Contos de Cerejeira
Escrito por Hatakesaturn | Revisado por Lelen
Capítulo 1 - Aquele dia do blackout
Konoha
23 de Maio
Sakura Haruno se mudou para Konoha devido ao seu trabalho, medicina era sua vida, quase a única coisa que levava realmente a sério na sua vida, o resto era diversão. Na noite em que saiu para beber com sua melhor amiga Ino Yamanaka, que também trabalhava no hospital, ela perdeu a chave do apartamento e bêbada do jeito que estava, apenas sentou à porta de casa e esperou o chaveiro 24 horas que ela tinha chamado. Enquanto esperava, seus vizinhos chegaram e a encontraram naquele estado, como dois bons cavalheiros, convidaram-na para esperar no apartamento deles. E então conheceu os amigos de infância Naruto e Sasuke, que moravam juntos no apartamento ao lado.
Naruto era um rapaz animado, cabelos curtos e loiros, costas largas, sorriso bonito e encantador, os olhos azuis piscina brilhavam passando uma sensação de paz. Na verdade, tudo nele brilhava. Em um total contraste com Uzumaki, Sasuke Uchiha, cabelos pretos na altura dos ombros. O moreno era um pouco mais alto. Toda sua roupa era preta, piercings ornamentavam suas orelhas e um em seu lábio tinha chamado a atenção da garota. Os dois eram fisicamente apetitosos, foi o que passou na cabeça de Haruno. Quando os olhos esmeralda de Sakura viram os dois naquele corredor, parecia que toda a bebida tinha se esvaído do seu corpo, afinal, dois gostosos estavam à sua frente. Quando lembrava dessa história, sempre se referia a eles como o primeiro sinal de sorte na cidade, já que fazia apenas alguns meses que estava ali.
O motivo era óbvio, dois homens maravilhosos, lindos e gostosos ficavam a uma distância tentadora; uma parede. Daquele dia em diante os três ficaram próximos, saíam juntos quase todos os finais de semana, Sakura entrava e saía do apartamento deles com frequência, passavam horas conversando, eles realmente tinham criado um vínculo de amizade. Sasuke e Naruto apresentaram os seus amigos para ela, Temari e Gaara No Sabaku, os irmãos Hyuuga e Shikamaru. Cada um deles tinha um atrativo para Haruno e ela ficou louca para experimentar todos eles, sempre flertava, beijos eram dados em festas, levou algum tempo para todos se acostumarem com o jeito carinhoso que ela os cumprimentava; sempre um selinho. Contudo, nenhum deles tinha tido a sorte de estar com ela entre quatro paredes; pelo menos não ainda.
Não tinha como negar, Sakura tinha conquistado todos de uma só vez e desde que Sasuke e Naruto tinham apresentado ela e Yamanaka, não havia outro assunto no grupo, era sobre as duas amigas mais gostosas que eles já tinham visto naquela cidade. Alguns até ousavam dizer que queriam Sakura em sua cama por pelo menos uma vez e estariam satisfeitos, mal sabiam que ela queria o mesmo e que não seria tão fácil tê-la uma vez e não a querer novamente. No entanto, vamos por partes. Certo dia, Sasuke encontrou Sakura no supermercado e, como sempre, Haruno ficou flertando com Uchiha descaradamente, eles brincavam o tempo inteiro, e ele era tão cafajeste quanto ela e era por isso que se tornava divertido.
— Vamos assistir um filme lá em casa hoje? — Sasuke sorriu malicioso.
— Devo comprar um vinho, Uchiha? — Ela o olhou com malícia apontando para a sessão de bebidas e ele apenas deu de ombros. Os dois riram.
— Entenda como quiser. — O moreno sorriu de canto e saiu em direção ao caixa acenando para ela.
Haruno pegou dois vinhos, um tinto e um branco, esperava agradar os dois. Ah, sim, ela estava pensando em Naruto também, ele estaria lá com certeza e ela não perderia uma oportunidade como essa. Estava há bons meses sem transar, precisava descarregar toda a adrenalina que ser uma médica cirurgiã lhe dava. Pagou suas compras e foi para casa, guardou tudo na geladeira e armário, partindo para seu banho em seguida. Despiu-se sem pressa, ligou a água e sentiu todo o calor de seu corpo ser retirado pela água levemente fria. Enxugou-se, colocou uma lingerie preta de rendas, um short jeans rasgado, que dava para ver a poupa de sua bunda, e uma blusa branca regata. Olhou no espelho e sorriu para seu reflexo, seu cabelo ainda estava molhado, dando um ar despojado. Pegou os dois vinhos na geladeira e colocou uma sandália baixa, saiu por sua porta e bateu na do lado de seu apartamento.
Mordeu o lábio quando Sasuke abriu a porta só com uma calça xadrez e um olhar intimidador, mas que para ela era apenas um convite para desvendar a pose de bad boy. Ela curvou o canto dos lábios e passou por ele passando de leve a mão em seu peitoral, em provocação, foi até a bancada da cozinha colocando as duas garrafas ali.
— Dois vinhos? — Uchiha indagou ao fechar a porta.
— Somos três, não?
— ‘Oh… — O moreno ficou surpreso e viu o amigo chegar no corredor e se encostar na parede.
— Pretende nos embebedar então, Saky? — Ouviu a voz aveludada do loiro vindo de trás de si e virou-se, dando de cara com os olhos azuis a encarando.
Apenas calças. Céus, poderia marcar um filme mais vezes.
— Até que não é uma má ideia. — Ela riu e foi até os armários da cozinha já os abrindo. — Onde estão as taças?
Podia usar os corpos esculturais como recipientes, mas não queria os assustar.
Sasuke estava sentado no meio do sofá e os outros dois, um de cada lado do moreno, as taças já estavam cheias pela terceira vez, o filme de guerra que Uchiha tinha escolhido não estava agradando muito. Sakura gostaria de estar assistindo um filme de terror e o loiro já era mais sensível, uma comédia romântica estava de bom tamanho. Haruno só queria acabar com aquele sofrimento, foi quando seu estômago roncou e ela teve uma brilhante ideia.
— Vamos pedir comida japonesa? — Os dois a olharam e confirmaram, ela pegou o celular de cima da mesinha de centro, levantou e pediu para Sasuke afastar, então ela sentou no meio dos dois. — O que vão querer?
— Eu quero um combo de peças e um temaki — Uzumaki começou.
— Não é mais fácil pedirmos uma barca? — Sasuke comentou.
Ficaram decidindo a comida, que demorou mais do que o previsto. Depois de finalizar o pedido, Sakura levantou e foi abrir a outra garrafa de vinho, servindo ela e os outros dois. Sakura deitou no chão com a cabeça em uma almofada, suas pernas dobradas com os pés em cima do sofá, dava uma visão de suas coxas fartas e eles quase podiam ver sua bunda. Os dois tinham que admitir que era uma visão um tanto quanto tentadora, os cabelos rosas compridos contrastavam com o tapete cinza, as risadas encorpadas eram cativantes e os dois sentiam o tom de provocação no tom da voz dela a todo momento, era tão convidativo.
— Vocês têm algo além de amizade? — Ela estreitou os olhos e os dois se entreolharam. — Gente, sério, não vou julgar. Eu já peguei mulheres, caso se interessem em saber. — Ela riu.
— Bom… — o loiro falou e levou um tapa do outro em seu braço. — Ai, Sasuke!
— ‘Tá, já entendi, não querem que virem bafafá nesta cidade de interior atrasada, mas olha ‘pra mim. — Ela ergueu o corpo ficando sentada e apontou para si mesma. — Eu sou basicamente tudo que essa cidade desaprova e mesmo assim eu não ligo.
— É diferente, Saky. Todo mundo conhece a gente desde pequeno aqui — Uzumaki disse, recebendo um olhar repreensivo de Uchiha. — Deixe de ser idiota, Uchiha! Ela entende a gente.
— Eu sei, só é… Estranho falar em voz alta — Sasuke comentou cruzando os braços se encostando no sofá.
— Eu acho que vocês não precisam se importar tanto com isso. — Ela levantou e sentou entre eles. — Se vocês se gostam e se sentem bem um com outro, por que esconder?
— Nós não temos um relacionamento de fato — foi a vez do moreno falar —, então não tem muito o que esconder.
— Não temos porque você não quer! — exclamou o loiro.
— Ok, calma, vamos entender o motivo disso.
Depois de tanto conversar e discutir o porquê Uchiha tinha medo de assumir Uzumaki, Sakura entendeu tudo. A família Uchiha era conhecida, pois o pai de Sasuke era chefe da polícia e seu irmão o detetive do departamento de polícia de Konoha. A família de Naruto também não ficava para trás no quesito fama, seu pai era prefeito da cidade, seria um escândalo e tanto caso o filho do chefe de polícia e o filho do prefeito namorassem. Sakura acreditava que só por morarem juntos já deveriam render boas fofocas, ela não sabia muito, mas o suficiente para tirar conclusões.
Quando fazia menos de três meses que ela estava morando em Konoha todos já sabiam quem era ela, a mulher que mesmo sendo médica, uma profissão de responsabilidade e respeito, possuía os cabelos rosas, tatuagens pelo corpo, andava de moto e roupas curtas pela cidade. Que todos fossem para o inferno, ela se vestia e se portava como quisesse fora do seu trabalho, era uma médica respeitada dentro do hospital e em todo o país, não foi à toa que ofereceram um bom dinheiro para ela sair da capital e ir para aquele fim de mundo. Então se ela já era assunto na cidade em tão pouco tempo, quem dirá o que se tornaria se o caso de Sasuke e Naruto fosse descoberto.
— Não sou só eu que tenho medo… — Sasuke disse olhando para Naruto.
— Claro que não, teme, mas eu faria de tudo para isso dar certo. — Sakura sorriu sentada no sofá olhando os dois que discutiam em pé, mas ainda assim se olhavam com desejo.
— Por que está sorrindo? — Uchiha voltou o olhar para a mulher que sorria satisfeita, segurando a taça em sua mão.
— Vocês são fofos juntos e dá para ver de longe o quanto se gostam. — Ela deu de ombros. — Não deixem que o medo os impeça de viver o que vocês têm.
Eles ficaram em silêncio por um momento olhando para ela e logo em seguida os olhos ônix e os azuis voltaram a se encontrar. Eles sabiam que ela tinha razão e era hora de decidir o que era mais importante: não causar um escândalo na cidade ou serem eles mesmos.
— Aceitam mais uma essa noite? — Haruno disse com um tom sugestivo deitando no sofá de um jeito sexy, Sasuke e Naruto saltaram os olhos. Eles não eram santos, também flertavam com ela, já tinham beijado a médica em festas e achavam tudo muito sedutor, mas estar na cama em três seria uma novidade.
— Na cama? — Uchiha perguntou receoso.
— Não, Sasuke, para jogar damas. — Ela revirou os olhos.
— É… — O loiro ficou sem jeito, mas foi salvo pela campainha que tocou.
— Eba, vamos comer! — Haruno saltou do sofá indo em direção à porta, deixando os dois completamente desnorteados com a proposta que ela tinha lançado.
Sentaram em volta da mesa para comer, os hashis em mãos, uma música baixa tocava ao fundo e eles se deliciavam com a comida. Sasuke não conseguia não pensar em como seria ter Sakura em sua cama junto com Naruto, era uma ideia interessante. Olhou para o loiro e viu que ele de vez em quando direcionava o seu olhar para Haruno, deveria estar pensando o mesmo que ele. “Merda”, Uzumaki pensou, agora ele realmente queria ter essa nova experiência. Terminaram de comer e Sakura, que já estava mais do que acostumada com esse tipo de situação, pegou suas coisas e foi caminhando até a porta com os dois em seu encalço.
— Boa noite, meninos — disse ao chegar no corredor, e com os dois ainda na porta, ela virou-se para eles sorrindo, depositou um selinho em cada um e falou: — Pensem no assunto. — Piscou o olho direito e seguiu para casa.
[...]
Konoha
05 de Setembro
Konoha finalmente tinha entrado no inverno, apesar de estar no início, ainda fazendo calor durante o dia. Sakura terminava de atender um caso de emergência e finalmente foi em direção à sua sala para se livrar do jaleco e sapatos de salto, e colocar seu coturno para voltar para casa. O que ela não contava era que uma tempestade estava caindo lá fora, olhava para o estacionamento, com o capacete em mãos, da recepção do hospital, o céu completamente fechado e os pingos grossos de chuva que caíam com frequência. Reclamou mentalmente, mas que mal poderia fazer ela pegar uma chuvinha até em casa, seria até libertador, lavaria a alma e o estresse do dia, assim que chegasse em casa tomaria um banho quente em sua banheira para aquecer o corpo e uma taça de vinho para esquentar o interior. Era sexta, afinal. Saiu correndo pelo estacionamento em busca da sua moto, sentou no banco de couro, colocou o capacete e partiu em direção ao seu prédio.
Ao chegar, estacionou a moto na garagem subterrânea, seu cabelo pingava, então subiu até o quinto andar, de escada, não queria molhar o elevador e levar uma multa. Chegou exausta em seu andar, pois apesar do corpinho que ela exibia, era tudo genética, Haruno não sabia nem o que era uma academia. Respirou fundo antes de procurar sua chave na bolsa e, pasmem, pela quinta vez ela tinha esquecido a chave no hospital. Só naquele mês ela teve que voltar ao hospital três vezes para pegar suas chaves, entretanto, não ia sair naquela chuva de novo. Olhou para a porta ao lado e suspirou soltando um palavrão. Bateu na porta, que foi aberta por Naruto, ele a mirou de cima a baixo.
— O que houve?
— Esqueci a chave. — O loiro não se segurou e riu, recebendo um tapa no ombro. — Me empresta seu chuveiro e uma roupa? — pediu manhosa e ele assentiu, dando espaço para ela passar.
— Quem é, dobe? — Sasuke chegava à sala. — Que isso, Haruno? Foi tomar banho de chuva e nem nos convidou? — Ele riu debochado.
— Muito engraçado. — A outra estirou o dedo para o Uchiha.
— Venha, tome banho no meu banheiro, vou pegar toalha e roupas para você. — Naruto a acompanhou até o quarto no fim do corredor.
Uzumaki deu uma toalha e algumas roupas para ela, tudo dobrado e ela seguiu para o banheiro, sentia o cheiro do loiro por todo o ambiente e não tinha um único perfume na bancada, ficou curiosa. Viu o frasco de desodorante e sentiu o cheiro dele, constatando que aquele era o seu cheiro, ficou chocada com a descoberta, pois Naruto cheirava tão gostoso, sexy até. Contudo, era suave, nada comparado a Uchiha, já que o cheiro dele era tão marcante que parecia ter cheiro cítrico misturado com algo amadeirado, e Sakura adorava fragrâncias. Tirou a roupa molhada e tomou um longo banho quente, não era o de banheira com o qual ela estava sonhando, porém, dava para o gasto.
Vestiu a camiseta enorme de Naruto, que mais parecia um vestido, indo até o meio de suas coxas e colocou a cueca, que estava com etiqueta, agradeceu pelo loiro, apesar de ser estabanado, ter o cuidado de dar uma cueca nova. Saiu do banheiro com as roupas molhadas em mãos e então Uzumaki falou para ela colocar para lavar e secar na área de serviço, após colocá-las para lavar foram até a sala. Juntaram-se a Sasuke que assistia qualquer programa sobre carros na tv.
— Vocês acham que consigo um chaveiro a essa hora? — falou olhando para o celular.
— Você já deve ter desconto com o chaveiro, né, Haruno? — Sasuke riu e recebeu um olhar assassino da mulher. — Desculpa, já entendi que está irritada.
— Pare de brincadeiras, Sas, vamos pedir uma pizza para jantar. — Naruto virou para Sakura. — Não se preocupe com isso, Saky, durma aqui.
— Obrigada, Naru.
Mal viram o tempo passar, a tempestade a cada hora aumentava ainda mais, os trovões podiam ser ouvidos e os raios rasgavam o céu. Os três já tinham comido metade da pizza enquanto jogavam no console de Sasuke, Uzumaki reclamava pois já era a terceira vez que perdia no jogo de luta. Sakura ria e Uchiha não deixou de esboçar um sorriso debochado nos lábios. Quando um raio cruzou o céu, a energia caiu, acarretando em um grito alto e sonoro de Haruno, que se agarrou em Sasuke, que estava do seu lado esquerdo, o mais longe das janelas.
— Pelo jeito você tem medo de alguma coisa… — o moreno provocou falando baixo e caso pudesse ver o olhar assassino que ela lhe lançou, ele teria pedido desculpa.
— Vou pegar velas — Naruto falou pegando o celular e ligando a lanterna indo até a cozinha.
Acendeu diversas velas pela sala e então o loiro tentou acalmar a amiga, Sakura morria de medo da escuridão. Era algo mais profundo que apenas medo do escuro, ela sentia que o breu trazia a sensação de perda de controle. Quando as velas trouxeram claridade para a sala, Uzumaki ligou uma música baixa no celular e ela se acalmou, então eles começaram a conversar sobre qualquer coisa. Era confortável, ela se sentia bem com eles, as brincadeiras eram saudáveis, a companhia era agradável e as conversas interessantes. O loiro em algum momento tinha ido pegar um cobertor para cobrir os três, os dois sentados no chão, encostados no sofá e Sakura, também sentada, entre eles.
— Dobe, tem algo para beber aí?
— Não sei, acredito que tenha, talvez um vinho ou uma vodka — o loiro respondeu ainda pensando.
— Por deus, querem me embebedar? — disse ela divertida, devolvendo a brincadeira da outra vez que esteve no apartamento.
— Oh, não, não entenda mal, Saky. Desculpe — Sasuke pediu preocupado. — Eu só queria esquentar, sem o aquecedor está muito frio, o cobertor não está sendo o suficiente.
— Vou pegar algo, teme… — Naruto ia se levantar, mas foi impedido pela mão de Haruno em seu pulso.
— Tenho uma ideia melhor… — Ela sorriu maliciosa, mas com a pouco luz, as expressões ficavam um pouco difíceis de serem lidas.
— E o que ser… — Sasuke foi interrompido por um beijo, os lábios de Haruno encontraram os seus e logo as línguas se enrolaram.
Ela se afastou e virou-se para Naruto que admirava o beijo dos dois, porém agora era a vez dele. Sentiu os lábios sabor cereja avançarem sobre si, as sensações vieram com força, não conseguiu impedir sua mão de se apossar da nuca dela com vontade. Sakura logo sentiu os beijos de Sasuke em seu pescoço, ombro e colo, coisa que ela não esperava, mas que amou a iniciativa. Ela foi atrevida em fazer o convite, mas foi mais ainda ao apenas tomar uma atitude. Contudo, o ambiente, a situação, tudo era propício, aqueles dois seriam sua perdição naquela noite.
A mão de Sasuke apertou sua coxa com força, ele era mais bruto, ela gostava disso. Do outro lado a mão do loiro foi até sua cintura por baixo da camiseta larga e acariciou de leve, dois dedos dele resvalaram em sua coluna e um arrepio percorreu toda a extensão de suas costas. Sentiu a outra mão de Uchiha em seus cabelos, os puxando para trás, a fazendo pender a cabeça levemente, sentiu mordidas em seu ombro, queixo e os atos cessaram apenas para os dois puxarem a camiseta de Naruto do corpo da médica. Os beijos voltaram com ainda mais intensidade, o moreno explorava sua boca enquanto o loiro descia a língua para o vale de seus seios. A respiração, já ofegante, denunciava o prazer que ela estava sentindo, os calafrios que subiam do seu ventre passavam pelo seu estômago e chegavam até sua boca, a secando, estavam a torturando. Precisava de mais.
— Quero mais… — falou de um jeito arrastado, que deixou os dois completamente imersos naquela esfera sexual.
Pegaram o edredom, o jogando para longe, Sasuke engatinhou até ficar entre as pernas de Haruno, que já estavam minimamente abertas. A puxou pelo quadril, fazendo-a deitar totalmente no chão, arrancou a cueca que ela vestia e começou a chupá-la. A língua desfilava pelos grandes lábios antes de se afundar entre os menores, achando o ponto inchado e o lambendo com vontade, o gelado do piercing no lábio dava um ótimo contraste com a boca quente de Sasuke, que a devorava. Sakura revirou os olhos de tanto prazer que sentia. Naruto, vendo aquela cena, não tardou a se juntar a eles, começou lambendo o pescoço, desceu pelo peito até chegar em seu seio esquerdo, ele então usou a outra mão para apertar o seio direito. O baixo ventre da mulher se remexeu em expectativa, sentiu os dentes do loiro cravarem na pele macia do seu seio e gemeu com uma mistura de dor e prazer.
Eles a levavam cada vez mais à beira da insanidade, a língua de Uchiha trabalhava com vontade em seu clitóris enquanto dois de seus dedos a estocavam com uma certa precisão e atenção, ele sabia o que estava fazendo e isso chamou sua atenção, guardou uma nota mental para perguntar a Sasuke depois. As mãos percorrendo seu corpo, dedos apertando sua carne a levaram à loucura em tempo record, derramando-se na boca do moreno. Gritou o nome de Sasuke em alto e bom som, e Naruto tratou de capturar cada nota.
Sakura ainda se recuperava, tentava normalizar a respiração e quando deu por si e abriu os olhos, viu os dois ajoelhados se beijando, por um momento ficou apenas ali deitada, apreciando a vista. Por mais que ela não achasse totalmente certo ficar analisando, era impossível. Naruto era mais afobado, era notável, as mãos do loiro passeavam pelo abdômen trabalhado de Uchiha de forma tentadora. Os beijos eram molhados, o moreno mordeu o pescoço do loiro arrancando um gemido rouco, a mão dele foi direto para a ereção do outro o estimulando, e Uzumaki fez o mesmo, enfiou a mão dentro da calça de Uchiha e começou a masturbá-lo. O tesão e o desejo estavam latentes, perceptível, era gostoso assisti-los.
A mulher se viu meio perdida, achou que estava sobrando, mas assim que se sentou, sentiu um braço forte circular sua cintura e a puxar para o beijo. Três línguas ansiosas e desejosas, disputando um espaço pequeno, mas extremamente gostoso de estar. Sakura sentiu uma mão em sua cintura fazendo-a virar e ela encontrou Naruto, medindo seu corpo como se ela fosse a sobremesa mais gostosa de um buffet, ela adorava aquele olhar. A ereção de Uchiha bateu em sua bunda, e logo sentiu a mão dele em um de seus seios e os beijos em sua nuca. Sorriu, aproveitando as sensações diversas que sentia com cada toque, língua, lábios e dentes em seu corpo. A ereção do loiro encostou em seu monte de vênus e ela olhou para baixo, constatando o tamanho e a imponência, passou a língua pelos lábios, ansiando pelo ato.
Sasuke apertava seus seios arrancando gemidos audíveis de sua garganta, Naruto a beijava com lasciva enquanto dedilhava seu clitóris. Sakura levantou a mão colocando-a para trás, arranhando a nuca do mais alto e puxando alguns fios negros no processo.
— Você tá me enlouquecendo, Saky… — Naruto falou entre seus lábios, inebriado com o cheiro de sexo que estava se tornando cada vez mais presente na sala.
— Vocês estão… — ela tentou formular uma frase, mas foi impossível, pois estava completamente entorpecida pela luxúria.
Sasuke deslizou as falanges pela coluna de Sakura, quase como se dedilhasse cada vértebra, passou a mão entre suas pernas até a sua boceta extremamente encharcada, melando seus dedos, levando o seu fluido até sua segunda entrada e com aquela voz rouca e embriagada de prazer falou:
— Aguenta dois, Saky?
Ela gemeu arrastado e respondeu:
— Com carinho, Sas…
Ele então enfiou um dedo no ânus dela enquanto o loiro enfiava dois dedos em sua fenda. Sakura gemeu mais alto, sentiu seu interior esquentar e um turbilhão de sensações atravessou seu corpo inteiro fazendo suas pernas tremerem. Precisava dos dois dentro de si. Sasuke enfiou outro dedo e as unhas da Haruno cravaram nos ombros do loiro fazendo com que ele rosnasse.
— Preciso… — ela não conseguia terminar uma frase sequer. Sentiu lábios em sua nuca, mais lábios em seus próprios, uma língua contornou a curvatura de seu pescoço e, céus, perdeu completamente a sua consciência, estava presa às sensações. Escutou barulho de plástico metalizado se rasgando e mordeu o lábio apenas em pensar no que aquilo significava.
— Vou entrar em você, Saky… — Naruto sussurrou em seu ouvido e os pelos dela arrepiaram.
Sentiu ser preenchida aos poucos, os dedos de Sasuke continuavam a estocando devagar, a preparando para recebê-lo, as mordidas em seu ombro e a mão dele apertando sua cintura estavam a deixando sem forças. Uzumaki começou a se movimentar devagar e os dois arfaram com tamanho prazer.
Uchiha contornou a orelha de Sakura com a língua e murmurou em seu ouvido:
— Não serei tão cuidadoso agora, ok?
Ela apenas acenou positivamente e sentiu seu corpo ser retirado do chão por Naruto, o que a fez enrolar as pernas em sua cintura. Sasuke se enterrou em sua segunda entrada, os três gemeram em conjunto, alto, forte, com um prazer que os mandou para fora de órbita. Quando Sasuke e Naruto entraram em sincronia foi a melhor descoberta que poderiam ter tido, transar em três era extasiante. Os gritos ecoavam, o suor escorria, o barulho indecente de sexo; era tudo gostoso, as sensações, os beijos em sua pele, as mãos de Naruto a segurando pelas nádegas, apertando a carne como se ele fosse perder o rumo se não a segurasse com firmeza.
Sasuke puxou Naruto e o beijou por cima do ombro de Sakura, que deitou a cabeça no ombro do moreno, gemendo, embriagada de prazer.
— Não parem, eu vou… — ela tentou vociferar, mas não tinha forças, queria apenas se entorpecer ainda mais naquelas sensações extasiantes.
— Mais rápido, Naru… — Sasuke falou e o loiro acatou.
Uchiha gozou fortemente mordendo o ombro de Haruno, mas não parou. Sakura sentiu seu ventre contorcer em um nível nunca sentido antes, os dois paus dentro de si latejavam, sentia suas paredes pequenas, apertadas, tremendo de tanto prazer. Naruto rosnou ao chegar ao ápice e tomou os lábios de Sakura, continuava a fodê-la, assim como Sasuke. Ela estava beirando a loucura, gritava palavras desconexas, chamava o nome dos dois, até que gozou puxando o cabelo deles, um em cada mão. Deitou a cabeça no ombro de Sasuke, suas pernas amoleceram e os três respiravam acelerado, eles ainda estavam agarrados, abraçados e ambos ainda se encontravam dentro dela sentindo cada espasmo que suas paredes ainda davam.
Sakura só conseguia pensar que parecia que eles sabiam exatamente o que fazer, aquilo a deixou satisfeita, a sincronia dos três no sexo foi perfeita de um modo assustador. Deitaram no chão e Naruto os cobriu com o edredom.
— Isso foi… — Naruto começou.
— Quente — Sasuke completou.
— Esclarecedor — Sakura falou, recebendo o olhar confuso dos dois. — Devia faltar luz mais vezes. — Os três começaram a rir e Sakura se aconchegou no peito de Uchiha e Naruto a abraçou, recebendo a mão de Sasuke em seu ombro abraçando os dois e assim, dormiram.
Capítulo 2 - Aquele dia do presente
Konoha
04 de Janeiro
Depois de férias tão revigorantes, Sakura se preparava para voltar ao trabalho, pegou seu crachá, sua bolsa e subiu em sua moto rumando o caminho do hospital. Quando Haruno parou em frente à sua vaga e olhou um carro preto no seu lugar no estacionamento, ela bufou, estacionou a moto atrás do carro e caminhou pisando duro até a recepção do hospital. Retirou o capacete, liberando os longos cabelos rosas e mirou a recepcionista.
— Bom dia, Yumi, poderia me informar quem parou na minha vaga? — Irritada? Sim, muito. Mal-educada? Jamais.
— Bom dia, doutora Sakura, foi o novo chefe da ala de pediatria.
— Novo… O quê? — Ela arqueou a sobrancelha.
— Posso chamá-lo para tirar o carro. — A recepcionista fez menção que iria se levantar, mas foi impedida pela fala de Haruno.
— Não, eu mesma vou falar com ele. — Entrou pelo corredor largo e extenso, foi para a sua sala no sexto andar e ao entrar, respirou fundo três vezes.
Mal tinha chegado de suas férias e já tinha um idiota lhe tirando do sério. Tirou a jaqueta de couro e a pendurou no cabide de chão, colocando o jaleco por cima de sua camiseta do Super Mario, talvez ela tivesse esquecido de lavar roupa e foi obrigada a vestir suas camisetas ridículas da adolescência, mas que por algum motivo ainda as guardava. Ora, sabia bem o motivo, ela amava, em seu interior continuava sendo uma nerd de carteirinha. Trocou os coturnos pelos sapatos de saltos branco, que sempre ficava em sua sala, afinal, só os usava no hospital, levava para casa apenas para lavá-los, caso precisasse. Colocou o estetoscópio em volta do pescoço e foi até a porta para então sair em busca do ladrão de vagas.
Ao abrir a porta, deu de cara com um homem que até aquele momento nunca tinha visto no hospital, porém, pelo jaleco branco, trabalhava ali. Os olhos negros e intensos lhe chamaram a atenção, mas não tanto quanto os ombros largos, as mãos grandes, com dedos compridos e bonitos. Pôde ver os poucos músculos nos braços, ele era esguio, no entanto, dava para ver que malhava. Desceu mais um pouco os olhos e viu as coxas torneadas pelo jeans branco que usava. Mordeu a pele interna no seu lábio inferior discretamente, mania que ela tinha quando via um homem gostoso e aquele era um belo representante da espécie. O homem pigarreou e estendeu a mão até ela.
— Bom dia, doutora Haruno. É um prazer conhecê-la.
— O prazer é todo meu… — Apertou a mão do homem que deveria ter um 1,85 pelas suas contas.
— Kakashi, Kakashi Hatake — completou o grisalho. — Sou o novo chefe do setor de pediatria.
Sakura fechou a cara no mesmo instante e cruzou os braços.
— Então foi você que parou na minha vaga — disse ela quebrando o quadril para o lado e arqueando uma das sobrancelhas.
— Não tinha seu nome na vaga.
— Sim, tinha. Tem uma placa com o meu nome na vaga, bem grande por sinal.
— Sério? — Kakashi colocou a mão em seu queixo olhando para cima, mas logo voltou os orbes para Sakura. — Perdão, talvez não tenha visto.
— A ala de oftalmologia fica no primeiro andar, doutor Hatake — falou forçando um tom doce.
— Bom, qualquer coisa estou em minha sala. — Hatake virou-se e entrou na sala ao lado.
Sakura esticou o pescoço para fora de sua sala e não acreditava que aquele gostoso era um idiota e que ele estaria bem ao seu lado. Deu dois passos para dentro de sua sala e fechou a porta fechando as mãos em punho. A vontade era de gritar, mas controlou seus ânimos, estava dentro do hospital e lá ela não podia deixar sair o seu pior lado, ou o melhor, dependia do ponto de vista. Sentou-se à sua mesa e se pôs a trabalhar, era o que ela podia fazer naquele momento.
[...]
Konoha
11 de Janeiro
Uma semana havia se passado e depois que Sakura falou com o chefe do hospital a respeito do mal-entendido com a sua vaga no estacionamento, ela não teve mais problemas com o novo pediatra. Apesar de que conseguiria conviver apenas olhando o belo corpo que ele exibia, ele era gostoso, ela não era cega, mas preferiu ignorar seus pensamentos pervertidos quando olhou o relógio de parede acima de sua porta. Com o fim do expediente, ela queria chegar logo em casa, arrumar-se e ir para a casa de Temari, onde tinham marcado uma pequena reunião. Ela queria beber, curtir suas amigas, beijar umas bocas e quem sabe parar na cama de alguém.
Tomou um banho rápido, colocou uma saia jeans e uma blusa regata, que deixava seu umbigo de fora. A jaqueta de couro foi colocada por cima da regata vermelha e o coturno preto completou o look despojado. Passou na casa da amiga Yamanaka para dar carona e as duas foram para a casa de Sabaku. Sakura estacionou a moto em frente à casa, tirou o capacete e Ino fez o mesmo, descendo da moto.
— Achei que era só uma reunião entre amigos — falou a médica.
— Bom, hoje é sexta, né? — Ino deu de ombros e entrou na casa, que estava lotada.
Sakura entrou olhando para os lados como se procurasse algo ou alguém. Pegou uma bebida na cozinha, caminhou mais alguns metros e viu o ruivo encostado nas costas do sofá conversando com algumas pessoas. Ela sorriu do seu jeito único e os olhos verdes mediram Haruno dos pés à cabeça, fazendo-a morder o lábio inferior, não tinha nada que a fizesse se sentir bem como um olhar de desejo. Viu o Sabaku vindo em sua direção e encostou na parede, despretensiosamente, dando um gole em sua cerveja. Ele chegou bem próximo e, como sempre, colou seus lábios nos dela, recebendo as esmeraldinas o olhando de forma provocativa.
— Como está?
— Ótima, Sabaku, como sempre. — Os lábios fizeram uma curva indecente, e o ruivo apenas a pegou pela cintura e a beijou.
A química que eles tinham era palpável, porém, não era ainda o momento dela ir para a cama com ele, afinal, gostava de uma boa provocação e conquista, e Gaara sempre deixava seu corpo em estado de frenesi. Não queria acabar com aquilo. Ainda.
— Preciso procurar a Temari. — Afastou-se segurando o homem pelo peito, desfilou os dedos pelo peitoral e acariciou o maxilar do ruivo, sorriu e passou a língua pelo lábio superior, tentava manter seu autocontrole, o que era bem difícil com ele.
— Ela está com a Hina perto da piscina. — Ele deu um último selinho nela, que piscou o olho direito e saiu rebolando a bunda de maneira sensual, o que manteve os olhos do escritor em suas curvas.
Sakura respirou fundo indo até o jardim e viu as três amigas conversando na beira da piscina, e então foi até elas, deu um selinho em Hinata e um na Sabaku e sentou-se ao lado da Hyuuga.
— Já chegou causando, né, vagabunda? — Temari riu.
— Já falei que só quem pode me julgar é Deus — apontou para cima —, além de que, sou uma mulher livre.
— Então transa logo com o ruivo senão eu vou, Saky — falou Yamanaka mordendo o lábio olhando para Gaara, que conversava com os amigos do outro lado da piscina.
— Pode ir, faça bom proveito e depois me conta se o pau é gostoso para eu não perder tempo. — Ela deu de ombros.
— Céus, é meu irmão! Parem de falar sobre o pau dele. Obrigada! — A Sabaku bufou antes de beber de sua cerveja.
— E eu gostaria que vocês parassem de falar sobre pau, ponto. — Hinata revirou os olhos e sentiu a rosada se aproximando de seu ouvido.
— Eu também gosto de…
— Nem ouse. — A Hyuuga colocou o indicador na boca de Haruno, que fez um bico. — Já falei que não vou transar com você, estragaria a amizade. — A morena deu um beijo carinhoso na bochecha da amiga.
— Só se for por você, veja como eu estou com o Sas e o Naru. — Sakura fechou os olhos e empinou o nariz. — Nos damos bem.
— Claro, e transam uma vez por mês… — Yamanaka riu alto, levando as amigas a gargalharem com ela. — Quando você transa a primeira, não consegue mais largar, Saky.
— Isso não é verdade! — Haruno ralhou com a melhor amiga e virou o restante do líquido da long neck. — O problema é que eles realmente se tornaram um vício. — Temari estreitou os olhos. — Não me olhe assim, qual é… Eles moram no apartamento ao lado!
— E daí? — perguntou Hinata recebendo um murmúrio em resposta.
— Vou pegar mais bebida. — Sakura se levantou e foi até a cozinha, encontrando os dois "vícios" preparando doses de tequila.
Ela até pensou em negar o convite deles para beber, mas que se lascasse, ela iria se divertir sem pensar nas consequências, como sempre, então virou doses com Sasuke e Naruto. Nunca deixou de curtir a vida por comentários de quem quer que fosse, além de saber que suas amigas estavam tirando uma com a sua cara, pois se tinha alguém que a aceitava, eram elas. Haruno tinha plena certeza que tudo estava sob controle.
Foi para o meio das pessoas quando ouviu uma de suas músicas favoritas tocando e começou a dançar de forma sexy. Suas mãos deslizavam pelo próprio corpo, os dedos entravam entre os fios rosas e os olhos se fechavam à medida que o sorriso tomava conta dos lábios.
Uzumaki e Uchiha ficaram olhando aquela cena completamente perdidos nos movimentos dela, quando se deram conta, estavam junto a ela. As mãos deles se perderam completamente no ritmo da música, eles estavam em sintonia, dançando, rindo e aos beijos, chamando a atenção de boa parte das pessoas presentes ali e uma delas, foi Neji Hyuuga. Ele não tirou os olhos daquela dança, um tanto erótica para ser feita em público, no entanto, ele sabia bem que quando se tratava de Sakura Haruno poderia esperar qualquer coisa e isso o instigava.
— Tem alguém de olho em você, Saky — sussurrou Naruto no ouvido dela.
A médica encostou a bunda na pélvis do loiro, levou uma das mãos até a nuca dele o puxando para si. Assim fez também com Sasuke à sua frente, cada vez mais colados, cada vez mais obscenos. Sakura desviou o olhar e viu aquele par de olhos pérolas a olhando de maneira desejosa.
— Será que ele quer a atenção que estou dando a vocês? — Ela riu, divertida.
— Não sei, quer ir descobrir? — perguntou Uchiha beijando o pescoço dela.
— Acho que sim. — Ela deu um beijo em cada um e caminhou até o bar, onde Neji estava. — Neji…
— Sakura — cumprimentou ele curvando o canto dos lábios. — Está bem?
— Sim — ela pegou uma garrafa de um drink pronto e abriu, dando um gole em seguida. Ela virou para o moreno, aproximando-se mais —, mas poderia estar melhor. —Haruno sorriu sem deixar o contato visual.
Hyuuga inclinou-se até sua boca estar próximo da orelha dela e disse sussurrado:
— O que posso fazer para tornar sua noite melhor? — Um arrepio percorreu o corpo suado de Sakura, ela pegou a long neck e deu um gole generoso antes de passar a língua pelos lábios avermelhados.
— Eu tenho uma ideia…
Entraram no banheiro do segundo andar aos amassos, mal trancaram a porta e Hyuuga a pegou pelas coxas e a colocou sentada na bancada da pia, derrubando alguns frascos de produtos, o que fez com que eles rissem entre os beijos. A mão grande agarrou a nuca de Sakura e os lábios de Neji traçaram um caminho do pescoço até o colo. Ela tirou a camisa que ele estava e ao ver o físico escultural do homem, suspirou e mordeu o lábio antes de puxá-lo pela nuca e seguir com um beijo intenso. A jaqueta de couro foi parar no chão, junto com sua regata e a camisa do moreno.
Os seios empinados e com os mamilos durinhos de tesão já estavam à mostra, já que quase nunca usava sutiã. A boca de Neji não tardou a encontrar sua auréola, beijou, lambeu, chupou enquanto massageava o outro com sua mão. Os gemidos começaram a preencher o banheiro, e quando Sakura menos pôde perceber, os dedos ágeis de Neji invadiram sua calcinha por baixo da saia que usava. As línguas voltaram a se encontrar, ela mordeu o lábio dele quando sentiu dois dedos a penetrarem.
— Molhada… — sussurrou ele antes de lamber e morder o lóbulo da orelha dela. — Já está pronta desse jeito?
— Para você ver o quanto é bom… — Ela sorriu indecente e ele retribuiu com um sorriso mais safado ainda.
Sakura se dedicou a abrir o botão e o zíper da calça de Hyuuga, que tirou um preservativo da carteira e encapou seu pênis, o qual Sakura ficou bem surpresa pelo tamanho, mas se Deus fez… Ele afastou a calcinha e a preencheu devagar e com precisão, fazendo-a pender a cabeça para trás. Sakura apoiou sua mão na parede e a outra foi no ombro do homem, seus dedos buscaram a nuca e logo invadiram o cabelo comprido, que estava preso em um rabo de cavalo baixo, puxando devagar. O quadril dele ia e voltava com ritmo, estocando fundo, e as mãos dele apertavam a cintura fina tentando aplacar seu tesão.
Sakura sentia o calor tomando conta de seu corpo cada vez mais, a respiração acelerada, os gemidos mais encorpados e sem controle, uma das mãos dele desceu pro seu quadril, apertando a carne e ele se retirou dela apenas pra tirar a calcinha que já estava atrapalhando. Neji metia com vontade, levou as palmas até a bunda dela e a tirou da bancada para encostá-la na parede do outro lado. Beijou o pescoço, o ombro e voltou para a boca, onde o lábio inferior já estava maltratado pelas mordidas.
— Ne-neji! — exclamou ela sentindo todo o seu corpo se contrair, preparando-se para um orgasmo, o calor se concentrando diretamente em seu baixo ventre a deixava ciente disso. Tanto quanto Hyuuga, que já se sentia no limite, e buscando dar o que ela queria, acelerou os movimentos para que melhorasse a noite da médica safada. As unhas dela arranharam suas costas e o gemido que escapou alto demais da garganta dela era o aviso que tinha gozado. Neji sorriu tão sem vergonha que ela poderia transar com ele novamente só por sua expressão. Ela passou os braços ao redor do pescoço dele e riu, levando o outro a rir também.
— Não esperava te foder hoje — disse, sorrindo e beijou a curva do maxilar de Sakura.
— E valeu a pena? — Ela desceu do colo de Neji ofegante e sentou no chão do banheiro.
— Valeu cada minuto.
Após algum tempo sentados no chão do banheiro para se recompor, levantaram e se vestiram. Sakura destrancou a porta e buscou a maçaneta, mas antes que pudesse abrir, Neji a chamou.
— Não está esquecendo nada? — Ela olhou para trás e viu ele segurando a calcinha rosa bebê entre os dedos, nem sabia em que momento tinha tirado ela. Sakura sorriu e deu dois passos, ficando rente a ele, dando-lhe um selinho.
— Presente. — Piscou o olho direito e saiu.
[...]
Konoha
14 de Janeiro
A segunda-feira mal tinha começado e Sakura ouviu duas batidas em sua porta enquanto ainda retirava sua jaqueta de couro. Apressou seus movimentos e vestiu o jaleco.
— Entra — disse ela sentando-se em sua cadeira.
— Bom dia, doutora Haruno. — Ela se segurou para não revirar os olhos e esboçou um pequeno sorriso.
— Bom dia, doutor Hatake, a que devo a honra de você tão cedo em meu consultório? — frisou o cedo e então ele fechou a porta antes de ir em direção a ela.
— Preciso conversar a respeito de um novo integrante da equipe médica. — Ela assentiu para que ele continuasse. — Ele fez faculdade comigo, é um ótimo profissional. Também é pediatra, mas especialista em cardiologia. — Ele entregou a pasta para Sakura que a pegou e abriu, folheando alguns papéis. — Creio que você também precisa aprová-lo já que fará parte da sua ala também. — Ela levantou a cabeça e arqueou a sobrancelha. — Caso o queira, claro.
— Vou olhar com calma. — A médica fechou a pasta e se levantou, dando a volta na mesa. — Agora preciso atender um paciente.
— Claro, desculpe se atrapalhei. — Ele levantou e foi andando até a porta, onde colocou a mão na maçaneta, mas antes de sair virou para trás e disse: — Belos coturnos. — Sakura olhou para baixo e quando olhou de volta para a porta, ela já se fechava.
— Filho da…
Ela sentou-se na cadeira novamente, claro que tinha mentido que teria que ver um paciente, Sakura só não queria ter que ficar olhando para a cara de convencido do doutor Hatake. Trocou os sapatos e foi olhar a pasta que Kakashi tinha lhe dado, o currículo do homem era realmente bom e o Hospital precisava de um pediatra especialista em cardiologia. A ala infantil carecia de alguém assim, além de ser ótimo para a emergência. Decidiu que iria aceitá-lo de bom grado, mas só daria a notícia para o chefe da pediatria ao fim da semana.
Levantou e foi ver seus pacientes internados, teria apenas uma cirurgia pela manhã e duas pela tarde, então teria tempo para almoçar tranquilamente. Enviou uma mensagem para Ino marcando de almoçar juntas no restaurante que tinha próximo do hospital. Recebendo uma mensagem da amiga concordando pouco tempo depois, sorriu e pegou sua prancheta para começar mais um dia árduo.
Passavam das 12:30 quando Sakura cruzou a porta do restaurante e avistou Ino sentada à uma mesa próxima a janela. Após fazerem seus pedidos, Yamanaka começou o interrogatório a respeito do novo médico no hospital. Aquele que Haruno tinha asco, e ela contou o porquê. O que ela não esperava era a amiga rir de toda a história.
— Do que está rindo? — Sakura franziu o cenho.
— É incrível como você tem esse sexy appeal que conquista todo mundo. — Ino deu de ombros enquanto comia sua salada.
— Você ouviu alguma palavra do que eu disse? — Ela torceu os lábios.
— Ouvi e acho que isso é tesão enrustido. Você é linda, Saky e ele é um gostoso. Vai, confessa que você olhou para ele.
— Não tem como não olhar, Ino. — Ela torceu os lábios, enquanto falava com uma entonação de que aquilo era óbvio demais.
— Eu sabia!
— Chega, vamos falar sobre o happy hour de quarta-feira — Sakura cortou o assunto revirando os olhos.
— O happy hour que fazemos quase toda semana? O que tem para falarmos dele? — Haruno bufou por sua desculpa de mudar de assunto ter falhado.
— Só... coma.
[...]
Konoha
16 de Janeiro
Sakura entrou no bar como se fosse dona do lugar, correu os olhos e achou a real dona do estabelecimento. Hinata estava atrás do balcão do bar dando ordens, ainda era cedo, ela tinha chegado antes, pois estava precisando de uma bebida. O dia no hospital tinha sido cansativo, um paciente quase morreu em suas mãos e por mais que amasse sua profissão sabendo dos riscos que a envolviam, isso sempre a abalava. Sentou em uma das banquetas e assim que a Hyuuga a viu se aproximou.
— Saky! — Os lábios foram pressionados contra os seus. — Chegou cedo. 'Tá tudo bem?
— Estou cansada, hoje o dia foi pesado. — A médica respirou fundo.
— Já sei o que quer. — A morena saiu e voltou com um copo com whisky.
— Precisarei da garrafa, Hyuuga. — Ela virou metade da dose e riu, levando a amiga a rir com ela.
— Devagar, Haruno. — A rosada olhou para trás vendo a loira furacão. — Me espera pelo menos, né? — Ino sentou ao lado dela e pediu um dry martini.
As duas conversavam animadas, aquela expressão de cansaço e preocupação que Sakura carregava quando chegou parecia ter sumido. Elas estavam viradas uma para a outra e quando Yamanaka levou os olhos por cima do ombro de Haruno de maneira maliciosa, ela ficou no mínimo curiosa. Quando a médica olhou para trás, viu Neji com uma regata, gotas de suor escorriam pelo pescoço e peitoral, enquanto ele carregava uma caixa com garrafas de bebida, deixando as duas sem reação.
— Depois de um banho deve ficar uma delícia… — sussurrou Yamanaka.
— Fica mesmo… — A loira estapeou o braço da amiga a fazendo virar para si novamente. — Ai! Que isso, tá louca?
— Você deu para ele! — exclamou ela em um tom baixo, e Sakura apenas riu. — Me conta! — Haruno revirou os olhos e levantou segurando o copo de whisky.
— Olha, eles chegaram! — Ela andou até próximo a porta de entrada e se agarrou com o ruivo. — Lindo, como sempre, Gaa. — Sakura sorriu e beijou os lábios desenhados de Sabaku.
— O preferido da Saky é o Gaara, tá bem claro!
— Tá com ciúmes, Sas? — Ela fez bico e riu da cara de emburrado que Uchiha fez.
Caminhou até Sasuke e selou os lábios nos dele, assim como fez com Naruto, Temari e Shikamaru. Caminharam todos juntos até a mesa de sempre e tomaram seus lugares de costume, logo colocando o papo em dia. Neji e Hinata se juntaram a eles e o garçom logo trouxe mais bebidas. As risadas não demoraram para se tornar cada vez mais altas, a cada rodada as vozes se alteravam e as besteiras que saíam boca a fora aumentavam. Aquele lugar era o local preferido deles, quase toda semana se reuniam ali, depois dos seus trabalhos, para distrair a cabeça e poder continuar a semana.
Gaara levantou, avisando que sairia para fumar e Sakura não poderia perder a oportunidade. Deixou passar alguns minutos e levantou discretamente, indo para fora do bar e ao chegar atrás do ruivo, roubou o cigarro de seus dedos, encostando no guarda corpo da varanda que tinha ali. Sabaku sorriu cruzando os braços e arqueou uma das sobrancelhas assistindo a médica tragar seu cigarro.
— Eu adoro esse cigarro. — Ela sorriu indecente, o que fez o outro se aproximar e apoiar os braços no metal, prendendo Haruno entre eles. Ela se aproximou ainda mais e passou a língua no lábio inferior do ruivo. — Mas ainda prefiro o gosto dele nos seus lábios.
— Eu gosto do gosto de morango que tem os seus. — Foi a vez de Gaara chupar o lábio inferior de Sakura e isso fez com que um beijo lascivo se iniciasse.
A mão dele foi para a cintura da mulher, agarrando-a com força. As línguas brigavam e se saboreavam com brutalidade, como se pudessem fugir a qualquer momento. Separaram-se para tomar fôlego, Sabaku se aproximou do ouvido dela e disse de maneira rouca:
— Quero saber se seus outros lábios têm o mesmo gosto.
— Quer experimentar? — Ela curvou os lábios da maneira mais indecente que podia, e ele adorava as facetas dela.
— Sakura! — Naruto apareceu na porta. — Vamos, preciso de você para ser minha dupla na sinuca.
— Claro! Somos invencíveis juntos. — Ela sorriu largo e voltou a olhar para o ruivo à sua frente, que continuava perto demais. — Quem sabe outro dia. — Sakura deu um selinho nele, devolveu o cigarro e entrou para o bar.
Eles entraram e todos estavam esperando os dois para começar o jogo, Sasuke e Shikamaru passavam o giz nos tacos e ameaçavam ganhar já que eram melhores, era sempre o mesmo papo que terminava de um único jeito. O jogo começou devagar, muitos erros devido ao alto teor alcoólico no sangue de todos, porém quando o sentimento de competitividade tomou conta, as bolas começaram a ser encaçapadas. Uchiha trincou os dentes ao ver que só restavam duas bolas e eles estavam perdendo e, como todos já esperavam, Sakura e Naruto ganharam, eles se abraçaram rindo, comemorando, e Sasuke ficou extremamente irritado.
— Calma, Sas, se quiser posso te dar o presente de consolação. — Sakura acariciou o peito dele e riu, dando um beijo na bochecha dele.
— Relaxa, cara, toda semana é isso. Não sei por que ainda quer desafiar eles. — Shikamaru se jogou na cadeira mais próxima, dando um gole em sua cerveja.
— Não seja preguiçoso, Nara — Sasuke brigou.
— Agora a culpa é minha? — O outro revirou os olhos. — Não seja tão competitivo, é só um jogo.
— Ok, chega vocês dois. Parecem dois velhos ranzinza — Temari cuspiu as palavras. — Próximos a jogar, vamos, Hina. — Temari puxou a Hyuuga.
— Eu vou pegar mais bebida, já volto. — Sakura caminhou até o balcão do bar e foi surpreendida pelo que parecia ser o novo barman.
— Em que posso ajudá-la?
— Primeiro, um whisky, estou tomando Jack Daniels, sem gelo. — O homem foi até a prateleira, ficando de costas para Haruno, e pegou a garrafa. — Duplo, ok?
— Você que manda. — Ele serviu o líquido âmbar e ela o mirou de cima a baixo apreciando o "material". Ele colocou o copo à frente dela e disse: — Aqui está, e a segunda coisa?
— Como? — Ela uniu as sobrancelhas.
— Você disse “primeiro” quando pediu o whisky. — Ele sorriu de maneira charmosa fazendo aspas com as mãos, atraindo a atenção completa da médica.
— Ah, sim. Desculpe. — Ela riu. — Segundo, gostaria de saber seu nome.
— Deidara, prazer.
— Sakura, e o prazer é todo meu.
Capítulo 3 – Aquele dia do bar
Konoha
18 de Janeiro
Sakura entrou cedo no hospital naquela sexta-feira, estava determinada a conversar com o senhor arrogante. Ela foi direto para o seu consultório, trocou sua jaqueta de couro e seus coturnos pelo jaleco e sapatos de salto branco. Pegou a pasta do médico que Kakashi queria trazer para a equipe do hospital e saiu de sua sala, batendo na porta ao lado. Escutou sua liberação para adentrar ao recinto e assim o fez, abriu a porta com o canto dos lábios levemente levantados.
— Bom dia, doutor Hatake.
— Bom dia, doutora Haruno. — Ele se encostou na cadeira e sorriu. — Quando vamos nos chamar pelo primeiro nome?
— Não somos amigos, somos colegas de trabalho. — Ela conteve a vontade de xingá-lo, então apenas caminhou até a cadeira em frente e perguntou mudo se poderia sentar e ele assentiu.
— Tem problema sermos amigos? — perguntou arqueando as sobrancelhas.
— Não foi isso que vim debater, Hatake.
— Hm…
— Quanto ao seu amigo, gostei bastante do currículo dele e realmente precisamos de um especialista nessa área. — Entregou a pasta a ele e levantou. — Pode trazê-lo. — Sakura virou de costas e foi caminhando até a porta.
— Vi que não está de coturnos hoje, uma pena, ficam muito bem em você. — Haruno aproveitou que estava de costas e revirou os olhos fortemente; homenzinho irritante, pensou ela. Abriu a porta e foi saindo dali antes que desse um soco no médico abusado.
Sakura saiu a passos largos para o terceiro andar, onde se encontrava a ala psiquiátrica, bateu na porta e foi liberada pela voz da sua melhor amiga. Ela então a abriu, mirando Yamanaka com uma cara emburrada.
— O que rolou? — Haruno entrou no escritório e sentou na cadeira em frente à loira.
— Quero matar um médico, me ajuda a esconder o corpo? — Ela sorriu de maneira sarcástica.
— Céus, Kakashi de novo? — Ela apenas afirmou. — O que vocês têm é tesão acumulado um pelo outro. Dá para ele que tudo se resolve.
— 'Tá louca, Ino? — A amiga revirou os olhos. — Ele é muito arrogante e prepotente, ainda fica com gracinhas para cima de mim.
— Bar hoje?
— Por favor, preciso de uma bebida para relaxar — respondeu Sakura se jogando na cadeira. — Vou mandar mensagem para a Tema.
[...]
— Agora falem um homem que vocês não conseguiriam deixar passar por vocês sem ao menos um beijo.
— Qualquer um, Tema, fala sério, se fizer meu estilo eu tô pegando… — Sakura gargalhou, já estava alterada com a bebida, todas elas estavam. Depois do expediente do bar dos Hyuuga ter terminado e elas terem expulsado Neji e o restante dos funcionários do local, começaram a noite das garotas e estavam falando mais besteiras por segundo do que qualquer um poderia aguentar.
— Quer dizer que você pegaria qualquer um dos nossos amigos? — Sabaku estava sem acreditar.
— Vocês são amigas da Sakura mesmo? — Foi a vez da Yamanaka rir. — Ela já pegou três dos nossos amigos.
— Três? — perguntou Hinata franzindo o cenho.
— Neji, Hina, ela trepou com o Neji — falou a psiquiatra antes de beber de seu martini.
— Me poupe dos detalhes — reclamou Hyuuga com uma careta.
— Tá aí… duvido você pegar o Shikamaru — provocou Sabaku.
— Por que ele? — Ino franziu o cenho.
— Ele é o mais fechado, duvido que ela consiga levar ele para a cama.
— Nós estamos na 5ª série de novo? — Haruno cruzou as pernas em cima da mesa e bebeu do seu drink.
— Tá com medo, Saky? — provocou Tema.
— É uma aposta, Tema? — Ela se endireitou na cadeira olhando para a amiga com determinação.
— Ah, é sim. — Sabaku se aproximou da mesa sorrindo entusiasmada.
— Antes de eu concordar com isso... Me responde uma coisa… — Sakura sorriu convencida.
— O quê? — Temari arqueou uma das sobrancelhas.
— Você quer que eu transe com ele antes ou depois de foder o seu irmão?
— Caralho! — gritou Ino e todas elas gargalharam. — Você não tem jeito, Saky. — Elas brindaram e viraram o resto dos seus drinks.
Depois de muito álcool, conversas pervertidas e Temari e Ino pegando carona com Gaara, as duas abraçadas no banco de trás, e o Sabaku de motorista para levar elas em segurança para casa, Sakura e Hinata limpavam a bagunça que haviam feito, Haruno estava lavando os copos e Hyuuga limpava as mesas.
— Você realmente transou com meu irmão? — A morena cortou o silêncio.
— Sim — respondeu a outra, simplista.
— Quando isso aconteceu? — Ela se aproximou do balcão, ficando de frente para Sakura, que terminava de secar as mãos.
— Na festa dos Sabaku, mas por que a curiosidade? Está com ciúmes, Hina? — Ela serviu mais uma dose de whisky e contornou o balcão, chegando próximo demais de Hinata. Viu a amiga ficar corada e muito sem graça olhando para o chão. — Não acredito, você sempre me nega, Hina.
— Não quer dizer que eu não tenha vontades, Saky! — falou inconformada e se arrependeu do tom que usou assim que viu os olhos verdes se tornarem mais escuros. — Não foi isso… — Foi interrompida por um beijo, a língua de Sakura explorava o gosto cítrico do último drink que a amiga havia bebido, a mão firme na cintura da Hyuuga a deixou amolecer nos braços da médica, era gostoso demais para negar naquela altura.
— Hina… se não quiser, fale agora, porque se eu continuar eu não vou parar… — Os olhos verdes encaravam os lilases com desejo.
— Não pare, Saky…
A língua da Hyuuga foi ao pescoço de Sakura até chegar à orelha, os dentes dela agarraram o lóbulo desprotegido fazendo Haruno soltar um gemido esganiçado. As mãos dela foram diretamente para a blusa da morena, que a ajudou a tirar com pressa, os seios fartos saltaram para fora e Sakura tratou de se deliciar ali, mordiscava e lambia os mamilos enquanto Hinata agarrava a bunda da amiga.
— Sobe aqui, Saky. — A morena bateu a palma no balcão do bar três vezes e umedeceu os lábios. — Vou te chupar como nenhum homem nessa vida vai fazer.
— Não esperava uma Hinata falando putaria, gostei dela — falou a médica enquanto subia no balcão e mordia o lábio de maneira ansiosa, ela nem acreditava que finalmente transaria com Hinata.
Abriu as pernas e a saia facilitava o trabalho, a morena agarrou a amiga pelas coxas colocando-a mais na beirada e apenas puxou a calcinha pelas pernas grossas de Sakura até deixar seu corpo e encontrar o chão.
Trilhou beijos na pele macia da parte interna da coxa de Sakura, deslizou os dedos pelas coxas, abrindo ainda mais as pernas dela. Quando chegou ao meio de suas pernas, com um toque suave, ela começou a lamber, usando a língua para traçar linhas delicadas e exploratórias. Os sons de prazer preenchiam o espaço, enquanto a morena se dedicava a explorar cada sensibilidade e cada reação da médica. Os movimentos eram fluidos e rítmicos, deixando Sakura completamente entregue, ela arqueava as costas, deixando-se levar pela onda de sensações que a envolvia. O clímax se aproximava, e a intensidade dos toques aumentava.
— Céus, Hina… — gemeu.
A língua ágil da mulher circulava o clitóris de Haruno e no momento certo ia até sua entrada invadindo-a, a sensação era de puro êxtase, Sakura gemia descontrolada. Quando os dedos longos de Hinata a invadiram, ela foi à loucura e cada vez mais sentia que iria se desfazer em um orgasmo.
— Aguenta mais que dois dedos, Saky? —Hyuuga a olhou, lambendo os lábios.
— Uma rola é maior que isso, Hyuuga… — falou em tom de obviedade. — Ah! — gritou desejosa e fechou os olhos aproveitando cada onda de prazer que ondulava em suas extremidades e se concentrava em seu baixo ventre.
Seu corpo inteiro esquentou, sentia as bochechas arderem, sua respiração se tornando tão escassa que mal tinha voz para gritar com tamanho prazer. Nunca tinha sido chupada daquela forma, Hinata iria acostumá-la mal. Gritou alto ao gozar forte, seus músculos se contraíram e suas pernas tremeram em espasmos. Hinata saiu dali satisfeita e pegou o copo de whisky que era da amiga, bebendo dele, saiu para trás do balcão e continuou a arrumar as coisas.
— Volta aqui, Hinata. — Sakura irritou-se com o distanciamento da amiga.
— Isso é tudo que terá de mim, Saky.
— Droga, Hyuuga! Por que tão relutante? — perguntou, já completamente deitada no balcão deixando seu corpo se recuperar, enquanto olhava nos olhos da amiga.
— Fique satisfeita, Saky, eu fiquei — disse a morena com um sorriso no rosto.
— Não fiz você gozar, então não estou satisfeita.
— Teremos oportunidades. — Aquilo tinha deixado Sakura desconfiada, mas animada de certa forma, antes era sempre “não”, agora era “teremos oportunidades”.
— Você não vai me escapar, Hinata. — A outra riu e jogou um pano de prato na médica, que bufou, mas logo riu também achando um tanto inusitado o que tinha acontecido ali.
[...]
21 de Janeiro
— Você e a Hina?
— Ela me fez gozar e me abandonou, acredita? — Sakura e Ino estavam pegando café na cafeteria que tinha próximo ao hospital, então Haruno falava sussurrando, mas não o suficiente.
— Você não deveria falar essas coisas em público, moranguinho. — Haruno se arrepiou dos pés à cabeça ao ouvir a voz grossa e aquele apelido que só uma pessoa a chamava.
— Gaara… — disse ela ainda de costas, virou-se e viu os olhos verdes subindo devagar até o seu rosto, que já continha um sorriso malicioso; poderia imaginar onde seus olhos estavam. — Boa tarde.
— Agora com certeza é uma boa tarde. — O curvar de lábios do ruivo era com certeza uma das poucas coisas que faziam as pernas de Sakura bambearem.
A loira pigarreou e falou:
— Eu vou pegar nossos cafés, Saky.
— O que está fazendo tão longe de casa?
— Vim pegar meu café preferido.
— E por uma grande coincidência ele fica perto do meu trabalho. — A médica sorriu arqueando a sobrancelha.
— Claro, foi um acaso do destino. — Sakura quase não se segurou para não rir com tamanho cinismo. — Preciso me concentrar no meu novo livro e sem esse café… — ele a mediu de cima a baixo — eu não consigo.
— Quer uma ajudinha? Posso passar na sua casa. — Ela sorriu e se aproximou dele acariciando o peitoral de Sabaku.
— Você adora me deixar sem graça em público, não é? — Suas bocas estavam perto o suficiente para sentir o hálito quente um do outro, aquele hálito dele de hortelã que sempre deixava ela querendo beijá-lo.
— Adoro. — Sakura passou a língua pelos lábios sem desfazer o contato visual, os olhos transpareciam de longe o desejo mútuo, era impossível não ver o quanto os dois emanavam uma atmosfera sexual.
— Vamos, Saky? — Yamanaka chegou ao lado dos dois.
— Preciso ir. — Beijou os lábios do ruivo, demorando um tanto quanto demais para os já tão conhecidos selinhos de Haruno.
— Vou cobrar sua visita. — Ela já caminhava para fora do estabelecimento, mas ainda deu tempo de virar e piscar para ele, que apenas balançou a cabeça em negativo, pensando no quanto ela o tirava do eixo.
— Dá logo para ele, Saky, meu deus, vocês me irritam. — Ino entregou o café da amiga enquanto já caminhavam em direção ao hospital, que ficava na outra quadra.
— Me diz, é gostoso?
— Claro que é, até demais, se eu não visse o quanto ele te deseja eu já teria investido no Sabaku.
— Tá querendo se amarrar? — Sakura uniu as sobrancelhas rindo.
— Longe de mim, mas nada como ter uma foda fixa, né? — A loira deu de ombros dando um gole em seu café.
Chegaram no elevador do hospital e cada uma desceu em seu andar, Sakura caminhava em direção à sua sala quando viu Hatake delegando algo para um enfermeiro, mas nem se importou com sua presença, passou pelos dois a fim de entrar em sua sala e poder revisar os relatórios do dia. Contudo, estava tudo bom demais para ser verdade, então ouviu seu nome sendo proferido pelo médico arrogante quando ela tinha colocado a mão na maçaneta de sua porta. Ela apenas respirou fundo e fechou os olhos tentando buscar calma para lidar com o colega de trabalho insuportável. Por que ele tinha que ficar ao lado de sua sala mesmo?
— Podemos conversar? — Sakura virou para olhar Kakashi e não segurou a cara de desagrado. — Não vai demorar, doutora Haruno.
— Tudo bem.
— Na sua sala ou na minha? — A médica bufou com a conotação de duplo sentido que ele usou.
— Na sua. — Sakura passou por ele e entrou no escritório e sentou na cadeira enquanto bebia seu café. Hatake entrou, fechou a porta e caminhou até sua cadeira para se sentar. — Então, algum problema?
— Sim. Não gostaria de ficar nesse clima com a senhorita.
— Que clima? — Ele apenas torceu os lábios como se ele tivesse dito algo óbvio. — Tudo bem, olha, vamos nos tratar bem e sem gracinhas, assim espero. Começamos de novo?
— Doutor Kakashi Hatake, muito prazer.
— Doutora Sakura Haruno.
Eles curvaram os lábios e Sakura levantou, virou as costas e saiu da sala do médico respirando fundo. Tentaria tratá-lo bem, caso ele não ficasse de graça com a sua cara, revirou os olhos com seus pensamentos antes de entrar em seu escritório para terminar o trabalho. Sentou em sua mesa, largou o café em seu descanso de copo e começou a bater nas teclas para finalizar o que tinha para ser feito. Sentiu seu celular vibrar em cima da mesa e viu uma notificação de uma mensagem de Naruto, sorriu com aquele fato, era incrível como ele e Sasuke tinham esse poder em sua vida; fazê-la sorrir.
Naruto: Saky, a gente precisa de você.
O que aconteceu, Naru?
Naruto: só vem aqui para casa quando sair do hospital, ok?
Eu já ‘tô terminando por aqui, chego daqui a pouco.
Sakura sentiu um aperto no peito, não sabia o que esperar, mas pela urgência que Naruto usou, ela não conseguiu fazer mais nada, apenas aceitou que só conseguiria terminar aqueles relatórios no dia seguinte.
Trocou de roupa, colocou seu coturno e pegou o capacete, saiu às pressas do hospital, subiu na moto e quando estava colocando o capacete, viu o doutor Hatake de boca aberta olhando para ela. Sakura riu, era tão engraçado ver as pessoas a admirando apenas por pilotar uma moto maior que ela, não deixou de curvar o canto dos lábios, pois se tinha uma coisa que ela adorava era o olhar de desejo sobre si. Ligou o motor e saiu dali, fazendo questão de passar na frente de Kakashi, acenando, deixar homens desconcertados era o seu passatempo preferido.
Chegou no prédio em menos de 15 minutos, era um novo recorde, estacionou na sua vaga, desceu da moto e foi caminhando tirando o capacete e bateu no botão do elevador, ele parecia estar demorando mais do que o normal, sua perna balançava ansiosa e assim que chegou, deu dois passos para dentro da caixa metálica. Desceu no seu andar e nem foi em casa, apenas caminhou até a porta ao lado do seu apartamento e bateu, viu Naruto abrir a porta com os olhos inchados e molhados de lágrimas, ela arregalou os olhos e antes que pudesse falar qualquer coisa foi envolta nos braços fortes de Uzumaki. Ela estava sem entender nada, olhou para dentro do apartamento e viu Sasuke sentado no sofá, com a cabeça apoiada em suas mãos e um copo de whisky pela metade na mesinha de centro a sua frente.
— O que aconteceu?
— Nossos pais… — o loiro tentou falar, mas um soluço o impediu — eles sabem sobre mim e Sasuke. — Sakura estava estática, ela não sabia o que dizer, o que pensar, como isso tinha acontecido?
— Ok, vamos entrar no apartamento, Naru. — A médica se desvinculou do amigo, fechou a porta e pegou em sua mão, levando-o para o sofá também. Deixou o capacete em cima da mesa de centro e se sentou entre os dois. — Sas, você está bem? — O moreno apenas balançou a cabeça em negativo. — Vamos todos respirar fundo, o que exatamente aconteceu?
— Meu pai falou comigo mais cedo, disse para eu deixar o apartamento e voltar para casa — falou Uchiha e Sakura ficou perplexa.
— Ele não pode fazer isso! Você é adulto, quem ele pensa que é?
— É ele que me sustenta, Sakura — falou Sasuke seco antes de virar a dose de whisky.
— Vamos pensar, eu não vou deixar vocês se separarem. — Sakura respirou fundo e se encostou no sofá, tentou buscar uma solução em sua mente, até que… — Naruto, o que seus pais falaram?
— Ah, minha mãe disse que já sabia e que eu podia ter contado para ela antes, que eu não precisava ter medo, que meu pai também estava ao meu lado.
— Então por que está chorando tanto? — Ele olhou diretamente para Sasuke, que levantou e foi servir mais bebida, fazendo com que ela entendesse tudo; era por ele.
Uchiha deveria estar quebrado por dentro, apesar de não demonstrar muito os sentimentos, ela nunca tinha visto ele tão feliz quanto quando eles finalmente pararam de se importar. Eles se beijavam nas festas ignorando o julgamento, mas não achavam que chegaria aos ouvidos de seus pais.
Haruno abaixou a cabeça e respirou fundo, o loiro deitou em seu colo e ela jogou a cabeça no encosto do sofá enquanto deslizava os dedos pelos fios loiros, ficou encarando o teto, até receber um toque em seu ombro. Viu o copo na mão de Sasuke estendido em sua direção, ela pegou e deu um bom gole, fazendo uma careta em seguida, Uchiha sentou no outro lado e encostou a cabeça no ombro de Sakura e ali ficaram por mais de duas horas. Sem dizer absolutamente nada, ela estava ali apenas confortando seus melhores amigos e tentaria a todo custo achar uma solução em sua mente.
[...]
22 de Janeiro
Sasuke acordou e tentou sair da cama sem acordar Naruto ou Sakura, foi até o seu quarto e, como se um peso se formasse em seu peito, desabou em um choro angustiante. Quantos anos faziam desde que derramou a última lágrima? Não sabia ao certo, mas depois de sentir que todo aquele peso tinha sido derramado pelos seus olhos, começou a arrumar sua mala. A cada roupa que tirava do cabide sentia que tudo estava errado, Naruto era seu… seu o que? Namorado? Amizade colorida? Amava tanto ele que não sabia em que momento começou a vê-lo daquela forma, porém era muito covarde para assumir.
— Sas… Não faz isso. — Sakura apareceu na porta e ele suspirou. — Nós vamos dar um jeito. Por favor, não vá embora, o Naruto não vai conseguir sem você.
— Você acha que eu não sei? Mas eu não tenho escolha… Saky, eu… — Pela primeira vez, Haruno viu lágrimas deixando os olhos negros e tudo que ela podia fazer era abraça-lo. — Eu amo tanto ele, Sakura, não sei viver sem ele.
— Você não vai. — Foi aí que ela teve uma ideia. — Eu já sei! — Ela se desvinculou dele e foi saindo do quarto.
— Pensou em que, Saky?
— Fique aqui até amanhã, por favor, eu vou resolver isso. — O moreno apenas concordou e a viu pegando suas coisas e deixando o apartamento.
Sakura entrou em casa, tomou banho e se arrumou para o trabalho, mas antes, ela faria algo. Foi até a cafeteria próxima do hospital e comprou dois cafés e em seguida rumou para a casa de Gaara. Quando chegou em frente ao prédio, respirou fundo e apertou o interfone ouvindo em seguida a voz rouca e sonolenta do ruivo.
— Sou eu, Sakura. — Ela riu quando ouviu ele se atrapalhar com as palavras.
— Pode subir.
Entrou no elevador e logo chegou ao apartamento de Sabaku, um tanto quanto charmoso, não imaginava nada melhor, o lugar era a cara dele. Falando nele, o ruivo apareceu apenas de calça de moletom, exibia uma tatuagem que dominava seu peito direito, ombro e quase chegava ao abdômen perfeitamente esculpido e uma cara de sono muito fofa, aos olhos de Haruno, óbvio.
— Não achei que sua visita seria às… — ele olhou no relógio — 8:34 da manhã.
— Bom dia para você também, mal-humorado. — Ela entregou um dos cafés a ele. — Seu preferido, lembra? — Ele riu anasalado com a brincadeira, e ela sentou no sofá.
— A que devo a honra de sua presença, moranguinho? — perguntou Gaara a olhando de maneira indecente.
— Vou adiantar que não, infelizmente, não vamos foder, por mais que nesse momento você esteja uma tentação difícil de resistir, porém, eu preciso ir para o trabalho. — Ele riu com a sinceridade dela, mas ela não estava mentindo, o abdômen de fora tirava o foco de qualquer um. — Inclusive, coloque uma camisa, por favor. Está me distraindo… — Gaara riu ainda mais e foi atrás de vestir uma camiseta, ele amava o jeito espontâneo dela, de falar o que vinha a mente sem se importar com o que os outros vão pensar. — Você falou sério quando disse que precisava de ajuda para escrever seu novo livro?
— Sim, estou tendo problemas com meu revisor, ele parece mais idiota que eu. — Ele revirou os olhos sentando-se na poltrona ao lado do sofá e deu um gole no café. — Preciso de alguém que me ajude e não que atrapalhe.
— Você trocaria?
— Eu adoraria, mas nunca achei outro melhor, você precisa ter uma conexão com seu revisor, sabe? Não é qualquer pessoa... — ele parou de falar — mas por que você está me perguntando isso? Resolveu mudar de profissão, Saky?
— Não mesmo, ser médica é minha vida, você sabe. — Sakura sorriu e ele assentiu.
— Então não estou entendendo o que está acontecendo — comentou confuso.
— Eu acho que com essa pessoa você já tem uma conexão. — Gaara franziu o cenho. — Sasuke, Gaara, ele precisa de um emprego. Ele é formado em letras, lembra?
— Nossa! Não lembrava disso, ele nunca quis trabalhar como professor, mas realmente… Acho que daria certo. — Ele coçou o queixo olhando para cima. — Mas por que você veio falar por ele?
Sakura suspirou e contou o que aconteceu, por alto, não queria expor a privacidade dos meninos, apesar do ruivo ser amigo deles há muito tempo. Gaara ficou chocado com a atitude do pai de Sasuke e disse que com certeza faria um teste com ele, se desse certo, o emprego era dele.
— Obrigada, Gaa! — Eles se despediram na porta do elevador. — E eu virei outra vez aqui, e dessa vez eu quero você nu. — Sakura deu um beijo lascivo no ruivo e se xingou mentalmente por ter feito isso, já que a sua vontade foi de ficar e transar com ele em todos os cômodos do apartamento. No entanto, entrou no elevador e em seguida subiu em sua moto para ir para o trabalho, chegando lá, viu duas ambulâncias na entrada de emergência e isso só podia significar uma coisa: seu dia estava começando bem turbulento.
Capítulo 4 - Aquele dia que ninguém perdeu
Konoha
22 de Janeiro
Assim que entrou no hospital recebeu informações da enfermeira:
— Doutora Haruno, precisamos de você! — Ela apenas pediu para a enfermeira a acompanhar para que pudesse chegar à sua sala e se trocar. — Homem baleado no peito, próximo ao coração, está com sangramento intenso.
— Arrumem a sala de cirurgia imediatamente, quero tudo pronto em 10 minutos. — Saiu do elevador em direção à sua sala já retirando sua jaqueta.
— Sim, doutora Haruno — respondeu prontamente a enfermeira e foi fazer o que foi pedido.
Sakura trocou de roupa o mais rápido possível e saiu rapidamente para a sala de cirurgia, colocaram a roupa especial, luvas de borracha e todos os apetrechos necessários. Entrou e viu o homem já no oxigênio, muito sangue e todos os enfermeiros esperando o seu sinal.
— Vamos começar.
Depois de 2 hora e 45 minutos, Sakura conseguiu respirar aliviada, conseguiu salvar o paciente, porém, foi chamada novamente para a sala de cirurgia quando outro homem chegou baleado; pelo que disseram a ela, ele também estava no mesmo acontecimento que o primeiro. Quando ela finalmente sentou em sua cadeira já se passavam de 14 horas da tarde; duas cirurgias complicadas no mesmo dia, três pessoas feridas gravemente e uma com escoriações leves. Realmente, cidade de interior quando acontece merda é tudo de uma vez, pensou Sakura.
Jogou a cabeça para trás respirando fundo e ouviu seu estômago reclamar, nem lembrava que precisava comer. Quando estava arrumando suas coisas para ir almoçar, ouviu batidas em sua porta e ela permitiu a entrada.
— Doutora Haruno, desculpa incomodar, mas o paciente que você fez a cirurgia de retirada de projétil quer muito falar com você.
— Sem problemas, Emi, em que quarto ele está?
— No 101.
— Obrigada, eu já estou indo. — Sakura sorriu, colocou o jaleco novamente e o estetoscópio no pescoço. Levantou e deixou sua sala em direção ao quarto do paciente, bateu devagar, mesmo a porta estando aberta. — Olá, como se sente?
— Você é a doutora Haruno? — perguntou ele surpreso.
— Sim, esperava um homem velho e barbudo? — Ela riu se aproximando da cama.
— Não, só achei a senhorita… jovem — disse sem graça.
— Obrigada.
— Eu que devo agradecer, salvou minha vida.
— É o meu trabalho, não me agradeça. — A médica sorriu solícita. — Minha recompensa é saber que você está bem.
— Obrigado de qualquer forma.
— Caso precise de algo é só chamar... — Ela esperava um complemento, afinal, não teve tempo de olhar a ficha dele.
— Itachi. — Ela sorriu e deixou o quarto.
[...]
Sakura chegou em casa, tomou um longo banho de banheira, vestiu seu pijama favorito de cerejas e agradeceu aos céus por estar em casa, o dia tinha sido cansativo. Chegou na cozinha e pegou um vinho, serviu em uma taça e assim que estava levando à boca para se deliciar com o líquido rosé, ouviu batidas na porta.
— Merda! — Bufou em reclamação, caminhou de forma preguiçosa e girou a maçaneta recebendo um abraço duplo. — Tá virando hábito me abraçarem no arco da porta?
— Saky, você é… nem sei o que dizer. — Naruto deu um selinho demorado na amiga e logo foi a vez de Sasuke.
— O que eu fiz para receber tudo isso? — Ela fechou a porta assim que os dois passaram por ela. — Não estou reclamando, adoraria essa recepção calorosa todos os dias. — Ela riu e Sasuke a encarou com as sobrancelhas unidas.
— Não foi você que falou com o Gaara?
— Ah, céus! — Ela bateu a palma na própria testa. — Sim, falei! Desculpem meninos, hoje o dia foi cheio. — Sakura voltou à bancada para pegar a taça. — Aceitam? — Os dois se entreolharam e assentiram, ela serviu mais duas taças e eles as pegaram. — O que achou da minha ideia, Uchiha?
— Você é brilhante! Até eu tinha esquecido que sou formado. — Ele começou a rir e então brindaram.
— Só você, Sas.
— Sério, Saky, obrigado. Eu não saberia viver sem esse cabeça oca. — Uchiha olhou para Uzumaki que ficou surpreso pela declaração. — Não me olhe assim, você sabe disso.
— Saber e ouvir você dizer são coisas diferentes. — O loiro sorriu largo e deu um beijo em Sasuke.
— Vão para o quarto de vocês, por favor.
— Você vem junto? — brincou Naruto e fez cosquinha em Haruno, que começou a rir descontroladamente.
— Para, Naru! — Ele parou e deu um beijo na bochecha dela. — Não vou deixar ninguém privar vocês de serem felizes. Eu gosto de ver esses sorrisos. — Aquela noite com certeza ficaria na lembrança como algo especial. — Vamos brindar!
[...]
30 de Janeiro
Sakura desceu do Uber e viu Gaara na varanda em frente ao bar dos Hyuuga's e já subiu os três degraus com um sorriso no rosto. Ele não a viu já que estava encostado no gradil de costas para a rua, então ela caminhou até ele e pegou o cigarro de seus dedos, depois de ter lhe deixado um selo nos lábios, é claro. O ruivo cruzou os braços e apenas admirou a mulher que estava exuberante em um vestido tubinho vermelho colado em seu corpo.
— Tá gostando da visão, ruivo?
— Demais.
Ela se aproximou dele, encostou seus seios no peitoral do homem, que mesmo por cima da camiseta, ela sabia que ele sentiria que ela estava sem sutiã. Levou os lábios até a orelha de Sabaku e disse:
— É ainda melhor quando estou pelada. — Gaara chegou a engolir em seco pensando na visão.
— Vocês chegaram! — A voz de Ino se fez presente e Sakura se afastou de Gaara. — Achei que seria a primeira a chegar dessa vez. — A loira fez bico e cumprimentou os dois amigos.
— Vamos entrar? — Sakura apagou o cigarro e piscou para o ruivo que ainda sentia seu corpo anestesiado, ele sempre ficava surpreso com a falta de pudor da Haruno.
Os três entraram no bar e pegaram uma mesa que logo ficou cheia com todos ali presentes. Bebidas, conversas, fofocas e promessas de novas festas em breve na mansão dos Sabaku, o que deixou todo mundo animado. Era sempre assim a quarta-feira, era o dia do happy hour deles, era sagrado, nada tiraria aquele momento de amizade, companheirismo e apoio que eles criaram. O bar já estava vazio, Neji e Hinata dispensaram seus empregados e ficaram todos ali curtindo o resto da noite.
— Claro que não quis jogar sinuca hoje, Naruto e Sakura sempre ganham — reclamou Sasuke.
— Quer jogar outra coisa? Temos cartas — perguntou Hinata.
— Poker? — sugeriu Shikamaru e Temari mirou Sakura com uma expressão tão maliciosa que a Haruno quase ficou com medo do que viria a seguir.
— Que tal… streap poker? — A Sabaku sorriu.
— Céus, Temari, não quero ver minha irmã pelada! — Gaara fez careta.
— Podemos ir só até as lingeries, o que acham? — perguntou Yamanaka.
— Isso será um problema pra mim. —Haruno entortou os lábios.
— Não me diga que está em pelo, Saky! — Todo mundo começou a rir com o comentário de Hinata.
— Desculpa, gente, não sabia que a gente ia jogar streap poker, se soubesse teria me preparado.
— E veio sem calcinha por que, vagabunda? Planejando algo? — Temari soltou e a médica apenas deu de ombros, estava de calcinha, mas a falta do sutiã a deixava em desvantagem.
— Ela tá é com medo de perder — falou Nara em tom de desafio e cruzou os braços.
— Isso foi um desafio, Shika? — Sakura curvou os lábios de maneira travessa.
— Talvez…
— Vamos fazer uma aposta então, o que acha? — Haruno iria aproveitar para matar dois coelhos com uma cajadada só. Temari parecia apreensiva, será que ela ainda duvidava da capacidade da amiga em ser direta?
— Claro, por que não?
— Se eu perder eu não jogo mais sinuca em dupla com o Naruto.
— Ei! Isso não é justo! — gritou loiro em protesto.
— Xiiu… — Sasuke colocou a mão na cara de Uzumaki. — Começou a ficar interessante.
— E se eu perder? — perguntou Nara desconfiado.
— Você vai pra cama comigo. — Parecia que todo mundo tinha prendido a respiração, Shikamaru parecia relutante e esperavam ansiosos pela resposta do moreno.
— Sério, Nara? — Neji encarou o amigo irritado, estava incrédulo que ele ainda estava cogitando possibilidades.
Mais de 1 hora e meia depois, Shikamaru estava apenas de cueca e Sakura sorria satisfeita com o último royal flush que ela exibia em mãos.
— Até pediria pra você tirar, mas prefiro que faça isso na minha casa. — Sakura levantou e pegou o celular para chamar um uber.
— Como? — disse Sasuke indignado. — Como você é boa em todos os jogos?
— Não em todos, apenas sinuca, poker, blackjack, roleta… Acho que só… — Todos olhavam incrédulos para ela. — Meu pai tem um cassino em Vegas.
— Como que não sabíamos disso? — perguntou Temari.
— Eu sabia… — Yamanaka se pronunciou rindo.
— E mesmo assim deixou eu apostar com ela?
— Como assim? — perguntou Shikamaru enquanto vestia suas roupas.
— Ela duvidou que eu levaria você pra cama — disse Haruno simples.
— Não é possível, quantos anos vocês tem? — Neji fez uma pergunta retórica revirando os olhos.
— Falei pra ela que parecia a 5ª série. — Sakura olhou o celular. — O uber chegou, Shika.
Despediram-se de todos e os dois deixaram o bar juntos, o silêncio no carro era quase ensurdecedor. Desceram em frente ao prédio de Sakura e entraram no elevador, antes que ele pudesse chegar no quinto andar, a médica sentiu-se culpada, não queria que seus amigos achassem que ela estava brincando com eles ou algo parecido. Ela realmente não se importava, mas não tinha certeza se eles também sentiam o mesmo, não era porque eles eram homens que não tinham sentimentos e iriam para a cama de qualquer forma só por ela ser bonita.
— Shika, não precisa fazer isso. — Ele não respondeu, apenas respirou fundo. — É sério. — Saíram do elevador e ela colocou a chave na fechadura, quando a porta abriu, ela caminhou até o abajur da sala e acendeu a luz amarela. — Olha, não quero que pense que estou brincando com você.
— Sakura, sempre quis te foder, mas não sou o tipo de cara que fica em cima pra provar algo pra mulher ou para as pessoas ao redor. Caso fosse acontecer, iria acontecer e estamos aqui, não estamos? — Haruno ficou surpresa com o que Nara disse e logo em seguida com o que ele fez.
Sentiu seu pescoço sendo agarrado e no instante seguinte, estava tão próxima de Shikamaru que podia sentir o coração dele batendo forte no peito.
— Agora me mostra o quanto estava com vontade de trepar comigo. — A mão dele foi direto entre as coxas dela e foi subindo devagar, Sakura fechou os olhos e sua respiração ficou difícil. — Já está molhada desse jeito? — Os dedos tiraram o tecido do meio do caminho e passou entre os lábios melados da médica.
— Shika… — Um gemido escapou dela e ele não se segurou, tomou a boca dela com vontade, as línguas se conheciam de maneira apressada. O calor subia cada vez mais pelos corpos, a mão de Nara deixou o pescoço feminino e agarrou a cintura, enquanto seus dedos ainda trabalhavam no clitóris de Sakura. Os beijos desceram para o pescoço e logo viraram mordidas, enquanto dois dedos dele já a estocavam e os gemidos se intensificavam.
— Eu quero rasgar esse vestido, Saky… — sussurrou ele no ouvido dela e Haruno pôde jurar que seu clitóris tinha pulsado.
— Rasga, rasga o que você quiser… — disse completamente entregue à luxúria.
Ele trouxe os dedos que estavam dentro de sua boceta até a boca dela, que os chupou olhando diretamente os olhos castanhos de Nara. Ele puxou o vestido com força, rasgando as alças e tirando o restante do tecido pelas pernas dela. Pegou-a pelas coxas e a colocou em seu colo, fez questão de chupar os seios até deitá-la no tapete da sala, mordeu os mamilos rosados enquanto Sakura agarrava seus cabelos longos e os puxava com fervor. A língua dele desceu pela barriga e antes de se enfiar entre as pernas dela, arrancou a calcinha a jogando em qualquer canto.
A boca de Shikamaru fazia maravilhas, fosse em sua própria boca, nos seus seios ou em sua intimidade, Sakura pensou. Sentiu uns arrepios na coluna, as pernas formigando e seu corpo agindo por conta própria; ela estava bem perto. Sua coluna arqueou e com isso, um grito sonoro deixou sua garganta, um orgasmo intenso tinha atingido seu corpo inteiro, dos pés à cabeça ela sentia seus músculos contraindo de maneira involuntária. Ela tentou inverter as posições, porém, Shikamaru a impediu.
— Quem manda hoje sou eu, doutora. — Ele puxou as duas mãos de Sakura para cima da cabeça dela, arrastou o nariz no pescoço, subindo pela bochecha, até a orelha e então fez o caminho de volta, distribuiu beijos e mordidas pelo pescoço, ombro, colo, seios e barriga. — Fica de quatro pra mim, vai. — Sakura levantou e se apoiou no sofá, Shikamaru passou a língua pelos lábios e acariciou a bunda dela antes de desferir um tapa com precisão. — Que bela bunda, Sakura.
— Gostou, Shika?
— Gosto ainda mais quando abre a boca para gemer. — Ele desenrolou a camisinha em seu pau, puxou o cabelo comprido de Haruno e enrolou no pulso para puxá-la até encontrar seu corpo. — Agora, geme meu nome, vai amor. — Colocou ela em posição novamente e se enterrou fundo nela.
— Ah, Shika...maru!
— Isso, grita mais, Saky. — Sakura estava delirando de tanto prazer, jamais imaginou que Shikamaru fosse tão dominador na cama, e céus, como ela estava gostando daquilo. — Já parou pra pensar que eu queria perder?
— Você… ah… fez de propósito, hmm… Shika, mais forte! — Ele impulsionou seu quadril com mais agressividade e apertou o laço que tinha dado nos cabelos rosas.
— Ah, Sakura, você realmente subestimou minha inteligência.
— Muito pelo contrário, Nara, eu estava... contando… com ela. — Ele largou o cabelo dela, segurou com as duas mãos o quadril farto da mulher e começou a bombar mais rápido, então sentiu ser apertado pelas paredes dela. — 'Hm… eu vou gozar, Saky…
— Eu… ah! — Sakura caiu no sofá tendo espasmos e Nara por cima dela. Os dois respiravam ofegantes, o coração batia rápido com tamanho esforço físico. — De novo, Shika.
— 10 minutos, Sakura, tudo que peço… — falou de maneira arrastada, tentando controlar a respiração.
[...]
31 de Janeiro
Sua sala foi invadida pela loira e ela apenas suspirou massageando as têmporas. Ino era sempre escandalosa, quando queria saber de uma fofoca então, era três vezes mais, e a cabeça de Sakura estava latejando. Resultado de muitos drinks e uma madrugada de sexo selvagem que lhe deixou marcas, que definitivamente iriam ficar roxas. Shikamaru era um dominador nato em cima de uma cama, no chão e ah, sem esquecer da bancada da cozinha também. Haruno riu com as lembranças que passavam por sua cabeça.
— Não podia estar mais feliz, né, vagabunda? Trepou até o clitóris cair.
— Não seja exagerada.
— Que horas foi dormir? — Sakura ficou em silêncio. — Está virada, Saky?!
— Não grita, dor de cabeça. — Sakura apontou para a própria cabeça e bebeu um gole de água, então ouviu batidas na porta. — Céus, hoje todo mundo resolveu vir me fazer uma visitinha? — falou baixo, mais para si do que para a amiga sentada à sua frente. — Entra.
— Doutora Haruno, está disponível? — Sakura respirou fundo.
— Sim, estou. A Doutora Yamanaka já estava de saída. — Ino levantou, cumprimentou Hatake e saiu.
— Preciso que venha até minha sala, o novo médico chegou.
— Ah, sim, claro. — Haruno pegou seu jaleco e vestiu, acompanhando Hatake até sua sala.
Entraram na sala ao lado e Sakura viu o homem sentado de costas, Kakashi caminhou e sentou em sua cadeira antes de falar:
— Doutora Haruno, esse é o doutor Uchiha. — Sakura arregalou os olhos e ficou estática, na pasta que Kakashi tinha dado para ela não era esse o sobrenome que constava e se ele é um Uchiha, ele é…
— Obito Uchiha, prazer, doutora Haruno.
O homem estava em pé à sua frente lhe estendendo a mão e ela só tinha uma coisa a fazer: curvar os lábios e cumprimentá-lo dando as boas-vindas, ou seria bem-vindo de volta?
Capítulo 5 - Aquele dia da insônia
06 de Fevereiro
Mais uma semana tinha se passado, Sakura estava atarefada no hospital, além dos relatórios semanais dos enfermeiros, tinha pacientes que receberiam alta e os recém-formados que entrariam para iniciar a residência. Estava tão sem tempo que não tinha conseguido nem ver seus vizinhos, estava curiosa para saber como Sasuke estava indo com Gaara, e, como se eles a tivessem ouvido, recebeu uma mensagem de Naruto perguntando por ela, então tratou de marcar algo com eles.
Pizza na minha casa hoje?
Naruto: sabe que não recuso comida.
Sakura chegou em casa, tomou um banho ouvindo música, por mais que tivesse feito mais plantões do que podia contar, seu corpo estava elétrico, resultado da privação de sono. Vestiu uma calça de flanela xadrez e uma blusinha de alças, eram apenas seus melhores amigos e tudo bem não se arrumar para vê-los, essa era a melhor parte. Três batidas na porta e quando foi aberta, recebeu quatro braços a rodeando.
— Estávamos com saudades, Saky! — Naruto praticamente ralhou com ela. — Nem foi para o nosso happy hour essa semana. Sentimos sua falta. — O loiro fez bico.
— Eu achei ótimo, consegui pelo menos ganhar na sinuca. — Levou um soco leve do namorado. — Ai, Naruto! — Sakura começou a rir da infantilidade dos dois. — Senti sua falta, irritante. — Sasuke deu um beijo na bochecha da médica fazendo-a sorrir.
— Uma pizza quatro queijos e uma marguerita para o Sas, certo? — Fechou a porta e pegou o celular do bolso para pedir pelo aplicativo.
— Sim! — falou Uzumaki, animado, jogando-se no sofá ao lado de Uchiha.
Sakura fez o pedido e se juntou a eles no móvel confortável, começaram a contar as novidades e uma delas era que Sasuke tinha conseguido o emprego com Sabaku. A médica ficou mais do que feliz com aquela notícia, a relação deles estava a salvo e nem o chefe de polícia poderia se intrometer. As pizzas chegaram, comeram assistindo qualquer coisa na TV, mas estavam mesmo conversando, o som do programa aleatório só servia de som ambiente.
— Eu esqueci de falar! — exclamou Sakura.
— Deu pra quem dessa vez?
— Sas, você sabe, se soubesse mais do que isso teria que estar aqui pra assistir — brincou ela e viu a careta na cara de Uchiha se formar.
— Não gosta de voyeurismo, apenas com seu namorado. Anotado — disse Sakura e Naruto gargalhou fazendo o moreno estirar o dedo do meio.
— Ei, espera aí. — O loiro parou de rir. — Nunca transamos na sua casa. — Ele fez bico.
— Não seja por isso… — Haruno se insinuou para Naruto, se aproximando.
— Muito cheio pra isso, mas vou cobrar — falou, enquanto levava o quarto pedaço de pizza à boca.
— Os dois, foco — Sasuke chamou atenção estalando os dedos.
— Tem um Uchiha trabalhando no hospital. — Viu o amigo arregalar os olhos.
— Um Uchiha? Só pode ser…
— Seu primo, Obito — completou Naruto. — Ele voltou!
— Isso não vai dar bom.
Sasuke explicou que Obito tinha fugido da família para se casar com um homem, foi para a capital e nunca mais voltou, até aquele momento. A família deserdou Obito pelo simples fato de, segundo eles, “amar errado”. Parecia que o preconceito da família Uchiha vinha de outras gerações. Sakura achou que ele poderia ajudar e disse para o amigo tentar conversar com seu primo, afinal, ele passou por algo parecido, em escala maior, claro. E ela tinha finalmente sanado a confusão do sobrenome, agora que o amigo tinha falado sobre ele ter se casado, isso explicaria o sobrenome diferente na ficha que o doutor Hatake deu a ela.
O casal deixou a casa de Sakura quase 1 da manhã, falando que estavam morrendo de sono, porém, ela continuava elétrica, resultado de muitos plantões em uma semana só, o corpo ficava tão acostumado com a privação de sono que ele não entendia que chegara a hora de dormir e se recuperar. Depois de rodar os canais da televisão, beber uma taça de vinho em busca de lhe dar sono, o que acabou fazendo o efeito contrário, pegou o celular e começou a ver o feed do Instagram. Coisa que ela odiava, no entanto, já tinha tentado de tudo e depois de mais de 1 hora ela não aguentava mais não conseguir pregar os olhos.
Gaara: acordada a essa hora?
Uma DM apareceu em sua barra de notificações e ela sorriu.
Estou com insônia :(
Gaara: banho quente?
Até vinho eu já tentei.
Gaara: Alguém não vai trabalhar amanhã, hahaha
E você está acordado por quê?
Gaara: Tentando escrever, mas acabei perdendo o foco.
Perdeu o foco no meu instagram?
Gaara: Você inteira me tira o foco, moranguinho.
Sakura riu com aquilo, um orgasmo talvez fosse o que precisava para adormecer em sono profundo, porém, não queria apenas nudes. Será que tinha chegado o momento de provar Sabaku? Ela respirou fundo, fechou os olhos e umedeceu os lábios pensando no ruivo, ele tinha um poder sobre ela que chegava a ser assustador, já se sentia excitada o suficiente para pegar a moto às 2:46 da manhã e ir até o prédio dele.
Chego em 10 minutos.
Colocou uma lingerie, vestiu uma calça jeans e a jaqueta de couro fechada por cima, colocou os coturnos, pegou a bolsa e a chave, e partiu em direção ao prédio do ruivo. Estacionou já sentindo seu corpo pedindo por ele. Céus, conseguia ter uma imaginação fértil demais. Mordeu o lábio olhando para o prédio durante alguns minutos e então respirou fundo e entrou. Sentia seu corpo esquentando enquanto subia o elevador. Chegou ao apartamento e encontrou tudo a meia luz, uma garrafa de vinho na mesa de centro, quando chegou próximo, viu a marca de uma taça que deveria estar ali e uma limpa, serviu-se e foi até a varanda. Viu o ruivo de costas, usava apenas uma calça de moletom, pés descalços, um cigarro aceso entre os dedos e a taça com o líquido bordô na outra mão.
— Chegou mesmo em dez minutos. — Ele virou, sorrindo, estendendo o braço com o cigarro que Sakura pegou de bom grado, dando um trago em seguida. — Vi quando chegou, ficou parada em frente ao prédio, estava em dúvida se subiria?
— Nunca tenho dúvidas quando se trata de você, ruivo. — Ela deu um gole no vinho e curvou o canto da boca de maneira libidinosa, aproximou-se dele devagar e encostou seus lábios nos dele, as línguas se aproveitavam apreciando o gosto misturado dos dois, do vinho, de hortelã; uma bela mistura.
Gaara soltou a taça na mesa que havia ali e segurou a cintura dela com uma mão e a nuca com a outra, subiu os dedos até o cabelo preso em um coque, tão frouxo que se desfez quando ele puxou alguns fios.
— Só não queria acabar com a nossa brincadeira tão cedo… — falou entre suspiros e os lábios do ruivo enrolados nos seus.
— Ela está só começando — sussurrou ele no ouvido dela e a pegou pelas pernas, fazendo-a se encaixar em sua cintura.
Sakura virou o restante do vinho em sua taça e também a largou na mesa, segurou a nuca do homem e o beijou com voracidade enquanto ele caminhava até o quarto, onde tinha um LED roxo aceso deixando tudo muito sensual, ele realmente tinha se preparado.
Ela desceu de seu colo e o empurrou na cama, fazendo com que ele ficasse apoiado em seus cotovelos admirando-a, arrancou os coturnos e os jogou em um canto, foi tirando a jaqueta de maneira lenta e estava adorando as expressões de tesão e desejo por si de Sabaku. Quando finalmente se livrou da peça, começou a tirar a calça jeans revelando o body cavado de cor preta, todo rendado e com transparência em lugares estratégicos.
— Cacete, Sakura… — Ouviu a voz mais grossa pelo tesão e um arrepio correu pela sua espinha, sorriu começando a caminhar até ele, subiu na cama engatinhando em direção ao ruivo e atacou os lábios dele novamente enquanto arranhava seu abdômen.
— Me privei demais de provar você, Gaara… — falou a médica e começou a descer, beijou o pescoço, o peitoral, passou a língua devagar nos pequenos gomos que tinha na barriga raspando os dentes de leve, e, finalmente, chegou na calça, que fez questão de arrancar junto com a cueca de uma só vez. Sentiu sua boca salivar por aquele pau à sua frente, estava duro, brilhante do pré-gozo, não segurou mais nenhum segundo, abocanhou com gosto e vontade, enfiou até quase senti-lo em sua garganta; delicioso.
— Puta que… pariu! Sakura! — O ruivo estava indo à loucura com tamanho empenho e maestria com que ela fazia aquilo.
A língua de Sakura parecia conhecer todos os seus pontos erógenos, sentia seu corpo quente como o inferno, arrepios lhe subiam pela pélvis, estômago, até deixar sua boca seca. Ele levantou, ficando sentado na cama, e a puxou pela cintura, fazendo-a sentar em seu colo, beijou a boca com os lábios avermelhados devido ao sexo oral. Haruno rebolava em sua ereção e arranhava suas costas, soltava gemidos baixos quando deixava sua boca para jogar a cabeça para trás aproveitando os toques de Gaara pelo seu corpo. Ele a pegou pela cintura e virou, colocando-a deitada no colchão.
— Eu estava aproveitando…
— Quero adorar a Deusa agora. — Ele sorriu travesso e a mulher mordeu o lábio em expectativa.
Sakura puxou o zíper na lateral do body e o tirou até a cintura, libertando os seios, que capturaram o olhar de Gaara no mesmo instante, suas mãos foram quase automáticas para os mamilos rijos, sentiu a textura macia deles e quis experimentar com a língua. Chupou o bico duro e mordeu de leve fazendo Sakura gemer e agarrar os fios ruivos, a língua dele deslizou do seu seio, passou pelo colo, pescoço e encontrou a dela iniciando um beijo voraz.
Gaara voltou a descer pelo corpo feminino, massageou o seio direito com sua mão enquanto descia beijos pela barriga lisa. Suas mãos foram até o body enrolado no quadril e o tirou até cruzar os calcanhares. Agarrou o quadril e mordeu o interior das coxas, causando a inquietação da médica, ele estava adorando ter os gemidos melódicos de Haruno como música ambiente para si. Seu ego envaideceu quando viu a boceta dela brilhando de excitação e ele não pensou duas vezes, passou a língua por toda a extensão, de sua fenda até o botão inchado.
— Ah, Gaa… — gemeu seu nome o deixando ainda mais excitado, fez movimentos circulares e logo a penetrou com dois dedos, ouvindo um gemido ainda mais longo, continuou a estocando enquanto se deliciava com o gosto doce dela na ponta de sua língua. — Mais… mais…
— Me diz o que quer, Sakura.
— Me bate. — Gaara arregalou os olhos.
— O quê? — Levantou a cabeça para encará-la e ver se não entendeu errado, mas viu seus olhos fechados, a mão em um dos seios e os dentes maltratando o lábio inferior. Ele desferiu um tapa fraco no quadril dela para ver a reação.
— Mais forte, Gaara! — falou como se estivesse ordenando e ele acatou o desejo dela, o encontro entre sua palma e o quadril dela estalou alto. — ‘Hm… isso. — Ele voltou a chupá-la e apertou com força suas coxas, sentiu as paredes dela apertarem seus dedos e viu a coluna arquear, os gemidos mais agudos denunciavam o ápice chegando. Desferiu outro tapa mais forte e ela gritou ao se desfazer em um orgasmo, que ele tratou de sorver cada gota do seu prazer.
— Não sabia que gostava de apanhar, moranguinho. — Gaara sorriu indecente e os olhos esmeralda o miraram nublados pelo tesão. — Fica de quatro pra mim, vai. — Ela virou e se empinou em direção a ele, Gaara se ajoelhou e pegou o preservativo desenrolando em seu pênis em seguida, passou pela entrada molhada de Sakura apenas para provocar, viu ela rebolando como se pedisse para que fosse logo. — Está querendo algo? — perguntou o ruivo e deu um tapa forte na nádega direita, ouviu um gemido encorpado e viu a pele criar um tom de rosa na mesma hora.
— Me come logo, Gaara! — Ele sorriu presunçoso e começou a se enfiar nela devagar, querendo torturá-la por mais tempo, mas também estava torturando a si mesmo, sentia cada músculo de seu corpo querendo meter com força, porém, ouvir ela gemendo e movendo o quadril para ter mais contato era prazeroso demais. — Para de me torturar…
— É prazeroso ouvir seus gemidos pedindo mais. — Gaara terminou a frase e se enfiou nela com tanta força que o corpo da médica quase caiu no colchão, sorte que suas mãos estavam bem firmes. Ele rosnou em prazer ao preenchê-la, tão apertada e deliciosa, chegava a pensar que existia sim um encaixe perfeito.
— Ah… Isso! — Outro tapa forte em sua bunda a fez gritar, agarrou os lençóis tentando sanar seu prazer, iria ao segundo orgasmo rápido demais se ele continuasse assim. — Gaara, deita, quero sentar em você.
Inverteram as posições, ele deitou na cama e Sakura subiu em cima dele, colocou um joelho de cada lado de seu quadril e sentou revirando os olhos a cada centímetro que o pau de Sabaku entrava em si. Ela começou a rebolar e subir e descer levando Gaara a loucura mais uma vez, ele gemia rouco com os movimentos dela, apertava a carne de suas coxas entre seus dedos em busca de extravasar tamanho prazer. Ele pensava em como ela sabia todos os seus pontos fracos, o que essa mulher tinha? Subiu as mãos até a bunda dela e apertou com força, roubando um gemido esganiçado de Haruno, ele levou o olhar até ela, admirando a cena à sua frente, o suor escorria pelo pescoço, passava pelo vale dos seios e descia até o umbigo, que possuía um piercing discreto, alguns fios rosas grudavam em seu rosto, a boca entreaberta em busca de ar tornava tudo mais sexual, além dos seios médios, balançando, como a cereja do bolo.
— Você deve ser ainda mais linda tendo um orgasmo. — Ele levou a mão até o pescoço dela e a puxou para si com certa agressividade, as línguas disputavam espaço enquanto a movimentação frenética de suas pélvis não parava. Ele sentiu as paredes dela o mastigando, chegou a apertar o pescoço dela um pouco mais forte e sentiu a vibração do gemido dela em seus dedos. Gaara a largou e ela voltou a cavalgar com mais afinco, apoiada no peito dele, gemendo sem parar. — Goza pra mim, Sakura. — Ela sentiu o pau dele latejar entre suas paredes e essa foi a deixa para ela ir mais rápido, os corpos esquentaram de maneira intensa e se derramaram em um ápice compartilhado. Sakura se jogou no colchão ao lado do ruivo respirando ofegante, seu corpo pedia clemência depois de tanto esforço, mas sua boceta queria mais.
Olhou para o relógio constatando ser 3:54.
— É, eu realmente não vou trabalhar amanhã — disse e voltou seu olhar ao ruivo sorrindo sapeca. — Próxima?
[...]
Se tinha uma coisa que Sakura não fazia, era acordar com seus casos, como ela gostava de chamar, muito menos em suas casas. Tinha aberto uma exceção a Sabaku, claro que também tinha seus vizinhos; dormiu com Sasuke e Naruto, mas a logística entre os três funcionava de maneira natural, eles tinham se tornado melhores amigos, dormiam juntos mesmo sem terem transado e estava tudo bem. Contudo, percebeu que com Gaara seria diferente assim que colocou seus olhos nele há pouco menos de 1 ano, quando se conheceram, o ruivo tinha um certo poder sobre ela que nem saberia explicar colocando em palavras. Gostava de manter a distância justamente pelo medo do que aconteceria depois e, ah, o depois tinha chegado.
— Bom dia, moranguinho. — Ele beijou sua nuca enquanto envolvia sua cintura com o braço. Acordar nua na cama de alguém sempre foi evitado, mas nunca negou a possibilidade de isso acontecer um dia, Sakura gostava da sua liberdade, da sua vida de solteira, mas nunca manteve a cabeça fechada a ponto de ser impossível.
— Bom dia, Gaa. — Ela virou para ele e selou os lábios. — Preciso ir.
— Não disse que não iria trabalhar?
— Apenas pela manhã. — Olhou o relógio e notou ser 12:32. — Ainda dá tempo de pegar o turno da tarde, preciso ver alguns pacientes. O lado bom de ser a chefe do setor é que posso não ir pela manhã depois de 4 dias fazendo plantões. — Sakura sorriu e levantou sem se importar com a nudez. Caminhou pelo quarto sentindo os olhos do ruivo queimar em seu corpo, pegou o body e a calça jeans no chão. — Por mais que eu gostaria muito de ao menos uma rapidinha, estou exausta. — Ela olhou para ele antes de entrar no banheiro e piscou o olho direito dizendo: — Fica para outro dia. — Fechou a porta e tomou um banho rápido, viu as marcas em seu corpo no reflexo do espelho e sorriu lembrando da madrugada intensa, deixou o pequeno espaço já vestida. — Me empresta uma camiseta branca?
— É claro, tem várias no meu closet, pode ficar à vontade.
Pegou uma camiseta básica, deu um nó na lateral e voltou para o quarto, sentou na cama e calçou os coturnos. Levantou e colocou a jaqueta por cima dos ombros, ajoelhou-se na cama apenas para dar um selinho no ruivo, que já estava sentado encostado na cabeceira assistindo a movimentação da mulher.
— Até sábado.
— Só vou te ver sábado?
— Sim, é a festa na mansão dos Sabakus, conhece? — Ela riu fazendo pouco caso enquanto pegava o resto de suas coisas.
— Sabe que não? Quem são esses riquinhos metidos a besta? — Sakura continuou rindo e ele levantou, indo até ela. — Me diz que eu vou te ver antes. — Beijou o pescoço dela fazendo com que Haruno fechasse os olhos, aproveitando o contato dos lábios dele com sua pele.
— Você me deixa sem condições de responder negativamente dessa forma, ruivo. Ainda mais pelado… — Ela desceu os olhos até as coxas torneadas e quis desistir de sair daquele apartamento pelo resto do dia. — Vou pensar. — Empurrou ele pelo peito e acenou com a mão sem olhar para trás, deixando o quarto antes que decidisse ficar. — Céus, o que eu tô fazendo… — murmurou para si mesma enquanto colocava o capacete e ia em direção ao hospital, teria um longo dia pela frente.
CONTINUA...
Nota: Oi meus amores, essa história é um projetinho meu que surgiu de uma forma inesperada. Fiquei com bloqueio durante muito tempo e agora consegui voltar a escrever e se a Deusa da inspiração permitir, vou terminar! Escutei um amém? Hahahaha
Se divirtam e aproveitem com um ventilador e água gelada pois aqui o que não falta é hot de qualidade ✨
Beijos e have fun!