Come Back To Me
Escrito por Thata Lima | Revisado por Beezus
- ? - A voz de saiu fraca, após presenciar aquela cena. Os olhos da garota começavam a se encher de lágrimas.
- ? - O garoto perguntou surpreso, ao ver que a namorada havia presenciado aquela cena - E-Eu posso explicar!
- Explicar? Explicar o quê? Você estava agarrando a , acho que não precisa se explicar, não é mesmo? Sabia que não tinha a superado. - A garota disse, pegando sua bolsa e correndo até seu carro.
- Espera! , volta aqui! - Ele falou correndo atrás da garota, segurando seu pulso e sentindo uma enorme culpa. - Eu posso explicar!
- , me solta! - A garota falou, com a voz embargada, tentando se soltar e, com um pouco de dificuldade conseguiu. - Você disse que era pra sempre. Nunca mais olhe na minha cara, . - Ela disse tristemente, correndo para o carro logo em seguida e ligando-o.
- Sério que você vai mesmo correr atrás daquela garota, ? - perguntou, se colocando ao lado do garoto, que procurava a chave do carro nos bolsos de sua calça - Não faça isso, esqueça-a. A gente podia até...
- A gente não podia nada, . Eu lhe deixei bem claro que não quero mais nada com você. - Ele disse, ao achar a chave do carro, correndo e entrando no mesmo logo em seguida.
- ! Espera. - Ela gritou, sendo totalmente ignorada.
[...]
“Como ele pôde fazer isso comigo?” - se perguntava, enquanto dirigia pelas ruas da tão movimentada cidade aonde vivia. Seu rosto já molhado pelas lágrimas que não paravam de cair.
Havia sido difícil conquistá-lo, a garota havia se apaixonado por desde o primeiro momento que o viu, mas ele gostava de e logo depois começou a namorá-la. Quando ele terminou com ela, os dois eram apenas amigos, embora ela quisesse que o garoto fosse mais do que só um amigo. Após um tempo, também foi se apaixonando por ela e os dois começaram a namorar. A garota deu um sorriso triste com a lembrança, que logo desapareceu ao se lembrar do que havia acontecido a alguns minutos atrás.
Flashback On
se olhou pela última vez no espelho antes de sair de casa. Ela e iriam completar seis meses de namoro e a garota queria fazer uma surpresa para ele. O garoto havia a dito que não estaria em seu apartamento, então ela pretendia fazer um almoço para os dois.
Ela entrou no carro e deu a partida, seguindo pelo caminho de sempre. A casa de ficava no caminho da casa de , lugar onde a garota sempre costumava ignorar. Mas daquela vez foi impossível. e se beijavam calorosamente. A garota, que ficou perplexa com a cena, desceu do carro e apenas o que ela conseguiu dizer foi o nome do garoto:
- ?
Flashback Off
Ela se perguntava: O que ele estaria fazendo na casa de , mesmo depois de a garantir que não queria mais nada com ela. “Estava mentindo, óbvio” concluiu. Mas ela tinha certeza de uma coisa: Não queria ver nunca mais.
A alguns carros de distância da garota, se encontrava , que a seguia. Ele iria atrás dela. Eles precisavam conversar, a garota querendo ou não. Eles tinham que se entender.
As lágrimas que caiam dos olhos de se intensificavam a cada minuto. Flashbacks dos momentos em que passou com apareciam constantemente em sua mente e a garota já não se concentrava tanto na estrada.
Um motorista bêbado dirigindo em alta-velocidade na contramão apareceu no caminho e, quando a garota percebeu, já era tarde de mais. A camionete do homem sofreu alguns arranhões e ganhou alguns amassados, enquanto o carro de capotou algumas vezes, parando ao lado da pista.
- ! - gritou perplexo. Ele havia presenciado o acidente de perto. Seu olhos já se enchiam de lágrimas e ele não sabia exatamente o que fazer. Estacionou o carro enquanto ligava para o SAMU e correu em direção ao carro da garota.
sentia uma dor extremamente forte. Sentia na sua perna esquerda uma dor extremamente forte e o sangue que escorria de sua testa já se encontrava em grande parte de seu rosto. Um pedaço do vidro quebrado da janela havia feito um pequeno corte no braço direito da garota.
Ao alcançar o carro, colocou seu braço dentro do carro por onde costumava ser uma janela e abriu a porta por dentro, encontrando quase inconsciente no banco do motorista.
- , você tá bem? - Perguntou, assustado, não obtendo uma resposta. - ?
! - Ele gritou, começando a chorar. - , fala comigo, por favor. - Ele pediu, com a voz trêmula. A garota estava desacordada.
[...]
sentiu um alívio no peito quando ouviu o barulho da sirene da ambulância. Encarou pela última vez a garota inconsciente que se encontrava ao seu lado e saiu de perto do carro, dando espaço para os médicos retirarem-na do carro e levarem-na para a ambulância. sentia um aperto no peito. E se a garota não resistisse?
O garoto entrou em seu carro e seguiu a ambulância até o hospital. Ficou a noite toda na sala de espera esperando por notícias da garota, que só recebeu no dia seguinte. havia quebrado a perna esquerda e possuía um corte na testa e outro no braço. A garota estava em coma.
Os médicos aconselharam o garoto a ir embora, já que ele havia ficado a noite toda acordado. Pegou a chave de seu carro e dirigiu em direção ao seu apartamento. Ao chegar, apenas tirou os sapatos e se jogou na cama com a mesma roupa que estava. Não conseguia dormir.
sentia uma imensa culpa pelo que havia acontecido. Ele acreditava que aquilo tudo havia acontecido por culpa dele. Se ele não tivesse procurado mais cedo, nada disso teria acontecido. Ele poderia ter deixado para conversar com ela em outro dia.
Flashback On
- , precisamos conversar. - falou entrando dentro da casa de .
- O quê? Percebeu que ainda me ama e que estava com a só para me esquecer?
- , por favor, se afaste de mim e da . Pare de tentar nos separar.
- Assim como ela fez?
- Ela não tentou nos separar, ! Ela estava mal com a separação dos pais, acabou bebendo de mais e tentou me beijar. Ela não estava sóbria.
- , você não entende? Somos perfeitos um para o outro. Me dê outra chance, por favor. Eu posso te fazer feliz novamente. É só me deixar tentar. - A garota falou, se aproximando de e sussurrando a última parte em seu ouvido, fazendo o garoto arrepiar.
Ele ainda sentia atração por , não podia mentir. Ainda possuía sentimentos por ela. Mas também amava . Gostava de estar perto dela. Não queria fazê-la sofrer.
se aproximava cada vez mais do garoto e deixou seu rosto a centímetros do dele. Ao perceber o que estava prestes a acontecer, a empurrou rapidamente.
- Eu não quero trair a , . Eu realmente gosto dela. - Ele falou se dirigindo até a porta, para ir embora.
- espera! - A garota correu até a porta, segurando-o pelo pulso, fazendo o garoto a encarar. Ela rapidamente o puxou para um beijo. Foi quando ele escutou a voz de .
- ?
Flashback Off
[...]
Duas semanas. Já se faziam duas semanas desde o acidente. Duas semanas em que não conseguia dormir ou comer direito. Duas semanas desde que entrou em coma e ainda não havia acordado. Duas semanas sofrendo, sentindo culpa pelo acontecido.
O garoto visitava a namorada todos os dias e ficava lá grande parte do tempo. Ele sempre conversava com a garota e tinha esperanças de que, algum dia, ela ia acordar.
Ao chegar ao hospital, logo se dirigiu ao quarto de . Os funcionários do hospital já estavam acostumados com a presença dele lá, então o deixavam entrar normalmente.
Ao chegar a porta, encarou a garota deitada na cama e deu um suspiro triste. Caminhou em direção a ela e acariciou seu rosto.
- Ei, eu escrevi uma carta pra você, sabia? - Ele falou puxando uma cadeira e se sentando ao lado da cama. - O dr. Watson falou que me ajudaria, que seria bom eu expor meus sentimentos. Desabafar, sabe? - Ele deu um sorriso triste, pegando o papel de seu bolso, dando um pigarro e começando a ler, enquanto segurava a mão da garota.
“,
Eu não sei exatamente como começar essa carta, quero te falar tantas coisas. Não sou tão bom com isso, e você sabe disso.
Essas duas últimas semanas têm sido extremamente horríveis. Viver sem você do meu lado não tem sido nada fácil. Sinto tanta falta do seu sorriso, do seu cheiro, da sua voz, do seu toque, dos seus olhos, do seu beijo, de tudo em você. Eu não sei como demorei tanto para perceber que eu realmente gostava de você, o quão incrível você é. Sempre esteve do meu lado e, mesmo sabendo que eu gostava de outra, nunca deixou de me amar.
No começo, eu posso até ter ficado com você para tentar esquecer a minha Ex, como você sempre desconfiou, mesmo eu te afirmando que era mentira, mas com o tempo eu fui me apaixonando completamente por você. Eu percebi que você era a garota perfeita. Não entendo como eu fiquei tanto tempo sofrendo por outra pessoa, enquanto a garota ideal estava o tempo todo ao meu lado.
Todos os dias eu me culpo pelo que aconteceu. Eu devia ter procurado a outro dia. Mas eu realmente preciso te explicar o que eu estava fazendo lá. Eu procurei ela para dizer que eu realmente te amo e para ela não interferir mais no nosso relacionamento, mas aquele beijo acabou acontecendo e eu realmente me arrependo do que aconteceu. Eu fui muito idiota.
Eu realmente acredito que um dia, quando você acordar, você vai me perdoar. Não importa quanto tempo passe, vou sempre te amar. E espero que você também.
Quando você ler isso, provavelmente você não vai querer olhar na minha cara, mas espero que você acredite em mim. E quando eu disse que era pra sempre, eu não estava mentindo. Eu realmente quero passar o resto da minha vida com você.
Eu te amo. Como nunca pensei que amaria alguém. O mundo sem você não tem graça pra mim, e eu não quero viver em um mundo assim.
Me desculpe.
- ”
Ao terminar de ler, ele soltou a mão dela e encarou o chão dando um suspiro triste.
- Sabe, eu realmente espero que você acredite em mim. Foi muito difícil escrever isso. Eu vou deixar a carta aqui, pra quando você acordar poder lê-la. - O garoto disse colocando a carta ao lado do travesseiro da garota. - Vou pedir para ninguém tirar esta carta daqui. - Ele disse pegando a mão da garota e acariciando seu rosto com a outra mão. - Eu te amo.
O garoto se aproximou da menina e a beijou. Seus lábios ainda eram os mesmos. Macios e quentes. Os lábios que ele tanto sentia falta.
Para a surpresa de , a mão da garota, que ele ainda estava segurando, começou a se mexer. A primeira reação do garoto foi sair do quarto correndo avisar o doutor. Ele estava explodindo de felicidade. Ela podia acordar a qualquer momento.
[...]
Uma luz clara invadia os olhos de . Com um pouco de dificuldade ela conseguiu abrir os olhos. A garota demorou alguns instantes para perceber que estava em um hospital. Logo as imagens do acidente voltaram a sua cabeça, e a traição de também. Os olhos da garota voltaram a se encher de lágrimas. Ela ainda estava fraca demais para falar, mas se pudesse, xingaria de todas as formas possíveis. Seus olhos percorreram o ambiente e logo encontraram ele sentado na poltrona no canto do quarto. O garoto encarava um ponto qualquer no quarto, e logo virou o rosto em direção à cama.
Um sorriso se formou nos olhos de , que se levantou e correu em direção a cama, dando um abraço desajeitado na garota.
- ! Você acordou! Finalmente. Foram às três semanas mais difíceis da minha vida. - falou, se afastando logo da garota, ao perceber que ela continuava magoada com ele. - É... Eu escrevi uma carta pra você. - Ele falou apontando com a cabeça para o papel que se encontrava ao lado da garota, que logo o pegou. - Eu escrevi há uma semana atrás. E antes de tomar uma decisão, pense no que eu te escrevi, Ok? Vou avisar o doutor que você acordou. - Ele deu um sorriso de canto e fechou a porta.
A garota encarou o papel em sua mão por alguns segundos, encarando-o com receio. Abriu-o cuidadosamente e começou a ler.
Ao terminar de ler a carta, lágrimas de emoção caiam dos olhos de . A garota se encantou por cada palavra escrita por . As declarações, as desculpas, tudo. A menina pegou a carta e apertou-a contra si. Ela precisava falar com ele o mais rápido possível.
[...]
Já havia se passado uma semana desde que havia acordado e a garota ainda não havia visto . Ela queria falar com ele. Dizer que o desculpava e que também o amava muito. Aquele seria o primeiro dia que sairia do quarto. Ainda ficaria no hospital por mais alguns dias, mas ela não precisava mais ficar trancada o tempo todo no quarto.
A garota andava com dificuldade, devido ao fato de ter quebrado a perna esquerda. Suas costelas estavam doloridas, mas não estavam quebradas. Sua testa e seu braço estavam enfaixados e havia uma grande quantidade de hematomas pelo seu corpo.
estava chegando no hospital. Ele iria conversar com . Precisava saber o que a garota havia achado da carta, qual foi a sua decisão. Andando pelos corredores do hospital, os dois acabaram se esbarrando.
- ? - A garota perguntou surpresa e logo um sorriso se formou em seu rosto. - Senti tanto sua falta. - Ela deu um abraço carinhoso no namorado. - Por que não foi me ver depois que eu acordei?
- Eu queria te dar um tempo para pensar. - Ele falou com um sorriso de canto. - Também senti sua falta . Mas, o que achou da carta? Tudo que eu escrevi lá é verdade. Eu realmente te amo muito e não consigo viver sem você .
- Eu simplesmente adorei, . Eu me emocionei com a carta, com as suas declarações, seu pedido de desculpas. E eu concordo com você quando disse que você era um idiota. Mas é o meu idiota. - A garota colocou os braços em volta de , assim como ele colocou os braços na cintura dela, puxando-a para mais perto dele.
- Então você me perdoa?
- Então você me perdoa?
- Sim. - Ela deu um sorriso meigo.
Os dois selaram seus lábios em um beijo calmo e apaixonado. Ao se separarem, encostou sua testa na da garota, sorrindo por saber que estava tudo bem entre os dois.
- Eu te amo, muito. - O garoto disse.
- Eu sei. - falou sorrindo.
- Convencida.
- Também te amo. - Ela deu um selinho no namorado. - , você se lembra de quando disse que me ama e que queria comigo para sempre, a três meses atrás no meu aniversário? - Ele assentiu. - Você ainda quer isso? Ficar comigo, para sempre?
- Sempre.