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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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A Namorada Quase Improvável

Escrita porRay Dias
Editada por Natashia Kitamura

Capítulo 1 • Três Meses e Dois Sorrisos

Tempo estimado de leitura: 33 minutos

O relógio na parede da redação da Seoul Wave marcava 8h47 da manhã, mas a luz suave do outono entrava pelas janelas, iluminando os corredores ainda quase silenciosos do prédio. Para %Hana% %Park%, aqueles três meses desde a confusão na coletiva de imprensa pareceram uma eternidade comprimida em momentos de ansiedade, encontros planejados e obrigações que misturavam ficção e realidade. Dois meses inteiros haviam sido dedicados ao namoro falso com Taehyung, cumprindo cada evento, cada flash, cada gesto encenado para manter a ilusão. Entretanto, fora dessas ocasiões, %Hana% continuava sua rotina normal: revisava pautas, entrevistava artistas, redigia matérias e corria atrás de informações como qualquer repórter dedicada. A diferença, claro, era que sua vida pessoal e profissional agora se entrelaçava com uma farsa cuidadosamente orquestrada pelas empresas dele, e dela.
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  %Hana% ajustou a gravata solta do blazer e empurrou a cadeira da redação, caminhando lentamente pelo corredor até a sala da editora-chefe. Seus passos ecoavam sobre o piso de madeira polido, e o aroma forte de café recém-passado preenchia o ar. Ao entrar, encontrou Yoon Ji-Yeun apoiada sobre a mesa, revisando relatórios, e Kang Jisoo, folheando anotações de pautas com a concentração típica de alguém que já havia vivido alguns anos nesse ritmo frenético. Ambas levantaram os olhos ao vê-la chegar, e um sorriso acolhedor surgiu nos rostos das duas.
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  — Bom dia, %Hana% — disse Ji-Yeun, ajeitando os óculos na ponta do nariz. — Como está a nossa “celebridade temporária” hoje? — a voz carregava humor, mas também uma preocupação sutil.
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  %Hana% sorriu, mas sem conseguir esconder a tensão:
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  — Bom dia, sunbaes. Estou… bem. Só pensando em como equilibrar tudo sem me atrapalhar. — Ela deixou escapar um suspiro, apoiando-se levemente na porta.
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  Jisoo fechou o caderno com um estalo e cruzou os braços, inclinando-se contra a mesa.
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  — Equilibrar? %Hana%, depois de tudo que aconteceu, você já provou que consegue. Mas não se engane: ser “a namorada de Tae” não é só glamour. Tem muita estratégia por trás, muita paciência e… — fez uma pausa, olhando para ela com intensidade — muita atenção aos detalhes.
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  — Eu sei, unnie. Mas às vezes parece que estou andando sobre uma corda bamba — admitiu %Hana%, olhando pela janela, onde os primeiros raios de sol refletiam no vidro, iluminando seu rosto com um brilho suave. — Fora os eventos planejados, ainda preciso cuidar das pautas, das entrevistas… e tentar não me perder em tudo isso.
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  Ji-Yeun se aproximou, colocando uma mão leve sobre o ombro de %Hana%.
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  — Olha, todos nós já passamos por momentos em que a pressão parece esmagadora. Mas você tem algo que muitas não têm: inteligência, paciência e um instinto para lidar com gente complicada — disse, com um sorriso encorajador. — E lembra: você não está sozinha.
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  %Hana% se sentiu aquecida pela proximidade da editora-chefe. Inspirou fundo, percebendo que, apesar da diferença de experiência, aquela relação era quase de irmandade: uma mistura de respeito profissional e amizade genuína.
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  — É bom ouvir isso, sunbae — disse %Hana%, e olhando para Jisoo que ainda permanecia observando atentamente ela perguntou: — E você, Jisoo? Está satisfeita com minha performance de repórter/namorada?
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  Jisoo ergueu uma sobrancelha, a expressão séria, mas com um leve sorriso nos cantos dos lábios.
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  — Satisfeita é uma palavra forte — respondeu, inclinando-se para frente, como se quisesse medir a reação de %Hana%. — Mas você está aprendendo rápido. A forma como se move entre o público, lida com a mídia, o modo como mantém o Tae sob controle e ainda cumpre suas tarefas da redação… — fez uma pausa dramática, cruzando os braços — eu diria que, para alguém que não tinha experiência com esse tipo de exposição, você está indo muito bem.
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  %Hana% riu suavemente, balançando a cabeça.
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  — Acho que não tenho escolha, não é? — disse, encostando-se à mesa com um ar de resignação bem-humorada. — Se eu errar, todo mundo vai saber. E, honestamente, eu não sei se conseguiria esconder a minha própria reação.
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  — Não consegue mesmo. — Ironizou Jisoo por ser a única a saber que %Hana% estava emocionalmente se envolvendo com Taehyung, enquanto deveria ser apenas uma mentira planejada. Se Ji-Yeun desconfiava daquilo ou não, Jisoo ainda não sabia.
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  Ji-Yeun colocou as mãos nos quadris, inclinando-se levemente para %Hana%:
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  — Por isso estamos aqui. Para garantir que você não precise fazer isso sozinha. E não se engane, se você se perder, nós vamos te puxar de volta.
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  Jisoo completou, com a voz mais baixa, quase confidencial:
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  — E se precisar de conselho, apoio moral ou até um tapa na cara da realidade, você sabe onde nos encontrar.
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  %Hana% sentiu uma onda de alívio. O calor humano das sunbaes, a confiança que depositavam nela, dava-lhe forças para enfrentar o turbilhão de emoções que o namoro falso e os olhos atentos do público causavam.
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  — Obrigada... — murmurou ela, tocando levemente o braço de Jisoo. — Sério, não sei como estaria me mantendo assim sem vocês.
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  Jisoo sorriu e deu um leve tapinha no ombro de %Hana%.
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  — Ah, você se mantém sozinha, não se engane. Mas a gente está aqui para garantir que você não tropece feio na frente de milhões de olhos.
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  O trio ficou alguns minutos em silêncio, apenas observando a movimentação da redação, o cheiro de café e os primeiros murmúrios das reuniões que começavam pelo prédio. %Hana% sentiu que, apesar do caos do namoro falso, havia momentos de tranquilidade e orientação genuína que a mantinham firme. A amizade com Ji-Yeun e Jisoo, sólida e humana, era o que lhe dava coragem para seguir adiante.
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  Nesse momento, Minho entrou discretamente na sala, um pouco hesitante, e lançou um olhar rápido para %Hana%. Seus ombros estavam ligeiramente tensos, e o brilho de atenção que dedicava à colega não passou despercebido. Ele acenou com a cabeça, mas não interrompeu a conversa, deixando no ar uma tensão silenciosa que prenunciava a competição que surgiria mais tarde entre ele e Tae. %Hana% percebeu o gesto, respirou fundo e sorriu levemente, já sentindo que os próximos passos exigiriam tanto coragem emocional quanto habilidade profissional. Ela ainda estava encostada levemente na mesa, os olhos desviando discretamente para Minho que agora caminhava pelo corredor, quando suspirou e se virou para Ji-Yeun e Jisoo.
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  — Ele… — começou, hesitando, como se cada palavra exigisse coragem — Ele olhou para mim outro dia e disse algo que me deixou sem jeito. Disse que sente ciúmes do Tae.
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  Jisoo arqueou uma sobrancelha, cruzando os braços, inclinando-se sobre a mesa como se quisesse que %Hana% continuasse.
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  — Ciúmes? Já era hora de você perceber. — O tom era firme, mas não sem um toque de diversão. — Desde a primeira vez que ele percebeu que você estava envolvida com Tae, mesmo que fosse fingido, ele ficou incomodado.
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  — Mas desde quando exatamente? — %Hana% perguntou, franzindo o cenho, fingindo curiosidade, embora seu coração apertasse levemente com a lembrança dos momentos que sentiu algo verdadeiro por Tae.
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  Jisoo sorriu de leve, apoiando o queixo nas mãos.
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  — Ah, desde antes do evento de cobertura do BTS, você se lembra? — disse, quase rindo da situação. — Ele sempre tentava aparecer quando você estava distraída, oferecia ajuda mesmo quando não precisava, fazia comentários sutis sobre como cuidar de você. Eu percebi, mas pensei que fosse só amizade exagerada.
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  Ji-Yeun, que até então apenas observava, arregalou os olhos, afastando-se da mesa um pouco, surpresa.
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  — Sério? Eu nunca tinha notado nada disso — admitiu, passando a mão pelo cabelo. — Minho? Ciúmes do Tae? Mas… tudo isso é uma farsa. Ele deveria saber disso, não faz sentido sentir ciúmes de algo que não é real.
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  %Hana% engoliu seco, desviando o olhar para a mesa e escondendo o rubor que subia pelo rosto.
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  — Pois é… eu fiquei preocupada. Se ele realmente gosta de mim, isso pode complicar nossa amizade. — Ela falou com cuidado, evitando deixar transparecer o quanto os sentimentos de Tae mexeram com ela de verdade.
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  Jisoo inclinou-se, apoiando a mão na mesa próxima a %Hana%, a voz firme, mas compreensiva.
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  — Eu já sabia, %Hana%. Só não queria te assustar. Ele sempre teve um jeito sutil de mostrar isso. Quando você começava a passar mais tempo com Tae, Minho ficava mais quieto, observava mais, e tinha aquela tensão no ombro, sabe? Aquela que só acontece quando você se importa demais.
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  Ji-Yeun cruzou os braços, olhando pela janela, a expressão séria.
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  — Hm… mas por que ciúmes do Tae? Ele sabia que era tudo uma farsa, certo? — comentou, a suspeita na voz. — É estranho que sinta algo tão real por algo que sabe que não existe.
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  %Hana% desviou os olhos, respirou fundo, e respondeu cuidadosamente, com uma leve hesitação:
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  — Sim… bom, talvez seja mais complicado do que parece. Mas não sei… é difícil explicar — disse, evitando a verdade sobre o quanto seu coração já sentia algo verdadeiro por Tae, ainda que fosse só uma comichão provável de uma paixonite de momento.
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  Jisoo deu um leve tapinha no ombro de %Hana%, tentando tranquilizá-la e esconder o próprio sorriso cúmplice.
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  — Calma. Primeiro, respira. Segundo, vamos analisar as coisas com calma. Minho é um amigo, e Tae… Bem, você sabe como ele pode ser inesperado.
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  Ji-Yeun cruzou os braços, olhando pela janela, a expressão séria.
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  — E esse beijo dele? — disse, como se não pudesse ignorar. — Naquele flagrante diante de todos, parecia… sincero. Não só uma encenação. Há algo real ali, vocês duas perceberam isso, certo?
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  %Hana% desviou o olhar, corando levemente, tentando disfarçar.
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  — Eu… sim, mas talvez tenha sido apenas um momento… Afinal, ele é um homem saudável e eu uma mulher bonita. — murmurou, a voz baixa, com cuidado para não revelar que sentiu algo genuíno.
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  Jisoo, percebendo a tensão que crescia no ar e querendo manter o segredo de %Hana%, tocou a mão dela levemente e sorriu, suavizando a situação com bom humor:
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  — Com certeza! Ele seria burro de não tirar uma casquinha da minha amiga, e você, deve fazer o mesmo! Não é porque vocês não sentem nada de verdade que você não dar uns beijos reais nele! Afinal de contas é um BTS.
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  — Jisoo! Eu não quis dizer isso! É só que… — %Hana% começou a rir com a forma como a amiga a ajudou a disfarçar a desconfiança de Ji-Yeun — É só que eu sou boa demais para ele resistir, oras!
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  — Desde que não confundam as coisas, tudo certo. — Ji-Yeun manifestou-se séria, mas não brava, apenas preocupada com a amiga e a situação: — Não seria nada adequado ou fácil se vocês se apaixonassem nessa farsa.
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  Novamente, Jisoo decidiu encobrir a insegurança da amiga %Hana%, mudando o assunto:
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  — Vamos, não precisamos decifrar corações agora. Temos tarefas a fazer, matérias para revisar, pautas para enviar. — Ela olhou para Ji-Yeun. — Concorda?
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  Ji-Yeun bufou, mas assentiu, levantando-se da janela.
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  — Sim, sim… trabalho primeiro. Mas fiquem atentas. Esse triângulo não vai se resolver sozinho — disse, com um meio sorriso desconfiado, enquanto caminhava para sua sala retornando às planilhas e relatórios sobre o calendário de matérias.
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  %Hana% respirou fundo, tentando afastar a ansiedade que crescia no peito. Olhou para Jisoo, que sorria compreensiva e cúmplice, e juntas começaram a organizar os documentos sobre as próximas pautas. Apesar da rotina continuar, a tensão emocional de %Hana% persistia, silenciosa, mantendo escondido para Ji-Yeun o quanto já estava realmente envolvida com Tae.
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B•T•S•

  %Hana% segurava o celular com força, os dedos ligeiramente trêmulos, mas a voz, quando falou, soou firme e carregada de tensão.
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  — É agora ou nunca — murmurou para si mesma, enquanto o ponteiro do relógio marcava a hora exata que havia decidido telefonar para Taehyung. Ela sentia o coração acelerar, lembrando-se do beijo de Tae, do calor súbito que subiu pelo peito e da confusão que aquela mistura de sentimentos causava.
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  Dias antes, Jisoo havia revelado para ela e Minho, que tanto a Seoul Wave, quanto a BigHit haviam decidido “romper o namoro falso” dos dois, a fim de não permitir que a situação saísse de controle. E realmente, aquele seria o melhor momento, isso, se Taehyung não tivesse demonstrado que alguma coisa ficou diferente entre ele e %Hana% naqueles dois meses fingindo.
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  Ela não sabia exatamente o quê ele sentia, tampouco, o que ela sentia. Mas precisava esclarecer com ele antes que qualquer decisão fosse tomada. Por isso, a jornalista iniciante se propusera a tomar a iniciativa em telefonar ao falso namorado e marcar um encontro.
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  Respirou fundo, tentando organizar os pensamentos antes de discar. A ligação tocou apenas três vezes antes de Tae atender.
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  — %Hana%? — A voz dele saiu baixa, quase surpresa, mas carregada de curiosidade.
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  — Tae, precisamos conversar — disse ela, firme, mas com uma leve quebra de timbre, a tensão emocional evidente na forma como apertava o celular contra o peito. — Não é apenas sobre a farsa. É… sobre o que sentimos de verdade.
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  Do outro lado, Tae ficou imóvel por um instante, a respiração interrompida, sentindo um frio percorrer a espinha. Um misto de excitação e preocupação se espalhou por seu corpo, e ele apoiou-se na porta do quarto, olhos fixos no nada por alguns segundos antes de falar:
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  — Eu… claro, %Hana%. Podemos nos encontrar. — Ele fez uma pausa, e depois completou, quase sussurrando: — Agora estou curioso… e nervoso.
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  — Bem, você pode jantar comigo amanhã, então?
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  — Claro, claro. Eu te busco em casa… — Ele pigarreou antes de perguntar: — Eu devo me preocupar?
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  — Na verdade, eu não sei. Quero dizer… Eu só acho que a gente precisa esclarecer algumas coisas.
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  — Sim… Tudo bem, então, até amanhã %Hana%.
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  Enquanto desligava, %Hana% sentiu um nó na garganta, mas também uma ponta de alívio. Precisava organizar seus pensamentos para que a conversa fosse clara, mas não impensada. Cada gesto de Tae nos últimos meses vinha à mente — a forma como ele olhava para ela nas entrevistas, o toque sutil no braço, o sorriso provocado quando fingiam intimidade para os fotógrafos. Tudo parecia ganhar um novo peso agora. Ela se levantou, caminhando pelo apartamento, olhando pela janela para a rua movimentada. O vento frio da manhã trazia um arrepio gostoso, que misturava ansiedade e antecipação.
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  Enquanto isso, Tae entrou na sala de estar da sua casa onde os amigos estavam reunidos, alguns sentados no sofá, outros encostados na bancada do barzinho social, quando perceberam a inquietação dele.
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  — Tá com cara de quem viu um fantasma — brincou Jungkook, erguendo uma sobrancelha.
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  — Fantasma? — Tae sorriu de lado, tentando disfarçar, mas falhando. Seus dedos tamborilavam na bancada.
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  — Ou talvez seja um fantasma chamado %Hana% — acrescentou Jimin, cruzando os braços, rindo baixinho.
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  — Para, pessoal — disse Tae, um pouco envergonhado, mas divertido. — Não é nada demais.
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  — Nada demais, hm? — Namjoon inclinou a cabeça, sorrindo maliciosamente. — Então por que a mão estava tremendo quando você falava no celular? E o brilho nos olhos? — ele cutucou, observando atentamente.
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  Tae suspirou, jogando-se no sofá, cobrindo o rosto com a mão.
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  — Eu não sei o que pensar... — murmurou, ainda tentando manter a compostura.
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  — Sobre o quê? — perguntou Jin, curioso, mas mantendo o tom brincalhão.
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  — A %Hana% ligou. Ela quer conversar. Disse… — Tae engoliu em seco, os olhos brilhando — que pode não ser apenas sobre o contrato, mas sobre sentimentos reais.
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  Os amigos trocaram olhares rápidos, alguns sorrindo, outros arqueando sobrancelhas. Vários começaram a provocá-lo de forma divertida, mas perspicaz:
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  — Ah, então tem coisa aí — disse Jimin, encostando-se no braço do sofá e cutucando Tae. — Finalmente vocês vão admitir o que estão sentindo?
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  — Calma, calma — Tae respondeu, rindo nervosamente, levantando-se e andando de um lado para o outro. — Primeiro preciso ouvir o que ela tem a dizer.
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  — Enquanto isso, podemos rir um pouco da sua ansiedade — acrescentou Jungkook, puxando uma almofada e jogando levemente em Tae, que deu um sorriso sem jeito.
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  — Tá bom, tá bom! — Tae disse, respirando fundo, passando a mão pelo cabelo. — Mas sério, não tentem entrar na minha mente. Ela é complicada… e essa conversa vai ser intensa.
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  — Quando vai ser? Essa conversa? — Hoseok perguntou.
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  — Amanhã a noite.
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  — Eu não conseguiria sequer dormir com uma dessa! — Seokjin zombou.
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B•T•S•

  A manhã começou cedo, com a luz suave do sol entrando pela janela do apartamento de %Hana%. O aroma do café recém-passado preenchia o ambiente, enquanto ela organizava rapidamente a mesa da cozinha, pensando na agenda apertada do dia. Vestiu um blazer azul-marinho sobre uma camisa branca, ajustando cuidadosamente o cabelo em um coque elegante, mas prático. Ao passar pela porta, pegou a bolsa e conferiu se tinha todos os documentos necessários, respirando fundo ao sentir a tensão crescer.
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  No caminho até a Seoul Wave, %Hana% observava os transeuntes apressados, o trânsito levemente carregado e o brilho do sol refletindo nas fachadas de vidro. A cidade pulsava com rotina e pressa, mas para ela, cada passo era carregado de ansiedade. Ao chegar à redação, Minho estava próximo à entrada, segurando uma pasta e um tablet.
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  — Bom dia, %Hana% — disse ele, com um sorriso discreto, mas os olhos revelando um toque de preocupação. — Recebi uma ligação agora cedo. Você está sendo esperada na BigHit. Parece que é uma reunião importante.
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  %Hana% assentiu, respirando fundo.
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  — Obrigada, Minho. Vou me preparar para isso. — Sentiu uma pontada de nervosismo, lembrando-se do que Jisoo havia contado sobre a possível finalização da farsa do namoro.
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  Enquanto isso, do outro lado da cidade, Tae iniciava sua manhã com uma rotina quase meditativa. Tomou banho, vestiu uma camisa social clara e calças escuras, ajeitando o cabelo com cuidado. O café da manhã era leve, enquanto conversava com os outros membros do BTS sobre a agenda do dia. Alguns riam de pequenas piadas, outros revisavam roteiros e compromissos. Tae, no entanto, estava absorto em pensamentos sobre %Hana%. A ligação da noite anterior ainda ecoava em sua mente, e a antecipação do encontro o deixava inquieto.
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  — ‘Tá com cara de quem não dormiu direito — brincou Jungkook, enquanto esticava os braços. — É sobre a %Hana% ter telefonado para você, né?
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  — Não é nada demais — disse Tae, tentando disfarçar, mas os dedos tamborilavam levemente sobre a bancada do café.
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  — Ah, claro… nada demais — murmurou Jimin, cruzando os braços e sorrindo maliciosamente. — Acho que você está morrendo de medo dela falar que quer terminar, ainda que isso nem seja mesmo um namoro.
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  Após se prepararem, os meninos se reuniram na sala de reuniões da BigHit, todos já sentados ou encostados nas cadeiras. Tae entrou logo depois, respirando fundo, ajustando a postura e preparando-se para o que viria a seguir.
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  Do lado de %Hana%, ela saiu da redação da Seoul Wave em um carro fornecido pela empresa, o trajeto silencioso mas carregado de expectativa. Chegou ao prédio da BigHit e foi recebida por um assistente que a conduziu rapidamente para a sala de reuniões, onde a estrutura já estava montada: cadeiras alinhadas, pastas organizadas, projetores prontos e representantes das duas empresas aguardando. Minho acompanhava-a discretamente, mantendo uma mão protetora no ombro dela, enquanto Jisoo e Ji-Yeun ajeitavam detalhes finais da pauta já que as duas haviam chegado na BigHit primeiro.
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  A sala de reuniões da BigHit era ampla, com paredes de vidro que permitiam a entrada da luz matinal filtrada pelos prédios ao redor. Uma grande mesa retangular ocupava o centro, ladeada por cadeiras de couro preto, e o ambiente exalava seriedade, marcado por pastas de documentos, notebooks abertos e canetas organizadas. %Hana% entrou com passos firmes, respirando fundo para tentar controlar a ansiedade que lhe subia pelo peito. Tae estava logo à frente, tenso, ajeitando a gola da camisa e respirando pausadamente.
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  À mesa, os diretores de relações públicas e de imagem da BigHit ocupavam lugares estratégicos. Ao lado deles, representantes da Seoul Wave, incluindo Dae-Hyun, além da equipe subordinada: Minho, a Jisoo e Ji-Yeun que observavam cada detalhe com olhares atentos. Os sete membros do BTS sentaram-se juntos, alguns cruzando as pernas, outros apoiando os cotovelos na mesa, atentos e curiosos.
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  — Bom dia a todos — começou a diretora de imagem da BigHit, uma mulher de presença firme, voz clara e pausada. — Estamos aqui para discutir a situação atual do relacionamento profissional entre %Hana% %Park% e Kim Taehyung. Precisamos decidir como proceder quanto à farsa do namoro que vem sendo mantida há dois meses.
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  %Hana% sentiu o coração acelerar. Cada palavra soava como um martelo batendo devagar em seu peito, lembrando-a da responsabilidade que carregava. Tae respirou fundo, mantendo os ombros rígidos, mas os dedos tremiam levemente sobre a mesa. E os dois não conseguiram evitar trocar olhares aflitos entre si. Para ela, foi inesperada a reunião tocar naquele assunto tão cedo e para ele, foi estranho porque os dois iriam ter uma conversa à noite que também seria a respeito do namoro falso.
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  — Antes de mais nada — continuou Dae-Hyun, diretor de relações públicas da Seoul Wave, um homem alto com expressão austera — precisamos deixar claro que qualquer decisão aqui impacta diretamente a imagem de %Hana%, de Taehyung, do grupo BTS e das nossas empresas.
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  Os meninos do BTS trocaram olhares rápidos, alguns franzindo o cenho, outros arqueando uma sobrancelha, curiosos sobre como isso se desenrolaria. Jungkook murmurou algo para Jimin, que riu discretamente, enquanto Namjoon se recostava na cadeira, observando atentamente Tae.
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  — Então — disse Tae, quase sem querer — o que vocês estão propondo exatamente?
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  — Queremos ouvir de vocês dois — respondeu Ji-Yeun, com uma voz controlada, mas firme. — A ideia é finalizar oficialmente o namoro falso. Porém, precisamos que compreendam que esta decisão não depende apenas de seus sentimentos pessoais. O impacto na mídia, nos fãs e nas marcas que representam é gigantesco.
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  %Hana% engoliu em seco. Ela sentiu a pressão de todos os olhares sobre si, misturada com a própria tensão emocional. O nó em seu estômago apertava-se a cada palavra da reunião.
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  — Então… basicamente — disse Jisoo, sua voz suave mas firme — estamos colocando vocês dois frente a frente com a responsabilidade de decidir se continuam ou não com a farsa, mas lembrando que qualquer passo afetará também a percepção do público.
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  Tae respirou fundo, tentando manter a calma. Ele trocou um olhar rápido com %Hana%. Seus olhos encontraram os dela por um instante, carregados de uma tensão mútua, revelando sem palavras o que nenhum dos dois ousava dizer ainda: a complicação real de seus sentimentos.
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  — Entendo — disse Tae, com uma voz mais firme do que sentia. — Mas… e se a situação mudou? Não apenas para os fãs, mas… para nós?
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  %Hana% sentiu o calor subir ao rosto. Ela não esperava que ele tocasse naquele ponto, mas sabia que a verdade precisaria aparecer, mesmo que de forma sutil.
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  — Nós sabemos que esta farsa trouxe consequências inesperadas — disse o diretor da BigHit, intervindo —, mas é essencial que vocês entendam que qualquer decisão precisa ser coordenada. Não podemos permitir que rumores saiam de controle.
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  — Então — interrompeu Jimin, com tom provocativo, mas preocupado — estamos falando de sentimentos reais ou apenas da pressão das empresas?
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  — Exatamente — acrescentou Namjoon, cruzando os braços — vocês dois têm que lidar com isso de forma responsável, mas isso não significa ignorar o que sentem.
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  %Hana% olhou para Tae, tentando decifrar sua expressão. Ele estava pensativo, quase aéreo, mas os olhos claros estavam fixos nela, uma mistura de curiosidade, nervosismo e algo mais profundo, difícil de identificar. E a maneira como os garotos pareciam “defendê-lo” ou ajudá-lo… O que afinal, Kim Taehyung estava sentindo e o que disse para os amigos sobre isso?
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  — Acho que… — começou %Hana%, a voz firme, mas com leve tremor — precisamos conversar a sós, Tae. Não apenas sobre a farsa, mas sobre o que isso significa para nós.
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  Tae assentiu levemente, sentindo um nó no estômago. O diretor da BigHit olhou para ele, avaliando a postura e a reação do rapaz, já desconfiava que aqueles dois estavam mais envolvidos do que parecia, porém, precisava observar cuidadosamente. Até porque, a culpa de qualquer “sentimento inesperado” ou deslize, era das duas empresas que os havia colocado naquilo para evitar dores de cabeças maiores, meses atrás.
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  — Entendo. — Taehyung disse ele — Mas deixo claro que a decisão final não é nossa sozinha. Precisamos considerar todos os impactos, incluindo mídia, fãs e contratos comerciais.
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  — Concordo — respondeu %Hana%, respirando fundo. — Mas também precisamos ser sinceros, pelo menos entre nós, antes de qualquer movimento externo.
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  A tensão na sala ficou evidente. Os meninos do BTS, agora mais atentos, trocavam olhares e pequenos sorrisos contidos. Alguns inclinavam-se levemente, curiosos sobre como Tae e %Hana% iriam lidar com a situação. Jungkook cochichou novamente para Jimin, e ambos olharam discretamente para os dois protagonistas.
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  — Então — concluiu a diretora de imagem da BigHit, firmando a postura — Sugerimos que vocês dois conversem seriamente a respeito disso e nos informem o quanto antes. Se concordamos que é o melhor momento para finalizar a farsa, amanhã à noite teremos um encontro planejado. Nele, vocês darão a entender uma pequena instabilidade de casal e aos poucos vamos tramar as situações que demonstrem motivos plausíveis para finalizarmos os rumores com evidências sólidas.
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  — Não quero terminar com a %Hana% desse jeito! — Tae declarou de repente — Digo… Terminar a farsa com uma suposta briga é voltar à estaca zero.
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  — Concordo com ele! Se for pra gente fazer isso, precisa ser em paz! — %Hana% também comentou.
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  — Calma pessoal. — Jisoo trouxe a atenção para si — Logicamente esse não é o caminho mais inteligente, mas quando eles falam em “instabilidades no casal”, isso pode envolver uma relação madura que perceba as icompatibilidades de suas agendas, por exemplo…
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  — Parece que terminar não é o melhor caminho… — Jungkook zombou.
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  — E se, — Yoongi comentou a fim de escancarar o que Tae já nem conseguia esconder — um deles estiver apaixonado e quiser tornar o namoro de mentira, um namoro real?
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  Dae-Hyun e Hwa-Jin, os dois diretores de imagens das duas empresas se olharam cúmplices e preocupados, e Ji-Yeun, a editora-chefe da Seoul Wave e amiga da %Hana% respondeu-lhe:
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  — Então, todo o nosso trabalho duro e falso terá que ser permanente e daremos continuidade até a normalização das rotinas dos dois. Por isso, é essencial que vocês compreendam a responsabilidade do que pode ser dito ou feito nesse momento.
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  %Hana% e Tae respiraram ao mesmo tempo, um misto de alívio e nervosismo. Cada um sentia o peso das expectativas externas, mas também a urgência de enfrentar a própria verdade.
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  Quando a reunião finalmente foi encerrada, a sala se dissolveu em um burburinho contido de vozes e passos apressados. Pastas eram fechadas, cadeiras arrastadas, celulares recuperavam sua função de ponte com o mundo exterior. Contudo, entre %Hana% e Taehyung, o silêncio carregado entre eles era palpável. Não precisavam falar; os olhares já transmitiam a complexidade da situação. Tae passou a mão pelo cabelo, respirando fundo, enquanto %Hana% ajustava a bolsa, tentando acalmar o coração que batia acelerado. Ambos sabiam que a noite em que conversariam sobre tudo aquilo, prometia ser decisiva. Não apenas para a farsa, mas para os sentimentos que até então haviam sido contidos.
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  %Hana% respirou fundo, aliviada por sair dali, mas o coração ainda martelava. Antes que pudesse se recompor, Ji-Yeun se aproximou para alinhar alguns pontos da pauta, e Jisoo logo se juntou, puxando-a para um canto da sala. Tae deu dois passos em direção a ela, disposto a dizer algo, mas parou no meio do caminho ao notar Minho chegar primeiro. O fotógrafo e jornalista colocou a mão de leve no braço de %Hana%, inclinando-se para falar em tom baixo, protetor:
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  — %Hana%, se quiser, eu levo você de volta. O trânsito está um caos, e acho melhor você não ir sozinha.
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  O gesto parecia natural, mas os olhos de Minho revelavam uma insistência calculada. Tae percebeu e seu maxilar se contraiu.
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  — Eu também posso levá-la — disse Tae num tom casual, quase desinteressado, mas o olhar direcionado a Minho era claro como um desafio. — Não deve demorar, já que eu tenho carro disponível.
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  %Hana% piscou, surpresa com a disputa velada. Tentou sorrir educadamente, desviando a atenção para Ji-Yeun, que ainda falava sobre os próximos prazos. Minho não recuou.
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  — Ela já vai comigo, Tae. — A voz era calma, mas havia uma firmeza que soou mais pessoal do que profissional.
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  Tae arqueou uma sobrancelha, quase sorrindo, e deu um passo a mais, diminuindo a distância entre eles. Seu perfume amadeirado alcançou %Hana% antes mesmo de sua voz.
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  — É a %Hana% quem decide — disse ele, sem erguer o tom, mas deixando as palavras carregadas de intenção.
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  Os outros membros do BTS, ainda próximos, trocaram olhares preocupados. Jungkook cutucou Jimin, que soltou uma risinho abafado. Namjoon suspirou discretamente, mas os olhos atentos revelavam que ele também percebia a tensão que se instaurava. %Hana% tentou escapar.
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  — Não precisam discutir por isso — disse, ajeitando a bolsa no ombro. — Tenho compromissos depois, vou resolver com Ji-Yeun e a Jisoo.
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  Minho, ainda assim, manteve-se próximo como se fosse sua sombra, acompanhando cada gesto, oferecendo-se para carregar a bolsa ou abrir caminho. Tae, por sua vez, não desviava o olhar, atento, também acompanhando cada movimento, lançando olhares demorados que atravessavam o espaço entre eles. A provocação era sutil: um toque demorado no próprio colarinho, um sorriso de canto quando %Hana% desviava o olhar, o corpo inclinado para frente apenas o suficiente para incomodar Minho.
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  A atmosfera parecia ganhar peso. %Hana%, mesmo sem querer, sentia a disputa invisível. O cuidado protetor de Minho e a presença magnética de Tae colidiam de forma silenciosa, mas avassaladora. O espaço entre eles se tornava apertado, como se todos ali pudessem sentir o ciúme latejando no ar. No fim, quando %Hana% se despediu apressada para sair com Ji-Yeun e Jisoo, teve a nítida sensação de que algo havia mudado. A tensão não era mais apenas profissional: Minho não escondia o ciúme, e Tae, com seu silêncio cheio de olhares e provocações, deixava claro que não pretendia ceder terreno facilmente.
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  E foi nesse contraste — entre o zelo de Minho e o magnetismo inquieto de Tae — que %Hana% percebeu que sua vida acabara de ficar ainda mais complicada.
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Capítulo 1
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