Amizade Colorida
Escrita por Jubs
Sempre fui rodeada de amigos, por mais que eu sempre me mudasse por conta do trabalho do meu pai, eu finalmente ia terminar o ensino médio sem me mudar nos ultimos 3 anos.
Mas antes de eu começar essa história, vou me apresentar, sou Sky, tenho 18 anos e tenho um irmão chamado Henry e vivemos com meu pai, Christopher. Minha mãe faleceu quando eu tinha uns 8 anos e Henry 12. Eu sempre fui muito boa com todo mundo, por mais que eu sentisse falta da minha mãe, eu aprendi a lidar com toda minha dor e ajudei meu pai e irmão com isso tudo.
Meus amigos sempre me diziam que eu ia me machucar por sempre colocar o problema dos outros na frente dos meus, que eu devia ser mais fria... Quando na verdade na maioria das vezes eu também implorava por ajuda.
Foi quando eu o conheci: . Ele era novo na escola, mas já conhecia alguns dos meus amigos, isso fez com que ele sempre estivesse na nossa roda, iamos almoçar juntos e também na pista de skate que tinha perto da minha casa. A primeira vez que fiquei sozinha com foi em uma festa que uma amiga minha fez, eu estava jogando um jogo no videogame, sozinha e já bem bebada depois de tomar uns 5 drinks.
- Vai ficar jogando sozinha ou pode me dar um espaço? – disse assim que pegou o outro controle.
- Hm, claro – eu ri e coloquei para jogar dois participantes.
Depois de jogarmos e rirmos bastante, eu cai no sofá com uma garrafa de cerveja na mão e rindo de alguma palhaçada dele.
Minha relação com o desde esse dia que ficamos e acabamos abraçados na grama do quintal de trás da minha casa foi essa: amizade colorida. Nós ficavamos e transavamos quando tinhamos vontade, estabecemos que quando um tivesse sentindo algo a mais pelo outro, era pra falar e a gente parava por aí... Só teve um problema, eu não falei.
Eu comecei a me apaixonar por e deixei, deixei que todo aquele sexo no banco de trás do carro depois de uma aula de cálculo me consumisse. Eu sonhava com todo aquele toque, o sexo era quente e eu estava cansada de agir como se nada tivesse acontecendo dentro de mim, cansada de sempre sentir falta de quando ele ia embora pulando minha janela as 3h da manhã e me deixar a madrugada toda acordada lembrando do seu toque.
[...]
- Vamos ter que parar com nossa amizade, – ele disse depois da gente ter transado e estavamos deitados numa cama de motel barato.
- Ué, por quê? Arranjou uma namorada? – eu ri tentando não parecer nervosa e logo levantei procurando minhas roupas.
- Quase – ele deu de ombros e levantou. – To saindo com aquela menina nova que entrou na escola, sabe? – ele se trocou e eu só fiquei o olhando.
- Ah, sei! Que ótimo então, foi bom enquanto durou – eu dei um sorriso e peguei minha chave do carro, precisava sair logo dali.
Não deu nem tempo de ele me dar tchau, eu arranquei com o carro e fui direto pra casa. Porque eu simplesmente não podia relaxar? Não é justo, eu ter que me parar de importar só porque tenho sentimentos que eu não devia ter e ele está tendo esses sentimentos por outra pessoa.
Eu não sou ruim de cama, pelo menos ninguém nunca reclamou... Então por qual motivo ele está me deixando? O que ela tem que eu não tenho? Tinhamos apenas o plano de parar quando encontrassemos outra pessoa ou nossos sentimentos fossem além de um simples sexo casual, meus sentimentos foram além disso e quem acabou indo embora foi ele. Por ter outra pessoa.
Eu devia ter acabado com isso antes da minha cabeça ficar tão confusa.
[...]
- , me diz o que ta acontecendo – entrou no meu carro logo depois da aula, sem nem ser convidado.
Ele no meu carro tão perto me deixava nervosa.
- Nada, só preciso ir pra casa. – eu quis dar partida no carro, pra ver se assim ele saía, mas não adiantou e ele tirou minha chave do contato.
- Desde que eu te falei que to saindo com a Jess você está assim... E eu nem estou mais saindo com ela, nossa amizade pode continuar... – ele colocou a mão na minha nuca e eu logo me afastei.
- Eu sei exatamente o que eu estou sentindo , e sabe o que é? Eu me apaixonei por você. É isso, não sei mais o que fazer, porque eu não sei parar de me importar com você, eu estou viciada nesse sentimento, e eu falo muito e sinto demais, sinto que só complico as coisas quando falo muito assim. Mas é isso, me desculpe por me importar, eu devia ter ido embora quando isso foi além de qualquer sexo casual no banco traseiro, mas eu só me deixei levar por tudo isso. – apenas me encarava sem qualquer expressão.
Nisso ele levantou, abriu a porta e foi para o banco de tras, me chamando. Eu passei por dentro do carro e sentei ao seu lado.
- Não é mais um sexo casual no banco traseiro... Eu também devia ter caído fora quando esse sentimento foi longe demais, mas não consegui e procurei em outras pessoas o que eu apenas encontrava em você. Não se desculpe por se importar demais, sou viciado em você e em todos esses sentimentos... Ainda podemos transar no banco traseiro? Mas agora eu te quero como minha namorada.
Então nos beijamos... O sexo no banco traseiro continuou, no motel barato também, no banheiro abandonado da escola. Estavamos viciados nesses sentimentos e eu estava muito feliz por finalmente namorar o meu, até então, amigo colorido.
I'm hooked on all these feelings
I know exactly what I'm feeling
I'm hooked on all these feelings
I know exactly what I'm feeling
Feelings – Hayley Kiyoko