Corrida de Táxi

Escrito por Jubs Castro | Revisado por Natashia Kitamura

Tamanho da fonte: |


  Tudo começou quando eu decidi dividir uma corrida de Táxi com aquele homem. Eu não esperava que um simples gesto, ia acabar comigo ou com a minha sanidade.

  FlashBack on
  Eram oito horas da noite, estava começando a ventar demais e eu precisava urgentemente de um táxi. Nova York a essa hora era um caos, muita gente passando apressada, muitos turistas e nenhum táxi! Meu vestido tubinho preto acabava no meio das minhas coxas, uma meia-calça preta cobria minhas pernas, meu salto alto estava me matando e o sobretudo que eu usava não estava me protegendo do frio e da possível chuva que chegaria em menos de dez minutos.
  - Droga – meu celular começou a tocar, era meu namorado, Liam. – oi amor – respondi enquanto andava até o ponto de táxi, tentando a sorte de achar um – estou esperando um táxi.
  - Ok amor, já estou te esperando em casa, cuidado, te amo, beijos – me despedi e desliguei.
  - Tá legal táxi, já pode chegar, meu namorado já está em casa me esperando – eu disse enquanto me apertava no sobretudo por causa do frio – além de estar sozinha no frio, esperando um táxi, eu agora falo sozinha, você vai ficar louca, – balancei a cabeça.
  Começou a garoar e eu pensei que minha noite não poderia ficar pior. Quando um táxi passou e eu balancei a mão, o chamando.
  - TÁXI! – ouvi a voz de um homem atrás de mim.
  O táxi já havia parado, eu sustentava o olho no motorista e no homem, que tinha o cabelo em um perfeito topete, a pele morena, que estava na cara que ele não morava em Nova York. Ele não ia pegar aquele táxi, eu ia!
  - Divide comigo, moça bonita? – e então ele sorriu, maldito. Ele tinha um sorriso lindo, que faria qualquer uma cair na lábia dele. Inclusive, eu.
  - Ok – eu respondi vagamente, entrando no táxi e me aconchegando no banco de couro e no ar quente, respirei pesadamente quando o homem entrou também, fazendo com que seu perfume se espalhasse pelo ambiente.
  - Para onde vamos? – o taxista virou-se para nós e perguntou.
  Eu dei o meu endereço e o homem, que agora tinha um nome, Zayn Malik, falou o dele, descobri que era perto do meu apartamento, então não seria difícil, mas o taxista avisou que poderíamos pegar um pouco de trânsito, por causa do horário e também porque era um pouco longe de onde estávamos. Suspirei, eu só queria chegar em casa e me aconchegar nos braços do meu namorado e esquecer o dia estressante que eu tive no trabalho. Ser advogada não era nada fácil, ainda mais com os crimes incessantes que aconteciam em Nova York, a cidade que nunca dorme, ao contrário de mim, que estava quase dormindo no colo de Zayn Malik, que estava ao meu lado, mexendo em alguma coisa no celular. O trânsito estava realmente uma merda, eu comecei a ficar cansada, mas não podia dormir, afinal, eu estava no carro com um estranho.
  - Como é seu nome, moça bonita? – agora deu de esse cara me chamar assim?
  - – respondi sem cerimônia, olhando para o trânsito.
  - Bonito nome, tem algum apelido? – dei de ombros, dizendo que podia me chamar do que quisesse. Ninguém me chamava por algum apelido desde que eu tinha me mudado de para cá. Desde que eu tinha 17 anos e sai da casa dos meus pais. E agora com 23 anos, trabalhava na maior empresa de advocacia que existia em N.Y, morava com meu namorado e desde então, nunca mais vi meus pais.
  - Vou te chamar de morena ou moreninha – o tal de Zayn falou.
  - Por quê? – o olhei
  - Por causa da cor dos seus cabelos e seu leve bronzeado – ele sorriu – ok, morena?
  - Ok – voltei a olhar pra frente.
  - Bonita aliança – apontou para o meu dedo anelar da mão direita – namoro? Noivado?
  - Namorando – respondi mexendo na aliança – cinco anos.
  - Olha – ele deu uma risada rápida – bastante tempo. Moram juntos?
  - Vidente agora? Sim, moramos juntos. – ele se aproximou de mim, fazendo com que nossos joelhos se tocassem, uma corrente elétrica passou pelo meu corpo.
  - Já passei por isso – ele disse passando uma mão na outra e então eu vi a aliança no dedo anelar da mão esquerda. Ele era casado.
  - Namorou por quantos anos até casar? – perguntei curiosa.
  - Sete anos – ele tirou a aliança e eu pude ver o nome dentro dela. Perrie Edwards, ele tinham se casado a pouco mais de um ano. Que nome feio dessa moça, eu hein.
  - Bastante tempo. Você está feliz? – ele colocou a aliança de volta e subitamente colocou a mão em minha coxa coberta pela meia-calça e o vestido, já que eu tinha tirado o sobretudo. Perdi o ar por alguns segundos, o que ele estava fazendo, afinal?
  - Temos que estar né? – acariciou minha coxa e apertou de leve.
  Porque eu fui aceitar a ideia de dividir uma corrida de táxi mesmo?
  - Aham – murmurei e tirei sua mão de minha coxa, na verdade, tentei.
  - Ei morena – ele continuou com a mão lá, acariciando ainda mais e subindo a mão, conseqüentemente subindo o meu vestido também. – só relaxa – ele sussurrou em meu ouvido.
  Ok, eu nunca fui infiel e nunca pensei nisso, até agora. A voz baixa de Zayn ao meu ouvido fez todo meu corpo arrepiar-se, fechei meus olhos e me deixei cair em tentação. Zayn fechou a janela e a cortina que nos separava do motorista, fazendo com que tivéssemos privacidade. Antes de falar para o mesmo
  - Pare só na casa de , vou ficar por lá – e então voltou à atenção para mim.   Desesperei-me. Liam, meu namorado, estava em casa.
  - Não dá – sussurrei – meu namorado está em casa.
  - Não tem salão de jogos no teu prédio? – ele sorriu malicioso.
  Eu apenas assenti e ele me beijou. Que Deus me perdoe e que Liam também, mas o beijo desse homem é delicioso. O meu vestido já estava quase em minha cintura, estava ficando calor, ainda mais com o ar quente do táxi, minha meia calça já estava me esquentando demais. Ele começou a beijar meu pescoço e eu bagunçava seu topete, suas mãos passeavam pela minha coxa e a apertava. Ele colocou as mãos por dentro do meu vestido e acariciou minhas costas, barriga e seus dedos foram para a barra da minha meia calça e da minha calcinha, ele olhou para mim e eu apenas sorri, incentivando a ele continuar. Seu dedo deslizou para minha intimidade, já molhada, ele me estimulava no clitóris e eu soltava gemidos baixos, já que eu não podia gemer muito alto, por causa do motorista. Ele introduziu dois dedos, o que fez com que eu quase gritasse, mas ele colocou sua mão em minha boca, impossibilitando de soltar gemidos altos demais.
  Ele continuava investindo os dedos e eu estava quase chegando ao meu ápice, mas ele acabou parando. Endireitei-me e sentei em seu colo, fazendo com que minhas coxas ficassem uma de cada lado de sua cintura, meu vestido já não cobria mais minha bunda e minhas coxas, o que possibilitava que Zayn passasse as mãos por essas áreas tranquilamente. Eu o beijava cada vez com mais urgência, nossos corpos se encaixavam e eu estava louca para senti-lo de baixo daquele pano todo. Seu terno não estava ajudando, realmente.
  - Porra – eu disse depois de uma tentativa falha de tentar tirar teu paletó
  Ele riu e tirou, voltando a me beijar.
  - Calma, morena – ele beijou meu pescoço. –, terá todo o tempo do mundo.

  [...]

  Aquele salão de jogos nunca me pareceu tão quente. Ele me sentou na mesa de sinuca, eu tirei sua camisa, deixando seu peitoral definido e tatuado a mostra, eu estava apenas de lingerie, ele tirou meu sutiã e sugou meus seios como uma criança faminta, eu joguei minha cabeça para trás e gemi. Nossos corpos se colaram, eu entrelacei minhas pernas em sua cintura e senti o volume em sua calça, soltei seu cinto e fui descendo sua calça com meus pés, ele tirou minha calcinha e me estimulou novamente com o dedo.
  - Malik! Porra! – eu disse entre dentes.
  - O que foi morena? – ele sussurrou em meu ouvido enquanto tirava e colocava o dedo, calmamente.
  - Eu quero você – eu disse mexendo meu quadril.
  - Fala de novo – ele tirou sua cueca e colocou a camisinha.
  - Eu quero você – eu disse ofegante – agora!
  Então ele me invadiu e eu soltei um grito. Suas investidas eram fortes, a mesa de sinuca não aguentaria tanta bravura. Nossos gemidos se misturavam, eu rebolava e ele metia cada vez mais forte, eu nunca tinha sentido tanto prazer em toda minha vida, Liam era bom de cama, mas não como Zayn, definitivamente. Nós chegamos ao ápice simultaneamente, deitamos no chão gelado, abraçados. Logo depois ele foi embora, de táxi.
  - Você vai voltar? – eu disse quando terminei de colocar meu sobre tudo.
  - Volte para ele – disse referindo-se ao Liam.
  Assenti e então ele se foi.
  FlashBack off

  Se ele voltou? Não. Nós nunca nos encontramos depois, meu namoro com o Liam acabou, eu não ia conseguir ficar com ele, sabendo que eu tinha tido prazer com uma cara que eu dividi uma corrida de táxi.
  Eu estava saindo do meu trabalho novamente, indo ao ponto de táxi, para ir pra casa. Chegou rápido, eu levantei o braço, o chamando.
  - Divide comigo, moça bonita? – e então eu olhei. Era ele.
  Seus olhos castanhos estavam mais escuros, seu cabelo não estava mais em um topete, o corpo era o mesmo, o sorriso era o mesmo.
  - Pode pegar – eu engoli seco – eu pego o próximo.
  - Vai ficar assim? Só porque eu não voltei? – ele pegou em meu braço.
  - Isso acabou com meu namoro Zayn – eu me soltei dele – eu até gostei de você.
  - E acabou com meu casamento, mas eu não podia voltar, – ele olhou no fundo dos meus olhos – eu estragaria tua vida.
  - E eu posso saber o porquê? – ele apenas balançou a cabeça, indicando que não – Ok, é isso Zayn Malik, acabou, ok? Foi uma noite, nem uma noite inteira, foi ótima, porem acabou. Eu nunca devia ter dividido aquele táxi com você.
  E então eu saí, deixando ele pra trás. Não que eu tinha me arrependido, nem um pouco, mas se ele não poderia ficar comigo porque segundo ele, estragaria minha vida, por que me martirizar? Aquela corrida de táxi foi a maior burrada da minha vida, acabou comigo e com a minha sanidade, assim, de uma vez.

FIM



Comentários da autora