Can't Buy Me Love

Escrito por Nathy Kimus | Revisada por Any

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Capítulo 1

  ’s POV

  Às vezes esquecemos de algo que não é importante, tipo uma laranja no meio de várias maçãs ou qualquer decepção insignificante que você tenha. Um exemplo é descobrir que a sua professora chata de física não faltou hoje. Mas algo importante, eu já acho mais difícil, como o meu irmão. Eu amo o meu irmão pessoal, fiquem calmos, mas é que ele sempre arranja um jeito de me ferrar de alguma forma, direta ou indiretamente e essas coisas eu simplesmente não consigo esquecer.
  Na verdade isso começou a partir do momento que nos mudamos da Irlanda para os Estados Unidos. Eu e meu irmão temos a mesma idade, mas ele sempre foi o mais novo, se é que me entendem. Meu pai e minha mãe são dois advogados importantes e ocupadíssimos, nós morávamos na Irlanda até dois anos atrás. Eu estava prestes a fazer o meu último ano da escola, mas meu pai resolveu isso com minha mãe. Eu e meu não ficamos sabendo, na verdade ficamos sabendo uma semana antes de nos mudarmos, não fiquei tão abalada assim, mas tinha muitos amigos na Irlanda, então para ele foi um pouco mais difícil. Hoje ainda estou fazendo o meu último ano no colégio e graças a Deus ano que vem irei para a faculdade. O bom de morar em outro país seriam as regras, pois são um pouco diferentes e isso pode influenciar bastante, um exemplo disso foi a primeira vez que pegou em um carro nos Estados Unidos, ele disse que iria na padaria, acabou no hospital por ter dado de cara com uma árvore inocente no caminho dele. Foram ferimentos leves, mas o mais engraçado é que ele falou que não entendia como a árvore havia aparecido ali.
  Bom, mas o que realmente interessa é que e eu sempre amamos música. Quando éramos menores, ele falava para o meu pai que queria ser igual ao Kurt Cobain, meu pai até deu aquelas guitarras de brinquedo para ele e ele ficava andando para lá e para cá tocando. Depois de uns anos ele resolveu aprender realmente a tocar alguma coisa, ele optou por . É eu sei que é estranho para alguém que gostava de tocar guitarra, mas meu irmão sempre foi assim, esquisito por natureza. Mas olha, ele toca bem. Bom, quando nos mudamos para os Estados Unidos ele já tinha a dele, mas ele disse que iria formar alguma banda, eu sempre apoiei meu irmão nas decisões dele então achei legal. Só que vocês devem estar pensando, "porra isso é ruim?" Na verdade não é tão ruim assim, é até muito legal, mas um amigo dele que era o problema.
  - e ! Vocês vão se atrasar para a escola. - Minha mãe nos chamava debaixo da escada.
  - Já vou mãe. - eu gritei. Naquela manhã eu estava empolgada, meu primeiro dia de aula, cidade nova, escola nova, pessoas novas. Meu irmão como sempre estava quase pulando de tão excitado que estava.
  - , vamos logo. - chamou já na escada, ele estava com seu all star velho preto, uma camiseta da Hurley azul e uma bermuda jeans. Antes de descer, passei pelo banheiro para retocar a maquiagem, eu estava com uma calça skinny jeans, um all star vermelho e uma blusa preta do Guns N’ Roses. Eu amava Guns, era a minha paixão, quase fui em um show deles, mas meu pai na hora não deixou porque achou que era perigoso demais. Enfim, retoquei a maquiagem e desci, passei pelo quarto do meu irmão que estava uma bagunça, como sempre, mas até que estava mais organizado do que de costume. Desci as escadas e fui tomar o meu café, depois de comer resolvi pegar meu carro, um New Beatle amarelo, era o meu bebê, meu irmão pegou a caminhonete preta dele, minha mãe e meu pai foram para o escritório com o Sedan prata do meu pai, eles trabalhavam juntos. No meio do caminho, o meu irmão me passou, como de costume e quando eu cheguei, ele já estava na escola, era grande, tinha até pista de corrida. Lá na Irlanda as escolas não eram tão grandes, estacionei o carro e me dirigi para a secretaria para pegar o meu horário de aulas e lá estava ele, com mais um amigo, pegando seu horário das aulas.
  - Olá, sou . - se virou, estava com uma camiseta branca lisa, uma calça jeans e um tênis de skatista, era bonito, era moreno. Mas nada era mais lindo do que ele. - E esse aqui é o meu amigo . - era o nome dele, ele era simplesmente perfeito.   Aquele rosto, aqueles olhos, o estilo dele, tudo era perfeito, ele usava uma camiseta azul com alguns desenhos, uma bermuda parecida com a do meu irmão e all star branco de couro, estava usando também um Ray Ban no rosto, simplesmente perfeito.
  - Prazer, meu nome é ou , como preferir.
  - Prazer , está na nossa sala também? Estamos nas aulas de história, química, inglês, geografia e matemática. - esperei pegar o horário e peguei o meu.   Eu estava na de história, sociologia, matemática, física e inglês, pegaria eles em apenas três aulas, uma pena.
  - Ah, estou só na de história, matemática e inglês. - fez uma cara de decepcionado e continuava sério com os óculos pretos no rosto, os braços estavam cruzados e ele estava encostado atrás de    na mesa da secretária.
  - Que pena. Bom, pelo menos nós vamos nos ver em três aulas. Temos que ir, nossa aula de química começa daqui a 2 minutos, prazer .
  - Prazer , prazer . - os dois se foram e o que me impressionou foi a frieza de , ele era lindo, mas frio. era o contrário, era bonito e alegre, parecia gente boa. Alguns minutos depois meu irmão chegou com mais um amigo.
  - Hey, , quero te apresentar o . essa é a minha irmã. - aquele dia parecia o melhor da minha vida, o amigo do meu irmão era também muito lindo.
   era , tinha olhos penetrantes, estava com uma calça skinny, um Nike colorido e uma blusa com gola em V amarela escrita He is Gay com uma flecha para a direta.
  - Prazer, , meu nome é , mas prefiro .
  - Prazer, . - cumprimentou com um sorriso. - Você está em que aulas, ? - perguntou indo até a secretária e pedindo os seus horários de aula.
  - Estou na de sociologia, matemática, história, inglês e física.
  - Eu estou na de sociologia, geografia, química, biologia e inglês. Em pelo menos duas a gente se encontra.
  - Verdade. - Olhei no meu relógio e faltava um minuto para começar a minha aula de história, me despedi de e meu irmão e saí correndo até a sala 4 de história. Se eu soubesse teria ficado e trocado todas as minhas aulas.

Capítulo 2

  Acabou não dando muito certo para uma pessoa desastrada como eu, porque eu esbarrei em alguém e os livros caíram todos no chão.
  - Me desculpe! - quando me virei para ver quem era e começar a pegar os livros que havia derrubado, não acreditei, era ele, .
  Ele me olhava de um jeito totalmente indiferente, mas mesmo assim peguei seus livros. O pior depois foi vê-lo entrando na sala 4, a mesma sala que eu estava. Entrei em seguida na sala e fui em direção à professora, lhe entreguei um papelzinho que a secretária havia me dado.
  - Ah, certo? - afirmei com a cabeça. - Bom, bem vinda, pode se sentar aonde quiser.
  Me sentei bem longe dele. Ao final da aula, fui para a minha próxima. Matemática.
  Pelo menos naquela ele não estava. Eu havia reparado, que sempre que eu olhava para ele, encontrava seus olhos nos meus, me encarando de um jeito inexplicavelmente lindo e assustador.
  Parecia que ele se incomodava com a minha presença ali, no mesmo ambiente que ele, como se só existisse nós dois naquela sala e que a minha presença o sufocava. Eu me sentia estranha demais encarando-o, mas eu não conseguia parar de olhar aqueles olhos, eles penetravam a minha mente de tal forma que era como uma hipnose.
  Depois de alguns minutos eu voltava do transe e tentava prestar atenção na aula. Aqueles olhos penetrantes não saíam da minha mente e o resultado foi disso foi que eu não consegui prestar atenção na aula de matemática.
  Quando o sinal tocou indicando que a aula acabara, meu estomago roncou. Saí da sala e fui em busca de alimento. Encontrei meu irmão e pegando hamburgers gigantes, resolvi acompanhá-los.
  - Oi, gente. - eles se viraram.
  - Oi, , como foram as aulas? - perguntou, largando a bandeja no balcão e entregando o dinheiro para a moça do caixa.
  - Bem. , sabe o ?
  - Sim, o que tem ele?
  - Você não disse que ele pegou as mesmas aulas que você?
  - É, na verdade não sei bem o que aconteceu que ele resolveu mudar algumas. Ele não disse por quê. - que ótimo, agora só faltava ele ficar me seguindo. Resolvi esquecer um pouco.
  - E você, ? Como foi?
  - Bem até. Eu, e pegamos quase todas as aulas juntos.
  - Que bom! Mas não vai ficar conversando em todas, depois eu que vou ouvir por você fazer besteiras.
  - Relaxa, , nós cuidamos dele! - apareceu e me deu um beijo na bochecha, não pude deixar de corar um pouco, mas não demonstrei vergonha.
  - Sei... Enfim, vamos comer que eu estou com fome. - peguei meu hambúrguer e fui me sentar com os meninos, logo depois chegou e se sentou ao meu lado. Resolvi falar com ele, já que ele estava praticamente me seguindo.
  - Então, , entrou esse ano na escola? - ta, eu não tinha muito assunto e ele estava conversando com e . Esperei ele me responder, mas ele me ignorou.
  - , da para responder a ? Ou está difícil? - chamou a atenção dele, tinha a impressão que ele gostava de mim.
  - Ah, desculpa , é que o assunto aqui ta ótimo e acabei não ouvindo. O que foi?
  - Ela te perguntou quando você entrou na escola.
  - Há uns dois anos. - ele havia respondido para mim? Ou para ? Não dava para saber, porque ele respondeu como se fosse que havia perguntado.
  Nem olhar para mim, ele olhou. Não dava para entender aquele cara, ele era realmente estranho. Como que ele ficava me encarando o tempo todo e quando eu ia falar com ele, ele simplesmente ignorava a minha existência? Estava começando a achar que era algo da minha cabeça. Comecei a conversar com , ele era realmente legal, havia me contado do seu primeiro dia de aula e que havia entrado com e que os dois desde o primeiro dia são amigos. Depois entrou e ficaram os “três mosqueteiros”.
  Nem vi o tempo passar, só lembro de me levantar e ir para a minha aula de sociologia, quando entrei na sala, mais uma surpresa: estava lá, pelo menos ele não se sentou ao meu lado, sentou-se três cadeiras depois, mesmo assim continuava a me encarar.
  O pior era que eu era fraca, não resistia àqueles olhos, aquele rosto. Tudo nele era perfeitamente proporcional, nada fora do lugar. Conclusão, mais uma aula que eu não prestei atenção.
  Se o objetivo dele era que eu fosse mal nas provas ou não aprender nada, ele estava conseguindo.

  ’s POV

  Aquela menina era incrível. Eu estava apenas conversando com e ela aparece e consegue acabar com a minha razão.   Ainda bem que eu estava de óculos escuros, assim ela não perceberia a minha reação. Eu não escutava nada a minha volta, não falava nada, apenas olhava para ela, aquele rosto, aquele corpo. Já havia visto garotas gostosas, mas aquilo era fora do comum. Sabia que não conseguiria ficar longe dela muito tempo e depois de descobrir que só nos encontraríamos apenas em uma aula, resolvi trocar todas. Depois que saí, foi para a aula dele e eu resolvi ir falar com o diretor, dei uma desculpa qualquer e ao mesmo tempo convincente. Consegui convencê-lo. A primeira aula era história, eu já estava atrasado.
  O pior é que alguém veio correndo em minha direção e se chocou contra meu corpo.
  É, ela estava parada diante de meus pés apenas tentando pegar meus livros, enquanto eu a observava. Lembro apenas que ela falou "Me desculpe.", porém eu não conseguia responder. Perto dela, me faltava tudo; ar, fala, equilíbrio. Como uma menina conseguia fazer aquilo comigo? Entrei na sala e infelizmente ela se sentou longe. Ao menos meu campo de visão era privilegiado. Confesso que fui realmente indiscreto, encarei mesmo.
  O que me deixava mais em transe era quando nossos olhos se encontravam, parecia que o mundo a minha volta tinha acabado e só restava ela e eu, nós não precisávamos de mais nada, apenas um do outro.
  Parecia que faltava um pedaço de mim e quando aqueles olhos me encontravam, eu me sentia inteiro e completo.

Capítulo 3

  's POV

  O dia passou diferente, até poderia dizer que fora monótono. Mas não posso usar essa palavra quando está no mesmo ambiente que eu.

  - Hey, . - eu estava na frente do meu armário pegando meus livros e arrumando na mochila quando apareceu correndo e meio cansado.
  - Hey, , o que foi?
  - Cara, adivinha! O toca bateria.
  - Sério cara? Que legal. - eu, e sempre quisemos ter uma banda, mas faltava justamente um baterista.
  Um dia resolvemos ouvir alguns caras e meu Deus, a minha avó balançando o saco de feijão era melhor que eles.
  Desde então deixamos a ideia de lado.
  - É! Cara, de repente podemos montar a banda de novo. - a ideia de ter uma banda veio na minha cabeça desde que eu era moleque. Assistia a todos os shows do Rolling Stones que passavam na TV e minha mãe e meu pai sempre compraram todos os discos e DVDs. Eles amavam Rolling Stones também e aprendi a gostar com eles. Eles eram mais "hippies" nos anos 70, foram no show em Woodstock e fora assim que eles se conheceram. Então sempre fui muito ligado à música e sempre quis ter uma banda de sucesso.
   e eu pegamos nossas coisas e saímos. Na saída, , e estavam nos esperando.
  - Hey, , fiquei sabendo que você toca bateria. Podia mostrar um dia aí pra gente.
  - É, eu toco. Que tal amanhã vocês depois da escola passarem lá em casa pra me verem tocar? - olhou pra mim com aquele sorriso de orelha a orelha, parecia que a esperança de montar uma banda havia brotado nos olhos dele de novo.
  - Tudo bem para mim. E para vocês, caras?
  - Tudo bem também. - falou e apenas concordou com a cabeça.
  - Ótimo, então a gente se vê amanhã.
  - Até mais , tchau . - eu falei e fui em direção ao meu carro, uma BMW preta.   Ok eu era rico, filinho de papai, tinha até a minha própria casa que dividia com as duas bichas, a casa fora presente do meu pai no meu aniversário de 16 anos. Ninguém sabia que nós três morávamos juntos. A casa era enorme e eu não iria conseguir arrumar tudo, confesso que aqueles gays me fariam companhia. Falei com meu pai e ele falou com os pais deles. No começo não conseguiu morar conosco, pois os pais dele estavam de mudança, mas depois ele fora morar com a gente. Ai que lindo uma suruba. Pelo menos as bichinhas também tinham seus carros. O de era uma caminhonete azul escura, bem estilo dele, ele amava fazer trilhas e o de era um porsche preto. Eu disse para ele comprar um rosa, mas ele achou que ia entregar muito.
  Brincadeira! Os pais de e também eram ricos e eles também eram filinhos de papai, pelo menos não podiam me zoar. Quando entrei no carro liguei o som, estava tocando uma música qualquer que eu nem prestei atenção.
  Coloquei meu Ray Ban no rosto e saí, pelo retrovisor vi que as bichas ainda deviam estar conversando com e .   Chegando em casa, joguei minha mochila e minha blusa em qualquer canto, tirei a bermuda e fiquei só de boxers até entrar no chuveiro. Tomei um banho quente e demorado. Só conseguia pensar no que seria da minha vida agora que estava prestes e entrar na banda, mas isso, claro, se ele tocasse bem.
  Provavelmente as músicas que eu e os caras escrevemos vamos tocar, ou seja ficarei sempre perto dela. Se viesse morar com a gente, eu a veria todos os dias. Não sabei se aguentarei a tentação daquele corpo. Tomado o banho, percebi pelo risinho histérico de e eles já haviam chego. Me enrolei na toalha e desci.
  - Ai que sexy, !
  - Vai se fuder, ! - dei um tapa na cabeça dele. era o que mais me zoava, era um filho da puta. Como se eu tivesse esquecido a vez que ele perdeu a virgindade e gozou antes.
  - Calma, , não fica nervosa. - mostrei o dedo do meio para ele e ele só gargalhou.
  - E ai, o que vocês tanto conversaram com o e a irmã dele?
  - Falando nisso, . Por que você nem falou com a ? - me perguntou.
  Mas que merda! Como eu iria esconder isso à ele? Era meu melhor amigo, não tinha nenhuma desculpa formulada para essa pergunta, deveria ter pensado nisso antes.
  - É que eu não encontrei assunto, . Sei lá, ela me pareceu meio bobinha.
  - BOBINHA? Você viu aquele corpo? Meu Deus, como alguém pode ser tão hot que nem ela? E ela era muito inteligente também, como você achou ela bobinha? - quando falou aquilo que eu percebi que falara merda. Realmente ele tinha razão e não pude deixar de ficar com uma pontada de ciúmes, ele não iria ficar com ela.
  - Eu não prestei muita atenção, foi isso.
  - Ah, então o grande e poderoso está mudando de rumo? - zombou e começou a rir.
  - Não, não, . Não sou que nem você que goza antes. Tenho certeza que vocês devem estar babando por eu estar assim apenas de toalha, então calem a boca. - eu admito, eles podiam ter ficado sem essa, mas eu não podia dormir com aquela do . Então elas por elas, preferi ver a cara de bunda que eles fizeram e comecei a rir. me deu um tapa e eu apenas aumentei o riso, ele sempre ficava sem graça quando eu tocava naquele assunto.
  - Mas então se o tocar bem, com certeza a gente consegue montar a banda. Já temos todas as músicas prontas e seria só mostrarmos para ele. - muda de assunto. Ai. ai, que bicha, não aguenta uma provocação.
  - Verdade! Amanhã a gente vê isso. Agora eu vou pegar uma cerveja.
  - Vou com você, . - me acompanhou enquanto ligava a TV da sala, com certeza quando eu voltasse ele estaria com os sapatos sujos em cima do sofá de couro branco. Abri a geladeira e peguei duas cervejas, entreguei uma a .
  - Hey, , você reparou na sim. Ficou com medo de falar com ela ou achou que era muita areia para o seu caminhãozinho? - já disse como é ruim ter um melhor amigo que te entende desse jeito? Não que eu não gostasse de ter um quase irmão como , mas é que nessas horas ele me entendia perfeitamente e eu não conseguia esconder nada dele.
  - Não, não foi isso não . Ela é até pouca areia... - ok isso era mentira, ela era MUITA areia, mas eu dava conta - Mas eu não sei, não quis falar muito com ela. - percebi que não estava acreditando, mas eu acho que a minha expressão de "da para parar que eu não to afim de falar a verdade porra!" fez ele aceitar, pegar a cerveja e se juntar a na sala me deixando na cozinha sozinho.
  O que aquela menina estava fazendo comigo? Sempre fui muito na minha, não tão grosso como fui com ela. A verdade é que eu tinha medo de encará-la sim, medo de que não conseguisse mais deixar seu rosto e de nunca mais encontrar aqueles olhos de novo. Voltei para sala e e estavam assistindo um jogo qualquer de baseboll na TV. Subi para meu quarto e fui vestir uma roupa, porque mesmo estando na minha casa não é legal você ficar apenas de toalha com mais dois homens dentro da própria. Resolvi dormir um pouco, então coloquei a minha boxer preta, deitei na cama e fechei os olhos.

Capítulo 4

  's POV

  Acordei de manhã cedo com uma puta dor de cabeça, não consegui dormir direito por conta dos malditos sonhos. Olhei no relógio, seis e meia da manhã e a aula só começaria daqui a duas horas. Eu sempre acordava em cima da hora, mas naquela manhã teria mais tempo para o meu banho que normalmente durava 5 minutos e que hoje duraria uma hora. Entrei no chuveiro e deixei a água quente passar pela minha pele fria me fazendo ter calafrios, eu mal tomei banho para dizer a verdade. Fiquei pensando em como seria o dia...
  Vocês devem estar se perguntando se era o motivo do meu mau humor matinal e da minha falta de sono. Eu digo que não - ainda bem - porque seria algo clichê demais. A mais ou menos um ano minha ex-namorada, Jéssica, foi para Londres para fazer intercâmbio, ela e eu havíamos combinado de nunca nos separarmos, mas quando ela chegou em Londres, conheceu um cara e me largou. Depois disso em algumas noites (como essa), eu sonhava com ela e aquilo me atormentava demais, me deixava louco, porque não tinha certeza se havia esquecido ela realmente, eu sou muito idiota. A verdade é que acho que foi por isso que meu pai me deu uma casa, um carro e aceitou que eu morasse com meus amigos, para tentar esquecê-la. Tomado o banho me troquei, coloquei uma roupa qualquer que eu encontrei, uma camiseta gola V branca da Hurley, uma calça jeans skinny preta e meu all star de couro branco, passei apenas a toalha pelos cabelos, não me importando se eles estavam bons ou não e depois desci para preparar o café. Era difícil eu preparar o café, era sempre eu e que acordávamos por último, então era quem fazia e por incrível que pareça, e ainda dormiam. Peguei pó de café no armário, coloquei a água para ferver e preparei uma salada de frutas com suco de laranja.
  Sim, nós também tomávamos café, eu tomava mais que os outros dois, porque eu demorava para acordar e mesmo depois de acordado, parecia que eu estava drogado, então sempre antes de sair tomava uma xícara de café. Assim que o café ficou pronto acordei os caras.
  - Dude, acorda cara. - falei tirando o cobertor de cima de , o quarto dele era um verdadeiro lixo, boxers espalhadas por todos os lados, pôsteres de mulheres peladas na parede, latas de refrigerante e garrafas de cerveja no chão. Ele fez sons que eu não consegui decifrar com a boca e resolvi partir pra ignorância, dei um tapa na cabeça dele mesmo.
  - Caralho! O que é ? Vai se fuder! - ele levantou rapidinho depois do tapa.
  - Bom dia, bela adormecida! Hora de se arrumar, pois eu não tenho o dia inteiro para você não. - saí deixando um cara de boxers vermelhas no quarto. Fui em direção ao quarto de . Ok, se o quarto de era um lixo, não queira saber o que era o de , aquilo realmente era nojento, tinha até pedaços de pizzas que a gente havia comido a mais de um mês em cima do tênis dele.
  - Acorda . - ele não se mexeu, aprendam uma coisa, para você acordar homem, precisa ser um homem, não que eu não seja, mas a minha parte mais educada, não resolve com mamutes, então peguei a pizza em cima do sapato dele e joguei na cara.
  - What the Fuck? o que é isso? Vai se ferrar filho da puta!
  - Você não ama pizza? Acorde com ela também, já que até para andar você precisa dela. Vai logo que eu já fiz o café. - nem vi direito qual era a situação de script>document.write(Zack), porque devia ter bichos andando em cima dele. Depois de alguns minutos, os caras voltaram mais apresentáveis, com uma bermuda xadrez marrom, all star de couro branco - paga pau - e uma blusa preta do Linkin Park. estava com uma camiseta vermelha xadrez de botão, uma calça skinny jeans azul e um Nike velho, verde, marrom e branco. O dia estava ensolarado, então peguei o meu Ray Ban, entrei na BMW e fui para o inferno de todo adolescente.

  's POV

  Depois que e foram embora, eu e meu irmão fomos para casa. Ele como sempre chegou primeiro, quando eu cheguei ele estava já entrando no banho e eu subi para o meu quarto.
  Só tinha eu e ele em casa, meus pais chegariam tarde. Fui tomar o meu banho e pensei em tudo que havia acontecido, nova escola parecia legal, novos amigos, também legais, . Bem parecia uma sina agora, já que ele me seguia até na mente. Depois do banho, arrumei minhas coisas para o dia seguinte, jantei e fui dormir. ficou praticando na bateria para no dia seguinte impressionar os garotos, acho que estava tão cansada que consegui dormir com ele batucando aquela coisa. Sonhei com , ele não parava de me olhar e eu não parava de olhá-lo.
  Acordei cedo, tomei banho, coloquei uma bata branca, uma calça skinny e um all star vermelho, passei uma maquiagem leve e fui para a escola.
  Não costumava tomar café, comia alguma coisa só nos intervalos de aula, não acordei , porque o despertador dele só iria tocar quando estivesse em cima da hora, então para não ouvir sermão da mãe, fui mais cedo mesmo. Quando cheguei, a escola estava praticamente vazia, só se via alguns carros que eu deduzi serem dos professores, já que estavam em vagas específicas e alguns poucos alunos. Entre eles, . Ok eu não iria me desesperar, mas quando eu vi realmente como ele estava, meu coração quase saiu pela boca.
  Ele estava encostado na sua BMW, com o Ray Ban no rosto, aquele cabelo desarrumado, mas do mesmo jeito perfeitamente arrumado e lindo, aquela roupa que caía perfeitamente bem, deixando a mostra um pouco de seus músculos. Era demais para mim. Resolvi ficar dentro do carro, esperando meu irmão, ele chegou uns 10 minutos depois de mim, e . Saí do carro e fui cumprimentá-los.
  - Hey meninos, tudo bom? - eles se viraram e me abriu um sorriso de orelha a orelha.
  - Oi, e ai? Preparada para mais um dia no inferno? - falou em tom de zombaria.
  - Ah, sempre pronta para ter umas aulinhas com o diabo. - os três riram.
  - , estava conversando com eles sobre hoje, você também vai assistir não é? - me perguntou.
  - Claro maninho, moro na mesma casa, dormir é o que eu não vou conseguir fazer então só me resta assistir.
  - Ah até parece que você não gosta dos meus solos de bateria fodas. - ele falou como se fosse o melhor.
  - Eu só não falo para não te magoar.
  - Ok chega, vamos entrar por favor né? - falou puxando eu e meu irmão, continuava encostado no seu carro. Passei por ele e cumprimentei, mas como eu esperava ele apenas me olhou e virou a cara. Fui para a minha primeira aula. estava lá, mas parecia meio apreensivo com alguma coisa.   Depois fui para a minha segunda aula. , e estavam também, conclusão naquela aula eu não prestei atenção em nada, porque ficamos falando de todos os assuntos, menos do relativo a matéria, claro. No intervalo entrei com eles e não sentou ao meu lado como no dia anterior, acabei ficando meio isolada porque eles só falavam da banda que eles pensavam em formar, depois que as aulas acabaram, meu irmão e eu fomos guiando , e para nossa casa, eles disseram que ficava a um quarteirão da deles e fiquei sabendo que moravam juntos. Pelo jeito não era só o meu irmão que era lerdo para se arrumar, ligar o carro e ir até a escola. Ele só era rápido quando algo era novo como o primeiro dia de aula, ou pra voltar para casa. Meu irmão mostrou a casa antes de ir para a garagem.
  - Legal a casa de vocês . - falou olhando tudo ao redor, ele havia tirado o Ray Ban dele e aqueles olhos estavam mais brilhantes do que nunca.
  - Obrigado. Meus pais só chegam daqui a mais ou menos três horas, então da tempo de tocar alguma coisa.
  - No que eles trabalham, ? - perguntou.
  - São advogados.
  - Legal, meu pai é dono de uma empresa de móveis.
  - Bom, podemos tocar ? - perguntou.
  - Claro, vamos lá. - descemos a escada e fomos para a garagem. estava meio nervoso, ele suava um pouco. Sentou-se na banqueta e fez primeiro um solo. Depois pediu para que ele fizesse a batida de uma música do Nirvana que ele provavelmente conhecia bem, em seguida ele pediu uma música do The Who. tocou mesmo sendo difícil e por último tocou uma dos Beatles. Parecia estranho sem guitarra e nem ninguém tocando, só a bateria, mas mesmo assim ele fez.
  - Bom, já estou satisfeito, vocês querem pedir mais alguma coisa para ele? - perguntou se virando para e .
  - Não, só de tocar The Who e Beatles eu fico feliz. - falou.
  - Eu também acho que já esta bom, . - concordou com .
  - acho que você seria perfeito para ser o nosso baterista. - falou, deixando o meu irmão mais feliz do que uma criança quando ganha sorvete de chocolate.
  - É. Eu e concordamos com . , bem vindo a banda. Agora precisamos mesmo ir, já estamos um pouco atrasados, a gente se fala amanhã, ou eu te ligo. - falou se despedindo, junto com e . Depois que eles foram, meu irmão só faltava pular no teto de tanta alegria, ele realmente merecia, ele tocava muito bem. No dia seguinte ele me acordou muito cedo, provavelmente não tinha conseguido dormir, mas me disse que havia sonhado com o nome da banda, All Time Low.

Capítulo 5

  ’s POV

  All Time Low. Talvez eu estivesse diante da banda mais famosa da época ou só uma banda de meninos sonhadores, eu torcia para a primeira opção. O dia seguinte foi bem mais interessante do que a semana inteira.
  Acordei com meu irmão, nos trocamos, tomamos café - o que me surpreendeu -, porque nunca tinha fome de manhã. Mesmo assim fomos no mesmo horário para a escola e mais uma surpresa, meu irmão não pensou que eu estava competindo com ele e resolveu dirigir na velocidade permitida. Quando chegamos na escola, nos esperava na frente do seu carro.
  - Bom dia irmãos metralha. - falou apertando a mão de e me dando um beijo carinhoso na bochecha.
  - Haha engraçadinho você, não é mesmo ? - ele deu uma risadinha.
  - Bom, vim avisar vocês de que quer falar com o e o com você . - Comigo? Por quê comigo? E nossa o queria falar comigo? Que milagre.
  - Ok, aonde eles estão, ? - perguntei, já sentindo meu coração disparar.
  - O está esperando o dentro da escola. O quer que você o encontre atrás do estacionamento. - Ok, se fosse uma conversa qualquer não seria no estacionamento.
  - O que o quer com a minha irmã atrás do estacionamento? Seus ninfomaníacos do caralho. - falou pra me zoar como sempre e parecia ser da mesma laia dele.
  - Vai encontrar os seus machos .
  - Ok Miss estressadinha... Vamos .
  - Até mais . - me mandou uma piscadinha e me mandou uma mensagem labial de "use a camisinha", como eu amava o meu irmão nessas horas. Fui até o estacionamento e ele estava lá e como sempre de tirar o fôlego de tão lindo, com os seu misterioso Ray Ban no rosto.
  - Olá . - ele se virou, sua expressão ainda era séria, estava com os braços cruzados e em nenhum momento pensei que fosse tirar os óculos para que seus olhos me hipnotizassem de novo, pelo menos eu estaria raciocinando.
  - , quanto tempo não é mesmo? - a reação dele depois disso me surpreendeu realmente, ele me imprensou contra a grade do estacionamento em um movimento extremamente rápido.
  - O que está fazendo, ? Me solta! - ele abriu um sorrisinho sarcástico no rosto.
  - Ah deixa eu pensar... Não, sinto muito. - após ele ter dito isso continuei me contorcendo para tentar me livrar daqueles braços, mas ele era realmente forte.
  - Porque tá fazendo isso? Mais ou menos três dias que você não fala comigo. - ele não respondeu nada, só abriu mais seu sorriso e foi aproximando cada vez mais seu rosto do meu. Já conseguia sentir seu hálito quente na minha bochecha, cada vez mais ele aproximava o rosto, a distância entre nós era quase mínima, o hálito dele estava me deixando praticamente intoxicada. Aos poucos fui perdendo a força, fui relaxando, quando ele estava praticamente me mantendo em pé, ele sussurrou no meu ouvido.
  - A minha verdadeira intenção é essa, te deixar assim, molinha. - ele se afastou de mim, sua expressão séria havia voltado e ele se dirigiu para a entrada da escola, me deixando ali, completamente intoxicada, confusa, todos os sentimentos misturados em uma cabeça que estava quase explodindo. Fiquei com vontade de voltar para casa, porque depois daquilo, não conseguiria nem respirar direito, o que dirá prestar atenção em alguma coisa. O que ele estava pensando? Estava drogado? Bêbado? Só podia, não era normal aquilo.   Não vou negar, foi uma das melhores sensações que eu já havia sentido, aquele hálito sabor de canela com menta, totalmente gostoso e intoxicante. O perfume era outro ponto fraco meu, eu sempre acabava perdendo tudo, por um simples perfume e aquele perfume era totalmente viciante, eu estava quase desmaiando. Não sentia ainda minhas pernas, minhas mãos estavam geladas e meus dedos tremiam. Após alguns minutos, consegui me recuperar e consegui fazer com que minhas pernas respondessem aos meus comandos, me dirigindo até a entrada da escola. Acho que devia ter ficado branca de tal forma que a minha cor não voltava, porque muitas pessoas pararam para saber se eu estava bem ou se queria ir pra enfermaria. Olha só o estado que ele havia me deixado. Fui para a minha primeira aula do dia, como eu era uma pessoa super sortuda era uma aula que ele estava, claro. Física, ele havia mudado para ficar comigo também na aula de física, maravilhoso, meu dia estava cada vez melhor. Consegui por incrível que pareça prestar atenção na aula e o mais impressionante, entender a matéria. Olhei apenas duas vezes para que estava exatamente ao meu lado. Sim, ele sentou ao meu lado e estava tão concentrado quanto eu, nem sabia se havia notado a minha presença. Segunda aula, biologia.
  - Bom dia alunos! Hoje nós vamos nos dividir em duplas para visualizarmos platelmintos e nematelmintos, como sei que sempre os alunos pegam os melhores amigos para fazer dupla e a única coisa que não fazem é o que foi pedido pelo humilde professor, eu vou dividir as duplas hoje. - que maravilha, se eu caísse com ele eu me matava de verdade.
  -Senhorita Bianca, com o senhor Bruno. Senhorita Rita com o senhor Thiago. Senhorita Maria Paula com o senhor . Senhorita com o senhor Paul, bom trabalho para todos. Quero que anotem as semelhanças e as diferenças dos dois que vocês vão enxergar no microscópio que eu irei dar a vocês. - pelo menos isso, eu não iria cair com ele. Paul era muito legal, ele e eu nos demos muito bem, conseguimos terminar o trabalho rápido e ficamos conversando por mais ou menos 15 minutos. De vez em quando eu dava algumas olhadinhas para ele e via que ele e aquela menina, Maria Paula, se davam muito bem juntos. Pelo menos ele era mais comunicativo com ela. Ao final da aula já havia ganhado mais um amigo, Paul adorava Guns  - como eu -, gostava de tocar piano e teclado. É, eu tinha sina com músicos. Não pude deixar de reparar que ele também era muito bonito. Tinha olhos azuis, cabelo loiro curto espetado, era magro e andava como uma lombriga (n/a:créditos para a minha amiguinha @xCah que vocês devem conhecer bem. hahahah). Depois do final da aula de biologia meu estomago estava roncando, mas antes de sair da sala percebi que já havia saído e havia deixado Maria Paula na bancada sozinha arrumando as coisas, que cavalheiro. Saí e fui em direção ao refeitório.
  Se eu soubesse que não iria comer teria levado lanche de casa.

Capítulo 6

’s POV

Sai no corredor como qualquer pessoa normal, mas logo senti alguém me puxando na direção oposta que eu ia.
  - ! O que está fazendo? Já não bastou o que você me fez hoje? - estava de costas e me puxava com muita força, parecia estar muito nervoso, mas eu não me importava.
  - Fique quieta . - ele disse entre dentes.
  - Qual é o seu problema, ? Será que da para me soltar ou tá difícil?
  - Está muito difícil, . Sinto muito. - ele continuou me puxando. As pessoas me olhavam estranho - graças ao , claro -, enquanto ele me puxava pelo corredor, como se eu fosse sua cachorrinha. Quem ele pensava que era? Eu tentava me soltar, mas se nem de manhã eu havia conseguido, agora é que não iria conseguir, porque ele me puxava com mais força do que quando ele me prensou na grade do estacionamento. Após alguns minutos desisti de lutar e deixei que ele me guiasse, aos poucos ele foi afrouxando o aperto e sua expressão se suavizou um pouco.
  - Me desculpe por hoje de manhã, ... Vou explicar tudo para você quando chegarmos, ou melhor eu vou mostrar. - Ok agora eu estava com medo, mas mesmo assim eu continuei. Mais alguns minutos e ele me enfiou em um corredor onde havia uma portinha minúscula, ele a abriu e nós entramos, em seguida ele fechou a porta atrás de nós. A sala era clara, era vazia, só havia um palco pequeno e duas janelas enormes, provavelmente deveria ser a sala do teatro.
  - Ok , o que você... - ele não me deixou terminar a frase, ele simplesmente segurou o meu rosto com as mãos, seus olhos estavam mais brilhantes que antes, trocamos olhares por um segundo e depois ele me beijou. Como posso descrever o beijo? Não resisti, porque no fundo estava adorando tudo aquilo e eu queria aquilo tanto quanto ele, no começo o beijo foi meio desesperado, sua língua pediu passagem por entre meus lábios e eu dei, ela se movimentava com a minha em sintonia. Com um pouco até de desespero, eu agarrei seus cabelos e comecei a brincar com os fios, isso foi acalmando , depois o beijo foi se suavizando e no final éramos dois apaixonados que haviam se conhecido a três dias, trancados em uma sala de teatro em um corredorzinho que mal dava para passar duas pessoas e que, estavam perdendo o intervalo. O beijo de me alucinou completamente, era completamente alucinante ficar perto dele, sentir o cheiro do seu perfume e o gosto do seu hálito. Após alguns minutos, ele finalmente desgrudou seus lábios dos meus, eu não conseguia me mover. Ficamos em silêncio por mais alguns minutos.
  - O-o que foi is-isso, ? - ele suspirou e se sentou na beirada do pequeno palco.
  - Eu-eu não sei . Me desculpe, mas eu não consegui me controlar, desde ontem... Na verdade desde o seu primeiro dia, você não tem idéia da força que eu estava fazendo para não te agarrar naquela aula de história, na sua primeira aula. Que dirá no intervalo que você se sentou ao meu lado.
  - Mas eu não entendo . Você nem falava comigo. - ele colocou as mãos na cabeça e eu me sentei ao lado dele.
  - É, eu sei. É que quando você chegava perto de mim eu ficava hipnotizado e me esquecia de como falar, eu quase te beijei hoje, mas eu consegui aguentar até agora, depois daquilo não deu mais. - Ok, ele podia ser estranho, mas eu não ia resistir a ele ao ponto de sair e não querer mais vê-lo ou dar um tapa na cara dele e xingá-lo de filho da puta, porque aquilo era a coisa mais fofa que eu já havia ouvido.
  - Vou confessar que esses seus olhos também não saíam do meu pensamento, desde a primeira vez que te vi. - ele se virou, acariciou meu rosto e encostou seus lábios novamente nos meus, dessa vez foi apenas um selinho rápido.
  - O que você fez comigo garota? Como posso ter me apaixonado por alguém que eu vejo a apenas três dias? - ele sorriu para mim e eu não pude deixar de sorrir para ele também, um sorriso envergonhado.
  - Te faço a mesma pergunta, . Como posso ter me apaixonado por você a apenas três dias? - o sorriso dele aumentou e ele me beijou mais uma vez, dessa vez o beijo foi longo. Eu não conseguia entender, como alguém podia estar em tão sintonia comigo? Nossas línguas se movimentavam em uma sintonia totalmente perfeita, parecia que ele me completava, ele era a metade que estava faltando em mim. Nosso beijo foi interrompido pelo sinal de fim de intervalo.
  - Temos que ir, . - disse não querendo deixá-lo.
  - Tem certeza? Depois eu te explico a matéria se for preciso. - ele disse com voz de criança pedindo um pirulito para a mãe.
  - Nossa, então estou na frente de um gênio não é mesmo? Você sabe a matéria ? - brinquei e ele riu, aquele sorriso dele dava vontade de desmaiar, ele ficava mais do que lindo com aquele sorriso.
  - Ah, tenho minhas fontes, mas se você não quiser, não precisa ir. - eu pensei, se eu for, vou me arrepender, se eu não for também vou me arrepender, qual arrependimento valia a pena ter? Com certeza o arrependimento de ter ficado e perdido as outras aulas. Ah qual é, só um dia não ia me matar.
  - Ok, eu fico. Se você me disser o que vai acontecer conosco depois que sairmos daqui. - o sorriso de desapareceu de seu rosto por um momento, o que me fez ficar um pouco triste e com raiva de mim mesma por ter feito aquele sorriso irresistível sair de seu rosto.
  - Não podemos dizer que estamos namorando assim do nada .
  - É eu sei... E se escondermos deles o que aconteceu, até podermos dizer que estamos namorando? - pensou por um momento, não sei se ele aprovaria, aliás fingir algo era realmente complicado, ainda mais tento que fingir que não aconteceu nada entre nós.
  - Acho que pode dar certo. Pelo menos até eles acreditarem que nós estamos namorando por uma forma normal e não assim, do nada. Se não to ferrado com os caras. - não havia pensado neles, tinha o meu irmão também, se ele descobrisse além de contar para Deus e o mundo iria me zoar pro resto da vida, já que meu irmão é um perfeito chato quando queria.
  - É, meu irmão também não é lá muito compreensivo com essas coisas, ele ia me zoar até o fim da minha vida por isso. - deu uma risada gostosa e seu sorriso irresistível havia voltado para seu rosto.
  - Vai valer a pena , você vai ver, linda. - ele tirou uma mecha do meu cabelo e colocou atrás da minha orelha, em seguida selou nossos lábios novamente. Ficamos lá até o término das aulas, me contou tudo sobre ele, sobre sua família, sobre como ele havia ido morar com Zack e Jack.
  - Ok, já falei demais, sua vez.
  Contei para ele toda a minha história, ele riu de algumas partes e sentiu raiva em outras por não poder estar lá para me dar apoio e eu apenas ria dos comentários que ele fazia.
  - , o que você acha de nós chmarmos o para morar com a gente? - nunca havia pensado em viver sem , sempre fomos grudados, não porque éramos irmãos, mas porque era meu melhor amigo, nossa relação era ótima. E de repente viver fora algum tempo talvez fizesse bem a ele.
  - Olha , eu e meu irmão somos muito amigos, acho que não conseguiria viver sem ele... Acho também que um tempo fora pode fazer bem a ele e vocês não moram tão longe assim da nossa casa.
  - Que bom que não moramos, porque mesmo a gente tendo que esconder dos caras, ainda vou te encontrar algumas vezes para podermos fazer o que fizemos hoje e se sua casa fosse longe iria complicar o meu trabalho. - eu ri. Verdade iria mesmo. O problema era o meu irmão mesmo, como nossa ligação era forte ele provavelmente iria descobrir, mas era só não parecer estranho.
  - Melhor irmos , se não vão nos trancar aqui. - fez cara de malicioso e eu lhe dei um tapa no braço fazendo-o rir.
  - Ok vamos, mas melhor você ir primeiro , depois eu vou.
  - Ok. - ele me deu um último selinho e eu saí com a cabeça a mil por hora.

Capítulo 7

  ’s POV

  Assim que saí, só haviam algumas pessoas andando, fui em direção ao meu armário e deixei minhas coisas, ainda não estava acreditando muito no que havia acontecido, mas teria que fingir que nada havia acontecido. Depois de deixar minhas coisas, encontrei perto do seu armário.
  - Hey , e aí? - ele se virou e sorriu.
  - . Oi, nem te vi hoje, porque não comeu com a gente? - pensa rápido , pensa rápido.
  - Ah, tinha um trabalho para fazer e não estava com fome. - ele deu de ombros.
  - Bom, também disse que tinha trabalho, ele estava na sua sala não estava?
  - Sim, estava. Deve ter ido fazer o trabalho também. Era de biologia.
  - Entendi, bom queria te dizer que convidei seu irmão para morar conosco, ele disse que ia perguntar para os seus pais, mais que adoraria morar com a gente, já que vai fazer parte da banda.
  - Vocês moram juntos? - Ok, tinha que me fazer de desentendida e o resultado foi que me contou a mesma história que havia me contado, só que havia me dito também que seus pais haviam se separado um pouco antes e que por isso foi mais fácil ele morar com e depois , seu pai trabalhava com uma empresa de tecidos e trabalhava na França.
  - Nossa que legal! Acho que vai ser bom pro também morar com vocês para sair um pouco do nosso convívio familiar e viver a vida dele por um tempo, vai fazer bem pra ele. - sorriu, pareceu gostar da minha resposta, acho que ele estava receoso quanto a minha opinião.
  - Que bom que você concorda ! Só não te chamo também porque quatro homens e uma mulher não rola. - ele riu e eu também. Depois saímos e entrou na sua caminhonete e eu no meu New Beatle, mas antes de sair gritei da janela.
  - , cadê o meu irmão? - ele gritou de volta
  - Já foi, até mais gata. - e foi embora.
  De longe vi descendo as escadas até o estacionamento com o seu Ray Ban no rosto, concentra se não você não chega viva em casa e a batida você nem vai poder alegar que bebeu demais e não percebeu. Quando cheguei em casa meu irmão estava no banho cantando Beatles, muito mal por sinal, achava que ele deveria ficar só com a bateria. Subi para meu quarto e tranquei a porta. Estava com tantas coisas na cabeça, tantos acontecimentos em um dia só. Acabei fechando os olhos e cochilei, acordei com minha mãe.
  - ? Filha? - devagar minha visão que estava turva foi voltando ao normal.
  - Mãe? O que houve? - minha mãe estava com cara de preocupada, ainda estava com a roupa do trabalho e a pasta na mão.
  - Filha, você não acordava. - espera, como não acordava?
  - Como assim mãe?
  - Seu irmão falou que te chamou e você não respondia. - pelo que eu conhecia , ele devia ter gritado do banheiro   , eu obviamente não ouvi e falou para a minha mãe que eu não respondia. - Desce para jantar e toma um banho filha.
  - Ok, já estou indo, o papai já chegou? - ela abriu um pequeno sorriso.
  - Sim, ele esta tomando banho, mas já vai descer também. - após tomar meu banho coloquei minha camisola de seda preta, um roupão branco e as minhas pantufas de all star. Quando eu desci meu irmão e meu pai já estavam me esperando.
  - Boa noite filha, como foi na escola? - meu pai me perguntou colocando um prato na minha frente e um copo.
  - Bem e o trabalho?
  - Bem também, porém cansativo como sempre.
  Depois de algum tempo minha mãe desceu, nós começamos a comer uma macarronada feita pelo meu irmão, além de tocar bateria meu irmão também cozinhava muito bem, após começarmos a comer, meu irmão começou a falar o que havia proposto para ele. No começo meus pais não gostaram da ideia, então eu resolvi ajudar meu irmão e com sorte consegui convencer meus pais. Ele iria morar lá por uns tempos e se as notas dele caíssem, se ele se metesse em encrenca ou com drogas e o diabo a quatro, voltava no mesmo pé que entrou.
  No dia seguinte meus pais ligaram para os pais dos outros três e perguntaram como que seria isso, só depois de falar com eles, eles se convenceram de verdade. A escola no dia seguinte foi a mesma, eu e trocamos alguns bilhetes, mas nada que deixasse alguém desconfiado e ele começou a conversar comigo para também não ficar tão estranho, no fnal do dia me convidou para no sábado irmos a uma balada que ficava perto da casa deles. Quando voltei para casa, me ligou e ficamos um tempão no telefone, ele havia dito que e haviam saído e voltariam só de madrugada, então curtimos um pouco o momento, acabou que conversamos até cinco e meia da manhã no telefone e e ainda não haviam voltado, ou seja não dormiriam mais em casa, me deu vontade de dar uma escapada para a casa deles, mas não dava. Fui dormir exausta, acordei  três da tarde, meu irmão estava de saída com as coisas dele para a casa dos meninos, era feriado então dava para arrumar tudo direito. Resolvi não ficar sem fazer nada feito uma boba em casa e fui para uma biblioteca perto de casa. Outra coisa que eu amava fazer era ler, eu tinha quase todas as coleções de quase todos os livros de romance, suspense e policial. Um dos meus preferidos era Sherlock Holmes, a biblioteca ficava a duas quadras da minha casa, passei por uma loja de roupas onde tinha um vestido lindo, eu não tinha vestidos bons para ir a uma balada nos Estados Unidos, então resolvi entrar e dar uma olhada e a atendente era a minha conhecida da aula de biologia, . Conversamos tanto que até havia esquecido que iria na biblioteca, ela era realmente legal, nos tornamos muito amigas e fomos tomar um café em uma Starbucks do outro lado da rua quando o o expediente dela acabou. E sim, comprei o vestido, junto com mais duas blusas e uma calça jeans skinny. Voltei para casa já era noite, foi estranho ficar sozinha em casa, sem meu irmão, tomei um banho bem demorado na banheira e a imagem que veio na minha mente foi e eu na sala de teatro, depois do banho deitei na cama e desmaiei.

’s POV

  Não sei o que havia me dado aquele dia, só sei que havia feito exatamente o que eu não queria fazer, que era demonstrar para ela o que eu sentia. Não naquele momento, mas não teve jeito. Acho que foi a melhor coisa que eu fiz, quando prensei ela naquela grade, ver ela ali, nos meus braços, foi exatamente o que eu queria ver, ela ali comigo, não com ela se debatendo, por isso deixei ela fraca, mole, eu vi que eu era correspondido e como não sou estúpido nem nada, parti para cima e felizmente ela me correspondeu. O problema era que eu não podia vê-la muito, porque estávamos esperando a hora certa de falar com os caras sobre o nosso relacionamento, mesmo não conhecendo a menina, sabia que ela havia nascido para mim. Os outros dias foram corridos, conversei com ela no dia seguinte porque e não dormiram em casa então pude conversar com ela e no outro dia outro bicha se juntou a suruba. veio morar conosco e eu e os caras ajudamos ele a se instalar, estava ansioso para o fim de semana, iríamos sair, poderíamos falar que ficamos na festa e estaria tudo acabado, já poderíamos namorar a vontade certo? Errado, porque não foi isso que aconteceu.
  - Acorda , vai logo cara. - me chacoalhava e arrancou o cobertor de cima de mim.
  - vai se ferrar e me deixa dormir.
  - Quer perder as gatas hoje? Então ta. - cinco minutos depois vem os três filhos da puta e pulam em cima de mim.
  - CARALHO!!! Vão se ferrar suas bichas, já levantei porra. - amizade é algo totalmente interessante, um dia você quer que seus amigos se saíam bem, na outra você quer que eles se ferrem.
  - Que bom, vai tomar banho que você ta fedendo. A gente sai daqui duas horas. falou que vamos passar na casa da para pegar ela, então fique pelo menos descente dessa vez . - disse. Opa, iríamos passar na casa dela? Já tinha levantado e já estava me dirigindo ao chuveiro, enquanto eles saíam, mas faltava uma coisinha.
  - ? - ele se virou.
  - O quê?
  - Sabe porque aqui fede? Porque você chegou com esse seu gambá no meio das pernas. - ele me mostrou o dedo do meio e saiu enquanto eu ria. Sempre chega a hora da vingança, eu não deixava nada barato. Tomei banho, coloquei uma camisa pólo azul escura, uma calça jeans e um tênis de skatista branco, passei meu perfume de sempre e não penteei meu cabelo, ela iria fazer isso por mim. Depois desci, os caras já estavam me esperando na porta.
  - Graças a Deus a noiva desceu, cadê o buquê? - falou
  - Eu perdi no seu rabo, assim que você gozou com ele. - já falei que sou muito educado? Bom eu sou. e riram e só mostrou o dedo do meio e mandou um "filho da puta" - Eu vou com o meu carro, se quiserem eu pego ela.
  - Tem certeza ? - perguntou.
  - Tenho, podem ir, eu pego a sua irmã.
  - Ok, vamos no carro do então. - depois que eles foram, peguei a chave da BMW, liguei o rádio e me mandei. Após alguns minutos eu estava parado frente a porta da casa dela, apertei a campainha e esperei, alguns segundos depois ela atendeu e tive que segurar meu queixo para ele não cair, ela estava muito Sexy, eu ia ter que me controlar muito.
  - , que surpresa! Cadê os outros? - não conseguia tirar os olhos do decote dela, ela estava com um vestido preto acima do joelho tomara que caia simples, um sapato vermelho de salto e com cabelos soltos.
  - Eles, já foram... Eu que vim pegar você.
  - Então não tem ninguém?
  - Não. - ela abriu um sorriso e se jogou em mim, eu a agarrei e lhe dei um beijo.   Eu era o cara mais sortudo do mundo. O beijo foi se intensificando e ela resolveu parar.
  - Calma . Vamos com calma, ok? - ela e eu estávamos ofegante demais.
  - Ok, me desculpe, eu que eu não me contive com isso, . Você quer me matar porra? - ela mordeu o lábio fazendo a cara mais sexy que eu já havia visto. Antes que eu me descontrolasse de novo, falei. - Vamos, desse jeito a nossa balada vai ser aqui mesmo. - ela deu uma risadinha e logo depois estávamos dentro do carro.

Capítulo 8

  ’s POV

  Expliquei para ela no caminho da balada sobre o meu plano infalível.
  - Tem certeza ? - ela parecia um pouco apreensiva, nunca havia visto menina nenhuma comigo apreensiva, eu era seguro e para elas era isso que importava.
  - Claro , a gente fica na balada e pronto, poderemos namorar a vontade, confie no gostoso aqui. - ela me deu um tapa no braço.
  - Convencido. - ela fez bico só para me provocar, como ela conseguia ficar mais hot? Caralho, ela me deixava louco.
  - Não faz esse bico se não nós iremos bater porque eu vou perder a concentração na rua e vou prestar atenção em outras coisas. - ela apenas riu e abriu um sorriso mais do que sexy. Oh God, esperava aguentar até a balada. Após ficarmos em silêncio eu resolvi ligar o rádio, estava passando uma música qualquer e eu e nos distraímos com ela até chegarmos a balada, que não era tão longe assim da casa dela. Quando chegamos os guys já estavam lá dentro. e vieram nos receber.
  - Maninha! - gritou para a irmã e correu e abraçou ele.
  - Maninho mais gostoso do mundo, se comportou bem na casa dos meninos? - abriu um sorriso malicioso e me segurei para não rir.
  - Nem te conto o que fizemos. - mostrou língua e ele apenas riu e a abraçou de novo.
  - E eu gata? Nem oi mais, é? - se pronunciou deixando sua garrafa de cerveja com . - Espera aí? Ele havia chamado ela de quê? Ele ia se ver comigo depois. Ok, sou meio ciumento.
  - Oi lindo do meu coração. - abriu um sorriso quando o abraçou.
  - Oi linda, vamos lá dar um oi para o se ele não estiver quase comendo alguém no banheiro ou em algum cantinho escuro. - apenas riu e eu estava sério. O quê? Cara, o pior é que eu não poderia fazer nada, ainda. Fomos para uma mesa onde só estavam dois copos, ou seja estava mesmo comendo alguém, nenhuma novidade, em toda balada ele tinha que sair por conta de casinhos com putas de uma noite. Eu sentei ao lado de e eu e ela começamos a conversar enquanto foi pegar outra cerveja. Sim até o caminho da porta de volta para a mesa ele havia bebido uma garrafa, ta meia garrafa de cerveja.
  - Quando nós ficamos? - ela me perguntou, deu vontade de falar que por mim pode ser agora.
  - Vamos esperar passar uma música mais lenta e melosa, toma alguns drinques primeiro gata.
  - Ok, vou lá pegar algum. Já volto. - ela levantou e antes de ir, olhou para os lados para ver se não tinha ninguém e me beijou. Ok, eu quase não parei, mas ela abriu um sorriso e se afastou, ela agora havia me provocado. Depois de uns minutos vendo algumas putas passarem e praticamente me chamarem para irmos a algum lugar mais reservado, para eu saciar minhas necessidades masculinas, eu resolvi ir me juntar com e que ainda não haviam voltado. Se eu soubesse preferiria não ter ido. Quando cheguei lá, e estavam no maior amasso. Sim, eles estavam se beijando, quase se comendo e eu lá na frente dela, vadia. Simplesmente voltei para a mesa e fingi que nada havia acontecido, se vocês estão pensando que amo um chifre bem dado, estão enganados. Quando eles voltaram, nem deram sinal de que tinha acontecido algo.
  - Hey dude, vai pegar uma cerveja. - me falou com a maior cara de pau, filho da puta, o pior é que eu não podia fazer nada a respeito, não éramos "namorados" para eles. MERDA.
  - É eu acho que eu vou sim, quer vir comigo? - eu não podia fazer nada com , mas com ela eu poderia.
  - Claro , já venho .
  - Vão lá, eu vou ver se pego algumas gatas. - ok, eu estava mais puto ainda, ele tinha ficado com a minha namorada como se fosse apenas uma puta qualquer que da o rabo para qualquer um. Ela ia me pagar por isso. Andei na frente, torcendo para a primeira puta que aparecesse, sentia a respiração de atrás de mim, ela não falou nada, ela sabia que tinha feito merda e que merda. Por sorte uma vadia chegou e veio se esfregar em mim.
  - E aí gato? - ela disse. Mais puta não podia ser, shortinho que não cobria a metade da bunda, um decote até o umbigo, barriga com um piercing à mostra e um salto do tamanho do mundo, era essa mesmo.
  - Fala gata, ta afim? - senti , que ainda estava atrás de mim, contrair o corpo. Eu não queria, mas ela havia pedido. A mulher não esperou duas vezes, chegou mais perto de mim e eu apenas puxei sua bunda para mais perto, colei meus lábio com os dela e só deu tempo de ver passando pisando forte até o bar, depois que ela estava fora de vista eu larguei a menina e ela apenas foi embora me dando uma piscadinha, de quem queria que eu a acompanhasse para a segunda fase, mas era só daquilo que eu precisava. Ninguém me chifrava e ficava em pune assim.

  ’s POV

  Fui acompanhar até o bar, quando cheguei lá o bartender me perguntou o que eu gostaria.
  - Uma espanhola, por favor.
  - Outra cerveja, amigo. - pediu.
  - , você está linda mesmo. - não pude deixar de corar.
  - Obrigada, você também está. - e eu não estava mentindo, ele estava maravilhoso. O bartender entregou as bebidas e eu dei um gole na minha espanhola. foi se aproximando com um sorriso no rosto.
  - E aí, ta gostando daqui da cidade, não é?
  - Sim, ainda mais com vocês como amigos. - ele se aproximou mais, até que a distância entre nós era mínima. Já estava entendendo onde ele queria chegar.
  - Que tal tentarmos algo a mais que a amizade? Eu realmente acho você linda, gata.
  - Olha, , eu... - não consegui terminar a frase. me beijou e eu não resisti, ele era realmente gostoso também, mas por um momento a imagem de veio em minha mente, não, eu não podia. Me afastei de .
  - Sinto muito, , mas eu não posso. Será que podemos esperar um pouco? - eu tinha que parecer que não estava comprometida, a única desculpa que veio na minha mente foi aquela.
  - Ok, não vou apressar nada . Bom, vamos voltar então lá para a mesa, deve estar sozinho. Quando voltamos ainda estava sentado, só que sua expressão era mais fria.
  - Hey dude, vai pegar uma cerveja. - disse a .
  - É acho que vou sim. , quer vir comigo?
  - Claro, , já venho, .
  - Vão lá, eu vou ver se pego algumas gatas. - fomos e ficou na minha frente, ele parecia nervoso, por um momento me veio a ideia de ter me visto com . Se sim ele deveria ter visto eu me afastando dele... Não deveria? A única coisa que lembro foi de ver com uma menina qualquer, eles estavam se agarrando na minha frente, maldito. Fui para o bar com tanta raiva que pedi uma garrafa de vodka. O bartender me trouxe e eu virei mesmo, depois voltei para a mesa e encontrei além de e , meu irmão.
  - , o que é isso? Você sabe que não pode beber demais. - era verdade, mas para não me jogar na mesa e chorar e eu apenas sorri.
  - É só uma garrafa , não vai fazer mal. - eu sempre convencia meu irmão com meu sorriso e tive apoio de .
  - Deixa ela dude, ela não vai voltar dirigindo.
  - Ok. - deu de ombros. Passou uma menina bonita que piscou para ele e foi para a pista de dança.
  - Gente desculpa, mas eu vou lá. - depois levantou e começou a caminhar em direção a pista de dança e adivinhem? Pegou mais uma biscate filha da puta e eu apenas virei mais a garrafa de vodka. Resolvi então partir para outra.
  - , pensei e acho que também gosto de você, você ainda quer tentar? - se virou com um sorriso de orelha a orelha.
  - Claro, gata. - ele aproximou seu rosto do meu e nossos lábios se encontraram, eu tinha a mesma sintonia com ele do que com ,  mas não sentia o mesmo. Mesmo assim sabia que sentia algo por ele. Depois de alguns minutos nos beijando ele separou nossos lábios. - Que tal dançarmos um pouco?
  - Claro, por que não? - ele levantou e me estendeu a mão, depois fomos para a pista de dança, consegui ficar no campo de visão de e beijei novamente.

Capítulo 9

  ’s POV

  Não sei bem o que aconteceu depois daquela dança, só lembro de alguns flashes que passam na minha cabeça, só lembro que me levou para o bar várias e varias vezes, nós bebemos de tudo, não sentia mais a minha cabeça, estava tudo maravilhoso pra mim.
  - Ei gata, vamos sair daqui. Eu estou com o carro, posso te levar. - me disse virando a lata de cerveja na boca, ele estava completamente bêbado.
  - Você está bem para dirigir, ? - ele deu risada e colocou sua mão em volta das minhas costas, me puxando para si.
  - Vou te mostrar se estou bem ou não. - ele me agarrou e colou nossos lábios com uma certa urgência, nossas línguas faziam movimentos rápidos. Quando eu descolei nossos lábios por falta de fôlego, reparei pelo canto do meu olho que nos observava, a expressão dele era rígida, seus olhos me fuzilavam, senti uma lágrima se formar no canto dos meus olhos, mas a segurei rapidamente.
  - Ok, vamos. Eu preciso ir para casa mesmo, você pode me levar?
  - Claro gata, vamos. - apalpou os bolsos e tirou a chave do carro. Saímos do bar e percebi que nos seguiu com o seu olhar. O carro de estava na calçada, provavelmente os outros voltariam com . Entramos no carro e seguiu até a minha casa, antes de sair do carro, procurei os lábios de . Não sabia explicar, mas quando os lábios de encontravam os meus, eu sentia um certo conforto, o beijo foi se intensificando e reparei em uma certa protuberância nas calças de e não pude deixar de corar.
  - Desculpe. Acho que me empolguei, .
  - Que isso , não tem problema, mas se quiser pode ir lá para casa. - ok ele podia ser fofo, mas de bobo não tinha absolutamente nada.
  - Acho melhor não . Vou ficar aqui mesmo, mas mesmo assim obrigada pela carona. - notei uma certa decepção na feição dele, mas mesmo assim dei um selinho rápido nele e sai do carro.
  Alguns segundos depois já estava dando a partida e seguindo em direção a casa dele e eu estava completamente alucinada com o que havia acontecido. Um flashback veio na minha cabeça assim que me deitei na cama, já havia tomado um banho quente e estava exausta. Em um momento eu e éramos namorados, em menos de quatro horas já estava com , o melhor amigo de . Aquilo não estava nos meus planos, era mais para uma vingança mesmo por ele ter ficado com uma qualquer na minha frente, mas eu estava começando a gostar de . Ele era bom para mim tanto quanto . No dia seguinte era domingo, quando eu acordei minha cabeça doía um pouco, olhei no relógio e já marcava duas e meia da tarde. Havia dormido mais do que o normal, meus pais deveriam estar em casa ou fazendo alguma outra coisa. Tomei um outro banho - dessa vez foi rápido -, fiz um coque no meu cabelo, coloquei um shorts branco e uma camiseta vermelha com bexigas e desci a escada. Não vi ninguém, então entendi que meus pais deveriam ter saído, eu estava sozinha em casa, então peguei cereal no armário, coloquei em uma tigela com leite e fui assistir TV. Assisti a sessão de desenhos de domingo e uma hora depois meu celular começa a tocar, olhei no visor, era .
  - Alô?
  - , tudo bem gata?
  - Oi , tudo ótimo.
  - Então , a gente está ensaiando e o seu irmão não para de encher o saco aqui para ligarmos para você vir ouvir ele tocar. - abri um sorriso involuntário, não podia deixar de amar .
  - Claro, chego aí em 20 minutos. Ok?
  - Ok, depois se quiser a gente pode sair e comer alguma coisa, o que acha?
  - Acho ótimo , até daqui a pouco.
  - Beijos, gata. - e desligou o telefone.
  Coloquei uma roupa simples, uma calça jeans normal, uma bota de cano baixo preta de couro e uma blusa de manga curta simples marrom, soltei meu cabelo, passei uma maquiagem rápida e peguei a chave do meu New Beatle. Quando eu cheguei na casa de , eles estavam na garagem tocando, entrei pelo portão do jardim.
  - ! - foi o primeiro a correr para me abraçar. Como ele era fofo e gay perto de mim.
  - Maninho, que saudade de você seu chato. - ele me deu um beijo na bochecha e depois fui cumprimentar os outros.
  - , gato! Vem aqui. - ele me deu um abraço apertado.
  - , gata! - pude ver e enrijecerem.
  - ! - veio e colou nossos lábios.
  - Olha pessoal, o novo casal maravilha do grupo. Se deu bem . - falou rindo e    mandou um olhar de fuzilamento para ele. Depois foi a vez de .
  - Oi, . - dei um beijo na bochecha dele e ele nem se moveu, apenas mandou um "oi, " entre os dentes. Após alguns minutos eles recomeçaram o ensaio.
  Sentei em um banquinho de madeira na frente da garagem, eles eram bons, a música era contagiante, daquelas que fica na cabeça. Após algum tempo, pude perceber que me encarava o tempo todo, ele estava insuportavelmente lindo aquele dia, ele sempre fora lindo, mas naquele dia quase não aguentei. O cabelo estava despenteado daquele jeito lindo que só ele sabia fazer, estava com uma blusa branca de manga comprida e por cima uma verde da Hurley de manga curta, fazendo uma composição de verde com branco, estava com uma bermuda jeans e um Nike colorido. Estava um pouco frio aquele dia, minhas mãos estavam um pouco frias. Após eles tocarem mais ou menos 5 músicas, eles pararam e me chamou para caminhar com ele, sua expressão era um pouco séria.
  - O que houve ? Por que você esta com essa cara? - ele estava com as mãos nos bolsos da calça skinny e andava com a cabeça um pouco baixa.
  - eu preciso te dizer uma coisa... Minha mãe me ligou hoje, lembra que eu te falei que eles eram separados e meu pai tinha uma empresa?
  - Sim, lembro.
  - Bem, minha mãe disse que meu pai morreu ontem de manhã, estava com pneumonia e não resistiu. - uma lágrima escapou de seus olhos.
  - Sinto muito, . - abracei-o fortemente e ele retribuiu, ficamos alguns minutos ali parados, sem nos atrever a falar nada. Depois ele continuou a falar.
  - Ele deixou a empresa para os filhos, eu sou o único filho e como já sou maior de idade eu preciso assumir a empresa o mais rápido possível. - eu estava um pouco perplexa, o sonho de era tocar e agora ele iria jogar tudo fora para continuar com a empresa do pai?
  - Mas e a escola, ? E aqui? Os seus amigos? - mais uma lágrima escapou dos olhos dele.
  - Bem, quanto a escola eu continuaria estudando com professores particulares. Quanto aos amigos eu não sei, porque a empresa do meu pai não é aqui, é na França. Eu vou precisar viajar assim que acabar o semestre e... Eu gostaria de saber se você vai comigo, .

Capítulo 10

  ’s POV

  Não consegui responder para se iria ou não, como eu responderia aquilo? Tinha mãe, pai e irmão nos Estados Unidos, eu havia acabado de me mudar da Irlanda. Como iria fazer outra mudança e sem minha família? Por que queria ir comigo assim tão rápido para a França? Havia conhecido ele a apenas duas semanas. Aquilo era realmente confuso, muito confuso.
  Após dois dias, minha decisão já estava tomada, eu não teria condições de me mudar de novo e sem minha família. Liguei para e nos encontramos na Starbucks perto de minha casa.
  - , eu sinto muito, mas eu não posso deixar minha família... Acabamos de nos mudar. - manteve uma expressão séria o tempo todo, acho que ele já deveria saber que a minha resposta seria essa.
  - Tudo bem, , eu entendo. Mas me promete que vai me ligar, me mandar e-mails e cartas?
  - Eu prometo, ! Vou te ligar todo dia e mandar todos os cartões possíveis. - ele riu. Sua expressão ainda era séria e agora um pouco triste.
  - Eu não queria ir, , mas é inevitável! Por isso eu lhe digo, sempre estarei esperando por você quando você estiver pronta para se mudar. Qualquer coisa que aconteça me ligue e eu lhe mandarei a passagem, não precisa ter dinheiro, eu providenciarei tudo. - estava mesmo disposto a viver comigo, só faltava me pedir em casamento.
  - Ok, , pode deixar que qualquer coisa eu lhe avisarei se eu mudar de ideia. - me levou para casa e me deu um beijo de despedida.
  - Bom, eu vou pegar o avião amanhã a noite... Me acompanha até o aeroporto?
  - Claro , que horas é o seu voo?
  - Às nove da noite.
  - Pode deixar que eu irei sim. - sai do carro e fui em direção a porta da frente, não sabia ao certo se a minha decisão estava certa ou não, mas não conseguiria ter uma mudança dessas tão rápido. Eu tinha ainda que terminar a escola, certo?
  No dia seguinte, acordei com a campainha da porta.
  - Já vai. - penteei o cabelo de qualquer jeito e escovei rapidamente os dentes. Quando abri a porta estava parado. - o que voc... - não consegui terminar a frase.
   me agarrou e me beijou, sua expressão era realmente de urgência e um pouco de desespero. Sua língua fazia movimentos rápidos e mesmo assim consegui sentir a intensidade de seu beijo. Ele entrou e fechou a porta com o pé, me imprensou na parede. O beijo foi se intensificando e eu senti um volume já no meio das suas pernas. Começamos a ficar sem ar, consegui falar entre dentes
  - A... ali na frente.
   e eu fomos cambaleando para o meu quarto. Quando chegamos ele desprendeu seus lábios dos meus e começou a se despir e eu fiz o mesmo, quando terminei de me despir ele já estava nu e eu posso dizer que a imagem era como uma paisagem, aquele abdômen definido e os seus braços fortes. Antes de me beijar de novo ele parou seus olhar no meu busto e depois me agarrou novamente, me colocando na cama com delicadeza.
  Foi maravilhoso, é o que eu posso dizer. Era virgem, assumo, mas pareceu que ele não ligou muito para isso.
  Ele fez tudo com muita delicadeza e foi muito romântico. Depois tomamos um banho juntos e por fim terminamos na cozinha comendo salgadinhos.
  - , me desculpe por ter feito tudo aquilo daquele jeito... Tão rápido, não consegui controlar. - não pude deixar de corar.
  - Tudo bem, , eu realmente adorei a surpresa. - ele sorriu. Ficamos um tempo deitados no sofá da sala assistindo programas aleatórios na televisão.
  Já estava quase na hora de pegar o avião, então coloquei uma roupa qualquer e ele me esperou na sala.
  - Vamos? Já está quase na hora linda. - eu apareci na sala com uma calça jeans preta, um all star branco, uma blusa de manga comprida lisa branca e um casaco de couro preto. - Está linda como sempre , não queria me despedir de você assim tão cedo.
  - Eu sei , mas não se preocupe, logo nos reencontraremos. - e eu fomos até o meu carro, eu iria levá-lo. Entramos e ele ligou o rádio, uma música calma estava tocando.
  - ... - ele se virou para mim, estava olhando para a janela sem expressão nenhuma no rosto.
  - Sim?
  - O que os meninos falaram quando você contou isso para eles? - suspirou.
  - Bem, na verdade ficaram tristes. Fizemos uma festinha particular ontem de noite e eles me desejaram boa sorte, falaram que quando der irão até a França.
  - Que bom, mas tem certeza de que não da para esperar?
  - Sinto muito, , infelizmente não. - ele se espichou e me deu um selinho, eu queria muito ir com ele agora, mas eu não podia ir assim do nada, teria que esperar um pouco.
  Chegamos no aeroporto em cima da hora e foi direto para a sala de espera do avião. Após alguns minutos, passou por aquela portinha - que dava entrada para um campo imenso onde pousavam aviões a toda hora - e entrou em ônibus indo em direção a um avião médio da Air France. Duas lágrimas escaparam de meus olhos ao vê-lo partir. Assim que ele entrou no avião, comecei a voltar para o estacionamento onde meu carro estava estacionado. Já começava a sentir falta dele.
  Assim que cheguei em casa um cansaço fora do normal tomou conta de meu corpo, me deitei na cama e cai no sono. Sonhei com e , eles estavam brigando por alguém que só assistia a briga sem falar nada, eles se batiam muito. deu um soco na cara de e conseguiu rasgar o supercílio dele. sangrava, mas mesmo assim não parava de chutar e socar , consegui identificar a pessoa que estava apenas observando e, como eu esperava, era eu.
  No dia seguinte fui para a escola sem nenhum ânimo, o dia passou muito lentamente. e me cumprimentaram e me fuzilou com o olhar no estacionamento. Nas aulas em que estava comigo, ele nem se virou para me encarar como sempre fazia, ele sentou-se na frente e não se virou uma vez, na hora do intervalo me sentei com e , não vi em lugar nenhum e eles me disseram que ele havia ido embora.
  - ... E a banda? - não era o mesmo aquele dia, não estava tão brincalhão como antes, nem estava bobo como sempre. Eu sabia o porquê, mas resolvi não falar o nome de .
  - Bem , parece que não quer se desfazer do sonho dele só por causa de . Ele disse que vamos escolher outro para substituir ele e continuar com o sonho.
  - Entendo... Mesmo assim não vai ser a mesma coisa.
  - É, eu sei. Estou sentindo muita falta dele... Ele me disse que estava começando a ter um relacionamento com você e bem agora ele precisou ir e te deixar, ele chorou muito. - abaixei a cabeça e engoli o choro. agora fazia parte da minha vida, mesmo que fosse só por alguns dias.

Capítulo 11

  ’s POV

  Horas se passaram, depois foram dias, depois semanas e eu e não trocávamos mais nenhuma palavra.
  Dessa vez não era porque eu tinha algum complexo porque ela era maravilhosa e sim porque ela era além de maravilhosa, uma puta vadia. Ainda estava sendo babaca, claro, porque eu ainda gostava daquela filha da puta. Não sabia ao certo o que havia me dado no dia em que a conheci, eu era sempre assim fechado, que eu lembre desde que minha irmã morreu eu havia me tornado mais fechado e menos paciente.
  Ela era maravilhosa, o nome dela era Caroline, tinha dois anos a menos que eu, ela estava andando de bicicleta na rua, quando um louco veio e a atropelou, ela ficou um mês em coma, depois os médicos disseram que ela já não iria mais voltar e só estava ligada aos aparelhos.
  O guidão da bicicleta havia perfurado a sua cabeça e causado um trauma cerebral irreparável, meus pais decidiram então a desligar os aparelhos para ela parar de sofrer.
  Quase todos os seus órgão foram aproveitados. Após alguns meses meus pais decidiram me dar aquela casa.
  Havia uma foto minha com minha na minha escrivaninha, quando éramos pequenos.
  Estávamos no parque, ela em cima das minhas costas no estilo cavalinho. Eu a protegia muito, quando ela se foi, pareceu que havia tirado a alegria que havia dentro de mim e levado com ela.
  Quando eu conheci , pareceu que aquela sensação havia voltado. Eu odiava falar de minha irmã, eu não gostava de lembrá-la naquela cama de hospital, sem se mexer, sem sorrir, apenas com os olhos fechados, expressão serena de quem estava em algum sono profundo.
  Mas o que me doía era saber que ela nunca mais acordaria. e sabiam do incidente com Caroline, eles adoravam-na e quando ela morreu eles também sentiram sua perda, também me ajudaram a voltar a viver. Eu havia melhorado muito, havia passado em psicólogos, estava bem daquele jeito.
  Acho que era mais ou menos por isso que eu não quis falar com , ela me lembrava Caroline. Estava decidido a afastar aqueles pensamentos de minha cabeça. Eu não ia morrer por causa de uma garota idiota.
  Em alguns dias consegui outro substituto para , senti a perda dele, mas não pude deixar de ficar feliz por ele ter ido para a França.
  Ok, confesso que ainda estava com um pouco de ciúmes de . No dia do ensaio que ela veio e ficou se agarrando com o , me deu vontade de socar ele até a morte e dizer "Cai fora, ela é minha garota!" Mas eu simplesmente não podia e aquilo me irritava mais ainda, eu não podia ficar com raiva de , porque ele não sabia que eu e estávamos namorando. ARGH!
  O novo membro da turma era um garoto alto, loiro e magro, chamado Chuck. Ele até que era legal, era amigo de e estudava em uma escola perto da nossa. Enfim, as semanas foram passando e nós começamos a levar o trabalho a sério mesmo. continuava a mesma, com expressão serena, mas triste, não saía mais com a gente, só de vez em quando com e e veio visitar o irmão apenas uma vez depois de ter partido para França. Quando soube tratei de sair e ir pegar algumas putas aí. Ok, eu podia ficar triste, mas nunca deixaria de ser homem.
  Saía com algumas meninas, levava-as para a cama e depois acabava.
  Depois de mais ou menos um mês que havia partido e que havíamos achado Chuck, um produtor nos ouviu e resolveu gravar o nosso primeiro CD. Fiquei muito empolgado.
  - O quê? TA ME ZOANDO?? - me olhava com cara de espanto nos olhos.
  - É ISSO MESMO MAN! VAMOS FICAR FAMOSOS ZACK!! - eu disse muito entusiasmado.
  - UHULL!! - gritou quando ouviu. Éramos muito sortudos mesmo. Quando Chuck descobriu também, só faltou chorar, gay. Era a melhor coisa que havia acontecido em minha vida a anos!
  Pelo menos eu iria voltar a ser feliz e realizar meu sonho. Dois dias depois fomos gravar o CD.
  - Ótimo garotos, adorei o trabalho de vocês! De repente podemos passar algumas músicas de vocês para o rádio e depois se o público gostar, vocês começam com aberturas de shows de outras bandas mais famosas. - só faltava gritarmos de alegria, aquilo era simplesmente incrível. - Agora, qual será o nome da banda mesmo? - respondeu de imediato.
  - All Time Low.
  - All time Low. Adorei, nome original, talvez eu esteja na frente de mais uma banda famosa.
  Saímos e fomos comemorar em um pub que havia perto do local.

  - Uma rodada de cerveja para todos, por minha conta! - eu gritei e os meninos vibraram.
  Era motivo mesmo de comemoração, afinal estávamos prestes a realizar um sonho onde metade dele já havíamos realizado. Quando a música começasse a tocar nas rádios, eu passar pelas ruas e ouvir as pessoas comentando das nossas músicas e da banda, aí sim o sonho estaria completo.
  Os guys depois de mais duas rodadas de cerveja, pareciam umas bichas loucas rindo e sonhando com o dia que eles entrariam no palco para um show só nosso e só ter mulheres gostosas esperando por eles depois do show no camarim, pedindo autógrafos para eles no peito delas. Com certeza o álcool já estava fazendo efeito no cérebro deles. Pareciam loucos sonhadores, mas não pude deixar de sonhar um pouco também, se eu fosse famoso, com certeza eu teria todas as garotas que eu quisesse e provavelmente iria se ajoelhar para eu voltar para ela enquanto eu sairia com umas gostosas só para provocá-la.
  Espera, estou pensando nela de novo? AH QUE MERDA! Qual seria a porra da magia que essa menina havia feito em mim? Não era possível eu estar louco por ela só por conta da incrível semelhança entre ela e Caroline. Eu tinha que esquecer aquela menina de algum jeito, precisava achar uma namorada ou coisa assim para ver se a esquecia. Depois do pub, e voltaram para casa a pé, porque prometi a Chuck que o levaria em casa.
  - Foi ótimo hoje, né ? - Chuck disse entrando no carro e colocando o cinto de segurança.
  - Sim, realmente foi foda. Acho que nos demos bem dessa vez. - liguei o carro e coloquei em uma rádio qualquer, parei em um sinal vermelho já na metade do caminho da casa de Chuck.
  - , passei um dia lá pela sua escola, pra falar com sobre a mudança de tons dos instrumentos e cara vi uma mina tão gostosa.
  - Quem?
  - O me disse que estava na série de vocês e que era a irmã do , acho que é o nome dela, não é? - Não! Isso é uma piada, né? PUTA QUE PARIU!! Aquele viado não ia dar em cima dela também, não é mesmo? Quantos mais iam aparecer?
  - É. - tive que responder entre dentes aquela maldita pergunta.
  - Ela vai nos ensaios? Eu podia sair com ela ou sei lá... E depois quem sabe a gente não vai para a minha casa. - ele deu uma risadinha tosca e eu senti o sangue subindo para a minha cabeça, ele não iria encostar UM DEDO nela.
  Não respondi absolutamente nada e logo Chuck mudou de assunto, acelerei um pouco o carro para chegarmos o mais rápido possível em sua casa. Quando chegamos Chuck me agradeceu.
  - Valeu , a gente se vê amanhã dude e ah, pergunta para o se ele não quer me apresentar a irmã gostosa dele. - ele deu uma piscadinha filha da puta para mim. Mostrar o sorriso mais falso da minha vida. Claro, por fora eu estava sorrindo, por dentro estava pior que uma fera. Maldito dia em que essa garota pisou os pés na minha cidade.
  Cheguei em casa e e estavam jogando Mario Bros no Playstation 03.
  Fui até a cozinha, peguei uma lata de coca na geladeira e subi para o meu quarto.
  Tomei um banho quente e comecei a lembrar o dia que eu a havia levado para a balada...
  Como eu poderia ter deixado a balada de lado e ter trazido ela para cá, para a minha casa, do meu lado, nos meus braços, com certeza estaríamos a essa hora dentro do quarto ofegantes demais para pensar em alguma coisa. Eu devia ter imaginado que ela faria alguma coisa desse tipo, estava muito gostosa no dia para nenhum filho da puta dar em cima dela...
  Só que eu não esperava que esse filho da puta fosse o MEU MELHOR AMIGO!
  Terminei o banho, coloquei uma boxer preta que encontrei no armário, uma camiseta branca lisa e desci para me juntar aos guys. Eles ainda estavam jogando.
  - Ei, porra! Não vão parar de jogar essa merda seus viciados?
  - Não. - eles responderam em coro, resolvi então ir até a estante e desligar o videogame e a TV.
  - Porra, , vai tomar no cu filho da puta. - gritou.
  - Obrigada, gato, também te amo! Agora o que vamos comer?
  - Sei lá, man, que tal pizza? - disse jogando o controle para a outra poltrona que não estava ocupada.
  - Por mim está ótimo. - respondeu.
  - Ótimo, então vai ser pizza hoje.

Capítulo 12

  ’s POV

  Eu estava sobrevivendo a tudo aquilo, era difícil, mas eu iria aguentar. havia me contado que o All Time Low havia gravado o seu primeiro CD.
Fiquei tão feliz por ele, era realmente um sonho que ele estava realizando com os amigos. Eu desejava tudo de bom para eles, de verdade.
  Não tinha mágoas com , só havia percebido que tudo tinha acontecido rápido demais e talvez não estivéssemos prontos para alguma coisa realmente. me ligava todo dia, dizendo que estava com saudades e como desejava que eu estivesse ao seu lado. Talvez fosse melhor mesmo eu ficar com . Já se passara quase um mês desde sua partida, ele me prometera que viria para o aniversário de , que seria dali a algumas semanas. já iria fazer o quê? 17 anos. Já estava grandinho o suficiente para viver a sua vida sozinho, não precisaria mais tanto assim de mim.
  Ele poderia ficar morando com e e falar comigo por e-mail ou até por telefone, de vez em quando eu o visitaria. Sim, eu estava pensando muito sério a ir com quando ele voltasse da França para o aniversário de meu irmão.
  Minhas notas estavam altas, não teria problemas com o resto do ano, provavelmente conseguiria passar fácil e eu acho que já está na hora da minha vida tomar um rumo, eu estou praticamente vagando por aí - se é que me entendem. MariaPaula era a minha única amiga na escola, havíamos nos aproximado e nos tornamos grandes amigas, ela havia entendido o que eu estava passando e me dava forças para não desistir de nada.
  Saíamos às vezes porém, não era muito. Íamos ao shopping ou em alguma lanchonete e passávamos o dia conversando.
  Um dia desses eu havia ido para a escola de manhã, a aula havia sido tediosa como sempre, dei um beijo em meu irmão e fui em direção ao estacionamento para pegar meu carro e voltar para casa.
  Foi quando eu o vi. Um menino estava conversando com e , que estavam em frente aos seus respectivos carros, quando me viu abriu aquele sorriso caloroso.
  - Hey, , venha aqui gata. Quero te apresentar um amigo. - fui em sua direção, não conseguindo olhar para e mesmo assim pude sentir seu olhar em minhas costas, provavelmente me fuzilando por baixo daquele Ray Ban preto.
  - Oi, , tudo bem?
  - Tudo ótimo, , esse aqui é o meu amigo Chuck, ele substituiu o na guitarra. - o garoto me olhou e sorriu.
  - Prazer, Chuck, eu sou a irmã do baterista louco, meu nome é , mas prefiro .
  - Prazer, , ouvi falar muito de você... O seu irmão fala muito de você, é praticamente o tempo todo.
  - Ele é assim mesmo, vai se acostumando que com o tempo só piora. - deu uma gargalhada e Chuck apenas deu um pequeno riso.
  - Hey, , que tal nos ver tocar no nosso próximo ensaio amanhã? - perguntou.
  - Claro, por que não? Que horas?
  - Às duas da tarde, quer que eu te pegue em casa? - se ofereceu.
  - Não precisa, lindo, eu sei chegar com segurança na casa de vocês. - Chuck riu e mostrou a língua, logo depois me abraçou.
  - Tenho que ir, . Te vejo lá . - Chuck se despediu de e me mandou uma piscadinha. Depois passou por e ele apenas tocou a mão de Chuck.
  - Bom, , até amanhã, preciso voltar para casa, fazer a lição e um trabalho que a professora de história pediu. - fez uma cara de nojo e eu ri.
  - Ok, gata, até amanhã. - dei um beijo na bochecha dele e fui em direção ao meu carro.
  Aquele Chuck parecia ser legal, tinha uma cara meio de surfista e andava meio que se arrastando com aqueles sapatos pão-de-queijo de skatista no pé (N/a: Gente não se assustem é que eu tenho uma amiga que sempre fala que esses sapatos são estilo pão-de-queijo hahahaha). Era bonitinho, não vou negar. Ok, ele era gato, mas eu era comprometida. Também não ia fazer que nem o ditado "quando o gato sai o rato faz a festa".
  Cheguei em casa morta de cansaço e de fome. Como a cozinha ficava mais perto que a cama, resolvi passar por lá e pegar bolachas de chocolate bem gordas para comer, depois subi e fui para o meu quarto e desmaiei na cama.
  Acordei com a televisão ligada no andar de baixo, fiquei assustada quando olhei a hora: duas e meia da tarde. Meu Deus eu estava atrasada! Espera, meus pais estavam trabalhando, meu irmão na casa de ... PORRA!
  Quem era lá embaixo? Desci as escadas pé ante pé e dei de cara com largado no sofá ao lado de Chuck. O que que é isso? A festa do farol?
  - ? Chuck? O que vocês estão fazendo aqui? - perguntei apenas com uma blusa no corpo, estava descalça e toda desarrumada, cabelo pra cima e blusa amassada, reparei que e Chuck se voltaram para mim e deram uma boa secada assim que me viram, pararam bem nas minhas coxas. Ok, fiquei mais vermelha que um pimentão.
  - Desculpa , é que deu 14:01 e aí Chuck já quis vir para saber porque você estava demorando muito... E aí o aproveitou e deu a chave dele pra gente. - Ah que ótimo, meu irmão ainda ajudava a invadirem minha casa quando eu estava dormindo, o que mais será que ele havia feito? Emprestava a chave de casa pra qualquer um? E se fossem maníacos? Ou melhor, ninfomaníacos e me agarrassem no banheiro enquanto eu tomava banho ou enquanto eu dormia? Ok, estava sendo dramática demais.
  - Ah que bom que meu irmão ajuda vocês a fazerem esse tipo de coisa... Poderiam ter tocado a campainha, eu acordaria, porque acordo com o barulho da campainha e aí teria aberto a porta e não me assustaria desse jeito. - eles abaixaram a cabeça em sinal de culpa e minha expressão mudou, já não era mais de preocupação, era uma expressão brincalhona. - Ah venham aqui seus loucos, arrombadores de casas. - eles levantaram a cabeça e riram junto comigo, abracei Chuck que estava mais perto e logo percebeu e pulou em cima de mim e dele fazendo-nos cair em cima do sofá e rindo muito mais.
  - Prometemos que iremos bater na porta antes. - disse me dando um beijo na bochecha.
  - Acho bom. - rimos mais um pouco e depois ficamos em silêncio, um silêncio meio constrangedor para mim, porque afinal eu só estava vestindo uma blusa e uma calçinha, claro que a blusa era longa. Gente, não vão pensar que eu durmo sem praticamente nada, era tipo uma camisola, ia até um pouco acima do joelho, mas vi pelo canto do meu olho que e Chuck me observavam, corei de novo.
  - Bom, eu vou então tomar um banho rápido e me trocar e então a gente vai para o ensaio, ok? - eles pararam de me observar e concordaram com a cabeça com uma expressão um pouco decepcionada no rosto. Com certeza se ou até mesmo estivessem ali, não deixariam aqueles pervertidos ficarem me secando daquele jeito, meu irmão provavelmente não iria perceber nada, como sempre.
  Tomei um banho de mais ou menos dez minutos, depois coloquei um vestido balonê branco com alguns detalhes em preto e uma sapatilha preta. Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e passei apenas o meu famoso lápis preto, depois desci e e Chuck me esperavam na porta.
  - Uau ! Você vai aqui do lado, não em uma balada nem nada assim. - falou arregalando os olhos. - me pediu para tomar conta de você, os marmanjos aí vão ficar em cima... Tipo o Chuck aqui, não é Chuck? - Chuck não tirava os olhos de cima de mim, me senti mais envergonhada ainda, pra variar os dois eram solteiros e bem, eu "também" vamos dizer assim, claro que eu sabia que eles não iriam perder oportunidade, então nem liguei muito.
  - Vai se ferrar . Você também é um cuzão dude. - riu
  - Ah nem ta tanto assim! Também não vou ver meu irmão de qualquer jeito, não é mesmo?
  - Ele não precisa de tanto , mas se quiser, eu preciso. - fez mais uma brincalhona indireta que na realidade foi BEM direta e eu apenas dei língua e Chuck um soco no braço dele e saímos. Confesso, Chuck não tirou os olhos de mim.

Capítulo 13

  ’s POV

  Cheguei com e Chuck ao meu encalço rumo a garagem onde já se podia ouvir um pouco de música.
  - Cheguei com a gata rapazes e bem... um mendigo que eu encontrei na rua e senti pena... Tadinho é gay e mendigo. - disse rindo da cara de "I'll kill you" de Chuck. correu para me abraçar e não moveu um músculo sequer.
  - Se olha no espelho !
  - Ih olha o stress dando o ar da graça. - riu e deu um abraço em Chuck que mostrou o dedo do meio. Andar com meninos era isso, só elogios em cima de elogios. Assisti ao ensaio e no final aconteceu algo que eu realmente não gostaria.
  - Ai ai, esse foi bom. Acho que quando a está aqui os meninos ficam mais concentrados no trabalho. acho melhor você vir aqui mais vezes. - Chuck disse dando uma piscadinha de canto de olho e percebi enrijecer e fuzilá-lo discretamente com o olhar.
  - Bom vou pegar uma cerveja, quem vem comigo? - perguntou.
  - Eu vou. - disse já na porta
  - É eu também. - Chuck foi atrás de e , me deixando sozinha com . Nós ficamos nos encarando por alguns minutos, só encarando, sem pronunciar nenhuma palavra, não porque eu não queria, meu coração saltava, gritava, quase saía pela boca me mandando falar alguma coisa, mas as palavras simplesmente não saiam.
  - Eu não acredito em mim mesmo por ainda perder o ar e a fala quando olho para você. - ele disse, foi como se ele me desse um soco no estômago, aquelas palavras saíram tão entrecortadas que parecia que ele estava sendo obrigado a quebrar o silêncio e falar aquilo.
  - , eu juro que não te fiz nada. Eu que deveria estar desse jeito com você, você me traiu e ainda com a primeira que passou na sua frente.
  - Claro, você queria que eu fizesse o que, depois de ter visto você e o meu melhor amigo se pegando no bar? - Espera, como ele sabia que eu e tínhamos... Calma só se ele tivesse... VISTO! PUTA QUE O PARIU! Ele havia visto eu e e pensou que eu estava traindo ele. Puta merda não tinha pensado nisso ainda, puta sou lesa pra caralho.
  - eu sinto muito, mas eu não fiz de propósito, eu juro. - sua expressão era de puro ódio, mas vi dentro de seus olhos uma outra além do ódio, tristeza. Ele estava quase chorando.
  - Desculpa o CARALHO, , como assim você não teve a intenção e logo depois estava aí se pegando com ele? Ah conta outra garota, saia daqui e vá morar lá com o seu amado . Afinal, vocês são um casal perfeito, dois caras de pau, filhos da puta. Eu realmente achei que você seria boa para a minha vida, mas olha só como a gente se engana. - duas lágrimas escaparam de meus olhos, não pude ver se depois daquelas duas, escaparam mais, meu olho já estava encharcado e a minha visão turva.
  Logo depois Chuck chegou.
  - ? ? Porra o que houve? porque está chorando? seu viado o que você disse pra ela?
  - Vai se foder, Chuck, cuida da sua vida, até mais, vadiazinha de quinta. - saí correndo e só ouvi Chuck gritando com . Eu merecia, mas não tive como parar porque na verdade eu não podia falar que estávamos namorando antes de ficar com . Ele estava certo na verdade, mas se ele soubesse que foi quem veio em cima de mim e não eu, talvez a gente tivesse se entendido, mas ele não iria me ouvir de jeito nenhum. Com os olhos cheios de lágrimas não consegui chegar muito longe, havia um parque a minha frente, sentei em baixo de uma árvore e me encolhi, a imagem de e aquelas palavras eclodiam na minha mente e nos meus ouvidos, estava suando, minhas pernas tremiam e minha cabeça latejava. Alguns minutos depois - ou horas sei lá - , Chuck apareceu.
  - , o que aquele filho da puta te disse? Conta pra mim. - ele veio, sentou-se ao meu lado e me abraçou.
  - Nada, Chuck, problemas entre ele e eu. - ele levantou meu rosto que estava enterrado entre meus joelhos.
  - , pode contar para mim, sou seu amigo. - não queria mais envolver ninguém naquilo, estava tentando esconder aquilo do máximo de pessoas possíveis, na verdade só eu e sabíamos. Claro que eu pretendia contar a quando ele voltasse de viagem para o aniversário de - que faltava apenas uma semana.
  - Acho melhor você não saber Chuck, de verdade. Você não vai querer se meter nisso.
  - Eu já estou me metendo, . Estou disposto a arcar com as consequências disso. - eu precisava desabafar com alguém e estava desesperada então a solução foi contar para Chuck a história inteira.
  No final eu chorava mais do que quando tinha saído da casa de , ele me abraçou e eu encharquei sua blusa com as minhas lágrimas, depois ele me levou para casa e eu apaguei no meio de um travesseiro encharcado. Não tive sonhos aquela noite.
  A semana passou lentamente, quando chegou na sexta-feira eu já não aguentava mais esperar por , ele me dissera que chegaria no sábado a tarde depois de uma reunião que teria com os sócios da empresa, para o aniversário de meu irmão a noite. Sábado acordei sete horas da manhã para arrumar tudo para .
  - Nossa filha, acordada antes da gente? Que milagre é esse? - minha mãe desceu já praticamente arrumada para o trabalho, ela estava com uma saia social cinza, sapato de salto preto, uma blusa branca de botão e um blazer cinza por cima, o cabelo estava preso em um coque.
  - volta hoje, mãe. Quero deixar tudo pronto para quando ele chegar. - meus pais sabiam da minha relação com , mas não sabiam nada sobre o que havia acontecido antes, com .
  - Sei, olha lá eim , toma cuidado viu? Com esses caras que voltam de viajem sem ver a namorada por quase um mês e meio, voltam todos animadinhos. - mães, são sempre as mesmas.
  Logo depois ouvimos alguns passos e meu pai desceu com a pasta dele e de minha mãe.
  Ele usava um terno preto, sapatos de couro preto, camisa branca e uma gravata azul clara.
  - Quem vem hoje, ? - ele disse indo até a jarra e se servindo de suco de laranja.
  - O , pai, o meu namorado que foi para a França cuidar da empresa do pai dele, lembra? - meu pai pensou um pouco.
  - Ah sei quem é, então essa arrumação toda aqui é para ele né? Agora para seus pais, nada. - ele disse abraçando mamãe e dando lhe um selinho.
  - Ah que isso, arrumo sim.
  - Bom, vou indo para o carro, vamos querida? - meu pai disse tirando a chave de seu Fox prata do bolso.
  - Só um minuto que vou pegar meu batom, mamãe entrou na sala e depois de um minuto já estava de volta me dando um beijo na bochecha. - Juízo filha.
  - Pode deixar, mãe.
  - Juízo, . - meu pai disse voltando e me dando um beijo na testa. - Te amo.
  - Também amo vocês. - eles sorriram e saíram em direção a garagem. Algum tempo depois ouvi o barulho de um carro ligado e depois eu consegui ver o carro passando direto pela rua, pela janela da cozinha.
  Arrumei toda a sala e fiz um almoço especial para , ele havia me ligado uma hora antes dizendo que chegaria para a hora do almoço.
  Quando estava terminando de me arrumar, a campainha tocou e uma rosa vermelha apareceu na minha frente.

Capítulo 14

  - ! Linda! - peguei as flores e atrás delas estava um com um sorriso maior que o rosto de terno, gravata e sapatos sociais de couro. Confesso que não o reconheci de primeira, ele estava muito diferente de quando ele ainda morava com , usava calça skinny ou bermudas no meio da bunda, sapatos de skatista e camisetas da Hurley, ele formal daquele jeito não parecia , mas mesmo assim ele ainda me tirava o fôlego. Coloquei as flores na mesinha que tinha ao lado da porta e o abracei muito forte.
  - , eu não acredito que você veio. Só foram dois meses, mas mesmo assim eu estava quase morrendo de saudades.
  - Você achou que eu não viria gata? Eu vim! - eu estava tão feliz de vê-lo ali comigo. Parecia que ele havia trazido de volta algo que eu tinha perdido quando ele se foi. Ele me soltou por um momento e segurou meu rosto e o puxou para mais perto do seu, ficamos ali parados só um encarando o outro por alguns segundos até ele não conseguir mais e colar nossos lábios em um beijo carinhoso, havia um pouco de urgência nos lábios dele, mas mesmo assim era carinhoso. Depois almoçamos juntos e me contou tudo sobre a França e a empresa do pai, falou que havia descoberto que o pai havia se casado de novo antes de morrer e que a madrasta estava em uma depressão profunda. Falou que o trabalho na empresa era intenso e que ele já estava começando a se costumar com a rotina de levanta, toma café, corre para o escritório, assina papéis e vai para reuniões chatas, com todos os tipos de empresários, volta pra casa, toma banho e desmaia na cama. Todo dia era mais ou menos isso que acontecia e eu percebi mesmo algumas olheiras embaixo de seus olhos.
   só estava com roupa diferente, mas continua o mesmo bobo adorável de sempre.
  - eu vim, claro que por você e o , mas gostaria de saber se você não quer voltar comigo para a França, sei que você ainda não acabou o colégio, que ainda faltam alguns meses, mas eu posso dar um jeito, não consigo parar de pensar em você, é o tempo todo. - eu não podia dizer que comigo era diferente, pensava o tempo todo nele e na possibilidade de ir para a França morar com ele. Mas não podia ir assim, como eu já havia falado, não conseguiria deixar meus pais e meu irmão sozinhos.
  - comigo é a mesma coisa, mas como eu te disse eu não posso deixar meus pais e meu irmão, não ainda. - ele apenas abaixou a cabeça e concordou, ficamos conversando por mais algum tempo e logo já estava quase na hora de ir para casa de , para o aniversário de meu irmão.
  Havia comprado um presente no dia anterior, um vans azul e preto e um blusão preto da Hurley. havia me mostrado que tinha comprado dois pratos novos para a bateria dele, que ele disse que estavam um lixo e uma skinny azul.
  Tomei banho, coloquei um vestido balonê preto, um sapato de salto vermelho, prendi o cabelo em um rabo de cavalo, passei meu lápis preto e uma maquiagem leve. colocou uma calça jeans e uma camiseta de botão branca com um vans parecido com o que eu ia dar para só que era laranja, amarelo e vermelho.
  - Bom, não vou dizer nada sobre a sua roupa, mas estou dizendo: se alguém ficar te secando com uma baba escorrendo pela boca eu já vou saber porquê. - ele riu e eu corei e dei um soquinho em seu ombro.
  - Bobo! Vamos logo. - peguei a chave do carro e descemos, logo estávamos em frente a casa de . tocou a campainha e eu fiquei atrás dele. veio atender.
  - PORRA, !! CARALHO É VOCÊ MESMO, DUDE? QUE MAURICINHO QUE VOCÊ ESTÁ AGORA!
  - Vai se foder seu bicha do caralho. - e deram um abraço um no outro, eu me surpreendia com a educação dos dois, simplesmente tocante. Depois de alguns segundos apareceu junto com meu irmão, meu irmão veio me cumprimentar e não tirou os olhos de mim.
  - Maninha!
  - Maninho!!! Ta ficando velho, eim? Trouxe um presente para você, gato. - ele me deu um abraço e depois eu lhe entreguei a caixa do vans embrulhada em um papel prata. Ele abriu a caixa e também um sorriso.
  - Valeu, , amei. - eu lhe dei um beijo na bochecha e ele foi cumprimentar . continuava a me encarar. Depois de todos se cumprimentaram. Sim cumprimentou também e conheceu Chuck, que chegou alguns minutos depois - outro que não tirou os olhos de mim -. Fomos para a sala e nos sentamos no sofá, ao meu lado em um e os outros três em mais dois sofás.
  - Então casal maravilha, como esta indo o namoro de vocês? - abriu a boca pela primeira vez na noite, claro que para falar merda. foi quem respondeu.
  - Está indo muito bem, talvez a vá comigo para a França. - calou-se com fúria nos olhos, dava medo de olhá-lo, a qualquer momento parecia que ele ia matar alguém.
  - Bom vamos beber gente? - percebeu a tensão no ar e quis mudar de assunto rápido.
  - Claro, acho que preciso de uma cerveja mesmo. - disse indo com até a cozinha, deixando apenas eu, e na sala já que Chuck havia ido ao banheiro. Foram tensos aqueles minutos. Quando e voltaram eu me encaminhei até a cozinha, ficou conversando com eles. Sentei na bancada da pia e coloquei a mão no rosto. Aquilo já estava passando do limite, eu não ia aguentar muito tempo dando aquelas indiretas - que eram bem diretas. Após alguns minutos percebi a presença de alguém e levantei a cabeça, estava na minha frente.
  - O que você quer ? Já não basta essa diretas que você me manda na frente do ?
  - Eu tenho direito , afinal, você me traiu, não traiu?
  - eu já te disse que foi quem me beijou, não eu. - o olho dele estava quase vermelho.
  - E você aceitou de bom grado não foi?
  - me escuta! Eu não fiz por querer! - ele estava tão furioso que dava medo de verdade. Comecei a chorar desesperadamente e ouvi gritar.
  - , o que você fez seu filho da puta?
  - Ela merece, toma cuidado , porque você também pode virar corno com essa vadia.
  - Não fala assim dela, ! - a voz de estava entre dentes, levantei o rosto, com os olhos cheios de lágrimas e vi e se encarando furiosamente. - Escute aqui , não sei o que deu em você, mas eu não admito que você fale assim com ela está ouvindo? Ela não te fez nada. - se moveu um pouco e logo depois levantou a cabeça, , e Chuck vieram correndo ao nosso encontro.
  - Ainda bem que estão todos aqui para ouvirem o porque dessa menina - e apontou pra mim. - ser uma vadia. Eu estava namorando ela e na balada o que ela faz? Fica com o meu melhor amigo. Foi isso que ela fez , implantou dois chifres na minha cabeça.
  - O quê? você não me falou que estava namorando o . - me olhou sem entender nada e mais algumas lágrimas caíram.
  - Eu teoricamente não era, a gente estava escondendo e na balada nós íamos oficializar para todo mundo, mas você me beijou e parece que o viu e depois, na minha frente, ficou com uma puta aí que deu em cima dele. - não disse uma palavra, e só ficaram parados ali. Na verdade estáticos sem entender nada.
  - , é verdade eu a beijei, não sabia que vocês eram namorados.
  - Eu não ligo mais , vocês dois que vivam felizes para sempre. - saiu da cozinha junto com os meninos, me deixando sozinha com . Me joguei nos braços dele e chorei horrores.
  - Calma , vai ficar tudo bem... Você não teve culpa, eu sim. - eu funguei um pouco e disse.
  - Eu vou com você para a França.

Capítulo 15

  Realmente foi difícil, acho que a coisa mais difícil que eu poderia ter feito na minha vida. Ir viajar com deixando meus pais, meu irmão e claro. o amor da minha vida para trás. Mas eu não tinha mais nenhuma opção, se eu ficasse com certeza seria pior. me levou para casa, as lágrimas não paravam de escorrer de meu rosto, ele ficou comigo até meus pais chegarem; Nós dois contamos a eles, claro que não foi nem um pouco fácil. Meu pai ficou furioso e minha mãe chorou horrores, mas o que eu podia fazer? Nada. Meu pai quis que fosse embora e que não me levasse com ele, foi e eu tive a conversa mais séria da minha vida com meus pais. Meu pai não queria de jeito nenhum deixar eu viver com ele, minha mãe apenas olhava e mais lágrimas caiam de seus olhos.
  - Como você pode fazer isso, ? Está louca? Você nem conhece esse cara direito. E eu? E a sua mãe? E ? Vai nos deixar para trás? - meu pai falava com raiva, mas senti que ele estava mais triste do que com ódio, ele sabia que mais cedo ou mais tarde, eu poderia tomar alguma decisão desse tipo.
  - Pai, não tem mais por que eu ficar aqui, entenda, por favor! Eu voltarei sempre pra ver vocês, que tal umas duas vezes por mês?
  - , você... Você não pode fazer isso, você não tem idade para isso! Como aquele moleque vai te sustentar, vai cuidar de você, querida? - as lágrimas estavam se formando nos olhos de meu pai.
  - Eu preciso ir, pai. tem dinheiro suficiente pra me sustentar e cuidar de mim, eu prometo que volto. - depois de uma longa conversa, meus pais cederam, não teria como eles não cederem, a decisão era minha, eu já era maior de idade, eu podia tomar as minhas decisões sozinha. Naquela noite arrumei minhas malas e depois liguei para avisando que iria com ele, sua voz tinha um tom muito alegre. Quase não consegui dormir, claro. De manhã dei mil beijos nos meus pais e prometi que sempre ligaria, mandaria e-mail, carta, qualquer coisa para eles não sentirem tanto a minha falta. Naquele dia eles não iriam trabalhar então ficamos vendo vídeos de quando eu e éramos pequenos, assistimos filmes juntos, comemos besteiras, coisas que já não fazíamos graças ao trabalho intenso deles, no fim da tarde me ligou.
  - Alô?
  - ? Oi linda, eu vou passar ai para te pegar daqui a meia hora, o vôo sai daqui duas horas, mas o caminho é um pouco longo, ok?
  - Ok, , estou te esperando.
  - Te amo, . Beijos. - e desligou, o te amo ficou martelando na minha cabeça por um bom tempo, tomei banho, coloquei uma blusa lisa preta de gola alta, um vestido verde escuro por cima, uma meia calça e uma bota de salto de cano curto. Sim, eu precisava caprichar um pouco mais do que apenas uma calça skinny e uma blusinha com all star, afinal eu era a namorada do dono de uma das empresas mais renomadas da Europa. Com certeza teria alguma imprensa no aeroporto. Deixei meu cabelo solto e passei meu lápis preto de sempre e uma maquiagem leve. tocou a campainha assim que terminei com a maquiagem, meus pais atenderam a porta e eu fui em direção à sala. estava lindo como sempre, estava com uma calça jeans, um nike azul e vermelho e uma camisa de botão xadrez azul.
  - , nossa, você está linda. - veio em minha direção e senti o olhar do meu pai nos fuzilando, não pude deixar de sorrir.
  - Você também está lindo, . - dei um selinho rápido nele.
  - Bom, vamos , o taxi está esperando. - me despedi mais uma vez dos meus pais e pegou minhas malas e descemos. Quando chegamos no elevador, não aguentei agarrei e comecei a beijá-lo nervosamente. Senti lágrimas se formando; Ainda bem que o lápis era a prova d'água. Em alguns minutos eu estava molhando sua camisa xadrez com minhas lágrimas, ele apensa me abraçou forte. - , calma, vai dar tudo certo amor, você vai ver como la é bonito e eu prometo que sempre viremos aqui quando você quiser. Eu sei que é difícil, mas você sabe que se ficasse seria mais difícil, não sabe? - apenas balancei a cabeça, colocou a mão embaixo do meu queixo e enxugou meu rosto com a manga da camisa. - Eu sempre estarei com você, . Não se preocupe, vai dar tudo certo. - e encostou meus lábios nos dele novamente. A viagem até o aeroporto foi silenciosa, eu e ficamos de mãos dadas, mas não falamos nada. Quando chegamos no aeroporto foi fazer o check-in e eu tomei um gole de café na cafeteria do aeroporto, por um momento pensei ter visto lá, me encarando e me virei para a porta da cafeteria, mas quando olhei de novo ele não estava mais lá. Ou eu estava louca ou ele sabia se esconder bem. Preferi fingir que não tinha visto nada. me encontrou na cafeteria e fomos em direção ao embarque, uma meia hora depois embarcamos no avião e depois decolamos, olhei pela janela da classe executiva, não sabia se iria voltar ou não, mas tinha certeza que minha história com não iria acabar assim tão facilmente.

  's POV

  No dia seguinte eu acordei no sofá todo largado em cima de algumas latas de cerveja e com uma puta dor de cabeça. A noite anterior havia sido pior do que eu imaginava, eu estava com um remorso do caralho por não ter acreditado nela, havia me falado que fora ele quem a beijou, que PORRA. Me levantei e ouvi um barulho na cozinha, estava pegando uma lata de coca na geladeira.
  - E aí, ? - ele se virou e deu de cara comigo.
  - Hey, , dormiu pra caralho eim?
  - Que horas são?
  - São 17:35.
  - Cadê os caras?
  - Eles saíram pra comprar alguma coisa aí na rua, mas eu não quis ir, não ia deixar você sozinho. - me lembrei do que precisava fazer, vasculhei em meus bolsos e não achei o que procurava.
  - Ah sei, é me empresta o telefone da casa da ? Não sei aonde deixei o celular.
  - Da ? Sinto muito, mas ela não está mais em casa, esta no caminho do aeroporto.
  - O quê? - ok, agora eu estava mesmo mal, ela ia viajar com ELE? Ah, não senhora.
  - É ela vai pra França com . Já deve estar quase chegando no aeroporto.
  - Ok valeu , tchau. Não me espere. - saí correndo deixando um confuso na cozinha e corri para pegar a chave do carro, eu iria atrás dela. Entrei no carro e só lembro que acelerei o máximo que pude, cheguei no aeroporto torcendo para que o avião não tivesse levantado voo. Quando passo pelo check-in me segura pela camisa e me leva até um canto do aeroporto.
  - Escuta aqui, , você não vai atrapalhar mais eu e a , está ouvindo?
  - Hey, , tudo bem amigo?
  - Você não brinque comigo, ! Eu acabo com você aqui mesmo. - os olhos dele só mostravam fúria.
  - O que houve? Esta bravo por que ela quer à mim?
  - Não fui eu o corno, .
  Ok, ele ia se ver comigo depois, apenas me soltei das mãos dele e comecei a procurar por ela, quando eu a achei ela estava linda, perfeita na lanchonete tomando café, quando ela me olhou vi um sentimento de indiferença em seus olhos e simplesmente corri e sentei em um banco com as mãos na cabeça. Vi que alguém se sentou ao meu lado, era .
  - Sinto muito , ela não precisa mais de você, ela tem à mim agora. Por que você não volta para a sua casa, continua tocando as suas músicas e deixa ela em paz? Talvez ela vá em algum show seu, comigo. - ele se levantou me deixando sozinho, voltei para o meu carro e continuei seguindo a rodovia com destino a lugar nenhum.

Capítulo 16

  ’s POV

  A França era simplesmente inacreditável de tão linda, desembarcamos e já era quase noite na capital, Paris. Pegamos um táxi que nos levou até a casa de .
  À noite Paris era linda, toda iluminada, os pubs estavam quase lotados, não era como na América. Era diferente, o jeito como as pessoas andavam e conversavam. Era perfeita a cidade. Quando chegamos ao apartamento de , me surpreendi pelo tamanho do local, era gigantesco. Assim que entramos, me deparei com uma sala enorme, havia uma TV de plasma na parede bege e na frente dois sofás de couro pretos e também uma mesinha de centro com algumas revistas em cima.
  - Então gata, gostou? - se virou para mim pegando as malas que eu estava segurando e colocando-as no chão.
  - É lindo, ! E é tão grande para uma pessoa só. - ele sorriu.
  - É eu sei, meu pai gostava de bastante espaço mesmo. Bem, vamos, vou lhe mostrar o nosso quarto. - pegou as malas novamente e andou por um corredor parando em frente a uma porta branca, ele a abriu e a primeira coisa que meus olhos perceberam foi a varanda enorme com uma vista linda para a cidade. Fiquei encantada com aquilo. Me vi indo em direção a sacada e ficando hipnotizada com a vista. Senti dois braços me envolvendo pela cintura e logo eu me virei.
  - E então? Gostou do nosso quarto, ? - me perguntou ainda com os seus braços me envolvendo.
  - É simplesmente inacreditável, ! É maravilhoso, eu amei.
  - Que bom que você gostou, linda. - ele aproximou os nossos rostos e logo me beijou. Um beijo calma e seguro, mas ele logo foi se intensificando e claro que em poucos minutos eu já estava ofegante e também. Separei nossos rostos e aproximei minha boca no ouvido dele.
  - Acho que precisamos conhecer o resto da casa primeiro. - concordou me dando um selinho rápido e eu sorri.
  - Vamos então para a cozinha. - o segui até a cozinha e não me surpreendi por ela também ser do tamanho família. Era linda também, os armários eram de madeira e os azulejos um xadrez de branco e preto. O apartamento não tinha muitos cômodos, mas os que tinha eram enormes. Só faltava uma sala para me mostrar, o escritório do pai dele. Entramos e havia muitos livros, mas muitos mesmo, havia também uma mesa enorme com um computador e uma cadeira de couro atrás. Até aquele momento eu não havia me arrependido de absolutamente nada.

  ’s POV

  Ok, eu estava muito desesperado com aquela menina. Eu simplesmente havia desaparecido do mapa para as pessoas, não havia dado sinal de vida e estava no meio de uma estrada que eu sabia muito bem para aonde daria. Quando cheguei já era noite, sentei-me na grama e pensei comigo mesmo se o que eu queria fazer era de fato certo. Após algumas horas minha decisão já estava tomada, peguei o carro e voltei para casa.
  - Caralho , ta maluco? Pirou? - gritou do sofá quando eu bati a porta de entrada.
  - Não me enche , eu estava só dando uma volta.
  - Sei, não levando porra nenhuma com você, nem avisando ninguém né?
  - É isso mesmo.
  - Filho da puta, não sei como que ainda consigo me preocupar com você.
  Subi para o meu quarto, deixando falando sozinho. No caminho encontrei e percebi que ele ia dizer alguma coisa e já fiz sinal para que me deixasse em paz e ele se calou. Bati a porta do meu quarto e me sentei na cama, coloquei as mão na cabeça. Não ia ficar chorando pelos cantos por causa de uma menina qualquer, eu havia feito a merda, agora era só levar a vida e esquecer. Ia me dedicar totalmente a minha banda, era a única opção agora.

  ’s POV

  Os dias foram passando, semanas e a vida em Paris ia perfeitamente bem, saia comigo quase todo dia. Já havia visitado a empresa e adorava arrumar a gravata dele antes dele ir para o trabalho, ele havia comprado um tucson preto e estava muito feliz. Eu passava a maior parte em casa, ele havia contratado alguns professores que iam em casa e também uma diarista que ia no apartamento duas vezes por semana para eu não ter trabalho com limpeza de casa. Ele era gentil e fofo comigo, ele fazia de tudo para mim, mas mesmo assim parecia que algo ainda estava faltando e eu sabia o que era. Após um mês que eu havia me mudado acordei um pouco antes de e resolvi descer até a revistaria e comprar uma revista. Comprei a revista e voltei para casa, ainda estava dormindo então me sentei na sala e comecei a folhear a revista e lá estava ele. , na primeira página da revista mais lindo do que nunca e atrás dele , e Chuck. Em cima da foto deles estava escrito "A nova banda adolescente All Time Low da uma entrevista exclusiva contando sobre o seu primeiro CD e o seu possível show em Paris." Tá, meu queixo caiu completamente, sobre o seu possível show EM PARIS? Com certeza algo estava me perseguindo. Ouvi levantando e escondi logo a revista. Ele chegou na sala apenas de boxers pretas e me deu um selinho.
  - Bom dia, gata.
  - Bom dia, lindo.
  - Acordou cedo hoje amor, foi aonde?
  - Resolvi comprar uma revista, mas não tinha nenhuma que me chamasse atenção. - ele deu de ombros.
  - Ok então, vou tomar meu banho, quer tomar comigo? - fez uma cara maliciosa.
  - Não , prefiro deixar para de noite. - devolvi com um sorrisinho safado. - ele me beijou mais uma vez e disse no pé do meu ouvido:
  - Eu vou cobrar, hein? - sorriu e voltou para o quarto.
  Tinha sido o mais convincente possível e ele nem desconfiou de nada, mas aquele possível show em Paris podia me mostrar se realmente eu precisava de ou não. Enquanto estava no banho eu li a entrevista inteira e não pude deixar de me emocionar, já fazia um mês que eu não via meus pais nem meu irmão, quando ele respondeu as perguntas feitas para ele eu me lembrei de como ele era bobinho e de que agora deveria estar tendo um monte de meninas gritando por ele. Na última pergunta, respondeu e meu coração veio a boca:
  "Então para finalizar, vamos perguntar agora para o vocalista da banda, . vai mesmo ter esse show em Paris?
  : Sim, pretendemos ir daqui a duas semanas e além do show também tem outras coisas que precisam de nós lá.
"

Capítulo 17

  ’s POV

  Era agora que eu tinha um treco? Não, eu não poderia ter um treco, porque eu estava feliz por dentro, mas e ? Quando ele descobrisse que eles viriam para cá, seria simplesmente a 3ª Guerra Mundial. Ele ia ficar furioso e talvez não deixaria eu ir no show. Mas precisava perguntar para ele antes. Não poderia simplesmente ir. Isso é que era ruim aqui, eu era totalmente dependente de , eu só fazia compras e o seguia em festas, eu não tinha uma "vida" aqui e isso foi bom nas primeiras semanas, mas já estava começando a ficar entediante. A noite, quando chegou, eu estava fazendo o jantar: lagarto recheado, com arroz de forno, salada e para acompanhar, um vinho tinto. adorava tomar vinho a noite, ele dizia que melhorava o astral dele e o humor, no dia seguinte e também fazia bem para o coração. Comigo ele bebia muito pouco, nem parecia mais aquele    de antes que ficava sempre com uma garrafa de cerveja na mão.
  - Boa noite, linda. - ele disse colocando a maleta no sofá, a chave do carro na mesinha de centro da sala e tirando o sobretudo preto. Entrou na cozinha e me abraçou por trás, eu me virei e ele me beijou. Estava realmente feliz. Sorri depois de alguns minutos e me afastei dele um pouco, mas sem me livrar de seus braços.
  - Boa noite, . Fiz seu lagarto recheado para hoje, querido. - ele abriu mais o sorriso e me deu um selinho de novo.
  - Você é a melhor namorada do mundo, sabia ? - não pude deixar de corar e ele me beijou de novo, o beijo foi se intensificando, ele me prendeu em uma parede no canto da cozinha e começou a passar a mão por debaixo da minha blusa, me fazendo ter arrepios e eu me concentrei em seus cabelos, bagunçando e fazendo caminhos e caminhos com meus dedos, depois de um tempo ele tirou a minha blusa me deixando apenas de saia e sutiã e eu comecei desabotoando cada um de seus botões, um de cada vez e dando um espaço de tempo em cada um. - Não faz isso , você sabe que não sou de ferro. - deu uma risadinha e ele tentou me beijar e eu não deixei de pirraça.
  - Você sabe que eu adoro jogar, não sabe? Mas eu acho melhor comermos antes.
  - Não vamos comer nada antes, você vai agora para o banheiro comigo. - ele me puxou e corremos em direção ao banheiro, ele fechou a porta e tirou os restos das roupas, ficando só de boxer e eu tirei a minha saia, ficando apenas de calçinha e sutiã, então entramos no box do banheiro e ligamos o chuveiro, começou a beijar meu colo e sua mão percorria meu corpo. Depois do sexo, cada um deu banho no outro, depois que terminamos, tivemos que comer comida fria, porque ficamos com preguiça de esquentar no micro-ondas. Mas nós nos divertimos muito no jantar e depois deitamos no sofá e assistimos um filme, adormeci no peito dele.

  ’s POV

  Nós éramos o sucesso da época, a banda mais nova a fazer sucesso mais rápido, havíamos feito uma entrevista para uma dessas revistas adolescentes. Nós iríamos para a França em duas semanas, eu já não estava aguentando mais ficar longe dela, eu precisava vê-la e dizer tudo o que eu queria, mas eu sabia que não iria deixar, então eu iria cantar para ela, eu sabia que ela iria arranjar um jeito de ver o irmão, mesmo que não fosse por mim. Procurei fazer alguma música para ela, mas seria clichê de mais eu fazer uma musica, então procurei alguma música de outra banda, mas nenhuma dizia realmente o que eu queria. Eu já estava decepcionado, porque só faltava uma semana para fazermos o show. Era segunda e nós iríamos sábado para França e segunda faríamos o show. Foi quando um amigo meu, que também tinha uma banda que havia me ajudado no começo quando ainda tínhamos na banda, a fazer algumas letras, me disse que estava com uma música.Two is Better Than One, eu olhei a letra e era aquilo que eu precisava, já sabia o que fazer. Assim que voltei do encontro, encontrei   Chuck afinando o violão na garagem. O Bom de Chuck é que ele sabia tocar um pouco de tudo, bateria, baixo, violão, , tudo ele sabia um pouco. - Olha aqui a música, essa é a letra, consegue tocar? - ele olhou por alguns minutos a letra, tocou algumas notas no violão e afinou duas cordas.
  - Chuck, pega o violão aí e vê essa letra, da para fazer um dueto aí agora? - ele olhou a letra por alguns minutos, afinou mais duas cordas do violão e disse:
  - Beleza, , da sim.
  - Valeu Chuck, vamos la, um, dois, três. - cantei a música e quando acabei Chuck me cumprimentou que estava muito boa, eu disse a ele que seria uma surpresa no show de Paris.
  - É a sua última tentativa, não é ? - olhei pra ele e dei de ombros. Meu olhar estava no chão.
  - É Chuck, se não for dessa vez, não vai ser mais.
  - Boa sorte, amigo. - Chuck deu tapinhas no meu ombro e saiu me deixando sozinho. Entrei em casa e fui assistir o jogo de basquete com os guys. Nos divertimos depois do jogo e a noite fomos em um bar da cidade, eu precisava relaxar para o que estaria por vir, como Chuck havia dito, era a minha última chance mesmo. Passamos a semana ensaiando e treinei Two is better than one umas cinco vezes com os caras, para que nada desse errado. Quando chegou sexta, começamos a fazer as malas, eu estava indo além da banda, por ela claro, eu poderia ter escolhido outro lugar para fazermos o show, não precisava ser Paris, eu precisava tentar. Fui dormir muito tarde, não conseguia dormir, pensando se ela iria ou não ao show, se ela iria entender a finalidade da música. Sábado de manhã embarcamos para Paris.

  ’s POV

  Foi difícil contar a sobre o show, mas ele aceitou numa boa, afinal eu precisava ver meu irmão. Ele iria junto, mas era melhor que nada. Fiquei ansiosa a semana inteira, quando chegou no dia do show, saiu mais cedo do trabalho para podermos ir e não nos atrasar, ele havia comprado lugares vips, em frente ao palco, para que eles pudessem nos ver, ele deu a desculpa que era para poder me ver, mas eu sabia que não era por ele. Havia muitas meninas loucas com camisetas com a foto deles e não pude deixar de me orgulhar por , havia até cartazes escrito ", eu te amo", meu irmãozinho chato estava mesmo virando uma celebridade. Entramos, de mão dada comigo, estava elegante e bonito como sempre, eu estava simples, afinal era um show: uma blusa branca simples, um all star branco e uma calça skinny. estava de calça social preta, camisa de botão azul e sapato preto social de couro. Entramos no camarote que ele havia comprado e a visão do palco era maravilhosa.
  - Vamos ver se eles ensaiaram direito gata, eu espero. Porque ensinei aqueles caras como tocar. - abaixou a cabeça e vi que ele estava triste por não poder estar lá com eles.
  - Eles vão se sair bem, amor. - disse dando um selinho em . Após mais ou menos meia hora de espera, eles entraram. Meu coração parecia que ia sair pela boca, quando subiu ao palco.
  - E aí, Paris? Vocês estão prontos para o All Time Low? - gritos. - Que ótimo, porque além de ser o nosso primeiro show nessa capital maravilhosa, também vamos ter uma música bônus dedicada a alguns amigos meus da banda Boys Like Girls.. - mais gritos histéricos. - Prontos? - era agora, senti apertar mais a minha mão, ele também estava nervoso, porque sentia que algo iria acontecer.

Capítulo 18

  (n/a: coloquem para carregar Two Is Better Than One - Boys Like Girls)

  - Esta se chama We Say Summer.
  A música começou e as meninas pareciam loucas gritando, enquanto os meninos tocavam; Ela era realmente boa. Eu curti o show enquanto ficava ao meu lado sem nem cantar musicas que ele havia ajudado a fazer. Ele estava sentindo mesmo falta daquela vida. A seguinte foi Lost in Stereo, era a minha preferida, e assim se seguiu o show, foi quando no final do show, eles já estavam cansados e suados, já havia tirado a camisa e havia um sutiã de uma fã que havia jogado no palco e ele havia pendurado no microfone, estava quase morrendo de tanto tocar e também já estava sem blusa. Chuck estava conversando com meu irmão, quando se aproximou do microfone.
  - Agora pessoal, é a surpresa que tínhamos prometido. Uma das bandas que nos ajudaram a estar aqui hoje, foi a banda Boys Like Girls de um amigo meu, Martin Johnson. Para agradecer o apoio, iremos tocar uma música deles chamada Two Is Better Than One. - começou a procurar alguém por entre a platéia, mas logo balançou a cabeça e se virou para o camarote onde eu e estávamos, meu olhar encontrou o dele. (n/a: Podem colocar a música)

  ’s POV

  I remember what you wore in our first date
  (Eu me lembro o que você usava no nosso primeiro encontro)
  You came into my life
  (Você entrou na minha vida)
  And I thought "hey, you know, this could be something"
  (E eu pensei "hey,sabe, isso pode ser algo")
  'Cause everything you do and words you say
  (Porque tudo o que você faz e as palavras que diz)
  You know that it all takes my breath away
  (Sabe que tudo isso tira meu fôlego)
  And now I'm left with nothing
  (E agora fui deixado sem nada)
  So maybe it's true that I can't live without you
  (Então, talvez seja verdade que eu não consigo viver sem você)
  And maybe two is better than one
  (Talvez dois é melhor que um)
  There's so much time to figure out the rest of my life
  (Há tanto tempo para descobrir o resto da minha vida)
  And you've already got me coming undone
  (E você já me teve perdido)
  And I'm thinking two is better than one
  (Estou pensando que dois é melhor que um)
  I remember every look upon your face
  (Eu me lembro de rir olhando seu rosto)
  The way you roll your eyes, the way you taste
  (O jeito como gira os olhos, seu sabor)
  You make it hard for breathing
  (Você faz ficar difícil respirar)
  'Cause when I close my eyes and drift away
  (Quando eu fecho os olhos eu viajo)
  I think of you and everything's ok
  (Penso em você e tudo fica bem)
  I'm finally now believing
  (Eu finalmente estou acreditando)
  Maybe it's true that I can't live without you
  (Talvez seja verdade que eu não consigo viver sem você)
  Well maybe two is better than one
  (Talvez dois é melhor que um)
  There's so much time to figure out the rest of my life
  (Há tanto tempo para descobrir o resto da minha vida)
  And you've already got me coming undone
  (E você já me teve perdido)
  And I'm thinking two is better than one
  (Estou pensando que dois é melhor que um)
  Yeah, yeah
  I remember what you wore in our first day

  (Eu me lembro o que você usava no nosso primeiro encontro)
  You came into my life and I thought, hey...
  (Você entrou na minha vida e eu pensei hey...)
  Maybe it's true that I can't live without you
  (Talvez seja verdade que eu não consigo viver sem você)
  Maybe two is better than one
  (Talvez dois seja melhor que um)
  There's so much time to figure out the rest of my life
  (Há tanto tempo para descobrir o resto da minha vida)
  And you've already got me coming undone
  (E você já me teve perdido)
  And I'm thinking
  (Estou pensando)
  Oooh I can't live without you
  (Oooh Eu não consigo viver sem você)
  'Cause baby two is better than one
  (Porque, baby, dois é melhor que um)
  There's so much time to figure out the rest of my life
  (Tem tanto tempo pra descobrir o resto da minha vida)
  But I'll figure out with all is said and done
  (Mas descobrirei com tudo que foi dito e feito)
  And two is better than one
  (E dois é melhor que um)
  Two is better than one
  (Dois é melhor que um)

  Foi simplesmente a música mais difícil que eu já tive que cantar. Parecia que só existia eu e ela, mais ninguém e, mesmo assim, não sei como a voz saiu. Eu a vi chorando assim que ela entendeu a letra. Ela sabia que era para ela. Depois que a música acabou nos despedimos, agradecemos e fomos para o camarim.
  - Cara, minhas mãos estão fodidas depois desse show. - disse olhando suas mãos que estavam com algumas bolhas e um pouco inchadas.
  - Se prepara, porque vai ter que aguentar essa dor aí mais vezes. - ele riu e me deu um pedala na cabeça. Depois se virou para mim de novo.
  - Não se preocupe, ela provavelmente vai vir me ver e você pode conversar com ela. - e saiu. Entrei no camarim e lavei meu rosto, passei uma toalha em meu corpo e coloquei uma blusa xadrez azul de botão.
  - Porco, não vai tomar banho não, o viado? - disse pulando nas minhas costas.
  - Vai se ferrar , eu vou tomar banho sim, estou só esperando a sua mãe chegar. - eu ri e ele me mostrou o dedo do meio. Depois de alguns minutos, ela e entraram e meu coração pulou.

Capítulo 19

  ’s POV

  Quando ele começou a cantar aquela música eu ja sabia o que significava, era uma declaração para mim. Meus olhos se encheram de lágrimas de lembrar o dia em que decidi deixar os Estados Unidos para morar com . Eu sabia que tinha feito a escolha errada. Quando acabou a música, me puxou para a saída.
  - Não , eu preciso ver meu irmão, esqueceu? - suspirou.
  - , eu te levo no próximo fim de semana para vê-lo, vamos para casa.
  - Não, eu quero vê-lo agora , por favor.
  - Ok. - ele abaixou a cabeça e me seguiu até o camarim, entrei e logo abracei .
  - Maninho, que saudade!
  - Maninha!!! Linda, gostou do show?
  - Claro seu bobo, você é melhor que o baterista do The Who!
  - Obrigado, mas eu já sabia. Só estava esperando você admitir, agora estou satisfeito. - dei um tapa em seu braço.
  - Bobo.
  - E eu gata? Vem aqui linda. - saiu do banheiro e pulou em cima de mim.
  - Ai , você está suado!
  - Aqui ó. E me jogou a camisa que ele estava usando no show na minha cara. Enquanto isso, estava abraçando e ele ria de algo que havia falado. só me encarava.
  - Que nojo, ! E o Chuck?
  - Ele disse que não podia ficar por conta de um compromisso. - nisso veio até mim.
  - Podemos conversar ali? - e me apontou uma porta aberta que dava para um corredor.
  - Claro, eu vou conversar com o . - já se soltou do abraço que havia lhe dado e amarrou a cara.
  - Eu vou junto então.
  - Não, por favor, é rápido.
  - dude, eles precisam se entender, fica ai de boa. - falou, puxando uma cadeira para e indo até o frigobar e pegando uma coca. Uau! Que milagre que não era cerveja.
  - É rápido, eu prometo.
  - Ok. - fui até ele e dei um selinho, logo depois, acompanhei para o corredor e ele fechou a porta atrás de nós. A primeira coisa que ele fez foi me beijar. Eu não tive como me conter, eu precisava dele, quando ele me imprensou na parede, vi que era a hora de parar.
  - , por favor, não. Já chega. - ele suspirou e se afastou.
  - , eu preciso de você! Eu te amo, eu fiz a coisa errada não acreditando em você.
  - Por que você não foi até o aeroporto então? Eu teria mudado de ideia.
  - Eu fui, mas me viu e me ameaçou, não tive muito o que fazer. - na minha mente veio a lembrança daquele cara que parou em frente a cafeteria e eu vi de relance, então era ele mesmo, não era a minha imaginação.
  - Eu te vi na cafeteria, mas quando fui olhar de novo você não estava mais lá. A culpa é minha , eu não devia ter deixado me beijar, eu tentei impedir o mais rápido possível, mas eu não consegui, tanto é que você viu. - secou uma lágrima que escorria pela minha bochecha.
  - Eu sei que você não queria, me desculpe não ter acreditado em você. Eu te amo. - me beijou novamente, dessa vez foi bem calmo, ficamos alguns minutos ali, nos beijando, quando já estávamos sem fôlego ele encostou a boca no meu ouvido. - Volta comigo, volta.
  - Não posso sem antes falar com .
  - Olha, eu vou embora amanhã, se quiser voltar comigo, o meu vôo sai às 14:30, é só me ligar que se precisar eu vou aonde você estiver e te pego.
  - Ok. - ele me beijou de novo e logo nós saímos.
  - Aleluia, o que vocês fizeram lá dentro? - disse rindo e vi enrijecer.
  - Só esclarecemos algumas coisas. Vamos ?
  - Vamos, adeus caras. - dei um último abraço em meu irmão.
  - Tchau maninho, você foi demais.
  - Tchau irmã linda, vê se vai me visitar eim?
  - Pode deixar , eu vou sim. - dei a mão para e nós saímos, voltamos para casa sem trocar nenhuma palavra, eu precisava conversar com ele.

Capítulo 20

  ’s POV

  Quando chegamos em casa, eu comecei a conversar com .
  - , não acredito que você impediu que falasse comigo. - eu disse colocando a mão em seu ombro e fazendo com que ele se virasse para mim. - Como você pode fazer uma coisa dessa?
  - Era para o seu bem, ! Eu não sabia se ele te faria sofrer de novo.
  - Como assim não sabia? Ele é o amor da minha vida! Eu sempre te disse isso, !   Eu não acredito que você teve coragem de me impedir de ficar com que eu realmente amo.
  - por favor, eu também te amo, muito, eu sei que não devia ter feito isso, mas não confiava no .
  - Eu também te amo, , mas como amigo, não consigo mais ver você de outro jeito e...   Eu vou voltar para os Estados Unidos com o .
  - Não , por favor não faça isso comigo! - ele se ajoelhou e tirou uma caixinha de dentro do bolso de sua camisa. - Casa comigo? - espera, ele deveria estar de brincadeira comigo! Eu havia acabado de dizer que não conseguia vê-lo de nenhuma outra forma além de um amigo e ele pede para casar comigo?
  - , eu já te disse eu não te amo do jeito que você me ama, não posso aceitar.
  - , eu te dou o que você quiser, por favor! Casa, roupas, viagens, jóias, tudo.
  - , você não pode comprar o meu amor, eu sinto muito. - fui até meu quarto deixando sozinho na sala, ele foi atrás de mim enquanto eu pegava a minha mala, pensei que ele ia tentar me impedir ou alguma coisa do tipo.
  - Ok , eu te entendo, eu vou deixar você partir, mas eu vou voltar também, não aguento mais aquela empresa, quero a minha vida de volta. - aquilo me pegou meio de surpresa, porque todos esperariam tudo, menos essa resposta.
  - Tudo bem , se quiser voltar comigo. Meu vôo sai amanhã às 14:30.
  - Não posso ir amanhã, mas irei antes desse mês acabar. Preciso passar para o meu sócio a empresa e deixar toda a papelada pronta, mas me promete uma coisa, linda?
  - Claro, . - me virei para ele e seus olhos estavam cheios de lágrimas.
  - Vamos ser amigos, ok? - eu sorri e o abracei.
  - Os melhores, eu prometo.

  ’s POV

  Não acreditei quando me ligou dizendo que viria comigo, eu estava tão feliz que parecia um gay, só ela pra me deixar assim. Fui buscá-la em casa como havia prometido e dei de cara com na porta.
  - , ela está vindo, mas por favor entre. - eu apenas obedeci e entrei, o apartamento era muito bonito.
  - , eu sei que vai ser difícil para você, mas eu não quero rivalidade. - ele se sentou ao meu lado.
  - Eu sei , eu vou voltar para os Estados Unidos até o fim desse mês, quero minha antiga vida de volta e quero que sejamos melhores amigos de novo. - ok eu admito, sentia falta daquele viado mesmo.
  - Eu vou ver o que posso fazer em relação a banda e quanto a nossa amizade, eu sempre vou ser seu amigo seu bicha.
  - Valeu, . - ele me abraçou.
  - Ei sai pra lá, não quero que a descubra o nosso segredo. - ele riu e eu também. Depois de alguns minutos chegou, linda como sempre, o cabelo estava preso em um rabo de cavalo, estava com um vestido de alça azul claro e uma sandália quase da mesma cor, um pouco mais escura.
  - Vamos, linda? - eu disse indo pegar as malas dela.
  - Vamos , deixa só eu me despedir do . - ela foi até e o abraçou.
  - Se cuida ouviu, seu fofo? E nunca se esqueça que seremos sempre melhores amigos. - ele sorriu e ela veio até mim. - Vamos?
  - Vamos, adeus , vamos te esperar la na minha casa, porque você vai voltar a morar comigo assim que você voltar.
  - Valeu , adeus gente. - nós saímos e assim que fechou a porta atrás de nós,    pulou em cima de mim e eu a beijei, era um beijo que englobava todos os sentimentos possíveis, foi o melhor beijo da minha vida.

  Três semanas depois...

  - Não acredito nisso, , você voltou! - gritou da escada, estávamos todos em casa, quando a campainha havia tocado e era .
  - Hey dude, por que não me avisou? Eu iria te buscar no aeroporto. - eu disse já colocando as malas de no chão.
  - Ah que isso, eu vim de táxi, mas se quiser pode pagar a conta para mim. - mostrei o dedo do meio e ele riu mais uma vez. Já havia dito a que Chuck havia conseguido naquele show uma entrevista para ser guitarrista de uma banda no interior do Texas e não iria mais fazer parte da banda, com isso voltou ao seu posto. Já havia acabado o colegial e mais um mês seria nós que terminaríamos, aleluia. Já havíamos marcado mais shows e depois iríamos fazer uma turnê do nosso CD. estava morando na casa dos pais, foi uma surpresa maravilhosa para eles e nós estávamos namorando muito sério com todo mundo sabendo, porque eu fazia questão de lembrar todos os dias.

  Um mês depois...

  ’s POV

  - E agora chegou a hora da entrega dos diplomas. - minha mãe, meu pai e meu irmão estavam nervosos, só eu que não. e eu havíamos virado melhores amigas desde que eu tinha voltado, ela estava do meu lado também e eu estava tentando acalmá-la, estava na minha frente e ele ficava mais de costas para o palco do que para mim. Ele também não parecia nervoso. Começaram a chamada por ordem alfabética. seria o último, coitado e o primeiro. - . - se virou e subiu. - Andressa Nilton, Brenda Schilovski - e assim foi indo até o último, Zachary . Minha mãe e meu pai estavam chorando feito duas crianças. - Agora apresento-lhes os formandos da Atlantis High School! - todos nós gritamos e os pais bateram palmas. Eu me joguei em cima de .
  - Casa comigo? - ele disse no meu ouvido e tirou um anel do bolso da calça.

FIM



Comentários da autora

Olá minhas amadas leitoras, me desculpem por não ter escrito nada aqui ainda, é que eu sempre esqueço, não liguem. Bom, queria agradecer os comentários, amei todos! Essa fic está muito gostosa de escrever, acho que foi uma das minhas melhores ideias. Agradeço também as visitas aqui que conseguiram fazer com que Can?t Buy Me Love entrasse duas vezes na enquete de fic do mês por dois meses seguidos. Queria dizer também que agradeço a ajuda da Any - que me ajuda as vezes com ideias para melhorar isso aqui -, da Má e da Cáa claro, que me ajudam também e me dizem aonde eu posso melhorar. Noto que em cada atualização eu melhoro um pouquinho mais. Espero que vocês estejam gostando e por favor gente COMENTEM!!!! Hahahah. Obrigada mais uma vez a todas que acumulam um pouquinho de tempo para ler a minha fic.
Nathy =*