Apenas Uma Volta

Escrito por Cáàh | Revisado por Flavinha

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   sorriu. Acabara de falar com . Na próxima sexta-feira iriam participar do Paul O'Grady.
  Pegou o celular que acabara de colocar na estante e discou o numero da namorada. Desligou logo em seguida, lembrando-se que, a essas horas, Gabriela devia estar no avião indo para os Estados Unidos.
  Tinha que comemorar de algum jeito. Era só não beber muito e não teria problemas, assim sendo, não podia ir com o . devia estar berrando aos quatro cantos que apareceria na TV. Há meses pensavam nisso. Desde que fundaram a Busted há sete meses.
  E há cinco, namorava Gabriela. Sorriu, se lembrando da loira.
  Pegou a chave do carro e saiu de casa rumo ao Pub mais próximo. Sabia aquele caminho de cór. Podia ir de olhos fechados. Talvez, se assim fizesse não se arrependeria.
  Começara a chover e tinha só uma vaga no estacionamento. Ao lado de um carro branco. olhou o carro. Pura coincidência. Não, espera... não existia dois carros com a mesma placa.
  - Roubaram o carro da minha namorada. – Decidido, parou o carro ali mesmo. Nem estacionou o carro na vaga e entrou no Pub, no momento que a chuva começava a cair de verdade.
  Ia começar um escândalo. Com gritos do tipo: de quem é o carro branco lá fora? Quem ousou roubar minha namorada? Quer morrer?
  Mas nada disso foi preciso. Ninguém tinha roubado sua namorada. E a venda, que e tentavam insistentemente arrancar de seus olhos, caiu.
  Gabriela estava no meio da pista de dança. Beijando um ruivo que tinha sardas até no pescoço.
  Levou um choque, fechou o pulso e ia pular em cima do cara, mas uma garota passou na sua frente. Ouviu um soluço vir dela e risadas vir do grupo de jovens do lado que ela viera.
  Sua vontade era chorar até soluçar, mas ele era mais forte do que isso. Queria demonstrar sua força quebrando a cara do manchado, mas ia aparecer na TV dali uns dias. Não seria bom para ele. Não seria bom para a Busted.
  Deu meia volta, quase derrubando a bebida de um homem e saiu. Correu para o carro e entrou, escondendo-se da chuva, nem se quer olhando para o carro branco.
  Devia dar meia volta com o carro e voltar direto para casa, mas decidiu ir reto e pegar um contorno mais a frente.
  Não andara mais de cem metros e reconheceu a figura que andava sob a chuva. Toda encharcada e com as mãos no rosto.
  - Moça. – Chamou, abrindo o vidro.
  A garota pulou assustada. Olhou para e vacilou, andando para trás e sentindo o muro as suas costas. ‘Fodeu de vez’, pensou.
  - Calma, não precisa desmaiar. – pediu sem jeito. – Não é bom andar sozinha a essas horas. Muito menos na chuva. – apontou com a cabeça o banco ao seu lado e abriu a porta. o olhou mais uma vez, nunca vira aquele rosto na Universidade. Não estava ali para rir dela. Talvez para sequestrá-la, mas não importava.
  - Aonde mora? – perguntou tentando ser simpático. O que diabos estava fazendo?
  - Não precisa disso, sério. Me deixa no ponto de ônibus mais próximo. – pediu com a voz fraca. Enxugando mais uma lágrima teimosa.
  - Que aconteceu? - a olhou. ergueu os olhos encontrando os do motorista.
  - Nada que já não tenha acontecido. – deu de ombros tentando parecer displicente. – Vamos?
  - Se não falar onde mora, vamos ficar aqui. – falou decidido e se obrigou a contar seu endereço.
  - Me conta o que aconteceu. – pediu curioso. ignorou o pedido.
  - Por que tá fazendo isso, dude? Até agora estamos no caminho certo, sinal que você não é nenhum bandido.
  - Lógico que não sou. – fingiu se ofender, apertando os olhos para a chuva pesada que caía. – Eu não sei direito. Acho que estou tentando me distrair.
  - Do quê? – se virou interessada.
  - Da cena da minha namorada me traindo. – socou o painel, irritado.
  - Ouch. Desculpa. Foi sem querer. Desculpa. – se atrapalhou e calou a boca, olhou de soslaio e viu arrancar a aliança e jogá-la pela janela.
  - Desculpa – pediu por fim ao estacionar o carro no lugar indicado.
  - Eu que sou curiosa demais. – forçou um sorriso. – Cara, não vou deixar você dirigir nessa chuva. – gritou ao ver o raio cortar o céu seguido de um trovão.
  - Claro, porque eu amo dormir dentro do carro. – sorriu irônico para a garota.
  - Tem quarto sobrando na casa, sabia? – perguntou também irônica.
  - Claro, porque eu amo dormir na casa de quem eu nem o nome s...
  - Eu amo pegar carona com quem eu nunca vi também. – o cortou e estendeu a mão. – , se é esse o problema.
  - . – O rapaz apertou a mão gelada dela. abriu a porta e correu para a casa abrindo a porta e chamando com a mão.
  - Isso é bem...
  - Diferente? – perguntou tentando completar a frase. – Concordo. Obrigado pela carona.
  - Disponha. – deu de ombros e se sentou no sofá. – Agora que já somos amigos você pode me contar o que aconteceu?
   deu de ombros tirando a TV da tomada. Desde o dia que o computador queimara durante a chuva ficara traumatizada.
  - Me mudei faz um mês, vim aqui para terminar os estudos. Faltam dois dos cinco anos. Meus colegas não conversam comigo porque eu sou brasileira. Achei que isso ia mudar hoje quando eles me chamaram para sair, mas foi só para me zoarem mais do que eles já zoam na Universidade. Eu sei, não devia ter chorado, mas é chato sabe. Não conheço ninguém aqui e as únicas pessoas que eu confio estão no outro lado do Oceano.
   sorriu fraco, limpando mais uma lágrima.
  - Mas deixa, isso já passou. Quer desabafar também?
   tinha os pulsos fechados. Quem aqueles babacas pensam que são? Como podiam tratar mal aquela garota? tinha uma ideia do que a chamavam. Vadia devia ser o apelido mais carinhoso, ele mesmo sempre fora preconceituoso com outros países.
  - Eu saí de casa todo feliz. Consegui, junto com dois amigos, começar a realizar nosso sonho. Gabriela – entortou os lábios e contraiu as sobrancelhas numa cara de nojo – disse que ia viajar esse final de semana. Então fui comemorar sozinho...
  - Seu safado. – comentou rindo, riu também.
  - Engano seu, já fui sozinho que era para não me animar com eles, beber e fazer merda. Daí chego lá vi um carro muito meu conhecido. Entrei e vi ela engolindo a língua de um cara.
   socou a própria perna, fazendo uma careta de dor em seguida. riu.
  - Deixa a vadia pra lá. Ela não te merece. – deu de ombros se aproximando e bagunçando o cabelo do rapaz que ainda estava molhado.
   balançou a cabeça jogando água nela que se encolheu. Riram e se encostou nas costas do sofá.
  - Ou vai ver eu não mereço ela...
  - Claro. Merece alguém melhor. – sorriu convicta.
  - Não sei. – a olhou de lado, amarrava os cabelos molhados, a franja insistia em ficar em seus olhos. – Não é a primeira vez, acho que nasci para ser solteiro. – esticou o braço com a mão aberta. , rindo, tocou. – Muito azar com namorados?
  - Nunca namorei – confessou rindo. – Homens tem medo de mim, .
  O rapaz sorriu. . Ninguém o chamava de . Chamavam de ou .
  - Como podem ter medo?
   deu de ombros.
  - Enfim, o que vamos fazer agora? – tentou prender a franja e, sem sucesso se sentou emburrada ao lado do maior.
  - Isso – colocou a franja da garota atrás da orelha se aproximando. fechou os olhos ao sentir o toque de seus dedos. sorriu e encostou sua testa na dela. – Você sabe quem eu sou?
  - Se você não mentiu – abriu só o olho direito. – Você é o da carona.
   sorriu encostando seu lábio no de .
   levou uma mão a nuca de e a outra as suas costas.
   descansava uma das mãos na perna de a outra na sua nuca. A mão da perna ele levou ao pescoço e foi deitando-a no sofá.
  Segundos depois terminava de tirar a blusa de e partiam o beijo para ela tirar sua camisa.
  , não ficando por baixo, aproveitou para tirar de uma só vez o moletom e a camisa de manga comprida de , que se arrepiou ao toque dele.
  Usou sua mão gelada como arma e passou ela, da nuca até o cós da calça de , puxando o lugar onde devia ter uma cinta.
  - Esquerda ou direita? – partiu o beijo buscando por ar.
  - Direita. – pegou no colo e seguiu pelo corredor entrando na primeira porta a direita. Deitou na cama. – Que curso você faz?
  - Música. Técnico de som é o que me interessa. – respondeu sem saber o que ele realmente queria saber. A verdade nem passava por sua cabeça. desabotoou o sinto de e tirou sua calça. Preto e vermelho ficava lindo nela. Tirou sua própria calça e se deitou por cima da garota, pensando que nesses dois anos podia falar com Fletch para contratá-la, tendo, como trilha sonora, a chuva que batia sem cansar na janela.

FIM



Comentários da autora

  Anne, agora são 1:39. Eu não consigo dormir porque eu só penso em duas coisas: cama e Charlie.
  E isso é culpa sua. Eu ia deixar essa fanfic fixa, mas não suportaria você se deitando com meu Charlie.
  E sinta como é ter seu amor procurando ar. KKKKKK
  Enfim, oficial e publicamente: Obrigada por you?d better run, Charlie. Quero me casar com ele no puteiro agora .q e na parte 3, sequestrar o Danny .q
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  Embora eu odeie funk e não tenha nenhuma ligação com a fic, desde a hora que eu comecei a escrever (meianoite) até agora e única música que está tocando na minha linda cabeça é: Quero te dar, quero te dar, quero-quero-quero quero te dar(8) ?qq
  Anne, a existência dessa fic é culpa sua sz?