Catching Clouds!

Escrito por Maria F. A. | Revisado por Mariana

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Capítulo 01

  “Dentro de momentos, iremos aterrar no aeroporto internacional de Sydney. Não tire o sinto até o aviso desligar”
  Sorri com a nova informação e olhei novamente para a janela. É bom estar de volta.
  Nos últimos dois anos estive no estrangeiro, maioritariamente na Europa e nos Estados Unidos, a promover os meus dois álbuns. Prestei uma audição com a minha antiga banda, numa tentativa de gravarmos um CD todos juntos, mas os produtores decidiram que a banda ainda não estava preparada. No entanto, eles queriam a minha voz. Primeiro, fiquei chocada, mas logo a seguir comecei a negar com a cabeça, instintivamente, enquanto olhava para o baterista, e na altura, o meu namorado. Os produtores rapidamente trataram de oferecer-me dois dias para pensar no assunto, apesar de já ter a minha decisão bem formada.
  Os acontecimentos dos dias seguintes, foram muito repentinos e confusos. Num momento, a banda estava a obrigar-me a assinar o contrato, no seguinte, termina comigo. Quando dei por mim, tinha chegado aos Estados Unidos.
  - Miss ? – Perguntou a assistente de bordo, o que fez-me desviar a atenção dos meus pensamentos para ela. – O carro já chegou.
  - Obrigada. – Agradeci, enquanto levantava-me do sofá.
  Saí do Jato privado, cortesia da gravadora, e olhei para o céu. Hoje está um ótimo dia e as poucas nuvens que se encontram no céu têm formas que dão para contar variadas histórias. Voltei a sorrir ao lembrar-me da forma como eu e passávamos as tardes deitados na relva, a olhar para as nuvens. Há casais que olham para as estrelas, nós olhávamos para as nuvens.
  - Bem-vinda, menina . – Saudou Peter.
  - Peter? – Perguntei, sem conseguir deixar de sorrir. – Não acredito que o meu pai o fez percorrer o caminho todo para vir cá apanhar-me! – Exclamei, colocando os braços ao redor do homem.
  Peter era, inicialmente, o mordomo do meu avô. Depois do meu avô morrer, Peter continuou na família.
  - Foi de bom grado, menina! – Apressou-se a dizer, antes de suspirar, com um sorriso na cara. – A menina cresceu tanto desde da última vez que a vi! Até parece que foi ontem que partiu! – Comentou, enquanto entravamos no carro. – E olhe-me esses braços! A menina não tem-se alimentado nada bem…! Esse mundo onde a menina agora está não é nada positivo nesse aspeto. Espero bem que não esteja em dietas malucas só para ficar como as modelos das revistas!
  Enquanto Peter ia dando um sermão sobre o facto de eu ter emagrecido nestes últimos anos e que agora que estava de volta, ele iria ensinar-me a fazer e a comer comida de verdade, eu fechei a porta do carro.
  Fomos o caminho todo a colocar a conversa em dia. Peter tratou logo de contar todas as novidades e acontecimentos importantes dos últimos dois anos. Entre conversas, abri a minha bolsa e retirei o meu blackberry, onde acedi rapidamente às redes sociais.
  “Sensação do momento volta ao país dos cangurus!”
  “ vai passar uma temporada à cidade natal para compor o novo álbum com a sua antiga banda!”
  “Rumores afirmam que regressa à Austrália em busca do príncipe das músicas!”
  “A mais nova estrela, com mais de quarenta prémios em dois anos, regressa às origens para esquecer Ashton Goodchild!”
  “ Novo Romance: de volta à Austrália na mesma semana em que Mason Dye regressa! A cantora e o ator foram vistos a jantar no mesmo restaurante, na semana passada!”
  Quem é Mason Dye? É precisamente isto que adoro nos tabloides. Eles descobrem coisas sobre mim, que nem eu sabia!
  - … O menino também conseguiu desencalhar. Ele parecia tão tristinho nos primeiros meses desde que a menina foi para o novo mundo…!
  No momento em que o nome dele foi pronunciado, toda a minha atenção inicial foi voltada de novo para o velho mordomo.
  - O quê? – Perguntei, distraída.
  - A menina tem de conhecer a amiga do menino ! É um amor de pessoa! – Exclamou Peter, obviamente entusiasmado pelos dois. – Olivia é uma menina d’Ouro! Ela faz tudo pelo . Tenho é pena quando o menino deixou de tocar bateria… o menino Benster ficou muito deprimido.
   já não faz parte da banda? Por que Dennis não me contou? Ou mesmo Benster? Nós temos falado todas as semanas por videochamada!
  Ignorei os comentários sobre a nova amiga, que vai a caminho de ser namorada, de e foquei-me nos comentários sobre o facto de já não haver banda.

***

  A casa continuava igual àquilo que me lembrava. As fotos nas paredes, o barulho do chão de madeira e o cheiro da residência. Dei alguns passos no escuro, até que bati com a ponta do pé em algo, ou alguém, uma vez que soltou um gemido de dor.
  - Surpresa! – Explodiram várias vozes, revelando várias pessoas que anteriormente estavam escondidas.
  As luzes foram acesas ao mesmo tempo que eu pousava a mão sobre o peito, pelo susto. Olhei à volta e tudo o que podia ver eram rostos conhecidos.
  - Bem-vinda ! – Gritou Valerie, abraçando-me com força.
  - Eu não acredito que tu não te chibaste! – Acusei, retribuindo o abraço.
  - Foi muito difícil, mas consegui. – Respondeu, para depois mostrar a língua.
  Voltei a rir enquanto abraçava-a novamente. Valerie é a minha melhor amiga desde sempre! Temos a mesma idade, por tanto, fomos colocadas na mesma turma todos os anos. Acabamos por nos tornarmos melhores amigas.
  - Então, baixinha, agora és demasiado boa para nos cumprimentares? – Perguntou uma voz, que até em marte, reconheceria.
  - Dennis! – Gritei entusiasmada, enquanto os meus braços circundavam-lhe o pescoço.
  - Gostei do que fizeste com o cabelo, Hollywood. Ficas muito mais sexy de cabelo curto, por mais que a Teen Vogue insista que ficas melhor de cabelo comprido.
  - Benster! – Voltei a exclamar, ao mesmo tempo que soltava Dennis e agarrava a minha nova vítima. – Senti tantas saudades vossas! – Exclamei, alternando o olhar entre os dois. – Vocês continuam na mesma!
  - Bom saber que o teu sentido de humor continua igual, . – Riu Dennis.
  - Sabes como é. – Respondi a sorrir, enquanto dava de ombros. A ultima videochamada tinha sido feita à três dias. – Faz parte do charme. – Fiz uma pausa. – Então, alguém importa-se de me explicar o que é que aconteceu com a banda?
  Tanto o sorriso de Dennis, como o de Benster, diminuíram. Benster coçou a nuca, enquanto Dennis suspirava pesado.
  - simplesmente deixou de tocar connosco. – Começou Dennis. – Pensamos que seria uma fase, porque ele estava triste, mas a verdade é que nunca mais voltamos a tocar juntos.
  Mordi o lábio, entristecida.
  - Será que já podes dar um abraço aos teus velhotes? – Interrompeu uma voz feminina.
  Virei, automaticamente para a minha mãe, que estava acompanhada pelo meu pai.
  - Mãe, pai! – E abracei-os, os dois ao mesmo tempo.
  - Bom, nós vamos cuidar dos restantes convidados, enquanto ficas ai com os teus amigos.
  Depois dos meus pais desaparecerem entre as pessoas, voltei a virar-me para a banda.
  - Antes de mais, juntem-se! – Exigiu Valerie, enquanto colocava a camara do Nokia apontada para nós. – Quero guardar este momento.
  Tapei a boca com uma das mãos, com uma expressão de espanto, enquanto cada um dos rapazes dava-me um beijo em cada bochecha. Valerie pediu por outra, então trocamos a pose. Circundei a cintura de cada um, enquanto eles colocavam o braço ao redor dos meus ombros.
  - Ficou linda! – Exclamou Val. – Vou colocar no twitter. – Informou, a mexer no ecrã. – Que tal? – Perguntou, mostrando-nos o telemóvel.
  “É bom ver quase toda a banda junta de novo! @ #Picture #Memories”
  Tratei de retwittar o tweet de Val, antes de guardar o blackberry.
  - Então, qual foi o verdadeiro motivo da tua vinda? – Perguntou Ben. – Mesmo que me iludas que foi para me ver, eu não vou cair na tentação de acreditar!
  - Meu, enxerga-te! – Reclamou Dennis. – Ela voltou para declarar o seu amor por mim! Não vês que eu sou o príncipe das suas músicas?
  - Na verdade, vim para gravar um CD com vocês. – Confessei.
  - Vieste? – Perguntou Valerie. – Por que que não me disseste nada?
  - Era para ser uma surpresa… Mas depois Peter disse que já não existe banda. Espero que mesmo assim, vocês queiram gravar um CD comigo. – Pedi. – Toda a banda. – Aprecei-me a completar.
  - Não sei se o vai aceitar. – Murmurou Dennis.
  - Mas podes contar connosco. – Informou Benster, a apontar com o indicador para Dennis e para si.
  - Também podes contar comigo. – Pronunciou-se uma voz masculina, atrás de mim.
  . Reconheceria a voz dele em qualquer lugar. Reconheceria o seu cheiro em qualquer planeta. Reconhecê-lo-ia em qualquer lugar.
  Respirei fundo e enchi-me de coragem para virar e olhar para ele.
  - … - Murmurei, mal os nossos olhos cruzaram-se.
  - Olá, .

Capítulo 02

  Passaram-se cinco meses desde que regressei à Austrália. Após de três meses de discussão, conseguimos decidir o nome do CD. Apesar da dinâmica que existia entre os membros da banda, há dois anos, agora as coisas estavam meias frias, principalmente entre os rapazes e .
  - Uma pausa para almoçar? – Perguntei, mal terminamos de gravar Young Love.
  - Claro. – Apoio Benster, a colocar o baixo sobre a cadeira. – Vou ligar para a pizaria. – Informou, antes de sair da sala.
  - E eu vou ao bar comprar algo para beber. – Dennis apreçou-se a dizer ao mesmo tempo que colocava a guitarra na mesa.
  Tirei os auscultadores, colocando-os sobre o microfone, e virei-me para , com o lábio inferior preso entre os dentes, um ato de puro nervosismo. já tinha guardado as baquetas no seu suporte, e agora estava ao telemóvel. Reparei que tinha algo pendurado no aparelho e prendi a respiração quando notei que era o pendente de nuvem, que compramos juntos.
   subiu o olhar até encontrar o meu e seguiu-o até bater ao seu pendente.
  - Não encontrei outro para substituir. – Explicou, descontraído.
  - Sim,… - Afirmei e segurei na bolsa. - Eu também costumo de dizer o mesmo. – Confessei, retirando o telemóvel da bolsa, para mostrar que também tinha o pendente. – Mas acho que não o tiramos por razões diferentes. – E soltei um sorriso fraco.
  - Daqui a dez minutos a pizza chega. – Informou Ben, ao entrar no estúdio novamente.
  - E eu vou dar uma entrevista. Guarda-me um pedaço da pizza, Benster. – Disse, ao notar que o meu telemóvel tocava e de quem era o número. - And I mean it!
  - Só eu é que acho sexy quando ela me chama de Benster? – Perguntou, retoricamente, fazendo revirar os olhos.
  - Sim? – E atendi o telefonema a sorrir.
  “Daqui é da People Magazine. Tínhamos marcado uma entrevista visa telefone…”
  - Sim, claro. Estou pronta. – Afirmei, sentando-me num dos sofás do corredor, fora do estúdio.
  “Então vamos começar.”

***

  - Daqui a um minuto entramos em direto. – Informou uma das técnicas da MTV Austrália.
  Ajeitei-me melhor no sofá, entre Benster e , uma vez que Dennis mal consegue falar com , então, Dennis ficou na ponta, ao lado de Bem.
  - Cinco, quatro, - Contou o assistente de camara, para depois contar os últimos três números com os dedos.
  - Bem-vindos de volta! – Saudou a apresentadora, Kate Peck. – Como prometido, estamos aqui com a única e maravilhosa, ! – E a camara voltou-se para mim, enquanto acenava para a mesma, a sorrir.
  - Olá! – Saudei, sem deixar de sorrir.
  - Então, , é verdade? – Perguntou, deixando um clima de mistério no ar. – Um passarinho veio contar-me que Ashton Goodchild está por cá para compor uma nova canção que fará parte do teu novo álbum?
  - Sim, é verdade Kate. – Confirmei. – Nós já trabalhamos juntos nos últimos dois CDs e eu realmente gostei de trabalhar com ele, por tanto, a gravadora achou por bem que trabalhássemos juntos de novo. O Ash é um esplêndido compositor, eu realmente tenho muita sorte em cantar músicas escritas por ele.
  - E os restantes membros? Também concordam?
  - Sim, claro. – Respondeu Ben. – Ele realmente é um ótimo compositor e nós tivemos a acertar os arranjos para a letra com ele. Ashton é realmente um tipo à maneira.
  - E quanto às parcerias com Nick Carter, John Travolta e Harry Styles? – Perguntou Kate.
  - Já tinha trabalhado com o Nick, então, é sempre um enorme prazer, quanto fã e cantora, ter a oportunidade de voltar a fazer um dueto com ele. – Comecei.
  - Quanto ao John Travolta, - Começou Dennis. – É a primeira vez que trabalha com ele, mas até agora está tudo a correr bem. Acho que posso falar por todos, quando digo que é uma enorme honra poder tocar uma música com o John Travolta. – Benster riu e concordou com a cabeça. – Às vezes, ainda parece que estamos a sonhar com a quantidade de artistas com quem já nos cruzamos, ou que querem fazer parceria com a .
  - E quanto à possível parceria com Harry Styles?
  - Nós encontramo-nos por acaso, à entrada da gravadora, cumprimentamo-nos e entramos juntos. – Expliquei. – Tinham paparazzies do lado de fora e eles começaram a escrever uma história sobre isso. Harry é uma das celebridades mais simples, melhor, todos os integrantes dos One Direction são pessoas muito simples e talentosas, por tanto, teria sorte em gravar uma música escrita por qualquer um deles. No entanto, não estamos a trabalhar juntos neste álbum, talvez numa próxima vez?
  Continuamos a conversar e aos poucos os rapazes já se sentiam à vontade com as camaras.
  - E relacionamentos sérios, rapazes? Já sei que a contínua solteira, mas vocês são novidade. Quero saber quem são as sortudas! – Exclamou Kate, colocando o microfone virado para .
  - Eu não tenho muito para dizer. – Respondeu , enquanto passava a mão pelos cabelos loiros. – Apesar de estar solteiro, o meu coração pertence a outra pessoa, por tanto… - E riu-se de forma nervosa, antes de olhar para mim, pelo canto do olho e colocar o braço sobre as costas do sofá, por detrás de mim.
  Sorri fracamente para a apresentadora e o meu coração parou de bater quando senti os dedos de a acarinhar-me a nuca. Olhei para ele, sem saber muito o que fazer e simplesmente sorriu. Ele simplesmente sorriu, como se nada tivesse acontecido! Como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo! Talvez há dois anos atrás fosse, mas agora não era.

***

  Deitei-me na relva e olhei para as nuvens. Ele não pode ser tão egoísta a esse ponto! mal falou comigo nos primeiros três meses e meio e agora, do nada, começa a fazer isto!? Fecho os olhos, deixando uma lagrima escorrer. Não é uma lagrima de tristeza. É uma lágrima de raiva.
  Sinto alguém a sentar-se ao meu pé e nem preciso de abrir os olhos para perceber quem é. .
  - Vai-te embora. – Ordenei, ao mesmo tempo que tapava os meus olhos. – Quero ficar sozinha. – Voltei a pedir, mas, tal como da outra vez, não obtive resposta, então, levantei o tronco, para poder ver o porquê de ainda lá estar. – Eu já pedi para…
   juntou os nossos lábios, mal abri os olhos. Bloqueei perante a atitude inesperada de , mas quando o senti a pressionar os seus lábios com mais força sobre os meus, empurrei-o, com as mãos no seu peito.
  - O que é que pensas que estás a fazer!? – Sussurrei, mal os nossos lábios estavam separados. – Tu não podes simplesmente beijar-me quando te apetecer e, milagrosamente, as coisas,… - E voltou a unir os nossos lábios, deitando-me de volta na relva.
  Abri os lábios, numa tentativa de respirar e tratou de beijar-me verdadeiramente, fazendo-me fechar, pela primeira vez, os olhos. Uma das suas mãos pousou sobre a minha bochecha, enquanto o outro braço serviu de suporte para não deixar o seu peso sobre mim.
  - Desculpa. – Murmurou no intervalo entre dois beijos. – Desculpa, . – Voltou a pedir.
  Tenho o coração a bater descompassadamente. Todas aquelas sensações voltaram num turbilhão de emoções. Quando pára de beijar-me, abri os olhos, para encontrar os verdes dele.
  - Tu és tão egoísta, . Terrivelmente egoísta. – Murmurei, com os olhos em água. – Eu tentei odiar-te, numa tentativa falha de te esquecer. Eu tentei tanto.
  - Eu sei que tentaste. – Informou e enxugou algumas lágrimas.
  - Por que terminaste comigo?
  - Porque sabia que não irias aceitar o contrato se isso implicasse ficarmos longe um do outro. – Confessou. – Fi-lo por ti.
  - Não te atrevas. – Ameacei, apontando-lhe o indicador. – Não te atrevas a dizer que o fizeste por mim! E o que eu queria? E o que eu sentia!? Pensaste em como eu iria ficar depois disso? – Perguntei, retoricamente. – Não o fizeste por mim, e tu sabes muito bem disso. Fizeste-o por ti. Fizeste-o por teres medo.
  - Eu fi-lo porque amava-te e continuo a amar-te! Não podia autorizar que aquela oportunidade escorregasse-te pelos dedos!
  - Não vou perdoar-te assim tão facilmente, . – Confessei, desviando o meu olhar do dele. – Não posso.
  - Eu sei, . – Respondeu. – Mas também sei que, eventualmente, irás perdoar-me. – Completou. – Não só porque eu amo-te e tu sabes que fiz o que fiz porque amava-te, por mais que tentes nega-lo, mas também porque tu sabes que amas-me.
   voltou a aproximar-se, para unir os nossos lábios.
  - Eu vou esperar. Pode demorar cinco dias, sete metes ou mesmo dez anos! Não importa. Eu vou ganhar o teu coração outra vez.

FIM



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