Barriga de Aluguel

Escrito por Giovanna B. | Revisada por Virginia

Tamanho da fonte: |


Prólogo.

  Sei que são estranhas as perguntas que te farei, mas... Você se tornaria uma barriga de aluguel? Se a resposta para essa primeira pergunta foi não, me responda outra: E se fosse para fazer alguém que você ama muito feliz? A sua resposta continua sendo não? Que bom, porque eu não fui forte como você, ainda mais quando o pedido foi feito por ele.

Capítulo. 01 - A Proposta

  Eu ouvi a campainha tocar e fingi que nem ouvi, tinha planejado ficar o dia inteiro com o meu pijama, assistindo TV e comendo besteira. Mas a pessoa na porta era insistente e irritante. Respirei fundo. Levantei-me e olhei-me rapidamente no espelho que tinha perto da porta, estava apresentável, tirando o pijama e o cabelo bagunçado. A campainha tocou de novo.
  - JÁ TO INDO! DEDO NERVOSO! - abri a porta sem nem olhar quem estava do outro lado. - Louis? Els? O que fazem aqui? - o casal "vinte", como Niall e eu costumávamos chamá-los, estava parados na minha porta.
  - Oi, . Tudo bem? - perguntou Els me abraçando e entrando sem meu consentimento.
  - Acho que tudo e vocês? - perguntei enquanto Louis me abraçava em seu famoso abraço de urso.
  - Tudo, quer dizer pode ficar melhor. - disse ele.
  - Vish, o que houve? Olha que eu não sou dessas psicólogas que fazem terapia de casal, não hein.
  - Hahaha. Não estamos brigados. - disse Els que sentava-se na poltrona da minha sala de estar.
  - Hmmm... Então... Por que o meu casal favorito - só que não - faz aqui?
  - Queríamos conversar com você. - respondeu Louis sentando-se na poltrona ao lado da noiva, isso mesmo os dois logo iriam se casar.
  - Hm. Sobre?
  - Uma proposta.
  - Uma proposta, hm... Qual?   - Será que poderíamos conversar sobre isso durante um chá? Vai tomar um banho e colocar uma roupa... - Els olhava a minha roupa tentando defini-la - Mais apresentável, enquanto arrumamos tudo aqui?
  - Pode... Ser.
  - Ótimo, vai logo menina. - disse ela se levantando e indo para a minha cozinha.
  - Ela está bem? Vocês estão bem, mesmo? - sussurrei para Louis, afinal eu era a melhor amiga dele e tinha certeza que ele me contaria qualquer coisa.
  -Estamos... Indo. Podemos conversar sobre isso durante o chá? Eu preciso ajudá-la e você precisa de um banho. - disse ele tampando o nariz como se estivesse sentindo um cheiro ruim. Dou um tapa no braço dele enquanto me encaminho para o meu quarto.
  - Eu não cheiro mal, Tomlinson. Diferente dos pés de algumas pessoas...
  - NÃO OUSE FALAR DOS MEUS PÉS, ! NEM OUSE! - grita ele da sala e eu entrei rindo no banheiro. Tomei um banho quente para tentar relaxar e pensar em qual seria essa proposta misteriosa. Quando saio, me enrolo na toalha e vou até meu quarto, colocando minha roupa e me dirigindo para a sala de estar. Antes de entrar ouvi a conversa do casal e parei, sabia que era errado escutar "atrás da porta", mas eu não podia terminar a conversa assim.
  - Você acha que ela vai aceitar? - perguntava Els para Louis.
  - Tenho quase certeza, mas Eleanor me prometa que se ela não aceitar, você vai seguir em frente e superar. Não aguento mais te ver triste, já me basta estar triste, te ver triste me destrói. - eu sabia que ele devia estar acariciando o rosto dela naquele momento. Suspirei e decidi que qualquer que fosse a proposta maluca que eles me fizessem, eu iria aceitar. Não queria ver Louis triste, mesmo que isso significasse que eu ficaria.
  - Prometo. Mas vamos para de falar nisso que ela já deve ter acabado. - respiro fundo mais uma vez e entrei na sala como se não tivesse ouvido nada.
  - Pronto? Podemos conversar agora? - pergunto entrando na sala.
  - Claro, sente-se. - disse Els apontando para a cadeira a frente dos dois. Sentei-me e coloquei um pouco do chá na xícara que estava a minha frente.
  - Acho que vocês podem começar a falar...
  - Então, , eu te falei a algum tempo que a Els e eu estávamos tentando ter um filho, não falei?
  - Falou. - tanto que eu dei a louca no dia, pirei, falando que eles ainda eram muito jovens e blá, blá, blá.
  - Então... Não deu muito certo.
  - Como assim?
  - Eu não posso ter filhos, . - disse Eleanor, que tinha lágrimas nos olhos.
  - Ah... Sinto muito. E desculpa pela grosseria, mas... E eu com isso?
  - Bom, você tem tudo a ver com isso.
  - Qual é Louis, não fui eu que fiz isso com a Els, vai reclamar com Deus então, porra.
  - Eu não estou reclamando com você. Só queremos dizer qual é a proposta.
  - Não querem que eu vá até o mercado negro comprar uma criança, né?
  - Não.
  - AH, então vocês querem que eu sequestre uma?
  - Também não.
  - Oxi, então o que vocês querem?
  - , - Louis pegou na minha mão me fazendo olhar para seus lindo olhos - queremos que você tenha um filho por nós.
  E então meu queixo caiu. E logo depois eu estava gargalhando.
  - OK, LOUIS, CADÊ A CÂMERA?! ESSA BRINCADEIRA FOI ÓTIMA! QUASE CAI NELA! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK.
  - Mas não é brincadeira?
  - Louis, eu já descobri. Anda, cadê a câmera? - disse ainda rindo.
  - Eu disse que ela não ai acreditar. -,disse Eleanor quase chorando. E então eu caí em mim.
  - Peraí... Isso é sério?
  - Sim! - disseram os dois me encarando.
  - Ok, ok. Mas... Não seria mais fácil adotar?
  - Não, nós queremos um filho nosso. Pelo menos de um dos dois. - disse Els olhando para Louis que confirmou com a cabeça.
  - Então... Como faríamos isso? As fãs não iriam aceitar.
  - Relaxa, já pensamos em tudo. - disse Els se animando com a ideia de eu aceitar - Eu vou usar uma barriga falsa para dizer que eu estou grávida do Louis, e as fãs vão pirar, mas irão aceitar. Então, você passa a morar conosco para podermos cuidar de você e do bebê, e as fãs vão questionar mais uma vez e nós diremos que você engravidou de um namorado que te deixou por isso. Enquanto isso, nosso bebê vai se desenvolvendo e na hora do nascimento, eu e Louis pegamos o seu filho para nós e dizemos que é nosso.
  - Ah. Legal. E o meu filho como explico?
  - Ele morreu no nascimento. – disse Louis.
  - Hmm... Mas e depois? Eu terei que sumir da vida dele?
  - Não, você e Harry serão os padrinhos, e você vai poder cuidar dele como seu "filho". - Louis fez as aspas com os dedos.
  - Porém, ele nunca saberá que eu sou a mãe dele. E eu vou ter que assinar um contrato com isso. Estou certa?
  - Certíssima. Então aceita? - Els praticamente se debruçava sobre a mesa olhando para mim. Mas eu não queria olhá-la, olhei então nos olhos de Louis e ele sorriu e junto seus olhos sorriram e então eu sabia que era realmente isso que ele queria.
  - Quando assinamos o contrato?
  - É sério? - perguntou Louis ao mesmo tempo em que Eleanor pulava e vinha me abraçar.
  - Quando assinamos o contrato, Tomlinson?
  - Amanhã mesmo.
  - Ótimo.
  - Vamos sair para comemorar? -perguntou-me Els super animada.
  - Obrigada, Els. Mas meus planos para hoje continuam os mesmo, ficar deitada no sofá assistindo seriados. Mas vocês devem ir.
  - Não quero te deixar aqui sozinha. - disse Louis.
  - Eu não vou ficar sozinha.
  - Não? - ele me olhou com seu olhar questionador.
  - Não. Niall está vindo para cá. - nesse momento o meu interfone toca. - Viu só? Podem ir tranquilos. - disse eu indo para o interfone.
  - Ok. Vamos, Louis. Niall vai cuidar dela direitinho. -disse Els puxando o noivo.
  - Qualquer coisa liga.
  - Pode deixar. - volto-me para o interfone.
  - ?
  - Fala, seu Mauricio. - o porteiro do prédio.
  - Niall está aqui.
  - Você sabe que ele pode entrar sem permissão.
  - Sei, é que o casal Tomlinson estava ai e eu pensei...
  - Ok. Relaxa, pode deixar Niall subir.
  - Ok.
  Respirei fundo me jogando no sofá a espera de Niall.

Capítulo. 02 - Conversas entre amigos e certas lembranças

  - VOCÊ ACEITOU O QUÊ? - eu tinha acabado de contar a Niall sobre a proposta de Els e Louis.
  - Eu aceitei ser barriga de aluguel de Eleanor e Louis.
  - Você pirou de vez, não é? , você gosta dele! E agora vai ajudar os dois a ficarem mais juntos do que nunca? Mesmo depois de nós passarmos esses cinco meses planejando coisas para acabar com o casamento deles?
  - Isso era besteira, Duende. Você sabe disso.
  - Mesmo assim, você não pode negar que adoraria fazer isso.
  - Realmente não posso negar. Porém se eu não fizesse isso, provavelmente Eleanor ficaria triste...
  - Deixasse, oras. Você nunca se importou com ela.
  - Deixando LOUIS triste.
  - Aaah, o Louis me cansa às vezes. , você pensou no mal que vai te fazer ter um filho para ele cuidar como se fosse dele e da mulher que você simplesmente odeia?
  - Eu sei, mas agora eu já aceitei. Irei assinar o contrato amanhã e...
  - Vamos fugir.
  - Oi?
  - Vamos fugir. Agora, eu e você. Para qualquer lugar.
  - Não posso, Niall.
  - Claro que pode.
  - E os nossos trabalhos?
  - dane-se nosso trabalho.
  - Niall, eu não posso jogar tudo o que conquistei para os ares, e nem você. Acorda menino.
  - Acorda você! Barriga de aluguel, tá tão desesperada assim?
  - Niall, o corpo é meu e as consequências serei eu que terei que sofrer, então chega de me torturar, caramba.
  - Desculpa. Eu só estava tentando te proteger.
  - Tudo bem, acho que teria a mesma reação se fosse você.
  - Você sabe que eu sempre estarei aqui, para o que der e vier, correto?
  - Obrigada. - disse deitando-me no colo dele, deitar no colo de Niall sempre me trouxe a sensação de proteção, e o mesmo começou a mexer no meu cabelo.
  - Nós não iriamos assistir um filme?
  - Sim. -ele levantou minha cabeça colocando-a em um travesseiro e foi até a minha grande estante de DVD's.
  - Qual?
  - Você escolhe. - ficamos um tempo em silêncio enquanto ele escolhia o filme.
  - ?
  - Oi?
  - Você e o Louis, bom... Vão ter que...?
  - Não! Inseminação artificial, já ouviu falar? Então, será isso.
  - Ah... Ufa.
  - Ufa?
  - É, o Harry iria ficar muito triste se não pudesse continuar falando que ele é o único membro do 1D que já pegou você.
  - Hahaha. O Hazza é louco. - Niall colocou o filme e sentou-se novamente em seu lugar e eu me deitei de novo. Porém, não prestei atenção no filme, eu estava perdida em lembranças...
  Era o meu 1º dia dos namorados em Londres e sem um namorado para comemorar. Harry decidiu que, como também estava solteiro, iria ficar lá em casa naquela noite deprimente.
  Odeio isso, todos os meus amigos estão fazendo alguma coisa e eu estou aqui, jogando videogame com você.
  - Obrigada pela parte que me toca. - disse eu concentrada no jogo.
  - Desculpa, . Mas nós dois poderíamos estar fazendo coisas melhores do que jogar vídeo game.
  - Melhores, tipo o quê? - e então ele pausou o jogo me fazendo olhar para ele que se aproximava de mim.
  - O que os namorados fazem na noite do dia dos namorados, oras bolas.
  - Saindo para jantar?
  - Você é uma ótima estilista, mas é lenta como Jesus.
  - Ah... Você quis dizer o que eles fazem depois do jantar, correto?
  - Olha, a minha estilista favorita sabe pensar. - disse ele rindo malicioso.
  - Sua estilista favorita? Sou sua ÚNICA estilista, Styles. - disse eu largando o controle do vídeo game e encarando-o com um sorriso malicioso nos lábios.
  - Minha única. E eu serei o único Direction a dormir com você, né? - estávamos tão próximos que eu podia sentir seu hálito em meu rosto.
  - Por enquanto, Styles. Por enquanto. - e então nossas bocas estavam juntas. Ele me deitou no sofá e deitou-se sobre mim. Separamos-nos para respirar e ele aproveitou para arrancar a minha blusa e a sua. Olhei seu abdômen.
  - Harry?
  - Hm?
  - Não seria melhor na cama.
  - Bem melhor. Vem. - ele me pegou o colo e me beijando foi me levando para o meu quarto. Assim que entramos ele fecha a porta e me encosta à mesma, forçando o seu quadril sobre o meu, eu já podia sentir um volume se formando em suas calças. Ele beijava meu pescoço e começou a descer para meu busto. Levou as mãos para minhas costas e procurou o fecho do meu sutiã, depois de alguns minutos procurando em vão, ele parou de me olhar e me encarou.
  - Na frente. - ele olhou e então arrancou o meu sutiã o mais rápido possível.
  - Lindos. - disse ele antes de levar os lábios para o meu mamilo direito me fazendo gemer, ele beliscou o outro como para me punir. Depois de um pouco de tortura ele voltou à boca para a minha e eu aproveitei para virar o jogo e logo ele estava encostado na parede. - Cuidado com o que você vai fazer...
  - Shhh, agora é a minha vez. - e então eu desci rindo e arranhando o abdômen dele até chegar a "barra" da cueca box puxando-a de uma vez só, revelando o grande membro de Harry. Sorri mais ainda e comecei a masturba-lo. Ele gemeu e eu levei a boca para a cabeça de seu membro.
  - ...
  Logo, eu estava chupando-o e ele gemia. Quando ele estava prestes a gozar me afastei, fazer um boquete, tudo bem, mas engolir o gozo? Nunca. Em poucos minutos estávamos na cama, ele arrancou rapidamente meus shorts e minha calcinha, colocou a camisinha e me penetrou com força. Harry não tinha piedade, e eu gostava disso. As estocadas ficaram cada vez mais fortes (se é que isso é possível) e logo eu cheguei ao orgasmo sendo seguida por ele.
  - Nunca mais vou me esquecer desse dia dos namorados. - sussurrou ele em meu ouvido quando conseguimos controlar as respirações.
  -Pelo menos não serei a única. - e então nós dois caímos no sono...

  - ? - chamou-me Niall sussurrando em meu ouvido.
  - Niall?
  - O que achou do filme?
  - Legalzinho.
  - Mais um.
  - Pode ser.
  - , posso dormir aqui hoje?
  - Você sabe que o sofá é seu por direito, Niall.
  Depois de mais dois filmes, nós dois fomos dormir, afinal eu teria um dia agitado amanhã.

Capítulo. 03 - A inseminação

Whenever I close my eyes, I picture you there
(Sempre que eu fecho meus olhos, você está lá)
I'm looking out at the crowd, you're everywhere
(Eu estou olhando para a multidão, você está em toda parte)
I'm watching you from the stage yeah
(Estou vendo você no palco, yeah)
You're smile is on every face now
(Seu sorriso em todas as faces agora )
But every time you wake up
(Mas cada vez que você acordar)
You're hearing me say
(Você estará me ouvindo dizer)
Goodbye
(Adeus)

  Eu ouvi o celular tocar, mas não queria me mexer. Queria poder continuar ali, para todo o sempre, debaixo das cobertas, onde nada era tão monstruoso quando parecia.

Baby, you don't have to worry
(Querida, você não precisa se preocupar)
I'll be coming back for you, back for you, back for you, you
(eu vou voltar para você, de volta para você, de volta para você, você)
Lately, I've been going crazy
(Ultimamente, tenho ficado louco)
So I'm coming back for you, back for you, back for you, you
(Então, eu vou voltar para você, de volta para você, de volta para você, você)

  - OU VOCÊ ATENDE ESSE TELEFONE OU EU IREI ATÉ AÍ QUEBRÁ-LO. E NÃO ESTOU DE BRINCADEIRA, ! - ouvi Niall gritar da sala e a minha grande vontade era mandá-lo ir se foder e voltar a dormir, porém o toque me dizia que Louis estava tentando falar comigo. Sei que parece estranho, afinal Back For you foi feita para as namoradas deles, mas era a música favorita de Louis do meu CD favorito deles, então coloquei como seu toque.
  - Alô.
  - ?
  - Fala, Louis.
  - Já tá pronta?
  - Pra que?
  - Marcamos a inseminação para hoje, lembra?
  - OMG! Eu tinha esquecido.
  - Sabia, deixa-me adivinhar, ficou até tarde ouvindo Niall tocar a música que ele está criando, enquanto você desenhava a roupa que nós iremos usar na sexta.
  - Acertou. Me dá meia-hora e eu estarei pronta.
  - Ok. Mas logo nós estaremos aí, então avise o seu Mauricio para nos deixar entrar.
  - Ok.
  - Até daqui a pouco.
  - Até.
- então desliguei o telefone e corri do jeito que estava, para a sala ,pegando o interfone.
  - Maurício.
  - Oi, é a do 5º andar.
  - Ah, fala, querida.
  - O casal Tomlinson estará aqui daqui a alguns minutos, pode deixá-los entrar, ok?
  - Ok.
  - De nada, querida. - desliguei o interfone e me virei encontrando um Niall de cueca me encarando.
  - O que Louis e Eleanor faze aqui? - perguntou-me com voz de sono.
  - Hoje é a inseminação, lembra? Te falei isso duas semanas atrás.
  - Ah, verdade. Hoje você vai ficar grávida dos sêmens que o Louis teve que tirar assistindo filmes pornôs.
  - Niall!
  - É verdade. Ele mesmo contou para nós.
  - Eu não precisava ficar sabendo disso.
  - Tudo bem. Vai se arrumar, menina. Eu os recebo.
  - De cueca? É capaz da Els largar o Louis por você, cuidado.
  - DEUS ME LIVRE! NÃO AGUENTARIA NEM UM DIA DAQUELE BLÁ, BLÁ, BLÁ DELA! - Niall não era o maior fã de Eleanor como vocês podem perceber, eu até gostava dela, um pouco.
  - Hahaha. Coloca pelo menos a calça e a camiseta que você estava ontem à noite.
  - Ok. Agora vai logo, para não ter que ouvir a miss certinha reclamando de você sempre estar atrasada. - corri para o banheiro. Minutos depois, eu encarava no espelho uma menina com um vestido florido com uma jaqueta preta por cima, sapatilhas e bolsa preta, e óculos de sol estilo gatinho. Olhei meus cabelos negros caindo em cachinhos perfeitos e meus olhos verdes envoltos de grandes cílios. Muitas pessoas diziam que eu e Harry podíamos ser irmãos, de tão parecidos. Ouvi a voz do casal vinte falando com Niall e decidi que estava pronta para seguir o meu futuro.
  Entrei na sala e encontrei um Niall já vestido e Louis e Eleanor sentados nas poltronas da sala.
  - Estou pronta, vamos?
  - Sim. - Niall levantou-se junto com Louis e Els.
  - Niall, pode ficar até eu voltar e...
  - Eu vou com vocês. - disse ele com convicção.
  - Não precisa, duende. Louis e Els não vão me levar para sei lá onde e me matar, depois jogar no mar, relaxa.
  - Mas eu quero ir com vocês. - então ele veio até mim e sussurrou só para que eu ouvisse. - alguém tem que estar lá para proteger você de si mesma.
  - Já sou grandinha, Niall. - mesmo sendo alguns centímetros mais baixa que ele eu sabia me cuidar. - prefiro saber que você vai estar aqui quando eu chegar, você e aquela comida que só você sabe fazer. - ele olhou bem fundo nos meus olhos, para ter certeza que eu estava falando a verdade.
  - Ok, mas me liga assim que chegar lá e antes de sair de lá.
  - Pode deixar.
  - Eu te amo. - ele falava eu te amo, como se fosse um segredo só dos dois.
  - Também te amo. - beijei-lhe as bochechas e segui Els e Louis para fora do meu apartamento.
  - Então, pronta para se tornar mamãe? - perguntou Els passando os braços pelos meus ombros.
  - Els?
  - Oi?
  - Você sabe das probabilidades da inseminação dar errado, não é?
  - Mas eu também sei das probabilidades de dar certo. Seja otimista, .
  -E não pode dar errado, não tive que fazer todo o esforço que fiz pra nada. - disse Louis segurando a porta de trás do carro para mim.
  - Como se você não fizesse o que fez quase todos os dias, quando tinha 15 anos. - então entrei no carro. Seguimos o resto do caminho zoando com a cara de Louis.
  Vinte minutos com as pernas para o ar e a única coisa que podia fazer era olhar as unhas dos meus pés e me arrepender de tê-las pintado de vermelho sangue. Quando o "despertador" tocou o médico entrou na sala e desceu a cadeira.
  - Prontinho, Srta. . Agora você tem que voltar aqui daqui a um mês para termos certeza que deu certo. - disse ele enquanto eu me trocava atrás de um biongo branco que tinha na sala.
  - Ok. Obrigada por tudo, Doutor Singleton.
  - Pode me chamar de Colin, afinal acabamos de fazer um filho. - e ele riu da própria piada sem graça.
  - Tudo bem, Colin. Nós nos vemos no próximo mês. - sai da sala e Louis e Eleanor levantaram-se da cadeira e vieram até mim.
  - E?
  - Temos que esperar um mês para ver se deu certo.
  - Frustrante.
  - Não é tão rápido se fazer uma criança não, Els.
  - Você acha que deu certo? Mentalizou bem isso durante a inseminação?
  - Sim. - NÃO! - relaxa Els. Vai dar certo.
  - Ótimo, vamos. - disse Louis passando os braços pelos meus ombros. Saímos e não nos deparamos com fotógrafos ou fãs, tínhamos sido cuidadosos em relação a isso. Entramos no carro e eles me deixaram em casa. Assim que entrei fui recebida pelo cheiro da melhor comida do mundo.
  - Niall?
  - Na cozinha! - larguei minha bolsa e chaves, na mesa perto da porta, e corri para a cozinha, onde Niall acabava de colocar dois pratos na mesa.
  - Hm. O cheiro está ótimo.
  - Espero que o gosto também. Vai lavar as mãos, menina. - corri até o banheiro e voltei tão rápido quanto fui. - e como foi? - me perguntou assim que sentei.
  - Cansativo. Tive que ficar vinte minutos com as pernas para cima e com um tubo na vagina que colocou os sêmens de Louis para dentro de mim. Acredite, fazer sexo é dez vezes melhor.
  - Eu realmente não queria ser mulher e ter que ter algo entrando em mim para poder sentir prazer.
  - Eu também não queria ser mulher, mas não pude escolher.
  - Ok, chega desse assunto escroto. Vamos comer.
  E logo, a minha boca foi dominada por uma dança de sabores. Niall era realmente um ótimo cozinheiro, se não desse certo como cantor, poderia virar chefe. Ri com o pensamento e deixei quieto, porque os meninos tinham conseguido se virar esses 6 anos sem grandes problemas, então iria demorar um tempo para a grande separação acontecer.

Capítulo. 04 - Prós e contras

  Eu tinha ido ao médico fazer o exame de sangue para descobrir se estava grávida. Essa era a forma mais precisa de se ter certeza se eu estava ou não, Louis disse que pegaria o resultado para mim, e eu permiti, não queria ter que parar de montar as roupas dos shows para ir pegar um exame. Os meninos, menos Louis, estavam com suas respectivas famílias, até Eleanor foi ficar com os avós por muita insistência de Louis.
  Então, estava eu sentada em frente a minha mesa com vários desenhos de roupas e amostras de tecidos, quando meu celular começou a tocar Back For You, peguei o sem deixar de prestar atenção nas amostras de tecido.
  - Alô?
  - , tá muito ocupada?
  - Não, Louis. O que foi?
- parei de prestar atenção nos tecidos, quando ouvi sua voz preocupada.
  - Posso passar aí para comentarmos sobre o exame?
  - Claro, só uma questão... Deu certo?
  - Podemos conversar quando eu chegar aí?
  - OLHA É O LOUIS TOMLINSON! LOUIS, OLHA PARA CÁ.
- Eu podia ouvir as vozes dos fotógrafos atrás dele.
  - Claro. Cuidado.
  - Pode deixar. Até daqui a pouco.
- e então ele desligou, odiava ouvir os fotógrafos perto dos meninos quando eu sabia que nenhum segurança estava, tinha medo de que acontecesse algo com eles. Suspirei e sentei-me novamente na banqueta enfrente a minha mesa, não conseguiria prestar atenção em nada até Louis chegar aqui, então fui até a cozinha e peguei um pote de sorvete que tinha no frízer. Depois de 20 minutos a minha campainha tocou. Corri e abri a porta o mais rápido que podia. Encontrei um Louis meio descabelado, o que o deixava mais sexy do que já era, tentando organizar os fios enquanto segurava um envelope, que com quase certeza continha o resultado do exame.
  - Oi. - falei meio sem ar.
  - Oi. Posso entrar?
  - Claro. - ele passou por mim beijando-me a bochecha. - Tudo bem?
  - Tudo, tirando os fotógrafos. Odeio eles, sabia? - ele se jogou no meu sofá. Quando Louis estava sem Eleanor, ele era mais como um menino de 18 anos, sem responsabilidade do que qualquer outra coisa. Agora quando a noiva estava por perto ele era o homem de 25 anos que ele tinha que ser.
  - Você sempre fala isso.
  - Falo porque é verdade.
  - Quer alguma coisa?
  - Não, valeu.
  - Ok, então vamos para o que interessa. Qual o resultado do exame? - eu estava nervosa com isso havia semanas. Ele simplesmente suspirou e me entregou o envelope. Li e reli. E não acreditei.
  - Não deu certo? Como pode isso produção?
  - Acontece, não é tão raro quanto parece, mas também não é tão comum.
  - Como a Els reagiu a isso? - eu tinha certeza que ele tinha contado para ela.
  - Ela disse no mesmo momento para eu remarcar.
  -E você o fez?
  - Não.
  - Por que não?
  - Porque eu tive outra ideia. Porém disse para a Els que sim e que seria depois de amanhã.
  - Mas ela não estará aqui nesse dia.
  - Não mesmo, faz parte do plano. Afinal eu não marquei. Acorda, .
  - Ok, mas eu estou aqui me perguntando... Como vamos fazer se não for com a inseminação? - e assim que terminei de falar me arrependi. Louis estava mais vermelho que um pimentão.
  - Podíamos... - ele engoliu em seco - fazer do jeito normal.
  - Louis... OMG! FICOU LOUCO? VOCÊ ESTARIA TRAINDO A ELS E... - Ele tapou minha boca com as mãos.
  - Ei, você tem vizinhos lembra?
  - Desculpa. - tentei falar por de baixo da mão dele.
  - E eu não estaria traindo a Els, eu estaria fazendo a melhor forma para deixá-la feliz, e com um filho nos braços. Vou te deixar falar, não grite! - ele então tirou a mão.
  - Me dá uns minutos para pensar?
  - Claro. - fui então para o meu estúdio. Encostei-me na minha escrivaninha e lembrei de quantas vezes imaginei isso, eu e Louis, juntos, na cama. Se bem que sempre que imaginei isso, ele teria já me pedido em namoro e estaríamos juntos. Então, fazer isso seria um erro porque magoaria meus sentimentos. Porém se eu não fizesse ele ficaria com cara de mentiroso para Els, e eu teria que passar por toda aquela coisa ridícula da inseminação de novo. Prós e contras rodavam em minha cabeça, fazendo uma tremenda confusão e então eu imaginei as mãos dele em mim, os beijos, a conecção de nossos corpos. Andei até a sala em passos firmes. Louis estava sentado no sofá, concentrado em algo que passava na tv, fui até ele, peguei o controle e desliguei a tv. Ele me olhou esperando que eu dissesse algo, respirei fundo mentalmente e me aproximei dele, encostando nossas testas.
  - Eu aceito.
  - Ufa...
  - Mas...
  - Mas?
  - Eleanor NUNCA poderá saber disse. Ela e ninguém. Será o nosso segredo.
  - Fechado. - soltei o ar que estava segurando e o beijei, delicadamente. A sensação da boca dele era melhor do que eu já imaginei. Porém ele se separou de mim antes que eu pudesse dizer algo.
  - Podíamos fazer de um jeito diferente, que eu sempre quis experimentar e a Els nunca quis?
  - Eu não faço anal, Louis.
  - Eu não estava falando disso. - disse ele com um sorriso - Vem.
  Ele me levou para a suíte do meu quarto e parou ali no meio do banheiro.
  - Ah... Quer transar no banheiro? – perguntei.
  - Mais precisamente no chuveiro. Tudo mundo diz que os espermas se movimentam mais rapidamente na água.
  - Uau. Ah... Ok, vamos nessa. - Ele liga o chuveiro para esquentar o clima, comecei a tirar minhas próprias roupas, concentrada no que estava fazendo, para não parecer uma menina desengonçada (como eu realmente sou). Quando acabei de tirá-las, olhei para Louis. Esqueço meu próprio nome com a visão a minha frente, Louis, completamente nu, o corpo bem definido, o peito e o abdômen, e MEU DEUS Eleanor deveria gritar, normalmente. Se é que me entendem. O banheiro estava cheio de vapor, me trazendo calor e deixando o clima mais excitante. Como se o homem nu a minha frente já não fosse o bastante. Percebo seus olhos sobre mim e coro, nunca realmente acreditei que Louis me veria nua. Ele entrou debaixo do chuveiro e deixou a água escorrer por seu corpo. Depois, olhou para mim e estendeu a mão. Peguei a sua mão, sorri e entrei debaixo do chuveiro junto com ele, a água quente deixou minha pele arrepiada.
  - Você estar com tanta vergonha de mim torna tudo mais excitante. - sussurrou ele em meu ouvido, mordendo o lóbulo. Eu arfo e seu sorriso aumenta e eu começo a questionar se fiz a escolha certa.
  - Louis... Eu...
  - Shh. Agora é tarde demais, . - sussurra novamente e encosta seu corpo ao meu. Ele começa a dar mordidas e chupões em meu pescoço, e eu perco as forças para tentar afastá-lo. Arquejos roucos escapam de minha boca, o que faz com que ele desça as mãos pelo meu corpo até chegar a minha cintura. Procuro sua boca e o beijo, e ele responde de um jeito faminto quando começo a arranhar suas costas. Suas mãos apertam minha cintura com força e um gemido escapa dos meus lábios, mas não estou satisfeita, por isso guio suas mãos até minha bunda. Ele entende o que quero e aperta com força me fazendo gemer.
  Pressiono meu corpo contra o seu e sinto seu membro ereto contra meu baixo ventre. Fico cada vez mais excitada. Separo nossos lábios em busca de ar e ele ataca meus seios de um jeito faminto, o que me surpreende, mas eu gosto. Agarro seus cabelos e gemo baixo quando sinto sua língua em contato com meu mamilo duro.
  - Louis - gemo baixo e ele volta a atacar meus lábios. Minhas mãos, que até então estavam em seus cabelos, descem pelo seu corpo definido até seu membro ereto, aperto com força e ele geme alto por entre meus lábios. Afasto meus lábios dos seus e encaro seus olhos azuis, cheios de desejo. Sorrio maliciosa e aperto novamente seu membro, fazendo com que ele jogue a cabeça pra trás e gema. Começo a fazer movimentos de vai vem e ele, quase que inconscientemente, movimenta o quadril de encontro a minha mão e agarra minha cintura. Percebo que ele vai gozar e paro o que estava fazendo.
  - Não. Gozar hoje só dentro de mim, Tomlinson. - Olho pra ele, que está recostado contra a parede do box, arfante, e dou um sorrisinho debochado - quer mais? - pergunto com se perguntasse se ele queria um suco.
  - Quero. - então ele vem até mim e faz com que eu fique com as costas no azulejo e pressiona seu corpo contra o meu. Beija-me com voracidade, suas mãos apertam meus seios e sinto ele roçar o membro na minha intimidade. Agarro em seus ombros, tomando impulso, e enlaço as pernas em sua cintura. Gememos juntos quando seu membro ereto se choca com minha intimidade molhada. Beijo-o com mais intensidade e seguro seu membro guiando-o até minha intimidade. Um gemido abafado escapa dos lábios de ambos quando faço ele me penetrar lentamente. Movimento meu quadril contra o dele que faz o mesmo. Ele começa a fazer as estocadas. Ele esconde o rosto no meu pescoço e crava as mãos em minha cintura, dando estocadas mais fortes. Decido que está na hora de fazer um pouco das coisas do meu jeito, desgrudo-o de mim e ele me olha com o olhar confuso, desligo rapidamente o chuveiro e puxo-o para o quarto, jogando-o na cama, ele me observa com um sorriso malicioso enquanto subo em cima dele e sento em seu membro. Começo a rebolar e ele segura minha cintura auxiliando nos movimento. Coloco meu rosto na curva de seu pescoço, sentindo o cheiro que só Louis tinha. Eu me movimento cada vez mais rápido e nossos gemidos ficam cada vez mais altos. Estávamos quase lá. Então ele nos girou na cama, ficando por cima e estocando forte, mas forte e melhor que eu, revirei os olhos e gemi. Bastaram mais algumas estocadas para que eu chegasse ao orgasmo, mas duas estocadas e senti seu líquido em mim. Normalmente eu teria me afastado o mais rápido possível, mas aquela não era uma situação normal.
  Ele caiu ao meu lado, ambos estávamos suados e arfantes.
  - WOW! Deveria ter te pegado há mais tempo.
  E de repente, senti-me suja, inadequada. Respirei e me levantei da cama.
  - ?
  Vai embora, Louis.
  - Por quê? Foi muito ruim?
  - Não. Está tudo bem. Eu só... Vai embora, ok? - fui para o banheiro, do corredor e tomei um banho limpando-me. Quando sai, enrolada em uma toalha tinha um bilhete em cima dos meus desenhos.
  Lindos desenhos, adoro usar as roupas que você faz, sabia? Desculpa ter atrapalhado seu trabalho hoje. Está tudo bem mesmo? A ideia foi tão ruim assim? Podemos esquecer o que aconteceu se você desejar, afinal é o NOSSO segredinho. Continuamos amigos mesmo depois disso tudo, não é? Espero que sim, não sei viver sem a minha melhor amiga. Bom, quando estiver a fim de falar comigo... Você sabe o número do meu celular. KISSSSSSSSEEEEEES, Louis.
  Sorri, era bem a cara de Louis fazer um bilhete como aquele. E minutos depois eu estava chorando de soluçar. Porque eu tinha me metido nisso? Devia ter ouvido Niall e ter fugido com ele, agora meus sentimentos não estariam essa bagunça que estavam. Eu tinha acabado de transar com o cara dos meus sonhos, para fazer um filho, não um filho nosso, um filho para ele e a noiva dele. Olhei meu quadro de fotos e vi todos os meus amigos ali. Limpei as lágrimas, eu tinha escolhido o meu futuro e o destino estava tornando as coisas complicadas para me testar, pois bem senhor destino, você não irá me derrubar!

Capítulo 5 - A volta de e o resultado do exame

  Eu andava rápido pela rua com algumas sacolas em umas das mãos e tentando achar a chave dentro da bolsa com a outra. Por que Deus tinha me feito uma pessoa tão atrapalhada? Estar parada na frente do portão de casa e não achar a chave é foda. Quando finalmente encontrei a chave, ouvi um carro parar atrás de mim, mas não me virei para olhá-lo, afinal não me interessava quem era ou quem deixava de ser...

  - Porque será que não estou surpresa em te encontrar nessa situação? - ouvi aquela voz tão conhecida, virei-me e encontrei uma menina ruiva, olhos azuis, lábios tão vermelhos quanto o cabelo, a pele branca como a de uma bonequinha de porcelana, o corpo desejado por todas as mulheres.
  - ! Oh meu Deus! - larguei as sacolas ali mesmo e corri para ela, que me esperava com os braços abertos - Quando você chegou? Porque não me avisou que voltaria? Sabe o quanto senti sua falta, sua vadia?
  - Também senti a sua falta. Voltei essa tarde e não te avisei porque queria te fazer uma surpresa, mas fiquei mil vezes mais surpresa com o que Liam me contou. - olhei para o outro lado do carro e vi Liam saindo dele sorrindo para mim e indo pegar as malas daquela folgada no porta malas. - , você pirou de vez? Barriga de Aluguel? Do Louis e da Els? Qual é o seu problema? - me afastei dela, voltando a pegar minhas sacolas e abrindo o portão, mantendo-o aberto para que ela e Liam entrassem com as malas.
  - Você e Niall deveria casar, sabia? Ele me deu a mesma bronca.
  - Você já pensou que quando duas pessoas dizem a mesma coisa quer dizer que talvez elas estejam certas?
  - Ou totalmente erradas, ou são dois intrometidos. - paramos enfrente ao elevador e eu cliquei no botão chamando-o.
  - Não são só os dois que concordam que isso é loucura, . - disse Liam.
  - Ótimo. São três.
  - Quatro. - responde Liam.
  - Quem mais?
  - Harry.
  - Ele não me disse que não gostava da ideia da última vez que esteve aqui.
  - Ele não precisava nem dizer, né? - disse enquanto entravamos no elevador. Fiquei quieta até chegarmos ao nosso andar. Entramos no apartamento e os dois levaram as malas de para o quarto dela, sim nós morávamos juntas, e eu fui deixar as sacolas de compra na cozinha. Eles voltam alguns minutos depois.
  - ? - ouvi Liam me chamar.
  - Oi? - respondi brava e sabia que deveria estar fazendo bico, segundo Harry, eu sempre fazia isso quando estava brava.
  - Você sabe que estamos só tentando cuidar de você, não é? - disse ele sentando-se na bancada enfrente a mim.
  - Sim. Mas as escolhas são minhas e acho que talvez vocês devessem aceita-las e me apoiar. Eu preciso dos meus amigos, ao meu lado. Agora, mais do que nunca! - lágrimas já escorriam por minha face, eu andava chorando muito naqueles últimos dias.
  - E nós estamos aqui. Para o que der e vier. - disse que estava atrás de Liam. - Foi o que prometemos, não foi?
  - Foi.
  - Bom... Que tal acabar com esse papo pesado e ligar para Niall e pedir para ele vir para cá e trazer comida chinesa?
  - Você acha que ele aguenta chegar aqui sem comer nenhum pouco? - perguntou Liam rindo.
  - Ok, ligamos para ele vir e pedimos a comida daqui mesmo.
  - Ótimo.
  Quarenta minutos depois estávamos todos sentados envolta da bancada da cozinha com comida chinesa nas mãos e rindo de alguma besteira que tinha aprontado durante sua mais recente viagem para a Austrália. Ouvi a campainha tocar e corri para atender. Atendi sem olhar, mania feia essa.
  - Louis? Els?
  - Oi, .
  - O que fazem aqui? - em resposta Els ergueu um envelope, no qual normalmente tínhamos resultados de exames.
  - Você esqueceu de ir buscar o resultado ontem, então fomos hoje. E estamos aqui para abri-lo com você.
  - ? QUEM É NA PORTA? - gritou.
  - A está de volta? - perguntou Eleanor com cara de indiferença enquanto Louis passava correndo por mim e ia para a cozinha.
  - LOUCA! - ouvi Louis gritar.
  - BUNDUDO! - gritou.
  - Acho que já obteve sua resposta. - peguei o envelope de suas mãos e nós fomos para a cozinha entrando Louis e abraçados e falando apressadamente um com o outro.
  - Ei! Temos coisas mais importantes para resolver aqui, Louis!
  - Opa. - ele se separou um pouco de , mas sem soltá-la por completo, assim que ouviu a bronca de Els. - desculpa, amor.
  - , que tal você abrir logo esse envelope e acabar com a nossa ansiedade. - Els virou-se para mim com o sorriso mais doce do mundo, pena que muito doce é enjoativo.
  - Esse é o resultado do exame que você fez ontem? - perguntou Niall.
  - Sim.
  - Que exame? - me olhava com cara de criança interessada.
  - De gravidez.
  - Ah... Abre logo então.   Respirei fundo e rasguei o envelope, meu maior medo era que ali estivesse escrito tudo o que estava no da última vez. Tirei o conteúdo e li com a maior calma que pude.
  - E...? - perguntaram todos encarando-me com olhares esperançosos.
  - Eu estou oficialmente grávida. - logo todos estavam me abraçando com felicidade nos rostos, mesmo Niall, e Liam demostravam felicidade com aquilo. Só eu não sabia se estava feliz com a notícia.

Capítulo 6 - A história de

  Essas histórias de crianças jogadas no lixo acontecem muito, mas nós nunca imaginamos que um dia irá acontecer conosco não é mesmo? Bom, eu fui uma dessas crianças abandonadas no lixo e encontrada por alguém algumas horas depois, levada a um hospital e adotada quando um pouco mais velha. Porém eu não fui adotada por um casal visto como normal aos olhos dessa sociedade preconceituosa, eu fui adotada por um casal de homossexuais.

  Agora, você esteja com vontade de fechar essa página e nunca mais pensar em mim ou na minha história. Tudo bem, melhor assim. Não quero compartilhar minha história com homofóbicos. Isso mesmo: quem tem preconceito contra os gays é HOMOFÓBICO!
  E sobre homofobia eu entendo, afinal, fui alvo dela quando era adolescente. Ninguém aceitava que eu tivesse pais gays e eu era a piada da escola, cheguei a apanhar de algumas meninas na época e tudo mais, é claro que nunca contei isso para os meus pais, não queria que eles se sentissem mal por serem como eram porque eu os ama muito como era, não os vejo um sem o outro até hoje.
  Eu morava em Bradford e como você provavelmente sabe, Zayn também é de lá. E foi exatamente por minha sorte de morar naquela cidade que acabei me tornando estilista do 1D...
  Em uma manhã na escola, três meninas me bateram e roubaram meu dinheiro para o almoço, ou seja, eu estava toda dolorida e sem nada para comer. Fiquei, então, sentada encostada no meu armário desenhando. Quando alguém sentou-se ao meu lado.
  - Eu percebi que você estava sem almoço... E vim perguntar se você queria comer comigo? - Olhei-o com uma das sobrancelhas erguidas, era um menino o qual eu achava lindo desde a primeira vez que o vi. Alto, magro, cabelos escuros e olhos de um castanho mel. As meninas da minha sala não gostavam dele por sua descendência muçulmana e era isso que mais me encantava nele, ele era diferente assim como eu.
  - Está falando sério?
  - Acho que nunca falei tão sério com alguma menina. - sorri para ele e olhei a bandeja sobre seu colo. - pode pegar o que quiser, comprei o bastante para dois.
  Peguei um pedaço de pizza que tinha na bandeja.
  - Ótima escolha! - disse ele pegando o outro pedaço. Mastigamos em silêncio.
  - Seu nome é Zayn, não é? - perguntei.
  - E o seu é .
  - Só .
  - Ok, só . - e eu ri da piadinha sem graça dele.
  - Zayn, posso te fazer uma pergunta?
  -Já fez, mas vou te dar um crédito. - bati no braço dele, o que o fez rir.
  - Por que está fazendo isso? Almoçando com a menina mais odiada da escola? - ele mordeu e engoliu mais um pedaço da pizza antes de responder.
  - Porque você é como eu. Você é excluída e posso concluir que é uma boa pessoa também. E por que... Eu gosto de você desde a primeira vez que te vi. - ele me olhava fundo dos olhos.
  - Porque gosta de mim?
  - Seus olhos.
  - Meus olhos?
  - Eles parecem reais para mim. Como se ele me dissessem que ainda existe magia no mundo, magia em você. Uma magia que nenhuma outra garota da escola tem. - senti o fluxo de sangue aumentar nas minhas bochechas, me fazendo corar.
  - Talvez você seja um pouco louco.
  - De médico e louco todo mundo tem um pouco. - disse ele me dando uma piscadela.
  - Meu pai vive falando isso.
  - Qual dos seus pais?
  - Brian.
  - Ele é um cara legal, segundo meu pai. Ele decorou a nossa casa se você quer saber. E ficou muito bom.
  - Ele é ótimo no que faz.
  - E você quer seguir os passos dele?
  - Não exatamente. Eu quero... Quero ser mais. Conhecida pelo mundo.
  - Mas eu não entendi o "não exatamente".
  - Eu quero dizer que não serei como ele, farei algo "parecido" - fiz aspas com os dedos.
  - O que seria "parecido"? -ele repetiu meu gesto.
  - Quero ser estilista. Fazer roupas para pessoas famosas e jogar na cara dessas pessoas que me rebaixam que não é porque eu sou filha de um casal homossexual que eu não posso ser melhor que eles.
  - Eu gosto de você, gosto de verdade. E principalmente da sua determinação em correr atrás do que você acredita.
  - Obrigada. - ouvimos o maldito sinal tocar.
  - Quer almoçar comigo amanhã de novo?
  - Claro. Porém dessa vez eu pago.
  - Fechado. - ele me ajudou a levantar e fomos para sala de aula depois de deixar a bandeja no refeitório.
  Depois daquele dia Zayn e eu nunca mais nos separamos. Eu e Tia Tricia tivemos que insistir muito para que ele fosse para o The X-Factor e eu estive com ele o tempo todo, como amiga. Quando o 1D se formou e fechou contrato com uma gravadora eles decidiram que precisam de uma estilista e Zayn lembrou-se do meu grande sonho e eu já estava quase acabando a faculdade de moda, então, desde então, eu era a estilista do 1D.
  Zayn e eu mudamos muito durante todos aqueles anos e ultimamente mal temos nos falado, sinto falta do humor dele. Mas agora ele tem outras prioridades, afinal, ser o único membro do 1D já casado é grande responsabilidade. Eu era madrinha de casamento e ele e Perrie me prometeram que seria a madrinha do primeiro filho, o qual ainda não existia. Só espero que nenhum dos dois tenha problemas para ter filhos, porque eu não me tornarei barriga de aluguel pela segunda vez.

Capítulo 7 - Visitando os Malik

  - E finalmente a minha madrinha decidiu vir me ver! - disse Zayn com seu sorriso perfeito. - o que faz aqui, pequena?
  - Não posso querer visitar o meu melhor amigo e sua esposa?   - Pode, porém a Pezz está com as meninas.
  - Tudo bem. Só quero passar um tempo com você. Sinto sua falta, Malik. - disse isso e fui até a criatura sem camisa a minha frente e a abracei.
  - Também sinto a sua, . - ele passou seus braços por mim, me abraçou forte, aquele abraço foi reconfortante e me deu vontade de chorar, eu andava com muita vontade de chorar ultimamente. - e essa barriguinha?
  - hahahaha. Como se desse para ver alguma coisa. Fala sério, Zayn, acabou totalmente com o clima de reencontro! - disse eu me afastando e entrando na casa, ouvi-o fechar a porta.
  - Desculpa. Só que não é esse o comentário que todo mundo tem que fazer quando encontra uma gravida?
  - Não quando a grávida está só com dois meses e casacos por cima da barriga fazendo-a parecer normal. - disse eu tirando um dos dois com o que estava e me sentando no sofá.
  - Ok, fica como dica para a próxima. - disse ele se jogando no sofá e deitando a cabeça em meu colo.
  - E como estão as coisas aqui na casa dos Malik?
  - Ótimas, Pezz e eu estamos planejando trazer um mini Malik para o mundo.
  - Sério? Que legal!
  - Mas isso é, só para depois que o mini Tomlinson nascer. - disse ele levando a mão para a minha barriga. - e como vão as coisas na casa dos Tomlinson? Da última vez que nós nos vimos você tinha se mudado para lá.
  - Ah, está legal.
  - Vish, eu conheço essa cara. Fala logo!
  - Ai, a é a Els. Ela quer controlar cada passo que eu dou, dentro ou fora de casa. Você não sabe a briga que tivemos para ela me deixar vir aqui. Nem meus pais me controlavam tanto!
  - Ela quer ter certeza que vai ficar tudo bem com o bebê, é só isso.
  - Eu sei que agora eu tenho responsabilidades e tenho que tomar certos cuidados, mas poxa vida, precisa ficar no meu pé 25 horas por dia. - ele levantou a cabeça do meu colo assim que ouviu essas palavras para me olhar melhor.
  - 25 horas? , acho que você está ficando confusa, o dia só tem 24 horas.
  - Não estou confusa não, é capaz de ela colocar uma hora a mais no dia só para poder ter o prazer de ficar me atormentando mais um hora. Às vezes, eu acho que ela faz isso só para me castigar de todas as vezes que eu vi Louis só de cueca no camarim!
  - Hahahahahaha. Ok, agora, eu realmente posso dizer que senti falta até dessa sua mania de perseguição. - disse ele se deitando novamente em meu colo.
  - Não é mania de perseguição. É verdade!
  - Ok, . É verdade. - ele ainda ria de mim.
  - Você tem algo para comer nessa casa ou continua a mesma coisa que era quando você era um solteirão?
  - Bom, eu e Pezz ainda não fomos ao mercado esse mês. Então, quer dizer que entre aspas continua a mesma coisa.
  - Ótimo, coloque uma roupa que nós vamos até o mercado. Eu preciso comer! E é melhor não deixar a grávida com vontade! - ele se levantou correndo e ainda rindo e foi para o quarto se trocar provavelmente. Me levantei do sofá e comecei a andar pela sala vendo as fotos que ele e Pezz deixavam por lá.
  Uma das minhas fotos favoritas estava ali, nela estávamos todos juntos (os meninos, o Little Mix e eu) rindo e "abraçados" de lado. Já fazia no mínimo 2 anos que aquela foto fora tirada e ela não perdia a magia para mim, foi o dia no qual as meninas e eles lançaram o 1º single juntos (confesso que até hoje é uma das minhas músicas favoritas das duas bandas!), sá de olhá-la me vieram lágrimas nos olhos, como eu sentia falta daquela época!
  - Essa também é uma das minhas favoritas. - disse uma voz feminina logo atrás de mim.
  - PEZZ! QUANTO TEMPO! - e logo nós estávamos abraçadas, Perrie não ia mais aos shows dos meninos em consequência, nós nem nos víamos.
  - Ei, ! Tudo bem?
  - Tudo indo, e você?
  - Tudo bem, viu o meu marido por aí.
  - Tô aqui, amor. - disse ele descendo as escadas, já vestido.
  - Oi.
  - Oi. - eles deram um selinho e sorriram um para o outro. Isso era uma das coisas que eu mais gostava em Zerrie, eles tinham todos contra eles o tempo todo e mesmo assim sorriam um para o outro como se nada no mundo pudesse fazê-los mais feliz.
  - Onde vocês iam?
  - No mercado. A Grávida tá com fome.
  - Eu acabei de vir de lá. Dá para um homem me ajudar com o resto das compras que estão no carro?
  - Claro, se você vir um por ai! - respondi antes que Zayn pudesse falar algo.
  - Sua sem graça!
  - A Pezz riu.
  - Porque ela é outra sem graça como você. - disse ele seguindo porta a fora para pegar as compras.
  - Você ama judiar dele, né? - perguntou Perrie ainda rindo.
  - Sim, mas só eu e você podemos fazer isso!
  - Ok.
  - Pezz, será que vocês poderiam me ajudar aqui? - disse um Zayn cheio de sacolas entrando em casa. Corremos até ele e pegamos algumas delas.
  Uma hora depois estávamos sentados em volta da bancada da cozinha deles comendo o jantar que Perrie tinha preparado, o qual estava uma delícia.
  - Então, as coisas na casa dos Tomlinson não vão bem?
  - Até vão, porém é difícil conviver com a Eleanor, barra, mamãe preocupada.
  - Eu também estaria preocupada no lugar dela, mas não do jeito que ela está. Te controlando, ela ficou louca?
  - Talvez. - respondi ficando em silêncio e logo sentindo uma grande pressão em meu ventre - Ai. - doía um pouco mais que cólica.
  - Ei, que foi? - disse Zayn, o qual estava do meu lado, levando a mão para a minha costa.
  - Tá... Doendo... Meu... Ventre. - coloquei a mão na banqueta onde eu estava sentada e quando a ergui novamente ela estava cheia de algo vermelho e pegajoso. Sangue. - ZAYN!
  - OH MEU DEUS! PEZZ PEGA A CHAVE DO CARRO! AGORA! - ele me pegou no colo com a maior facilidade e correu porta a fora com Perrie em nossa frente. A única coisa que eu fazia era rezar para que chegássemos ao hospital a tempo de salvar o filho de Els e Louis.

Capítulo. 08 - Hospital

  P.O.V. Louis Tomlinson.
  Eu não sabia mais se era eu ou meu corpo que me controlava, a única coisa que eu queria era chegar logo ao hospital, mas a minha mente parecia não obedecer, eu dirigia, mas não controlava minhas mãos. Assim que coloquei o pé para dentro de casa, Eleanor veio correndo dizendo que estava no hospital, só de ouvir essas palavras meu cérebro entrou em ação, me fazendo voltar correndo para dentro do carro. E agora parecia que o hospital estava cada vez mais longe de casa.
  Depois de aparentemente uma eternidade, eu parei em frente ao hospital, Eleanor e eu descemos e corremos para dentro parando no balcão da recepção.
  - Hospital St. Marcus, boa noite. - disse a recepcionista com cara de anjo sem olhar para nós.
  - Boa noite, estamos atrás de uma paciente de vocês. - como Eleanor conseguia manter a calma em um momento como aquele?
  - Qual seria o nome da paciente? - e então, ela olhou para nós e eu achei que ela sairia gritando.
  - , . - a moça virou-se para o computador e digitou rapidamente o nome, mas eu podia ver suas mãos tremendo mais que qualquer outra coisa.
  - Ela está no 6º andar. Quarto 669. Louis? Poderia me dar um autógrafo?
  - Pode ser depois? Estamos com um pouco de pressa. - disse Eleanor sorrindo com a maior naturalidade enquanto me puxava "delicadamente" para o elevador.
  - Ok, vou ficar esperando. - disse ela e a última coisa que vi antes de virar para o elevador foi ela virando-se para a outra e dando aquele gritinho baixo.
  - Você acha que ela vai mesmo esperar? - perguntou Els enquanto entravamos no elevador.
  - Se ela é Directioner, ela vai. – apertei o número 6 no painel. Esperamos alguns minutos e logo estávamos no andar, saímos do elevador e fomos em direção ao quarto. Assim que nos aproximamos do quarto ouvimos risos e abrimos a porta.
  - ? – ela estava sentada na cama com um sorriso no rosto.
  - Oi. – ela tombou a cabeça de lado quando disse isso.
  - Está tudo bem? Como está o bebê? – perguntei indo para o lado dela e já segurando a sua mão, a qual estava fria.
  - Está tudo bem com ambos. – respondeu a voz de homem atrás de mim, virei e vi o doutor Singleton. – Porém os deixarei aqui essa noite em observação.
  - O que houve?
  - A teve um princípio de aborto espontâneo. – respondeu Zayn que estava segurando a mão de do outro lado.
  - E agora está tudo bem? – perguntou Els.
  - Está, só que terá que tomar alguns cuidados, né mocinha? – disse Zayn sorrindo para a melhor amiga, e eu não faço ideia do por que, mas não gostei nenhum pouco daquilo.
  - Eu já tomava antes, mas agora, tudo controlado. Comida e horários. Mas tudo bem, eu consigo!
  - Esse é o espirito, . Agora, eu vou ter que ir atender outro paciente, tudo bem eu te deixar com esses loucos por alguns minutos?
  - Claro, Colin. – Colin? Oi? O que eu perdi? - Eu vivo com eles há seis anos, acho que alguns minutos não vão me matar. ACHO!
  - Ok, qualquer coisa é só tocar a campainha e a enfermeira vem te salvar.
  - Ok, obrigada por tudo, Colin. – então, o doutor saiu da sala.
  - O que houve? – Eleanor que perguntou.
  - Ninguém sabe, em um momento estávamos jantando, no outro estávamos correndo para o hospital com uma sangrando. – respondeu Perrie. – e segundo o doutor Singleton, não há uma causa certa para o que aconteceu. Mas podemos dizer que foi um milagre, já que o bebê só tem dois meses e ainda sim sobreviveu.
  - Ou nós temos muita sorte. – disse Els sorrindo para mim.
  - Isso também conta. Zayn, Perrie podem ir para casa, nós ficamos com a de agora em diante. – falei para os dois.
  - Relaxa, Tommo. Eu vou ficar e a Pezz vai para casa. – respondeu Zayn sorrindo para a esposa.
  - Já disse que ninguém precisa ficar. – disse cruzando os braços.
  - E eu já disse que você não está em poder de mandar em ninguém. – disse Zayn fazendo careta para ela, que respondeu mostrando a língua.
  - Ok, então, eu fico com vocês e Els vai para casa.
  - Tem certeza? – perguntou Eleanor – porque eu não tenho nada para fazer em casa e ficar aqui não me incomoda.
  - Tenho. Pode ir e eu e Zayn cuidados da miss teimosa.
  - Ok, só não aprontem nada. Ela já passou por bastante coisa para um dia. – disse Pezz beijando a bochecha de e dando um selinho em Zayn, olhando-o com censura logo após.
  - Pode deixar.
  Els foi até e falou algo em seu ouvido que a fez rir, depois virou-se para mim e me deu um beijinho.
  - É melhor se comportar, Louis. E eu não estou de brincadeira, a está cansada e abatida isso faz mal para o bebê.
  - Relaxa, amor. Vai dar tudo certo.
  - Te amo. – ela me olhou nos olhos quando disse isso.
  - Também te amo. – e logo ela e Pezz foram embora. Zayn e eu sentamos cada um de um lado da cama de .
  - O que fazemos agora? – perguntou Zayn.
  - Não sei, mas eu estou com sono. Tudo culpa do remédio que Colin me deu. –respondeu realmente com cara de sono.
  - Está confortável assim para dormir, pequena? Quer que deite a cama por completo.
  - Eu não quero dormir e deixar vocês dois ai com cara de taxo.
  -Você precisa dormir. – respondi clicando em um botão que deixava a cama em uma posição mais confortável.
  - E o que vocês vão fazer? – ela realmente estava preocupada com isso.
  - Vamos jogar conversa fora, jogar palavra cruzada, dormir. Sei lá, nós sempre arrumamos o que fazer, né Boo?
  - Claro, somos os melhores para achar o que fazer quando não se tem nada para fazer.   - Ótimo. Só se comportem, ok? Nada de sair pegando as novinhas do hospital. – os olhos dela já estavam pesados.
  - Ok. Mas eu não posso fazer nada se as novinhas vierem atrás de mim. – respondi rindo e ela me deu um tapa fraco no braço.
  Mais alguns minutos e a respiração dela se tornou calma, ela estava dormindo. Olhei-a e quase tive certeza que nunca vi alguém tão bonito enquanto dorme.
  - Obrigado, Zayn. Não sei o que teria sido do meu filho sem você.
  - Não fiz isso por você, Louis. Fiz por ela. – ele a olhava com amor - Porque eu não concordo nenhum pouco com essa história de barriga de aluguel, porém se é o que ela quer eu estarei aqui, apoiando-a até o final, porque ela faria o mesmo se fosse comigo.
  - Mesmo assim, obrigado. – eu sabia que nenhum dos meninos concordava com essa história, estava ciente disso, desde o momento em que contei para eles. Mas era diferente saber de uma coisa e ter a confirmação dela vindo da boca de um deles. Olhei para mais uma vez, torcendo para que continuasse tudo bem entre os meninos e eu e que esse bebê não viesse a destruir tudo o que tínhamos construído até agora.

Capítulo. 09 - + Liam

  P.O.V.
  Eu amava voltar para Londres e passar horas sentadas em meu escritório tentando escrever mais uma matéria sobre a minha mais recente viagem que com certeza seria a capa da revista naquele mês. E eu estava com um certo probleminha de lembrar como organizar melhor os acontecimentos da viagem, quando meu celular começou a tocar em cima da minha mesa.
  - Alô?
  - ?
  - Liam? Oi, tudo bem? Que foi?
  - Tudo, é só que... Eu queria saber se você queria vir jantar aqui em casa. Sabe como é, tô sozinho e com nada para fazer e sei como deve estar sendo difícil ficar sozinha em casa, sem a e...
  - Que horas eu devo chegar?
– eu amava o jeito todo atrapalhado de Liam, o deixava mais fofo do que já era.
  - Ah, o mais rápido possível? Ok isso suou desesperado, mas... Bom, o que está fazendo agora?
  - Desligando o meu computador e indo para aí. Até daqui a pouco, Liam.   - Até.

Stay with me
(Fique comigo)
Baby, stay with me
(Baby, fique comigo)
Tonight don't leave me alone
(Hoje à noite não me deixe sozinho)
Walk with me, come and walk with me
(Ande comigo, venha e ande comigo)
To the edge of all we've ever known
(Até o fim de tudo que já conhecemos)

  Desliguei o computador e peguei minha bolsa, antes de sair parei na mesa da minha secretária.
  -Sandra?
  - Sim, ?
  -Estou indo, qualquer coisa meu celular continua ligado, tudo bem?
  - Claro.
  - Ótimo, Boa noite, Sandra.
  - Para a senhorita também.
  Desci de elevador até o estacionamento, entrei no meu carro e fui em direção a casa de Liam. costumava dizer que qualquer dia desses meu carro iria sozinho para a casa de Liam de tantas vezes que eu ia para lá sempre que estava em Londres. Cheguei ao prédio onde Liam morava, parei o carro e falei com o porteiro que me deixou entrar imediatamente, subi de elevador até o 14º andar e Liam já me esperava na porta, andei até parar bem a sua frente.
  - Oi. Tudo bem?
  - Oi, tudo e você?
  - Tudo ótimo. – beijei sua bochecha e entrei no apartamento, tirando o sobretudo preto que usava e colocando no armário de casacos ao lado da porta.
  - Gostei do vestido. – disse ele rindo. Olhei para o vestido que usava e sorri, é claro que ele gostava daquele vestido, ele tinha me dado de presente no natal do ano passado.
  - É eu também gosto dele e principalmente da pessoa que me deu ele.
  - Eu sei, essa pessoa é um máximo. – disse ele se aproximando de mim rindo.
  - E muito humilde. – disse eu quando ele passou os braços por minha cintura e eu coloquei as mão em seu peito.
  - E talvez não tenha dito, mas vai dizer, sentiu muito a sua falta durante esses 6 meses.
  - E eu direi a ele que senti muito mais a falta dele do que ele de mim.
  - E ele dirá que se isso fosse verdade ele não teria preparado um lindo jantar na varanda do apartamento dele só para você. – ele me levou para a varanda (que estava com os vidros que a cercava fechados para impedir o frio de entrar.
  - Uau, garoto prendado. –disse olhando a mesa.
  - E que tem um telefone e dinheiro para encomendar a comida. – ele puxou a cadeira e eu me sentei, ele contornou a mesa e se sentou à minha frente.
  - Ah, isso explica tudo. E principalmente a falta do cheiro de algo queimando.

I can see you there with the city lights
(Posso ver você com as luzes da cidade)
Fourteenth floor, pale blue eyes
(Décimo quarto andar, olhos pálidos azuis)

  Comemos fazendo piadinhas com aquilo, e toda hora eu o pegava me encarando o que me deixava encabulada. Quando acabamos, me levantei para ajudá-lo a tirar a louça da mesa, mas ele começou a dizer para eu deixar aqui ali e depois ele mexia com aquilo, fingi que nem ouvi e continue com o trabalho de tirar os pratos. Até que ele me virou para ele, me fazendo deixar os pratos na mesa, e me prensou contra a mesa. Antes que eu pudesse protestar o rosto dele começou a se aproximar.

I can breathe you in
(Posso respirar você)
Two shadows standing by the bedroom door
(Duas sombras na porta do quarto)
No, I could not want you more than I did right then
(Não, eu não poderia querer você mais do que eu quis)
As our heads leaned in
(Quando nossas cabeças se aproximaram)

  Eu sabia o que iria acontecer, só não sabia se queria que acontecesse. Ok, é claro que eu queria, só não sabia o quanto aquilo mexeria com a nossa amizade. Então, simplesmente prendi a respiração.

Well, I'm not sure what this is gonna be
(Bem, eu não sei bem o que isso será)
But with my eyes closed all I see
(Mas com meus olhos fechados tudo que eu vejo)
Is the skyline, through the window
(É o céu, pela janela)
The moon above you and the streets below
(A lua acima de você e as ruas abaixo)
Hold my breath as you're moving in
(Prendo minha respiração quando você se aproxima)
Taste your lips and feel your skin
(Saboreio seus lábios e sinto sua pele)
When the time comes, baby, don't run
(Quando chegar a hora, baby, não fuja)
Just kiss me slowly
(Apenas me beije devagar)

  Senti os lábios dele tocar os meus, e logo nada mais no mundo importava, só nós dois. Liam e , e Liam, como as directioners nos chamariam se soubesse? Nós nos beijávamos lentamente, exatamente o tipo de beijo que eu adorava, molhado e lento. Ele se separou de mim.
  - Desculpa, eu... – coloquei um dedo sobre seus lábios.
  - Shh, Liam você não fez nada de errado. Acho que nós dois queríamos isso a muito tempo.
  - Então, eu não estava sozinho no campo de desejo.
  - Nunca esteve. – eu juntei nossos lábios e ele me puxou para mais dele, nós nos queríamos o mais próximo possível e impossível. Então, coloquei a mão em seus ombros e tomei impulso colocando as pernas em volta de sua cintura. Ele nos levou para seu quarto, me soltando sobre a cama e já se livrando de sua blusa. Olhei-o por meio segundo antes dele voltar a me beijar famintamente. Mordo seu lábio inferior o fazendo arfar. Começo a beijar seu pescoço até chegar a sua orelha.
  - Vamos deixar isso mais confortável? - sussurro dando uma pequena mordida no seu pescoço fazendo-o se arrepiar. Viro-nos na cama ficando por cima, com uma pena de cada lado da sua cintura e ele aperta minhas coxas.
  Ele se senta me fazendo sentar junto, rebolo sobre seu colo e ele arfa me fazendo rir.
  - Não me provoque! - ele sussurra me beijando novamente, com mais voracidade dessa vez, suas mãos sobem por cima do meu vestido indo de encontro aos meus seios, ele os aperta ainda por cima da roupa.
  Continuo a rebolar em seu colo e ele aperta minhas coxas, me fazendo gemer entre o beijo. Ele sobe meu vestido, fazendo-me tirá-lo pela cabeça. Ele me olhou por alguns segundo e logo estávamos nos beijando novamente, em poucos segundo senti meu sutiã se soltar, Liam é bem mais rápido do que eu imaginei, sorri com o pensamento e ele tira completamente meu sutiã jogando-o em qualquer lugar, seus lábio foram famintos para o meu seio direito e eu gemi quando senti sua língua quente tocar meu mamilo duro e dolorido. Ele brincava com o outro com a mão. Eu por minha vez mexia em seu cabelo. Quando eu estava mais excitada do que imaginava poder, chamei-o.
  - Liam. – saiu mais como um gemido do que um chamado, mas ele entendeu o recado e voltou seus lábios para os meus. Eu levei minhas mãos tremulas para sua calça, soltando o botão e abrindo o zíper. Voltei as mãos para seus ombros, empurrando-o, fazendo-o ficar deitado. Puxei sua calça para baixo até poder jogá-la em qualquer canto do quarto. Voltei para cima e comecei a brincar com o elástico da sua boxer e arranhando o seu quadril enquanto isso. Até cansei de torturá-lo e puxei sua boxer para baixo, revelando sua grande excitação. Joguei sua boxer em qualquer canto e apartei seu membro, fazendo-o gemer. Sorri perversa e apartei novamente e logo depois comecei o movimento de vem e vai. Liam segurava o lençol da cama tentando se controlar e não gemer. Levei a boca até seu membro e ele gemeu me fazendo sorrir. Depois de alguns movimento com a boca e língua.
  - , pelo amor de Deus. – levantei e tirei a minha calcinha enquanto ele colocava a camisinha, voltamos a nos beijar e ele nos girou novamente na cama me deixando por baixo. Puxei seu cabelo e envolvi as pernas na sua cintura, gemendo quando ele me penetra devagar. Liam começa a movimentar-se lentamente dentro de mim, nossos gemidos se confundiam no quarto escuro. Seus olhos castanhos, cheios de desejo, estavam cravados em mim e ele mordia o lábio inferior. O suor escorria pelo seu rosto e o cabelo grudava em sua testa. Seu perfume, uma mistura de sabonete e loção pós-barba me deixava embriagada.
  Ele entocou forte e apertei mais as pernas em volta da sua cintura, gemendo alto. Puxei-o pela nuca e choquei seus lábios com os meus. Liam apertou minha coxa e levantou-a, indo mais fundo, seus lábios abafaram meu gemido. Senti ele aumentar o ritmo e ficar mais selvagem sobre mim.
  - Oh, Liam! – mordi seu ombro, fazendo-o gemer. Já podia sentir a tão conhecida pressão em meu baixo ventre, estava chegando ao ápice. Ele colocou as mãos na cabeceira da cama, pegando impulso, e aumentou o ritmo. Agarrei seus ombros, eu não aguentava mais. Cheguei ao orgasmo gemendo seu nome. Liam precisou de mais duas entocadas para chegar ao ápice, seu gemido rouco me fez arrepiar. Nos deitamos lado a lado na cama, arfantes.
  - Você é melhor do que eu pensava que era, Liam. O Daddy não curte só a posição papai e mamãe, a final. – ele riu da minha piadinha sem graça e virou-se para mim.
  - Você ainda tem muito que aprender sobre mim nesse quesito, .
  - E eu estou ansiosa para aprender tudo o que puder, Liam. – pisquei para ele e nós rimos safados.

Capítulo 10 - Conversa de madrugada

  P.O.V.:

  Acordar no meio da noite em um hospital é horrível, principalmente se você tiver tomado algum remédio que te ajude a dormir, você fica totalmente desorientado por um tempo. Então, foi ótimo quando Louis pegou na minha mão e me trouxe de volta a realidade.
  - Ei! ? Tá tudo bem?
  - Eu ainda estou no hospital, não é mesmo?
  -Sim. Está tudo bem?
  - Sim, só fiquei meio desorientada, que horas são?
  -Três e quinze. – olhei para o outro lado e vi Zayn dormindo na cadeira onde estava, ele realmente era o tipo de pessoa que dorme em qualquer lugar.
  - Você dormiu? – perguntei para Louis, olhando-o nos olhos, assim não teria como ele mentir para mim.
  - Não.
  - Louis!
  - Não consigo, só isso.
  - Por que não consegue? O que atormenta essa cabeça? – digo estendendo a mão e ele vem para frente até que seu rosto encosta nela.
  - Parece que cada vez que eu fecho os olhos você grita meu nome e diz que o bebê não sobreviveu.
  - Problema resolvido. – peguei a mão dele que segurava a minha e levei até a minha barriga, mais precisamente sobre meu ventre - Ele está vivo Louis, relaxa. – ele abriu a mão e a deixou ali. Suspirou.
  - E eu estou com medo, . Muito medo.
  - Medo? De que, Louis? Você tem a mulher da sua vida como noiva, e vocês terão um bebê, o que você precisa temer?
  - Os meninos. – ele sussurrou só para nós, como se Zayn fosse acordar a qualquer instante e fingir que estava dormindo para ouvir a conversa, patético.
  - Por quê?
  - Talvez, porque nenhum deles tenha gostado da ideia de barriga de aluguel?
  - E alguma vez você, Louis Willian Tomlinson, deixou de fazer algo por medo do que outros iriam pensar? – arqueei a sobrancelha.
  - Não, mas...
  - Então, nada demais. É a mesma coisa.
  - Mas eles são como meus irmãos, . E se...? – coloquei o polegar sobre seus lábios fazendo com que ele se calasse.
  - Chega de pensar nos “se” e “talvez”. Isso não faz bem para ninguém, Louis. Nenhum dos grandes inventores e filósofos passaram algum tempo de sua vida pensando isso, ou não teríamos suas invenções e filosofias.
  - Você não deveria ter feito moda na faculdade. Deveria ter cursado psicologia.
  - Não sou tão boa assim em ouvir os outros, não sei se você reparou, mas eu te cortei na maior parte das frases. – ele deu uma risadinha. Realmente a frase “Ela sabe curar a dor dos outros, menos a dor dela.” Fora feita para mim.
  - Ok, não psicologia. Mas sei lá. Valeu.
  - E Louis?   - Oi?
  - Mesmo que alguma coisa aconteça com a banda, me promete uma coisa?
  - Qualquer coisa.
  - Você não irá culpar o bebê. Ele não tem culpa nenhuma as escolha feitas por seus pais e “tios” – fiz as aspas com os dedos.
  - Prometo. – ele se levantou e beijou a minha testa, lembrei de uma vez que meu pai me disse que beijo na testa significava: “Eu estou aqui, e irei cuidar de você” – agora volte a dormir, precisamos conseguir tirar você daqui amanhã.
  - Ok, papai. – falei rindo. Me acomodei e fechei os olhos. Estava quase voltando a dormir.
  - ?
  - hm? – eu estava com preguiça de responder
  - Eu te amo. – ele sussurrou com certa certeza na voz.
  - Também te amo, Boo Bear. – sussurrei de volta e logo depois cai no sono.

Capítulo. 11 - Dúvidas... Oi?

  P.O.V. Louis Tomlinson.

  Ensaios e mais ensaios. Era isso que eu e os meninos estávamos fazendo ultimamente. Assim que abri a porta de casa naquela tarde ensolarada, uma entre poucas na grande e fria Londres, ouvi risadas vindas da sala de estar. Deixei as chaves sobre a mesa ao lado da porta e segui para dentro, até chegar à sala. Assim que a adentrei vi , e Perrie sentadas no sofá rindo de Eleanor que estava de pé segurando a barriga falsa sobre a roupa. Não sei por que, mas parecia que ela estava debochado da barriga falsa, então, eu me questiono como será quando o bebê nascer, será que eu conseguirei ser um bom pai? E Eleanor, será uma boa mãe? Olho-a de novo e vejo o sorriso em seu rosto e as mãos meio debochadas sobre a barriga falsa, depois inconscientemente meu olhos vão para , sentada no sofá com as mãos sobre a pequena barriga já aparente como se precisasse proteger o que quer que estivesse ali. Sorri com aquilo. O cara, que todos nós torcíamos para que fosse Niall, que cassasse com seria realmente alguém sortudo.
  - Louis? O que faz ai parado? – perguntou Eleanor, reparando na minha presença na sala e então todas as meninas viraram-se para mim.
  - Estava observando a diversão de vocês. – sorri e sabia que provavelmente estava vermelho.
  - Então, vem para cá, Louis. - disse apontando para o espaço entre ela e , caminhei lentamente até lá e me sentei entre as duas – Els estava nos mostrando a nova barriga e tentando imitar cada um dos meninos se estivesse grávido, já imaginou a situação de vocês grávidos? – ela me olhava com os olhos verdes, brilhando de curiosidade.
  - Não.
  - A qual é, bundudo, nunca se imaginou grávido?
  - Ele seria o grávido que faz escandá-lo por tudo. –disse Perrie.
  - E o Zayn seria o dorminhoco. – respondeu me “defendendo”.
  - Liam seria o suuuuuuuper cuidadoso. – respondeu rindo da cara vermelha com a qual ficou.
  - Niall seria o grávido gordo, como sem parar. –respondeu Els.
  - Mas esse já é o Niall naturalmente. – respondi.
  - E Harry, gente? Foi o único que não criamos.
  - É porque Harry seria um mistura de todos os meninos, mas o grávido assustado e safado.
  - Como assim grávido safado, Pezz? – perguntou com um ponto de interrogação praticamente desenhado em sua testa.
  - Dizem que as grávidas sentem muito mais prazer que as mulheres em estado normal, Harry seria a pessoa que adoraria testar a tese. – respondeu como se fosse a coisa mais normal a se falar. E logo todas elas estão rindo de novo.
  - Aah... Ok, eu vou deixar vocês continuarem a conversa e vou tomar um banho. – disse eu me levantando, mas antes de dar o primeiro passo:
  - Ah, nem vai esperar para eu contar como foi o ultrassom hoje? – perguntou mexendo na barra da camiseta que usava.
  - Ultrassom? Hoje? Por que ninguém me avisou? – ok, agora eu fiquei bolado.
  - Eu avisei, na quarta. – disse ela olhando-me – ainda bem que Zayn e Pezz me levaram, porque você chegou tarde e dormiu até tarde e Els saiu cedo para comprar a barriga falsa.
  - Zayn e Pezz te levaram? – Sabia que minha voz tinha soado incrédula. Mas era simplesmente, porque odiei saber que ZAYN tinha ido a um ultrassom do MEU filho.
  - Sim, e só para avisar o bebê está ótimo. – ela tinha sacado o tom de incredulidade, talvez até com um tique de rancor.
  - O coração parece asinhas de um beija-flor de tão rápido. – respondeu Perrie com um tom de carinho na voz.
  - Ah, que ótimo. Bom, eu vou tomar meu banho. – disse forçando um sorriso.
  - Ok, bom banho. – respondeu rindo, ela tinha bebido? Saí da sala com passos firmes, subi a escada batendo os pés o que se eu ainda fosse criança, e me sentia como tal, faria minha mãe me dar uma bronca. Entrei no quarto batendo a porta. Você deve estar pensando: “Nossa, que nervosismo sem precisão”, mas tem precisão sim! Zayn e Harry grudaram em nesse último mês mais do que nunca. Eu estava deixando quieto, mas Zayn ir com ela no ultrassom e eu não ter ido? Isso foi a gota d’água. Entrei no banheiro, dessa vez sem bater a porta. Arranquei a roupa e me enfiei debaixo da água gelada, era o único jeito de manter os pensamentos no lugar.
  Então, eu parei para pensar: Aquilo, era ciúmes do bebê ou de ?

Capítulo. 12 - Presentinho surpresa...

  P.O.V. Louis Tomlinson

  Estávamos Els, e eu sentados no sofá sem fazer nada, cada um em seu próprio celular cuidando da sua própria vida, quando ouvimos a campainha tocar. Olhei para as duas que olhavam para mim com cara de “Você não vai atender?”. Bufei, me levantei e foi até a porta. Assim que a abri uma manada de elefantes invadiu minha casa. Ok, não era uma manada de elefantes, eram somente os meninos, a Perrie e a .
  - O que vocês fazem aqui? – perguntei.
  - Nós marcamos à tarde de filmes na sua casa esse mês. Lembra, não? –perguntou Zayn.
  - Não...
  - Bom, nós marcamos que seria hoje à tarde e é melhor ter pipoca, Tomlinson. - disse Niall já se encaminhando para a sala de TV, onde eu e as meninas estávamos na maior tranquilidade há meio minuto. E todos eles foram atrás, respirei fundo e fui até a cozinha pedir para a nossa linda cozinheira fazer uma grande panela de pipoca. Quando voltei para a sala já não havia mais lugar no sofá. Então, sentei-me no chão ao lado de L iam, que tinha a cabeça apoiada nos joelhos de , e na frente de Els, ao lado dela estava Niall, estava entre ele e Harry e Zayn e Pezz sentaram-se ao lado deles.
  - Então... Que filme vamos assistir? – perguntou sorrindo.
  - Antes do filme... – Harry colocou as mãos dentro de sua jaqueta e de lá tirou dois sapatinhos amarelos – achei que o bebê merecia ganhar algo do padrinho antes que alguém resolvesse fazer isso antes que o próprio. – ele deixou os sapatinhos sobre as mãos de .
  - Oh meu Deus! Que lindos, Harry. – ela parecia encantada. Passou os sapatinhos para Els.
  - Nossa, Hazza. Eles são realmente lindos, primeiro presente do bebê, que lindo. – logo ela estava com o MEU celular na mão e tirando uma foto.
  - Ei, o que está fazendo? – perguntei.
  - Mostrando ao mundo o presente. – disse ela como se fosse a coisa mais óbvia.
  - Meu instagram de novo, Els?
  - É o jeito mais rápido de mostrar ao mundo, Louis. – revirei os olhos. Algum tempo depois, ela me devolveu o aparelho. Olhei e vi o sapatinho na foto com a legenda: “Primeiro presente, valeu padrinho, @harry_styles.” E a abaixo já haviam vários comentários, alguns deles me surpreenderam, diziam algo como: “Primeiro presente? Qual é, papai, não deu um presente ainda?” “Primeiro presente? Assim fica parecendo que o @harry_styles é o pai da criança”. Oi? Harry? Pai da criança? Respirei fundo, não queria ter outro ataque de ciúmes.
  - PARA! HAHAHAHAHAHA! HARRY! – todos viramos para e Harry, ele colocara os sapatinhos nos dedos e fazia “cócegas” na menina.
  - Qual é a palavrinha mágica? –perguntou ele rindo.
  - Por... hahahahahaha... favor! – e então ele parou e recebeu tapas nos braços. –nunca mais faça isso, seu louco. – ela ainda ria.
  - Eu sei que você gama. – ele piscou para ela. Não curti, achei ofensivo.
  - CHATO! – ela mostrou a língua e virou-se de costas para ele que ainda ria.
  - Qual é, ? Para de ser criança. – disse ele passando os braços pela cintura dela.
  Então, LOUIS, porque não coloca um filme para nós assistirmos? – levantei e fui até o DVD, pegando um dos muitos que os meninos tinham trago e colocado. Voltado para o meu lugar e deitando a cabeça no colo de Els, recebendo carinho no rosto e nos cabelos. A cozinheira trouxe vários baldes de pipoca. No meio do filme, mais ou menos, virei-me para trás e vi que estava com a cabeça no ombro de Harry e os dois conversavam baixinho, ele estava com a mão sobre a barriga dela. Revirei os olhos e olhei novamente para o filme. Depois do final do segundo filme acendemos as luzes e dormia tranquilamente no ombro de Harry, e o mesmo fazia carinho em seu rosto.
  - Acho melhor levá-la para a cama. – disse Els.
  - Ok. – Harry rapidamente a pegou nos braços – onde é o quarto?
  - Deixa que eu a levo, Hazza. – fui até eles e a peguei dele. – Podem colocar o outro filme, eu já volto. – sussurrei para eles e saí da sala.
  - Louis? – sussurrou ela no meu pescoço, onde estava.
  - Hm?
  - Eu amo seu perfume. - eu ri.
  - Bom, se você quiser pode ficar com ele.
  - Não, o cheiro só fica igual em uma pessoa, pois todos nós temos cheiros diferentes. – ela cheirou meu pescoço, “gemeu” e me deu um beijinho ali. O qual me arrepiou.
  - Quer mesmo ir dormir? – perguntei.
  - Eu estou gravida, Louis. E Els está em casa. – disse ela dando um riso nasal.
  - Ok, te levo para o quarto ou de volta para a sala?
  - Quarto. Eu realmente estou com sono. – continue meu caminha para o quarto dela, coloquei a na cama e cobri-a. Depositando um selinho em seus lábios.
  - Boa noite.
  - Você vai ser um ótimo pai, Louis. Vai mesmo. – então ela virou-se para o outro lado e eu sorri. Voltando para a sala.

Capítulo. 13 - E o bebê é...

  P.O.V.

  Gelado.
  Era a única palavra que me vinha na cabeça para definir o gel que o médico colocou em minha barriga de cinco meses. Um sibilo saiu de meus lábios e Louis segurou minha mão. Olhei para ele, que sorria para mim. E lembrei-me de todas as noites que nós ficávamos juntos enquanto Eleanor dormia, fiquei vermelha com a lembrança. Eu sabia que era errado fazer aquilo, claro que sabia, mas o que poderia fazer se não aceitar e curtir o momento? Louis não era o cara dos meus sonhos? E agora ele me queria como eu o queria, eu deveria dar graças a Deus e aproveitar, correto? NÃO! Uma parte de mim gritava toda vez que eu pensava nisso.
  - Ei, estão ouvindo o coraçãozinho? – perguntou Colin e eu me concentrei na tela onde o “bebê” aparecia.
  - Uau, é rápido, não? – perguntou Els.
  - Ele ainda está em formação, é normal o coração ser acelerado.
  - E hoje, será que conseguimos ver o sexo?
  - Acho que sim. – ele mexeu com o instrumento pela minha barriga, logo ele sorriu. – bom, Louis, Els, contemplem o pênis do filho de vocês.
  - Um menino? – perguntou Els meio desanimada ao mesmo tempo que Louis gritava:
  - MAIS UM MENINO PARA O MEU TIME DE FUTEBOL!
  - Louis, estamos em um hospital. – respondi rindo.
  - Opss. Desculpa. – disse ele sorrindo.
  - Ei, Els? Está tudo bem?
  - Claro, só fiquei um pouco chateada, queria uma menina. Mas tudo bem. Ele vai ser amado igualmente e será lindo e saudável, não é, pequeno Antony?
  - ANTONY? – perguntei.
  - Nós estávamos escolhendo o nome outro dia e esse foi o que melhor se encaixou para um menino. – respondeu ela com as bochechas vermelhas visíveis mesmo na sala escura.
  - Hm, eu gostei. – respondi e nós entramos em um papo cabeça sobre qual seria o nome do meio da criança, já que na Inglaterra é comum as crianças terem nome do meio.
  - Acho que acabamos por aqui, . – levantei e Colin mandou Louis e Els para eu poder me trocar.
  - Dr.?
  - Sim?
  - Eu queria saber se viajar para visitar meus pais faria algum mal para o bebê.
  - Você irá como?
  - Carro.
  - Você não vai dirigir, correto?
  - Acho que nem conseguiria. Niall será meu motorista particular.
  - Onde seus pais moram?
  - Bradford.
  - Não fará mal, mas pare pelo menos uma vez durante a viagem.
  - Pode deixar! – sai de trás do biongo e o abracei.
  - Tome cuidado, ok?
  - Ok. Até a próxima consulta, Colin.
  - Até, . – Sai da sala e encontrei Louis e Els me esperando.
  - Perguntou a ele sobre a viagem? – perguntou Els.
  - Sim, senhor. Ele disse que não tem problema algum.
  - Ótimo. Então, vocês podem ir. Mas tomem todo o cuidado possível. - saí antes dos dois e meio que corri para o carro fugindo dos fotógrafos que finalmente tinham descoberto o hospital onde “Eleanor” vinha saber do bebê. Louis e Els saíram abraçados, tiraram algumas fotos com ela “exibindo” a barriga falsa e as fãs pediram autógrafos e blá blá blá. Eu, no entanto, estava dentro do carro com Paul.
  - Você está bem?
  - Ótima.
  - E o bebê?
  - O nosso pequeno menino está ótimo. – respondi sorrindo.
  - Uau, um menino? Louis deve estar vibrando por dentro.
  - E por fora. – respondi rindo.
  - Devo dizer parabéns?
  - Para os dois? – disse apontando para o casal vinte – claro. Para mim? Não.
  - Parabéns, . Afinal, é você que está carregando a criança.
  - Valeu, Paul. – depositei um beijo em sua bochecha e logo o casal estava conosco e alguns outro seguranças que estava lá fora com eles. Liguei para Niall.
  - Alô?
  - Niall?
  - Fala, .
  - Só estou ligando para avisar que amanhã nesse horário, nós estaremos na casa dos meus pais.
  - Você pode viajar?
  - Claro, eu e Antony estamos ótimos para viajar.
  - Ah, legal. Mas quem é Antony?
  - O bebê, oras.
  - Oh, é um menino? Louis deve estar feliz.
  - Está mesmo. Bom, posso ir dormir aí hoje? Assim, eu não preciso acordar a família toda antes de sair.
  - Claro que pode. Passo para te buscar em uma hora e meia, ok?
  - Ok. Beijinhos com açúcar.
  - Beijinhos com canela.
– respondeu ele com a voz afeminada. Eu ri e desliguei. Chegamos em casa e eu acabei de arrumar as malas, uma hora e meia depois, Niall me ajudava com as malas e Els me dava todas as recomendações. Entrei no carro.
  - UAU, ela está mesmo preocupada com o pequeno Antony.
  - Você não faz ideia.
  A noite na casa de Niall foi calma e cheia de risadas, estava com saudades de passar um tempo com ele. Dormi com ele em sua grande cama de casal, era bom ter os braços de Niall me envolvendo.

Capítulo. 14 - Chegando à Bradford

  P.O.V.

I can feel it in the air
(Eu posso sentir isso no ar)
I like the truth but love to dare
(Eu gosto de verdade, mas adoro ousar)
Livin' life like it's a vacation
(Vivendo a vida como se fosse um período de férias)

We are golden like the sun
(Nós somos dourados como o sol)
Never never age, we all stay young
(Nunca envelhecemos, todos permanecemos jovens)
Cause we're here and now generation
(Porque estamos aqui e somos a geração agora)

Try and knock us down
(Tente e nos derrube)
We'll get up every time
(Vamos levantar todas as vezes)
We can run this town
(Nós podemos correr nesta cidade)
So let's do what we like, do what we like
(Então, vamos fazer o que gostamos, fazer o que gostamos)

  Eu, , Liam e Niall cantávamos em união com a música, a plenos pulmões. Você deve estar me questionando: Liam e ? Sim, eles apareceram de manhã na frente da casa de Niall e disseram que iriam conosco, como eu poderia impedir? Então colocamos as malas deles no carro e partimos em direção Bradford. Já estávamos quase chegando e eu me sentia livre, leve e solta. Eu estava em casa, longe de Londres, longe do casal Tomlinson, longe, simples assim.

All day, every day is a holiday
(Todo dia, todo dia é feriado)
We're alright, 24 Seven
(Nós estamos bem, 24horas e sete dias)
All day, every day all we gotta say
(Todo dia, todo dia todos nós temos que dizer)
Is live your life, 24 Seven
(É viva a sua vida, 24 horas e sete dias)
24 Seven
(24 horas e sete dias)
24 Seven
(24 horas e sete dias)

We got no one to impress
(Não temos ninguém para impressionar)
Looking bright no matter how we dress
(Estamos brilhantes, não importa como nos vestimos)
Standing up forever 'cause there is no wind
(Levante-se para sempre, porque não há vento)

It doesn't matter where you're from
(Não importa de onde você é)
'Cause we're all together here as one
(Porque estamos juntos aqui com um só)
When tomorrow comes, we'll do it all again
(Quando amanhã chegar, vamos fazer tudo de novo)

  E logo visualizamos a placa: “Sejam bem-vindos a Bradford” e a sensação de estar em casa me tomou por inteiro. Olhei para as pessoas no carro e sorri, eu realmente não poderia estar melhor acompanhada. Recostei no banco, sentindo o vendo que entrava pela janela fazendo meus cachos dançarem, sabia que eles ficariam embaraçados depois, mas não estava nem aí. Reparei que Niall me olhava pelo retrovisor; Niall era o tipo de cara que faria qualquer mulher no mundo feliz, eu torcia para que ele encontrasse alguém que valesse a pena e o fizesse feliz, porque se alguém quebrar o coração do meu duende, eu quebro os dentes. Ri com o pensamento e ele voltou a observar a estrada com um sorriso bobo nos lábios.
  - Ei, !
  - O que foi, Liam?
  - Estamos perto da sua casa?
  - Hm, mais ou menos. Niall, vire na próxima rua a direita e siga reto e vire novamente na quinta rua a esquerda, e ai estaremos na minha rua.
  - Ok, capitã. – ele bateu continência e eu ri. Estava tão feliz que era capaz de rir até do que não tinha graça. Assim que entramos na minha rua, mandei que ele parasse enfrente a casa amarela.
  - Sério que essa é a casa que você viveu a sua vida toda? – parecia encantada – parece até casinha de boneca.
  - Minhas amigas sempre disseram a mesma coisa. – respondi descendo do carro. E logo a porta de casa foi aberta e Andy, um dos meus pais, saiu lá de dentro.
  - BRIIIIIIIAN, A ANNE CHEGOU! – gritou para meu pai, eu sorri, sentia falta dos escândalos de Andy.
  - Papai – abri o pequeno portão e corri para dentro, ao encontro dele.
  - Oi, meu amor! – ele me abraçou como fazia quando eu era criança, quer dizer com uma diferença, existia uma barriga entre nós. –Uau, você está bem grande, não é? – ele olhava para a minha barriga.
  - Talvez Antony tenha puxado para Louis. – dei de ombro.
  - Bem provável. BRIAN! EU NÃO VOU CHAMAR DE NOVO! – Brian finalmente saiu de casa e veio até nós.
  - Oi, pai. – eu o abracei.
  - Oi, princesinha. – ele afagava meu cabelo. Senti cheiro dele e desejei nunca mais soltá-lo, mas lembrei de que precisa apresentar meus amigos. Me separei dele com certa relutância. Olhei para as três criaturas que estavam paradas ao lado do carro.
  – Bom, gente... Esses são Niall, Liam e . Liam e não estava programados para vir foi uma coisa de última hora, então...
  - Relaxa, bebê. Aqui em casa sempre tem lugar para mais um. No caso mais dois. – disse Andy indo cumprimentar meus amigos.
  Logo, estávamos todos dentro de casa com as malas nos quartos, acabou que Niall e eu tivemos que dividir um quarto, quanto e Liam dividam o outro. Estavam todos envolta da mesa de jantar enquanto, Andy e Brian serviam o almoço, só eu ainda não tinha ido para lá, estava no escritório de Brian olhando os desenhos dele. Me sentia tão confortável, tão feliz como não me sentia desde... Bom, desde cinco meses atrás. Logo senti dois braços passarem pela minha barriga e grudarem minhas costas em seu tronco, senti a respiração quente em meu pescoço descoberto graças à trança com a qual estava.
  - O que faz aqui? – perguntou Niall sussurrando em meu ouvido.
  - Estava vendo os desenhos de Brian. Agora você pode ver de onde eu tirei tanto talento. – ergui um dos desenhos dele para Niall poder ver.
  - Hm, verdade. Ele é muito bom. – logo senti uma pontada na barriga, ela já era costumeira para mim, mas Niall se assustou – o que foi isso?
  - Antony, chutou. Só isso.
  - Só isso? , ele chutou! – ele parecia mais encantado que Harry e Louis quando o bebê fez aquilo à primeira vez com cada um.
  - É normal, Duende. Ele faz isso de vez em quando. Principalmente quando Harry e Louis estão por perto.
  - É, mas ele nunca fez isso quando EU estava por perto.
  - Talvez, porque você quase nunca está por perto? – Niall havia se distanciado naqueles últimos meses e eu estava ressentida com aquilo, ele sabia disso e era exatamente por ele saber que eu ficava jogando na cara dele.
  - , sobre isso... – ele se separou de mim e eu me virei para ouvir sua explicação.
  - Toc toc? –disse Brian entrando no próprio escritório – Lise, querida, acho que seu pai vai morrer se vocês não forem logo para a mesa.
  - Ok, papai. – ele virou-se e saiu. Virei-me para Niall. – Não terminamos isso ainda, quero uma explicação sobre o porquê do meu duende ter me deixado nesses meses. – peguei em sua mão e nós saímos do escritório. Indo para a mesa de jantar onde todos nos esperavam.

Capítulo. 15 - Ele tocou você

  P.O.V.

  - Por que tinha que estar chovendo? Só porque eu estava ansiosa para mostrar a cidade para vocês. – Eu tinha certeza que deveria estar com um grande bico, e minhas certezas foram confirmadas quando Brian tocou meus lábios com a ponta do dedo indicador.
  - Own, princesinha. Fica assim não, você pode levá-los amanhã, ou depois de amanhã, ou depois... Vocês ainda têm seis dias.
  - Só que eu tinha um cronograma e ele não incluía “dia de chuva”. – cruzei os braços sobre a barriga. Senti outra pontada e passei a mão pela barriga. – Antony está agitado hoje.
  - Ele chutou de novo? – perguntou Niall.
  - Sim. Tô vendo a hora que ele vai meter a cabeça nas minhas costelas.
  - Ele já fez isso? – perguntou que estava sentada ao meu lado no sofá e tinha a mão na minha barriga também.
  - Sim, Louis quase morreu no dia.
  - Por quê?
  - Eu não conseguia respirar direito. Foi engraçado ver o Boo preocupado, afinal, a pessoa que tem neuroses com essas coisas é o Hazza. – eu lembrava com perfeição de tentar acalmar Louis para que ele não acordasse Els, afinal, estávamos juntos no meu quarto, no meio da madrugada, e ele andava de um lado para outro quase gritando, enquanto eu me esticava na cama para dar espaço para Antony, quando perguntei para Colin sobre isso, ele disse que era super normal o bebê se mexer e fazer isso sem querer.
  - Eu fico imaginando se o bebê nascer com os seus olhos ou algo marcante seu, tipo o nariz. Como Els e Louis vai explicar o fato? – perguntou Niall.
  - Eu não sei. Isso não é problema meu. – dei de ombros e quando Niall foi abrir novamente a boca para dizer algo, ouvimos um carro parando em frente à casa.
  - Nossa, quem seria o louco para dirigir nessa chuva? – perguntou Andy olhando para fora pela janela. – gostei do carro vinho.
  - Carro vinho? – levantei-me e fui até a janela e contemplei o carro e seu dono saindo de lá. – Louis? O que faz aqui? – perguntei pegando o guarda-chuva ao lado da porta e saindo pela mesma.
  - LOUIS? – ouvi as pessoas dentro da casa falando todas ao mesmo tempo. Andei até ele.
  - Louis? O que faz aqui?
  - Ah, oi . Eu... – ele estava com o capuz da blusa de frio levantada e a chuva caia sobre ele deixando o casaco azul escuro. – Bom, desculpa aparecer assim de repente, é que... – ele respirou fundo e eu cheguei mais perto o cobrindo com o guarda-chuva – eu e Els... Bom, tivemos uma discussão e eu não conseguiria ficar em casa com ela desse jeito. Harry estava ocupado e eu pensei que poderia vir pra cá. Mas tudo bem se não puder... Eu arrumo outro lugar e...
  - Claro que pode ficar, Louis. Se não se importa de dormir no sofá é claro.
  - Não me importo.
  - Ótimo, vamos pegar as suas coisas e entrar, tá frio aqui. – passei as mãos pelos meus braços nus pelo vestido florido. Fomos até o carro e ele pegou uma mochila. – sei que talvez não queira dizer e se não quiser irei entender, mas porque vocês brigaram?
  - , eu prefiro não comentar. Tudo bem?
  - Claro, você está no seu direito. – claro que eu estava me mordendo de curiosidade, mas fingi que não estava nenhum pouco curiosa.
  - Desculpa não matar a sua curiosidade, mas não quero falar sobre isso.
  - Relaxa, vamos logo para dentro, ok?
  - Claro, primeiro as damas.
  - Vamos juntos, tá chovendo se você não reparou e só eu tenho guarda-chuva...
  - Ok. – ele passou os braços pela minha cintura e eu senti as gotículas de água que se acumulavam ali, indo para as coisas do meu vestido. Marchamos para dentro de casa.
  - Papai?
  - Sim? – responderam os dois juntos.
  - Acho que teremos mais um em casa. – coloquei o guarda-chuva no lugar onde ele não molharia a casa e puxei Louis pela mão até estarmos na sala de visita.
  - Ah, e você deve ser o responsável pela grande barriga no meu bebê, estou correto? – perguntou Andy e eu fiquei vermelha, Louis me olhou e sorri.
  - Sim, senhor .
  - Que isso, Louis? Não sou tão velho para ser chamado de senhor.
  - Desculpa...
  - Andy. – meu pai estendeu a mão para cumprimentá-lo.
  - Prazer, Andy.
  - O prazer é todo meu, Louis. E esse é Brian, meu marido. – disse ele puxando meu outro pai.
  - Olá. – eles se cumprimentaram.
  - Boo, acho melhor você tirar esse casaco molhado ou vai ficar doente. – disse eu. E ele retirou o casaco, eu o peguei e levei o para a lavanderia. Era estranho ter Louis e meus pais no mesmo ambiente. Talvez eu sempre tenha me imaginado com Louis, mas nunca me imaginei apresentando-o para os meus pais. Ri com o pensamento e comecei a voltar para a sala, quando cheguei à cozinha ouvi risadas e logo Antony se agitou e novamente se esticou levando a mão até as minhas costelas, prendi a respiração e me estiquei ficando na posição ereta. Logo, Niall apareceu na cozinha.
  - ? – ele veio correndo até mim, talvez, eu estivesse com cara de dor.
  - Hm?
  - Tá tudo bem?
  - Tá... Só espera um pouco. – falei ofegante e ele passou as mãoS pela minha cintura levando-as até a minha barriga e Antony parece que se acalmou com aquele toque tanto quanto eu e voltou a posição normal aos poucos e eu senti ele pressionar a mão ou o pé, sei lá, no ponto onde a mão direita de Niall tocava minha barriga. Lágrimas escorreram por meu rosto e eu ouvi Niall ofegar.
  - Ele...
  - “Tocou” – fiz aspas com os dedos – você.
  - UAU, isso é tão...
  - Mágico. – completei limpando as lágrimas e sorrindo para o loiro atrás de mim. Louis entrou na cozinha, acompanhado de Andy e nos viu naquela cena, o sorriso em seu rosto desapareceu.

Capítulo. 16 - Briga com Eleanor

  P.O.V. Louis Tomlinson.
  *FlashBack On*

   tinha partido há exatamente 12 horas. Sim, eu estava contando, não exatamente contando, mas quando meus olhos bateram no relógio esse foi o primeiro pensamento que me veio à cabeça. Na verdade, ela não saia da minha cabeça. Suspirei e enchi o copo com leite frio. Deixo o copo encima da bancada e antes de me virar um corpo quente me abraça por trás, colando sua barriga em minhas costas nuas.
  - Quem disse que você poderia sair da cama, Tomlinson? – Eleanor mordeu o lóbulo da minha orelha após dizer isso. Me arrepiei. A minha cabeça podia estar em , mas o meu corpo estava com Els. Suas unhas arranharam minha barriga e foram subindo juntos com os beijos que ela distribuía em minhas costas. Sorri e me virei para ela, logo suas mãos safadas desceram até a minha bunda a apartou. Foi a vez dela sorrir. Eu a beijei virando-nos para que ela estivesse encostada no balcão de modo que eu pudesse prendê-la ali. Ela começou a distribuir beijos por meu pescoço e ombro, e mexendo em meus cabelos.
  Eu sem pensar, fiz a única coisa que não se pode fazer em uma situação dessas.
  Disse o nome errado.
  Els nos afastou assim que ouviu o nome e me olhou nos olhos, os seus soltavam raios capaz de desintegrar um elefante.
  - Eleanor. – enfatizou, zangada. – O nome é Eleanor.
  Eu, sem saber o que dizer, apenas observei ela se afastar, certo de que tinha feito besteira. A pior de todas.
  A verdade é que eu não me entendia mais, como pudera dizer o nome de sendo que tinha passado a noite e parte da minha vida com Els? Como pudera fazer uma coisa dessas? A resposta estava em uma única palavra: APAIXONADO. Eu estava perdidamente apaixonado por . Afastei o pensamento da cabeça, Els era a mulher com quem eu estava, quem eu amava, e provavelmente estava furiosa, magoada e se sentindo humilhada. Eu precisava fazer algo a respeito.
  Els estava fechando a porta do quarto quando cheguei lá.
  - Meu Deus, como você anda rápido! – disse eu enquanto entrava no quarto e fechava a porta atrás de mim. – Escute, eu...
  - NÃO! ESCUTA VOCÊ, LOUIS! – ela me cortou apontando o dedo para o meu rosto – Qual é o seu problema? O que acha que está fazendo, afinal?
  - Eu...
  - Eu, eu, eu... Sim, você! – Els exclamou, soando frustrada – achou mesmo que eu era burra aponto de não perceber?
  - Perceber o que? – fiz-me de desentendido.
  - Perceber que essa história não tá dando certo. Que sempre que o seu corpo está comigo a sua mente está com ela? Achou mesmo que eu não iria perceber que você está perdidamente apaixonado pela ? – as lágrimas agora escorriam por sua face – Vocês... Já ficaram juntos? Você me traiu, Louis? – eu sabia que ela se referia a traição carnal e não a mental, a qual ela já tinha confirmação. Apenas abaixei a cabeça e fiquei em silêncio, dando-lhe a resposta afirmativa. Ela veio até mim e eu senti o tapa antes mesmo dele ser dado. Não tentei impedi-la, sabia que merecia aquele tapa, na verdade eu merecia muito mais. – Vai embora, Louis. Eu não quero, por essa semana ao menos, ver a sua cara.
  Afirmei com a cabeça e entrei no closet pegando algumas roupas e o que mais precisaria para passar uma semana na casa de Harry, talvez. Jogando-as na mochila que peguei, depois vesti rapidamente uma roupa qualquer e sai dali. Antes de sair do quarto olhei mais uma vez nos olhos de Eleanor.
  - Desculpe-me. – assim que fechei a porta do quarto ouvi algo ser quebrado contra ela, talvez, o vazo que ficava na penteadeira de Els. Desci as escadas e abri a porta da frente, saindo por ela. Entrei no carro e antes de sair pelos portões, olhei para a porta de entrada, esperando vê-la ali me pedindo para voltar. Mas, eu sabia que ela não estaria, o nosso “para sempre” acabou no dia em que fizemos a proposta para . Nós acabamos com a nossa felicidade, enquanto procurávamos por ela.

Capítulo. 17 -

  P.O.V.

  “Louis entrou na cozinha acompanhado de Andy e nos viu naquela cena, o sorriso em seu rosto desapareceu.”
  Assim que os vi na cozinha, me separei de Niall e sequei os últimos resquícios de lágrimas. Quando voltei meus olhos para eles novamente, Louis me encarava e Andy encarava Louis com o seu famoso olhar questionador.
  - Oi. – disse eu sorrindo amarelo.
  - Oi. Tá tudo bem por aqui? – perguntou Louis.
  - Tá sim, só um Antony meio agitado. – respondi passando a mão por cima da barriga.
  - Ele chutou? – Louis veio e colocou a mão sobre a barriga também.
  - Não, ele meteu as mãos nas minhas costelas. Igual aquele dia.
  - Mas tá tudo bem agora? – perguntou ele desviando as mãos da minha barriga para o meu rosto.
  - Tudo ótimo. Ele se acalmou quando sentiu Niall por perto. – sorri para Niall que sorriu para mim.
  - Ah... – Louis estava meio desgostoso com isso.
  - E vocês o que fazem aqui?
  -Louis disse que me ajudaria com o lanche da tarde, pois estávamos pensando em fazer Niall pegar o violão e tocar para nós... Que tal? – Andy sorriu para Niall, o tipo de sorriso que eu conhecia como: “Não aceito não como resposta”.
  - Eu adoraria. Vou lá pegar o violão. – ele virou-se para a esquerda.
  - Niall? – chamei-o.
  - Sim?
  - A escada para os quartos é para o outro lado.
  - Ah, Acho que não me acostumei com a casa.
  - Tudo bem, eu vou com você. – respondi pegando na mão dele.
  - Ficar subindo escada não faz bem, .
  - Mas também não faz mal. Qual é, Andy! – eu já estava subindo a escadas só para não ter que ouvir sermão do estilo: “Você está grávida e blá blá blá”. Levei Niall até o quarto onde nós dois ficaríamos, assim que fechei a porta virei-me para ele.
  - Niall?
  - Oi?
  - Louis está meio estranho, não?
  - Não sei, . Não prestei atenção. – ele parecia irritado em responder isso.
  - Hm, - sentei-me na cama – acho que a briga com a Els foi feia, porque ele não está muito bem e... – não consegui terminar porque um Niall vermelho de raiva estava parado na minha frente.
  - Chega! – eu tinha certeza que estava com os olhos arregalados – chega de falar do Louis, ou da Els ou de qualquer um deles! Você queria saber por que eu me afastei nesses últimos meses... Pois bem, eu me afastei porque não queria ver você sofrer todos os dias um pouco mais. Não queria ouvir sobre Louis e o filho dele o dia inteiro. Não queria você falando que não gosta de Eleanor porque ela não faz bem para o Louis e todo esse blá blá blá! NÃO QUERIA SOFRER MAIS DO QUE JÁ SOFRO! EU QUIS DAR UNS DIAS PARA O MEU CORAÇÃO, ! QUERIA TE ESQUECER! MAS ISSO APARENTEMENTE NÃO É POSSÍVEL! PORQUE EU ESTOU APAIXONADO PELA MINHA MELHOR AMIGA, PORQUE EU A QUERO COMO ELA DESEJA QUE OUTRO HOMEM, UM DOS MEUS MELHORES AMIGOS, A TENHA. E o pior disse tudo é que ela burra demais para perceber isso tudo, afinal, os olhos dela estão sempre nele. – Niall chorava, eu sabia que era de raiva, ele sempre chorava quando estava com muita raiva. Os minutos passaram e eu não tinha reação nenhuma, não conseguia.
  - NIALL? ? TÁ TUDO BEM AÍ? – gritou .
  - TUDO ÓTIMO. JÁ VAMOS DESCER! – respondeu Niall e voltou a me olhar. – Porque eu tinha certeza que você não iria dizer nada? – ele virou-se indo pegar o violão que estava encostado na parede.
  - Sabe, Niall. – finalmente lembrei-me de como falar - Quando eu te conheci o único pensamento que tive foi: “Uau, como ele é lindo.” Quando você falou comigo pela primeira vez meu coração estava querendo sair de mim de tão rápido que batia. Acabamos nos tornando amigos, mais que isso, nós nos tornamos melhores amigos. E logo, eu me acostumei a ter você por perto e disse ao meu coração “ele é só o meu amigo”, aguentei as suas namoradas calada, aguentei as suas crises de loucura e participei de algumas delas, você se tornou parte da minha vida, uma parte muito importante. Eu me arrependo de muitas coisas que fiz ou deixei de fazer, mas se quer saber eu NUNCA me arrependi por ter me apaixonado por você. E esse sentimento ainda existe, só que para me manter sua amiga eu precisei sufoca-lo com outra paixão. – deixei um sorriso triste escapar de meus lábios – Eu te amo, Niall.
  Ele virou-se lentamente para mim e deu o mais rápido possível os quatro passos que nos separavam, eu me levantei antes que ele chegasse a mim, e logo meus lábios estavam nos seus. O beijo era desesperado, mas não era estranho como eu imaginei que seria, depois de tantos anos de amizade. Nós fomos parando o beijo lentamente com selinhos. Quando estávamos separados ele contornou o meus lábios com o polegar.
  - Sabe quanto tempo eu esperei por isso? – me perguntou ele.
  - Talvez, tanto quanto eu.
  - E finalmente as fãs poderão falar que é real. – ele sorriu, algumas fãs sempre suspeitaram que eu e Niall éramos algo a mais e criaram um nomezinho. – é real? – perguntou ele.
  - Não sei. Para você é? – encerei-o e ele juntou nossos lábios de novo. Só respondeu quando se separou com um sorriso.
  - Mais real que isso, impossível. Quer dizer... , você me daria honra de tornar real, sendo minha namorada?
  - Hm... – fingi estar pensando – Acho que nós não precisamos de rótulos, mas eu aceito, se isso te faz feliz.
  - Mais feliz só dois de mim. – nós rimos e seus lábios procuraram os meus famintos, nós nos separamos quando a porta se abriu. Liam sorriu amarelo quando percebeu que tinha interrompido algo.
  - Opa. Acho que atrapalhei algo, mas a estava me deixando louco falando que eu deveria vir ver se Niall não tinha te matado depois daquela gritaria toda.
  - Hahaha sendo . – minha amiga era a pessoa mais exagerada do mundo em relação a coisas pessimistas, na verdade em relação a tudo. – Acho melhor descermos antes que todos decidam vir ver se você também não morreu. – disse pegando no braço de Liam e puxando Niall pela mão para fora do quarto. Niall soltou minha mão para fechar a porta, já que estava com o violão na outra não. E nós três voltamos para a sala.

Capítulo. 18 - Esclarecendo as coisas!

  Acordei assustada, ultimamente, eu tinha pesadelos todas as noites e eu não conseguia me acostumar com a sensação de acordar depois de um, sentei-me no solavanco e coloquei a mão sobre o coração que batia fortemente na minha caixa torácica, olhei envolta e vi que estava no meu antigo quarto, olhei para o lado e vi Niall dormindo de bruços com a boca aberta, era estranho eu achar ele fofo demais assim? Sorri e levei a mão para a barriga. Respirei fundo para tentar me acalmar, mas sabia que só um copo de leite iria ajudar. Suspirei e me levantei, saindo do quarto a passos de formiga, não queria acordar Niall.
  Assim que entrei na cozinha me assustei.
  - Louis? Ah... O que faz aqui?
  - Não esperava encontrar ninguém, né? – ele estava encostado no balcão pegando um copo de leite frio, não sei como ele consegui tomar o leite assim.
  - Na verdade, não. – fui até o armário e peguei um copo colocando leite e levando-o ao micro-ondas. Depois encostei na bancada perto dele.
  - Pesadelo? – Louis sempre estava por perto quando eu tinha um em Londres.
  - É.
  - E Niall não estava acordado para te ajudar? – ele virou-se ficando na minha frente.
  - Não.
  - E bem nessa hora você sentiu minha falta. – ele sussurrou em meu ouvido. Depois se afastou, sorriu e voltou a se aproximar, dessa vez para me beijar.
  - Louis - levei as mãos ao seu peito e o afastei antes dele fazer o que queria –, para.
  - Mas...
  - Nada de mas. Isso foi um erro, esse tempo todo, foi um erro. Traímos Eleanor e nem adianta me dizer que ela não sabe, eu sei que vocês brigaram por isso. – ele abaixou os olhos azuis – e agora, eu estou Niall, e não fazer isso porque eu me coloquei no lugar de Eleanor, estou me sentindo a pior pessoa do mundo por tudo que fizemos. – as lágrimas deixavam minha vista embaçada. – você e Els sempre foram o casal perfeito, e eu destruí isso.
  - Não, EU destruí isso quando me apaixonei por você. – ele passava o dedo por minha bochecha. – Eu destruí a minha felicidade enquanto procurava por ela. – ele sussurrou.
  - Nós podemos concertar isso. Falamos com Els, não posso deixar vocês separados.
  - Medo de ter que ficar com o bebê, ? – ele sorriu.
  - Não. – levei a mão a barriga – não me incomodaria em ficar com ele, mas ele pertence a você. – me afastei indo pegar o leite.
  - Acho que vou voltar a dormir. – disse ele virando-se.
  - Louis?
  - Sim?
  - Está tudo bem entre nós?
  - Porque não estaria? – ele sorriu e me deu uma piscadela – Tenha uma boa noite, . E cuidado com os pesadelos. – e então ele realmente se foi. Sorri e terminei de tomar meu leite, subindo logo depois. Assim que entrei no quarto vejo que Niall acordou.
  - Ei, onde você estava? –perguntou ele, fui em sua direção e me sentei na cama ao seu lado.
  - Tive um pesadelo e fui tomar um copo de leite para conseguir voltar a dormir. – me deitei e senti seu braço passar pela minha cintura e seu tronco encostar na minha costa.
  - Hm, mas está tudo bem? – ele levantou a cabeça para olhar o meu rosto.
  - Tudo ótimo. – virei o rosto e lhe dei um selinho. – agora vamos dormir, amanhã será um dia cheio.
  - Eu te amo. – sussurrou ele como se fosse o maior segredo do mundo.
  - Eu também te amo. – sussurrei de volta. Me virei com um sorriso no rosto, as coisas estavam começando a se arrumar.

Capítulo. 19 - Pesadelo

  Correr.
  A única coisa que eu tinha que fazer era correr, eu precisava salvar o garotinho dos olhos verdes que estava nos meus braços. As folhas no chão faziam com que meus passos fossem audíveis, mas faziam com os do meu perseguidor também fossem. O segundo som de folhas quebrando estava longe, mas não tão longe quanto eu gostaria.
  - Não deixe ele nos pegar. Não me deixe ir. – ouvi o menininho sussurrar em meu ouvido.
  - Eu não vou deixar, meu amor. Prometo que no final disso tudo, nós ficaremos juntos. – ouvi que os passos que se aproximavam estavam próximos demais – Eu te amo – sussurrei para o garotinho enquanto parava, ele me fitou com os olhos verdes arregalados, e depois abriu seu sorriso com covinhas.
  - Também te amo, mamãe. – sorri ao ouvir aquelas palavras. Ouvi os passos cada vez mais perto, beijei a testa do garotinho e o coloquei no chão. Lágrimas ameaçavam cair, mas eu não podia deixar a criança de três anos vê-las, ele precisava pensar que estava tudo bem, mesmo não estando.
  Ouvi quando o meu perseguidor chegou à pequena campina onde estávamos, me prostrei entre ele e o garotinho e me virei lentamente. Observei seu sorriso tão conhecido e a barba para fazer que o deixava ainda mais sexy, mas meus olhos decidiram se fixar nos dele. Azuis.

  Abri os olhos e fitei o relógio na mesa de cabeceira, 9:00 h. Respirei fundo, “Foi só um pesadelo, . Só o mesmo pesadelo pela segundo vez na noite!” falei comigo mesma. Eu finalmente tina chegado a parte que via o rosto do perseguidor e só conseguia me lembrar do tom azul de seus olhos. Ouvi sons vindos da parte de baixo da casa, meus pais já estava acordados. Respirei fundo mais uma vez, estava na hora de levantar. Tirei o braço de Niall da minha cintura e levantei, marchei para o banheiro. Depois de um banho quente já me sentia melhor, coloquei uma roupa apropriada para o clima quente. Olhei para Niall que dormia abraçado com o meu travesseiro, sorri e foi até ele lhe dando beijinhos no rosto.
  - Amo carinho, mas me deixa dormir mais um pouquinho?
  - Não, senhor. – dei um tapa na sua bunda – Anda, levanta logo.
  - Você não pode bater na minha bunda, é propriedade minha.
  - Sou sua namorada, ela se tornou um pouco minha também. É melhor se arrumar rápido, temos muito o que fazer hoje. – ele se sentou na cama e eu sai do quarto rindo. Foi para o próximo quarto e abri a porta sem bater, fechando-a logo em seguida com os olhos arregalados.
  - LIAM, VAI COLOCAR UMA ROUPA, PELO AMOR DE DEUS!
  - A CULPA É SUA, POR TER ESQUECIDO A EDUCAÇÃO QUE TE DERAM E ABERTO SEM BATER! – respondeu ele.
  - DESCULPA POR ISSO! MAS NUNCA IMAGINEI QUE ENCONTRARIA ALGUÉM NU!
  - PARA ISSO NÃO ACONTECER, EXISTE UMA COISA, CHAMA-SE: BATER NA PORTA! – gritou .
  - OK, DESCULPA MAIS UMA VEZ! SÓ QUERIA AVISAR QUE SAIREMOS ÀS 10:30, SEM UM MINUTO A MAIS NEM A MENOS!
  - OK, MAMÃE! – me deu vontade de entrar no quarto e mostrar quem era a mamãe, mas resolvi descer logo. Entrei na cozinha.
  - BOM DIA FAMÍLIA! – gritei fazendo as três pessoa presentes na cozinha se virarem para mim. E a primeira coisa que notei foi que uma delas tinha olhos azuis. Azuis como os do meu sonho. Louis.

Capítulo. 20 - Conversa entre pai e filha

  E durante todo o café da manhã, eu fiquei me questionando: Por que Louis perseguia a mim e ao garotinho de olhos verdes? Todos estavam tão concentrados em falar com os meus pais e comer que nem notaram o quanto eu estava aérea, quer dizer quase todos...
  Eu estava me levantando da mesa, quando ouvi Brian me chamar.
  - ? Será que podia me acompanhar rapidinho até o escritório?
  - Claro, papai.
  - Lembre-se, , 10:30. Nenhum minuto a mais nem a menos! – disse Liam rindo quando subia as escadas, esse Daddy tá ficando abusado mesmo! Respirei fundo e segui Brian até seu escritório.
  - Está tudo bem? – perguntei para ele.
  - Não sei. Me diz você, parecia tão aérea no café da manhã. E quando você entrou na cozinha e viu Louis parecia assustada, como se visse um fantasma.
  - Era quase isso... – sussurrei tão baixo que sabia que ele não podia ouvir.
  - O que está acontecendo, Lise? Eu me preocupo com você, sou seu pai, a final de contas. – minha mente vagava entre a ideia de contar ou não para ele o que estava havendo, ele era meu pai podia me ajudar em algo.
  - Eu ando tendo pesadelos, não. Eu ando tendo um único pesadelo.
  - Quer me contar ele?
  Eu estou correndo, em uma floresta. Tem um garotinho de olhos verdes em meus braços e a única coisa que sei é que tenho que protegê-lo de quem está atrás de nós. – eu sabia que Brian me olhava, mas eu não tinha coragem de olhar nos olhos dele – Então, o menininho me pede para não deixar a pessoa pega-lo e eu digo que não deixarei, e digo que o amo. Ele responde que também me ama, e me chama de mamãe. Mas eu estou cansada, muito cansada. Sei que não vou aguentar correr mais, então, paro. E o perseguidor chega onde eu estou. Normalmente, eu acordo bem nessa parte, mas essa noite foi diferente. O sonho continuou. Eu me colocava entre o menino e o perseguidor e me virava lentamente, encarando-o. O perseguidor era Louis. Então, eu acordei. – ficamos alguns minutos em silêncio, então, eu olhei para ele. Brian estava com os cotovelos na mesa e as mão entrelaçadas, sua cabeça se apoiava ali e seu olhar era perdido em pensamentos, talvez ele não tivesse prestado atenção no que lhe contei – Que acha?
  - Talvez você esteja preocupada com Harry.
  - Harry? – Ok, ele realmente não estava prestando atenção.
  - O garotinho dos olhos verdes. – ele olhou para mim e sorriu. Ok, talvez, ele estivesse prestando mais atenção do que eu. – Talvez, você ache que Louis possa machuca-lo, ou que possa separar vocês dois.
  - Papai, se fosse assim o perseguidor seria Niall e Harry não seria uma criança.
  - Mas o seu subconsciente não pensa como o seu consciente, bebê.
  - Ok, dá para falar na minha língua agora? – eu me senti meio burrinha quando estava em casa, Brian era decorador de ambientes e Andy era psicólogo, um entendi tudo do trabalho do outro mesmo sendo em polos diferente e eu, bem eu nunca entendi direito o que Andy dizia ou fazia, nunca precisei de um psicólogo e nunca quis ser uma, ponto final.
  - Você não pensa dormindo igual pensa quando está acordada. É como se o seu subconsciente quisesse te mandar um recado por um sonho, mas logo ele o transforma em um recado um pouco complicado de se entender porque ele não age como o seu consciente. É complicado de se explicar. – ele gesticulava bastante enquanto falava.
  - Ok, mas e se minha mente estiver querendo dizer que na verdade eu estou preocupada com Antony? – levei a mão a barriga.
  - Você está? – meu pai arqueou a sobrancelha.
  - Um pouco talvez, Eleanor e Louis brigaram e isso torna tudo mais dificil, afinal, se eles estiverem separados, quem fica com a criança?
  - Não sei, você ficaria com ela?
  - Não ficaria triste em ter Antony para mim. – passei as mãos sobre a barriga e sorri ao constatar que era verdade, eu não me importaria nenhum pouco de ficar com aquela criança, ela tinha se tornado parte de mim. Não queria admitir, mas a coisa mais dificil que eu farei em minha vida é dar ele a Els e Louis. Mesmo sem nunca ter visto Antony, eu o amava e quando o visse pela primeira vez sabia que não conseguiria nunca mais deixa-lo longe. E isso me fazia questionar: Como minha mãe pode fazer o que fez comigo? Como ela pode me jogar no lixo? Ela não me amava? Ela realmente não me queria? Logo lágrimas escorriam por minha face.
  - Ei, . Que foi?
  - Por que ela fez isso comigo, Papai? Por que ela me deixou no lixo? Ela não me amava ou não me queria ou as duas coisas juntas? – Brian se levantou e me abraçou me deixando chorar.
  - Eu não sei, meu amor. Mas queria saber, queria ter todas as respostas do mundo para você. – e eu continue a chorar, odiava isso. Odiava quem quer que fosse a vadia da minha mãe. Odiava ver meu pai sofrer porque eu estava sofrendo. E então outra verdade me tomou. Daqui a alguns anos, talvez fosse Antony nessa mesma situação, talvez um dia ele descobrisse que Els não era a mãe dele e ficasse com raiva, raiva de MIM.
  - Acho que eu vou, os meninos já devem estar dando os loucos lá fora. Amo você – virei-me para sair.
  - Também amo você, bebê. – Pais, nunca vão ver que você cresceu, você sempre será o bebê deles. Ri com o pensamento e sai do escritório, encontrando 4 pessoas que me olhavam com expectativa.
  - Vamos logo seus moles, temos um tour para fazer ainda. – todos se levantaram do sofá reclamando e seguiram porta a fora.

Capítulo. 21 - Over Again

  P.O.V. Eleanor Calder

  Apertei o grosso casaco contra o corpo, o vento era frio naquele final de tarde em Londres. Já faziam três semanas desde a briga com Louis e eu ainda me perguntava o porquê dele ter feito o que fez. Eu era tão ruim assim? Não dei-a ele tudo o que precisava? Não era uma boa noiva? Eu odiava essas perguntas que me rondavam 24horas por dia. Sentei-me no banco e as lembranças da tarde em que Louis me pediu em casamento bem ali, naquele parque, viram-me a mente.

  Flashback on

  Era a primeira tarde quente do mês de julho, Louis me chamou para darmos uma volta e aproveitar o sol. Acabamos ali, no parque. Corremos pela grama como duas crianças apostando corrida, eu ganhei. Mas assim que cheguei a nossa árvore, o ponto de chegada, me joguei no chão e ele fez o mesmo caindo ao meu lado. Estávamos rindo como os loucos que realmente éramos.
  - Você é muito lento, Lou-Lou. – no começo da relação eu o chamava assim quando estávamos sozinhos só para vê-lo ficar irritado com o apelido, mas hoje em dia virou o nosso apelido secreto, porque somente eu podia chamá-lo assim.
  - Eu? Apenas fui um cavalheiro e te deixei ganhar! – ele respondeu rindo.
  - Há, mentiroso!
  Ele se inclinou na minha direção e se apoiou no cotovelo, e ficou me olhando.
  - Para, Lou-Lou.
  - Parar com o que, cenourinha? – lembra de Lou-Lou? Pois bem, cenourinha é o meu apelido irritante que eu tanto amo.
  - De me olhar, eu fico com vergonha. – cobri o rosto com o braço e ele descobriu.
  - Não precisa disso, você é linda. – ele passou o dedo indicador por toda a minha bochecha. – Eu te amo, Cenourinha.
  - Também te amo, Lou-Lou.
  - Então prove. – ele sorriu sapeca e subiu em cima de mim.
  - Como? – ele se inclinou até ter os lábios quase colados no meu ouvido.
  - Casa comigo.
  - Que? – eu não podia acreditar no que estava ouvindo.
  - Eleanor Jane Calder, você seria louca o suficiente para casar comigo?
  - Louca deveria ser meu nome do meio. Claro que eu aceito, Louis. – ele tirou a caixinha da joalheria do bolso de trás da sua bermuda vermelha, abriu a caixa e colocou o pequeno anel no meu dedo. Então eu puxei-o pela nuca até que nossos lábios estivesse colados. Somente Deus sabe da minha felicidade naquele dia, eu estava completa, eu tinha o homem que mais amava para sempre.

  Flashback off

  Naquele dia, eu só não sabia que o sempre do nosso “para sempre” chegaria ao fim tão cedo. Limpei as lágrimas que insistiam em cair, estava cansada de chorar. Vi que alguém tinha parado ao lado do banco onde estava.
  - Por que eu tinha certeza que te encontraria aqui? – eu reconheceria aquela voz a quilômetros de distância.
  - Louis? O que faz aqui? Eu disse que não queria te ver...
  - Por aquela semana, já se passaram duas além dela. Precisamos conversar, cenourinha.
  - Não me chame assim. – eu não conseguia olhar para ele, mas senti que ele se sentou ao meu lado.
  - Ok, desculpe.
  - Por me chamar pelo apelido ou por tudo?
  - Os dois. Eu fui um idiota e isso é um fato, eu não merecia que você olhasse mais na minha cara, mas eu to aqui, colocando o orgulho de lado e te pedindo perdão. Perdão por ter sido mais idiota que o normal, perdão por ter te traído, perdão por achar que estava gostando de outra e te magoar. Você não tem ideia do quanto isso está me destruindo por dentro. Sei que o que fiz foi imperdoável e eu no seu lugar nunca me perdoaria, mas você sempre foi uma pessoa melhor que eu. – eu ainda não olhava para ele, mas as lágrimas escorriam com maior intensidade. – Nunca fui bom com palavras e você sabe muito bem disso, então acho que farei de um dos únicos jeitos que sei, cantando. – ouvi os acordes do violão e me assustei, ele tinha mesmo trago um violão?

Said I'd never leave her
(Eu disse que nunca te deixaria)
Cause our hands fit like my T-shirt
(Porque nossas mãos se encaixam como a minha camiseta)
Tongue tied over three words, cursed
(Língua presa em três palavras, amaldiçoado)
Running over thoughts that made my feet hurt
(Correndo de pensamentos que fazer meus pés doerem)
Body's intertwined with her lips
(Copos entrelaçados com os lábios dela)

Now she's feeling so low since she went solo
(Agora ela está se sentindo tão pra baixo dede que ela ficou sozinha)
Hole in the middle of my heart like a polo
(Há um buraco no meio do seu coração como um pólo)
And it's no joke to me
(E isso não é piada para mim)
So can we do it all over again
(Então, podemos começar tudo isso de novo?)

  Ele passou um tempinho só tocando, e eu sabia que estava pulando uma parte da música que talvez não fizesse sentido para nós.

And I can lend you broken parts
(E posso te emprestar pedaços)
That might fit like this
(Isso poderia caber como este)
And I will give you all my heart
(E eu vou te dar todo o meu coração)
So we can start it all over again
(Então nós podemos começar tudo de novo)

Tell me with your mind, body and spirit
(Diga-me como o seu corpo, mente e espírito)
I can make your tears fall down
(Eu posso fazer suas lágrimas caírem)
Like the showers that are British
(Como os chuveiros britânicos)
Whether we're together or apart
(Se estamos juntos ou separados)
We can both remove the masks
(Ambos podemos remover as máscaras)
And admit we regret it from the start
(E admitir que nos arrependemos desde o começo)

  Agora, eu conseguia olhar para ele, e via as lágrimas escorrendo por sua face, nós dois estávamos machucados. Nós dois precisávamos começar mais uma vez.

Can mend your broken heart
(Eu posso consertar o seu coração partido)
I might miss everything you said to me
(Eu posso esquecer tudo o que você me disse)

And I can lend you broken parts
(E posso te emprestar pedaços)
That might fit like this
(Isso poderia caber como este)
And I will give you all my heart
(E eu vou te dar todo o meu coração)
So we can start it all over again
(Então nós podemos começar tudo de novo)

  Quando ele parou de tocar olhou para mim, e eu desviei o olhar para o chão.
  - Meu nome do meio realmente deveria ser louca. Porque eu só posso ser louca por estar perdoando o imperdoável. – voltei meus olhos para os azuis dele – eu te perdoo, Louis, pelo simples fato de te amar mais que qualquer besteira que você fizer.
  - Obrigada. – ele chegou mais perto e nossos lábios estavam quase se tocando quando ele sussurrou – eu te amo, minha cenourinha. – e logo nossos lábios estavam juntos como se fosse um só.

Capítulo. 22 - Uma surpresa para .

  8 meses e meio de gravidez.

  EXPLICANDO O QUE ANDOU ACONTECENDO NESSES ÚLTIMOS MESES:
  Louis e Eleanor estavam juntos novamente, e acreditem ou não, eu estava feliz com isso. Eleanor não reagiu da melhor maneira quando me viu, mas eu não fiquei chateada, eu tinha feito mal a ela. Agora, estávamos bem, nada como antes, mas conversávamos como as pessoas civilizadas que éramos. Você deve estar me perguntando: E você e Niall? Estamos melhor que nunca, ele é o namorado mais compreensível desse mundo, até mesmo com as minhas crises de grávida. Niall estava me apoiando em criar a minha própria marca de roupas e eu gostei bastante da ideia e é nisso que eu ando tentando me empenhar nesses últimos dias. Liam e estavam bem, se mudou para o apartamento dele e eles estavam vivendo muito bem (nem quero imaginar o que eles fazem durante as noite naquele apartamento!).
  VOLTANDO PARA O DIA DE HOJE:
  Naquela noite, eu saí com Harry, estava com saudades de passar um tempo com ele e como Niall foi para a Irlanda, eu não tinha muito o que fazer. Pedi para ele passar no meu antigo apartamento porque lá eu tinha alguns desenhos que eu poderia usar para a marca de roupas. Assim que chegamos ao prédio reparei em uma mulher falando com o porteiro, assim que ele me viu fez sinal para que eu me aproximasse.
  - Boa Noite, seu Mauricio. Está tudo bem?
  - Boa Noite, . Está, mas essa mulher disse que gostaria de falar com você. – virei-me para a mulher e quase cai para trás. Ela era super parecida... COMIGO! Eram os mesmos olhos verdes e a mesma cor dos cabelos, porém os cabelos dela eram lisos enquanto os meus tem cachinhos.
  - Boa Noite, . – ela sorriu para mim e eu pude ver que o formato dos seus lábios lembravam os meus.
  - ? – Harry vivia me chamando assim para atazanar. – Tá tudo bem? – ele chegou atrás de mim colocando as mãos em meus ombros.
  - Boa noite, ah... Quem é a senhora?
  - Eu realmente não esperava que você me reconhecesse, afinal, você só me viu quando nasceu. – do que aquela lunática estava falando? – Sou Lucy, em>sua mãe.
  Ao ouvir aquela afirmação me senti sem chão, como assim ela era minha mãe? E se fosse verdade, o que era bem capaz, por culpa da nossa semelhança, por que ela tinha decido vir me procurar? Essas perguntas rondavam minha cabeça e então eu buscando apoio virei-me para Harry e tive certeza que nossos rostos deveriam ser copias perfeitas, a boca dele se abriu em um ‘o’ perfeito.
  - Minha... mãe?
  - Sim, bebê. – ela sorria sincera, levou as mãos para os lados do meu rosto.
  - O que faz aqui? Como me encontrou? – as lágrimas já abitavam meus olhos deixando a imagem mulher a minha frente embaçada.
  - Eu te vi na TV há alguns dias, fiquei surpresa ao encontrar alguém tão parecida comigo, fiz as contas e deu certinho para você ser a minha filha.
  - E por que decidiu encontrá-la depois de tantos anos? – perguntou Harry antes que eu pudesse formular a mesma pergunta em meus lábios – Se não a quis quando podia ter tido, porque agora?
  - Não fiquei com ela quando pude, porque não tinha paciência para cuidar de uma criança que só sabia chorar. Nunca tive vocação para mãe, mas quando descobri que estava gravida já era tarde demais, seu pai me deixou e eu não tinha ninguém. Quando você nasceu a odiei de cara, alguém que tinha o formato dos olhos dele, os cabelos cacheados, não poderia aguentar. Te joguei no lixo, porque não sabia o que fazer, eu tinha 17 anos na época. E voltei agora porque eu soube que você estava grávida e não só isso, vi que você é famosa se tornou tudo o que eu sempre quis ser. – então era isso, ela estava ali para ser a mãe da menininha que tinha a fama.
  - Eu esperei a minha vida toda para esse momento – cortei Harry quando ele iria começar uma frase – Me perguntei a minha vida toda: Como será ela? Por que ela me deixou? Ela me odeia? Ou não tinha condições de cuidar de mim? Sofri a minha vida toda e de repente eu tenho a pessoa responsável por esse sofrimento e pela cura dele a minha frente, e eu nunca imaginei que ficaria tão decepcionada. – as lágrimas desciam por minha face – É bom te conhecer, Lucy, mas agora eu prefiro esquecer que você existe. – virei-me e logo seus dedos gélidos agarram meu pulso.
  - Você fala isso agora porque essa criança ainda não nasceu, quero ver se quando o tiver nos braços chorando e fazendo bagunça, vai agir exatamente como eu. Vai joga-lo no lixo e deixar que outra pessoa cuide dele. Você não pode negar a nossa semelhança, . – ao ouvir aquilo senti o sangue me subir à cabeça, como ela podia dizer que eu jogaria Antony fora? Eu o amava de corpo e alma.
  - É ai que você se engana, mamãe. Nossa aparência é apenas física, caráter é algo muito diferente. Tenho princípios e valores, que alguém que me amou muito mais do que você poderia amar algum dia me ensinou. – me virei soltando-me de sua aperto e ia seguir meu caminho quando lembrei de algo mais – Ah, - virei-me para ela – E antes de se aproximar de mim você deveria ter uma qualidade que é pequena no nome, mas imensa no sentido, humildade. – virei-me e agora ia seguir meu caminho quando ouvi sua voz carregada de ironia.
  - Pode ir. Só vim até aqui para que você tivesse conhecimento de quem eu sou antes que o resto do mundo tenha. – quando olhei novamente ela já tinha saído dali. Meu coração batia forte contra minhas costelas e eu sentia Antony agitado demais. Respirei fundo e puxei Harry para o elevador, assim que entramos senti uma pontada em meu ventre, levei a mão até a barriga e tendei disfarçar a cara de dor, mas acho que não sou boa atriz.
  - Ei, ? Tá tudo bem?
  - Tá, só Antony um pouco agitado. – apertei o botão do andar. Assim que entramos no apartamento senti uma pontada bem mais forte.
  - Ai. – me curvei um pouco.
  - ?
  - Tá tudo bem, só preciso de um banho para relaxar.
  - Tem certeza? Não quer ir no hospital?
  - Tenho, está tudo bem. Você espera aqui enquanto eu tomo um banho rápido, só para tirar a sensação de estar suja?
  - Claro, vai lá. Eu vou procurar os seus desenhos enquanto isso.
  - Valeu, Hazza. Eu já volto. – me guiei para o banheiro, tirei a roupa com cuidado e abriu o chuveiro, entrei de baixo da água quente e me senti melhor. Eu estava quase acabando o banho quando a dor voltou vezes mais forte e eu deixei escapar um gritinho.
  - ? Tá tudo bem ai? – Harry perguntou batendo na porta.
  - Harry? Eu acho que preciso de ajuda. – olhei para o chão e vi sangue e senti algo parecido com fazer xixi, mas não chegava a ser isso, puxei a toalha e envolvi em meu corpo. Ele então entrou no banheiro e eu vi que ele ia entrar em desespero. – NÃO GRITE!
  - Oh My God, ! Eu vou ligar para a ambulância. – ele saiu correndo.
  - Faça isso, rápido. – me guiei para fora do banheiro, depois de conseguir enxaguar as pernas, deitei-me na minha antiga cama e me encolhi quando senti outra daquelas dores mais conhecidas como contrações. Então Antony iria nascer? Sorri com o pensamento, como nós mulheres somos burra, não? Sorrimos quando estamos com uma dor aguda para caramba. Harry voltou para o quarto e eu podia ver seu desespero.
  - Eu já liguei, eles disseram 5 minutos. Mas todos sabemos que 5 minutos em Londres é igual a 10. O que eu posso fazer para ajudar?
  - Me dá a sua mão? – então ele veio para o meu lado e me estendeu a mão. Não era assim que eu tinha planejado o nascimento de Antony, queria algo mais legal como atrapalhar uma grande festa ou estar dormindo, mas não a criança decidiu que queria somente Harry por perto. Outra dor aguda me atingiu e eu apertei a mão de Harry.
  - Respira comigo, . – ele começou a respirar rapidamente e logo eu me perguntava se ele respirava para tentar me acalmar ou se acalmar.
  - Harry?
  - Sim?
  - Acho que não vai dar tempo! – outra contração.
  - Como assim? – ele me olhou com os olhos verdes arregalados.
  - Acho que você terá que fazer parto. – mais uma.
  - TÁ FALANDO SÉRIO? , eu nunca poderia fazer isso... Eu...
  - Harry, é fácil, o bebê faz tudo sozinho – respirei fundo e apertei a sua mão sentindo a dor – você só precisa ajuda-lo a não cair ou algo assim.
  - , eu...
  - HARRY! POR FAVOR! – eu chorava.
  - Ok. Vamos nessa. – ele arriou a mas mangas e se colocou entre as minhas pernas (se não fosse trágico eu riria da cena, mas no caso a cena não seria algo saindo de mim e sim uma coisa entrando, PARA COM ESSE PENSAMENTOS NESSE DE TENSÃO!). Fiz força como eles mostravam na TV e respirei várias vezes. – ! ELE TÁ NASCENDO! O MEU DEUS!
  - HARRY! SE CONTROLA! – eu não sabia se ria ou se chorava, porque Niall tinha viajado justo naquele fim de semana? Ou melhor: Por que eu tinha decidido sair só com Harry? (Vou pular um pouco para não torturar vocês, ok?)
  Logo nós ouvimos o som do choro do bebê e nós dois sorrimos.
  - ? Nós conseguimos. – disse Harry sorrindo e logo nós ouvimos a porta da frente foi a aberta e os paramédicos invadiram a casa.
  - Você fez o parto? – perguntou um deles olhando para Harry que estava no banheiro lavando as mãos enquanto eles nos (eu e Antony) atendia.
  - Sim, senhor. – o paramédico olhou para mim e eu afirmei com a cabeça, ele deu de ombros. Logo estávamos todos no hospital.
  Eu estava com Antony nos braços, ele era simplesmente perfeito. Tinha os olhos azuis de Louis e os cabelos do mesmo tom que os meus, a pele estava um pouco rosada o que já mostrava que ele seria bem branquinho, ele era tão bonito quanto o pai. Harry, que estava sentando ao meu lado na cama do hospital, olhava-o e sorria. Louis e Els invadiram o quarto tirando nos do momento magia. Eleanor pegou Antony de meus braços e os três se afastaram um pouco falando com o menininho. Sorri ao ver os três juntos, era uma bela família, mas meu coração apertou. Antony estava com os pais e nunca saberia que eu era sua verdadeira mãe. Harry deve ter pensado o mesmo que eu por passou os braços pelos meus ombros e sussurrou em meu ouvido.
  - Ei, . Fica triste não, nós somos os padrinhos de uma das crianças mais lindas do mundo! Poderemos cria-lo também.
  - Mas ele nunca saberá quem eu sou de verdade. – sussurrei para ele.
  - Isso não importa, ele saberá que você o ama como se ele fosse seu. – sorri para ele e sussurrei.
  - Eu já disse que te amo?
  - Não. Mas nem precisa, eu sei. – ele beijou a minha bochecha e eu sorriu deitando a cabeça em seu ombro e observando a família perfeita.

Capítulo. 23 - Happy Birthday, Antony.

  2 ANOS DEPOIS
  - ! ! – eu não podia acreditar que ele já havia acordado, talvez, se eu fingisse dormir ele me deixaria em paz. Logo as mãozinhas quentes tocaram meu rosto de novo – acoda, tia !
  - Qual é, Antony, deixa a tia dormir! – eu continuava de olhos fechados, ele não tinha acabado de adormecer?
  - Não! O solzinho já nasceu, tia , tá na hora de acoda! – eu amava cuidar de Antony, mas odiava quando ele vinha me acordar logo de manhã. Ele estava passando aquela semana comigo porque Eleanor estava ocupada com algum trabalho de modelo e Louis estava ocupado gravando o novo CD, então essa sempre era a semana que eu passava com ele e sem Niall, porque o mesmo não parava em casa. Respire fundo e abri os olhos, encarando o menininho dos olhos azuis penetrantes que tinha uma chupeta na boca, estava de pijama e o cabelo bagunçado, peguei ele no colo e o coloquei sentado na minha barriga.
  - O que faremos hoje, Tony? Afinal, é aniversário de um pequeno menininho muito especial para mim. – era aniversário dele e ele não teria a Els por perto, que mãe exemplar, não?
  - Estúdio com o papai e os tios! – ele pulava em cima de mim. – e depois... – ele levou o dedinho para cima da chupeta como se pensasse - BOLO! – joguei-o na cama fazendo cosquinha em sua barriga.
  - Bolo é? De que? – ele ria e eu ama a sua risada, parei para deixa-lo respirar.
  - De chocolate, né, tia ! – ele aprendeu com Harry a me chamar assim para irritar, mas por incrível que pareça o apelido soava muito melhor na voz da pequena criança.
  - Então vamos tomar banho para fazer tudo o que o Antony quiser hoje?
  - VAMOS! – peguei-o no colo e nós fomos para o banheiro, tomamos banho e eu o vesti e me vesti também. Peguei a minha bolsa, a bolsa dele, a chave do carro e sai da casa. Entrei na garagem, coloquei-o na cadeirinha no banco de trás e sentei-me no banco da frente.
  - Você se importa de passar comigo lá no escritório? – perguntei olhando-o pelo retrovisor.
  - A Mila vai tá lá? – (Ca)Mila era a minha secretária por quem Antony é apaixonado.
  - Vai. – ele sorriu.
  - Então, temos que compá uma flo pra ela! – ele ainda falava um pouco enrolado, mas era tão fofo!
  - Ok, vamos comprar uma flor para a Camila. – liguei o carro e me dirigi para a floricultura mais próxima. Tirei ele dá cadeirinha e o levei para dentro, mas não antes dos paparazzi nos pegarem. Quando entrei coloquei-o no chão e ele foi para uma vaso cheio de tulipas vermelhas.
  - É essa, tia .
  - Tem certeza? – ele confirmou com a cabeça. Virei-me então para a atendente e pedi que ela me desse a tulipa mais bonita, e assim ela o fez. Paguei a flor e voltei para o carro com Antony carregando a flor nas mãozinhas. Quando chegamos ao escritório principal da A. subimos para o último andar, e assim que as portas abriram Tony saiu correndo para a mesa da morena alta dos olhos castanhos, mais conhecida como Camila Lyra, a minha secretária.
  - Olha, Mila. Comprei pra você, uma flo para uma outra flo! – de onde Antony tirara a cantada ridícula? De Harry, é claro. Mas Camila se derreteu aquela cantada vinda do menininho, levantou-se e pegou-o no colo.
  - Owwwwn! Eu só não te mordo porque é seu aniversário, Tomlinson. – disse ela beijando a bochecha do menininho.
  - Bom dia, Mila.
  - Oi, . – nós nos chamávamos pelo apelido, tínhamos nos tornado amigas nesses dois anos.
  - Algumas noticia importante?
  - Tenho uma única.
  - Qual?
  - Emma Watson quer que você faça o vestido dela para o Oscar.
  - Diga a Emma que eu ficarei lisonjeada. – peguei Antony dos braços dela que ficou com a tulipa nas mãos. – Mas algumas coisa? Ou eu estou de folga por hoje?
  - Acho que você está de folga para curtir o dia ao lado do aniversariante. – ela cutucou a barriga de Tony.
  - Ótimo, se eu soubesse nem teria vindo até aqui.
  - Claro que teria vindo, tia. Eu precisava dar a flo para a Mila.
  - Mas você podia fazer isso hoje à noite. – o garotinho deu de ombros.
  - Tá, Mila, qualquer coisa você sabe o meu número, ok?
  - Sim, senhora.
  Voltei para o carro com Antony, depois dele e Camila se despedirem. Fomos em direção ao estúdio de gravação e tivemos grande dificuldade para entrar, pois as fãs estavam em grande quantidade na frente do mesmo. Entramos e fomos direto para o lugar onde os meninos estavam acabando de gravar. Acenamos e eles fizeram o mesmo. Eles saíram contando “Happy Birthday To You” para Antony. Assim que acabaram Louis pegou-o no colo e Niall me deu um beijinho.
  - Bom dia.
  - Bom dia, nem te vi sair hoje de manhã – fiz bico.
  - Eu tentei não te acordar, sabia que Tony não te daria sossego quando acordasse.
  - E não deu mesmo. Harry? – chamei virando-me para o mesmo.
  - Sim?
  - Você tem que parar de ensinar cantadas baratas como “uma flor para uma flor” para o Tony.
  - Mas...
  - Ops, dessa vez a culpa não foi do Hazza, Amor.
  - Nialler? Com quem você usou essa? – virei-me para ele brava.
  - Com você ontem à noite. – então eu me lembrei dele me entregar um buque do flores e dizer quase a mesma frase.
  - Ou... É... Harry, desculpa. E ... – logo eu estava rindo sabe se lá de que. – como eu pude esquecer que você me mandou uma cantadinha tão barata?
  - Sei lá, talvez, você não me ame mais.
  - Não amo mesmo, prefiro o meu afilhado. – assim que eu disse isso Antony esticou os bracinhos para mim. Olhei para Louis – Els falou com você?
  - Sim, ela está ótima e a campanha acaba daqui a três dias. – ele parou e pensou – e ela mandou parabéns para você, Tony, disse que estava com saudades. – Louis sorriu amarelo e logo eu soube, Eleanor não tinha se lembrado do aniversário do próprio filho, isso era possível? Entreguei Antony para Harry e puxei Louis para fora do local.
  - Ela nem se lembrou, não é?
  - C-Claro que lembrou.
  - Você gaguejou. – olhei para ele levantando a sobrancelha.
  - Ela só está com a cabeça muito ocupada.
  - Acredite Louis, eu também estou. Mas em momento algum me esqueci do aniversário do MEU filho.
  - Ele não é...
  - É claro que é. E se você dor negar é só olhar os cabelos dele, são os meus cabelos, ou faça um teste de DNA.
  - Você não o criou.
  - Mentira dois. Eu passo mais tempo com ele do que você e/ou Eleanor. Você ficaria surpreso em saber quantas vezes Tony disse para MIM antes de dormir que gostaria que EU fosse a mãe dele. Não sei porque Els quis ser mãe, ela não passa nenhum segundo com o filho sem deixa-lo comigo ou com você ou com qualquer outro.
  - Não diga...
  - Não. Tente. Defende-la. É o aniversário de dois anos do Antony e ela nem se lembrou! Louis, eu gosto muito da Els, mas ninguém consegue continuar não vendo o que está rolando aqui. Só você continua fingindo que está tudo bem!
  - Se é assim porque ninguém nunca me disse.
  - Porque ninguém quer te magoar, Louis! Todos nós achávamos que iria dar certo, que ela melhoraria com o tempo, mas nada aconteceu! O Antony está sofrendo com isso e só você não percebe! Eu várias vezes pensei em... – calei a boca percebendo o que iria dizer.
  - Em que ? Complete a frase agora!
  - Várias vezes eu pensei em tira-lo de vocês. Em pedir a guarda de Antony.
  - E porque não o faz? – ele me encarou e vi o tom irônico dele meio que dizendo: você não faz isso porque não tem coragem.
  - Quer saber, Lou? É exatamente o que vou fazer, hoje. – voltei para dentro da sala pegando Antony dos braços de Niall.
  - Vai lá. Não vai conseguir nada com isso. Não tem provas concretas.
  - Tenho a maior prova em meus braços no exato momento, Tomlinson. – deixei que ele visse Antony e fechei a porta saindo pela mesma batendo-a com força. Quando já estava quase no final do corredor ouvi a porta se abrir virei-me para encarar Louis, mas não era ele.
  - O que foi aquilo? –perguntaram Zayn e Niall ao mesmo tempo.
  - Eu vou pedir a guarda de Antony e NINGUÉM vai poder me impedir de consegui-la. – Zayn olhou para Niall e o mesmo concordou.
  - Ótimo, estaremos ao seu lado para o que der e vir. – disse Zayn sorrindo, e eu sabia o que aquele sorriso significava: Zayn tinha um plano.

Capítulo. 24 - Missão: Tomar a Guarda do Antony.

  Estavam todos na minha sala. Ok, não todos, mas Liam, , Niall, Zayn, Perrie e Harry estavam, Camila brincava com o Tony no quarto do mesmo e eu estava colocando o bolo no forno agora mesmo. Peguei uma garrafinha de energético na geladeira e segui para a sala, me acomodando na mesinha de centro entre e Perrie.
  - Então... Sobre o que estavam falando?
  - Estávamos esperando você para começar a falar da missão: Tomar a Guarda do Antony. – disse Zayn e sorriu diabolicamente enquanto falava o nome da missão, fiquei com medo.
  - Ok. Eu só preciso fazer uma pergunta. – disse eu.
  - O quê? – perguntou Harry.
  - Todos os presentes aqui tem certeza que quer nos ajudar? Não quero ninguém fazendo isso por pura obrigação, vocês todos são meus amigos e eu vou entender se vocês dizerem que vão ajudar o Louis. – eu abaixei os olhos derrotada – Essa briga é minha e não estou obrigando ninguém a compra-la comigo.
  - Ei, . - Harry levou a mão ao meu joelho - Estamos com você, bom, eu estou. – ele olhou para os outros.
  - Eu e Zayn já dissemos que estamos com você para o que der e vier. – disse Niall sorrindo para mim. Como eu amo esse sorriso, com esse simples sorriso eu teria coragem para fazer qualquer coisa no mundo, sorri de volta.
  - Eu faria a mesma coisa no seu lugar. – disse Perrie jogando um dos braços por sobre meu ombro.
  - Sou sua melhor amiga, aquela que já foi presa com você, que já usou drogas com você, que já ficou bêbada até não aguentar sair do chão. Então porque não topar mais essa aventura? – mandou uma piscadela para mim, ela estava tão mudada desde o casamento com Liam, estava mais bonita. Viramos para Liam.
  - Eu não sei o que dizer. – ele abaixou a cabeça e soltou o ar – Louis é meu melhor amigo, mas vocês também são. Não sei a quem ajudar, não quero ter que escolher.
  - Não precisa escolher, Liam. Nunca te pediria para escolher. – ajoelhei na frente dele e levantei seu queixo – pode ficar aqui conosco na reunião se prometer não contar nosso plano para Els e Louis.
  - Eu... Eu... Eu prefiro nem ouvir o plano, tudo bem? Vou dar uma volta, - ele se levantou e eu voltei a me sentar na mesa. – voltou para o parabéns do Tony.
  - Tudo bem. – todos olhamos ele sair pela porta.
  - Ok... Vamos falar do plano? – perguntou Zayn voltando seus olhos para mim.
  - Claro. Conte para nós o seu grande plano, Malik.
  - Podíamos fazer duas coisa: 1º um vídeo com coisas que você fez para o Tony desde o começo, 2º um vídeo sobre o que Louis e Els negaram ao menino.
  - Mas, Zayn eles não negaram... – Niall começou a frase, mas Zayn não o deixou terminar.
  - Negaram, amor! Essa é a coisa mais importante!
  - Louis nunca negou... – Harry começou.
  - Mas Els negou! Caramba, mano. Tente cooperar com o meu plano! Eu finalmente tive uma ideia fantástica antes do Liam ou do Louis e vocês querem estragar o meu momento suuuper gênio? Assim não dá! – ele cruzou os braços e sentou no sofá emburrado, e todos nós caímos na gargalhada.
  - Owwn. Relaxa, Baby Malik. Nós gostamos da ideia. – disse eu com a mão no joelho dele.
  - Gostamos? – perguntou Harry erguendo a sobrancelha.
  - Sim, eu gostei.
  - Ok, então...
  - Mas como faremos o vídeo?
  - Fácil, vamos dar um de espiões do FBI e seguir Antony para todos os lados.   - Zayn, meu amor, não sei se você lembra, mas todos nós trabalhamos e temos mais o que fazer da vida. – disse Perrie e todos concordamos com ela.
  - Então espionaremos Louis e Els com ele. Porque sobre temos os vídeos caseiros que ela e Niall tem.
  - Mas não podemos ficar de vigia o tempo todo.
  - MILA! – gritei, estava cansada daquela discussão.
  - Oi! – Ela apareceu na sala carregando Tony, o qual se soltou dela e correu para o meu colo.
  - Você pode fazer um favor para mim, amor da minha vida?
  - Achei que esse fosse eu. – disse Niall
  - Shh! – virei para ele e revirei os olhos, voltei para Camila.
  - O que seria, ?
  - Preciso do telefone do melhor detetive do país.
  - Hm, posso te entregar uma lista amanhã cedo.
  - Ótimo, e já marque um almoço com o meu John. – John é meu advogado.
  - Claro. – ela ia tirar o celular do bolço.
  - Faça isso amanhã cedo, é sua tarde de folga – dei um beijo de esquimó em Antony, que brincava com o colar que Niall tinha me dado no nosso primeiro natal como amigos, e voltei a ela. – Pode ir se quiser, ou pode ficar para a festa.
  - Adoraria ficar. – ela sorriu para mim.
  - Ótimo, sente-se aqui com os meninos e a Perrie, enquanto eu e vamos fazer a cobertura do bolo.
  - Vamos?
  - Sim, . Nós vamos. – entreguei Antony para Camila e puxei para a cozinha.
  - Por que eu?
  - Sinto sua falta. – respondi simplesmente e tirei o bolo do forno. – e eu preciso de uma mente pensante.
  - O que houve? – ela me abraçou depois que eu coloquei o bolo na bancada.
  - Estou com medo da reação de Eleanor quando souber que quero tirar Antony deles. – nós nos separamos e ela começou a jogar a cobertura, que eu já tinha feito, no bolo.
  - Acha que ela reagirá mal?
  - Sim, ela pode ter feito o que fez, mas no fundo ama o Tony. – encostei na bancada ao seu lado.
  - Então porque não demostra?
  - Porque ela tem uma forma diferente de demostrar. É uma forma estranha, confesso, mas é a única forma que ela conhece. Eu sofri na vida, Eleanor sofre também, porém de uma forma diferente. Ela tinha os pais biológicos, mas os mesmo não ligavam para a filha. Tinham coisas mais importantes para fazer, tinha uma careira para preservar. A mãe dela foi uma grande modelo e seu pai um grande ator, e ensinaram para a filha que ela deveria ser tão grande quanto eles, ter tanto dinheiro quanto eles. Só se esqueceram que ensinar que o amor é mais importante. – dei de ombros e olhei para o bolo onde estava escrito: “Happy Birthday, Antony!” – ficou lindo .
  - Valeu. Sempre fui boa com essas coisas.
  - Eu sei. – ouvimos a campanhia, corremos para a sala a tempo de ver Niall abrindo a porta para Louis e Liam.
  - Oi, tudo bem?
  - PAPAI! – Antony saiu correndo e praticamente se jogou nos braços de Louis, que o pegou bem a tempo.
  - Oi, Tony. Tudo bem?
  - Tudo ótimo, a tia tá fazendo bolo de chocolate.
  - Corrigindo: A Tia acabou de fazer o bolo de chocolate. – fui até eles e cutuquei a barriga de Antony e olhei para Louis. – Oi, Louis.
  - Oi, . – ele sorriu forçado, ele deveria estar morrendo de raiva de mim. Mas quer saber? DANE-SE! Antony se soltou do colo do pai e correu para Camila, revirei os olhos e voltei para a cozinha, senti que era seguida. Quando já estava na cozinha virei-me e encontrei Louis. Soltei o ar.
  - Espero que o clima não fique muito estranho entre nós.
  - Claro que não, você está tentando me tirar meu filho, mas o clima não ficará estranho, relaxa. – sua voz era carregada de uma ironia exagerada.
  - Só estou tentando fazer o melhor para ele. – cruzei os braços.   - Você já pensou que ficar comigo poderia ser o melhor para ele?
  - Louis, não é o melhor para ele desde o começo.
  - Você tem ideia do mal que vai ME fazer ficar longe do MEU filho? Ou o que eu sinto deixou de interessar a você desde que te o Niall?
  - Claro que você não precisará ficar longe dele, Lou. Eu nunca disse isso, você é o pai dele e ele merece te ver. Mas ele merece uma vida melhor. – ele ia abrir a boca para falar algo quando uma pessoinha invadiu a cozinha.
  - Tia , nós não vamos comé bolo?
  - Claro que vamos, meu amor. Agora mesmo. – peguei o bolo e só sussurrei para Louis um: “Nós terminamos isso depois” e levei-o para a sala de jantar onde todos esperavam. Coloquei o bolo e as velinhas, sentei Tony na cadeira de frente para o bolo, Niall ligou a câmera e Harry o Vine, e todos começamos o tradicional “Happy Birthday To You”. Mas no meio disso a porta da frente foi aberta.
  - Desculpa o atraso, foi dificil arrumar um voo para Londres. Mas eu não podia perder o aniversário do meu filho.
  - Mamãe! – e logo Eleanor segurava Antony nos braços.

Capítulo. 25 - A noite termina bem, muito bem.

  - Você joga muito sujo, Tomlinson! – eu joguei os pratos na pia e me virei para Louis.
  - Por que diz isso?
  - Não seja cínico, Louis! Você ligou para ela vir!
  - Na verdade, minha querida, . – disse Eleanor entrando na cozinha, odeio quando me chamam de querida, soa tão falso! – eu vim por conta própria. Esqueci-me de mandar Louis mandar parabéns para o Tony e não conseguia ligar no telefone dele, então decidi vir. – porque será que eu não conseguia acreditar em nenhuma palavra que ela me dizia?
  - Hm. – Só consegui proferir isso e me virei para a pilha de pratos a minha frente revirando os olhos, como ela podia ser tão falsa?
  - E agora, estou abismada. Você acha mesmo que vai poder tirar o MEU filho de mim?
  -Corrigindo, - virei me para ela - eu tenho certeza que posso tirar o MEU filho de você.
  - Você assinou um contrato, . Não pode querer fazer isso!
  - Existe uma clausula no contrato que me permite fazer isso.
  - Não... – Louis tentou contra atacar, mas eu tinha respostas para tudo o que eles dissessem.
  - Quer que eu peguei para você ver, Els? –peguei o contrato o qual Zayn e Niall tinham passado a tarde inteira grifando e vendo o que poderia nos ajudar - A clausula diz que a Barriga de Aluguel pode tentar tirar a criança desde que os pais estejam negando algo a mesma.
  - Nós não estamos negando nada a Antony.
  - Tem certeza? Amor, atenção e carinho foram coisas negadas por VOCÊ ao meu Antony.
  - Ele não é...
  - O DNA dele é o mesmo que o meu. – dei de ombros e vi Eleanor ficar vermelha de raiva.
  - Tia Anneeeeeee!
  - Oi, meu amor! – peguei Antony, que corria em minha direção sujo de chocolate, no colo e ele me depositou um beijo cheio de chocolate no meu rosto.
  - Obigadu pelo bolo de chocolate!
  - De nada, Tony. – dei um beijinho de esquimó dele.
  - Antony! Eu disse para você não vir atrapalhar a tia ! – disse Camila entrando na cozinha.
  - Desculpa, Mila. – ele fez a carinha que eu conheço como: “Niall pedindo um pedaço do meu sanduiche.” – Mas eu precisava falar obigadu para a tia .
  - Agora que já disse que tal voltarmos para a sala.
  - Mila? – chamou Eleanor quando Antony e Camila começavam a sair da cozinha.
  - Sim? – Camila se virou, mas Eleanor continuava me encarando.
  - Pode deixar Antony aqui, eu e Louis já vamos leva-lo para casa.
  - Tudo bem. Só vou leva-lo para lavar o rosto e as mãos.
  - Ok. – Os dois seguiram reto e Els só voltou a falar quando os dois já estavam longe o bastante para não nos ouvir. E eu limpava o rosto com um papel.
  - Quero que saiba que não irá ganhar facilmente.
  - E quero que saibam que não cairei sem lutar. – ficamos nos encarando um tempo até Antony voltar correndo e estender os bracinhos para Louis, que o pegou.
  - Vamos, MEU amor? – Els ressaltou o “meu” enquanto fala com Antony e eu mais uma vez revirei os olhos.
  - VAMOS! Tchau tia . – ele jogou os bracinhos para mim, peguei-o e lhe dei um beijo no alto da cabeça.
  - Eu te amo, Tony.
  - Também te amo, tia. – sorri para ele e deixei Louis levá-lo para longe de mim. Virei-me novamente para a pia e comecei a lavar a louça. Logo ouvi Niall falando algo para eles e fechando a porta, depois ouvi seus passos em direção a cozinha, logo os braços dele envolviam-me e sua boca beijava meu pescoço.
  - Todos se foram? – perguntei sentindo um arrepio gostoso.
  - Aham... – ele mordeu o lóbulo da minha orelha.
  - Niall?
  - Sim? – ele sussurrou na curva do meu pescoço, eu não queria interromper o que ele estava fazendo, mas a pergunta estava entalada em minha garganta.
  - E se nós não conseguirmos a guarda do Tony? Será que a Els não vai de deixar ver o Antony de novo? – Niall bufou e se afastou, me virando para ele.
  - Louis não deixaria isso acontecer, mesmo estando com raiva ele te ama e sabe que você ama o Tony. Respondido? – assenti e ele sorriu. Me inclinei e o beijei. O beijo era doce, calmo, cheio de amor. Ele começou a beijar e morder meu pescoço e lembrei-me de uma frase de o Diário da paixão: “O melhor amor é aquele que acorda a alma. E nos faz querer mais. E coloca fogo em nossos corações. E traz paz.” O meu amor por Niall era isso, era o melhor amor.
  Ele continuou beijando meu pescoço e eu joguei meus braços em seu pescoço. Antes que ele continuasse com a brincadeira me deixando tonta com seu cheiro, seu hálito, seu toque, eu agarrei seu rosto e segurei entre as mãos e beijei sua boca. Ele me respondeu no exato minuto e perecíamos com dois esfomeados que saiam da abstinência.
  Niall levou a mão deslizou a mão pelas minhas coxas descendo até a dobra dos meus joelhos e eu entendi o que ele queria. Me apoiei em seus ombros e tomei impulso, enlaçando minhas pernas em sua cintura. Ele começou a me carregar cegamente pela casa, batemos em paredes, derrubamos algumas coisas e rimos entre o beijo. Quando finalmente achamos o quarto, Niall me largou na cama e deitando-se por cima de mim, sem deixar todo seu peso sobre mim. Sua mão livre passava por minha cintura entrando debaixo de minha camiseta, chegando aos meus seios e os apertando ainda por cima do sutiã. Nós ainda estávamos de roupa, o que me dava vontade de arrancar elas e tacar fogo, não servem para nada além de atrapalhar.
  Joguei Niall de lado num impulso e fiquei por cima. Meus cabelos caíram por um só ombro e Niall rindo com a minha astucia pegou uma mecha dos últimos fios mais longos e esfregou-os entre os dedos. Sorri pra ele. Vi em seus olhos o desejo, e pude sentir que meu sorriso tinha o mesmo anseio.
  Sentei em seu colo e peguei a barra da minha blusa, tirando-a e jogando em qualquer canto do quarto, depois meu sutiã teve o mesmo destino. Seus olhos iluminaram no momento que encontraram meu busto nu. Eu me abaixei para beijá-lo. Niall não deixou meus peitos desprotegidos e suas mãos logo estavam acariciando-os e eu já estava gemendo entre os beijos que dávamos. Enquanto ele ia de meus seios a cintura, da cintura a minha bunda apertando esfomeado cada parte por onde suas mãos passavam, eu enfiava minha mão por debaixo de sua camiseta, beijando as feições de seu rosto e apertando sua perna. Puxei a bainha de sua camisa e levantei, Niall levantou-se um pouco, tirou a camisa e deitou novamente em sua posição.
  Voltamos a nos beijar e em pouco tempo as nossas calças já habitavam o chão do quarto. Me ajoelhei ao seu lado. Mordi o lábio inferior e puxei o elástico e soltei ouvindo o estalido em sua pele. Ele sussurrou um “ouch” e riu puxando a barra de minha calcinha também e soltando. Passei com os dedos pelo cós de sua calça e andando com os dois dedos na barra da cueca e descendo aos poucos. Senti seu membro ereto e olhei o volume em sua cueca. Niall ficou sério e soltava alguns suspiros quando eu deslizava a mão por cima do musculo ereto. Eu ria com suas lamurias e ele grunhiu quando ouviu minha risada. Ele fez menção de se levantar, então eu apertei o membro e ele se contorceu no colchão soltando um gemido alto e sofrido.
  – Espero que você me obedeça.
  - Quem deveria estar me obedecendo é você. – Ele grunhiu para mim e eu apertei seu amigo novamente, depois ri. Me deitei sobre Niall com a mão ainda em seu membro e voltei a beijá-lo e a cada movimento brusco dele eu apertava mais sua ereção e ele gemia e parava de se mover irritado com a submissão. Massageei seu membro e o ouvir gemer entre os dentes enquanto nossos lábios colavam.
  - , chega de tortura! – sorri e deixei que ele me virasse na cama, ficando por cima. Ele tirou minha calcinha e sua boxer, coloca a camisinha e me penetra devagar, me fazendo gemer. Niall começa a movimentar-se lentamente dentro de mim, nossos gemidos se confundiam no quarto escuro. Seus olhos, cheios de desejo, estavam cravados em mim e ele mordia o lábio inferior. Depois de eu implorar ele aumenta a velocidade das estocadas, logo o suor escorre por nossos corpos. Tudo nele me deixava embriagada seu cheiro, seu hálito, seu toque. Ele entocou forte e apertei mais as pernas em volta da sua cintura, gemendo alto. Puxei-o pela nuca e choquei seus lábios com os meus. Ele apertou minha coxa e levantou-a, indo mais fundo, seus lábios abafaram meu gemido. Senti-o aumentar o ritmo e ficar mais selvagem sobre mim. Finquei as unhas em suas costas e ele soltou um gemido de dor que foi abafado por nosso beijo. Cheguei ao ápice praticamente gritando o nome dele, Niall chegou logo depois dizendo meu nome. Deitamos lado a lado na cama, tentando recuperar o fôlego.
  - Eu te amo. – sussurrei olhando para ele e vendo-o iluminado pela luz que as cortinas abertas deixavam entrar, seus olhos pareciam de um azul quase cor do céu lá fora.
  - Eu te amo mais. – ele depositou um beijo no alto da minha cabeça. Deitei sobre seu peito e ele ficou mexendo em meu cabelo enquanto cantava para eu dormir. A escolha dele, essa noite foi A Thousand Years da Christina Perri.

Heart beats fast
(O Coração acelerado)
Colors and promises
(Cores e promessas)
How to be brave
(Como ser corajoso)
How can I love when I'm afraid to fall
(Como posso amar quando tenho medo de me apaixonar)
But watching you stand alone
(Mas ao ver você na solidão)
All of my doubt suddenly goes away somehow
(Toda a minha dúvida de repente se vai de alguma maneira)

One step closer
(Um passo mais perto)

I have died every day waiting for you
(Eu morri todos os dias esperando você)
Darling don't be afraid
(Amor, não tenha medo)
I have loved you for a thousand years
(Eu te amei por mil anos)
I'll love you for a thousand more
(Eu te amarei por mais mil)

Capítulo 26 - Louis, onde eles estão?

  Um mês depois.

  Sai do banheiro com o cabelo molhado e vestindo somente a roupa intima, parei no batente da porta olhando a coisa mais bonita do mundo. Niall dormindo com somente o lençol branco escondendo sua bunda, e o sol batendo em sua costa. Ajoelhei-me ao seu lado na cama e comecei a beijar a sua costa que exibiam marcas das minhas unhas. Ele resmungou e se virou, abrindo um pouco as pálpebras.
  - Bom dia. – disse ele com a voz rouca de sono e sorriu.
  - Bom dia, como foi a noite?
  - Melhor impossível. – ele sorriu safado.
  - Hm, que bom. Agora teremos paciência para aguentar um tribunal pelo resto do dia. – me levantei.
  - Tá de brincadeira, né?
  - Não, meu amor. Esqueceu que temos a audição sobre a guarda do Tony.   - Verdade. – ele jogou o lençol e se levantou, me deixando ter a visão do seu corpo nu. Eu posso ver esse corpo quantas vezes quiser, eu sempre vou me sentir minhas bochechas ficarem vermelhas. – Que foi? – perguntou risonho quando viu que eu estava vermelha.
  - Nada.
  - Com vergonha de mim, ?
  - Nenhum pouco, Niall Horan. Só não fico a vontade com você andando nu por ai.
  - Eu sei que te deixo com calor. – dizendo isso ele seguiu para o banheiro e eu para o closet. Quando acabei de fechar o zíper do vestido ouvi a campainha. Assim que abri a porta dei de cara com Zayn, Harry, , Liam, Perrie e Camila.
  - Bom dia, pessoal.
  - Bom dia, . Cadê o Niall? –perguntou Zayn beijando-me a face.
  - Tomando banho. – todos se sentaram no sofá.
  - Amor, onde está a minha gravata verde? –perguntou Niall entrado na sala no meio da conversa sobre o DVD que o meu advogado tinha graças a nós.
  - Está na terceira gaveta depois da gaveta de meias.
  - Ok... – Ele se virou e eu me levantei para ir buscar para ele, porque Niall tinha a irritante mania de bagunçar o closet toda vez que ia procurar qualquer coisa. Peguei a gravata e coloquei no mesmo.
  - Vai dar tudo certo. – ele estava repetindo isso para mim desde a noite passada.
  - E se não der?
  - Não vamos pensar nisso. – ele me deu um beijinho e logo alguém entrou.
  - Opa, não queria interromper o casal, mas Zayn queria ver a cópia que vocês tem do vídeo que fizemos... – disse – e eu na real queria ver também.
  - Ótimo, vão indo para a sala e eu vou pegar o DVD. – falei para eles enquanto seguíamos para fora do quarto, fui até o meu escritório e fechei a porta atrás de mim. Sentei-me em minha cadeira e abri com a chave a única gaveta que eu mantinha fechada, peguei o DVD e então olhei para a caixinha de fotos que mantinha naquela gaveta. Peguei-a e comecei a olhar algumas fotos, eram principalmente de Antony. Em uma delas estávamos eu, Tony e Louis, eu e Lou olhávamos para o menino e eu pude ver no olhar do homem o mesmo amor que existia nos meus. Louis ama Antony e isso não é mistério para ninguém, e talvez tenha sido por amar tanto assim o nosso filho que Louis preferiu não perceber o que Els estava fazendo desde o começo. Suspirei e coloquei aquela foto dentro da minha bolsa, não sei porque mas eu precisava dela por perto. Fechei a gaveta e saiu do escritório carregando o DVD. Olhei para meu relógio de pulso, ainda tínhamos 3 horas para chegar ao tribunal. Coloquei o DVD no aparelho e me sentei entre Niall e Harry, os dois no mesmo minuto pegaram em minhas mãos.
  Aquele DVD continha várias provas contra Eleanor, mas também continha várias provas a favor de Louis. Porque em momento algum Louis deixou de amar o filho, e isso era nítido em todos os momento do vídeo. Logo a campanhia tocou. Todos olharam para mim.
  - Estão esperando mais alguém? –perguntou Perrie.
  - Na verdade, não. – me levantei e abri, Louis entrou no apartamento parecendo um relâmpago. – Louis? – ele olhou para todos os rostos da sala, parecia meio transtornado.
  - Merda. – ele virou-se para mim e apontou o dedo para o meu rosto - Ela fugiu por sua culpa e agora os dois estão correndo perigo!
  - O que? – perguntei ao mesmo tempo que Zayn se metia entre nós.
  - EI EI! Calminha ai, Tomlinson.
  - Calma? Como você pode me pedir calma, Malik? Ainda mais quando o MEU filho e a minha esposa estão desaparecidos, por culpa dela!
  - Como assim desaparecidos? – perguntou Niall vindo para o lado de Zayn, me fechando atrás deles.
  - Eles simplesmente sumiram. Acordei hoje de manhã e Eleanor só deixou uma mera carta.
  - Deixa eu ver a carta. – pediu Harry que se colocava do outro lado de Zayn. Louis tirou um papel dobrado de dentro do bolso e entregou a Harry, Hazza e Zayn leram ao mesmo tempo e entregaram a Niall que leu e olhou para mim, estendi a mão e ele suspirou e me entregou a carta.

  “Querido Louis,
  Primeiramente, me desculpe, sei que agora você deve estar igual louco dentro de casa e se questionando onde estamos eu e Antony. Bom, eu fugi com ele. Não posso suportar a ideia de deixar toma-lo de mim, ela já quase me tirou você, não posso passar por isso de novo.
  Sei que não tenho sido boa mãe nesses últimos tempos, mas o que mais eu poderia fazer se a cada vez que olhava para Tony lembrava que você me traiu? Agora percebo o quanto fui tola, ele não tem nada a ver com nenhum de vocês. Pode até se parecer fisicamente, mas ele NUNCA me trairia como vocês fizeram.
  Não escrevo aqui para onde estou indo, porque você provavelmente mostrará isso a Ela. Antony é meu filho, mesmo não sendo de sangue ele é meu filho e eu não posso suportar perdê-lo.
  Me perdoe,
  Eleanor.”

  Eu simplesmente não podia acreditar. Devolvi a carta para Niall que devolveu-a para Louis.
  - A culpa disso não é minha. – disse olhando Louis por cima do ombro de Zayn.
  - É CLARO QUE A CULPA É SUA! FOI VOCÊ QUE INVENTOU A IDEIA DE TIRAR ELE DE NÓS!
  - Não aumente o tom com ela, Tomlinson! – Niall falava entre os dentes.
  - Por que não aumentaria, Niall? Só porque ela é uma mulher, ou porque ela é a sua mulher? O que ela faz é errado!
  - Eleanor está errada em fugir com Antony, não escolheu isso por ela. – disse Liam atrás de Louis.
  - Até você defende-la agora, Liam?
  - Ele só está falando o certo, Louis. – disse Harry. Louis encarou a cada um dos meninos.
  - Então é isso? Vocês estão TODOS contra mim? – os meninos só abaixaram a cabeça em sinal afirmativo – achei que éramos como irmãos, sabe um por todos e todos por um.
  - Nós somos, Boo Bear.
  - NÃO ME CHAME ASSIM, MALIK! Irmãos não traem. Mas querem saber? Tudo bem. Eu... – Louis pareceu pensar um pouco – Já não somos mais uma banda há dois anos, era só esperar até que alguém desistir. Pois bem, eu desisto. Eu estou saindo da banda. – ele então abriu a porta e se retirou do apartamento, deixando-nos todos de boca aberta.
  Seria aquele o final da One Direction?

Capítulo. 27 - Talvez, só talvez, eu estivesse errada.

  Nos primeiros minutos, nenhum de nós se mexeu. Como assim Louis estava desistindo da banda? Aquele não era o sonho que eles construíram juntos mesmo com todas as dificuldades? Não era algo pelo qual eles lutariam para sempre? Camila foi a primeira a se mexer na sala.
  - Aquilo? Foi verdade? Ou estamos tendo um sonho estranhamente estranho? –perguntou enquanto se sentava novamente no sofá.
  - Acho que não foi um sonho. Pessoas não tem sonhos estranhos juntas. – disse Perrie sentando-se ao lado dela.
  - O Louis saiu mesmo? Ou ele só está blefando? –perguntou Zayn em voz baixa que eu conhecia como: estou com medo, mas não quero demostrar.
  - Não, Zayn. Talvez, ele esteja blefando, espero sinceramente que seja isso. – disse Liam no mesmo tom, e abraçou o melhor amigo. Harry e Niall logo se juntaram ao abraço e as meninas também, só eu ainda não conseguia me mover para abraçar ninguém.
  Meus olhos estavam fixos na tela da TV onde víamos Louis e Antony, o pai empurrava o filho no balanço e o menininho só pedia se poderia ir mais alto. Minha cabeça estava uma confusão só, várias perguntas eram feitas (Para onde Eleanor levou Antony? / Louis pirou, não é? / O que vai acontecer com o Tony? / E com os meninos? /...), logo eu sentia um bolo na garganta e a visão embaçada. Eu não iria chorar, não na frente deles. Então, quando as lágrimas vieram a baixo sem permissão a primeira coisa que fiz foi correr, correr para fora de casa. Só os ouvi gritar meu nome, mas eu precisava ficar longe. Entrei no elevador e desci até a garagem, entrei no meu carro e dei a partida. Corri, hoje não estava me importando com as multas de trânsito ou qualquer outra coisa, eu só precisava pensar.

Once upon a time, a few mistakes ago
(Era uma vez, alguns erros atrás)

  Cheguei a um lugar que Harry tinha me apresentado na minha primeira semana em Londres, era um parque pequeno longe de toda a movimentação da grande Londres. Lembro de Harry dizendo que quando estava ali esquecia que morava em Londres e que era um menino famoso.

And I realize the blame is on me
(E percebo que a culpa é minha)

  Adentrei o parque e segui para um lugar isolado, caracterizado por ser meu e do Hazza. Cheguei até perto da nossa árvore e me sentei encostada nela, e chorei. Chorei pelo simples fato de que talvez, só talvez, estivesse errada em tentar tomar Antony dos Tomlinson. Chorei por ser a causa da provável separação dos meninos. Chorei porque apesar de tudo eu ainda amava Louis. Chorei de vergonha de mim.

Cause I knew you were trouble when you walked in
(Porque eu soube que você era problema quando você apareceu)
So shame on me now
(Vergonha de mim agora)
Flew me to places I'd never been
(Voou comigo a lugares a que eu nunca tinha ido)
'Til you put me down
(Até me pôr no chão)

  Ouvi que tinham pessoas por perto e fiquei quietinha para não deixar que me vissem, percebi que eram duas meninas. Ouvi a conversa delas.
  - O que será que houve para o Louis sair daquele jeito? Ele parecia triste ou bravo.
  - Sei lá, ele estava saindo da casa do Niall, né? – as fotos de hoje de manhã já estariam na internet? Eu não duvidava.
  - E logo depois, também saiu chorando. O que será que houve? Será que os dois eram amantes escondido e então ele brigou com ela e terminou tudo? – elas estavam mais próximas.
  - O Zayn que fuma e você que viaja, Faith? O Louis NUNCA ficaria com a , primeiro, porque ele tem a Els, segundo porque ela está com o Niall e terceiro o Louis não come qualquer porcaria. – tive vontade de levantar e mostrar para ela quem era qualquer porcaria.
  - Eu gosto da e acho que o Louis pegaria ela sim. E outra, tadinha perdeu o filho assim que ele nasceu. Já se colocou no lugar dela, Alice? – eu nunca goste do nome Alice e agora odiava um pouco mais. Porém, Faith era bonito, não porque a menina me defendia, mas porque significava Fé e era disso que precisávamos no mundo. Elas se afastavam e as lágrimas pareciam que não iriam cessar tão cedo, coloquei a cabeça nos joelho e deixei que elas viessem. Logo senti uma mão em meu ombro.
  - Como será que eu sabia que te encontraria aqui? – perguntou aquela voz rouca reconhecível a quilômetros de distância. Ergui a cabeça e olhei para seus olhos verdes, suas voltas estavam vermelhas, ele havia chorado. – Ei, , não chore.
  - Você estava chorando.
  - Mas já parei. Vem cá. – ele me empurrou um pouco e sentou-se trás de mim, encostado na arvore e me deixando encostar em seu peito, vire até poder colocar o rosto escondido na curva de seu pescoço.
  - Isso é tudo culpa minha, Hazza.
  - Claro que não, de onde tirou essa ideia?
  - É verdade. Se eu tivesse dito NÃO a Louis e Eleanor quando me pediram para ter um bebê, agora estaria tudo certo.
  - Não acho que estaria tudo certo... Se você não tivesse aceitado não teríamos Antony.
  - Então, eu deveria ter fugido para bem longe quando ele nasceu. Ter deixado que ele vivesse a vida para o qual nasceu e eu teria seguido meu caminho.
  - Mas ai não teríamos você. – ele me abraçou mais forte.
  - Mas teriam uma banda. E um bebê.
  - Sabe, , eu tenho uma amiga que me ensinou a NUNCA desistir. Ela não desistiu de provar para as pessoas de sua escola que podia ser melhor que elas, ela não desistiu de criar sua própria marca de roupas. Queria saber onde essa menina está...
  - Ela morreu. – Falei simplesmente. Ficamos em silêncio por um tempo. – Hazza?
  - Oi?
  - Onde você acha que Tony e Els estão?
  - Eu vim te perguntar a mesma coisa, talvez, você tivesse uma grande ideia. – respirei fundo e abriu minha bolsa, tirando de lá a foto onde estávamos Louis, Antony e Eu. Olhei para o menininho e meu coração apertou, queria tanto ter o menininho ali em meus braços. Olhei para o lugar que estávamos na foto, no quintal da casa dos meus pai. Havíamos levado Tony para conhecer meus pais e Brian decidiu bater aquela foto, como eu amava voltar para casa e comecei a pensar que Els também gostasse de ir para casa... E logo uma luzinha se acendeu em minha cabeça. Eu já sabia onde eles estavam.
  - Harry?
  - Sim?
  - Eu já sei para onde Els foi.
  - Para onde, ?
  - Para Manchester. – Nós sorrimos.

Capítulo. 28 - Eu estou errada, totalmente errada!

  - Caramba, não dava para pelo menos ter chamado alguém para ir conosco? Ou pelo menos avisar a alguém aonde vamos? – perguntou Harry que se segurava no banco do carona enquanto eu seguia o mais rápido que podia para Manchester.
  - Harry, entenda. Se a Eleanor está mesmo em Manchester, como nós pensamos, ela não ficará por lá muito tempo. Ela é burra, mas não a esse ponto. Então, quanto antes chegarmos melhor!
  - Ok, mas você tem que ir a 120 KM/h?
  - É o único jeito. – Faltavam metros para estarmos dentro da cidade de Manchester e eu não via a hora de parar em frente à casa dos pais de Eleanor e poder ter Tony em meus braços.
  Quando finalmente paramos em frente à casa vi que os pais dela estava saindo, ela e Tony os acompanharam até a garagem. Eu e Harry mal respirávamos para não chamar atenção, estávamos observando. Os pais de Els entraram no carro, ela e Tony (que estava no colo da mesma) ficaram acenando até o carro virar à esquina.
  - Esse é o momento perfeito! – Harry sussurrou com ânimo na voz.
  - Shh! Vamos observar mais um pouco. – virei-me novamente para a janela e contemplei os dois brincando no jardim, na verdade eles plantavam novas flores nos canteiros de rosas que até onde eu sabia era de Eleanor desde que ela se entendi por gente. Logo vi Els esticar a mão e limpar o rosto de Tony, ela sorriu e falou algo que pela minha leitura labial era algo como: “O melhor jardineiro do mundo é o mais bonito também.” Vi Tony ficar vermelho e logo gritar.
  - EU TENHO A MELHOR E MAIS BONITA MÃE DO MUNDO! – ele então se abraçou a ela, senti lágrimas escorrendo por meu rosto.
  - EU TENHO O FILHO MAIS MARAVILHOSO DE TODO O UNIVERSO! – logo eles estavam abraçados e Els começou a fazer cosquinha nele. Antony então correu para dentro da casa e ela se levantou e correu atrás. E então eu percebi que estava errada, TOTALMENTE errada! Els não era uma má mãe, nunca foi. E eu não tinha o direito bagunçar a vida inteira de Tony só para poder tê-lo para mim, me coloquei no lugar dele: E se eu descobrisse que a minha tia na verdade era a minha mãe e começasse a morar com ela e com o meu tio? Como seria essa experiência para o meu pequeno? Horrível.
  - Harry? – sussurrei.
  - Sim?
  - Ligue para o meu advogado, diga a ele para cancelar tudo.
  - Tudo?
  - Sim, eu não vou mais tentar ter a guarda do Tony. – saiu do carro bem nesse momento e atravessei a rua, parei em frente à porta e respirei fundo. Toquei a campainha. Minutos depois Eleanor abriu a porta, assim que me viu tentou fechar a porta, mas eu coloquei o pé no meio do caminho.
  - DEIXA EU FECHAR A MERDA DA PORTA, ! – Ela tentava forçar a porta.
  - SÓ DEPOIS QUE VOCÊ PARAR PARA OUVIR O QUE EU TENHO A DIZER!
  - NÃO QUERO OUVIR E NEM RECEBER NADA QUE VENHA DE VOCÊ!
  - CLARO QUE QUER! ISSO É UM ASSUNTO QUE TE INTERESSA!
  - O QUE VOCÊ PODE DIZER QUE ME INTERESSE?
  - Eu não quero mais a guarda do Tony. – Ela então abriu a porta e me encarou com os semblantes surpresos.
  - É sério?
  - Sim, acho que a última vez que falei tão sério foi há dois anos e dez meses a trás quando decidi que seria barriga de aluguel. – reparei que tinham lágrimas em seus olhos.
  - Então eu vou poder ficar com ele?
  - Com ele e com Louis. Para o resto da vida. Você já podia, sempre teve esse direito. Eu estou errada, totalmente errada, desde o começo. – dei de ombros e então senti ela me abraçar, retribui de bom grado.
  - Obrigada. – sussurrou.
  - Não tem que agradecer, eu é que tenho que te pedir desculpa. Desculpa, Els. Podemos voltar a ser amigas... Sabe como é... sem ressentimentos?
  - Mágoas serão para sempre, mas não posso deixar você longe de Antony e Louis para sempre, eles precisam de você. E pode parecer estranho, mas eu também preciso. – ela deu de ombros. E nós sorrimos como as duas bobas que somos. Logo Harry chegou correndo e parou ao meu lado.
  - Harry? O que foi? – perguntei pela cara de susto dele.
  - , acabaram de ligar para você.
  - E quem era Harry? – ele ficou em silêncio. – QUEM ERA, HARRY?
  - , a sua mãe... Acabou de morrer. – parece estranho, mas aquela simples fala mexeu comigo. Ela podia ter feito o que fez, mas Lucy ainda sim era minha mãe e tinha acabado de falecer.
  - ? Tá tudo bem? –perguntou Els, soando realmente preocupada.
  - Eu preciso voltar para Londres, agora! – comecei a seguir para o carro, Harry me seguia, virei me para Eleanor. – De um beijo em Tony por mim, e... Volte logo para Londres, Louis está pirando! – não esperei a resposta dela, entrei no carro e segui para Londres sem em momento algum olhar para trás.

  Alguns dias depois.

  Era estranho estar parada ao lado da cova da minha mãe, não que ela significasse algo para mim. Mas ela tinha sido enterrada há poucos dias e eu decidi vir trazer flores hoje. Els voltou para Londres. Ela, Antony e Louis se tornaram a família que deveriam ser desde o começo. Quanto a banda? Eles resolveram dar um tempo, todos precisavam disso, um tempo para eles mesmo, para a família deles. Então, a banda estava de férias, por tempo indeterminado. As fãs não gostaram muito, mas o que poderiam fazer?
  Coloquei as flores em cima da cova e fiquei ali, até perceber que pingos de chuva começavam a cair. Eu não abri o guarda-chuva e voltei de bicicleta para casa, o que me deixou encharcada, mas eu precisava disso. Uma vez meu pai me disse que tomar banho de chuva lavava a alma, e era dessa lavagem que eu precisava. Eu preciso de uma nova vida. Quando entrei em casa, Niall deu o louco e praticamente me enfiou embaixo do chuveiro. Fiquei lá embaixo por cerca de 30minutos, simplesmente pensando. Sai, me vesti e segui para a cozinha onde Niall cozinhava algo, sentei-me na bancada ao seu lado ele me olhou de rabo de olho.
  - Niall?
  - Hm?
  - Lembra no começo dessa confusão toda... Você disse que fugiria comigo, simplesmente eu e você. Niall e , e Niall. .
  - Lembro, por quê? – ele me olhou com uma tremenda curiosidade.
  - Por que... Eu gostaria de saber se a proposta ainda está de pé... Você ainda fugiria comigo, Niall Horan?
  - Fugiria com você até para Marte, Lise. – ele sorriu enquanto se colocava entre as minhas pernas e me deu um selinho. E é simplesmente disso que eu preciso, de uma nova vida. Não estou fugindo de Louis, Antony e Els. Não estou fugindo das minhas responsabilidades. Não estou fugindo de mim. Estou simplesmente fugindo para o paraíso, o meu paraíso. Com um dos homens que mais amo na vida. Estou fugindo para a minha nova vida. A vida que eu quero ter de agora em diante.
  Então, no outro dia de manhã, Niall e eu colocamos a coisas que precisaríamos no carro nos despedimos dos nossos amigos e partimos. Para onde? Para a nossa nova “missão”. Me apresentar para a família dele. Como a futura Sra. Horan.

Capítulo. 29 - The End

  5 Anos Depois

  Cinco anos são muito tempo! Antony agora tem sete anos. Os meninos estão a cinco anos separados. e Louis nunca mais se encontraram. e Niall agora estão casados e tem uma filha, Faith, com cinco anos. Perrie e Zayn tiveram um filho também, Cameron, com quase seis anos. está grávida de gêmeos e Liam é o pai mais babão do mundo. Harry casou-se com uma fã brasileira chamada Susan, os dois estão muito bem juntos.

  P.O.V Louis Tomlinson.

  Eleanor e Antony literalmente me arrastaram para a feirinha artesanal no centro de Londres. Eu não queria estar no meio de multidões e muito menos olhar obras de artes, mas um par de olhinhos azuis me encaravam com tanta vontade que eu não pude dizer “não”.
  Estávamos andando a mais de meia hora, e eu já tinha sido parado umas quinhentas vezes por fãs que ainda me amavam. Antony e Els foram para a London Eye e eu fiquei ali, embaixo porque queria continuar ali com os pés no chão. E foi quando a vi.
  Os cabelos castanhos continuavam com os mesmos cachos, só estavam mais compridos e ao vento; o sorriso dos dentes brancos continuava igual; ela usava um vestido na altura do joelho que se movimentava com o sopro do vento em Londres. .
  Comecei a caminhar até onde ela estava, mas pouco antes de eu conseguir chegar nós dois viramos ao som da voz de criança gritando um “Mamãe” e uma pequena menininha, talvez, de uns cinco anos correu até ela. Seus cabelos tinham o mesmo tom de castanho, que eu tinha certeza que já vi antes e seus olhos eram verdes como os de . a pegou no colo e eu estava perto o bastante para ouvir a conversa.
  - Olha o que o papai comprou para mim, mamãe. – então a menininha lhe mostrou um colar que estava em seu pescoço.
  - Que lindo, meu amor. E cadê o seu pai?
  - Ele estava correndo atrás de mim, mas acho que se perdeu quando encontrou o tio Zayn.
  - Zayn está aqui? – eu ia fazer a mesma pergunta.
  - Ele, o Cam e a tia Perrie. – assim que a menininha se calou um menino de cabelos loiros e olhos mel, como os de Zayn, saiu correndo da multidão.
  - FAITH! – ele parecia desesperado.
  - AQUI! – a menininha abanou os braços freneticamente sobre a cabeça e o menino veio até as duas.
  - Oi tia .
  - Olá, Cameron. Como você está? – ela colocou Faith no chão e abraçou o menininho.
  - Estou ótimo. – logo Zayn e Perrie vieram até os três e Niall os acompanhava. Logo eu ouvi um “Papai” e reparei que todos viram na direção de Tony.
  - Oi, Tony.
  - A roda-gigante é legal, mas prefiro uma montanha russa. – meninos de sete anos.
  - Louis? – ouvir aquela voz chamando meu nome pela primeira vez em cinco anos me deu um arrepio, virei-me.
  - ?
  - Uau, quanto tempo.
  - Tia ? – perguntou Tony saindo de trás de mim, via as lágrimas se formarem nos olhos de quando o viu.
  - Oi, Antony. Tudo bem? – ele correu até ela e passou os braços por sua cintura.
  - Tudo ótimo. – ela o envolveu nos braços. E logo Eleanor estava ao meu lado.
  - Uau, quanta gente junta. – falou ela olhando os outros e então todos chegaram perto de nós. Logo estávamos todos nas apresentações, cumprimentos e colocando as fofocas em dia. Mas eu não conseguia tirar os olhos de , Tony, Cam e Faith.
  - Acho que tínhamos que marcar um show, nós todos juntos de novo. Devemos isso às fãs. – disse Niall, e percebi que ele falava comigo.
  - Adorei a ideia. Marcaremos com todos?
  - Claro. Mas agora nós precisamos ir, não é amor?
  - É.
  - Aaaaaah. – as crianças pereciam tristes por ter que se despedir. Trocamos telefones e enquanto dirigia de volta para casa eu sorri. Talvez, o One Direction voltasse para a estrada um dia...

FIM



Comentários da autora

Oi.
Esse final já está pronto a semanas na verdade, mas só decidi mandar para a Virginia esse dias. Sabe, eu nunca fui boa com despedidas e Barriga De Aluguel é o meu bebê, eu ainda não estava pronta para me despedir dela ou de vocês... “Mas todas as histórias tem um fim. Até mesmo as mais bonitas” , quando uma das minhas melhores amigas escreveu isso eu achei bonitinho e tal, mas só agora entendo realmente a frase. Sei que o final da história ficou meio em aberto, mas era exatamente isso que eu queria, deixar que o futuro pertença a vocês e suas imaginações. Espero que tenham gostado, e quem ai está afim de uma nova história?
Beijos na bunda de vocês e na do Louis, Gi.
P.S.: Virginia, MUITO OBRIGADA POR TUDO, MY DEAR!

Nota da Beta: Awwn, Gi. Tô tão triste por Barriga de Aluguel está acabando, é a primeira fanfic que eu acompanho do começo ao fim. Espero que tenha gostado de mim como beta, pois adorei ter tido você como minha autora! Beijos!