Corações Quebrados
Escrito por Larissa Sobral | Revisado por Isadora
Capítulo 01
- Você devia sair dessa janela um pouco, não acha? – perguntou, sorrindo, para a jovem .
- E você poderia parar de chorar por aí...
- Pelo visto, ficar na janela tem suas dádivas, não é? Tomar conta da vida dos outros... – parou.
- Muito enganado, mocinho. Eu fico aqui pensando na MINHA vida... Mas confesso que fica difícil de não te ver, se quando olho para esquina, sempre está na sombra da árvore, chorando. – colocou a mão no queixo.
- Deve estar me confundindo com outra pessoa...
- Loiro do cabelo cacheado, olhos claros, barba por fazer, forte... Não, eu não te confundi.
Houve silêncio.
- ! Saia da janela! – a mãe de Nathalia gritava de dentro da casa.
- Sim! Sim! – Nathalia se desesperou e fechou a janela.
(...)
- Com quem estava conversando? Sabe que seu pai não gosta que converse com ninguém! ...
- Com ninguém, mãe. Eu estava... Estava pensando alto. Só isso. Nada mais.
- , minha filha... Você quer que seu pai veja isso? Quer que seu pai me maltrate de novo? – mãe de começou a chorar.
- Não, mãe! Nunca! Ele é um monstro...
- Eu vi que conversava com um rapaz... Filha, toma cuidado. Por mim, você sabe que deixaria, mas seu pai...
- O que tem eu? – pai de chegou.
- Nada, meu amor... Nada. – sua esposa se levantou.
- Como nada? Eu não sou burro. E muito menos surdo! Margareth! Do que vocês estavam falando?!
- Nada, papai. Eu juro que...
- Cale a boca! – seu pai, Julian, deu-lhe um tapa em seu rosto, tão forte, que a fez cair no chão.
- Julian! – Margareth segurou seus braços.
- Me solta! – seu marido a empurrou – Aposto que estava conversando com alguém... Pelo visto, ela quer ser privada de ficar na janela também. Daqui a pouco, vai ser proibida de ir à escola! Lugar de mulher, é dentro de casa! Lugar de filha minha, é dentro de casa! Não quero nada de suspeito nessa casa. Ouviram bem? E Margareth... Faça-me um café. Agora!
- Acabou o pó de café, Julian. Me desculpe. – a mulher chorava, com sua filha nos braços.
- Porra! Por que não me avisou? Será que eu é que tenho que fazer tudo neste caralho?! Vocês duas são imprestáveis mesmo! não faz nada dentro de casa! Nem adianta me falar que lava uma louça, que passa pano no chão... Aposto que agora só fica naquela janela de papo furado com algum marmanjo... Daqui a pouco vira uma puta! Puta igual a mãe!
- Você não ouse falar da minha mãe desse jeito! – se levantou e foi para cima de Julian.
Julian pegou seu cinto e bateu em até ver que já estava na hora de parar. Dona Margareth, tentou impedir, mas acabou apanhando junto com a filha.
- Vou para o bar! Lá tenho mais companhias que dentro de casa...
(...)
- Chegueeei!!! – Julian chegou trocando as pernas e a voz embolada.
- Vai para o quarto, . – Margareth ordenou.
- Não, mãe. Ele vai te machucar...
- Agora, !
- Então... Mulher... Cadê a janta?
- Está no microondas.
- Hum... Odiei. Você sabe que eu odeio essa carne! Sua puta desgraçada!
- Você comeu essa carne ontem, Julian. – Margareth chegava para trás.
- Você é uma inútil! – Julian puxou seu cabelo.
- Me solta! – Margareth ameaçou jogar um copo de vidro.
- Tenta. Tenta só para você ver o que eu faço com você. Vai. Taca esse copo na minha cara!
Margareth largou o copo.
- Pela sua atitude ridícula, vai me pagar. – Julian tirou seu cinto e começou a bater em Margareth.
Julian não só a agredia com o cinto, mas com suas próprias mãos. E no final de tudo, ria e pedia para ela tirar a roupa. Margareth tinha nojo dele, mas não podia chamar a polícia porque ele a ameaçava, e colocava o nome de no meio. Além do que, Julian também era policial. Policial, porém, corrupto. Era machista. Mas a enganou quando se casou com ela, ele era um homem bom. Mas depois mostrou sua verdadeira face. Ele não amava . E ela tinha que ficar no seu quarto, chorando, ouvindo sua mãe suplicar para ele parar com aquilo tudo. Enquanto isso, a vida de , o mocinho que via chorar, também mantinha sua vida mais ou menos.
Capítulo 02
- ...? Jose... Meu filho, está chorando de novo? – sua tia perguntou.
- Ah tia, eu estou com muita saudade do meu pai, da minha mãe e dos meus irmãos. Eu só tenho a você, tia. Na faculdade, todo mundo parece fútil. Ninguém me interessa. Eu não tenho um só amigo para sair, para conversar e me divertir. Eu nem me lembro da última vez em que fiquei com alguma garota. Eu queria voltar pra minha cidade e encontrar minha família... – chorava a soluçar.
- Eu estou aqui, . E por mais que eu já esteja bem velhinha e não possa te ajudar como queria, saiba que te amo. Seus pais olham por você aonde quer que estiverem. Seus irmãos também. Acredite, , você tem os melhores anjos da guarda que alguém poderia ter. – sorriu e deu-lhe um beijo na testa.
- Obrigada, tia. Não sei o que seria de mim sem a senhora. – sorriu de volta.
(...)
- Olá, mocinha! Pode me explicar o que houve ontem? Por que saiu tão de repente? – ia andando pela rua e parou para falar com .
- . Meu nome não é mocinha. É . E isso não é da sua conta. Só por que te falei que o vejo chorando, parou de sentar de baixo da árvore?
- E o meu é . Prazer. – sorriu – E eu estou bem. Mas não respondeu minha pergunta.
- Prazer. Coisa minha.
chegou perto da janela.
- Consigo ver em seus olhos. Você tem dor aí por trás desse rosto e dessa janela.
- Os seus também. Por mais que sejam tão claros, me mostram lágrimas.
- Hum. Onde estão seus pais? Por que nunca te vi na rua?
- No momento, meu pai está trabalhando e minha mãe foi ao mercado. Talvez, nunca tenha me visto na rua porque... – ficou sem ter o que falar.
- Sabe... Eu perdi minha família em um acidente de carro. Estavam meu pai, minha mãe e meus dois irmãos no carro, quando, de repente, veio um caminhão enorme na contra mão. O carro da minha família capotou. Minha mãe morreu com um galho de árvore atravessando seu estômago, meu pai morreu ao bater a cabeça e meus irmãos morreram no hospital. – seus olhos começaram a umedecerem – Eu estava em casa. Eles tinham decidido ir ao parque, mas eu queria ia ao parque aquático. Fiquei de birra e não fui. Meus pais morreram e a última coisa que eu disse a eles foi “Vocês não se importam comigo”. Sabe o que me disseram? “Nós te amamos”. Meus irmãos ouviram, e um deles disse “Pirralho chato, você não sabe o que é diversão. Mas logo estaremos em casa e eu vou jogar videogame contigo”, o outro “Não vamos demorar, . É uma pena que não queira ir. Tchau, irmão”. Eu ainda espero meu irmão voltar para jogar videogame comigo, e o outro que disse que não iam demorar. Meus pais disseram que me amavam, e eu não respondi com um “Eu também amo vocês”. Muito pelo contrário. Eu fiquei com a cara fechada. Tudo bem, eu era pequeno. Mas mesmo depois de 8 anos... Eu ainda lembro. E me arrependo tanto. – olhou para baixo – Só estou te contando isso porque quero que confie em mim. Eu não tenho amigos. E preciso de alguém. Tenho apenas minha tia. Ela é meu tudo agora. Mas já está de idade. Eu não sei porque, mas senti vontade de te contar.
ficou sem reação. Mas viu nos olhos de , algo mais que especial. Sentiu confiança.
- Eu estudo de manhã. O colégio é o único lugar para onde posso ir. Lá eu também não tenho amigos. Meu pai é um policial corrupto, bate em mim e na minha mãe. Quando chega em casa bêbado, eu sou obrigada a ir para o meu quarto e ouvir os gemidos e gritos de dor da minha mãe. Ele bate a ainda abusa dela. Ele nos ameaça se caso formos contar para alguém ou para a polícia. Irônico, não? – a menina levou as mãos aos olhos, na tentativa de controlar as lágrimas – E ele se diz machista. Mas acredito que seja louco mesmo. Enganou minha mãe e depois de se casarem, mostrou as garras. Talvez, por ser quem ele é, por isso deve ter comprado esta casa fechada e um pouco distante de vizinhos, para não ouvirem nada. Apesar de que, ele obriga a minha mãe e a mim chorarmos bem baixinho. Ele é um monstro. Um verdadeiro monstro. Eu lamento muitíssimo pela sua família. E... – encarou os olhos claros do garoto – Eu me sinto bem melhor te contando essas coisas. – sorriu.
se mostrou muito ofendido com as coisas que contou. Ele sempre via umas marcas estranhas nos braços de , mas nunca questionou. Agora ele entendeu. E acima de tudo, sentia como se estivessem ferindo seu coração. Como se ferir , fosse ferir a ele mesmo.
- Nossa... – pensava – Bom, eu fico feliz que tenha confiado em mim. – sorriu – Você é especial. De verdade... Eu nunca me abri tanto para uma pessoa, a não ser minha tia.
- Você também é. Eu também nunca fui de me abrir com ninguém. O que adianta me abrir com minha mãe, se ela também sofre comigo? – olhou para a esquina – Ela está chegando! Sai daqui!
- O quê? Mas não era seu pai que...
- Sim, mas ela acha melhor eu evitar. Entenda, por favor...
- Ok, ok. – se apressou – Até mais ver.
(...)
- Cheguei! – Julian chegou cambaleando.
- Já chegou bêbado? – Margareth olhou.
- Vai pra cama... – Julian foi tirando o cinto.
- Eu não quero... – Margareth já começara a chorar.
- Você não vai maltratar minha mãe! – se intrometeu.
- Sai daqui, sua vadiazinha! Não me faça te dar na cara de novo! – Julian já ia levantando a mão.
- Nós não te fazemos nada de mau. Por que é assim? Não percebe que ela é sua esposa e que eu sou sua filha?! Era para nos dar amor, carinho... Por que gosta de nos maltratar?!
Por ironia do destino, passava pela rua naquele momento e ouviu a gritaria. Parou em frente à casa de , para ouvir o que estava acontecendo, e ter certeza do que deveria fazer.
- Falou certo... Porque eu gosto! – Julian soltou sua risada mais tenebrosa.
- Você é um monstro! Merece arder no inferno! Você não é pai! Nem marido! É um merda de um policial corrupto que só sabe roubar e maltratar as pessoas! Eu te odeio! – Julian soltou o tapa na cara de sua filha, mesmo assim, olhou para ele e disse – Eu nem sei porque ainda te chamo de pai, Julian.
- ! – sua mãe suplicou.
- Agora você me paga!
Julian abusou de Margareth na frente de . Elas não conseguiam nem falar. se sentia culpada. Pegou uma faca.
- Eu vou me matar.
- Foda- se. – Julian pouco ligou.
- Filha... Por favor... – Margareth já não tinha forças.
- Quer saber? Me dá essa porra aqui! – Julian pegou a faca – Eu te ajudo.
Assim que Julian foi na direção de , Margareth se colocou em sua frente. A faca pegou em cheio no peito de sua esposa. O monstro nem ligou para o ocorrido, empurrou o corpo da mulher e foi em direção a sua filha, quando uma mão forte segurou seu braço. . Julian se virou e o rapaz encheu seu rosto de socos e chutes nas partes.
- Você é um psicopata! – disse.
- Quem é você?! Ah... – Julian se levantava do chão, com a boca sangrando e menos dentes na boca – Aposto que deve ser o cafetão de ... Eu sabia que ela era uma puta!
A faca tinha caído da mão de Julian enquanto apanhava. ficou paralisada, mas as lágrimas rolavam pelo seu rosto. não aguentava ouvir aquelas palavras imundas saindo da boca do psicopata.
- Não fala assim dela! Quem você pensa que é?!
- Um homem que pode te matar! – Julian foi no pescoço se .
Julian apertou tão forte o pescoço de , que o rapaz já não conseguia se mover. Surpreendentemente, jogou um jarro na cabeça de seu ‘pai’, o que o fez desmaiar.
- ! – o abraçou.
Capítulo 03
só conhecia da cintura para cima. De perto, e inteira, ela lhe parecia uma princesa. Seus cabelos eram cacheados, como os dele, e ruivos, seus olhos eram verdes, quase castanhos, talvez mudassem de cor... Ela tinha pequenas sardas e seu corpo era escultural. Quando a moça o abraçou, sentiu seu coração acelerado contra seu peito. Ele também estava assim. Nunca sentiu essa magia antes.
- ... – sentiu seu abraço.
- Minha mãe... ... Minha mãe... – chorava a soluçar.
- Vamos embora!
- Para onde? – fixou seus olhos nos de .
- Para minha casa. Vamos avisar a minha tia e vamos embora! Vamos ligar para a polícia e é isso...
não pensou em pegar roupas e nem objetos. Foi para a casa de . O garoto chegou em sua casa e teve uma surpresa desagradável.
- Tia! – gritou.
- Meu Deus! O que houve? – foi ajudar.
A tia de estava morta.
- Eu estava indo na farmácia comprar o remédio dela. Ela tinha problemas cardíacos e vivia a base de remédios... – começou a chorar profundamente.
- Se serve de consolo, tem a mim agora. Eu sei que não ocuparei o lugar da sua tia, nunca! Mas quero o seu bem, pois mostrou querer o meu. – o abraçou.
- A culpa foi minha! Eu sou um idiota! – dizia.
- Não é não! – disse – Qual foi a última coisa que disse à ela?
- Eu... – deixou o abraço da garota, e secou as lágrimas – Eu disse “Vou comprar seu remédio, tia. Aliás, a senhora está linda hoje. Mais que o normal. Quem sabe não apareça um bonitão, hein?”, daí ela riu, e respondeu “Meu filho, não tenho mais idade para isso. Quem eu amava já se foi. Vou encontrá-lo logo, logo. Te amo, .”, eu não achei estranho no momento, mas falei “Também te amo, tia. E muito”.
- Viu? Dessa vez foi diferente... Ela deve estar com seu amado lá em cima. – sorriu falho – Aposto que sua tia é seu novo anjo da guarda.
- E você é meu anjo aqui na Terra. – disse sem perceber.
sempre observava andar pela rua. Ela sempre o admirou, e pensava consigo mesma “Esse moço é tão bonito... Se um dia eu pudesse...”. era um amor secreto da menina. No fundo, mesmo sem conhecê-lo, ela sabia que ele era especial e que era um bom rapaz. Quando teve a chance de conversar com ele e quando viu a cena heroica de , ela teve certeza. Quando sentiu seu coração mais acelerado que o normal, pensou “eu o amo”.
- Oi? – não acreditou.
- Oi? Como? – se ligou.
deu uma gargalhada. Mas foi rápida. Sua dor era grande. Ela não tinha mais sua mãe.
- Vamos! Temos que ir. O seu pai... Ou melhor... – prosseguia.
- Julian. – interrompeu.
- Sim. O Julian já deve ter acordado da pancada.
- E vou para onde? Sua tia está aqui...
- Se esconda. Eu tenho um quarto subterrâneo, para caso de assaltos. Minha tia era muito segura, acho. Eu vou ligar para ambulância. Vê se eles... – encheu os olhos de lágrimas de novo – Ver se eles conseguem reanimá-la.
foi para o quarto. Lá, ela chorou como nunca chorou antes. De todas as dores que sentiu, nenhuma foi pior que perder sua mãe. ligou para a polícia e para a ambulância. Julian podia chegar lá qualquer hora, em busca de sua prisioneira. A sorte, era que um posto policial ficava ali perto, em 06 minutos, a viatura e a ambulância já estavam lá. falou sobre Julian para os policiais e sobre sua tia para os paramédicos. chorava. Muito. Os policiais foram até a casa de Julian e pela surpresa, ele ainda estava desmaiado. A tia de não tinha mais jeito. Ela era professora de anatomia e tinha vontade de que quando morresse, seu corpo fosse para tanques de universidade, para ser estudado. Foi dito e feito. Seu sobrinho não podia negar sua vontade. Os paramédicos levaram seu corpo e garantiram que iam entrar em contato com o rapaz quando o corpo de sua tia fosse entregue à universidade.
encontrou chorando demais. E tentou consolar.
- Eu sei o que sente. A perda de uma mãe é perder parte do coração. Agora, temos um ao outro. Eu sei que, do mesmo jeito que você não vai ocupar o lugar da minha tia, eu também não vou ocupar o lugar da sua mãe. E, assim como eu tenho meus anjos, você tem o seu agora. E eu tenho certeza que ela quer te ver sorrindo. Mesmo sendo difícil, você foi forte o tempo todo e pode ser forte agora. E também...
- ...Também?
- Eu amo você. Por incrível que pareça né? Pois nos conhecemos em tão pouco tempo e eu já amo você. E sinto que sempre amei. Meu coração acelera quando te vê. E eu já te observava muito tempo... Mesmo com tudo isso acontecendo num dia só, eu ainda me sinto confortável em seus braços. Você se tornou meu mundo em questão de minutos. Eu era um menino perdido procurando alguém para brincar...
- Eu era uma garota que chorava na janela. Eu vou ser a rainha e você vai ser meu rei. Eu te amo. E te amo tanto, que nem consigo decifrar. E é estranho porque eu nunca me senti assim e tão de repente. E estamos aqui... Sem termos para onde ir... Então vou me perder com você. Nunca vamos desmoronar, porque ficamos bem juntos.
a beijou. O beijo foi carinhoso e cheio de amor. Eles se beijavam lentamente e sentiam as lágrimas um do outro. Eram como se quando estivessem juntos, fossem um só.
- Sei onde poderíamos ir. E nunca nos sentiríamos decepcionados novamente. – sorriu.
- Para onde? – sorriu de volta.
- Vamos ficar. Essa casa é cheia de alegrias. A morte da minha família, eu morava em outra. A morte da minha tia, foi a primeira tragédia, mas no mesmo dia, eu encontrei o amor da minha vida.
Quando saíram de casa, viram Julian sendo levado pelos policiais. Ele os olhou, mas nada fez.
(...)
- Agora posso deitar minha cabeça e cair no sono. Ah, mas não preciso dormir para ver meus sonhos, porque estão bem na minha frente. – beijou .
Claro que aquela noite, apesar de ter tido amor, foi dolorosa. Durante dias, o casal consolava um ao outro. Mas conforme o tempo passou, o amor foi tomando lugar da dor. Nunca se esqueceram de seus entes queridos, mas foram sabendo viver. Após 6 anos, já casados, e tiveram filhos gêmeos.
Veja como a vida foi... Um grande amor, partido de uma tragédia. Duas partes de um coração partido. Duas partes de um coração partido, que juntas, se completaram.
“There's a boy
Lost his way, looking for someone to play
There's a girl in the window tears rolling down her face
We're only lost children, trying to find a friend
Trying to find our way back home
We dont know where to go, so I'll just get lost again
We'll never fall apart
Cause we fit together right, we fit together right
These dark clouds over me, rain down and run away
We'll never fall apart, cause we fit together right
We fit together like two pieces of a broken heart”
FIM
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