As Aventuras de Aurora Smith

Escrito por Chacha | Revisado por Mariana

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Capítulo 01

Nota inicial do capítulo: Olá Leitores!!!
Tudo bem com vocês???
Nesse primeiro capítulo da história vai ser o aniversário da Aurora e ela também receberá uma visita.
Como será o aniversário de onze anos da Aurora?
Que visita será essa que a Aurora vai receber?


  Ela acordou com a luz do sol invadindo delicadamente o quarto, despertando suavemente para um dia especial. Esticou os braços e abriu os olhos devagar, sentindo a energia positiva da manhã se espalhar pelo corpo. Levantou da cama com um sorriso no rosto, pronta para começar sua rotina matinal.
  Ao se dirigir ao banheiro, acendeu a luz e se olhou no espelho. Era incrível observar sua expressão sonolenta se transformar em uma mistura de determinação e tranquilidade. Pegou sua escova de dentes e, com movimentos suaves e regulares, escovou cada dente, garantindo que estivessem limpos e saudáveis. A água fresca da torneira revigorava enquanto fazia bochechos e massageava as gengivas.
  Retirou a camisola e entrou no box do chuveiro. A água quente envolveu seu corpo, dissipando qualquer vestígio de sono e despertando totalmente seus sentidos. Com um shampoo suave lavou os cabelos, massageando delicadamente o couro cabeludo. O perfume adocicado do condicionador preenchia o ar, enquanto desembaraçava cuidadosamente os fios com os dedos. O vapor quente acariciava seu rosto, fazendo-a sentir como se estivesse envolta em um abraço reconfortante.
  Após enxaguar o cabelo, usou um sabonete líquido com fragrância de pêssego para lavar o corpo. A espuma suave se espalhava facilmente, deixando a pele limpa e suavemente perfumada. Todos os movimentos eram lentos e delicados, pois ela aproveitava aquele momento de autocuidado. Ao sair do chuveiro, envolveu-se em uma toalha felpuda, absorvendo o excesso de água. Com sutileza, secou o cabelo com o secador, sentindo os fios macios escorregarem entre os dedos. Em seguida, usou um pente para arrumar os fios. Cuidadosamente, enrolou-se novamente na toalha, garantindo que o corpo permanecesse aquecido e protegido enquanto ia para o quarto.
  No quarto, aplicou um hidratante refrescante com fragrância de flores silvestres, nutrindo e protegendo sua pele ao longo do dia. Em relação às roupas, gostava de usar peças que expressassem sua personalidade vibrante e apaixonada pela vida. Optava por roupas leves e confortáveis, como um vestido floral que realçava a beleza da natureza ao seu redor. Suas cores suaves e estampas delicadas refletiam a serenidade que buscava em cada momento do seu dia.
  Com tranquilidade, Aurora vestiu o vestido e calçou um par de sandálias de couro, que harmonizavam perfeitamente com seu estilo descontraído. Completando o visual, uma pulseira e um colar simples, mas significativos. Ao se olhar no espelho novamente, ela sentiu uma satisfação ao ver o reflexo de uma Aurora confiante e pronta para celebrar seu aniversário. Antes de deixar o quarto, ela aplicou algumas gotas de seu perfume favorito, que exalava delicadas notas de baunilha e jasmim.
  Descendo as escadas com passos leves e elegantes, Aurora percebeu o delicioso aroma do café fresco e dos croissants recém assados que preenchiam o ar, aumentando ainda mais sua vontade de aproveitar o dia. Seus pais já estavam sentados à mesa, sorrindo ao vê-la chegar.
  Com entusiasmo, a mãe de Aurora mencionou:
  — Bom dia, Aurora, querida.
  Em seguida, perguntou como ela estava se sentindo no dia do seu aniversário de onze anos. Com um sorriso radiante, Aurora respondeu que estava se sentindo incrível e mencionou que cada ano parecia melhor que o anterior.
  O pai de Aurora concordou com a mãe, sentando-se ao lado dela, e afirmou que eles estavam orgulhosos dela e de tudo o que ela tinha conquistado até agora. Com um olhar emocionado, Aurora agradeceu aos seus pais e se sentou à mesa, pronta para desfrutar de uma das suas refeições favoritas, o tradicional café britânico.
  Enquanto Aurora espalhava manteiga em um croissant ainda quente, sua mãe preparava uma xícara de chá, escolhendo cuidadosamente as folhas para criar um blend único e saboroso. O coração de Aurora se encheu de gratidão ao ver o prato que seu pai trouxe, repleto de ovos mexidos, bacon crocante e feijão. Os sabores se misturavam perfeitamente, criando uma verdadeira sinfonia em seu paladar.
  Enquanto Aurora saboreava a primeira mordida de seu delicioso café da manhã, seus pais começaram a compartilhar os planos para o restante do dia. Com um brilho nos olhos, sua mãe anunciou a surpresa especial que prepararam para celebrar seu aniversário: um passeio de barco no rio Tâmisa. Animada e excitada, Aurora expressou sua alegria, afirmando que sempre sonhou em explorar a cidade de uma maneira diferente.
  Conversaram sobre os detalhes e os lugares que visitariam, e sua mãe levantou-se da mesa para voltar com uma vela em formato de número 11 e um cupcake decorado com glacê colorido, posicionando-os em frente a Aurora. Cantaram "parabéns", seus pais a abraçaram e tiraram algumas fotos para guardar aquele momento especial. Após saborearem o cupcake juntos, brincaram, riram e se abraçaram afetuosamente.
  Aurora terminou seu café da manhã e subiu para o quarto. Foi ao banheiro fazer sua higiene pessoal e, em seguida, retornou ao quarto para arrumar sua mochila e pegar sua câmera fotográfica, decidida a registrar os melhores momentos daquele dia.
  Ao chegarem ao cais do rio Tâmisa, Aurora e seus pais se sentaram em um banco próximo à janela, maravilhados com a deslumbrante paisagem que se desvendava diante deles. Ao passaram sob a Torre de Londres, o pai de Aurora apontou o imponente edifício e começou a compartilhar histórias fascinantes sobre sua antiguidade. Fascinada e de olhos arregalados, Aurora absorvia cada palavra de seu pai. Sua mãe também era uma verdadeira conhecedora de Londres e sua história, o que fazia com que Aurora fosse profundamente encantada pela cultura britânica. Durante o passeio de barco, também tiveram a oportunidade de visitar o famoso Big Ben, a majestosa Catedral de São Paulo e a emblemática roda-gigante London Eye. O pai detalhava a arquitetura magnífica de cada um desses locais enquanto Aurora tentava capturar sua grandiosidade através das lentes de sua câmera.
  Após o passeio de barco, seguiram para o famoso restaurante que seus pais haviam mencionado anteriormente. Ao chegarem, seus olhos se iluminaram ao ver o nome "The Royal Feast" em letras brilhantes na fachada. Sabiam que aquele lugar era conhecido por seus pratos sofisticados e requintados, então esperavam uma experiência gastronômica extraordinária. Ao entrarem, foram recepcionados por um ambiente luxuoso, decorado com lustres cintilantes e cortinas de veludo. O garçom os conduziu a uma mesa espaçosa e entregou os menus, repletos de opções tentadoras.
  O chef's menu foi o escolhido, uma seleção cuidadosamente feita pelo próprio chef do restaurante. Enquanto aguardávamos pelas entradas, a mãe da garota explicou animadamente:
  — O chef é reconhecido por utilizar ingredientes frescos e criar combinações únicas. Estou certa de que você irá se deliciar — disse ela com um sorriso no rosto.
  E ela estava certa. As entradas eram verdadeiras obras de arte culinária, com sabores que se harmonizavam perfeitamente e o prato principal não deixou nada a desejar. Enquanto sua mãe escolheu um suculento filé mignon ao molho de vinho tinto, seu pai optou por um prato de frutos do mar frescos. Aurora, por sua vez, decidi experimentar o risoto de cogumelos selvagens, uma especialidade da casa. A cada colherada, seu paladar era conquistado pelos sabores intensos dos cogumelos.
  Chegando a hora da sobremesa, o garçom apresentou uma seleção de todas as opções disponíveis no menu: Torta de chocolate amargo, cheesecake de framboesa e creme brulée estavam entre as delícias oferecidas. Cada escolha era mais tentadora que a outra, e todos saborearam cada garfada com prazer.
  Enquanto desfrutavam das sobremesas, compartilhavam risadas e conversas animadas sobre os momentos favoritos do dia. Os pais de Aurora a presentearam com pequenos mimos, como uma pulseira de prata e um livro de fotografia, sabendo que eles seriam lembranças desse dia especial para sempre.
  Após o almoço, percorreram as movimentadas ruas de Londres, visitando a animada Praça Covent Garden e a famosa Oxford Street em busca de presentes de aniversário adicionais. Foi um passeio divertido e animado, repleto de momentos preciosos em família.
  O dia chegou ao fim com uma emocionante caminhada pelo Hyde Park, onde pararam para admirar a serenidade ao nosso redor e a beleza das flores. Capturaram juntos fotos para eternizar esse momento mágico em suas memórias.
  De volta ao aconchego do lar, exaustos, porém transbordando amor e felicidade, os pais de Aurora a envolveram em um abraço apertado, expressando sua gratidão pelo dia maravilhoso que haviam vivido juntos. No entanto, a serenidade do momento foi quebrada pelo som estridente da campainha, interrompendo a cena familiar.
  — Eu atendo — declarou o pai de Aurora, fazendo uma pausa na série que assistiam. — Já volto.
  — Volte logo, querido — pediu a mãe de Aurora, mantendo-se na sala, retomando sua conversa com a filha.
  Enquanto os pais de Aurora se despediam com um beijo, o pai dela avançou em direção à porta. Pouco tempo depois, ele retornou acompanhado por uma senhora alta e magra, de aparência austera e imponente. Sua postura reta e rígida contribuía para essa impressão. Seus cabelos grisalhos eram curtos e frequentemente presos em um coque apertado. No entanto, seus olhos brilhantes e penetrantes eram inspiradores, e sua sobrancelha arqueada denotava uma expressão séria ou cética.
  Ela olhou diretamente nos olhos de Aurora, sorrindo amavelmente.
  — Olá, jovem. Peço desculpas por aparecer sem aviso prévio. Meu nome é Minerva McGonagall, e acredito que você seja Aurora, correto? — apresentou-se Minerva.
  — Sim, sou eu. É um prazer conhecê-la — respondeu Aurora.
  — Aurora, vim aqui porque tenho algo importante para lhe contar. Você é uma bruxa, minha jovem — revelou Minerva.
  A surpresa tomou conta do rosto de Aurora, e ela buscou o olhar de seus pais em busca de confirmação. Ambos trocaram olhares surpresos, porém demonstravam também certa curiosidade.

Capítulo 02

Nota da autora: Olá Leitores!
Tudo bem com vocês?
Nesse capítulo a Aurora descobre que é uma bruxa e aceita ir para Hogwarts.
Como será a reação dela e dos pais dela ao descobrirem que a filha deles é uma bruxa.
Espero que gostem.
Não deixam de opinar, quero saber a opinião de vocês.


  Quando a senhora McGonagall revelou a Aurora que ela era uma bruxa, a jovem ficou completamente incrédula. Com os olhos arregalados, ela olhou para Minerva, incapaz de processar aquela informação. Por sua vez, Minerva a encarou com sinceridade e compreensão.
  — Compreendo que essa notícia possa ser surpreendente para você, Aurora. Mas a magia e os bruxos são reais. Existem comunidades mágicas ao redor do mundo e a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts é uma das instituições de ensino mais prestigiadas — explicou Minerva.
  Ainda incrédula, Aurora perguntou:
  — Como isso é possível? Nunca vi nada mágico acontecer antes.
  Minerva respondeu, mantendo seu olhar compreensivo:
  — A magia nem sempre se manifesta de forma óbvia. Em alguns casos, pode ser sutil e passar despercebida. Além disso, os bruxos mantêm sua magia em segredo para proteger o mundo dos trouxas, que são pessoas sem poderes mágicos, como seus pais, por exemplo. Isso não significa que eles não sejam bruxos, apenas que não possuem habilidades mágicas. Mas posso lhe mostrar a verdade se estiver disposta a acreditar.
  Minerva pegou uma espécie de graveto e realizou um feitiço que deixou as louças limpas e organizadas com um simples movimento. Aurora ficou boquiaberta ao testemunhar aquele ato de magia diante de seus olhos. As louças se moviam e se limpavam sozinhas, obedecendo aos gestos da professora McGonagall. Era algo inimaginável para ela, que agora presenciava a magia acontecendo bem diante de si.
  Minerva sorriu gentilmente ao perceber a surpresa e o choque de Aurora diante daquela demonstração de magia. A jovem ainda estava processando tudo aquilo, pois sua realidade conhecida estava sendo abalada pela revelação de que era uma bruxa, mesmo que fosse difícil de aceitar.
  — Ainda estou meio incrédula... É tão difícil acreditar que magia existe e que eu sou uma bruxa — afirmou sinceramente.
  Para surpresa de Aurora, a senhora McGonagall soltou uma risadinha.
  — Nunca aconteceu nada estranho quando você estava assustada, ansiosa, com medo ou com sentimentos misturados? — perguntou ela.
  Aurora assentiu, lembrando-se de diversos incidentes estranhos que ocorreram quando estava passando por essas emoções intensas. Recordava-se de objetos se movendo sozinhos, de luzes piscando sem motivo aparente e de outros incidentes que aconteciam ao seu redor quando estava emocionalmente abalada.
  — Sim, aconteciam coisas estranhas ao meu redor que eu não sabia explicar. Então, aquilo que acontecia comigo era magia? — confirmou, completamente surpresa.
  Minerva sorriu compreensivamente.
  — Sim, Aurora, era magia. E aqui está a sua carta — disse ela, entregando um envelope feito de pergaminho amarelo, grosso e pesado, endereçado com tinta verde esmeralda. Aurora notou que não havia selo postal, o que achou curioso. O endereço estava correto, indicando a sala de estar na rua The Bishop Avenue, número 2, em Hampstead Camden, onde ela morava. Uma crescente sensação de curiosidade e mistério tomou conta de Aurora ao observar o envelope. Ela olhou para Minerva, cheia de curiosidade, em busca de explicações.
  — Senhora McGonagall, como essa carta chegou até mim sem o selo postal? Como a senhora sabe onde eu moro e por que o envelope é tão incomum? — perguntei, curiosa.
  Minerva sorriu, com um brilho divertido em seus olhos, e respondeu:
  — Aurora, a carta foi enviada através da rede de correio de corujas. É uma forma de envio exclusiva para os bruxos e bruxas e não requer selo postal. Quanto ao endereço, os funcionários do Ministério da Magia têm meios de rastrear os nascimentos de crianças bruxas e seus respectivos endereços. No entanto, como sua família não é bruxa e apenas você é, resolvi vir pessoalmente entregar a carta e explicar pessoalmente sobre o mundo bruxo para vocês, que antes não sabiam de sua existência.
  Assenti, fascinada com a resposta da senhora McGonagall, e olhei novamente para o envelope em minhas mãos, admirando a textura e a cor vibrante da tinta verde-esmeralda. Ao virar o envelope, fiquei surpresa ao ver um lacre de cera púrpura com o brasão contendo um leão, uma águia, um texugo e uma cobra circulando a grande letra "H". Eu sabia que aquilo tinha algum significado especial, mas não consegui identificar imediatamente.
  Observei os detalhes do brasão, notando a precisão daquele selo.
  — O que significa este selo e essa letra “H”?— Questionou, intrigada.
  Então a senhora McGonagall explicou:
  — Ah, o selo é o brasão da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, Aurora — Respondeu a senhora McGonagall e com seu sorriso gentil — Cada animal representa uma das quatro casas de Hogwarts. O leão é da Grifinória, águia da Corvinal, o texugo da Lufa-Lufa e a Cobra da Sonserina. É um símbolo que representa a união das casas em nossa escola de magia.
  — Entendi.
  — Agora, Aurora, pode abrir sua carta e ler em voz alta para todos ouvirem, por favor. — McGonagall.
  Aurora abriu o envelope e nele havia alguns papéis, então a garota pegou o que havia na carta, abriu e começou a ler em voz alta.
Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts
Diretor: Alvo Dumbledore
(Ordem de Merlim, Cacique Supremo, Primeira Classe, Grande Feiticeiro, Bruxo Chefe, Confederação Internacional de Bruxos)
Prezada Sra. Smith,
Temos o prazer de informar que V.Sa tem uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista de livros e equipamentos necessários.
O ano letivo começa em 1° de setembro. Aguardamos sua coruja até 4 de julho no mais tardar.
Atenciosamente,
Minerva McGonagall
Diretora Substituta

  Depois de ler a carta para seus pais e para si mesma, Aurora guardou a carta dentro do envelope. Em seguida, a senhora Minerva falou:
  — Precisa decidir, Aurora, se quer ir mesmo para a escola ou não, porque é só a sua escolha que vai decidir o seu caminho — disse McGonagall.
  — Espere um momento, senhora Minerva. Como a senhora sabe, não somos bruxos, só a nossa filha que é uma bruxa. Então como saberemos se a nossa filha estará segura nessa escola e nesse mundo completamente novo para a gente? — perguntou a mãe da jovem, preocupada.
  A senhora McGonagall olhou com compreensão e paciência e a explicou:
  — Compreendo suas preocupações, senhora Smith. A escola possui medidas de proteção mágica e uma equipe de professores altamente treinados para garantir a segurança dos estudantes. A segurança dos estudantes em Hogwarts é a nossa principal prioridade. Aurora, assim como todos os estudantes, está sob a supervisão de professores experientes, e ela terá acesso a uma educação mágica de qualidade, além de ter a oportunidade de fazer amigos e aprender sobre o mundo mágico de uma forma única e emocionante. Claro, como em qualquer lugar, pode haver desafios e perigos, mas sabemos que Hogwarts é um dos lugares mais seguros para os estudantes.
  Após pensar um pouco e ouvir a conversa de seus pais com a senhora Minerva, Aurora decidiu:
  — Quero ir para Hogwarts, senhora Minerva. Quero aprender mais sobre magia e explorar esse novo mundo. Estou pronta para essa aventura — respondeu com determinação. Em seguida, perguntou: — O que vai acontecer agora?
  A senhora McGonagall sorriu gentilmente para Aurora e explicou:
  — Daqui a alguns dias, virá um amigo meu de confiança que vai te acompanhar durante as compras dos materiais. A carta que você recebeu contém uma lista de livros e equipamentos que você precisará levar para a escola. O expresso de Hogwarts partirá da Plataforma 9 ¾, na estação King’s Cross, no dia 1° de setembro, às 11 horas em ponto. Você deverá estar lá para embarcar no trem e chegar à escola.
  A senhora McGonagall continuou explicando os detalhes sobre o funcionamento da escola, as aulas e as atividades extracurriculares. Explicou para Aurora que ela seria dividida em uma das quatro casas de Hogwarts, com base em suas características pessoais e qualidades. Aquilo a deixou ainda mais curiosa e ansiosa para iniciar essa nova jornada.
  Enquanto a senhora McGonagall explicava, Aurora imaginava como seria estudar em uma escola de magia e bruxaria, rodeada por outros estudantes bruxos. Perguntava-se como seria conviver com pessoas que também possuíam habilidades mágicas, com professores que poderiam ensinar sobre feitiços, poções e criaturas mágicas. Era tudo tão fascinante e surreal.
  Sua mente estava ocupada com esses pensamentos, enquanto seus pais conversavam com a senhora McGonagall sobre as questões práticas, como custos, segurança e o que eles deveriam fazer para prepará-la para essa nova fase de sua vida. Vê-los preocupados com sua segurança e bem-estar a deixava emocionada e grata por ter pais tão dedicados.
  Após todas as explicações, sua mãe pediu um tempo para pensar sobre a decisão, já que tinha muitas preocupações e queria ter certeza de que Aurora estaria segura e feliz nesse novo ambiente. A senhora McGonagall compreendeu e tranquilizou sua mãe, enfatizando que a segurança dos alunos era uma prioridade na escola e que eles fariam tudo o que estivesse ao seu alcance para protegê-los.
  Enquanto aguardavam a resposta dos pais de Aurora, ela sentiu uma mistura de emoções dentro de si. A excitação e a curiosidade pela magia e pelo mundo bruxo que se abriam diante dela se misturavam com a ansiedade e a insegurança de estar deixando para trás tudo o que conhecia e se aventurando em algo completamente novo.
  Sua mãe finalmente quebrou o silêncio, olhando para ela com um olhar amoroso e decidido.
  — Aurora, se isso é realmente o que você deseja, se está disposta a enfrentar os desafios e aproveitar essa oportunidade única, então nós apoiamos você. Vamos fazer tudo o que for necessário para que esteja preparada para ir para Hogwarts. Estamos confiantes de que será capaz de lidar com esse novo mundo e nos encherá de orgulho.
  Essas palavras encheram o coração de Aurora de gratidão e determinação. Ela não podia acreditar que seus pais estavam lhe dando a chance de explorar seu potencial na magia, de descobrir um mundo tão fascinante e cheio de possibilidades. Estava pronta para se aventurar nessa nova jornada, fazer novos amigos, aprender feitiços e poções, e descobrir tudo o que a magia tinha a lhe oferecer.
  A senhora McGonagall sorriu e se levantou para partir, mas antes de sair, olhou para Aurora e disse:
  — Aurora, seu destino como bruxa está apenas começando. Prepare-se para uma incrível jornada repleta de descobertas, aprendizado e magia.
  Assentindo, sentindo uma mistura de nervosismo e empolgação, Aurora reconheceu que teria muito a aprender na nova fase de sua vida. Ela sabia que enfrentaria desafios e teria que se esforçar, mas também reconhecia que essa era a oportunidade de sua vida e estava determinada a agarrá-la com todas as suas forças.
  Enquanto a senhora McGonagall se despediu e deixou a sala, ela dirigiu seu olhar novamente para o envelope que segurava entre as mãos. Contemplou o brasão de Hogwarts, a tinta verde-esmeralda vibrante e a textura do papel. Para ela, tudo aquilo parecia mágico e especial, como se estivesse carregado de energia e significado.
  A partir daquele momento, a vida da protagonista estava prestes a sofrer uma transformação permanente. Ela estava pronta para embarcar nessa aventura, tornar-se uma bruxa e descobrir sua verdadeira identidade. De algum modo, ela já sabia que Hogwarts se tornaria seu lar, um lugar onde seria acolhida e amada exatamente como era.
  Com um sorriso nos lábios e o coração repleto de expectativa, a jovem tomou uma decisão definitiva: iria para Hogwarts e se tornaria parte daquela mágica comunidade.
  Aquela carta, com suas palavras e promessas, representava o começo de uma jornada que mudaria para sempre a vida da protagonista. Era o início de uma história mágica, repleta de aventuras, amizades e aprendizados que ela jamais poderia imaginar. E ela estava pronta para vivê-la de coração aberto e mente repleta de curiosidade.
  Agora, restava a Aurora se preparar para o início do ano escolar, embarcar no Expresso de Hogwarts e dar início a essa incrível jornada de magia e descobertas. Sua vida estava prestes a se transformar em uma história mágica e ela estava pronta para escrever cada página com coragem e determinação.

Capítulo 03

Nota da Autora: Olá Leitores!
Como vocês estão?
Nesse capítulo a Aurora vai receber uma visita.
Que visita será essa?
E também Aurora junto com os seus pais vão ir ao Beco Diagonal pela primeira vez.
Como será essa visita?


  Os olhos da protagonista se abrem lentamente, sendo acariciados pelos primeiros raios de sol que adentram seu quarto através das cortinas levemente entreabertas. Ela estica seus braços e pernas, espreguiçando-se como um gatinho preguiçoso. Aconchegada entre seus lençóis macios, sente uma onda de preguiça tentando puxá-la de volta para o mundo dos sonhos. No entanto, sabe que é hora de começar seu dia.
  Erguendo-se da cama, Aurora coça seus olhos sonolentos enquanto seus pés tocam o chão frio. Seus dedos se espalham pelo piso gelado em busca de seus chinelos, e assim que os encontra, desliza os pés neles aliviada. Levanta-se e caminha em direção ao chuveiro, o sol da manhã iluminando seu quarto. Ao abrir a porta, é recebida por um suave aroma de lavanda.
  Ela realiza sua higiene pessoal e toma um banho rápido. Envolve-se em uma toalha para se secar, apagando a luz do banheiro em seguida. Retorna para o quarto e para em frente ao armário, selecionando um short Jeans Godê, uma regata com amarração na frente e estampa floral. Calça uma Rasteirinha Feminina Valentina 2 em 1 Crochê e aplica seu perfume favorito, com aroma de jasmim e baunilha.
  Após dar uma última olhada no espelho, a protagonista deixa o quarto e desce as escadas até chegar à cozinha, onde seus pais já estão sentados.
  — Bom dia, princesa! Dormiu bem? — pergunta seu pai.
  — Não consegui ter uma boa noite de sono, mas tomei um chá de camomila durante a madrugada e finalmente consegui descansar um pouco. Meu pai acabou me acordando agora para vir tomar café — responde ela timidamente.
  — Filha, você está bem? — pergunta sua mãe preocupada. — Fiquei preocupada com você.
  — Ah, mamãe, ainda não consigo acreditar que sou uma bruxa. É tão surreal pensar que sou realmente uma bruxa. Mas, ao mesmo tempo, tudo o que a Minerva falou faz sentido para mim — explica, sentindo um misto de emoções.
  — Sei que deve ser difícil, filha. Mas você precisa cuidar da sua saúde, dormir bem e se manter calma. Não deixe que isso prejudique você — aconselha seu pai, preocupado.
  — Eu sei disso. Prometo que vou cuidar melhor da minha saúde e tentar dormir melhor à noite — conclui, determinada a seguir o conselho de seus pais.
  Após conversar com seus pais, ela se senta para comer seu cereal. Enquanto termina, escuta o som da campainha e vai até a porta para abri-la. Ao fazê-lo, depara-se com um homem de aspecto esbelto e pálido. Seus cabelos negros e oleosos caem em seu rosto, realçando seu nariz aquilino, olhos profundos e penetrantes, e uma boca estreita e maliciosa. Ele parece ameaçador e rígido.
  — Olá, meu nome é Severo Snape — disse ele com sua voz gélida e séria. — Minerva e eu somos amigos e trabalho em Hogwarts. Vim te acompanhar para comprar seus materiais. Vamos?
  — Oi! Sou Aurora — respondeu ela, tentando ser amigável. — Entre e converse com meus pais, eles estão na cozinha. Só vou trocar de roupa, volto logo.
  — Tudo bem, não demore — respondeu Snape, adentrando a casa em direção à cozinha onde estavam os pais de Aurora.
  Enquanto Snape conversava com os pais de Aurora, ela foi até seu quarto e trocou de roupa, optando por algo confortável e calçando um par de tênis. Passou pelo banheiro para fazer sua higiene pessoal, voltou ao quarto e aplicou um pouco de perfume e batom. Pegou a carta que estava dentro da cômoda e a colocou na bolsa. Em seguida, vestiu uma jaqueta, pegou sua bolsa e saiu do quarto. Encontrou seus pais e Snape conversando na sala.
  — Estou pronta, Snape. Vamos! — falou, ansiosa para começar sua jornada.
  — Aonde vocês vão, filha? — perguntou sua mãe, demonstrando preocupação.
  — Snape vai me levar para comprar meus materiais escolares — respondeu, explicando o propósito de sua saída.
  — Vocês podem ir juntos — sugeriu Snape. — Para trocar o dinheiro.
  Assim, os pais de Aurora acompanharam-na e Snape. Apesar de tê-lo achado frio e um pouco rude inicialmente, ele respondia todas as perguntas que ela fazia sobre o mundo bruxo e Hogwarts, revelando um lado simpático, legal e amigável. Ela aproveitou a oportunidade para fazer muitas perguntas sobre o mundo bruxo, Hogwarts e tudo o que achava interessante. Snape respondia com seriedade, embora sem muita paciência. Ela estava tão distraída conversando com ele que nem percebeu que ele havia parado e acabou esbarrando nele.
  — Desculpe, Snape — falou, envergonhada pelo seu descuido.
  — Não foi nada, Aurora — Snape respondeu com um leve sorriso. — É aqui o Caldeirão Furado, um lugar famoso.
  Para um lugar famoso, o Caldeirão Furado era surpreendentemente sombrio e miserável. Havia algumas senhoras sentadas num canto, bebendo pequenos cálices de xerez. Uma delas fumava um longo cachimbo. Um homem de cartola conversava com o velho dono do bar, que era bem careca e parecia uma noz viscosa. O burburinho das conversas parou quando eles entraram. Todos pareciam conhecer Snape, acenando e sorrindo para ele.
  Depois de se despedirem de Tom, Aurora e seus pais passaram pelo bar e saíram em um pequeno pátio murado, onde não havia nada além de uma lata de lixo e um pouco de mato.
  — Três para cima... dois para o lado... — murmurou Snape. — Certo, recuem.
  Snape bateu na parede três vezes com a ponta da varinha. E o tijolo que tocou estremeceu, alargando-se cada vez mais. Um segundo depois, se encontravam diante de um arco bastante grande, uma rua de paralelepípedos que se estendia e desaparecia de vista.
  — Bem-vindos — disse Snape. — Ao Beco Diagonal.
  Aurora ficou completamente surpresa ao atravessar o arco e deu uma rápida olhada por cima do ombro, vendo-o instantaneamente se transformar em uma parede sólida novamente. O sol brilhava sobre uma pilha de caldeirões na porta da loja mais próxima. O letreiro acima dizia: "Caldeirões - Vários Tamanhos - Cobre, Latão, Estanho, Prata - Automexediço - Dobrável".
  — Você vai precisar de um — disse Snape. — Mas precisamos trocar o dinheiro.
  Ela estava chocada e surpresa, desejando ter oito olhos. Observando seus pais, percebeu que eles também estavam perplexos.
  — É um lugar incrível mesmo — comentou seu pai, olhando ao redor.
  — Fantástico — disse sua mãe, maravilhada.
  Virou a cabeça para todos os lados enquanto caminhavam pela rua, tentando ver tudo ao mesmo tempo: as lojas, os objetos, as portas, as pessoas fazendo compras. Uma mulher gordinha do lado de fora de uma farmácia balançou a cabeça quando passaram por ela e disse:
  — Fígado de dragão, dezessete sicles trinta gramas, eles enlouqueceram...
  Havia lojas vendendo roupas, lojas vendendo telescópios e estranhos instrumentos de prata que ela nunca tinha visto antes, vitrines com pilhas de barris contendo órgãos de morcegos e olhos de enguias, pilhas precariamente equilibradas de livros de feitiços, penas de aves para escrever e rolos de pergaminhos, frascos de poções, globos de...
  — Gringotes — interrompeu Snape.
  Chegaram a um edifício bastante branco que se destacava entre as pequenas lojas. Parado diante das portas de bronze polido, usando um uniforme vermelho e dourado, havia um duende.
  — É um duende — sussurrou Snape enquanto subiam os degraus de pedra branca em direção ao duende.
  Ele era um pouco mais baixo do que ela, com uma cara escura e inteligente, uma barba pontiaguda, e notou que ele tinha mãos e pés bastante compridos. O duende os cumprimentou com uma reverência quando entraram. Em seguida, depararam-se com um segundo par de portas, desta vez de prata, onde havia a seguinte inscrição:

”Entrem, estranhos, mas prestem atenção
Ao que espera o pecado da ambição,
Porque aqueles que tiram o que não ganharam
Terão é que pagar um preço alto,
Assim, se procuram sob o nosso chão
Um tesouro que nunca enterraram;
Ladrão, vocês foram avisados, cuidado,
Pois encontrarão mais do que procuraram.”

  Dois duendes se curvaram quando passaram pelas portas e entraram em um grande salão de mármore. Havia mais de cem duendes sentados em cadeiras altas atrás de um longo balcão, escrevendo em grandes livros, pesando moedas em balanças de latão, examinando pedras preciosas com lupas. Havia tantas portas ao redor do salão que era impossível contá-las, e outros tantos duendes acompanhavam as pessoas que entravam e saíam por elas. Se dirigiram ao balcão. Snape ajudou, tanto a protagonista quanto seus pais, a trocarem o dinheiro trouxa pelo dinheiro bruxo, explicando o sistema de moedas bruxas para ela.
  — O que vou fazer com todo esse dinheiro? — perguntou ela, impressionada. — Você vai precisar dele para comprar seus livros escolares, varinha e outros materiais para a escola — explicou Snape.
  — Entendi — concordou ela.
  Depois de saírem de Gringotes, Snape se aproximou dela.
  — Você tem a lista dos materiais, Aurora? — perguntou Snape.
  — Sim, está comigo — respondeu ela, pegando o envelope que estava em sua bolsa. Abriu o envelope e retirou a carta com a lista dos materiais. Leu em voz alta para todos ouvirem.

Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts
Lista de materiais necessários:
Uniforme
Os estudantes do primeiro ano precisam de:
Três conjuntos de vestes comuns de trabalho (preta)
Um chapéu pontudo simples (preto) para uso diário
Um par de luvas protetoras (couro de dragão ou similar)
Uma capa de inverno (preta com fechos prateados)
As roupas do aluno devem ter etiquetas com o seu nome.
Livros
Os alunos devem comprar um exemplar de cada um dos seguintes:
Livro padrão de feitiços (1ª série) de Miranda Goshawk
História da Magia de Batilda Bagshot
Teoria da magia de Adalberto Waffling
Guia de Transfiguração para iniciantes de Emerico Switch
Mil ervas e fungos mágicos de Arsênio Jigger
Animais fantásticos e seu habitat de Newt Scamander
As forças das Trevas: Um guia de autoproteção de Quintino Trimble
Outros equipamentos necessários:
1 Varinha Mágica
1 Caldeirão (estanho, tamanho padrão 2)
1 Conjunto de frascos
1 telescópio
1 balança de latão
OS ALUNOS TÊM DIREITO A TRAZER UM ANIMAL, SENDO UMA CORUJA OU UM GATO OU UM SAPO
“ LEMBRAMOS AOS PAIS QUE OS ALUNOS DO PRIMEIRO ANO NÃO PODEM USAR VASSOURAS PESSOAIS.”

  Assim que terminou de ler a lista, guardou-a dentro do envelope e o colocou de volta na bolsa. Em seguida, acompanhou Snape até uma loja de roupas chamada Madame Malkin - Roupas para todas as Ocasiões.
  Enquanto ela e sua mãe adentraram a loja, Snape e seu pai aguardaram do lado de fora. Não demoraram muito tempo na loja de roupas para realmente adquirir os uniformes necessários.
  Logo em seguida, dirigiram-se para a loja que mais a encantou: Floreios e Borrões. As prateleiras encontravam-se repletas até o topo com livros do tamanho de paralelepípedos, encadernados em couro; livros do tamanho de selos postais, com capas de seda; livros adornados com símbolos peculiares, e alguns livros que não apresentavam qualquer conteúdo visível. Ficou maravilhada com os exemplares que seus olhos alcançaram e, uma vez que era uma admiradora de todos os tipos de literatura, decidiu adquirir os livros necessários para o seu ano em Hogwarts.
  Além disso, Aurora comprou alguns livros sobre o mundo bruxo que lhe pareceram interessantes. Adicionalmente, adquiriu um caldeirão peculiar seguindo o padrão 2, uma balança delicada para pesagem dos ingredientes das poções e um telescópio desmontável fabricado em latão.
  Também visitaram uma farmácia extremamente fascinante e interessante, apesar do odor desagradável que pairava no ar. Era um misto de aroma de ovo estragado e repolho deteriorado. No chão, barris com substâncias viscosas estavam espalhados, frascos contendo ervas, raízes secas e dentes ocupavam prateleiras, enquanto garras retorcidas pendiam do teto. Com a assistência de Snape, ele adquiriu um conjunto de ingredientes básicos para a preparação de poções.
  Deixaram a farmácia e se dirigiram ao Empório de Corujas, que apresentava-se como um ambiente sombrio. Os ruídos e brilhos que cintilavam como pedras preciosas preenchiam o local. Ela adquiriu uma linda coruja da espécie Suindara. A coruja destacava-se pelo formato de seu rosto, que se comparava a um coração. Era uma criatura magnífica e, assim, ela decidiu nomeá-la Nymeria, encantado pelo nome que encontrara no livro "As Crônicas de Gelo e Fogo". No momento, a coruja dormia profundamente, com a cabeça encolhida sob uma das asas, dentro de uma gaiola espaçosa.
  A última loja que visitaram era estreita e pouco atrativa. Na porta, com letras douradas desgastadas, lia-se: Olivaras: Artesãos de Varinhas de Qualidade desde 382 a.C. Um pequeno sino soou no interior assim que entraram. Era uma lojinha acanhada, quase vazia, com exceção de uma cadeira alta e estreita onde a mãe de Aurora se sentou para esperar. Enquanto esperava, ela aproveitou para observar as inúmeras caixas organizadas com esmero até o teto. Por alguma razão, um arrepio percorreu sua nuca. A poeira no ar - algo nada agradável para uma alérgica aos espirros como ela - e o silêncio circundante davam a impressão de que havia uma magia oculta permeando o local.
  — Excelente escolha, Srta. Smith! Essa é a varinha perfeita para você — exclamou Olivaras, com os olhos brilhando de animação.
  Ela estava maravilhada com o desempenho da varinha. Nunca havia sentido tanta magia fluir por seu corpo. Era como se tivesse encontrado uma parte de si que desconhecia.
  — É incrível! — exclamou, sorrindo radiante.
  — Sem dúvida alguma. Esta varinha é de salgueiro, tem vinte e seis centímetros de comprimento e é farfalhante. Tenho certeza de que você irá dominar poderes incríveis com ela — disse Olivaras.
  Seus pais estavam empolgados e orgulhosos. Aurora podia sentir a felicidade deles enquanto as faíscas douradas e vermelhas continuavam a dançar ao seu redor.
  — Parabéns, querida! Estou muito orgulhoso de você — disse seu pai, emocionado.
  — É verdade, querida. Você fez uma excelente escolha. Mal posso esperar para ver o que você será capaz de fazer com essa varinha — disse sua mãe, com um brilho de admiração nos olhos.
  Ela se sentiu verdadeiramente especial naquele momento. Sabia que havia feito a escolha certa e que estava prestes a embarcar em uma jornada extraordinária no mundo da magia.
  — Muito obrigada, senhor Olivaras. Mal posso esperar para começar a praticar com minha nova varinha — agradeceu, sentindo a gratidão percorrer seu corpo.
  Olivaras sorriu, satisfeito, antes de olhar para Snape, que ainda mantinha o rosto sério.
  — Tenho certeza de que você irá se destacar, Srta. Smith. Boa sorte em sua jornada como bruxa — disse ele, de maneira cortês.
  O senhor Olivaras embalou cuidadosamente a varinha de Smith, que pagou sete galões por ela. Despediram-se dele e saíram da loja.

  O sol já se punha enquanto eles trilhavam o caminho de volta para casa, deixando o Beco Diagonal para trás. Cruzando a parede e passando pelo Caldeirão Furado, agora vazio, Snape caminhava ao lado deles sem parar de falar. Comentava sobre a empolgação de Aurora em relação a Hogwarts e como ela tinha adorado a visita. Tão envolvida estava na conversa com Snape que Aurora nem percebeu quando chegaram em casa.
  — Chegamos — anunciou Snape.
  — Agradeço pela companhia e pelo passeio, senhor Snape. Foi incrível — expressou Aurora.
  — Nossa filha está certa, senhor Snape. Muito obrigada por nos ajudar e nos acompanhar nas compras da nossa filha — acrescentou a mãe.
  — Minha esposa está certa, estaríamos perdidos sem sua ajuda. Muito obrigado — completou o pai.
  — Não foi nada, apenas cumpri meu dever. É o que devo fazer — respondeu Snape. — Uma dica, Aurora: leia bastante. Notei que você gosta de ler, então dedique-se especialmente aos livros que irá estudar neste ano e faça anotações de tudo que achar importante.
  — Pode deixar, senhor Snape. Vou ler, prestar atenção e fazer anotações de tudo que for relevante. Como o senhor disse, adoro ler — respondeu Aurora animada.
  — Ótimo, mas não precisa passar o verão inteiro com o nariz nos livros. Aproveite para ficar com seus pais e fazer o que gosta — acrescentou Snape. — Já ia me esquecendo, no dia primeiro de setembro, um auror chamado Lorenzo vai te acompanhar até o embarque.
  — Obrigada pelo aviso, senhor Snape — agradeceu Aurora. — Até primeiro de setembro.
  — Até, Aurora — respondeu Snape.
  Após as despedidas de Snape, entraram em casa. Enquanto o pai ajudava Aurora a levar as compras para o quarto, a mãe preparava o jantar. Passaram o resto da noite conversando sobre o dia incrível e repleto de emoções que tiveram.

Capítulo 04

Nota da escritora: Olá Leitores!
Tudo bem com vocês?
Nesse capítulo vai ser a despedida de Aurora e dos pais.
Como será essa despedida
PS: Coloquem essa música para esse capítulo da despedida de Aurora e dos pais dela. Pés Cansados – Sandy e I Will Always Love You - Whitney Houston / Tema do capítulo 4


  Aurora estava em casa quando, de repente, ouviu a campainha tocar. Ela viu sua mãe colocando a louça no armário antes de ir atender a porta.
  — Já volto — disse mãe, guardando a louça. Não demorou muito para ela voltar, acompanhada de um homem com uma aparência distinta. Ele tinha um rosto anguloso e expressivo, era alto e tinha um porte atlético. Sua estrutura corporal era bem definida, com músculos tonificados. Seus cabelos negros eram sempre penteados para trás, realçando sua testa ampla e seus olhos castanhos intensos. Suas sobrancelhas eram espessas e bem desenhadas, o que intensificava seu olhar. Seu rosto possuía um queixo definido e uma mandíbula forte, refletindo sua personalidade determinada. Sua pele era bronzeada e saudável, talvez por sua origem italiana e pelos dias que passava sob o sol. Ele vestia roupas sob medida que realçavam ainda mais sua forma física. Seu senso de moda era impecável, combinando roupas clássicas com toques contemporâneos. Ele conseguia transitar com facilidade entre ternos impecáveis e roupas casuais, tornando qualquer visual sofisticado.
  — Filha, esse senhor deseja falar com você — apontou minha mãe para o homem ao seu lado.
  — Me chamo Aurora — disse simpática. — Quem é o senhor...?
  — Que falta de educação a minha, não me apresentei. Me chamo Lorenzo Castellamare, sou auror e um grande amigo da Minerva. Vim para acompanhá-la e ajudá-la a embarcar no trem da escola — explicou Lorenzo.
  — Prazer em conhecê-lo, senhor Castellamare. Minhas malas e minha coruja estão no meu quarto — falou Aurora.
  Conforme conversavam, Aurora percebia que Lorenzo falava com firmeza e segurança, transmitindo uma sensação de liderança. Sua voz era clara e convincente, mostrando sua mente afiada e capacidade de análise. Sua inteligência transparecia em seu olhar penetrante e na forma como absorvia cada palavra que Aurora dizia. Enquanto continuava a interagir com eles, ela notou que o homem alto tinha um sorriso contido, que aparecia de vez em quando, revelando seu lado descontraído e amigável. Era uma visão que contrastava com sua aparência imponente, mas que adicionava um toque de calor e simpatia à sua personalidade.
  Eles foram até o quarto de Aurora e enquanto seus pais e Lorenzo pegavam suas malas e a coruja, ela caminhava até o banheiro para fazer sua higiene pessoal e aplicar um pouco de perfume. Ao retornar, encontrou seus pais e Lorenzo na varanda com suas coisas.
  — Está pronta para ir, filha? — perguntou seu pai.
  — Sim, papai, estou pronta. Vamos — confirmou ela.
  Saíram de casa e colocaram as malas no porta-malas, enquanto a coruja voava entre ela e Lorenzo. Seus pais foram na frente, com seu pai dirigindo. Ao fazerem uma curva, ela deu uma última olhada na casa onde morava com eles. Apesar da ansiedade para começar uma nova etapa como bruxa em Hogwarts no seu primeiro ano, ela sentiria saudades de casa. Mas sabia que voltaria nas férias e nos feriados escolares.
  Assim que chegaram à estação King's Cross, seu pai estacionou o carro e todos desceram. Retiraram as malas do porta-malas e ela pegou a gaiola da sua coruja, que estava dentro do carro. Enquanto isso, o senhor Castellamare foi buscar um carrinho para carregar suas coisas.
  Enquanto se despedia dos pais, uma mistura de emoções tomava conta dele. Deixou escapar um suspiro pesado, expressando sua tristeza intensa.
  — Sentirei muita falta de vocês — disse sua Aurora, com voz emocionada.
  — Também sentirei muita falta de você — murmurou, lutando para conter as lágrimas que ameaçavam rolar pelos olhos.
  Despedidas sempre foram difíceis para ela, e essa em particular apertava seu coração.
  — Filha, também sentirei uma falta imensa de você. Por favor, cuide-se bem, siga suas medicações se precisar e, diante de qualquer problema, procure a senhora McGonagall ou o senhor Snape — sugeriu seu pai, com a voz embargada. — Nós te amamos muito.
  — Não se preocupe, papai. Tomarei todos os cuidados necessários e seguirei suas sugestões. Também amo muito vocês dois — conseguiu dizer, com a voz trêmula e repleta de emoção. — Por favor, cuidem-se e mantenham-me informada, acima de tudo.
  — Nós também tomaremos cuidado, minha querida. Escreva para nós sempre que puder, e nós faremos o mesmo quando tivermos tempo — argumentou sua mãe, tentando se manter firme.
  — Assim que tiver um momento livre, prometo escrever para vocês. Ainda não sei como será minha rotina lá — comentou, tentando conter as lágrimas que insistiam em rolar pelo rosto.
  — Entendo, filha. O início pode ser bastante agitado, mas tenho certeza de que você se adaptará. Não se esqueça de cuidar de si mesma e nos manter informados sobre tudo o que acontecer por aí — respondeu seu pai, com um olhar preocupado.
  — Pode deixar, pai. Cuidarei de mim mesma e ficarei de olho na minha saúde. Se necessário, procurarei a senhora McGonagall ou o senhor Snape para obter orientações. Vocês dois significam tudo para mim, eu amo vocês incondicionalmente — disse, enquanto as lágrimas escorriam pelo rosto. Despedidas sempre foram difíceis para ela, mas essa em especial a deixava com o coração apertado.
  — Filha, nós também te amamos muito. Ficaremos aqui torcendo por você e esperando suas notícias. Mantenha-se forte e confiante. Lembre-se de que sempre estaremos aqui para você — minha mãe falou com ternura, segurando minhas mãos.
  Enquanto se abraçavam, uma mistura de tristeza e gratidão tomou conta dele. Sabia que estava embarcando em uma nova jornada, repleta de desafios, mas também de aprendizado e crescimento. Sua família o apoiava nessa decisão, e isso lhe dava forças para seguir em frente.
  — Aqui está uma lembrança nossa, para que você nunca esqueça de nós e saiba que estamos sempre ao seu lado, não importa a distância — meu pai disse com lágrimas nos olhos, dirigindo-se diretamente a ela.
  — Sempre que sentir saudades, olhe para essa foto — minha mãe comentou emocionada, dirigindo-se a ele.
  Só então ele percebeu que minha mãe, com os olhos cheios de emoção, segurava uma caixinha vermelha delicada em suas mãos. Ela lhe entregou a caixinha com um abraço amoroso. Quando a pegou, Aurora ficou surpresa com o que viu: um colar em formato de coração, delicado e encantador. Segurou o colar com carinho enquanto minha mãe segurava a caixinha.
  — Pode abrir o colar — minha mãe disse, encorajando-a
  Curiosa, abriu o colar com todo cuidado e ficou surpresa e emocionada com o que viu.
  — Mãe... Mas é... é... — tentou falar, mas as lágrimas não o deixaram e começou a chorar de emoção.
  — Calma, filha. Você sabe que não pode se emocionar demais, cuide de sua saúde — meu pai falou preocupado.
  — É... É que é muito lindo e eu amei — explicou sua emoção, tentando se acalmar, mas era difícil cuidar de sua saúde com tanta emoção.
  Ao abrir o colar, uma emoção ainda maior tomou conta de Aurora, ao se deparar com uma foto dela quando bebê, nos carinhosos braços dos seus pais. Consciente da sua história, ela sabia que tanto ela quanto sua mãe tinham quase não sobrevivido ao parto. Após superar essa dificuldade e nascer, Aurora enfrentou outros problemas causados pela prematuridade. Apesar de ser uma pessoa saudável e forte, ela precisava ter um cuidado especial com sua saúde. Não podia se deixar levar pelas emoções intensas, como estava acontecendo naquele momento. Apesar do seu bem-estar atual, Aurora frequentemente desmaiava diante de emoções muito fortes, como a perda de alguém querido. Isso preocupava bastante seu pai.
  Após receber olhares preocupados dos seus pais, Aurora conseguiu se acalmar e agradeceu com mais calma:
  — Amei o presente de vocês. Obrigada, papai e mamãe, por tudo — agradeceu emocionada, mas mais tranquila.
  — Oh, minha pequena, que bom que gostou do presente. — disse sua mãe emocionada, a envolvendo em um abraço.
  — Deixa eu colocar o colar em você, filha. — comentou seu pai, recolhendo o colar delicadamente das mãos de Aurora. Ele afastou os cabelos do pescoço dela e, por trás, prendeu o colar. Em seguida, se afastou.
  — Obrigada, papai — agradeceu ela.
  — De nada, filhota — respondeu seu pai, com ternura.
  De repente, o senhor Castellamare apareceu com um carrinho, interrompendo aquele momento emotivo em família. Aurora percebeu que até ele estava emocionado.
  — Desculpe por interromper esse momento de família, Aurora, mas precisamos ir — disse Lorenzo.
  — Mas já? — questionou Aurora, sentindo uma pontada de desapontamento.
  — Sim, Aurora, precisamos ir, ou você vai perder o trem — explicou Lorenzo. Embora fosse difícil, ela se afastou dos pais e seguiu em direção ao senhor Castellamare.
  — Preciso ir agora — falou ela, tentando parecer forte e enxugando as lágrimas.
  — Filha, toma a caixinha para guardar o colar, caso não possa usá-lo — mencionou sua mãe, entregando a caixinha a ela. Com cuidado, Aurora a colocou dentro de uma bolsa. Em seguida, sua mãe a abraçou e disse: — Se cuide, princesa, mande notícias. Amamos você.
  — Sua mãe está certa. Amamos você, pequena. Qualquer coisa, nos chame, que damos um jeito de ir até você. Sentiremos saudades — disse seu pai, emocionado, puxando-a para um abraço caloroso. — Amamos você, filhota, aproveite.
  — Pode deixar, papai. Vou seguir os seus conselhos e os da mamãe também — mencionou ela, abraçando-os de volta. — Amo vocês dois.
  Deu um último abraço nos pais, pegou o carrinho com suas malas e sua coruja, e se afastou deles. Acompanhou o senhor Castellamare até as plataformas, ainda muito emocionada, porém mais calma.
  Enquanto caminhava ao lado do senhor Castellamare em direção à plataforma nove e dez, a protagonista recordava da despedida dos seus pais. Foi um adeus difícil e doloroso, mas, ao mesmo tempo, repleto de amor. Sabia que eles a amavam e sentiriam saudade, mas tinham certeza de que se veriam novamente.
  Absorta nessas memórias, não percebeu que o senhor Castellamare havia parado e acabou esbarrando nele.
  — Desculpe, senhor Castellamare — falou constrangida, como sempre ocorria nessas ocasiões.
  — Não foi nada, Aurora — respondeu Lorenzo.
  — Hum... Senhor Castellamare, não houve algum engano, por acaso? A plataforma 9¾ não está aqui, apenas as plataformas nove e dez — mencionou intrigada. — Poderia ter ocorrido um equívoco?
  — Não, não houve engano, Aurora — respondeu Lorenzo.
  — Mas... — tentou argumentar.
  — Aurora, lembre-se de que você está indo para uma escola de magia em um mundo mágico. É óbvio que para chegar em Hogwarts é necessário usar magia — explicou Lorenzo.
  — Entendi. E o senhor poderia me explicar como chegar lá? — perguntou.
  — Claro, Aurora. É por isso que estou aqui para te ajudar no embarque — respondeu Lorenzo. — Bem, é o seguinte: basta caminhar diretamente em direção à barreira entre as plataformas nove e dez. Não pare e não tenha medo de colidir com ela. Isso é muito importante.
  — Pode me acompanhar, senhor Castellamare? — perguntou sem jeito.
  — Claro que sim, Aurora. Eu te acompanho, vamos — respondeu Lorenzo.
  Suspirou profundamente e se acalmou, fechou os olhos e segurou o carrinho com o Lorenzo atrás de si, correndo juntos até a barreira.
  Ao chegarem à barreira entre as plataformas nove e dez, Lorenzo segurou sua mão firmemente, transmitindo confiança. Sentia seu coração acelerado, mas sabia que era necessário seguir em frente. Respirou fundo mais uma vez e, sem hesitar, começou a caminhar em direção à barreira.
  À medida que se aproximavam, pôde sentir uma energia pulsante no ar, como se a própria realidade estivesse se distorcendo ao seu redor. Os ruídos do ambiente pareciam abafados, enquanto as luzes ao seu redor ganhavam uma tonalidade difusa e brilhante. Não olhou para trás, mantendo o foco na travessia. Lorenzo permanecia ao seu lado, seus passos firmes ao lado dos seus. Sentia uma sensação de segurança ao tê-lo ao seu lado durante esse momento crucial.
  Conforme se aproximavam cada vez mais da barreira, sentiu uma leve resistência no ar, como se estivesse caminhando contra uma corrente invisível. Era como se a própria barreira estivesse os testando, questionando sua determinação. Não parou nem por um instante. Seguiu adiante, confiante de que estava no caminho certo. Aproximando-se cada vez mais, a sensação de energia aumentava, fazendo com que sua pele formigasse. Finalmente, chegaram ao ponto em que a barreira parecia estar a apenas alguns centímetros de distância. Não hesitou. Com um último impulso de coragem, avançou e ultrapassou a barreira. Nesse momento, uma onda de energia percorreu todo o seu corpo, envolvendo-a por completo. Por um breve instante, tudo ao seu redor se tornou embaçado e sentiu uma sensação de leveza, como se estivesse flutuando no ar.

CONTINUA...



Comentários da autora


Nota da autora: E ai gente.
Estão gostando da história?
E do capítulo o que acharam dele?
Quero sabe a opinião de vocês sobre as reações dos pais de Aurora e da própria Aurora no primeiro contato deles com o mundo bruxo.
Não esqueçam de opinar.

Link da trilha sonora do livro As Aventuras de Aurora Smith Livro 1 no spotify.