele e mordi sua bochecha, e lambi depois. — Como se eu fosse o único tarado aqui. — ri contra sua pele passando de leve o nariz nela não dando a mínima se ainda estávamos na frente do hotel.
— Fica me provocando na porta do hotel, fica. — ameaçou, dando um belo tapa na minha bunda.
— Ok, eu provoco em outras partes dele. — o puxei comigo para entrarmos logo.
As recepcionistas nos cumprimentaram, e apenas acenamos para elas de volta. Assim que as portas do elevador se abriram, entrei nele puxando já pela camisa, apertei o botão do andar e antes que as portas se fechassem, e beijei meu irmão ali mesmo, o prendendo contra o espelho enorme que revestia uma das três paredes daquela caixa de aço, sentindo suas mãos já descerem por dentro da minha calça e apertando minha bunda com aquela vontade que ele tinha sempre, agarrando com tanta força que fez meu quadril se chocar contra o dele já me deixando excitado. Meus lábios desceram pelos seus, passando pelo seu queixo, e contornaram pela lateral de meu maxilar, beijando e mordendo de leve, ouvindo suspirar de uma forma que preenchia o elevador. Soltei a respiração pesada pelo nariz e joguei meu quadril contra o dele quando ele fazia o mesmo, empurrando de volta com mais avidez.
Minhas mãos adentraram sua camisa e eu apertei sua pele quente, deixando meus dedos a acariciaram em seguida de um jeito bruto sua cintura, enquanto meus lábios tomaram a pele de seu pescoço, beijando e chupando agora. Sentia apertar ainda mais minha bunda em resposta, trazendo seu quadril para frente e o esfregando de baixo para cima no meu, onde consegui sentir seu pau já bem marcado em sua calça.Minha respiração estava começando a faltar com o meu corpo se esquentando drasticamente com aquilo. Fechei meus olhos mordendo meu irmão de leve e ri fraco sentindo meu chapéu caindo, mas não me importei, apenas continuei beijando, chupando e mordendo seu pescoço, apertando sua cintura o puxando contra mim fazendo nossos quadris se esfregarem ainda mais bem gostoso, e eu não conseguia conter os gemidos fracos que saiam de meu peito com isso. A pele morena dele estava completamente arrepiada, gemia baixinho, já sem controle, e sua respiração ofegante era solta com certo desespero. Ele deixou suas mãos escorregarem mais para baixo e usou tanta força em suas mãos que ergueu um pouco meu quadril, soltando um gemido rasgado logo em seguida, e eu arfei alto perdendo até mesmo a concentração do que estava fazendo.
— Porra, Calnin. — soltei meio perdido naquele momento. — Sério que você vai tentar me fazer perder o controle antes de chegarmos no quarto? — perguntei tirando a minha mão esquerda de dentro de sua camisa e segurando seu corpo com ela, apertando suas bochechas e mordendo o bico gostoso que seus lábios fizeram, e depois o lambi bem lentamente, grunhindo em seguida, recebendo outro gemido rouco dele. — Filho da puta gostoso do caralho.
— Você sabe que eu já queria isso desde o táxi. — rebateu, rindo tendencioso me dando mais outro apertão daqueles, onde senti até suas unhas curtas rasparem por minha bunda quando a soltou apenas pra apertar de novo, em resposta soltei um gemido bem gostoso para ele. Então ele tirou suas mãos de dentro da minha calça e com seu jeito bruto também me jogou contra a outra parte do elevador e eu senti tudo balançar quando minhas costas bateram no outro espelho, e eu tinha certeza que não era o álcool. Meu irmão me prendeu com seu corpo me fazendo encarar seus olhos com aquele tom dourado em chamas que estavam sérios nos meus. — Eu quero sentir sua língua passar no meu corpo inteiro hoje, Calnin. E então… — pausou rapidamente pra morder meu lábio com força, afundando um pouco seus incisivos nele, deixando-os deslizarem pela carne até chegar na ponta onde fez questão de mordiscar. Arfei entrecortado por causa disso. — Só então você vai poder gemer que eu sou um filho da puta gostoso. — sussurrou com a voz completamente tomada de tesão e passou sua língua por meus lábios com força, e pude sentir ele apalpar meu pau por cima da calça, deixando sua palma de esfregar ali me tirando um gemido manhoso.
— Você está quase conseguindo… — sorri de lado mordendo a ponta da minha língua e tirando um sorriso mais malicioso de com um toque de vitória também. Meus olhos brilhavam vendo o jeito que meu irmão estava, achando extremamente delicioso aquele fogo todo, porque eu estava exatamente igual. O olhei por inteiro como se estivesse imaginando minha língua tocando cada parte de seu corpo, e isso me fez umedecer meus lábios pensando em como seria muito gostoso fazer isso. Meus olhos pararam quando encontraram aqueles tons em chamas, e os meus estava queimando dentro dos de naquele momento. Peguei sua mão que estava sobre meu pau e a apertei, fazendo a pressão ficar maior, então gemi de novo para ele, vendo ele unir as sobrancelhas e respirar profundamente, me olhando com mais fome ainda. — E se eu gemer antes? — provoquei jogando um pouco a minha cabeça para trás. Mas não teve tempo para responder, porque as portas do elevador se abriram indicando o nosso andar. — Acho que você não vai conseguir me enlouquecer antes de chegarmos no quarto, Calnin. Ops. — avisei erguendo minhas sobrancelhas e o empurrei, pegando meu chapéu no chão e saindo do elevador antes que as portas se fechassem.
Assim que pisei no corredor, senti ele me pegar por trás, pegando minha cintura e me puxando contra ele. Soube que tinha conseguido provocá-lo apenas pela forma como ele estava usando sua força agora, me fazendo rir fraco em forma de vitória por ter conseguido tirar o seu juízo, na verdade o pouco que ele tinha. Isso fez com que me empurrasse contra a parede fazendo com que apoiasse minhas mãos contra ela, ele segurou minha nuca com toda sua força, não deixando eu virar de frente pra ele. Eu sorria com tudo aquilo, amando ver o seu descontrole. Então senti um tapa extremamente forte na minha bunda, e eu gemi baixo para ele. Seus lábios vindo até minha nuca onde deixou um belo de um chupão que eu tinha certeza que tinha ficado a porra da marca.
— Caralho, ! Chupão? — soltei levemente puto. Aquilo não ia ficar daquele jeito.
— Tá reclamando? — perguntou com o mesmo tom que eu tinha usado, então recebi outro tapa ainda mais forte do lado esquerdo, e acabei arfando, estava adorando aquilo.
— Você sabe que eu odeio marcas. — grunhi para ele, mas também não fazia o menor esforço para sair dali.
— Mas adora me tirar o juízo, né? — perguntou no meu ouvido, soltando seu ar quente ali e dando uma mordida com certa violência em meu lóbulo fazendo meu corpo inteiro se arrepiar, batendo de novo na minha bunda e com ainda mais brutalidade, empurrando até meu quadril para frente.
— Eu não adoro… — sussurrei soltando o ar e querendo jogar minha cabeça para trás, mas sua mão ainda me segurava. — Eu amo mesmo. — então esfreguei minha bunda nele suspirando forte em sentir seu pau daquele jeito, gemendo fraquinho com aquela sensação e ouvindo ele arfar alto por isso.
— Eu sei que ama, escroto do caralho. — rosnou contra minha pele, descendo seus lábios pela lateral do meu pescoço e o lambeu até chegar na linha do meu maxilar onde deixou outra bela mordida. Senti esfregar seu pau de volta e sua mão vir para frente, entrando na minha calça e segurando minha ereção que já estava bem eminente, seu polegar deslizou com certa pressão sobre a minha glande e então apertou a cabeça, gemendo baixinho junto comigo ao morder de novo minha pele. Impulsionou com força seu quadril contra mim, me prendendo mais na parede e deixando sua mão escorregar de baixo para cima com lentidão como se ele fosse começar a me masturbar. — Mas agora eu quero ir pro quarto. — então se afastou, tirando sua mão e seguiu pelo corredor. Eu fiquei, agora com a testa encostada na parede respirando forte por um segundo.
Não falei nada, apenas me empurrei para trás dando uns passos e olhando meu irmão caminhando pelo corredor como se nada tivesse acontecido. Sorri fraco e deixei minha língua vagar bem lentamente pelos meus lábios enquanto andava atrás dele, até o ver chegar na porta do quarto e pegar sua carteira para tirar o cartão chave de lá, e destravar. Antes que conseguisse passar a chave magnética na porta, a tirei de sua mão guardando em meu bolso. Soltei meu chapéu e prendi contra a porta, segurando seus pulsos e o levando para cima. Meus lábios foram até sua orelha, e passei a língua pela sua cartilagem bem lentamente, e soltei o ar bem pesado.
— E se eu não quiser entrar no quarto agora? — perguntei em tom de provocação e rocei meu pau duro em sua bunda, ouvindo ele soltar uma exclamação cortada. — Olha a porra do estado que você me deixa, Calnin. — sussurrei para ele gemendo fraquinho e mordi sua orelha, sentindo ele esfregar sua bunda de volta em mim como resposta. — Eu quero gozar para você bem aqui no corredor. — passei meus lábios pela lateral de seu pescoço, e dei um belo chupão na curva dele apenas em resposta ao que tinha acabado de fazer comigo enquanto esfregava meu quadril contra sua bunda, ouvindo soltar um gemido falho.
— Não quer mesmo entrar no quarto, Calnin? — ouvi ele rir de forma rouca e tombar levemente sua cabeça para o lado. — Não estou diferente de você. — sussurrou em resposta, jogando seu quadril para trás sem pudor algum. — E você sabe que eu não ligo para marcas, então pode me marcar inteiro que vai ser ainda mais gostoso. — virou um pouco seu rosto, me olhando rapidamente. Senti ele esfregar seu quadril ao mesmo tempo que eu fazia, só que ele ia para o lado oposto, roçando de um lado para o outro. — Então goza pra mim aqui mesmo nesse corredor, Calnin. — seu tom de voz saiu como ordem e mais uma vez jogou seu quadril com muita força para trás, se esfregando com mais vontade.
— Não. — respondi em um rosnado baixinho para ele, adorando ver como seu pescoço moreno tinha ficado bem à mostra para mim, me fazendo passar a língua por ele até chegar em sua orelha de novo, podendo sentir como ele estava arrepiado. — Quero te marcar todinho, . Cada parte sua. — gemi fraco com o jeito que sua bunda estava me provocando, recebendo uns grunhidos dele em troca. — Eu vou gozar sentindo você gozando por minha causa. — avisei soltando seu pulso esquerdo e descendo com minha mão pelo seu braço, até chegar em seu peito, o alisando e apertando com certa vontade querendo que fosse sua pele ali. — Me faça perder o fôlego, Calnin. — pedi e desci minha mão passando por sua barriga e adentrando sua calça pegando seu pau delicioso, e gemendo em seu ouvido por sentir o quanto estava duro. — Mela a minha mão bem gostoso. — sussurrei para ele e deixei minha palma se esfregar por sua ereção, o escutando gemer um pouco sem controle por isso, então fechei meus dedos em volta dele, suspirando em seu ouvido sentindo como meu pau ficava apenas ao sentir o dele daquela forma, pulsando ficando ainda mais duro e com a cabeça levemente meladinha.
— Então faça o que você quiser comigo nesse corredor mesmo. — pediu manhoso, encostando sua testa na porta e suspirando um pouco alto. — Marca, por favor, . Quero que você deixe marcas para durar por dias. — sua voz saía baixa e cortada, sua respiração era solta conforme ele ia falando e isso deixava seu tom mais rouco. Apenas murmurei um “uhum” para ele por estar ocupado demais fazendo exatamente o que tinha me mandando, chupando sua pele com bastante vontade, o marcando todo. fez questão de roçar ainda mais sua bunda contra mim, até abaixando levemente seu corpo apenas para subir de novo apertando-a contra meu quadril. — Pode até ser assim, mas eu quero sentir também. — virou seu rosto e me olhou por cima do ombro, então gemeu um pouco mais alto e jogou seu peito contra minha mão. — Aperta mais. Porra! — pude ver ele revirar seus olhos e soltar todo seu ar, então minha mão o apertou com força, o puxando contra meu corpo. Meu irmão conseguiu soltar uma de suas mãos e a levou até a braguilha da minha calça, puxando o zíper com agilidade. — Eu quero que você goze na minha pele, Calnin. — ordenou, puxando o botão com um pouco de força e sem paciência, me fazendo olhar para baixo e vendo meu pau duro por baixo da minha cueca, então fiz questão de esfregar nele de baixo para cima. Se minha calça não fosse tão apertada ela teria decido. gemeu mais conforme os movimentos que eu fazia dentro de sua roupa, seu quadril ia de encontro a minha mão e voltava contra o meu em um ritmo lento e gostoso. Gemi em seu ouvido por isso e mordi sua orelha. — Faço você perder até o resto da sua sanidade se ainda tiver uma. — murmurou e arfou deliciosamente, fechando seus olhos e gemeu baixinho. — Me faz melar sua mão todinha, faz. Bem gostoso mesmo. — empurrou mais seu quadril contra minha mão e voltou para trás, rebolando um pouco contra meu pau, forçando para caralho sua bunda em mim ao esfregar com mais vontade e mais loucura até. Ah, eu ia fazer mesmo. Sua mão livre veio até minha nuca e seus dedos se torceram nos meus fios , os puxando e deixando meu rosto na curva de seu pescoço. — Ah! … Caralho! Continua, mais rápido! — fechei meus olhos suspirando e aumentando a velocidade.
— Vou pensar no seu caso. — respondi sobre ele; me sentir gozar também e dei um riso fraco, mordendo seu pescoço de leve e vendo ele até se afastar um pouco para me olhar feio por causa da provocação. — Na sua pele? Hm? Onde? Me fala. — supliquei sentindo como estava ficando ainda mais excitado com aquilo e me esfregando ainda mais em sua bunda gostosa. — Eu sei que você faz, baby. — sussurrei em seu ouvido perdendo um pouco o ar e vendo ele soltar dele como um suspiro prolongado.
— Que tal no meu corpo todo? — murmurou com as sílabas cortadas, arfando um pouco alto ao jogar seu quadril para trás com extrema brutalidade.
me fazia perder absolutamente tudo se ele quisesse. Apertei seu pau com o seu pedido, e desci minha mão pegando suas bolas e as apertando um pouco, vendo meu irmão virar seu rosto e prender seus lábios contra seu braço erguido para abafar o gemido alto que ele soltou. Subi minha mão e o peguei por inteiro novamente, o tocando bem lentamente agora, lambendo seu pescoço e vendo tombar de leve sua cabeça para o lado em um pedido mudo para eu continuar, mas quando abocanhei sua pele com extrema vontade, chupando mesmo, minha mão aumentou o ritmo ficando bem rápido enquanto eu abafava meus gemidos contra seu pescoço sentindo sua bunda se esfregando deliciosamente em mim enquanto ele tentava ao máximo controlar e segurar seus gemidos, os abafando em seu braço. Aquilo tudo estava me deixando louco de uma forma surreal. Eu realmente iria gozar se continuássemos, sabia disso, e meu irmão também.
Meu quadril foi contra o dele, se esfregando cada vez mais, minha ereção dura pulsando contra a sua bunda, querendo desesperadamente sentir mais, querendo o calor de sua pele. Revirei meus olhos gemendo fraco imaginando como seria além daquilo, e minha mão apertou a sua glande, e meu polegar massageou a cabeça dele, fazendo um carinho bem em sua entrada sentindo como estava levemente molhada, isso o fez impulsionar seu quadril com mais ímpeto para frente e para trás, se chocando com força contra o meu, me roubando a porra do ar. Então arfei, e desci minha mão, o tocando mais rápido que antes dessa vez, em uma punheta que estava fazendo até meu pulso doer por falta de espaço por minha mão estar dentro de sua calça apertada, ouvi grunhir e arfar com força e seus dedos subirem ainda mais em meu cabelo, torcendo meus cachos e os puxando com mais brutalidade, eu não consegui segurar o gemido falhado que saiu da minha garganta. Minha outra mão segurou o seu punho direito com mais força por eu estar ficando muito excitado, e esperava pelo menos não deixar roxa a sua pele, porque eu estava perdendo a noção de muita coisa naquele momento.
— Pode apertar mais… Vai, aperta! — vi ele virar um pouco seu rosto e olhar para cima onde minha mão segurava seu punho, indicando onde ele queria que o apertasse, meus dedos se fecharam ainda mais, o apertando, e esfreguei mais meu quadril em sua bunda ouvindo ele soltar um gemido extasiado.
Minha mente despertou no momento que eu ouvi uma das portas do corredor ser destravada, e meus olhos se abriram e minha cabeça se ergueu olhando em direção que o barulho tinha vindo, vendo que tinha um casal de velhos nos olhando parecendo que tinha visto dois fantasmas. E eu não aguentei, e acabei rindo tirando uma risada do meu irmão também. Porra. A gente precisava entrar. Meu olhar subiu para as câmeras de segurança que tinha ali. Nós estávamos dando um belo show.
— Que noite linda, não é? — ainda soltou para eles ao meio de suas risadas, tirando expressões ainda mais confusas e aterrorizadas do casal.
— Eu acho que a noite está perfeita. — respondi pelo casal, dando uma risada e beijando seu ombro.
Soltei o pau do meu irmão e peguei o cartão chave em meu bolso, abrindo a porta e a empurrando para que entrasse, soltando seu outro pulso. Abaixei e peguei o meu chapéu que estava no chão e entrei no quarto em seguida, jogando ele em qualquer canto e batendo a porta atrás de mim. Não esperei mais nada, peguei meu irmão pela cintura e o virei para mim, agarrando suas coxas e o puxando para cima, fazendo suas pernas abraçarem minha cintura enquanto suas mãos agarraram minha camisa, a puxando para cima já pra se livrar daquela peça. Então o prendi contra o batente da porta sala que levava para o quarto e ergui meus braços para tirar minha camisa, e fiz a mesma coisa que a dele, agora passando minhas mãos com pressão em sua pele que eu tanto desejava, e o beijei com voracidade, empurrando meu quadril para cima, deixando se esfregar nele. Eu ainda estava duro pra caralho.
Suas pernas rodearam minha cintura com mais violência, prendendo meu quadril contra ele e seus dedos voltaram a segurar meu cabelo por baixo da nuca, sem o pudor algum em puxá-los para trás, fazendo minha língua escapar da sua boca apenas para ele chupar a ponta dela antes de retomar o beijo. Eu gemia sem pudor dessa vez me deliciando com a forma que me pegava. Minhas mãos apertavam suas coxas com força, a alisando e indo até sua bunda, e a pegando com brutalidade, até mesmo o erguendo um pouco mais enquanto minha língua passava pela sua com uma fome absurda. Senti suas pernas me apertarem ainda mais quando ele girou o beijo e lambeu praticamente minha boca inteira, fazendo a mesma coisa ao puxar meu cabelo com mais força ainda e fazer minha cabeça ir para trás, arfei revirando meus olhos de leve, agora ele cravou seus dentes no meu lábio inferior, o mordendo para abafar um gemido que escapou para dentro da minha boca e o fez soltar meu lábio para então lambê-lo com um desejo absurdo. Meu quadril se impulsionou para cima esfregando no dele, e mordi de leve meu lábio inferior que latejava por causa de como seus dentes tinham passado por ele. Sua mão esquerda desceu do meu cabelo e rodeou meu pescoço, e então senti ele apertá-lo com seus dedos ao voltar a lamber meus lábios até chegar no meu nariz, sorri de lado bem safado.
Então dei uns passos para trás o tirando dali, mas não consegui ir muito longe, porque o prendi agora contra a parede antes de chegar no banheiro, e comecei a beijar seu pescoço. Meus lábios o chuparam com voracidade e gemia ainda mais, deixando sua voz deliciosa preencher o ambiente agora. Minhas mãos alisavam suas coxas, até que subiram, passando por sua barriga, sentindo sua pele quente e extremamente arrepiada. Agarrei sua cintura, o levando mais para cima, fazendo meus lábios deslizarem por sua pele, descendo até seu peito, vendo ele arquear levemente suas costas em resposta ao meu toque. Abocanhei o direito, e levei minha mão esquerda até o outro, beliscando o seu bico, o puxando com certa força e escutando arfar com vontade e rebolar seu quadril no meu. Chupei o seu peito e deixei minha língua rodeá-lo, dando uma mordiscada de leve. Então o lambi bem gostoso, e em seguida o beijei, passando minha língua pelo biquinho duro dele me fazendo gemer contra sua pele, sentindo ele se remexer ainda mais naquela parede, soltar mais gemidos altos e outros falhos. O soltei e fui para o outro, levando minha mão até o que estava molhado agora, passando meu polegar por ele, fazendo uns movimentos circulares sentindo como estava excitado com meus toques. empurrava cada vez mais seu peito para mim, gemendo por mais, seus lábios inchados e avermelhados entreabertos enquanto ele soltava exclamações deliciosas com uns suspiros roucos ao mesmo tempo. Suas mãos se perdiam entre meus ombros, costas e cabelo.
— Se foder. Por que você tem que ser inteiro delicioso desse jeito? — perguntei rosnando contra sua pele, mordendo o bico do seu peito e o olhando, sentindo como se meus olhos estivessem transbordando um desejo absurdo pelo meu irmão naquele momento.
— Por que você que tem ser inteiro delicioso desse jeito? — devolveu minha pergunta com a voz falha por sua respiração ofegante. Soltou mais uns suspiros altos e empurrou ainda mais seu peito para mim. — Ah ! — seus olhos se reviraram, seu quadril veio pra frente com um impulso forte e ele gemeu meu nome novamente em alta voz. Suas mãos subiram dos meus ombros e seguraram meu rosto, o deixando preso onde meus lábios já estavam. — Continua. Agora! — ordenou em um rosnado, deslizando seus dedos por dentro do meu cabelo e o puxou levemente.
Eu ficava com um tesão fodido quando meu irmão mandava daquele jeito, então meus lábios o atacaram com uma vontade absurda, beijando, mordendo, lambendo, a minha mão que estava em seu peito o apertava ainda mais, e a outra a sua bunda, subindo, pela lateral de seu corpo, segurando suas costelas com força, então descendo, afundando meus dedos em sua carne, até segurar sua coxa, e deixando que seu corpo descesse com meus lábios raspando por onde passavam, até chegar em seu queixo, passando meus dentes por ele, olhando bem seu rosto vendo o tanto que ele estava excitado apenas pela forma como ele me olhava de volta, tentando respirar e gemer ao mesmo tempo. Então agarrei seu lábio inferior e o chupei bem forte, mordendo em seguida, e enfiando minha língua em sua boca, puxando a dele e a chupando, sentindo ele ir soltando seu ar quente com pequenas pausas, intercalando com leves suspiros roucos. Minha mão subiu e eu segurei seu cabelo o puxando fazendo sua cabeça ir para trás e comecei a beijar seu maxilar, indo até sua orelha, passando os dentes em seu lóbulo enquanto ele voltava a apertar minha cintura com suas pernas, fazendo meu quadril tocar no dele freneticamente.
— Eu preciso tanto te sentir, . — sussurrei para ele apertando sua bunda e beijando seu pescoço de novo. Eu nunca me cansaria disso. Ele gemeu um pouco alto em resposta, tombando sua cabeça para o lado, conseguia sentir seu peito subir e descer aceleradamente quanto mais ele arfava.
Então ele segurou meus ombros com força, me afastando e tirando suas pernas da minha cintura para ir pro chão. Suas mãos desceram dos meus ombros e passaram por todo meu peito, barriga, abdômen até chegar na minha calça enquanto eu apenas seguia seus movimentos com o olhar. subiu seus olhos que estavam flamejantes até os meus, deixando eles totalmente presos ali e então senti ele ir descendo minhas roupas.
— Eu também preciso te sentir, Calnin. — sussurrou, abaixando seu corpo para me ajudar a tirar a calça, aproveitando para tirar meus tênis também, e eu sabia que ele estava fazendo naquela lentidão apenas pra me provocar e estava funcionando, eu estava ficando ainda mais excitado. Seus lábios continham um sorriso de lado e quando estava completamente despido, seus olhos voltaram a subir por todo meu corpo como se ele estivesse gravando cada detalhe. Vi ele respirar fundo e se levantar de novo, segurando meu rosto com sua mão direita. — Cada detalhe seu é a minha perdição, Calnin. — senti seus dedos apertarem meu maxilar e um sorriso veio em meus lábios. — E o meu maior desejo é me perder em você para nunca mais ser achado. — então voltou a me beijar com urgência.
— Então vem se perder. — chamei o pegando pela cintura e o puxando. — Porque eu nunca mais quero ser achado também. — minha língua tomou sua boca com a mesma urgência da dele.
Deixei minhas mãos irem até sua calça a abrindo e abaixando enquanto nos beijávamos, mas mesmo não querendo, tive que separar nossos lábios só um momento para tirar aquela roupa infernal a qual eu queria rasgar mesmo para ver se sumia de uma vez. Me abaixei tirando aquela peça de roupa juntamente com sua cueca, e perdi um pouco de tempo desamarrando aquelas merdas de coturnos. Ele não podia ter colocado uma coisa mais fácil de tirar? Respirei fundo e deixei meus dedos puxarem os cadarços, até que estivessem frouxos para que ele tirasse, e quando o fez, levou o resto junto tirando uma risada safada de que assistia tudo. Olhei para ele todo nu para mim do mesmo jeito que fez comigo e finalmente deixei minha mão passar de seu peito até seu pau que estava bem em pé em minha direção, e gemi com isso, perdendo até um pouco o fôlego, sentindo meu irmão alisar meu rosto e sorrir de canto, enquanto mordia seu lábio sutilmente.
— Como eu senti falta dele. — comentei baixinho com a voz rasgada, então cheguei mais perto deixando o meu pau passar plena lateral do seu, gemendo de um jeito manhoso e recebendo alguns dele de volta também. — Agora você vai gozar em mim bem gostoso. — disse erguendo meu olhar e encontrando os seus tons com os meus totalmente em chamas. — Vem. — o puxei dando uns passos para trás e caindo de costas na cama.
— Vou acabar ficando com ciúmes de você com meu pau desse jeito. — brincou, abrindo um pouco mais o sorriso no canto, me fazendo rir fraco por isso. Deixando seu quadril vir para frente e o esfregou de volta no meu, só que com mais calma. Arfei baixinho com aquele toque. — Então faz eu gozar em você, faz. — pediu manhoso, beijando meus lábios rapidamente em seguida.
veio pra cima de mim, me pegando com força pela cintura e fazendo meu corpo deslizar um pouco mais para cima, suas mãos agarraram minhas coxas com vontade e ele as deixou mais abertas, onde ele se posicionou e se deitou em cima de mim, já levando seus lábios para o meu pescoço, me fazendo jogar a cabeça para trás lhe dando todo o espaço que desejava para que fizesse o que tivesse vontade. Seus dedos se afundaram com uma puta dependência nas minhas coxas onde ele arranhou um pouco ao deslizar até meus joelhos, fazendo com que eu dobrasse minhas pernas, as minhas desceram por suas costas, a arranhando com minhas unhas curtas, suspirando com seus toques brutos em minha pele. Ouvi ele começar a gemer baixinho ao chupar de leve embaixo do meu maxilar, descendo pela lateral do meu pescoço com mordidas e lambidas bem molhadas e quentes, me arrancando gemidos fracos, sentindo como o meu corpo queimava por causa do dele no meu daquele jeito. Seu quadril começou a se mexer em cima de mim, fazendo seu pau deslizar debaixo para cima no meu, bem sutilmente ainda. Porra aquilo era tão gostoso que me fez fechar os olhos e gemer um pouco mais alto. Então ele afastou seu rosto do meu pescoço.
— Eu quero olhar pra você. — falou extremamente sério.
Então abri meus olhos o encarando, vendo ele apoiando um de seus braços em cima da minha cabeça e o outro agarrava uma das minhas coxas com vontade. Meu peito subia e descia, tentando tomar o ar que estava fugindo de mim por causa daquela visão perfeita que meu irmão estava me dando. aumentou os movimentos com seu quadril, esfregando nossas ereções com extremo desejo, usando mesmo sua força ao roçar com ímpeto. Uni as sobrancelhas soltando o ar por entre meus lábios e jogando meu quadril para cima contra o seu, fazendo meu pau roçar ainda mais no seu. Minhas mãos desceram até sua bunda, a pegando com vontade, e dei um tapa em uma de suas bandas, mordendo meu lábio inferior. Olhei para baixo vendo como estávamos, e eu não consegui me segurar, precisava tocá-lo.
Uma de minhas mãos deslizou pela sua bunda, rodeando seu quadril, o apertando e jogando o meu para cima, até que peguei seu pau alisando ele inteiro sentindo sua grossura em minha palma e como pulsava.
— Não! — rosnou pra mim me fazendo encarar seu rosto no mesmo instante tentando entender o que tinha de errado, tirando minha mão e a prendendo em cima da minha cabeça junto com seu outro braço, agora ele o usava para segurar meu pulso. — Vamos gozar fazendo apenas isso. — disse em tom de ordem, e eu sorri jogando minha cabeça para trás e o olhei novamente, recebendo uma lambida nos meus lábios antes dele retomar o que fazíamos com nossos quadris.
— Tudo o que você quiser, Calnin. — disse tentando respirar um pouco. — Eu sou seu para você fazer o que quiser comigo. — mordi seu queixo e gemi fraco com seu pau se esfregando no meu.
— Tudo que eu quiser? — perguntou, unindo as sobrancelhas em um prazer absoluto, até soltando uns suspiros fortes entre suas sílabas.
— Tudo. — sussurrei para ele olhando dentro dos seus olhos para que visse que eu o queria e não importava como.
— Ah … — gemeu meu nome de um jeito muito gostoso, juntando nossos lábios em seguida em um selinho demorado e apertado. — Eu sou tão maluco por você que chega ser insano você me falar isso. — contou, beijando meus lábios de novo, e deslizou seu corpo por cima do meu de baixo para cima, roçando a lateral do seu pau no meu com mais força ainda, tirando um gemido rasgado dele.
— Pode contar que eu sou igualmente louco por você, . Demais mesmo, e sinceramente não me importo o quão insano isso seja. — contei a ele, subindo minha mão e segurando sua nuca, fazendo aquele selinho ficar mais apertado. Meu gemido saiu abafado com nossas ereções se esfregando daquele jeito, e meu quadril já subia para cima sem que eu mesmo desse conta disso. — Não para. — pedi gemendo sôfrego sentindo como eu estava ficando totalmente louco com aquilo. Meu ar bateu contra seus lábios, os quais tive que morder, porque estavam extremamente tentadores vermelhos e inchados daquele jeito.
— Ah Calnin… Puta merda! — sorriu suavemente ao gemer cada palavra contra o selinho apertado, passando seus lábios nos meus com pressão. — Geme pra mim então o quanto você é louco por mim. — arfou contra minha boca, forçando ainda mais seu quadril cada vez que o meu subia. Sua mão que estava na minha coxa, a apertou com mais força e violência, suas unhas se forçaram ali na minha carne e ele esfregou ainda mais seu pau no meu, o apertando mesmo até eu sentir como ele já estava pulsando, então eu gemi totalmente alucinado com aquilo tudo. — Me morde de novo. — mandou, deslizando seu lábio no meu com um certo desespero, então eu mordi, mordi forte e o puxei. Seu peito deslizava pelo meu e fazia questão de fazer seus mamilos se esfregarem nos meus me deixando excitado pra caralho, e a cada vez que ele descia sentia ele subiu com mais força, usando mais pressão ao apertar seu pau no meu e isso fazia ele soltar uns gemidos mais altos pelo quarto.
— Eu sou… — joguei a cabeça para trás gemendo tentando pegar as palavras na ordem certa. — louco por você… ! — gemi alto mesmo não me importando por mais porra nenhuma que não fosse nós dois naquele quarto. Minha mão mão desceu rapidamente por suas costas bem pelo meio delas deixando minhas unhas curtas o arranharem com força sentindo ele arquear levemente e suspirar bem alto, até chegar em sua bunda, afundando meus dedos nela e o puxando mais contra mim enquanto eu ia contra ele e uma sincronia que fazia até nossos quadris se baterem um contra o outro em um estalo delicioso, tirando ainda mais sons descompassados e descontrolados do meu irmão. — Ah, . Eu quero tanto gozar em você. — soltei totalmente tomado de tesão, não parando nenhum segundo de esfregar meu pau no dele daquele jeito que estava me matando, sentindo como o meu estava pulsando cada vez mais para ele. Arfei e virei meu rosto para o lado tentando respirar, minha mente se apagando enquanto meu corpo queimava cada vez mais conforme os segundos se passavam mais rápidos do que eu realmente queria.
— Porra, ! — ele grunhiu, descendo seus lábios para o meu queixo onde ele mordeu com força, depois foi para o lado e chupou novamente meu pescoço absurdamente alucinado. Gemi alto para ele subindo minha mão novamente e segurando seu cabelo, o puxando. — Você me deixa louco! Puta que pariu! — sua mão puxou mais minha coxa, a abrindo mais e a arranhando bem na parte interna, então abri mais minhas pernas para ele. — Eu sou louco por você também. Completamente. — respirou bem forte ao dizer isso extremamente baixo por faltar seu fôlego, mas não parou nenhum instante de esfregar seu pau em mim com mais vontade ainda. deslizou seus dedos do meu pulso até abrir minha mão, então entrelaçou nossos dedos e raspou seu nariz na lateral do meu ao subir com seu corpo novamente. Sorri fraco para ele e gemi baixinho por entre meus lábios entreabertos. — Goza em mim então, por favor. Quero que você mele meu peito inteiro, Calnin. — então senti ele dar uma impulsionada mais bruta com seu quadril fazendo nossos corpos subirem mais na cama, trazendo o lençol junto. Gemi alucinado demais. Ele tirou sua mão da minha coxa e segurou meu rosto, fazendo eu voltar olhar pra ele. — Olha. Pra. Mim. — seus dedos apertaram minhas bochechas e meus olhos se abriram um pouco mais, o encarando. Ele gemeu rasgado ao puxar o ar quando deu outra daquelas impulsionadas que arrastavam nossos corpos no colchão. Seus dedos apertaram os meus com força e ele gemeu meu nome de uma forma que ecoou no quarto e pude sentir como seu pau estava pulsando pra caralho e começando a ficar mais melado.
— Eu vou. — soltei com a voz falhada sentindo já como estava ficando. Eu não ia aguentar muito tempo, e meu pau já me denunciava de tanto que estava latejando com o de se esfregando daquele jeito. — Manda mais, isso só me deixa com a porra de um tesão fodido. — rosnei para ele, jogando meu quadril para cima, e levei meu rosto para perto do dele, lhe roubando um selinho apertado, sentindo ele apertar seus lábios de volta e soltar um grunhido rouco. — Vai, . Vai. — pedi rouco, perdendo o ar já. Meu pau ficando melado, escorregando no seu naquele pré gozo enquanto ele me obedecia e ia com mais vontade, mais pressa e afinco. Umedeci meus lábios gemendo mais alto e meus dedos seguraram os seus com força, e minha outra mão segurou sua costela com muita pressão sentindo meus dedos deslizarem em sua pele suada, ouvi ele arfar extremamente alto por causa disso, perdendo seu ar ao tentar soltar um gemido. — Estou quase… — olhei para baixo vendo como meu pau estava e arfei, voltando a encarar seus olhos. — Você vai gozar para mim? — perguntei erguendo um pouco minha cabeça e encostando minha testa na dele deixando que apenas meu irmão continuasse se movimentando.
— Gosta de receber ordens, é? Gostoso. — sorriu safado para mim e eu sorri junto do mesmo jeito, mordendo seu próprio lábio de um jeito sexy enquanto me encarava. — Geme mais pra mim então. Vai. Quero ouvir meu nome sendo solto apenas pra mim. — aumentou o tom de voz que mesmo assim saia falha devido à falta de ar, mas era aquele tom de ordem dele ainda assim. — Agora, Calnin. Geme! — então sua mão bateu na minha coxa com força, fazendo o barulho do tapa ecoar pelo quarto e ele esfregar com mais força seu quadril, amassando um pouco seu pau no meu e soltando um gemido rouco em seguida de um suspiro fraco. Então eu gemi para ele, alto, baixo, fraco, de todos os jeitos que eu conseguia, chamando seu nome do jeito que tinha mandado. continuou sem diminuir o ritmo nenhum segundo, apenas aumentou cada vez mais, seu cabelo castanho estava caído em seu rosto, alguns fios grudados em sua testa, seu peitoral suado deslizava pelo meu com mais facilidade. Ele estava tão lindo e sexy daquele jeito, que me fazia suspirar quando parava para olhá-lo por alguns segundos. Sua respiração quente e falha se misturava com a minha. Sua mão em meu rosto se suavizou quando encostei nossas testas e senti ele alisar o contorno do meu maxilar, notando como ele estava tremendo. — … — ouvi ele me chamar, só que mais uma vez meu nome saiu como um gemido forte de seu peito. — É só pra você que eu gozo assim. — me contou com a voz baixa e rouca, seus olhos nos meus. Aquilo foi o que me serviu para explodir chamando o seu nome baixinho, sem força quase, e nem ao menos consegui avisar que ia gozar. Ele tinha me pegado de surpresa falando aquilo. — Ah ! — gemeu de novo, sorrindo extasiado ao sentir como eu tinha o melado, ele foi diminuindo o ritmo bem lentamente. — Assiste eu gozar só pra você também, meu mundo. Você é meu mundo. — aquilo fez meu coração acelerar de um jeito que nunca tinha ficado antes. Eu era o mundo dele. Mesmo que eu visse que ele queria fechar seus olhos, meu irmão não fez isso, ele deixou seus tons que queimavam em um brilho absurdo nos meus enquanto soltou os gemidos altos, roucos e totalmente falhados. Então gemeu meu nome ainda mais alto pelo quarto, soprando todo seu ar na minha boca e senti ele me melar gozando pra caralho em cima de mim.
— Gosto quando é você quem está fazendo isso em cima de mim. — respondi lambendo meus lábios de um jeito bem safado. Eu não aceitava ordens de ninguém, nem dele mesmo a maior parte das vezes, mas ali, naquele momento, aquela porra estava me excitando loucamente, então sim, eu estava gostando. Deixei minha mão subir até seu rosto e olhei bem dentro de seus olhos. — Você é meu mundo também, . Meu ar. Meu tudo. — sussurrei para ele sem fôlego algum, meu coração em uma batida totalmente perdida, perdida em meu irmão. Eu era dele, só dele e de mais ninguém. Meu olhar desceu e uni as sobrancelhas vendo ele gozando para mim, deixando ainda mais meu corpo todo trêmulo, vendo seu gozo se misturando com o meu em nossas barrigas e escorrendo pelos nossos corpos. Meu olhar subiu até o seu e um desejo absurdo de falar o quando o amava me tomou, mas eu não podia, então apenas juntei meus lábios nos dele deixando um suspiro sair. — Agora eu quero muito um banho. — falei soltando minha cabeça contra o colchão e rindo fraco, sentindo como estava tonto demais.
— Eu vou ficar me sentindo assim, sabia? — respondeu, lambendo meus lábios da mesma forma que eu tinha feito segundos atrás. tinha um sorriso tão bonito nos lábios enquanto seus olhos estavam submersos nos meus, vi ele tombar levemente a cabeça para a minha mão em seu rosto. — Você me faz bem demais, puta merda. — soltou bem alto, abrindo o sorriso. — Somos nosso próprio mundo, Calnin. Por isso não precisamos de mais ninguém. — sussurrou dessa vez, fechando seus olhos por alguns instantes soltando seu ar por estar absolutamente sem fôlego, e senti uma euforia me tomar, a qual me fez sorrir abertamente para meu irmão, feliz demais por ouvir aquilo. Aquele dia definitivamente estava sendo o melhor da minha vida e eu nunca me esqueceria de nenhum momento dele. Ele sorriu contra meus lábios e me beijou de volta, então senti ele mesmo sem forças e trêmulo deslizar um pouco mais seu corpo no meu, separando nossos lábios e prendendo seu lábio entre os dentes ao mostrar que estava espalhando nosso gozo em nossos corpos. Principalmente no dele, deixando até seu peito de melar. Eu estava achando aquilo uma delícia. — Eu disse que queria sentir até meu peito melado. — soltou em um aviso, piscando um olho e me roubando um selinho. Eu ri daquilo. — Quer ir? Ou quer que eu vá junto? — perguntou se referindo ao banho.
— Pode se sentir o quanto você quiser. — falei dando um riso nasalado e gemendo fraco, ouvindo ele rir baixinho também e sorrir de um jeito que já estava se achando. Sentia que poderia me afogar olhando nos olhos do meu irmão. — Você também me faz muito bem, . — você me faz me sentir completo. Apenas pensei, guardando aquilo para mim mesmo e respirando fundo. — Só ter você sempre vai ser o suficiente para mim. — contei para ele deixando meu polegar passar pela pele suada de seu rosto em um carinho suave, vendo seu sorriso ficar mais preso e mais largo, sentindo seus olhos brilharem um pouco mais. Beijei seus lábios suavemente, e sorri para ele quando me afastei. — Estou achando bem gostoso. Pode continuar se sujando mais. — falei rindo fraquinho, vendo ele fazer exatamente isso, levar sua mão até meu pau melado, a sujando e então deslizando por todo seu peito e barriga, misturando mais com o dele. Mordi meu lábio inferior admirando aquela cena, então peguei sua mão e a levei até meus lábios, e lambi seus dedos, chupando um por um e gemendo fraquinho, sendo assistido por ele que tinha as sobrancelhas unidas e lambia seus próprios lábios parecendo se deliciar demais assistindo. — Gostoso demais. — sussurrei passando a ponta de minha língua pelo seu dedo médio. Fiz um bico como se pensasse em sua questão, depois estalei a língua no céu da boca. — Vou te deixar aqui deitado todo melado mesmo e vou tomar banho sozinho. — disse rindo um pouco e puxando o ar. — É claro que quero que você vá comigo. Quero gozar de novo contigo no banho.
— Saiba que mesmo que em muitos momentos eu te tire do sério, te machuque, o que eu verdadeiramente vou mais desejar, mais que tudo mesmo, é ser suficiente para você. Sempre vou desejar te fazer bem dessa forma. — seu sorriso ficou um pouco fraco, e ele passou seu nariz pelo meu em um carinho, enquanto o olhava sério, sentindo suas palavras entrarem em meu peito com força. — Mesmo sendo um desejo completamente falho. — senti um pouco de pesar no seu tom de voz, vendo ele suspirar baixinho, então passei a ponta do meu nariz pelo dele indicando que não era para se sentir daquele jeito, porém eu entendia perfeitamente aquele sentimento. Vi sorrir de leve para mim e raspar seu nariz de volta no meu. — Gostoso mesmo é sentir você se desfazendo pra mim. Sentir seu gozo gostoso no meu corpo. E principalmente assistir e sentir você chupando meus dedos assim. — contou com a voz rouca de desejo e a expressão tomada pelo mesmo sentimento, até chegou suspirar sôfrego. — Deus do céu, daqui eu fico duro só com isso, Calnin. — disse rindo nasalado em seguida, mas deixando uma trilha de beijos na minha bochecha. — Ah mas eu ia lá assistir você tomar banho mesmo se você me quisesse junto. — fez um biquinho fofo e me roubou um selinho. Acabei gargalhando com o que disse. — Sério? — levantou de cima de mim, se ajoelhando na cama. — Então vamos logo. Vamos. Vamos! — me puxou pelo braço na maior empolgação, rindo alto em seguida, e eu acompanhei sua risada negando com a cabeça.
— Entenda que você sempre será até mesmo mais do que o suficiente para mim. — deixei meus dedos alisar seu cabelo, tentando jogar os fios lisos para trás e vendo ele lamber seus lábios deixando o sorriso vir conforme ouvia minhas palavras. — Não importa o que aconteça entre nós, você é o único capaz de me deixar sempre bem no final. — beijei de leve seus lábios dando um pequeno sorriso. — E sabia que você nunca falha em me curar. — contei olhando bem dentro dos seus olhos para que entendesse aquilo de uma vez por todas. era tudo para mim. Ele poderia me machucar, mas sempre era ele quem me fazia ficar bem depois. Então estava tudo bem. Joguei minha cabeça para trás rindo um pouco mais. — Ah, Calnin! Eu adoro também. É muito bom quando você goza para mim, me suja todo, é tão delicioso sentir o seu gostinho. Você não faz ideia. — contei de um jeito divertido, mas era a real mesmo. — Vai? Hm, me deixa ver. — desci minha mão até seu pau e o pegando, vendo arquear a sobrancelha com isso. — Acho que vai demorar um pouco. — brinquei lhe roubando um selinho e ouvindo ele rir gostoso. — Olha que garoto tarado vendo o irmão mais velho tomar banho. — disse bem sério como se fosse uma bronca, mas cheguei mais perto de mordi de leve seu lábio inferior, vendo ele suspirar suavemente. — Eu seria obrigado a te puxar para o box. — falei passando a língua bem devagarinho em seu lábio agora, olhando para ele. — Vamos. — me sentei na cama me sentindo tonto ainda e levantei rindo mais um pouco por causa da sua animação.
— Eu gosto demais mesmo de saber disso porque apesar da gente brigar demais mesmo, eu odeio nossas brigas. Não gosto de te magoar. — fez um leve biquinho entre o sorriso, e tudo o que eu conseguia fazer era admirar aquele garoto lindo e perfeito que eu tinha como irmão. — E eu espero ser sempre sua cura. Você também é a minha. Tudo com você fica bem. Absolutamente tudo. — aumentou um pouco mais seu sorriso, suspirando baixo e me roubando outro beijo leve, encostando seus lábios nos meus de forma sútil e deixando uma carícia suave. — Olha que safadinho adorando sentir o meu gostinho. Ficou até fofo se não fosse uma perversão. — brincou, apertando de leve meu quadril e depois minha cintura, rindo em seguida. — Ah vai demorar nada. Você e meu pau tem uma conexão que eu nunca vou entender. Daqui a pouco ele fica duro pra você de novo. — respondeu rindo fraco e negando de leve com a cabeça. — Você me chamando de tarado? A que ponto chegamos? — fez uma atuação de quem tinha se ofendido, mas voltou a se aproximar de mim e mordeu de leve minha bochecha. — E eu bem sei que você ia mesmo me puxar. Você não se aguenta. — falou no meu ouvido. Então se levantou primeiro e estendeu a mão para mim para irmos tomar banho juntos então.
— Também odeio as nossas brigas, ainda mais te magoar. — confessei dando um suspiro, realmente ficando levemente chateado por não conseguir evitar de fazer as duas coisas, mas senti os dedos de fazerem um carinho em meu queixo e seus lábios continham um sorriso leve, sabia que significava para eu não ficar triste com aquilo. — Você sempre será minha cura, . Não importa o que aconteça. — disse bem sério olhando dentro de seus olhos que me deixavam ainda mais apaixonado por ele. Eu não entendia como alguém conseguia ser tão lindo e perfeito, mas meu irmão conseguia isso com extrema facilidade, e tudo o que eu conseguia fazer era sorrir para ele, o admirando, e o amar infinitamente. — Fazer o quê? Eu adoro mesmo. Você não faz ideia do quão gostoso é. — sussurrei passando meus lábios pelos dele, lhe roubando uma lambida, rindo fraco em seguida. — Adoro essa conexão que tenho com seu pau, ele é delicioso demais. — falei rindo um pouquinho, e deixei minha mão deslizar por dele, o massageando de leve soltando um gemido fraco juntamente de um suspiro bem longo. acabou gemendo baixo também e seus olhos desceram até minha mão, fazendo seus olhos queimarem ali e ele arfar rouco. — Muito delicioso. — lambi meus lábios vagarosamente. — Você é tarado mesmo. E dos grandes. — rebati lhe dando um selinho. — E eu ia mesmo, não tem como aguentar ver um homem como você apenas me olhando tomar banho, é crueldade demais, até para mim. Além de desperdício total. — dei de ombros, porque aquilo era a mais pura verdade.
Peguei sua mão e fomos para o banheiro, e obviamente que a gente começou a se pegar antes de chegar lá, quando chegamos, e foi em cima da pia, dentro do box, fora dele, todo molhados. A gente nem ao menos conseguia parar para respirar um pouco, e aquilo até me fazia rir um pouco entre toda aquela loucura deliciosa nossa. E obviamente que gozamos de novo nos tocando sem o menor pudor. A mão do meu irmão era mágica, era a única explicação plausível que tinha para conseguir gozar com tanta facilidade, logo quando eu era chato pra caralho para gozar, geralmente demorava, isso quando realmente conseguia.
No meio disso tudo percebemos que estava com fome, e dessa vez não era de nós mesmo, então fomos pedir algo para comer, e ficamos esperando na sala. Logo, acabamos nos pegando de novo freneticamente na sala. Aquele filho da puta decidiu sentar em cima de mim e ficar rebolando bem gostoso enquanto me beijava, exatamente como queria ter feito no uber e não conseguiu, e obviamente que eu gozei desse jeito também, mas não deixei por menos, eu peguei o seu pau e bati uma para ele sem deixar que me tocasse. Foi bem divertido ver louco para me agarrar, me apertar e me beijar, mas não deixei, então o fiz gozar para mim, melando minha mão bem gostoso. Quase o chupei também, só que eu não sabia se ele realmente queria isso quando não havia me pedido, e não estava nem um pouco afim de forçar alguma coisa ali, não sabia se realmente podia mesmo que ele tivesse me mandado um áudio falando adoraria que eu o fizesse, porém sabia que ele estava chapado falando aquilo, então achei melhor não fazer.
Quando a comida chegou paramos um pouco com aquele fogo apenas para comer, mas até no meio disso nós acabamos nos pegando também, e começamos a rir de nós mesmos por não estarmos conseguindo nos separar nem por um segundo. O que realmente estava sendo difícil quando tudo estava tão perfeito e delicioso. tinha conseguido fazer o meu aniversário ser realmente perfeito como havia dito que queria, e tudo isso só me deixava ainda mais eufórico em relação ao que sentia por ele. Sentia que estava maior, ou poderia ser só o efeito do que estávamos fazendo, eu não sabia ao certo, mas estava gostando demais e não queria jamais que terminasse, e tinha um medo absurdo do que seria quando voltássemos para casa. A verdade era que eu não queria voltar, queria ficar ali naquele quarto de hotel para sempre com meu irmão, só que isso nunca seria possível, nosso pai nunca nos deixaria em paz.
E por um momento eu parei para pensar naquilo enquanto comia, e essa merda me tirou a fome, então só deixei a comida de lado e deitei no colo de , pegando a sua mão e a colocando em meu cabelo em um pedido mudo por carinho, fechando meus olhos e sentindo seus dedos afagarem meus cachos suavimente. Eu era louco pelos seus carinhos, eles tinham tanto poder sobre mim, me acalmavam demais. Suspirei sentindo meu corpo ir relaxando aos poucos, e acabei cochilando ali mesmo. Não sei por quanto tempo que apaguei, mas despertei em um pequeno movimento que meu irmão fez, e abri meus olhos, me virando de costas no sofá e o olhando com um pequeno sorriso como se o agradecesse por ter me deixado ficar ali um pouco e recebi um beijo na minha testa, vendo ele sorrir de volta.
Então me levantei e o puxei comigo para ir para o quarto. Deitei de lado em uma das camas e fez o mesmo. Ficamos um tempo deitados um olhando para o outro sem falar nada, era como se nossos olhos estivessem conversando, o meu dizia que não queria dormir, porque sabia que quando acordássemos a nossa realidade seria outra. Queria permanecer naquela ali até não poder mais, até não aguentar mais. Eu queria ter meu irmão em qualquer realidade, por mais que soubesse que era impossível.
Respirei fundo e cheguei mais perto dele, segurando a lateral de seu rosto e o beijando com muita vontade mesmo sentindo ele me puxar para si ao segurar minha cintura com força, em um pedido para que aquilo não acabasse. Aquele era o meu desejo de aniversário mesmo que não tivesse soprado velas para isso. Eu queria poder amá-lo da minha maneira todos os dias da minha vida. Sem fim.
Começamos tudo de novo naquela cama, mas agora estava diferente, parecia que estava tudo mais forte e intenso. Nossas respirações pesadas, nossas mãos pegando um o corpo do outro com uma força na qual ficariam as marcas, e eu não estava me importando com nenhuma delas naquele momento, pelo contrário, as queria para poder lembrar exatamente daquilo quando as olhasse. Nossos lábios se passando um sobre o outro com uma pressão que chegava a ser até mesmo dolorido, porém extremamente delicioso de uma forma que não conseguimos parar de nos beijar daquela forma, nossas línguas se tocando com uma urgência desigual. E meu coração tão acelerado com aquilo tudo que parecia que iria rasgar o meu peito ao atravessar por ele. Nossos gemidos roucos e extremamente falhos arranhavam as paredes daquele quarto do mesmo jeito que fazia isso conosco, desesperados para saírem enquanto nossos corpos queimavam em uma intensidade tão forte, que estávamos suando de chegar a escorrer, e isso porque nem ao menos estávamos transando. Eram apenas nossas mãos e nossos corpos se esfregando em uma vontade absurda até gozarmos de novo e de novo um para o outro de um jeito que me fez perder as forças, o ar, e até mesmo um pouco da minha consciência por alguns segundos quando meus olhos se fecharam.
Então acabamos dormindo abraçados, meu rosto na curva de seu pescoço sentindo seu cheiro viciante ouvindo sua respiração calma que me deixava totalmente relaxado. E como sempre, dormir com meu irmão sempre era uma das melhores noites, porque eu me sentia extremamente bem e seguro com ele, e naquele momento nada e ninguém poderia nos separar.
Acordei sentindo um calor queimando minha pele e abri meus olhos sentiram ele doer por causa da claridade e vendo o sol entrando pela porta da sacada que tinha ficado aberta. Gemi fraco com aquilo e me virei na cama sentindo o corpo de esbarrar no meu, então o olhei vendo seus olhos se abrindo e me encarando. Nós dois ficamos nos olhando em um silêncio que se arrastou, e não era como o da noite anterior, aquele era diferente, um o qual queria dizer que não deveríamos estar daquela forma naquele momento. Sabia que deveria ser isso que estava rolando em sua mente, e tinha ciência que eu deveria levantar daquela cama e ir tomar um banho para poder arrumar nossas coisas para voltar para a nossa vida de irmãos Calnin. Suspirei e vi virar seu rosto, olhando para outro ponto do quarto.
Abri a minha boca para perguntar se podíamos ficar ali naquela cama nus por mais alguns minutos, mas aquilo era errado, então apenas juntei meus lábios novamente e me sentei, passando a mão em meu cabelo que estava extremamente embolado, e fiz uma careta péssima por isso. Aquela merda me daria um trabalho fodido para desembolar.
— Você quer alguma coisa para comer? — perguntei e minha voz saiu extremamente rouca, e eu sabia o motivo e não eram os berros que tinha dado no show.
— Pode ser… — vi ele morder seu lábio inferior e voltar a me olhar. — Quer ir tomar banho e eu peço? — seus olhos desviaram dos meus de novo e ele puxou mais o lençol para si cobrindo seu corpo que estava totalmente nu.
— Não. Pode ir primeiro. — falei e levantei da cama caçando o meu maço de cigarro sem me preocupar em vestir pelo menos a minha cueca antes. Sabia exatamente o que estava acontecendo com a gente, era o efeito da ressaca do que fizemos. — Vai querer algo em específico? — perguntei achando o maço e já tirando um cigarro de dentro dele sentindo que minhas mãos tremiam de leve. Eu odiava aquela parte.
— Tudo bem. — ele se remexeu na cama, mas não levantou. Seus olhos passaram pela cama primeiro de uma forma bem lenta como se ele estivesse esquecido algo ali e procurasse, então vi seus dedos tocarem sutilmente onde eu estava deitado antes e seus tons vieram até os meus olhos no instante seguinte. Retrai meus lábios e desviei o olhar. Droga, eu queria voltar e deitar naquela cama. — Sim, vou querer sim. — seu tom de voz saiu mais rouco e mais baixo, senti ainda seus olhos fixos no meu rosto por alguns longos segundos até notar que ele tinha descido o olhar por mim, então voltei a encará-lo e senti como se estivesse me desejando naquele momento, só que certamente isso era coisa da minha mente insana. Seus olhos desciam por cada parte do meu corpo com bastante lentidão, ele mordiscava seu lábio inferior enquanto uma de suas mãos foi parar em seu cabelo escuro totalmente bagunçado, seus dedos os puxavam para trás com um certo tipo de força. Ok, talvez eu não estivesse tão louco assim, e estivesse realmente me querendo, mas isso não mudava em nada as coisas. Nós não podíamos fazer aquilo simplesmente sóbrios. De qualquer forma aquilo só deixou as coisas dentro de mim bem piores. Vi ele negando levemente com a cabeça e voltando seus olhos nos meus. — Não, não vou querer nada em específico não. Só o … o de sempre. — falou baixinho, soltando o ar pesadamente. Então se levantou já se encaminhando para o banheiro.
Fechei meus olhos e deixei minhas costas se apoiarem na parede quando a porta do banheiro se fechou, e naquele segundo eu quis quebrar tudo. Sentindo a raiva me tomando, queimando minhas veias. Inferno! Por que a merda das coisas tinham que ser daquela forma? Por que tinha que ser meu irmão? Por que ele tinha que ser o cara pelo qual eu estava completamente apaixonado?
Capítulo 10
Nove meses depois
Tinha acordado mais cedo e fiquei conversando com minha mãe sobre todas viagens que já tínhamos feito e então relembrando a do Brasil. Estava com um sorriso enorme no rosto ao ver minha mãe vendo as fotos da viagem do Brasil, obviamente que não aquelas que tiramos nos beijando, essas eram um segredo somente meu e dele. Algumas semanas depois que voltamos do Brasil, e eu estávamos chapando e decidimos que era um bom momento revelar aquelas fotos. Depois de reveladas, fomos até a casa do lago e as guardamos no nosso quarto com o vidro colorido. Ninguém acharia aquelas fotos lá. Era um lugar só nosso com memórias só nossas.
Minha mãe também me contava de como ela tinha adorado passar a semana do Carnaval no Brasil, mas ela nunca iria querer deixar Hazz e eu voltarmos lá no Carnaval porque ela disse que seríamos bem malucos de sairmos pelados junto com o pessoal no desfile e isso me tirou uma gargalhada alta, tirando uma risada dela também.
— Conheço essas pestes que eu tenho de filhos. Não podem ver a oportunidade de ficar pelado que já vão. — ri ainda mais com esse comentário, levantando um ombro em sinal de que talvez ela estivesse certa mesmo e levei um tapa no ombro.
— Mas não ia dar certo, não faço a mínima ideia de como sambar. — comentei, fazendo um leve biquinho.
Ela sorriu e colocou sua xícara de café em cima do balcão, se afastando em seguida, tirando seus saltos e ficando descalça no chão. Olhei curioso quanto aquilo e vi ela estender as mãos para mim. Ri baixinho disso e segurei suas mãos, deixando ela me puxar para ficar de frente para ela. Minha mãe tinha um sorriso bem parecido com o meu, como costumava dizer, mas eu achava o dela bem mais bonito, era um sorriso extremamente doce. E ainda assim nem o meu e nem o dela se comparavam com o dele. Eu adorava as covinhas que apareciam em suas bochechas, ele ficava adorável demais sorrindo, era impressionantemente perfeito demais o sorriso dele.
Minha mãe começou a movimentar seus pés, deslizando eles no chão de uma forma muito engraçada mesmo que me tirou uma gargalhada ainda mais alta, a deixando levemente brava até porque ela parecia estar tentando se esforçar em me mostrar como era sambar.
— Não lembro de ter visto isso daí não. Isso é mesmo sambar? — zombei, recebendo outro tapa no ombro. — Você anda ficando agressiva igual seu filho mais velho. Estou perdido com vocês!
Neguei com a cabeça, alisando meu ombro como se estivesse doendo mesmo.
— Você que é uma peste que nos tira do sério. — abri a boca e me fiz de sonso, até como se estivesse bastante ofendido com isso. — Eu amo você, . Desse jeitinho aí.
Sorri abertamente para ela, a puxando para um abraço forte e então a girei ali na cozinha, a fazendo rir e tentar se soltar. Mas não deixei, apenas fiquei girando nós dois loucamente e até deixando nos tontos por causa disso.
— Audrey, vamos nos atrasar. Solta dela e vá ser útil, . — ouvimos a voz grossa do meu pai na porta, a soltei no mesmo momento. Vendo o sorriso dela desaparecer e a mesma correr para calçar seus sapatos.
— Bom dia para você, papai. — sorri cínico para ele e quis rir dos seus olhos se revirando ao ouvir minha voz.
Peguei meu prato de waffles e fui para a sala. Acabei parando logo no começo ao ver Hazz deitado no sofá, de bruços e ele sempre ficava com um biquinho muito fofo quando deitava assim, o cabelo castanho bagunçado no seu rosto. Acabei deixando um sorriso nascer em meus lábios enquanto ainda admirava a vista de uma forma meio besta. Meu irmão era muito bonito mesmo. Parecia até um anjo nesses momentos. Obviamente que só nesses momentos.
— ! — dei um pulo com a brutalidade do nosso pai passando com a minha mãe pela sala. Meu irmão acordou no mesmo segundo, olhando em volta. — Levanta desse sofá. O que eu fiz pra merecer esses meninos?
Encarei os olhos verdes de Hazz e fiz uma careta bem horrenda e engraçada ao tentar imitar meu pai pelas costas.
— Que eu saiba o sofá é para ser usado, e eu estou usando. — meu irmão o respondeu, e sua resposta me tirou uma risada um pouco alta e até digamos com um tom de deboche. — Ri mesmo. A gente vai apanhar, já já. — riu, falando baixinho.
Nosso pai o encarou como se estivesse recebendo uma entidade naquele momento e depois me lançou esse mesmo olhar.
— Eu acordei querendo uma surra mesmo, papai. — pisquei um olho para ele, sorrindo para em seguida.
— Parem os dois! — ouvimos nossa mãe interromper o que seria um tipo de apocalipse.
— Ué, mas eu não estou fazendo nada. Só estou deitado no sofá. — soltou totalmente sonso.
— E eu comendo waffles. Quer? — ofereci para o meu irmão, indo até o sofá que ele estava sentado, me sentando ao seu lado.
— Quero. — roubou um de meu prato enfiando quase inteiro em sua boca e olhando para o nosso pai em afronta por estarmos comendo na sala.
— Vou chamar dois seguranças, porque eu quero o senhor treinando suas aulas de piano hoje pela tarde, . — nosso pai ordenou como se fosse um ditador.
— Eu já sei tocar piano, não preciso ficar treinando, não é como se as teclas fossem mudar de lugar de um dia para o outro. — deu de ombros voltando a comer o waffle como se nosso pai nem ao menos estivesse o engolindo com o olhar nesse exato momento.
— Achei que você estivesse atrasado, ué. Atrasado para encher nosso saco então. Entendi. — bati de leve o indicador no meu queixo como se acabasse de desvendar um mistério. Hazz gargalhou ao meu lado jogando a cabeça para trás com a boca cheia ainda.
— e , já chega! — mamãe voltou a se pronunciar, nos olhando com um olhar que nos implorava para não provocarmos mais. — Vamos, amor. Estamos mesmo atrasados. — vi sua mão tocar no peito de nosso pai como uma forma atenciosa e carinhosa para acalmá-lo.
Virei meus olhos para meu irmão que tinha uma careta muito engraçada ao assistir aquela cena e cutuquei de leve sua barriga por causa daquilo.
— O que? Não estou fazendo nada. — cochichou, bancando o sonso. Estreitei meus olhos para ele e neguei com a cabeça, rindo nasalado. Então ele fez um biquinho engraçado pegando mais um waffle do meu prato, isso me fez dar um tapa de leve em sua mão pelo abuso de estar roubando meus waffles. — Se não era para comer, por que ofereceu? — reclamou, ficando emburrado e pegando mesmo assim.
— Era pra ser só um, guloso do caralho mesmo. — mostrei a língua para ele, dando outro tapa na mão dele e fazendo ele derrubar o waffle no sofá, melando o estofado. Isso me fez arregalar os olhos no mesmo instante, buscando os olhos do nosso pai. Por sorte, ele não viu porque estava colocando o paletó.
— Você vai limpar com a língua! Me dê isso aqui! — tentou pegar o prato de minha mão, mas puxei de volta, ameaçando morder a mão dele que ainda segurava o prato.
— Solta, ! — ordenei.
— Não! Me dá! — empurrou minha cabeça com sua mão para não mordê-lo. Soltei uma risada um pouco alta por causa daquilo e consegui cravar meus dentes em seu pulso mesmo assim, mordendo forte. — Caralho, ! Não me morde assim. — sussurrou bem baixo dessa vez olhando dentro dos meus olhos.
Umedeci meus lábios e prendi de leve meu lábio inferior, encarando seus olhos de volta. Senti um arrepio me tomar por sua voz ter saído mais baixa e com isso mais rouca. Inspirei um pouco forte e vi que nenhum de nós dois estávamos sorrindo ou rindo, desviei meus olhos e desci para seu pulso que tinha a marca dos meus dentes. Sorri levemente de lado e voltei olhar para ele. Chegando um pouquinho só mais perto.
— Você gosta que eu te morda assim, não é? — sussurrei, arqueando levemente a sobrancelha. engoliu em seco com minha pergunta e puxou o ar.
— Eu gosto quando você faz muitas coisas. — murmurou abaixando um pouco a cabeça e desviando o olhar, virando o rosto e vendo se nossos pais ainda estavam ali. — Para de me provocar. — disse, voltando a me olhar percebendo que estávamos sozinhos.
Engoli um pouco de ar, deixando meus olhos rodearem a sala para ver se eu ouvia o carro ser ligado. Mas voltei a olhar para ele e não consegui controlar meu olhar sobre Hazz, aquele mesmo que dizia muitas coisas que nós dois bem sabíamos que não era momento. Encostei minhas costas no sofá e passei meu braço pelo encosto, deixando ele ficar atrás de meu irmão, seu olhar seguiu meu movimento com atenção.
— E se eu não parar de provocar? O que você vai fazer? — ergui as sobrancelhas em questionamento, minha voz saiu extremamente baixa, porém,estávamos perto o suficiente para ele me ouvir perfeitamente.
olhou mais uma vez ao redor e se aproximou, levando seus lábios até meu ouvido, deixando a respiração bater contra a minha pele, então desceu e deu um beijo suave em meu pescoço, soltando um riso fraco. Aquilo me arrepiou pra caralho!
Meu irmão era um maldito gostoso mesmo.
— Você quer mesmo saber? — perguntou com um tom de voz rasgado. Virei um pouco meu rosto, conseguindo raspar meu nariz no dele brevemente, deixando meus olhos serem tomados pelo tom verde intenso dele.
— Ah eu quero sim. Quero muito. — deixei minha voz sair rouca, ameaçando me aproximar mais, rindo fraco em seguida em tom de provocação mesmo.
— Ok. — disse baixinho, e chegou mais perto deixando seus lábios passarem em meu maxilar raspando eles vagarosamente pela minha barba. — Eu vou sentar em cima de você aqui no meio da sala mesmo, e te beijar até o seu ar faltar. Descer com meus lábios pelo seu pescoço, chupar ele bem gostoso, deixar marcada a sua pele, para que que fique lembrando todo o momento quem fez isso. — rosnou contra minha bochecha passando os dentes pela minha pele. — E vou fazer questão de rebolar bem lentamente em cima de você só para sentir seu pau duro roçando na minha bunda, bem gostoso. — soltou um riso e se afastou pegando um waffle e comendo fazendo a maior cara de sonso do mundo.
Ok, eu precisava confessar a mim mesmo que aquilo me excitou logo cedo. Filho da puta mesmo! Deixei meus olhos presos no rosto dele ainda respirando aquela resposta de uma forma nada boa, ela entrou por dentro de mim como se fosse chamas e agora me incendiava por dentro. Minha mão que estava no encosto do sofá escorregou até a nuca dele, fazendo meus dedos entrarem em seu cabelo por ali de forma sútil. Sorri de leve ao ver seus olhos serem fechados com meu toque. Então quando senti meus dedos enroscados nos seus cachos, os torci levemente e dei uma puxadinha, querendo me aproximar dos seus lábios quando ouvi ele arfando baixo.
Deixei meus dedos entrarem mais ainda no seu cabelo, fazendo eles se perderem totalmente em seus fios enquanto o puxava mais gostosinho ainda. Assisti de forma prazerosa ele unir suas sobrancelhas em um aviso que estava mesmo se segurando ali naquele sofá. Prendi meu lábio inferior e levei meu dedo indicador da outra mão até o caldo do waffle do meu prato e passei no nariz dele.
— Isso é por roubar meu waffle. — melei meu dedo de novo e passei na sua bochecha de forma rápida. — Isso por ser um abusado filho da puta. — então me aproximei e lambi onde tinha melado. — E isso por me provocar de volta.
sorriu de lado e me olhou, pegando meu pulso e levando meu indicador até seus lábios, o colocando dentro de sua boca, e o chupando enquanto olhava dentro de meus olhos dessa vez. Tive que segurar meu ar para não gemer ali mesmo na sala por causa daquela cena.
— Isso é por ter começado. — deixou meu dedos deslizar sutilmente para fora de sua boca, passando pelo seu lábio inferior o puxando levemente para baixo. — Queria que fosse outra coisa melada na minha boca, mas me contento com isso. — soltou um riso nasalado e largou meu pulso.
Desgraçado! Só por estar me deixando de pau duro na porra da nossa sala, puxei seu cabelo com força para trás, fazendo sua cabeça tombar um pouco e o filho da puta ainda ousou soltar uma risada sendo mais abusado ainda. Soltei o prato de waffles no sofá e me aproximei dele, levando minha boca até seu pescoço e mordi ali.
— A sua intenção é me deixar excitado aqui na sala, ? — rosnei a pergunta, lambendo toda a lateral do seu pescoço até chegar no seu ouvido, fazendo meus dedos puxarem ainda mais seu cabelo, sem pudor algum ouvindo seu gemido baixo por isso. — Pois saiba que eu estou bem tentado de te puxar para o meu colo mesmo e fazer você rebolar bem gostoso em cima de mim. Você ia adorar ouvir meus gemidos ecoarem nesta sala bonita, eu sei bem. — esfreguei meus lábios molhados em seu lóbulo, gemendo baixinho como uma amostra grátis. — E você não faz ideia do quanto eu adoraria que você chupasse meu pau. — disse em tom de tortura, sentindo até meu pau pulsando de leve dentro da minha cueca só de pensar no meu irmão me chupando.
— É sim. Bem excitado para mim logo de manhã para você pensar nisso o resto do seu dia e imaginar o que poderíamos fazer aqui nessa sala para gozarmos bem gostoso. — sorriu de um jeito safado de lado me olhando pelo canto de seus olhos falando bem baixo apenas para que eu ouvisse aquilo. Sua resposta me tirou um riso fraco e tendencioso. — Eu não iria apenas rebolar bem gostoso em você, iria fazer mais que isso, porém, vou deixar imaginar o que poderia ser feito. — soltou o ar pesado subindo sua mão pela minha coxa, a apertando com certa força, me fazendo arfar sem controle. — E eu sonho com seus gemidos ecoando pela casa toda, bem delicioso, rouco, baixo, alto, rasgado, se perdendo, ficando sem ar, de todas as formas que você pode gemer enquanto te encho de algo que só eu consigo te dar. — lambeu seus lábios lentamente virando seu rosto para encarar meus lábios. Uni minhas sobrancelhas, encarando seus lábios lustrosos e querendo muito beijá-lo naquele instante. — Posso te chupar agora se quiser, bem devagarinho, sentindo seu gosto por toda minha boca, até você encher ela todinha de um jeito quente… — subiu seu olhar até encontrar com os meus tons juntamente com sua mão parando um pouco antes de tocar meu pau ali mesmo na sala.
Estava sentindo que nós dois iríamos nos descontrolar naquele instante. Quer dizer, aquilo já era nosso descontrole total. Era de manhã, não estávamos em uma festa, não tínhamos colocado nada de álcool ou entorpecente no nosso organismo. E eu poderia dizer que tinha algo nesse waffle para usar de desculpa, mas eu sabia bem o real motivo daquilo. Estávamos ficando descontrolados pra caralho e eu não queria achar o controle ali. Eu queria ele naquele sofá. Neste instante.
— Eu não quero imaginar porra nenhuma, . Eu quero que tudo que existe na nossa imaginação se torne realidade aqui nessa sala ou onde você quiser. — falei bem sério, olhando dentro dos seus olhos, respirando pesadamente. Sentia aquele frio na boca do estômago me consumir, sabia que era aquele maldito medo. Ele sempre aparecia, sempre. — Então, por favor, eu quero sim que você me chupe agora mesmo, da forma que quiser chupar. Devagar, rápido, demorando o tempo que for porque eu só quero gozar muito para você em resposta de que sim, é só você que me faz gozar dessa forma ou me deixa excitado desse jeito. Olha só pra isso… — apontei para a minha ereção com meus olhos e dobrei minha perna para esconder caso alguém passasse mesmo, colocando meu pé no sofá. — É um problema para você fazer isso sem termos bebido… — não consegui terminar a pergunta porque meu pai apareceu na sala tomado pelo demônio. tirou sua mão da minha perna no mesmo instante e eu a minha do seu cabelo.
— Levanta daí, . Sai de perto do seu irmão. — praticamente berrou pela sala e aquilo gelou meu coração. Ele tinha visto? Ou ouvido? — Você vai comigo e com sua mãe visitar umas empresas. Sobe para o quarto e coloca uma roupa social.
— Por que o não vai junto? Ele vai ter que fazer a mesma coisa que eu! — reclamou irritado.
— Você vai me fazer repetir mesmo o que eu acabei de falar? — apontou o indicador para ele. — Agora, !
— Eu não sou surdo. — disse emburrado, levantando do sofá. Puxou sua blusa comprida para baixo junto com a calça de moletom, disfarçando o seu pau que provavelmente estava duro. Então subiu para se arrumar.
— Por que eu não posso ir junto? — virei meu rosto e encarei meu pai.
— Porque você passa tempo demais com seu irmão já. Acho que vocês dois sobrevivem algumas horas separados ou você vai chorar também? — cruzou seus braços ao me encarar puto da vida.
— Vai se foder, escroto do caralho! — mandei mesmo, pegando o controle da TV que estava na mesa em frente e ignorei totalmente ele berrando comigo.
Ele que não tentasse fazer alguma coisa comigo que suas merdas iriam parar no Twitter. Olhei para nosso pai que ainda berrava qualquer merda e ergui uma sobrancelha em um questionamento mudo: Já terminou? Ele rolou os olhos, bufando e então pegou as chaves do carro quando viu minha mãe descendo do quarto com outra roupa. Provavelmente aquele bosta tinha reclamado do outro vestido, ele sempre fazia coisas desse tipo com ela e eu queria socá-lo demais por causa daquilo.
— Vai ser a mulher mais bonita de todas nesse passeio chato e entediante. — comentei, fazendo ela sorrir e negar de leve com a cabeça.
— Obrigada, meu príncipe. — se aproximou de mim e beijou minha testa.
Virei meu corpo mais de lado para esconder ainda meu pau extremamente duro marcando minha bermuda. Peguei uma almofada atrás de mim e a abracei, deixando ela encostada no meu quadril para cobrir.
desceu antes que nosso pai subisse as escadas para buscá-lo, tive que ficar ouvindo aquele insuportável reclamar da demora e eu bem sabia da vaidade do . Deveria estar arrumando aquele cabelo e trocando a roupa umas quinhentas vezes, por mais que soubesse que ele ficava bem em todas que colocasse. Meus olhos foram até meu irmão e prendi o ar ao ver como ele estava… Não conseguia colocar em palavras. Ele vestia uma calça skinny escura bem apertada que marcava bem suas coxas grossas e fiz questão de descer meus olhos para a curvatura de sua bunda deliciosa que pareceu até ficar maior e mais redondinha naquela calça. O blazer que continha um corte bem justo no seu corpo que caía por cima da camisa estampada a qual tinha alguns botões abertos.
Mordi e prendi de leve minha língua ao subir até seu rosto, vendo como ele tinha ficado ainda mais sexy com seu cabelo todo preso em um coque. Sorri um pouco admirado para ele, dizendo apenas com meus olhos o quanto estava lindo e extremamente gostoso daquela forma. Pisquei meus olhos ao ouvir minha mãe tossir de leve e a encarei, sentindo que estávamos sendo observados tanto por ela quanto pelo nosso pai. Os olhos dele pairavam em mim e então voltavam para o meu irmão com aquele tom de desconfiança.
Droga! Sabia que estava dando muita bandeira, olhando daquela forma para o meu próprio irmão com meus pais na sala. Estávamos nós dois correndo muitos riscos, quase fomos pegos nesse sofá minutos atrás. Não queria nem pensar no que nosso pai iria fazer conosco se descobrisse… Ele sempre fora muito correto e direto em dizer que nunca iria tolerar que qualquer um de nós dois ficássemos com outros caras, disse várias vezes que preferia nós dois mortos do que namorando outro homem. O que me fazia pensar se ele descobrisse que e eu estávamos desejando um ao outro daquela maneira. Nem somente desejando, mas sim nos saciando sempre que podíamos.
Meu peito se encheu daquele pavor naquele mesmo segundo, fazendo eu abraçar mais aquela almofada com força. Levei meus olhos para a tela da televisão. Não conseguindo nem reconhecer o que estava passando nela, só estava tentando respirar calmamente.
— Vamos demorar para voltar, . — assenti com a cabeça, não olhando mais para eles. Só ouvindo a porta da frente sendo fechada e quando ouvi o motor do carro soltei o ar com força.
Peguei meu celular e controlei a vontade de mandar mensagem para o meu irmão. Fui para um dos grupos que eu tinha com o pessoal e vi que estava rolando uma festa em um dos maiores clubes da cidade, o que por coincidência meu pai era um dos donos. Mandei mensagem no grupo dizendo que eu ia dar uma passada lá e vi como aquilo causou repercussão. Vi que meu nome caiu até no Twitter sobre estar indo naquela festa e rolei meus olhos por causa disso.
Subi para o meu quarto, tomando um banho e bem oposto do meu irmão, eu escolhi minha roupa em dois minutos. Pegando um jeans da cor preta, uma regata do Ramones cavada dos lados e uma das minhas jaquetas de couro, a jogando por cima. Quando estava calçando os tênis, olhei para o celular de novo, pensando mais uma vez em mandar o endereço da festa para o ir até lá depois daquele passeio insuportável. Mas já estava na hora de começar a pensar com mais clareza nas coisas.
Sabia o que aquilo poderia significar… Mas não ia pensar nisso agora.
Peguei as chaves do meu carro, descendo no elevador para o estacionamento, saindo de casa instantes depois em direção ao clube que não ficava tão longe assim. Não sabia bem o porquê, mas eu sentia meu peito doer, não estava muito no clima de festa. Aquela sensação de estar indo contra tudo que você mais quer, era exatamente dessa forma que eu estava me sentindo enquanto girava o volante para a esquerda. Estacionei dentro do clube na vaga reservada para os . Demorei uns segundos para sair do carro porque encostei minha testa no volante, fechando meus olhos com força. Inspirando e expirando como se estivesse tomando coragem para fazer algo.
Precisava deixar aquele garoto apaixonado pelo irmão no carro. Sabia que era essa a decisão que eu deveria tomar. Doía e ardia como se eu tivesse ralado meu coração no asfalto. Não podia ter me apaixonado pelo meu irmão, sabia que ele sentia algo por mim também, sabia que era forte demais ao ponto de fazer nós dois perder o controle. Mas nosso descontrole poderia acarretar nossa própria separação. E poderia ser uma separação para sempre.
Ter ele na minha vida apenas como meu irmão ou não ter mais?
Essa era a escolha que eu precisava tomar.
Abri a porta do carro com a decisão tomada, descendo e então travei o carro. Caminhei até a festa com um sorriso cafajeste nos lábios, acenando para o pessoal que gritaram meu nome do outro lado do lugar praticamente. Mas o sorriso sumiu quando vi aquela garota insuportável brotar na minha frente. Tinha esquecido até o nome daquela imbecil.
— Não é que o meu moranguinho apareceu mesmo! — aquele maldito apelido. Meu estômago embrulhou e eu nem tinha bebido ainda.
— Já falei para você parar de me chamar assim. — a olhei bem sério pra mostrar que eu não estava brincando.
— Você não reclamou quando a gente transou, moranguinho. — então jogou seus braços em volta da minha nuca. Segurei ela pela cintura e a afastei. Seria uma maldição minha mesmo se envolver com esses grudes? Inferno!
— Por que você não vai lá buscar uma bebida pra mim? — sorri cínico para ela.
A loira se animou, ficando toda feliz com meu pedido e saiu pela festa atrás de alguma bebida. Então caminhei entre as pessoas, tentando me esconder daquela garota. Até tirei minha jaqueta para que não me reconhecesse com ela.
— Pode me emprestar a jaqueta já que não vai usar mais mesmo. — ouvi a voz de outra garota perto de mim e quase meu coração saltou da boca por achar que era a loira chata.
— Por que você acha que eu não vou mais usar? — arqueei a sobrancelha esquerda para ela.
Dei agora uma boa olhada na abusada que tinha pedido minha jaqueta na maior cara de pau. Ela era morena, cabelo castanho, usava roupas escuras. Uma calça bem colada e uma regata da mesma cor. Seu cabelo estava amarrado em um rabo de cavalo. Ela era mesmo bem gostosa.
— Você está tentando se esconder da Mindy, ela que me chamou para vir com ela na festa. Você é o . — disse bem calmamente, querendo rir da minha cara enquanto olhava para a tal garota que parecia me procurar agora. — Ou você prefere que eu te chame de “moranguinho”?
Estreitei meus olhos na direção dela só com a menção daquele apelido indigesto. Era horrível e broxante. A morena começou a rir só pela minha cara e sua risada foi alta, então não pensei duas vezes de tampar sua boca para a Mindy não nos achar. Mas esbocei uma careta com ela pegando meu pulso e torcendo meu braço para trás das minhas costas.
— Encosta desse jeito em mim de novo que eu quebro seu nariz. — rosnou no meu ouvido. Soltei um riso nasalado com aquilo, virando meu rosto e a olhando por cima do ombro.
— Quebra mesmo? — provoquei, lambendo meu lábio superior. — Tenta.
Ela riu de novo, soltando meu braço e me empurrando de uma forma bruta. Isso me fez rir novamente, voltando a ficar de frente para ela e dando uma boa encarada no corpo dela inteiro, sendo um babaca descarado como eu era mesmo. A morena fez a mesma coisa comigo, deixando seus olhos desenharem cada parte do meu corpo até voltar aos meus olhos. Então se virou para sair dali, mas não deixei, fui para sua frente.
— Como você se chama? — perguntei, porque ela tinha mesmo ganhado minha curiosidade.
— Não é da sua conta, moranguinho. — mudou o tom de voz ao pronunciar o apelido mais uma vez. — Mas posso te contar se você dançar essa música comigo.
Entortei os lábios ao olhar para o amontoado de pessoas dançando, não escondendo minha expressão de que não queria dançar no meio daquela galera toda não. Ainda mais com a Mindy rondando por todo canto. Naqueles momentos que eu queria ser exatamente como meu irmão, sabia que com uma só resposta a Mindy sairia correndo de medo. Mas quanto mais eu tentava ser grosso ou bruto, mais as garotas ficavam em cima.
— Eu danço. Mas não aqui. — falei baixinho para ela, estendendo a mão para que pegasse. A mesma segurou depois de ter hesitado por uns segundos.
Então a puxei comigo entre as pessoas, me enfiando no meio delas até chegar no portão lateral. Digitei a senha para o portão abrir, do outro lado era a parte das piscinas onde somente os donos e sócios podiam usar. Tinha uma piscina redonda bem no meio, o chão era todo feito de vidro e continha apenas água embaixo dele. Sempre tive a sensação de estar pisando na água quando caminhava aqui. A piscina central tinha uma cascata que espirrava água se chegássemos mais perto. E a água que caía da cascata mudava de cor a cada cinco minutos. Era um lugar bem bonito mesmo e fiz questão de olhar para a garota que encarava tudo com um brilho nos olhos. Sua boca estava levemente aberta, mas logo se recuperou ao ver meus olhos nela.
— Não vai conseguir sexo só com isso. — puxou sua mão da minha, me tirando uma risadinha.
— Não quero sexo. Só queria fugir da sua amiga doida. — estalei a língua no céu da boca.
— Ela não é minha amiga, não sei seu conceito de amizades, mas ela é só minha colega. — respondeu, dando de ombros.
— E não é a mesma coisa? — franzi levemente o cenho.
— Você não sabe diferenciar amigo de colega? — perguntou de maneira séria.
Dei de ombros. Abaixando a cabeça brevemente e depois olhando para a cascata que tinha ficado azul.
— Imagino que encontrar amigos de verdade sendo quem você é deve ser bem complicado mesmo. — meus olhos voltaram para ela.
— Eu não preciso de amigos.
— Todo mundo precisa de amigos. — rebateu no mesmo instante.
— Eu tenho meu irmão. Ele é meu melhor amigo. — ela sorriu de leve.
— Tá, essa resposta foi boa. Agora você me deve uma dança, para de me enrolar. — estalou os dedos na frente do meu rosto.
— Você é muito mandona. Já te falaram isso? — isso tirou uma risada gostosa dela.
— Já, isso e muitas outras coisas. — balançou a cabeça e segurou minha mão estendida em sua direção. A puxei contra meu corpo conforme a parada da música.
A batida era lenta e tinha umas pausas gostosas, a morena fazia questão de rebolar seu quadril conforme as paradas da música, me tirando um sorriso de canto. Suas mãos seguravam meus ombros e seus olhos estavam absurdamente presos nos meus. Foi estranho pensar na forma como seus olhos prendiam os meus. Aquilo era outra coisa bem difícil de acontecer comigo. Puxei um pouco de ar ao deixar ela girar embaixo do meu braço e meus olhos acompanharam os movimentos que ela fez com sua cabeça, jogando seu rabo de cavalo de um lado para o outro ao abaixar até o chão, subindo de uma forma sensual. Fazendo tudo isso sem tirar seus olhos dos meus por nenhum instante.
— Você tem problemas com as pessoas olhando dentro dos seus olhos, ? — perguntou baixinho, aproximando seu rosto do meu. Então deslizou suas mãos por todo meu peitoral.
— Não. Por quê? Achou que eu tinha? — lambi meus lábios, pressionando meus dedos em sua cintura fina, a virando de costas para mim. Deixei suas costas se chocarem contra meu peito. Ela acabou rindo da minha resposta e negou de leve com sua cabeça, rebolando de leve contra mim.
— Não precisa ficar na defensiva. — virou seu rosto e sussurrou, deixando seus olhos presos nos meus lábios.
— Você se acha muito mesmo. — murmurei, ficando levemente irritado.
— E você fica muito mais gostoso irritado. — abri a boca levemente surpreso por aquela resposta.
Ela jogou sua cabeça para trás e soltou outra risada para me provocar mesmo, aquilo me irritou um pouco mais.
Quem ela pensava que era?
— Abusada. — rosnei, soltando sua cintura.
— Moranguinho irritado. — debochou, voltando a ficar de frente para mim, cruzando seus braços.
— Para de querer me deixar irritado. — apontei o dedo para ela e a mesma deu um baita tapa na minha mão.
Olhei pra ela de forma séria, fazendo a mesma me encarar no mesmo tom. Seus olhos ficaram presos nos meus e eu deixei os meus se aprofundarem mais nos dela. Vendo que também eram , um tom muito bonito que combinava perfeitamente com sua pele. Ela tinha um olhar que te fazia ficar preso, era como se ela fosse uma líder nata, aquela pessoa que poderia te dizer muitas coisas apenas com os olhos. Vi nascer um sorriso bem leve no canto de sua boca, fazendo um nascer nos meus lábios também e isso fez o dela aumentar um pouco mais para o canto.
— Você gosta que te tirem do sério, . Adora sair do eixo e do controle. Gosta de se sentir dominado porque sabe que é o dono de tudo e que todos caem aos seus pés. Então aquilo que te deixa maluco é o que você mais quer. — prendi o ar ao ouvir suas palavras. Fazendo o sorriso desaparecer aos poucos dos meus lábios. — Meu conselho é para você ficar longe de mim, nem saber meu nome.
Uni levemente as sobrancelhas e franzi meu cenho.
— Por quê?
— Porque eu sou exatamente como você e nós dois juntos seríamos a composição do apocalipse. — piscou seu olho castanho para mim e me deu as costas, fechando minha jaqueta em seu corpo. — E a jaqueta agora é minha. — mandou um beijo no ar, se afastando de volta para a saída do lugar.
— Eu ainda vou descobrir seu nome, causadora do apocalipse. — falei alto para ela me ouvir, vendo se virar no portão mesmo e sorrir abertamente. Mas não disse nada, apenas acenou com os dedos e saiu pela festa.
Ela tinha ganhado minha curiosidade de uma forma que eu soube que não iria esquecer dela até descobrir seu nome.
Capítulo 11 - The Heart Want What It Wants
Um mês depois
Gemi alto não me importando se alguém escutaria, porque todo o meu corpo fervia, queimava por causa do que fazia comigo. Meu coração estava disparado demais, o álcool e o prazer turvaram minha mente de uma forma que me deixava totalmente tonto, mal conseguindo respirar, e pensar era algo que quase não conseguia fazer. Me torci naqueles lençóis os agarrando, entrelaçando em meus dedos neles enquanto ofegava sentindo que iria explodir a qualquer segundo se meu irmão continuasse me tocando daquele jeito tão delicioso. Porra! Joguei minha cabeça para trás fechando meus olhos com mais força ainda, gemendo, levantando meu quadril querendo mais da sua mão em meu pau daquele jeito fodidamente gostoso.
— Olha para mim! — mandou com a voz cheia de prazer. Neguei com a cabeça levemente perdido com o que fazia, e ainda assim me excitando ainda mais com seu tom de ordem. — Me deixa ver. — sussurrou em meu ouvido intensificando seus motivos.
Então virei meu rosto, abrindo meus olhos e deixando que visse a forma como me sentia naquele momento. O quanto estava entregue ao meu irmão, o quanto era dele, o quanto o amava, e o queria para mim.
O queria inteiro. Cada pedaço seu.
Juntei nossos lábios em um beijo apertado, puxando sua língua com a minha de forma feroz. Gemi abafado com seus movimentos que estavam tão deliciosos. Mas ele nos separou, e sabia o motivo daquilo, eu estava quase gozando e queria olhar dentro dos meus olhos quando isso acontecesse.
Gemi novamente mais alto dessa vez, virando o rosto, mas ele o puxou de volta de uma forma bruta. Tentei beijá-lo, e sua mão me impediu, me fazendo arfar. Eu já o havia feito gozar bem gostoso enquanto olhava dentro de seus olhos, agora ele queria fazer o mesmo comigo. Senti que meu coração iria atravessar meu peito de tão forte que estava batendo. E não era só por causa do prazer enorme que estava sentindo, era muito além disso, só conseguia me fazer sentir daquela maneira. Era forte, era intenso, era puro demais. Ele era a única pessoa que conseguia me alcançar daquela forma, ninguém mais tinha tanto poder sobre mim. Meu irmão não fazia só meu corpo queimar quando me tocava, fazia também meu peito se aquecer quando via seu sorriso, iluminava sempre meus dias, especialmente os mais sombrios deles.
— . — segurei seu ombro com força gemendo mais alto sentindo meu pau latejar, e eu finalmente gozei sentindo uma onda enorme de prazer que me causou espasmos leves. — Porra, ! — soltei, me sentindo mole.
Caralho, era tão bom ficar com o . Me sentia tão completo. Era como se o mundo não existisse lá fora, e nós dois ali fosse a coisa mais certa que poderia ter. Eu o queria só para mim, e nada importava. E a prova disso era que eu estava quase um ano sem ficar com ninguém que não fosse ele. Não sentia vontade de beijar outros lábios. Não queria outro corpo que não fosse aquele moreno e esguio. O mais estranho de tudo isso era que não sentia falta de ter outras pessoas. Porque realmente conseguia me completar em tudo.
Desde que voltamos do Brasil as coisas ficaram ainda mais intensas, e eu não conseguia não pensar em meu irmão. E todas as noites imaginava como seria se a gente fugisse para um lugar só nosso, onde ninguém saberia nossos nomes verdadeiros. Onde poderíamos ser quem quiséssemos. Um lugar o qual poderia tê-lo de verdade. Que pudesse segurar sua mão na rua, beijar seus lábios quando sentisse vontade. Dizer o que sentia sem ter medo. Era o que eu mais queria. Porra!
Eu o queria só para mim para sempre!
Aquele pensamento me fez rir lembrando do dia do festival. Feliz. Podendo beijar no meio daquelas pessoas todas. Foi a melhor sensação que já tinha sentido. Foi libertador demais ter ele para mim ali, naquele momento sem me importar com mais nada. Eu queria e precisava mais daquilo. Precisava dele todos os meus dias. Seria louco demais pedir meu irmão mais novo em namoro?
Me virei e deixei meus dedos tocarem seu rosto, fazendo um carinho ali realmente pensando sobre a ideia de namorarmos. Aquilo era louco demais quando nunca me imaginei assim com ninguém, mas como sempre era diferente de tudo nesse mundo. Cheguei mais perto e beijei seus lábios com vontade. Os prendendo com força. Suspirei puxando ele para mais perto. Meus dedos deslizavam por sua pele. Eu amava o tom dela, como era macia, como era minha. Ele soltou um pequeno gemido que me deixou arrepiado, me fazendo querer ouvir mais. Tão gostoso. Nos afastamos sutilmente e meus olhos subiram até os dele, deixando um sorriso vir. Era tão bom ter aqueles momentos com . Sorri em seguida, e meu irmão fez o mesmo. Deixei meus lábios vagarem por sua bochecha e dei uma mordida de leve ali, fazendo meus dentes rasparem em sua pele.
— Pegando a minha mania? — perguntou, me puxando para perto. Lambeu meu queixo, me fazendo gemer baixo com aquele contato de sua língua em minha pele, até chegar em meus lábios, passando por eles com tanta vontade, que fez o fogo dentro de mim reaparecer.
— Talvez. — soltei com um tom de voz rouco.
— Me morde mais. Me morde todo. — o desgraçado me provocou. Mordi seu pescoço agora, o beijando, sugando sua pele com meus lábios, passando a língua por ali, enquanto meu quadril ia um pouco para frente se esfregando nele de um jeito gostoso.
— Você fode fácil comigo. — falei, apertando sua cintura.
— Você também me fode fácil. — seu quadril veio agora de encontro com o meu se esfregando de volta me deixando doido, então jogou sua cabeça para trás. — Você quer me deixar excitado de novo? Não vou te deixar sair desse quarto, . — aquilo me fez rir contra sua pele, e minha língua deslizou por ela.
— Então não deixa. — minha voz saiu rouca com o tesão que começava a me tomar de forma feroz.
Nós éramos dois fodidos, mas amava ser o fodido dele. Era perfeito.
Gemi de leve com seu quadril se esfregando de novo contra o meu daquele jeito delicioso, sentindo que já estava ficando duro de novo. Como caralhos ele conseguia isso tão rápido? Fui subindo parando com meus lábios quase colados nos dele, então sua língua começou a me provocar passando pelos meus, brincando comigo. Tão gostoso.
— Nós precisamos descer. — disse, mas nem ao menos me movi para que aquilo fosse feito.
Nós estávamos em uma festa na casa do Ryan, e tínhamos nos escondido em um dos quartos, bêbados, rindo horrores. E começamos a nos pegar loucamente ali. Era tão bom, não queria ir embora e sabia que ele também não apenas pela forma como respirava.
— Não quero descer. Quero você. — porra, ele me pegava de um jeito que ficava difícil respirar até.
— Não quero descer também. E te quero tanto. Todos os dias. Todas as horas. — sussurrei passando pelos lábios nos dele enquanto falava segurando o maldito pedido que queria sair de minha boca.
— E você me tem todas essas horas, sabia? — disse de volta com seus lábios passando sobre os meus.
— Tenho? — perguntei totalmente inebriado passando minha língua pelos lábios dele. Deveria fazer o pedido agora depois daquilo, era a confirmação de que ele me queria da mesma forma.
— Tem sim. — pegou minha língua e a chupou me fazendo gemer.
Minha mão deslizou por suas costelas, as dedilhando, até que o segurei com mais força, fazendo seu peito quente colar no meu. Passei meu nariz pela lateral do seu. Então me impulsionei para frente, o beijando. E nos beijamos como se nada tivesse acabado de rolar, daquele jeito que matava a nossa saudade um da boca do outro. Gemi de leve com a puxada em minha cintura, fazendo ela bater na sua de forma deliciosa. Caralho, aquilo era muito bom. Os nossos beijos eram sempre intensos daquele jeito. Mas não permiti que durasse muito, ou iríamos começar tudo de novo. A gente realmente precisava descer.
Seus dedos vieram até meu cabelo. Então meus olhos se fecharam sentindo como era gostoso seu carinho. Puta merda, . Como você conseguia? Sério! Era bom demais. Muito bom mesmo. Abri meus olhos a tempo de pegar um pouco daquele sorriso dele que me matava demais. Nossa, cara. Tão lindo. Tão meu.
Sorri de volta para ele.
— Esse sorriso… — sussurrou me deixando levemente mole.
— Seu sorriso. — o corrigi. Porque meu sorriso era dele. Eu era dele. Todo dele. Cada parte minha.
— Meu. — falou de um jeito tão bom que me fez fechar os olhos e sorrir.
Eu era dele. Nada importava. Eu queria sair por aí e berrar. Sou do , foda-se vocês! Foda-se o mundo. Era isso. Eu era dele. Então por que realmente não podia ser assim? Abri meus olhos no mesmo instante. Era agora. Iria pedi-lo em namoro.
— A gente podia ir para outro lugar. — comecei com minhas loucuras. — Fugir e nunca mais voltar. — eu podia estar bêbado, mas era tudo o que mais queria. Fugir com ele para assim podermos ficar juntos do jeito que tanto queríamos.
— Qualquer lugar da face da terra seria perfeito se tivesse seu sorriso. — mas aquela resposta não era a que eu queria. Sabia que não fugiria mesmo comigo, que estava desviando. Não podia pedir meu irmão em namoro se ele ainda tinha medo do que sentíamos, eu poderia esperar um pouco mais até que tivesse certeza de tudo. Estava tudo bem...
— Que hora são? — decidi mudar de assunto, ou aquilo poderia virar uma briga.
Andava evitando brigar com . Quando algo me irritava, apenas ficava calado, engolia aqui e guardava aquela merda para mim. Sentia que nossas brigas estavam acabando demais conosco, e eu não queria machucar mais meu irmão com nenhuma delas como sempre fazia. Estava finalmente aprendendo a me controlar. Tentava não ficar paranoico e não dar nenhum surto de ciúmes quando ele saia sem falar nada comigo e voltava tarde da noite. Achava que poderia estar saindo com alguém, mas preferia acreditar que não, que estava só comigo do mesmo jeito que eu só estava com ele. Porque tinha me dito aquela vez no Brasil que só queria ficar comigo. Então ele só estava comigo.
Virei meu corpo para pegar meu celular que estava ali jogado e ver a hora. Apanhei o iPhone que estava caído na cama no meio das nossas roupas, e liguei a tela me sentando porque minha cabeça estava tonta e a visão levemente turva. Senti as pontas dos dedos de acariciarem minhas costas, e aquilo foi bom demais. Fechei meus olhos um pouco jogando a cabeça para trás sentindo como aquilo me arrancou um arrepio me fazendo sorrir. Droga, por que tinha que ser tão bom?
Neguei com a cabeça e abri meus olhos, encarando a tela do celular vendo a hora. Até que aquilo tudo subiu diante de mim. Nada mais parecia fazer sentido. Eu estava me sentindo perdido. Muito perdido. E agora enjoado também, como se fosse vomitar a qualquer segundo já que meu estômago se revirou totalmente com extrema força. Quis sentir de novo seu toque em minhas costas para saber o que era real, mas não o tive mais, ou simplesmente não consegui sentir. Tudo doía agora. Estava sendo arrastado para baixo, levando tudo junto. Não sabia se ainda estava conseguindo respirar, pois foi como se minha garganta tivesse fechado naquele segundo.
O sorriso em meus lábios tinha sumido e meu coração parou naquele instante em que vi a foto que estava no bloqueio de tela. Não era o meu aparelho, era do . Era uma foto dele com uma menina, e eles sorriam abertamente. Apaguei a tela na mesma hora sentindo meus olhos queimarem demais. Meu peito doeu de forma intensa, foi mais forte do que qualquer palavra estúpida que já tenha me falado. Eu sabia o que era aquilo. Eu sabia. Mas precisava ouvir da boca dele.
— O que significa isso? — perguntei, minha voz quase não estava saindo por causa do nó que tinha se criado em minha garganta.
Levantei o aparelho por cima de meu ombro para que entendesse do que eu estava falando. Queria saber o que aquilo significava para estar ao ponto de ser a porra do seu bloqueio de tela! não me respondeu, apenas levantou apressado e começou a pegar suas coisas, vestindo sua roupa rapidamente. Em um rompante levantei também me vestindo na mesma hora, não iria ficar ali com cara de idiota.
— Está tudo errado, . Tudo errado. — disparou a falar, e aquilo me doeu. Meu peito se encheu com força.
— Errado? Errado?! — o segundo saiu de forma rasgada de minha garganta, mas meu irmão não me olhava. — Errado!? — soltei mais alto, e agarrei seus pulsos para que parasse de se vestir e me olhasse na porra dos meus olhos.
— Me solta, ! — berrou comigo de um jeito que nunca havia feito antes tentando puxar seus pulsos. estava muito irritado.
— Não! — esbravejei com ele não querendo fazer aquilo, mas o jeito que estava puto estava me deixando nervoso. — Para de fugir e me encara, porra! — mandei, ainda assim tentando controlar tudo o que existia dentro de mim.
Eu queria olhar na droga dos seus olhos para ter certeza de que estava errado esse tempo todo. Que era só eu quem estava entregue naquilo tudo, que para não passava de uma curtição de fim de festa, uma pegação qualquer. Que eu não era absolutamente nada para ele.
— Não! Eu não quero! — se negou a me olhar. E isso me fez travar o maxilar. — Me fala que você não acha errado!? Olha na porra dos meus olhos e fala se não é? Se fosse certo a gente não precisaria da porra do álcool pra fazer isso. — aquilo doeu pra caralho me roubando o pouco ar que ainda me restava.
— Não! Eu não acho que é errado! — gritei com ele olhando dentro dos seus olhos sentindo as lágrimas descendo pelo meu rosto como se o rasgasse, minha garganta queimava tanto tentado segurar a merda daquele choro. — Eu não acho. — sussurrei dando um soluço por tentar puxar o ar. Não era errado amar ele, não era. Eu repetia isso para mim mesmo tentando acreditar naquilo, tentando fazer se tornar real, e não deixar que suas palavras me cortassem mais. — Eu nunca precisei beber ou me drogar para te desejar, para querer ficar contigo, para sentir essa vontade louca de te beijar, . Nunca! — confessei baixinho achando que a música lá fora poderia ter abafado aquilo ao ponto que não pudesse ter ouvido minhas palavras em minha voz falha. — O álcool só me serve como limite, ou eu simplesmente não conseguiria me controlar, e invadiria seu quarto todas as noite. — contei sentindo as lágrimas descerem mais sem o menor controle delas. — Me desculpa. Me desculpa se pareceu isso. Por favor, me desculpe. — pedi desesperado sentindo meu peito se partindo inteiro.
Ele não podia fazer isso comigo. Ele não podia ir. Não podia me deixar porque achava que eu só o queria quando estava chapado. Eu o queria sempre, o meu desejo nunca diminuía quando estava lúcido, só se tornava maior. Sempre maior. O sentimento que sentia pelo ficava mais intenso conforme os dias passavam.
Eu o amava lúcido, eu o amava chapado. Eu simplesmente o amava.
— Você acha sim, . Eu sei que você acha. — ele sussurrou, e eu neguei com a cabeça. Não era errado. Não éramos errados. — Pareceu sim, pareceu demais. — e as lágrimas só desciam ainda mais. Estava doendo muito ouvir falar que parecia que eu o pegava só quando estava bêbado. Não era isso. — Eu também sempre tive vontade, mas também tive medo de não poder ter a desculpa no outro dia e você nunca mais querer ficar comigo. — eu sabia que estava sendo sincero, porque era o mesmo medo que eu tinha, mas não me fazia amá-lo menos. — Viu? É errado demais, tão errado que você usou isso como um limite. O que acontece se nosso pai pega a gente dessa forma? Não quero te perder, ! Não consigo viver sem você! — também chorava, e isso me matava. Minhas mãos se afrouxaram um pouco em seus pulsos, eu estava ficando sem forças. — Não me peça desculpas, por favor.
— Então só me fala. — pedi olhando dentro dos seus olhos sentindo as lágrimas descerem vendo como sua respiração estava pesada igual a minha. — O que ela significa para você? — e percebi que só precisava dessa resposta, ela seria capaz de responder todas as outras. Ela daria um basta em tudo aquilo.
Eu sentia o ar tão pesado que mal conseguia respirar. O desespero invadia meus pulmões como se estivesse prestes a ter um ataque de pânico o qual nunca tive, mas senti que poderia ter. Definitivamente não sabia o que fazer, como reagir.
— Me solta, Hazz. — pediu gemendo baixinho me fazendo ficar ainda pior.
— Por favor, . Me fala. — implorei de forma desesperada segurando seus pulsos com mais força, mas não era para machucá-lo, era para me segurar de pé, porque sentia que iria desmoronar se o soltasse.
— Eu sou dela agora, . — as palavras simplesmente saíram de sua boca.
Tudo dentro de mim foi jogado contra a parede com extrema força, me deixando sem ar. Eu realmente não conseguia respirar naquele momento. Meu coração havia parado. Ele tinha sido arrancado de meu peito enquanto meus olhos molhados estavam vidrados nos de com as lágrimas descendo sem que eu piscasse, elas apenas rasgando minha pele de forma silenciosa. Foi como se um bilhão de agulhas estivessem entrando em meu peito. Tudo sangrava. Não conseguia parar de olhá-lo com todas as minhas forças se esvaindo. Eu não queria sair daquele quarto sem ele. Quem seríamos sem ter um ao outro? Quem eu seria sem o ? A resposta era simples.
Nada.
Não conseguia reagir por mais que quisesse. Meus dedos soltaram seu pulso lentamente sentindo que tinha acabado de perder tudo, absolutamente tudo. Não existia mais chão sob meus pés. Eu preferia que ele tivesse me machucado de outra forma. Que me xingasse. Que falasse o quão merda eu era. Poderia até me socar se fosse assim que quisesse. Mas aquela única frase... Foi como um tiro certeiro em meu peito.
Aquilo não era justo!
Pelo o que eu tinha lutado? Pelo que estava lutando todos os dias? Por nada! Para que simplesmente encontrasse alguém de verdade e desse seu sorriso para ela. não era meu, nunca tinha sido. Era mentira. Tudo. Era. A. Porra. De. Uma. Mentira!
Ele havia me enganado, pegado meu coração e o esmagado de uma só vez. Talvez eu merecesse isso por tudo que o fiz passar desde criança. Por todos os socos, todas as brigas, todas as lágrimas que o fiz derramar por minha causa.
— O para sempre nunca existiu. — sussurrei muito baixo, tão baixo que talvez só meus lábios tivessem apenas se movido de forma muda acabando de me enterrar naquele momento. — Foi tudo mentira. — aquilo saiu tão rasgado de meu peito, que o meu ar faltou juntamente com o soluço que dei por causa daquele maldito choro infernal que não cessava.
— Ele existiu em outra vida, porque nesta é impossível. — e aquela foi a punhalada final que me deixou tonto. Soltei seus pulsos. — Não. Não foi não! Por favor, não fala isso. — puxou o ar com um soluço entalado em sua garganta. Então se aproximou. — Não é porque não podemos dar certo que foi uma mentira. — deixou um soluço escapar e de uma maneira trêmula suas mão vieram até meus ombros, me puxando para perto.
— Por que você não para de mentir? — perguntei, olhando com a minha visão embaçada. — Eu sei, . Eu sei o que sou para você. — e mesmo que soubesse que deveria me afastar, ainda assim não queria.
Eu precisava dele mais do que a porcaria do ar que eu tentava respirar de forma falha. Meus braços o envolveram sem força, porque estava perdendo cada uma delas, e meu rosto se afundou em seu pescoço com o choro desesperado que me tomava. Não sabia o que seria depois daquilo. Não sabia o que fazer agora. Ele me apertou contra o seus braços, respirando meu cheiro e fazendo com que eu ficasse arrepiado com aquilo.
— Eu não estou mentindo. Não foi mentira, Hazz. — sim! Ele estava mentindo! Se não tivesse sido mentira. seria meu como disse que era. Seria nós dois contra o meu. Seríamos agora um do outro. Eu teria lhe pedido para namorar comigo. Mas ele não era meu. Não era. E nada poderia mudar isso. — Se eu pudesse ... Eu reescreveria as estrelas para poder ser seu e nada pudesse nos afastar. Então ninguém poderia nos afastar porque o mundo seria nosso, a nossa maneira, as nossas regras. — tentou falar mesmo se embolando em algumas sílabas enquanto tentava não chorar desesperadamente. Chorei ainda mais ouvindo as coisas negando com a cabeça, sentindo que estava ficando ainda mais sem forças, e que naquele momento eu poderia cair de joelhos bem a sua frente.
— Para. Por favor. Só para com isso. — pedi sem ar com suas palavras. — Não. Para. Por favor, . Não precisa mais me fala essas coisas. Sei que mereço tudo o que estou sentindo agora. Então está tudo bem. — soltei afundando ainda mais meu rosto na curva de seu pescoço.
Eu merecia toda aquela dor. Era justo depois de tudo que o fiz passar por minha causa. Estava tudo bem. Eu poderia sangrar por ele. Não conseguia sentir raiva do meu irmão por nada daquilo. Fechei meus olhos suavemente sentindo a dor ficar menos densa com suas mãos secando meu rosto e depois me segurando pela cintura. Por mais que doesse demais, ainda assim conseguia sempre ser a minha cura, mas a partir que eu saísse daquela porta, ele não seria mais.
— Talvez nós dois merecemos passar por isso porque... Como não nos machucar sendo quem somos? — sua voz falhou entre uma sílaba e outra porque chorava junto comigo.
— Não. Você nunca mereceu passar por nada do que já te causei apenas por ser o meu irmão. — era culpa minha. Sempre seria. E nada e nem ninguém poderia mudar isso. Eu o fazia sofrer desde quando nasceu. Eu sempre o machuquei sem me importar com as consequências. Então merecia cada uma daquelas facadas que estavam sendo acertadas em meu peito.
— Eu que não te mereço, . — sussurrei bem baixo.
— Eu que não te mereço, . Nunca mereci, e certamente nunca irei merecer. — apesar de toda a dor que me tomava naquele momento, minhas palavras saíram de forma doce, e eu forcei um pequeno sorriso entre as lágrimas que desciam. Estava tudo bem. Era o que repetia sem parar a todo instante em minha mente. — Obrigado pelos bons momentos... — mesmo que tenham sido uma mentira para você. soluçou com aquilo, e não consegui completar, mas ainda assim era grato por tudo o que tinha passado de bom por ele. Só que agora era hora de esquecer aquilo. Porque não fazia mais sentido me apegar a uma coisa sozinho, que nunca existiu de fato.
Eu tinha amado sozinho.
— Para de dizer isso. Para! Só para também! Você merece sim e sempre vai merecer. — disse com mais desespero e chorando. Neguei com a cabeça. Não. Eu não o merecia! Nunca mereci. Mas não iria discutir aquilo com ele.
Deixei um pequeno beijo na curva de seu pescoço me afastando um pouco notando que tinha ficado arrepiado com aquele toque. Tentei respirar de forma inútil. Ergui minha cabeça e encarei seus tons , minha cor favorita. Neguei com a cabeça por causa daquele pensamento tão bobos.
— Minhas mãos estão atadas... — murmurou para si mesmo, soluçando em meu ombro.
Levei minhas mãos totalmente trêmulas até seu rosto passando meus polegares por sua bochecha vendo como meu irmão chorava mais ainda. Ele acabou fazendo o mesmo, tentando limpar minhas lágrimas, mas era algo totalmente inútil. Queria falar que o amava, a pequena frase estava entalada em minha garganta em um pedido mudo e desesperado para ser dita como se ela fosse capaz de nos salvar. Mas não era. Fechei meus olhos encostando minha testa na dele passando a lateral de meu nariz pelo seu.
— Mesmo você não sendo meu, posso apenas mais um beijo? — pedi, sentindo suas mãos descendo até sua cintura e me apertando de leve, fungando sem ar com meu nariz passando pelo seu. chorou ainda mais, soluçando e apertando um pouco mais. — Não chore, por favor. — supliquei antes de sentir seus lábios se juntando aos meus com força, sentindo seu ar ser preso.
Minhas mãos desceram um pouco em seu rosto, acariciando de forma gentil sua barba. Então naquele momento, deixei meus lábios vagarem sobre os seus naquele nosso último beijo que era desesperado da minha parte, incapaz de perder um só segundo quando nossas línguas se tocavam. Tomando sua deliciosa boca naquela fome insaciável que tinha dentro de mim.
Pude sentir o salgado de nossas lágrimas se misturando em nossos lábios. Eu não conseguia parar de chorar, e minhas mãos os seguraram com certa força em um pedido mundo; por favor, não me deixe.
Ele suspirou baixo contra meus lábios me deixando arrepiado demais com isso, devolvendo o beijo no mesmo desespero e na mesma intensidade. Abraçou minha cintura com meus braços, prendendo meu corpo contra o seu ao girar o beijo e deixar sua língua entrar inteira em minha boca. Estava sentindo como aquele último beijo estava sendo extremamente intenso. Realmente era o último. Dava para sentir na forma como nossas línguas se tocavam com aquele desespero absurdo, querendo uma da outra de todas a forma possível.
Meus braços envolveram seu pescoço, o puxando para mais perto quando viramos o nosso beijo, e até mesmo ergui um pouco mais o meu corpo para poder tomar ainda mais sua boca. Seu corpo fez a mesma coisa, subindo um pouco mais deixando sua língua tomar a minha, prendendo ela, rodeando, quase como se como se abraçasse também. Eu sentiria tanta falta daquilo, tanta! Só queria que fosse meu. Era só isso. Era tão difícil do universo me dar aquilo?
E apesar de tudo, queria guardar aquele último beijo, mesmo sabendo que seria o pior erro da minha vida. Minha língua não queria soltar a sua, e eu poderia parar de viver naquele momento apenas para que se tornasse eterno, mas a vida não seria tão generosa a esse ponto. Então me beijou com mais afinco. Mais anseio. Sentia como se não quisesse me soltar. Até que ouvi seu gemido sôfrego levando um meu também.
Então rompeu o beijo. Quase sussurrei um "não" quando ele se afastou. Tinha acabado. O meu ar entrava e saía de forma descompassada. Umedeci meus lábios sentindo como estavam salgados.
— Eu vou sempre gostar de você do tamanho do universo. — sussurrou contra seus lábios.
Neguei com a cabeça com suas palavras, então o soltei, virando meu rosto e dando uns passos para trás. Então pegou minha mão e levou até seus lábios, beijando com força meu dorso. Meus olhos se fecharam com o beijo que deu ali.
— Me perdoe, . Me perdoe por ter te feito desistir de mim. — disse a ele, engolindo o golo em minha garganta
— Eu não desisti, Hazz. Nunca vou desistir de você. Eu vou ser para sempre... — puxou o ar com muita força. — Seu irmão. — sua frase completa acabou de me rasgar.
— É tudo o que sempre serei para você, não é? Apenas seu irmão. — murmurei tentando não chorar ainda mais com aquela merda.
Engoliu a seco, soltando minha mão agora, a qual deixei cair e atingir minha coxa, ainda sentindo minha pele formigar sentindo falta do calor da dele.
— Não. Uma parte minha vai ser sempre aquele do Lollapalooza que namora um cara lindo chamado , porque ele não é seu irmão. — sorriu triste, deixando as lágrimas escorrerem ainda mais em seu rosto.
— Não, . — disse a ele. — Você nunca foi aquele . O para sempre também nunca existiu. Certo? — por mais que parecesse, eu não estava com raiva daquilo, só estava o lembrando o que tinha me dito a pouco. — Então todo o resto também não pode ter existido. Porque não faz sentido. — sorri de volta da mesma maneira para ele. — Não estou com raiva de você, ok? — era só isso que ele precisava saber.
— Você não está mais acreditando em mim. Tudo bem. Eu mereço sua desconfiança. Nunca disse que ele não existiu, você está dizendo isso. — disse baixinho, negando com a cabeça. — Aquele vai sim sempre existir em mim. Ele sempre vai. Sempre... — voltou a chorar, se afastando agora.
— Se ele existiu, certamente foi em outra vida. — soltei engolindo em seco, então me virei. — Aposto que ele está feliz com o dele. — mais lágrimas saíram. Eu queria estar com raiva, muita, mas a dor não me deixava chegar até ela.
— Sim, eles estão muito felizes juntos. — concordou, e aquilo abriu mais um pouco o meu peito.
— Tenho certeza disso. — balancei a cabeça. Eu só queria estar feliz com o meu , mas ele não existia.
Nada nunca existiu. O nós nunca existiu. Fechei meus olhos sentindo mais lágrimas descendo silenciosas. E puxei o ar pelo nariz que entrou queimando. Isso me machucava de um jeito que parecia que minha alma estava sendo arrancada. Era a pior dor que eu já tinha sentido em toda a minha vida, e nada nunca se compararia àquele momento. Agora eu entendia o que um coração partido significava, e entendia o motivo das pessoas chorarem quando isso acontecia, porque era uma dor que não tinha como ser curada, não tinha como fazer com que parasse, e não existia nenhum remédio para dar um jeito naquilo. Não tinha como parar o sangramento.
Então simplesmente peguei minha camisa, que era a única peça que me restava para vestir, e saí daquele quarto. Não conseguia ficar ali. Não conseguia encarar a porra de um sonho quebrado. Na verdade, um sonho que tive sozinho.
Não consegui ir muito longe. Minhas pernas falharam e tive que me segurar na parede do corredor para não cair de joelhos no piso frio chorando, chorando mais do que já estava. Mordi meu lábio inferior com força tentando conter aquilo. Sentindo o gosto de ferro embebendo minha boca. Dor. Todo meu corpo estava doendo demais. E nada iria parar aquilo. Sabia disso. Nem se eu bebesse até não aguentar mais. Nem se eu cheirasse até meu nariz sangrar e tudo virar um borrão preto, e eu acabasse tendo uma overdose. Porque eu sabia que quando abrisse os olhos, se isso fosse possível, tudo estaria no mesmo lugar.
não era mais meu.
Um dia ele já havia sido de fato meu? Acho que não.
Minha mão apertou a parede com força. Eu precisava continuar andando, não podia ficar ali parado. Ninguém podia me ver daquele jeito, chorando, quebrado, totalmente desesperado e sem rumo. Então arranquei forças de algum lugar esquecido e vesti minha camisa. Passei a mão em meu rosto com força, e continuei andando. Levantei a cabeça, sentindo meu corpo inteiro tremendo e gelado. Eu não sabia como era o outro lado sem ele, mas iria ter que descobrir sozinho.
Me obriguei a andar, um passo de cada vez até pegar o ritmo de uma caminhada normal, ou era isso que parecia para mim. Era como se o álcool tivesse acabado o efeito e eu estava totalmente lúcido nesse momento, tornando aquilo ainda pior de se lidar. O ar queimava em meus pulmões como se fossem fogo, minha garganta doía de uma forma como se alguém estivesse me estrangulando, e meu corpo estava pesado como se eu pesasse uma tonelada. Era assim que as garotas se sentiam quando eu fazia o mesmo com elas? Não, certamente não. Porque sabia que ninguém poderia me amar ao ponto de se sentir quebrado como eu estava naquele momento.
Desci as escadas segurando no corrimão. Para o meu azar e infelicidade total, Ray estava sentada no final de uma dela bebendo, com o celular na mão falando com alguém no telefone. Até que seus olhos verdes escuros subiram ao meu encontro. Não nos falávamos mais, isso já tinha quase um ano e meio. Mas algo em seu olhar me fez parar no meio do caminho e querer voltar, tentando achar outra saída, qualquer coisa menos continuar vendo a pena que estava transbordando naquele par de orbes escuros. Por mais que estivesse tentando engolir aquele perfeito desastre que estava me tomando por inteiro, sabia que não estava conseguindo.
Não falei nada e nem Ray Carson. Apenas continuei descendo aquela última escada em rumo a saída sem olhar para aquela garota novamente. Passei pelas pessoas daquela festa não esbarrando em nenhuma delas. Peguei meu casaco que estava no armário no hall, então saí. Caminhei pela rua achando meu Jaguar branco estacionado não muito longe daquela casa. Puxei a chave do meu bolso, mas por causa das minhas mãos trêmulas, ela caiu no chão. Fechei meus olhos com força segurando aquela vontade insuportável de chorar, e me acabei, mas ajoelhando sentindo meus joelhos expostos pela minha calça rasgada se afundarem na neve fina que cobria o asfalto, mas não parecia mais frio do que todo meu corpo se encontrava naquele momento.
Lambi meus lábios e soltei o ar por eles. Abri meus olhos e apanhei a chave, levantando em seguida com cuidado para não escorregar naquele chão que deslizava por causa da neve. Então voltei a andar em passos lentos agora até chegar em meu F Type, o destravando e abrindo a porta. Me joguei no banco e bati a porta. Então tudo o que fiz foi berrar com toda a minha força escorregando no estofado de couro sentindo as lágrimas descerem novamente de forma desesperada.
— Me desculpa, . — sussurrei com a voz falhada depois de ter berrado até meu ar falhar. — Desculpa por te amar assim. — pedi como se ele pudesse ouvir. — Desculpe por ter entendido tudo errado. — tentei respirar fundo, não conseguindo. — Desculpa por ser o seu irmão. — passei as minhas mãos pelo meu rosto não me incomodando se meus anéis machucaram minha pele por isso. — É tudo minha culpa.
Permaneci ali, dentro daquele carro frio chorando, queimando em minha memória todos os momentos que tivemos. Lembrando das coisas que havia me falado. Como falava que era meu, porém suas últimas palavras também ainda estavam me atordoando. Nós dois merecemos passar por aquilo. Eu era apenas o seu irmão mais velho. Nós só estávamos machucados por minha causa. Sempre foi assim, e sempre seria, a menos que me afastasse. Era isso que eu precisava fazer. Meu irmão tinha que ser feliz, e sabia que nunca conseguiria se eu estivesse por perto.
Segurei no volante e apertei o botão de start para dar partida, então o rádio ligou automaticamente em modo aleatório no spotify do meu iPhone. The Heart Wants What It Wants começou a tocar e aquilo me fez ficar encarando o display de led. Minha primeira reação seria socar aquela merda e desligar, mas não tinha forças para isso. Então só deixei aquela música tocando, me fazendo chorar ainda mais. Sua letra fazia tanto sentido, que esmagava meu coração que ainda tentava bater, me deixando viver naquele inferno o qual queimava cada parte minha.
Dirigi para casa. Era o único lugar que eu poderia ir. Não queria ir para nossa cobertura e ver tudo o que compartilhamos lá nas últimas semanas. Eu precisava fazer uma coisa antes de me trancar em meu quarto e ficar lá por um bom tempo. Precisava tentar queimar aquelas memórias que não paravam de se revirar dentro de mim daquele jeito tão turbulento. Sabia que não podia queimar três anos de momentos, mas poderia tentar fazer isso com o mais intenso deles.
Parei na minha vaga, e saí deixando a chave no carro mesmo, porque não iria demorar a voltar. Peguei um saco de lixo na cozinha e subi para meu quarto. Então entrei em meu closet e comecei a pegar as coisas que usei no Lollapalooza, enfiando tudo dentro daquele saco preto. Tênis, chapéu, óculos, calça, camisa, casaco… Até mesmo o perfume que usei naquele dia que eu tanto gostava. Não importava, existia milhões de outras fragrâncias, eu poderia aprender a gostar de outra. Olhei ao redor me certificando que nada meu havia ficado para trás, então me lembrei das pulseiras, anéis e relógio, e os peguei também. Nada ficaria ali.
Assim que acabei, fui até o quarto do meu irmão, mas parei na porta antes de abrir, encarando a maçaneta. Respirei fundo, então minha mão abriu a porta, e segui até o closet dele sem olhar para os lados. Peguei tudo o que ele usou naquele dia, mas não achei a maldita camisa da MTV. Mexi em tudo com cuidado para não visse que eu estive ali, e ainda assim não encontrei aquela camisa. Certamente estava na cobertura. Não queria ir lá, só que pelo visto não tinha outra saída.
Saí dali, fechando as portas e desci. Joguei o saco no banco do carona e dirigi o mais rápido que consegui pelas ruas pouco movimentadas daquela noite fria, sentindo até mesmo os pneus grossos do meu Jaguar deslizar pelo asfalto congelado. Cheguei no prédio e deixei o carro na frente dele mesmo, avisando ao porteiro que já iria descer. Subi de elevador, e quando as portas se abriram, revelando a cobertura, eu soube que não conseguiria entrar. Fiquei parado olhando para todas as coisas que escolhemos juntos para decorar aquele lugar. Cada pedaço nosso ali. Todas as lembranças fervendo naquele momento, me machucando ainda mais. Eu simplesmente não conseguia.
Então recuei e apertei o botão do térreo. Descendo e indo embora sem falar nada com o porteiro. Dirigi para o lugar mais afastado da cidade e parei no acostamento mesmo, ao lado de um enorme latão de lixo. Peguei o saco, abri o porta luvas e apanhei o cantil que tinha ali e saí do carro, jogando tudo lá dentro. Abri o cantil e virei o whisky que tinha dentro dele, molhando tudo. O guardei em meu bolso e apalpei minhas roupas procurando meu isqueiro, o achando junto com meu maço.
Respirei fundo com o choro que estava voltando, já sentindo aquelas merdas de lágrimas descendo. As sequei com o dorso de minha mão, acendi um cigarro, e joguei o isqueiro com a chama flamejante dentro do latão, vendo o fogo surgindo logo em seguida. Meus olhos verdes ficaram encarando as labaredas dançando na minha frente, enquanto eu enchia meus pulmões com aquela fumaça.
Não estava nevando, mas estava muito frio. Meu corpo tremia demais, minha mão mal conseguia levar o cigarro até meus lábios. Só que eu tinha plena ciência de que o que eu estava sentindo não era apenas aquele frio que caía como sereno, era a dor absurda que me tomava. Achei que ver as coisas queimando faria com que ela ficasse menor, mas estava enganado, ela só estava me tomando com mais violência ainda. Acertando com golpes secos meu peito. Então, naquele momento, eu soube que aquilo jamais me abandonaria.
Every second's like torture
(Cada segundo é uma tortura)
Heroin drip, no more so
(Esse inferno vai acabar, então)
Finding a way to let go
(Estou encontrando maneiras de deixar você ir)
***
FIM
Nota da Sereia: Não sei vocês, mas eu me encontro desolada no chão chorando tudo que eu nunca chorei nem com os meus relacionamentos. Puta merda, hein!
O para sempre não existiu minha mão na cara desse vagabundo do Rhet. Babaca! Deixem ele comigo, fazendo o bolinho do Fennir sofrer.
Tomem água. Comem doce, segurem as lágrimas porque próximo domingo tem mais.
Amo vocês, espero que não nos odeiem. 💚💛