Christmas Of Love

Escrito por Beatryz Menezes | Revisado por Mamdi

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  Bom, não sei como começo a contar, vou tentar achar um começo. Meu nome é Jonas. Tem essa garota, e eu sei que pode ser um pouco clichê e muito chato, mas eu me apaixonei sem nem ao menos saber seu nome. No caso, não foi culpa minha. Eu me apaixonei por uma fã. Eu já a vi três vezes e estou apaixonado pelos seus olhos cor de paraíso. Se eu for descrever o resto de que me vem à cabeça ficará mais chato ainda então pensem em olhos cor de paraíso. A primeira vez que me lembro dela estávamos nos apresentando no Good Morning America e ela estava próxima ao palco, próxima àquela passarela que vai até entre os fãs, estava passando as mãos em algumas das mãos estendidas até mim e ela segurou a minha, quando olhei pra baixo vi seus olhos cor de paraíso brilhando. Na segunda vez foi em uma de nossas chegadas ao aeroporto e esses olhos cor de paraíso tiraram uma foto comigo assim que sai do portão de desembarque. Na terceira vez, foi em um dos nossos shows, passamos de carro próximo à fila de fãs que esperavam os portões se abrirem e lá estava ela, sorridente, pulando e cantando com as outras pessoas mesmo com o frio daquela tarde de sábado. Já perdido em pensamentos, os meus irmãos descobriram dos tais olhos cor de paraíso que tanto perambulava pelos meus pensamentos. De qualquer forma, estamos indo agora para o palco montado na Times Square, montaram um show como especial de natal. Além de nós virá nossas amigas Demi Lovato, Selena Gomez, Taylor Swift e Miley Cyrus, também virão One Direction, Big Time Rush e Justin Bieber. Amanhã terão mais, são três dia de especial de Natal, mas por hoje somos nós. São 20h, nossa apresentação será às 21h e já estamos nos bastidores, no nosso camarim. Quem está no palco agora são os caras do Big Time Rush, cantando nothing even matters.
  - Podemos nos aproximar?
   perguntou e a plateia gritou um ‘sim’ dessincronizado e bem alto. Tínhamos acabado de cantar a primeira música. Carregamos nossos tripés até o fim da pequena passarela, nós posicionando separadamente organizados. pegou seu violão, seu violão e eu a minha guitarra. Organizei meu microfone para que ficasse na direção da minha boca.
  - Essa música nós compusemos há algum tempo atrás, espero que vocês gostem!
  Falei ao microfone enquanto ajustava a guitarra ao meu corpo, nas minhas costas. “. ", falei longe do microfone chamando a atenção de meus irmãos para começarmos a música.

Called you for the first time yesterday
Finally found the missing part of me
Felt so close but you were far away
Left me without anything to say

  Abaixei a cabeça nós poucos segundos em que apenas veio o toque da música, voltei a levantar o olhar devagar, apoiando uma das mãos no microfone. Assim que levantei quase completamente o olhar, abri um sorriso impulsivo... os olhos. Ela estava a algumas pessoas longe do palco, com os braços levantados, chacoalhando um bastão transparente com luzes coloridas piscando nele. Se não for ela, é outra garota com os mesmos olhos.

Now I’m speechless, over the edge
I’m just breathless
I never thought that I’d catch this
Love bug again

  Meus olhos estão viciados nela, não param em outro lugar a não ser nela, em seus olhos fixos no palco ou virado em direção a uma garota ao lado dela.

Hopeless
Head over heels
In the moment
I never thought that I’d get hit
By this love bug again

  Quando seus olhos se encontraram com os meus e abrimos sorrisos ao mesmo tempo pude ver que não eram apenas olhos cor de paraíso, mas seu sorriso também vinha de lá.

I can’t get your smile out of my mind
I think about your eyes all the time
You’re beautiful but you don’t even try


  Eu não sei como uma coisa dessas acontece, é novo pra mim mas eu me sinto ótimo apenas de saber que ela está aqui. O problema é como farei pra matar a vontade de conhecê-la, como em meio a tanta gente eu vou encontra-la de novo sem que alguns seguranças ou fãs nos separe. Isso é tão ruim, querer estar perto de alguém e não poder, querer saber o nome de alguém e não matar a curiosidade. Cantamos mais três músicas e então foi nossa hora de sair do palco e dar espaços aos nossos colegas de trabalho. Qual é? É Natal, não posso ter meu desejo realizado? É um pedido tão pequeno. Talvez, se tiver um visco lá também melhore meu pedido, mas eu preciso saber o nome dela.
  Não foi dessa vez. Já estamos no carro, tentando passar pelas pessoas tumultuando a rua nesse 25 de dezembro, impedindo que os carros passem e assim eu possa ir pra casa pensar em nomes que combinem com ela ou fazer qualquer outra coisa que ocupe tempo. Com o carro andando lentamente pude perceber quem passava andando devagar pela janela e o carro deixava pra trás.
  - É ELA!
  O carro foi a deixando lentamente pra trás, parecia até uma cena clichê de filme romântico em que o cara fica hipnotizado e tudo parece ficar em câmera lenta.
  - Quem? , você enlouqueceu?
  - Therence. – batia no banco do motorista chamando sua atenção, sem prestar atenção a o que falava – Therence, para o carro!
  - Não para, Therence. Ele tá ficando louco.
  - Cala a boca, ! Se não parar eu desço com ele andando.
  - Então para. – interrompeu que iria protestar contra o meu desatino – Se ele enlouqueceu mesmo, vai pular do carro.
  Therence parou o carro e eu tirei o cinto. Abri a porta sem prestar atenção se alguém passava, ainda bem que não bateu em ninguém. Comecei a andar em direção a ela assim que fechei a porta do carro sem saber o que iria falar. Eu to mesmo nervoso?
  - ! – vinha logo atrás de mim com um dos seguranças o acompanhava – , volta pro carro cara.
  Algumas pessoas começaram a gritar nossos nomes e se aproximar de nós, pelo menos não tentaram arrancar nossos membros ou fios de cabelo, ou nossos dentes, apenas chegavam próximo a nós como se fossemos conhecidos deles.
  - !
  A garota que estava com ela gritou e então ela levantou o olhar em direção a mim. Antes olhava algumas fotos numa câmera fotográfica vermelha que tinha em mãos. “Ai meu Deus!" , pude ler seus lábios. Ela parou no meio da multidão com a mão sobre o peito com um sorriso grande no rosto. Parei na frente dela e da minha boca não saia um som, estava mesmo hipnotizado por seus olhos.
  - Oi! – Ela falou procurando um sinal de vida em mim
  - Oi. – sorri – Eu devo estar parecendo um idiota. Er... – engoli em seco – Eu sei que isso pode parecer meio estranho e um tanto assustador, mas eu preciso saber...
  - Saber o que? – ela parecia confusa
  - Seu nome.
  - Oh, desculpa. – foi a vez dela de sorri anasalado – Meu nome é . Mas pode me chamar de .
  - . Combina com você. – Ela desviou os olhos do meu, acho que a deixei tímida – , posso saber outra coisa?
  - Depende.
  - Depende?
  - É! Depende. Depende do que você queira saber e depende se você demorar muito pra perguntar por que eu estou tendo quase que um ataque cardíaco por você estar falando comigo.
  - Ela deve estar pulando, gritando e chorando por dentro. – sua amiga falou e ela assentiu com um sorriso sem graça
  - Você quer sair comigo? – ela congelou na minha frente com os olhos um pouco arregalados – Digo, não agora. Se você puder me dar seu número e a gente marca. ?
  - Eu to sonhando? Isso é um sonho? Eu to abraçada ao meu travesseiro de novo, não estou?
  - Ai , você tá aqui. Você tá com o . O tá te chamando pra sair e você tá parecendo uma mongol agora faz um favor e responde um dos garotos mais lindos do nosso mundo?
  - T-tá! Digo, - pigarreou – pode ser.
  - Ótimo! – tirei meu celular do bolso – Toma, coloca ai teu número e eu te ligo.
  Ela segurou meu celular com as mãos um pouco tremulas e quando seus dedos tocaram minha pele pude sentir o quanto fria estava. Digitou alguns números e me devolveu o celular. Pude ver alguns flashes nos iluminando enquanto me chamada de 5 em 5 segundos pra voltar pro carro.
  - Então eu te vejo depois... . Feliz Natal!
  - Feliz Natal, !
  Voltei pro carro ouvindo alguns resmungos de e olhando pra trás algumas vezes, vendo-a, da última que olhei, com as mãos entrelaçadas e sorrindo pra mim com uma leve mordida no canto da boca. .

  - E foi assim! - completei
  - Mas quando vão me contar do encontro? E do casamento?
  - Depois do banho pensamos no seu caso. – Ela desceu a garotinha de olhos curiosos da cadeira – Agora, já pro chuveiro pra irmos pra casa do vô e da vó ver seus tios.
   correu atrás do projeto de gente que ria alto enquanto corria em direção as escadas. Estamos casados há quatro anos. Esse projeto de gente tem apenas três e ao invés de ficar de porquês fica com esse ‘mas’ sempre tem um ‘mas’ pra tudo. Minhas garotas, Jonas e Anne Jonas.
  - Mas mamãe, o papai é seu príncipe encantado? Como nas historinhas que vocês me contam antes de dormir?
  - Tá mais pra um... Roqueiro suado.
  - Hei! – Protestei ouvindo-as rirem de mim – Eu ouvi isso.
  - EU TE AMO! – a ouvi gritar
  - Eu também te amo, minha .



Comentários da autora


E o meu subconsciente me ajudou novamente. Acho que meus sonhos são mais criativos do que eu mesma quando acordada, isso é possível? Bom, para as queridas leitoras que pediram por mais na Please Be Mine eu o fiz. Espero que gostem dessa tanto quanto a outra e nós vemos numa próxima, já que eu realmente não canso de digitar meus sonhos. Qualquer erro, nós avise, é importante que esteja tudo correto.