Chuva de Arroz
Escrito por Mandy Poynter | Revisado por Luba
Estava nervoso para cacete, esse era exatamente o sentimento que se apossava de mim naquele momento. Esse era o momento que mudaria minha vida para sempre, eu já conseguia ouvir os gritos, chamando meu nome, dos fãs. Eu não poderia mudar nada, eu estava totalmente certo da minha decisão e não pensaria em voltar atrás nunca, eu tinha certeza do que aquela mulher significava para mim, não tinha como estra errado a respeito disso, afinal já haviam se passado 3 anos e a gente continuava aqui, juntos, firmes e fortes.
- Luan – Virei em direção a voz que me chamava e sorri ao encontrar minha irmã. – Você tem certeza disso né irmão?
- Essa é a maior certeza que eu já tive na minha vida, Bru. – Sorri instantaneamente ao lembrar do que faria em alguns minutos.
- Tem certeza que quer fazer isso assim? – Perguntou ela.
- Tenho sim Bruna, relaxa tá. Vai dar tudo certo. – Sorri tranquilizando minha irmã. – Quer dizer, vai dar certo se ela aceitar.
- Sabe que ela odeia ser o centro das atenções. – Disse rindo em seguida. – Ela vai te matar, e vai virar viúva antes do previsto.
- Ela não vai fazer isso. – Suspirei pesadamente. – Pelo menos eu espero.
- Vai dar tudo certo, irmão. – Bruna deu-me um beijo no rosto, me abraçando logo em seguida.
- Luan, 5 minutos. – Um dos produtores do show interrompeu nosso momento.
- Bom, eu tenho que ir. – Disse Bruna afastando-se lentamente. – Prometo que não deixarei ela fugir antes de te escutar.
- Obrigada Bru. – Disse dando um último beijo na minha irmã e subindo o primeiro degrau da escadinha que daria para o palco. – Conto com você.
- Pode deixar. – Depois disso, vi minha irmã desaparecer pelos bastidores, ela encontraria para impedi-la de fugir antes da hora. Soltei um longo suspiro e voltei a subir as escadas, chegando finalmente em cima do palco.
- BOA NOITE SÃO PAULO. – A gritaria foi instantânea, os acordes da primeira música do show começaram e eu me preparei para iniciar mais um show.
***
Havia finalmente chegado a hora, naquele momento, em cima daquele palco minhas mãos suavam e minhas pernas tremiam tanto que eu pensava que cairia a qualquer momento. Peguei uma garrafa de água que deixaram na lateral do palco e bebi quase toda, suspirei mais uma vez e resolvi voltar a falar.
- E aí pessoal, estão gostando? – Perguntei para a plateia, que começou a gritar novamente. – Antes de cantar a próxima música eu gostaria de chamar alguém no palco. – Olhei em direção a , vendo-a arregalar os olhos imediatamente ao perceber que eu falava dela. – Pra quem não sabe, eu e a , minha namorada, estamos completando 3 anos de namoro hoje. E ela largou seus compromissos para poder estar aqui comigo hoje, então eu queria chamá-la aqui. – Estendi minha mão para ela que estava no lado direito do palco escondida. – Vamos lá , não precisa ter vergonha, e só me mate depois da surpresa ok? – Sorri sapeca vendo-a finalmente agarrar minha mão soltando um suspiro frustrado. – Então pessoal, acho um pouco improvável ninguém conhecer, mas pra quem ainda não conhece, essa é a , minha namorada. – Gritos foram ouvidos por todos os lados e vi minha garota soltar um sorrisinho tímido.
- Você é louco. – Disse ela baixinho no meu ouvido para que somente eu escutasse.
- Só se for por você – Disse também para que só ela escutasse. – Em homenagem a esses três anos. – Voltei a falar no microfone. – Eu resolvi fazer uma surpresa pra ela. – Peguei a mão de e a levei para o centro do palco. – Só fica quietinha ai tá – Pedi para ela, escutando logo em seguida as primeiras notas da música começar a tocar. - Pela luz do sol que me ilumina, não existe nada mais que me fascina que te ver chegar. – Comecei a cantar vendo alargar o sorriso em seu rosto. - Com a pele bronzeada e a boca vermelha e esse sorrisão de orelha a orelha vai me faltando o ar. – Peguei a mão de e depositei no meu ombro para que ela me abraçasse e assim ela o fez. - Se esse sorriso for pra mim eu sou o cara que tem mais sorte no mundo, azar de quem perdeu agora sou eu, quem vai te queimar no meu fogo e amanhã vai ter de novo. – Ela encostou a cabeça no meu ombro e eu depositei a mão que não segurava o microfone em suas costas. - E às nove da manhã, quando você acordar e se perguntar como foi? Como é? A gente só saiu pra jantar e foi ficando. É que a gente só saiu pra jantar e foi ficando. A gente saiu e ficou pro café. – Apertei-a mais em meus braços e comecei a balançar-nos, começando a dançar com ela. - Pela luz do sol que me ilumina, não existe nada mais que me fascina que te ver chegar. Com a pele bronzeada e a boca vermelha e esse sorrisão de orelha a orelha vai me faltando o ar. Se esse sorriso for pra mim eu sou o cara que tem mais sorte no mundo, azar de quem perdeu agora sou eu, quem vai te queimar no meu fogo e amanhã vai ter de novo. – Cantei essa parte com os lábios em seu ouvido, vendo os cabelos de sua nuca se arrepiarem. Soltei-me dela, para poder olhar em seus olhos e cantar a última parte. - E às nove da manhã, quando você acordar e se perguntar como foi? Como é? A gente só saiu pra jantar e foi ficando. É que a gente só saiu pra jantar e ficou pro café! E às nove da manhã, quando você acordar e se perguntar como foi? Como é? A gente só saiu pra jantar e foi ficando. É que a gente só saiu pra jantar e foi ficando. A gente saiu e ficou pro café. Pela luz do sol que me ilumina, não existe nada mais que me fascina, que te ver chegar. – Depois de cantar essa parte, grudei nossas testas e juntei seus lábios nos meus em seguida ouvindo ao fundo a banda finalizar a música e a plateia inteira aplaudir.
- O que você tá fazendo, seu louco? – Falou baixo no meu ouvido soltando uma risada logo em seguida. Segurei sua mão e a trouxe mais pra perto de mim e voltei a falar no microfone, queria que todos fossem testemunhas daquele momento.
- Você lembra do nosso primeiro encontro? – Vi ela soltar uma gargalhada logo sendo acompanhada por mim.
FLASHBACK
Eu não sabia o porquê daquilo, mas minhas mãos suavam tanto que daria para abastecer um rio com a água que saia delas. Não entendia direito, afinal ela era só uma garota, e eu já tinha saído com várias antes, então o nervosismo já não deveria fazer parte do meu vocabulário naquele momento. Talvez devesse pensar assim, já que sabia que ela não era uma garota qualquer, ela era simplesmente “a garota”. Depois de sair de um relacionamento de 1 ano, pensei que não conseguiria me envolver com outra pessoa por um bom tempo, mas não foi o que aconteceu ao ver aquela linda garota na minha frente.
- Luan? – Fui tirado dos meus devaneios por uma leve batida no vidro do meu carro.
- Oi? – Ao abrir o vidro me xinguei mentalmente, ela estava do lado de fora, me olhando curiosa.
- Por que não foi até a porta da minha casa? – Perguntou ela.
- Desculpe, acho que me distraí e acabei perdendo a hora. – Ao perceber seu olhar, resolvi parar de agir como um completo idiota e sair do carro. Assim que o fiz, meus olhos foram em direção aos dela e se fixaram lá, ela estava completamente maravilhosa, mas seu olhar estava mais bonito aquela noite, brilhava como as estrelas que estavam no céu. Não sei quanto tempo fiquei parado feito um imbecil olhando pra ela, só sei que ela rapidamente acordou-me do meu transe.
- Luan? – Chamou-me.
- Desculpe, vamos entrar? – Perguntei indo para o outro lado do carro, sendo seguido por ela, e abrindo a porta do carona para a mesma. Dei a volta no carro, abri a porta e sentei no banco do motorista dando partida no carro.
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Eu realmente estava agindo feito um retardado aquela noite, eu sempre fui um pouco tonto quando estava ao lado dela, mas naquela noite eu estava extrapolando os limites da paciência da . Fazia quase 1 hora que estávamos no restaurante e as palavras que foram ditas eram poucas. Vi nos olhos de o desprazer que ela sentia.
- Luan? – Desviei meus olhos do prato a minha frente e virei-me para ela. – Fala alguma coisa, pelo amor de Deus.
- Desculpa . – Suspirei profundamente. – Sei que tô sendo um completo idiota, é só que eu...
- Tá nervoso, eu sei. Você acha que eu não estou? – Disse ela me cortando. – Eu tô saindo com Luan Santana, o cantor mais querido da atualidade, mas pra mim é só um cara com um jeito lindo e meigo de ser que me convidou pra sair e eu aceitei. – Pausou para soltar um suspiro frustrado. – E é esse cara que eu quero que fale comigo, não o cantor.
- Me desculpe. – Soltei os talheres e entrelacei nossas mãos. – É só que... – Suspirei profundamente antes de continuar. – Eu não sei o que acontece, você me deixa assim, sem fala. – Vi um sorriso desanimado aparecer em seu rosto e soltei o ar pela boca, já frustrado por não estar conseguindo ser bom com as palavras.
- Pode me deixar em casa? – E de repente ela se levantou, soltando nossas mãos.
- Mas ainda tá cedo. – Disse olhando no meu relógio e levantando junto com ela.
- Luan, eu realmente adoro você, mas eu não tô aguentando mais. – Ela desviou seu olhar do meu. – Pode me levar em casa, por favor?
- Tudo bem. – Disse finalmente.
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Estacionei meu carro em frente ao portão da casa dela, olhei para o lado e vi que ela estava longe.
- ? – Chamei-a fazendo acordar dos seus pensamentos. – Chegamos.
- Obrigada. – Disse ela aproximando seu rosto do meu para depositar um beijo na minha bochecha. – Boa noite Luan. – E depois disso saiu do carro sem esperar uma resposta.
- Mais você é um idiota mesmo ein. – Falei ao me ver sozinho dentro do carro, mas ao olhar pro retrovisor vi o reflexo do meu violão que estava no banco de trás e resolvi deixar de parecer um completo imbecil e salvar a minha noite e a dela. Sai correndo de dentro do carro com o violão na mão a tempo de ver vasculhando sua bolsa a procura das chaves. – ! – Gritei seu nome vendo ela virar e me olhar.
- Luan? – Disse confusa ao ver que eu estava ali.
- Olha eu sei que fui em idiota e queria que você me escutasse. – Disse respirando profundamente após ficar sem depois da corrida que dei para chegar até ela.
- Foi o que eu tentei fazer a noite inteira. – Seus olhos se focaram no meu e percebi a tristeza nos mesmos.
- Olha, eu sou péssimo com as palavras e isso é um fato que já foi comprovado essa noite. – Peguei o violão pendurado em minhas costas e trouxe pra frente deixando-o na posição certa para que eu começasse a tocar. – Mas tem uma coisa que eu sou bom é a música, então só me escuta tá. – Comecei a tocar as primeiras notas da música que com certeza descreveria aquele dia. – Sai cantando do chuveiro, eu sou o cara mais feliz do mundo inteiro. Noite perfeita, tá na hora, quero te encontrar. - Desviei os meus olhos das cordas do violão e direcionei para os olhos dela. – Em frente ao espelho, tô ensaiando, a melhor forma de dizer que tô te amando, essa é a chance, é agora eu não posso errar. Mas bem na hora de falar com você, travei, comecei a gaguejar e a saída é deixar acontecer o coração se entregar. – Me aproximei ainda mais dela vendo seus olhos fixos nos meus. – Um beijo fala mais que mil palavras um toque é bem mais que poesia, no seu olhar enxergo a sua alma sua fala é uma linda melodia, ninguém sabe explicar o que é o amor, ninguém vai ser feliz sem ser amado, meu coração de vez se entregou confesso que eu estou apaixonado. – Voltei meu olhar para as cordas do violão e voltei a cantar. – Mas bem na hora de falar com você, travei, comecei a gaguejar e a saída é deixar acontecer o coração se entregar. – Ao voltar meu olhar para o dela vi o brilho que ele sempre tinha, e que fora apagado no decorrer da noite, voltar. – Um beijo fala mais que mil palavras, um toque é bem mais que poesia. No seu olhar enxergo a sua alma, sua fala é uma linda melodia. Ninguém sabe explicar o que é o amor, Ninguém vai ser feliz sem ser amado. Meu coração de vez se entregou, confesso que eu estou apaixonado. – Toquei os últimos acordes e finalizei a música.
- Luan, eu... – Interrompi o monologo que a mesma iria começar.
- Olha, eu sei que não é grande coisa, foi só uma maneira que eu encontrei de desabafar porque tudo que diz nessa música é exatamente o que eu passo com você. – Suspirei profundamente e voltei a falar logo em seguida. – Eu sei que não é grande coisa, mas acho que foi a forma que eu encontrei de não destruir sua noite por completo talvez, eu... – Mas não consegui continuar o meu discurso pois no momento seguinte, senti os lábios dela se juntarem contra os meus e seus braços prenderem em volta do meu pescoço. Como se fosse ligado no automático, rapidamente entrelacei minhas mãos em sua cintura e abracei mais forte para deixar nossos corpos ainda mais próximos um do outro. Joguei o violão, que estava pendurado nas minhas costas, no chão e a empurrei de encontro a porta da sua casa a empresando na mesma. foi soltando-se minimamente de mim e colou nossas testas.
- Vamos entrar? Por favor. – Pediu ela suplicante. Soltei uma risada e me afastei dela completamente.
- Talvez outro dia, . – Me aproximei novamente dela e dei mais um selinho me afastando novamente. – Você sabe que o tamanho do respeito que eu tenho por você, . – Falei olhando nos seus olhos vendo um sorriso se abrir em seus lábios. – Boa noite.
- Boa noite, Luan. – E depois disso sorri pra ela, peguei meu violão e me direcionei para onde eu havia estacionado meu carro. Após entrar no mesmo abri um sorriso que não cabia em meu rosto e movimentei o carro para voltar pra casa.
FLASHBACK END
- Não foi o melhor primeiro encontro, mas se tornou o mais especial. – Segurei sua mão e a arrastei para mais perto de mim. – Você sempre diz que foi o melhor, mas eu discordo, e sempre digo que os outros caras com quem você saiu antes de mim foram melhores e...
- Eu sempre digo que o nosso foi o melhor porque foi com você – Interrompeu-me ela.
- Ela fala, pessoal. – O público começou a rir e as bochechas de ficaram mais vermelhas que um tomate. – Por falar em outros caras, nunca tinha percebido que era um homem ciumento até estar com você.
- Que bom que sabe. – Ela gritou fazendo com que todos rissem e gritassem novamente.
- Mas você sabe que não é comigo. Eu não sou o único ciumento da nossa relação. – Disse voltando minha mente a lembranças passadas.
FLASHBACK
não parava de andar de um lado para o outro, via na expressão de seu rosto que ela não estava muito feliz.
- Ei? – Puxei-a pelo braço e fiz ela parar de andar e me olhar. – Relaxa ok. Não tem nada a ver esse seu surto, .
- Nada? – Perguntou indignada. – Luan, você não quer que eu fale sobre o seu surto com o Vitor, quer? – Não respondi, pois a resposta era certa, lógico que eu não queria.
- Isso é diferente. – Tentei me defender.
- Por que é diferente? – A expressão em seu rosto começou a me dar medo. – Por que é diferente o fato de eu não poder falar com meu ex sem você surtar e eu não posso surtar ao ver sua ex no seu show? Sério? – Ela tava puta e eu estava totalmente fodido por não saber ao certo usar as palavras.
- Não foi isso que eu quis dizer. – Tentei intervir por uma futura briga que viria a seguir.
- Arg! – Disse já brava. – Eu tô com uma vontade enorme de te matar. Você não faz ideia.
- Não é minha culpa, . – Suspirei já cansado. – O que quer que eu faça? Ela pagou o ingresso como todos os fãs que estão aqui.
- Quer saber, eu...
- Luan, 10 minutos. – O produtor responsável pelo show entrou no camarim anunciando.
- Eu já estou indo, Ruan. – Disse vendo ele se retirar, fazendo com que meu olhar se voltasse novamente para . – Podemos conversar depois? Eu realmente não quero começar uma briga agora. – Dizendo isso lhe dei um selinho e saí do camarim.
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Já tinha se passado mais de 40 minutos de show e eu ainda sentia uma angustia enorme, olhava pro lado e sempre via com uma cara emburrada e sempre desviava do meu olhar. Eu odiava fazer qualquer show no qual nós estivéssemos brigados porque eu dava 100% de mim nas apresentações. Suspirei pesado antes da próxima música.
- Ei pessoal. – Resolvi tentar resolver a nossa situação antes que piorasse tudo. – Como alguns de vocês devem saber, minha namorada, , está aqui hoje. – Olhei em sua direção e vi a mesma arregalar os olhos em surpresa. – Bom ela veio de longe só porque eu disse que tava com saudades, eu amo os sacrifícios que ela faz por mim e por isso eu queria dedicar a próxima canção para ela e dizer que eu a amo e que ela é a única garota na minha vida. – Suspirei vendo ela abrir os lábios em um sorriso - E o resto? Tanto faz. – Ouvi o grito da galera e os primeiros acordes da música começou a tocar. – O quarto meio escuro, a janela aberta, a porta encostada a lua está tão bela e eu tô aqui sentindo falta de você. – Comecei a cantar olhando diretamente para ela. – Já vi todos os filmes, li todos os livros e tô esperando a próxima novela tudo por quê eu tô tentando te esquecer. Em qualquer lugar que eu vou, onde você está eu estou. – Voltei a olhar pra plateia novamente, vendo todo mundo me acompanhar na letra. – O meu pensamento te segue, minha saudade te persegue o meu amor não envelhece você não sai da minha mente. É que você me causa febre de uns 40 graus ou um pouco mais, eu quero é você, eu amo só você, e o resto tanto faz. – Eu abri um sorriso ao ver a plateia cantando alto e forte, sempre me deixava tonto ver aquilo. – Em qualquer lugar que eu vou, onde você está eu estou. O meu pensamento te segue, minha saudade te persegue o meu amor não envelhece você não sai da minha mente. É que você me causa febre de uns 40 graus ou um pouco mais, eu quero é você, eu amo só você, e o resto tanto faz. – Voltei meu olhar para novamente para cantar a última parte olhando em seus olhos. – O meu pensamento te segue, minha saudade te persegue o meu amor não envelhece você não sai da minha mente. É que você me causa febre de uns 40 graus ou um pouco mais, eu quero é você, eu amo só você, e o resto tanto faz. – Ao finalizar a música vi seus olhos brilhando e um sorriso enorme em seu rosto, e naquele momento eu soube que tudo estava bem de novo.
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Entrei no camarim depois de mais um tempo de show, ao entrar olhei para o sofá e vi sentada nele e seus olhos fixos no chão.
- Ei? – Me aproximei dela tirando-a de seus devaneios. – Tudo bem? – Perguntei ao ver que ela não havia me dado a devida atenção.
- Tá. – Ela finalmente me olhou e vi ali um brilho diferente, aquele brilho quando lágrimas se acumulam em seus olhos.
- ? – Perguntei vendo a primeira lágrima descer do seu rosto e como instinto a abracei com todas as forças que possuía naquele momento. – O que aconteceu, vida?
- Como você pode gostar de mim? – Ela perguntou se afastando e olhando em meus olhos. – Olha pra você. Você é a melhor pessoa que eu já conheci na vida. – Soluçou um pouco antes de continuar. – E eu sou essa mulher que age como uma garotinha, Luan. Como você pode amar alguém assim? Olha só, o que aconteceu antes do show foi uma total infantilidade da minha parte e mesmo assim você se sente culpado ao ponto de “me pedir desculpas” mesmo não sendo sua culpa.
- Ei. – Levantei seu rosto e selei seus lábios nos meus. – Você tá de brincadeira né? – Perguntei sorrindo. – Olha só pra você. Olha só o que você faz por mim, viajou quilômetros para poder estar aqui comigo, me ama pelo que eu sou e não pelo que a mídia mostra, agora me diga, como não amar você? – Perguntei segurando seu rosto em minhas mãos. – Acho que eu que não te mereço, você é boa de mais pra mim.
- Não fala isso. – Disse ela sentando no meu colo e me agarrando em um abraço. – Desculpe por isso, eu te amo, é só que eu não tô muito legal hoje.
- Tá de TPM? – Vi um biquinho fofo se formar em seu rosto me fazendo beijá-lo.
- Tô. – Disse voltando a me agarrar pelo pescoço. – Quero ser paparicada.
- Vou pedir pro Carlos parar no mercado antes de irmos pro hotel. – Disse tirando ela do meu colo e levantando-me. – Podemos comprar chocolate pra curar um pouco dessa sua TPM. – Sorri ao ver a expressão sapeca em seu rosto. – E depois podemos saciar essa sua carência. – Beijei-lhe os lábios e puxei-a para que se levantasse.
FLASHBACK END
Olhei pro canto do palco, que não conseguia ver porque estava de costas, e vi que tudo estava nos conformes.
- Acho que alguém quer participar desse momento também. – Apontei pro canto que eu olhava e antes dela se virar, um latido alcançou nossos ouvidos se misturando com o grito da plateia.
- Puff? – Perguntou ela vendo ele se aproximar de mim. – O que seu pai louco te forçou a fazer, neném! – E antes que ela se abaixasse, fiz primeiro e tirei a caixinha que ele segurava com a boca.
- Sabe. – Comecei a falar, me ajoelhando corretamente e olhando pra ela com a caixinha ainda abaixada. – Puff trouxe um presente pra você. – Levantei a mão que segurava a caixinha e abri a mesma para mostrar o lindo anal que lá estava. Seus olhos se arregalaram e rapidamente ela levou suas mãos a boca para cobrir o total espanto que a mesma demonstrava. – Vou usar a sua abertura preferida de todos os DVDs. – Suspirei e comecei a falar novamente. – Já viajei por todo universo, por todas as galáxias em busca de um sonho, de um motivo pra continuar lutando. Eu demorei, mas encontrei o que procurava. O seu olhar é o que me guia, a sua voz é o que me anima e eu espero que esse dia marque a sua vida, assim como você marcou a minha história. – Lágrimas já escapavam pelo seu rosto, e rapidamente eu segurei uma das suas mãos já solta ao lado de seu corpo. – Se você ainda não entendeu, eu vou usar a frase do seu amado Bruno Mars. – Fiz careta e ela soltou uma gargalhada. – Eu acho que quero me casar com você. – Vi um sorriso maior ainda crescer em seu rosto e as lágrimas caiam mais desesperadamente ainda. – E aí? Cê topa?
- Se pudesse, mil vezes eu diria sim. – Ao ouvir ela falar aquilo, um sorriso enorme não se conteve e se apossou de meu rosto, me levantei, tirei o anel da caixa, jogando a mesma longe depois, e coloquei a joia em seu dedo, beijando-o logo depois. No minuto seguinte ela levou meu rosto de encontro ao seu, me beijando apaixonadamente. Podemos ouvir aplausos de fundo e sorrimos durante o beijo fazendo com que o mesmo se quebrasse logo depois. Nos afastamos minimamente, olhei-a nos olhos fazendo a mesma esconder seu rosto no meu pescoço, envergonhada, olhei para a plateia e comecei novamente a falar.
- Obrigado a todos por serem testemunhas desse momento único na minha vida. – Mais aplausos e gritos foram ouvidos. – Eu acho que a próxima música vai ser bem propícia para o momento, então quero todos vocês cantando comigo. – Os acordes da música começaram a tocar e vi desencostar seu rosto do meu ombro e sorri ao perceber qual seria a próxima música. – Não mudei de cidade, nem de telefone só escolhi ser feliz. Mesmo endereço, o mesmo apartamento em frente a igreja matriz. Por isso todo mundo passa e quem nunca passou, vai passar. Já "tô" dizendo aos meus amigos calma que eu não vou pirar. Já pirei! – Comecei a cantar ouvindo a plateia me acompanhar. – Me apaixonei perdidamente, e o que eu sei, é que daqui pra frente vai ser nossa cidade, nosso telefone, nosso endereço, nosso apartamento. Sabe aquela igreja? "Tô" aqui na frente, imaginando chuva de arroz na gente! – Olhei para e vi a mesma, cantar baixinho a música, porém sentido da mesma forma que eu estava sentindo. – Não mudei de cidade, nem de telefone só escolhi ser feliz. Mesmo endereço, o mesmo apartamento em frente a igreja matriz. Por isso todo mundo passa e quem nunca passou, vai passar. Já "tô" dizendo aos meus amigos calma que eu não vou pirar. Já pirei! – Cantei essa parte voltando a segurar a mão de , a mesma que agora habita o anel que em alguns meses seria substituído por um dourado na mão esquerda. – Me apaixonei perdidamente, e o que eu sei, é que daqui pra frente vai ser nossa cidade, nosso telefone, nosso endereço, nosso apartamento. Sabe aquela igreja? "Tô" aqui na frente, imaginando chuva de arroz na gente! – Voltei a agarrar a mão de e passá-la por meus ombros em um abraço, logo vendo ela logo colocar a outra e me abraçar fortemente pelo pescoço. – Vai ser nossa cidade, nosso telefone, nosso endereço, nosso apartamento. Sabe aquela igreja? "Tô" aqui na frente, imaginando chuva de arroz na gente! – Sussurrei a última parte em seu ouvido, deixando a plateia cantá-la em voz alta.
Depois que os últimos acordes da música foram tocados tirei as mãos de do meu ombro e direcionei as minhas para o seu rosto, fazendo-a voltar seu olhar para mim, selando nossos lábios logo depois e ouvindo novamente o grito e o aplauso da plateia. E aquele seria mais um dia diferente, um dia de mudança, o dia em que eu mudaria minha vida para sempre e, se quer saber? Com a mulher que eu amo do meu lado, com certeza essa mudança foi para muito melhor.
FIM
Nossa que saudades do meu neném gente, vocês não fazem ideia do quanto eu amo esse ser chamado Luan Santana. Essa short veio na minha mente depois que eu parei para ouvir o Luan Santana Acústico, eu tinha parado de acompanhar a carreira do Luan por um tempo, então perdi essa fase de transição, e que transição, do O nosso tempo é hoje para o Luan Santana Acústico. Eu pensava que não dava pra me apaixonar mais do que eu já era, sou trouxa mesmo né, esse homem realmente não existe, continua se superando a cada vez mais com essas músicas maravilhosas e porque não, inspirar as pessoas, mesmo que seja em uma mera fanfic. Nossa, fanfics interativas do Luan são raríssimas, o que me deixa bastante chateada porque eu amaria ler histórias desse lindo. Então resolvi fazer essa como um “up” para o começo da campanha #MAISFANFICSCOMOLUAN haha. Eu espero realmente que todas gostem, é curtinha, mas é de coração, quem sabe eu não me inspire mais para continuar a história haha. Xoxo Mandy
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