Australian Destroyed
Escrito por Wanessa Lima | Revisado por Mah
Abri meus olhos vendo o meu teto, virei meu rosto para o lado direito e eu não a vi. Coloquei as mãos em meu rosto e grunhi, bati as mãos na cama e sentei-me, engoli em seco observando o quarto. Levantei indo para o banheiro, me despi e entrei no box. Fechei os olhos assim que senti a água morna, encostei-me à parede apertando os olhos, ultimamente estava sendo muito difícil. Ouvi-lá dizer que tudo entre nós estava acabado foi como levar um tiro. Amá-la foi um dos meus maiores erros, como ela pode dizer que teria que me deixar? Se tudo que passamos foi real, como ela pode ir?
Assim que terminei o banho, fui para meu quarto abrindo o guarda-roupa vestindo qualquer coisa. Ouvi meu telefone tocar e não fiz menção de correr para pega-lo, fui a passos lentos para sala e peguei meu telefone.
- Alô? – Perguntei.
- , você está bem? – Ouvi perguntar do outro lado da linha.
- Estou. – Engoli em seco.
- ... – O interrompi.
- Está sendo tão difícil, – choraminguei – Ela foi a única garota que já amei. – Senti as lágrimas quentes em minha bochecha, solucei e tentei limpar as lágrimas.
- Sei que sim. – Ele apenas disse isso e calou-se. Ficamos em silêncio por alguns minutos ouvindo apenas meus soluços.
- Como ela pode estar tão bem? – Perguntei quase para mim mesmo.
- Ela está seguindo em frente. – Ele falou baixo.
- Ela está indo muito bem. – aumentei meu tom de voz – Para quem me amava e chorou dizendo que estava muito triste por me deixar, ela está realmente indo muito bem! – Falei com raiva.
- Você tem que seguir sua vida. – ele falou calmo – Ela está bem e você tem que estar também. – Suspirei e passei a mão na testa apertando os olhos.
- Vou desligar, . – falei cansado – Tchau. – Desliguei o telefone e fui olhar as fotos que nós tínhamos tirado. Sorri ao lembrar de cada momento que tivemos ao tirar aquelas fotos. Admito que tenho me sentido sozinho, como eu posso me sentir alguém se a única pessoa que me fazia sentir alguém foi embora? Como posso seguir em frente sendo que eu não estou bem? Eu lembro ate do nosso primeiro beijo. Foi na Rua Seis abaixo do poste de luz da casa 1230. Sorri e voltei a olhar as fotos, bateu a raiva de ter me entregado para alguém e joguei meu celular na parede que se despedaçou em segundos no chão. Estremeci e deitei no sofá fechando os olhos, aquele assunto, que para mim estava inacabado, estava me dando dor de cabeça. Se eu pudesse acordaria com amnésia para esquecer que um dia ela já foi minha. Se eu tivesse mais uma chance, abraçaria fortemente para que ela não partisse. Não deixá-la ir era o meu trabalho e falhei. Fui burro o suficiente de não ter cuidado dela, por que isso não é um sonho? Ou melhor, um pesadelo? Abri os olhos cansados da minha nova rotina, levantei indo para o quarto trocando de roupa. Voltei à sala pegando meu telefone despedaçado, mandei mensagem para os meninos e saí de casa indo para a nossa típica cafeteria, encontrei com eles sentados conversando animadamente.
- Oi. – Falei.
- Meu Deus, fora de casa! – disse batendo na mesa.
- Milagre de Deus. – fez o mesmo e riu.
- Bando de otários. – Sentei com eles que logo em seguida começaram a me zoar.
- , carne nova no pedaço. – Sorri com o comentário nada agradável de .
- Vamos para balada hoje? - perguntou – tem que pegar algumas garotas.
- Quero pegar ninguém, – Fiz careta.
- Deixem o nosso bebê. – disse. Ficamos conversando mais um pouco até irmos para casa nos arrumar. Percebi que tinha que tocar minha vida, ela já tinha tocado a vida dela e com certeza já estava com outro alguém. Talvez amá-la demais foi prejuízo, mas aprendi o quanto é bom ser amado e dar amor. Eu sei que todo amor que eu dei a ela vai ser recompensado, tudo que um dia já foi embora irá voltar trazendo algo melhor. E sei que será o meu amor que o destino irá trazer. Um dos melhores amores.