Busted, Até no Cinema?!

Escrito por Cáàh | Revisado por Pepper

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Quarta-feira, 00:23. Eu não consigo dormir, não consigo parar de pensar na Busted, a fic é curta e nem tem um estória assim tão legal. E eu nem ia participar dessa coisa dos temas, mas sei que vou me odiar se não tentar!
Sim, isso é um p.s., antes mesmo de ter começado algo. Então: vamos lá.

BUSTED, ATÉ NO CINEMA?

  - Cansei – Cáàh falou com a voz mole. Logo depois se comprovou que a voz não era a única coisa mole na garota: seu corpo também estava mole. Por isso ela se jogou no sofá mais próximo: o que estava na frente da loja de CDs e DVDs enorme do shopping, no segundo andar.
  Sim, ela estava no shopping, e não estava sozinha: e estavam junto.
  - Confesso que cansei também. – falou tristonha, se jogando ao lado da amiga.
  - Vocês parecem umas sedentárias. – comentou com desgosto, continuando em pé e dando as costas às garotas.
  - Só porque finge que joga alguma coisa nas aulas de educação física fica pagando de atlética agora. – comentou zombeteira.
  - Só não vou te xingar... – começou, mas foi cortada.
  - Porque tem medo. – falou e soltou a risada. riu também e ergue a mão, que logo foi tocada por .
  - Bobonas, vão me deixar falar: sim ou não? – perguntou voltando-se para elas, um risinho irônico nos lábios.
  - A pergunta deveria ser: elas vão me deixar falar, não, nunca ou jamais?! – alfinetou.
  Aquelas amigas não eram normais: não precisavam de motivos para se provocarem e se xingarem.
  - Cala a boca, . – mandou, mas riu.
  - Diga logo antes que eu desista de esperar. – avisou, olhando para as unhas como se elas fossem mais interessantes que .
  - Vacas. Mas ok, eu digo: VAMOS AO CINEMA!
  Sem mais, saiu correndo rumo à escada rolante.
  - Quê? – perguntou, perdida como sempre. Não tinha outra saída: já saíra correndo atrás de e o jeito era seguir as duas.
  - ! – Ouviu o grito de e resolveu apressar as coisas: saiu correndo também.
  - Que foi? – perguntava exasperada.
  - Espera a lesma da chegar. – A mais velha pediu.
  - A tem uma lesma? – perguntou confusa.
  - Senhor. – choramingou.
  - Depois eu sou a lerda, né? – perguntou rindo, cutucando nas costas.
  - Ok. Parou. – pediu, afastando-se de . – , se eu fosse você sairia correndo porque eu quero te matar.
  - Por quê? – perguntou inocente, olhando com curiosidade para . A garota realmente estava achando que a amiga tinha uma lesma!
  - Porque me fez correr de graça. Eu não tenho dinheiro para o cinema, só para a meia e olha lá, e nem estou com a carteirinha de estudante. – falou balançando a cabeça.
  - , você não é mais estudante. – lembrou a amiga.
  - Não preciso ser estudante para ter uma carteirinha. – respondeu indignada, como se a ideia fosse um crime. – Temos que ser prevenidas, . Sempre!
  - Tenho uma amiga mafiosa. – comentou e deu alguns pulinhos, totalmente feliz com a ideia.
  - OK, OK. – gritou tentando controlar as amigas. – Vamos voltar, de preferência voltar para casa. Não temos dinheiro.
  - Mas vocês são umas apressadas. – comentou com desgosto. Depois ela era a lerda. – Não sabem que hoje é terça-feira?
  - E daí que hoje é terça, ? Poderia ser domingo, não faria diferença na vida de uma pobre, morta de fome como eu. – levantou os braços e os balançou, como se isso fizesse perceber a realidade.
  - Idiota. – Foi a única coisa que falou, balançando a cabeça. – Se me chamarem de lerda de novo, apanham. Porque as lerdas são vocês. Terça-feira é dia do beijo, idiotas!
  - PIOROU. – , a complexada com garotos gritou. – Dia do beijo, não "dia do beijo: foda-se"! Eu não tenho namorado, .
  - É dia do beijo, não do namorado. – falou confusa, olhando para a menor. – Certo?
  - Certo. – assentiu. – O dia do beijo, suas desinformadas, é quando você paga meia entrada se beijar alguém no caixa do cinema.
  - E vamos beijar quem? – perguntou mais perdida que filho de puta no dia dos pais.
  - Vocês eu não sei, mas eu vou beijar o cara que cobra as entradas. – avisou e saiu rebolando, como se fosse a coisa mais normal do mundo.
  - Biscate. – resmungou e então olhou para os lados. – É, . Não sei você, mas eu vou agarrar o cara do refrigerante. Beijo me liga. – Sem mais, a garota saiu rebolando também.
  - E depois a é a biscate. – negou com a cabeça.
  - Falando sozinha? – Uma voz masculina a interrompeu. virou-se para trás. Um cara com um crachá no peito e vestindo uniforme vermelho estava parado ali.
  - Matt... Da Pipoca? – perguntou meio assustada, segurando a risada.
  - Ah! – Ele exclamou corando. – Bem, temos que arranjar um dinheiro, né? – Ele perguntou rindo.
  - Na verdade eu tenho que arranjar é um jeito de entrar no cinema. – falou averiguando bem o rapaz. – Vem!
  Sem mais, agarrou o tal Matt pela mão e o arrastou para a fila parando atrás de .
  - Oi. – falou ao mesmo tempo que o cara que cobrava a caixa.
  - Calada, . – mandou, ao ver que era ela lhe cutucando as costas. – Calada e atenta: aprenda como se faz.
  - Desculpa. – pediu rindo. Matt olhava as duas sem entender, então encontrou o olhar do ‘cobrador’.
  - Hei, Charlie. – Ele cumprimentou. Antes que Charlie pudesse responder, falou:
  - Hei Charlie, tudo bem? Então, negócio rápido: preciso entrar no cinema pagando meia entrada.
  - Carteirinha de estudante? – Ele perguntou desconfiado, olhando-a bem e vendo que ela não tinha cara de estudante.
  - Não, beijo mesmo. – Sem mais, ela esticou as mãos e puxou Charlie pela gola da camisa social que ele era obrigado a usar ali.
  Charlie apenas acompanhou o ritmo da garota, já que ele estava assustado demais para fazer alguma coisa.
  - Então, rola a meia entrada ou não? – perguntou soltando-o tão de repente quanto o agarrara.
  - Claro. – Ele disse e digitou alguma coisa no computador. – Toma.
  - Ei, achei que eu tinha que escolher meu lugar e toda aquela putaria de sempre. – falou desconfiada, semicerrando os olhos.
  - Acredite, arrumei um ótimo lugar para você. – Charlie piscou e olhou por cima do ombro da garota. – Próximo.
   abriu a boca e deu espaço, perplexa, a e Matt.
  - Ahn... – Matt falou olhando incerto para a garota.
  - Não aprendeu. Não aprendeu. – cantarolou, rindo dos dois.
   lhe mandou o dedo, depois virou-se para o rapaz e, como , puxou-o pela gola da camisa, obrigando-o a se inclinar e beijá-la.
  - É tipo isso que vamos fazer. – se virou e viu falando displicentemente para um rapaz. Ele usava o mesmo uniforme que Matt, mas não era da pipoca, era do refrigerante. Seu cabelo loiro-branco era presenteado por uma franja preta. Seus olhos azuis estavam arregalados para , que mantinha o rosto impassível. – Já podem se soltar! – Ela acrescentou, cutucando Matt nas costas, fazendo o rapaz soltar .
  - Desculpe. – Ele pediu, um pouco rosado.
  - Nah, tudo bem. – deu de ombros, sorrindo irônica. O rapaz, o bicolor, riu.
  - Calado, James. – Matt mandou.
  - Estamos em família? – perguntou alegremente, olhando de um rapaz para o outro.
  - Próximo. – Charlie chamou novamente.
   e James. O tal bicolor.
  - Meia também, certo? – Charlie falou por falar e enquanto James, nada bobo, se aproximava de ele começou a bater no computador. Tirando a entrada dos dois.
   fechou os olhos e jogou os braços no pescoço de James, o rapaz por sua vez a abraçou pela cintura. O beijo começou a se intensificar conforme abaixava as mãos e James subia as suas.
  - É o dia do beijo, não precisa estender e fazer filhos. – Charlie cortou. O rapaz estava com os cotovelos apoiados na mesa e estendia os bilhetes para o casal. Uma cara de puro tédio.
  - Vamos. – James convidou e saiu arrastando que, boa amiga como era, pegou e arrastou que pegou na mão de , que pegou na camisa de Matt e foram ao número correspondente à sala que assistiriam ao filme.

  - Que filme é mesmo? – perguntou tentando se distrair. Estava pensando no rapaz que beijara a pouco e achava incrivelmente injusto: estava com o bicolor e estava com o rapaz que lembrava um vampiro. Por que ela não podia estar com o rapaz da caixa? Pura injustiça!
  - Madagascar! – respondeu. – Eu estou aqui. – Ela falou, apontando para a fila da esquerda. – E vocês?
  - Estou contigo e não abro. – Matt falou rindo da própria piadinha.
  - Naquela. – falou, apontando para a fila da direita.
  - Eu também. – O bicolor falou, sorrindo satisfeito.
  - PUTARIA! – gritou tão alto que algumas pessoas a mandaram calar a boca. – Sério que aquele viado me deixou sozinha? Sozinha? Eu vou voltar lá e mata-lo! – E ela deu as costas aos dois casais e fez menção de sair.
  - Nada disso, procure seu lugar e não arrume confusão. – ralhou.
  - Nos vemos no fim do filme. – falou, olhando triste para a amiga. a olhou manhosa, os olhos se enchendo de lágrimas. Não precisou de mais nada para uma se jogar na outra e se abraçarem.
  - Eu vou sobreviver. – assegurou, limpando as bochechas que ficaram vermelhas.
   riu e seguiu James, , praguejando Charlie de tudo que é nome que se lembrava, subiu até a ultima fileira e sentou-se.
  Putaria! Charlie a colocara onde não havia ninguém! Ninguém!
  Pelo menos o filme seria engraçado e ela poderia gargalhar a vontade que ninguém ficaria olhando como se ela tivesse fugido do hospício.
  - Perdi muita coisa? – se sobressaltou ao ouvir aquela voz tão próxima. Olhou para o lado e Charlie estava ali. Fazia cinco minutos que o filme começara.
  - Só o começo do filme. – respondeu e então se deu conta de quem estava ali. – SEU FILHO D-
  Charlie colocou a mão sobre sua boca, impedindo que ela começasse O escândalo.
  , nada ruim, mordeu a mão do rapaz.
  - Sua doida!
  - Seu idiota! O que está fazendo aqui? E por que me colocou anos luz de distância das minhas amigas? – queria partir pra cima, mas Charlie era bem alto e provavelmente ela levaria a pior numa briga.
  - Porque eu queria ficar contigo, custa entender. Achei aquele beijo tão pouco. – E, puxando-a para o seu colo, beijou-a.

  - Que filme é mesmo? – perguntou quando a tela se apagou e começaram a acender luzes nas paredes, iluminando as escadas.

FIM