Amor de Verão
Escrito por Lillian | Revisado por Bella
Eu não esperava me apaixonar assim, sempre fui cuidadosa quando se trata de amor, mas naquele verão tudo mudou.
[...]
Estou ficando um tempo na casa de minha tia, meu primo e o único filho dela, teve de viajar a trabalho e ficará um ano fora e como ela ficaria sozinha, meus pais decidiram que agora que terminei o ensino médio eu passarei um tempo com ela.
Estava sentada no jardim lendo meu livro, sentir o vento bater em meu rosto era tão libertador! Ao meu redor via muito do verde que ali havia e também a minha frente um garoto... Espera ... um garoto? Isso mesmo! Estou vendo um garoto na casa da frente jogando futebol. , muito bonito a principio e ops... Que droga ele me viu e está vindo para cá, o que eu faço?
Foco Foco.
- Olá. – ele disse sorrindo e com as mãos nos bolsos.
- Oi. – Sorri.
- Tudo bem?
- Tudo sim e você?
- Estou bem, nunca havia te visto por aqui! – ele disse.
- É.. Minha tia mora aqui, estou só passando um tempo com ela. E você, o que faz por aqui? – olhei em seus olhos .
- Eu moro aqui, me mudei tem dois meses.
- Que legal, aqui é um lugar agradável.
- É também achei. Mas e ai o que está lendo? – perguntou olhando o livro em minhas mãos.
- Um romance, amo demais esse gênero.
- Eu gosto de ler esses tipos de livros, mas prefiro romances de verdade. – piscou sugestivo.
Sorri em resposta.
- . – uma mulher muito bonita saía e andava para o quintal. - Cadê você, menino? - Ela olhava para os lados e finalmente olhou para frente e nos encontrou, caminhando até nós. - Ahh.. Vejo que arrumou uma amiga e muito bonita. Prazer, querida, sou , mãe do .
- Prazer, , sou .
- Lindo nome, espero te ver mais vezes. – piscou para o filho. – E, , o almoço está pronto. Se quiser vir almoçar conosco, querida, fique a vontade. – sorriu.
- Adoraria, mas minha tia já deve estar terminando de cozinhar.
- Tudo bem, agora vou indo, tchau, , até mais. – se virou e caminhou para sua casa.
Nesse momento ele já me olhava.
- Então, , eu também espero te ver de novo.
- Temos muito tempo ainda. – ele me olhou sorrindo. - Agora vou entrar, até logo. – dei um beijo em seu rosto.
- Tudo bem, até. – Se virou e foi para casa.
Três meses se passaram, e nossa amizade foi ficando cada vez mais forte, amávamos ir ao parque juntos, e era isso que fazíamos agora.
[...]
- Mais alto mais alto! – eu dizia.
- Se segure bem.
Alguns minutos se passaram e a garota que antes pedia para ir mais alto, agora desejava parar repentinamente o motivo? O sorvete do parque que tanto amava.
- Eu quero de chocolate, por favor. – Eu disse.
- E eu de napolitano.
Ele logo pagou os sorvetes e foram se sentar no banco da praça. Conversaram sobre inúmeras coisas, o que haviam feito e o que desejavam fazer, afinal já tinham dezenove anos.
- Eu quero muito me formar em Marketing.
- Serio? Ótima escolha. Meu sonho é me tornar um Engenheiro.
- Que legal, boa escolha também.
- Pois é, mas... – parou de falar, respirou e continuou. – eu queria te falar uma coisa.
- Pode dizer. – eu olhei em seus lindos olhos .
- Estávamos falando de sonhos e desejos futuros e sabe um dos meus maiores sonhos no momento... – pegou em minha mão. – é ter a garota que conheci a pouco tempo em minha vida.
Ele tirou uma caixinha do bolso.
- , você quer namorar comigo?
Eu, que há poucos minutos atrás não parava de falar, agora estava calada fitando o garoto em minha frente.
- É claro que eu quero!
Ele olhou em meus olhos, me abraçou e me beijou delicadamente.
- Promete que nunca vai me deixar? - Ele perguntou.
- Eu prometo.
...Cinco Meses Depois...
Esses cinco meses foram os melhores de todos, passamos muito tempo juntos e uma das coisas que fizemos foram provas em algumas faculdades tanto dentro do país como fora dele, para ver se conseguíamos a bolsa de estudos. Ele recebeu uma carta da Faculdade aqui da cidade que o aceitou. Eu também recebi só que da faculdade da Florida, EUA, e o resultado é positivo, por um lado é bom, mas pelo outro é horrível, se eu aceitar passarei dois anos fora do país longe de .
P.O. V
- Amor, eu estava pensando sobre a faculdade e acho que deve seguir seus sonhos por mais distantes que eles estejam. – eu dizia a ela, que antes prestava atenção no filme, agora estava com os olhos fixos em mim.
- Eu andei pensando muito sobre isso também, mas não acho justo largar tudo por aqui, alem do mais minha tia está precisando de mim, e tem você...
- Sua tia ficará bem e você sabe disso, se o problema for comigo, fique tranquila, estou aqui para te apoiar em tudo que fizer. – a puxei para meus braços e ela logo deu um longo suspiro de alivio.
- Obrigada.
[...]
Estou deitado em minha cama pensando a respeito da ida de , eu ficaria sem minha garota, sem seu cheiro, sua presença, e a única coisa a fazer por mais que me machucasse muito, seria tentar seguir com minha vida. Olhei para meu relógio de parede e já marcavam três horas da tarde, fui até meu guarda-roupa peguei algo quente para vestir, pois era uma tarde fria em Londres, coloquei o capuz, apanhei as chaves, e dirigi até o aeroporto.
Seria a ultima vez que veria minha amada.
Logo que cheguei, a encontrei com muita facilidade, ela estava com , sua tia, caminhei rapidamente ao seu encontro.
Toquei em seu ombro e, ao se virar, ela se jogou em meus braços com os olhos cheios de lágrimas e ao ver seu rosto, me segurei para não fazer o mesmo.
Ficamos um tempo em silencio apenas apreciando a presença um do outro.
Fim ’s P.O.V
~ Voo 2776 com destino a Florida, por favor, embarque pelo portão 7 ~
- Terei que ir. – me pronunciei em seus braços.
- Eu sei, eu sei. – ele estava segurando o choro. – Será muito difícil sem você aqui comigo, não só como minha namorada, mas também como minha amiga, minha . – ele finalizou com o apelido que eu amo.
- Voltarei assim que puder meu amor. - eu disse.
~ Ultima chamada para o voo 2776 com destino a Florida, por favor, embarque pelo portão 7 ~
- Não se esqueça... – ele olhou no fundo de meus olhos, se aproximou pegou em minhas mãos. – Eu Te Amo.
- Eu também Te Amo. – eu disse.
- Sempre? – ele perguntou.
- Sim, sempre!
E com um ultimo beijo, andei em direção ao portão de embarque, sem olhar para trás, pois tinha certeza de que se olhasse em seus olhos novamente desistiria de tudo.
Já eu, , observava todos os seus movimentos e por mais que doesse, esse era o melhor para ela.
[...]
Dois anos se passaram e, depois de terminada a faculdade, eu estava voltando para Bradford, para casa de minha tia, próxima de novamente. Eu e o ele não perdemos totalmente o contato durante esses anos, mas também não ficamos tão próximos como éramos antes, porque a faculdade de ambos ocupava muito tempo em nossas vidas. Mas de minha parte digo, nunca o esqueci.
E agora não conseguia pensar em outra coisa a não ser se ele ainda se lembrava de tudo que passamos, só pensava em como ele estava. Será que já havia me esquecido?
Logo o táxi parou na frente da casa de minha tia, paguei o taxista gentil que me ajudou a colocar as malas na calçada, e andei em direção a casa.
Logo avistei minha tia, meus pais e alguns amigos da família, e logo acima deles uma faixa enorme me parabenizando por ter me formado. Os abracei mais forte do que nunca, afinal, telefonemas não matam a saudade de ninguém.
Eles se distanciaram um pouco para que outros parentes me cumprimentassem, assim o fiz, e fui andando para o jardim onde se encontrava uma mesa posta para o almoço. Mas logo meu olhar foi desviado para a casa do outro lado da rua. Minha família que antes conversavam animadamente, agora estavam em silêncio.
Uma mão tocou meu ombro. – Procurando por alguém? – era a sua voz, rapidamente me virei e dei de cara com ele, que estava segurando um buquê de rosas vermelhas.
- ! – me joguei em seus braços.
Logo estávamos em um abraço apertado de saudades, ele o desfez e me entregou o lindo buquê, e ambos chorávamos de alegria. Até ele limpar suas lágrimas e subir em uma cadeira, pedindo atenção de todos ali reunidos.
- Há dois anos, conheci uma linda garota, passamos meses juntos e descobrimos muitas coisas em comum, passamos muitos momentos maravilhosos, mais infelizmente ela teve que partir, e hoje eu quero que saiba que sempre tive certeza, mas tive mais ainda quando te vi embarcar aquele dia, de que quero você comigo, acordar todos os dias ao seu lado, ter filhos e juntos formarmos uma linda família. E é hoje que quero que comecemos nossa nova fase.
Desceu da cadeira e se ajoelhou em minha frente, tirou uma caixinha vermelha do bolso da jaqueta.
- , você aceita se casar comigo?
Eu chorava mais do que nunca nesse momento, e peguei em sua mão que estava estendida.
- É claro que eu aceito!
E com todo o cuidado do mundo ele pegou minha mão e colocou o lindo anel de brilhantes ali.
E o momento foi selado com um beijo, que foi aplaudido pela minha família toda e uns dos parentes dele que ali também se encontravam.
Esse sim será a continuação de um lindo amor de verão.
Fim.