Beach & Greet

Escrito por Victoria Nery | Revisado por Natashia Kitamura

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  - Mas mãe, o que custa me deixar ir nesse show?! - perguntei pela milésima vez em menos de uma hora
  - Seu ingresso, óbvio!
  - Cara, eu nunca te peço nada! Eu nunca te dei motivos pra reclamar do meu comportamento ou coisa parecida! Só tiro notas boas na escola, não chego em casa tarde da noite bêbada...
  - Chega ! Se eu disse uma vez que você não vai, você não vai e ponto! - minha mãe me interrompeu, perdendo a paciência, dando um ?pequeno? escândalo em nosso apartamento.
  - Ótimo saber que não posso contar com você quando eu mais preciso! - disse enquanto saía da sala, as lágrimas já escorrendo pelo meu rosto.
  Bati a porta do meu quarto com força, e liguei meu som no último volume. Pouco me importava se os vizinhos iam reclamar, ou se minha mãe ficaria ainda mais irritada comigo. Nada mais importava.
  Há seis meses atrás o The Maine , que a propósito é a minha banda favorita, havia anunciado as datas de sua turnê pelo Brasil. Ver o nome da minha cidade ali, fez com que meu coração batesse mais rápido que o normal. Eu não precisava, NECESSITAVA ir àquele show. Minha mãe havia prometido que compraria meu ingresso uma semana antes da data que havia sido anunciada, e bem, hoje é o dia do show e eu ainda não tinha meu ingresso em mãos.
  Eram 14:00 horas da tarde, hora em que, segundo meus planos, eu já deveria estar na fila. O calor que fazia lá fora apenas mostrava como era um dia típico no Rio de Janeiro. Se eu não podia ir ao show, eu pelo menos não ficaria em casa aturando minha mãe reclamando na minha cabeça. Isso só faria com que eu ficasse ainda mais deprimida. Resolvi que iria à praia e tomaria uma água de côco para esquecer, pelo menos por alguns de todo o meu tormento.
  Me arrumei rapidamente, colocando meu biquini favorito, um shorts jeans, e uma blusa de ombro caído. Peguei minha bolsa e meus óculos de sol e saí pela sala, sem dirigir uma palavra à minha mãe, que por sinal, parecia que também não queria falar comigo.
  Desci até a portaria do prédio, e entrei no primeiro táxi que vi.
  - Para onde, senhorita?! - o taxista, um velhinho que me lembrava ao meu vô, perguntou.
  - Praia do Leblon, por favor!
  O trajeto entre onde eu morava até a praia não era muito longo, mas mesmo assim eu resolvi colocar meus fones de ouvido. Ótimo, começou a tocar "misery". Pulei a música, por motivos óbvios. A próxima era Identify. Passa. We'll All Be. Passa. Daisy. Desisti de ouvir música, pois tinha certeza de que o aleatório estava conspirando contra mim e mandaria todas as músicas do The Maine presentes na minha playlist. Pelo menos, como eu havia previsto, o trajeto no demorou muito, visto que o taxista já parava o carro em frente à orla da praia.
  Paguei o quanto devia pela corrida, e caminhei em direção à areia. Parei por alguns segundos, e inspirei fundo. Era incrível a sensação de calma que o cheiro da mar me transmitia, era como se todos os meus problemas e preocupações estivessem escorrendo pelos meus braços, temporariamente saindo do meu corpo.
  Procurei pelo lugar perfeito em frente ao mar, e quando finalmente achei, estendi a minha canga e deitei por cima dela. Olhei à minha volta, à procura de alguém que parecesse de confiança e que pudesse olhar meus pertences enquanto eu dava um mergulho. Encontrei um rapaz, não muito longe de mim, que parecia perfeito para essa tarefa. Não só para essa tarefa, mas ele parecia perfeito em todos os sentidos. Usava óculos escuros pretos, seus cabelos loiros mantinham um corte de cabelo totalmente lindo, levemente raspado dos lados... Eu realmente devia estar tão deprimida a ponto de enxergar John O'Callaghan em qualquer pessoa que eu visse na praia.
  - Hey, com licença, mas será que você poderia tomar conta das minhas coisas enquanto eu vou dar um mergulho?! - perguntei, enquanto tocava levemente o ombro do homem.
  - Ãhn?! - ele me olhou com uma cara confusa - Sorry, I don?t speak portuguese! (Desculpe, eu não falo português!)
  Ai meu Jesus Cristo, caralho, porra, isso não podia estar acontecendo! É claro que ele parecia com o John O?Callaghan! ELE ERA JOHN O?CALLAGHAN!
  - Ai meu Deus, eu não tinha te reconhecido! Mas é claro que você não fala português, você é John O?Callaghan, do The Maine! - disse em inglês, tentando me controlar ao máximo pra não dar uma de fã maluca.
  - Ah, então quer dizer que temos uma fã no recinto?! - ele brincou
  - Uma super-fã, digamos assim! Será que eu poderia tirar uma foto com você?!
  - Claro, vem aqui! - ele pediu para que eu me aproximasse, e logo tirei a foto com meu celular.
  - Hey, muito obrigada mesmo, John! É meio surreal te conhecer, sabe?! Esse pouco tempo com você fez com que meu dia todo valesse à pena! - eu não via, mas tinha certeza que tinha um sorriso que já não cabia mais em meu rosto.
  - Imagina, foi um prazer te conhecer! Acho que nos ?vemos? mais tarde no show, então. - ele disse, esbanjando simpatia.
  - Acho que não, John! - meu sorriso desapareceu no mesmo instante - Minha mãe não me deixou ir ao show.
  - Ei, ei, ei! Não fica com essa carinha não! Cadê aquele sorriso lindo que eu vi agora a pouco?! - ele disse apontando para o próprio sorriso, do mesmo jeito que fazia no clipe de Into Your Arms - Eu tenho uma proposta para você!
  Assenti de leve com a minha cabeça, como um sinal para que ele continuasse falando.
  - Que tal se você me levasse pra dar uma volta na cidade? Quem sabe eu poderia arranjar um ingresso pra você. - ele deu uma piscadela, e eu quase morri!
  - Ah, claro, vai se um prazer! Mas onde estão os outros dudes?!
  - Eles são uns preguiçosos, bebem demais, e depois não agüentam no outro dia! Acho que o organismo deles não está tão acostumado com a bebida quanto o meu! - John fez jus à sua fama de alcoólatra, o que não me fez rir, mas sim gargalhar.
  - Alguma vez já disseram que o seu sorriso é maravilhoso?! - ele perguntou e meu rosto corou no exato momento.
  - Vem, John, vamos tomar uma água de coco e eu te levo pra dar um passeio! - fugi rapidamente do assunto, ignorando o comentário dele.
  Quer dizer, tudo aquilo não podia ser real. Eu comecei o dia completamente deprimida porque não ia no show, e agora eu estava aqui, tendo uma conversa com John O?Callaghan, prestes a levar ele para conhecer a cidade maravilhosa. Na minha mente, aceitar um elogio como aquele seria demais. Eu não era uma groupie qualquer, que daria para ele na primeira oportunidade que tivesse. Ele era meu ídolo, meu amor por ele ultrapassava qualquer desejo sexual.
  Paramos em um quiosque qualquer na orla da praia e tomamos água de coco. O John disse que gostou, ?mas sinceramente, ficaria melhor se eu colocasse um pouco de vodka?.
  Passamos algumas poucas horas assim. Eu mostrava algum lugar pra ele, e ele logo vinha com seus comentários que me faziam perder o fôlego de tanto rir. Estava ficando cada vez mais difícil resistir aos encantos dele, eu tinha que admitir.
  - , eu realmente tenho que dizer que a tarde foi maravilhosa! Adorei o Rio, e acho que ele ficou ainda mais lindo com a sua companhia! Agora eu preciso voltar para o hotel antes que o Tim e os outros dudes me matem por chegar atrasado à passagem de som!
  - John, o prazer foi todo meu! Você não precisa agradecer por nada!
  - Preciso sim! Eu preciso te entregar seu ingresso, lembra?! Faz o seguinte, volta pra sua casa se arruma e vai pra fila do show! Quando nós terminarmos a passagem de som, eu te ligo e você dá um jeito de pegar o ingresso, pode ser?! - Meu Deus, que homem era aquele?! Todo simpático e prestativo! Estava quase repensando aquele papo de controlar meu desejo, e agarrar ele naquele exato momento.
  - Ai meu Deus, isso realmente não está acontecendo, você é incrível! - não consegui me controlar e abracei tão forte, que achei que ele fosse quebrar. - Anota aí meu celular!
  Passei o número do meu celular para ele, e logo, nós dois estamos seguindo nossos caminhos separados.
  Cheguei em casa com sentimentos completamente opostos aos que estava sentindo quando saí de lá. Contei a história toda para minha mãe, e ela simplesmente me abraçou, me parabenisando por ter tido conseguido realizar meu sonho. Achei um pouco irônico da parte dela, mas deixei passar.
  Tomei um banho um pouco mais longo que o normal, afinal ainda tinha que ir para a fila, e fui me arrumar. Coloquei um shorts jeans, uma das camisetas da banda - que eu havia comprado pela internet - e passei meu batom vermelho. Coloquei meu dinheiro no bolso da calça e saí de casa dando um beijo em minha mãe.
  Pela segunda vez naquele dia, fui até a portaria do prédio chamar um táxi. Não demorou muito, e logo já estava confortavelmente sentada no banco, seguindo para a casa de shows.
  ?Caralho!? foi tudo o que eu consegui pensar quando vi o tamanho da fila. Só podia ser brincadeira com a minha cara.
  - Hey, você sabe se a passagem de som já terminou?! - perguntei para a última menina da fila.
  - Acho que sim, eles já estão a um tempinho sem tocar. - a garota respondeu, e eu apenas sorri levemente.
  Entrei na fila, e olhava impacientemente para meu celular, de cinco em cinco minutos.
  De repente, começou a tocar Every Road, e eu senti que muita gente começou a me encarar. Olhei o identificador; Johno, como o próprio John tinha gravado seu nome, estava estampado na tela. Me afastei razoavelmente de onde as pessoas estavam, para não correr o risco de ser apedrejada.
  - Hey, , você já está na fila?! - ele perguntou, logo que eu atendi o telefone.
  - Estou sim, John!
  - Ótimo, vai até a bilheteria e fala quem é você, o Tim deixou avisado que era pra te entregarem o ingresso!
  - John, eu ainda não acredito que tudo isso está acontecendo! Muito obrigada! - eu estava quase chorando?! Sim, eu estava quase chorando!
  - Hey, pára com isso! Nos vemos lá dentro, ok?!
  Desliguei o telefone e fui em direção à bilheteria. Disse quem eu era, e a atendente me olhou da cabeça aos pés, me analisando. Senti uma pontinha de recalque, mas nada que realmente importasse.
  Peguei meu ingresso e me dirigi novamente para o final da fila. Não tinha sensação melhor do que conversar com pessoas que curtiam as mesmas coisas que você. Fiz algumas amizades muito legais, na fila, conversamos bastante, demos risadas e trocamos twitter?s e celulares para manter contato. O tempo passou tão rápido, que quando eu vi, já estava dentro da casa de show, sendo e empurrada e empurrando algumas pessoas, afim de conseguir o lugar perfeito.
  Os primeiros acordes de Identify começaram, e tudo à minha volta ficou em câmera lenta. Depois do choque inicial, tudo o que eu conseguia fazer era pular, e gritar a letra da música como se minha vida dependesse daquilo.
  Eles cantaram mais ou menos quinze músicas - entre elas um cover do Rolling Stones, no qual o Garrett cantava, e naquele momento eu não sabia mais o que eram ovários - e era a hora de ?Girls do What They Want?, música na qual eles sempre chamavam alguma fã para cantar com eles.
  Embora eu já tivesse conhecido o John, confesso que meu coração batia mais rápido só de pensar em mim ali em cima daquele palco.
  - Hey, como está todo mundo aí embaixo?! Bom, eu sei que todas vocês estão bem ansiosas para essa música, mas eu gostaria de fazer um pedido bem especial. - gritos histéricos de todas nós. - Ok, ok! Bem, eu conheci essa garota hoje de manhã, e bem, ela é muito especial. Por algum motivo, ela não iria poder vir ao show, mas como ele foi muito simpática, e uma última guia turística, um amigo meu conseguiu um ingresso pra ela. - ele deu uma risada, e eu acompanhei. Nós tínhamos nossa própria piada interna. Nesse momento, muitas fãs também gritavam, mas eram gritos meio inconformados, muitas pessoas xingando ?a tal menina?.
  - , será que você podia subir aqui?! - ele disse, me procurando lá de cima.
  Ok, eu estava meio espantada, mas comecei a caminhar depois que recebi um empurrão de uma das minhas novas amigas.
  Foi um pouco difícil subir ao palco, mas alguns dos seguranças me ajudaram.
  Minha primeira reação quando cheguei lá em cima foi correr para abraçar todos eles. Era oficial, eu nunca mais poderia reclamar da minha falta de sorte.
  - Hey, esqueceu de mim?! - John disse, abrindo os braços para que eu o abraçasse. Cheguei mais perto, um pouco receosa com a reação do público, mas pude ver que muitas delas estavam felizes por mim.
  Aquele definitivamente foi o melhor momento da minha vida. Nós cantamos, fizemos muitas gracinhas e danças ridículas. Eu ainda estava esperando meu despertador tocar me fazendo acordar daquele sonho perfeito.
  - Ei todo mundo, palmas para a mais nova integrante do The Maine! - John disse, fazendo com que todas gritassem empolgadas.
  - John, sinto informar, mas nós estamos te expulsando da banda! A canta muito melhor que você! - Garrett comentou, fazendo com que todos dessem risadas.
  - Calúnia! Por favor, saia do meu palco! - John começou a me empurrar para fora do palco, e eu não conseguia mais parar de rir.
  - Hey tomatinho! - ele brincou, quando já estávamos na coxia - Fica assistindo o show daqui, ok?! Tenho uma surpresa pra você mais tarde! - dito isso, ele me deu um beijo na bochecha, e voltou para o palco.
  Minhas pernas bambearam, e eu tive que me apoiar em uma cadeira que estava ali perto. Alguém da produção apareceu com uma garrafa d?água pra mim, e eu agradeci.
  Passei alguns minutos sentada, me recuperando de toda aquela emoção, mas logo estava pulando e cantando feito uma louca ali no backstage, arrancando risos de muitos à minha volta.
  O show acabou mais rápido do que eu esperava, e pude receber um abraço - suado - de todos os integrantes da banda.
  - Hey, eu não esqueci da sua promessa, hein?! - brinquei logo que abracei John.
  - Que surpresa?! - ele se fez de desentendido.
  - Larga mão, de ser bobo! - comecei a rir, e dei um tapinha nele. De alguma forma, acabei me desequilibrando, e apenas não me esborrachei no chão, porque fui impedida pelos braços dele.
  Nos encaramos profundamente por alguns segundos, até que ele começou a se aproximar lentamente de mim, até que eu pudesse sentir seus lábios roçando levemente nos meus. Logo o beijo se tornou mais profundo, e meu coração batia tão aceleradamente em meu peito, que eu pensei que a qualquer momento ele fosse parar. Pelo menos, se eu morresse àquela hora, morreria feliz.
  - Então essa era a surpresa?! - perguntei logo que nos afastamos um pouco, apenas para recuperar o fôlego.
  - Parte dela, mas se você ficar comigo essa noite, eu posso te revelar muito mais.
  - John, eu não posso fazer isso, é errado! Seria só mais um caso de uma noite, uma fã com o seu ídolo! - disse, olhando para o chão.
  - Sabe, uma vez me disseram que os sonhos apenas duram por um noite, mas o que você acha de nós mudarmos essa regra hoje?! - ele tocou em meu queixo, fazendo com que eu encarasse seus olhos de um verde tão profundo, que chegavam a hipnotizar.
  - Eu acho... Que nós podemos fazer dessa regra, uma exceção! - esse comentário fez com que ele risse, e me beijasse mais uma vez, agora, com muito mais empolgação.
  Depois daquele momento, nós dois fomos até o camarim de mãos dados, fazendo com que todos fizessem gracinhas com a gente ao reparar nesse detalhe. Todos foram para a after party, para comemorar mais um dia de show, mas John achou melhor que nós fossemos para o hotel, curtir um pouco sozinhos.
  Havia algumas poucas fãs na porta do local, as quais John pacientemente atendeu, dando autógrafos e tirando fotos.
  Até hoje, sinto que toda aquela noite, na verdade não existiu. Nós dois seguimos para o quarto dele, e o que começaram com beijos apaixonados, se transformaram em todas as nossas peças de roupas espalhadas pelo chão.
  Olhei para o lado, apenas o observando dormir. Ele era perfeito, em todos os sentidos, e eu não estava pronta para deixar aquela cama, vê-lo seguir seu próprio rumo, me deixando sozinha.
  As pessoas ao meu redor poderiam julgar, e falar o que quisessem de mim depois daquela noite. Eu realmente não estava ligando para o que pensavam. Eu segui meu sonho, fiz o que meu coração mandava, e me entreguei de corpo e alma para o homem que eu amava. É, eu realmente amava ele, amava tanto que chegava a doer estar tão próxima dele, sentindo sua respiração em meus cabelos.
  John se remexeu ao meu lado, dando sinais de que estava acordando. Levantei, tomando cuidado para que não o acordasse, e comecei a vestir minhas roupas.
  - , onde você pensa que vai?! - ele disse, ainda meio sonolento. Droga, eu o havia acordado.
  - John, esse é o máximo que eu vou conseguir, e posso ter com você. Eu estou indo embora. - disse, tentando não transparecer a tristeza que eu sentia.
  - Quando é que nós vamos nos ver de novo?! Eu preciso te ver, ! Nenhuma garota nunca me fez sentir do jeito que você fez.
  - Quem sabe, se você demorar muito para voltar para o Brasil, eu vou até o Arizona te encontrar. - dei uma piscadela.
  - , assim você me deixa louco!
  - E você não faz ideia de como eu me sinto, O?Callaghan! Até mais! - dito isso, me aproximei dele, dando um último beijo em seus lábios.
  - Tchau, !
  Saí do quarto, e no momento em que bati a porta, senti as lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Caralho, como era possível amar tanto assim uma pessoa?!
  - Eu amo você, John O'Callaghan! - sussurrei com meu corpo deslizando pela porta, até que eu ficasse em cima dela.
  Meu celular começou a vibrar. Provavelmente deveria ser minha mãe, preocupada com o fato de eu ainda não ter voltado para casa.
  Olhei, havia recebido uma nova mensagem. Era do John.
  Minhas mãos começaram a tremer, até que eu finalmente consegui apertar o botão.
  ?Amor é um sentimento muito forte para surgir em apenas um dia. Eu na verdade não sei o que é o amor, mas sei que estar ao seu lado faz parte de seu significado.?

Fim.



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