A Menina do Salto Rosa

Maria Clara Brambilla | Revisada por Lelen

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Capítulo 1

  Oi, prazer, , tenho 16 anos e sou espiã junto com minhas melhores amigas e . Vocês já devem ter visto Três Espiãs Demais, tipo isso.
  Trabalhamos na TSA - Teen Spy Agency (Agência de Espionagem Adolescente). Atualmente nossa tarefa é acabar com os AST – Agency Spies Teenagers (Adolescentes Espiões da Agência), eu sei, eles nos copiam demais.
  A única diferença é que no TSA, só trabalham meninas e é comandado por um homem, meu tio na verdade, talvez o único motivo de eu ser a capitã do trio principal seja nosso parentesco. No AST, os espiões são meninos e quem comanda é a Sra. MChill, o capitão do trio principal é , um gato! O trio é ele, e seus amigos e , gatíssimos também, vou admitir que eu já peguei todos, e gostaria de pegar novamente, se é que me entende.
  Meu maravilhoso tio disse que esse trio eu vou pegar sozinha. Isso quer dizer que fudeu tudo e que vou ter que contar para as meninas que elas estão fora da missão.

  Tínhamos que usar um salto rosa. O direito era uma arma e o esquerdo era... Como posso explicar? Ele meio que soltava uma teia igual o homem aranha, sabe? Pra usar igual um cipó. Eu já disse que eu sou péssima para explicar as coisas? Bom, se eu não falei, tá falado.

  Chamei as garotas e, como de costume, fomos até o corredor dos dormitórios e ficamos lá, conversando.
  - Aí meninas, meu tio me disse que os GGM - É assim que chamamos o trio Gatos Gostosos e Maravilhosos – será minha tarefa particular.
  - Ah, tudo bem. Boa sorte. – falou normalmente e eu fiquei assustada, achei que elas iriam me matar. Perguntei por que ela não tinha ficado nervosa e ela respondeu - , pensa comigo amorzinho, eles, como já diz o nome, são Gatos Gostosos e Maravilhosos, isso é um perigo e você sabe que eu e a somos descontroladas com isso e talvez iriamos atacar eles e nós duas temos namorados.
  Elas tinham razão, ótimo. Vou lidar com três gatos sozinha, que fantástico! Agora eu só preciso encontrar eles, e já sei onde eu posso encontrá-los em uma sexta a noite.

  Vesti um tubinho preto, meu salto rosa e fui até o pub Night Tonight. Logo que entrei vi os três sentados no bar. Andei em direção a eles, peguei uma bebida e fingi que não tinha os visto.
  - Olha só, e aí ? - me cumprimentou olhando para o chão checando meu salto rosa.
  - Olá , como está indo? - fingi que não estava atrás deles.
  - Estamos, se é que você já não sabe, te caçando - disse dando um gole em sua bebida.
  - Me caçando? Jura? Que bom para mim, não é? – tenho que conseguir algo deles para capturá-los.
  - Mais ou menos. É uma pena machucar esse rostinho - passou a mão pelo meu rosto e eu sorri de lado.
  - Quem disse que vão me machucar? - virei as costas e sai atrás de um qualquer que eu vi parado.

  Puxei o menino para dançar. Enquanto curtia a dança, via os GGM me olhando e cochichando alguma coisa. Talvez combinando como me “caçar” bem ali. Eu até estava meio aflita, mas me sentindo poderosa também. Ter três gatinhos me querendo viva ou morta.
  Já pensou como seria ter seu rosto estampado num cartaz de Procura-se? Pois é, eu estou em um no quartel AST. O trio dos gatos também estava em um em nosso quartel, toda vez que passava pelos cartazes, eu parava e ficava admirando por alguns instantes. Qual é? Eles são gatos.

  Senti uma mão em minha cintura e então me virei para ver o dono das mesmas, era . Você já sentiu uma vontade de agarrar a pessoa e sair correndo até o por do sol? Ok, eu apelei com esse lance do por do sol e tudo, mas é sério, eu queria agarrá-lo.
  - Então . Não vai confessar que está nos caçando?
  - Não estou - ele arqueou uma sobrancelha - ok, talvez eu esteja - ele riu e eu fiquei com vontade de rir também - não vão facilitar pra mim, não é?
  - De jeito nenhum. Gosto da ideia de ter você atrás de mim.

  Eu confesso que até gostava de e também do , mas era insuportável. Ele seria o primeiro que eu pegaria. Não pegar de pegar, pegar com as mãos sabe, tipo capturar. Ah, vocês já sabem que eu não explico bem.
  Eu dei um jeito de me livrar do e fui até o DJ pedir uma musica, se fosse para conseguir tirar algo deles, vamos fazer da maneira certa.

  FLASHBACK(mode on)
  Estava na minha festa de 16 anos, o trio GGM estava lá, eles eram meus amigos apesar de tudo e todos. Estavam todos na pista de dança, começou a tocar My First Kiss - 3OH!3. começou a dançar comigo, nos deixamos levar pela música e nos beijamos. Cara, foi uma sensação muito boa, já se sentiu como se estivesse andando nas nuvens mesmo estando parada? Foi como me senti na hora.
  Depois que nos separamos, dancei da maneira mais sexy que consegui, e vamos dar um desconto, eu já não estava tão sóbria e a adrenalina corria a mil no meu sangue e o resto você sabe. Ou talvez não saiba, mas vou deixar a imaginação de vocês criar o momento.
  FLASHBACK(mode off)

Capítulo 2

  Logo que o DJ colocou a música, tratei de passar na frente dos três e jogar um beijo na direção de . Eu tinha que começar a amolecer aquele coração de paralelepípedo.
  Pude vê-lo fechar os olhos e morder o lábio inferior. Sorri desfrutando da cena. Sentei ao seu lado, ele virou para mim e eu puxei assunto:
  - Então, vai para onde depois daqui, ? - perguntei passando a língua pelo meu lábio. Apertei o pingente do meu colar para começar a gravar a conversa.
  - Pro quartel - ele e essa secura chata.
  - Podemos fazer alguma coisa amanhã - tentei fazê-lo dizer seus planos.
  - Eu vou atrás de você amanhã, - ele passou a mão pelo meu cabelo.

   pensava que eu era tonta? Sabia que ele tinha colocado um rastreador em mim, porém, iria usar isso ao meu favor. Se ele fosse atrás de mim, facilitaria muito meu trabalho.

  Fui embora, no dia seguinte precisaria acordar cedo para pegar algumas armas e acessórios para depois ir até a casa abandonada para começar a caçada. Ignorem essa ultima palavra do ultimo pedaço da ultima frase.

  Desci até o porão, era onde ficavam as armas e as outras invenções. Peguei um chiclete que explode, um batom rastreador, uma lente detector de metal e não peguei arma, não queria machucá-los e se precisasse poderia usar meu salto.
  Pedi para o motorista me levar a tal casa. Entrei e me escondi, os GGM eram um tanto escandalosos, com certeza chegariam com aquelas motos barulhentas, ou quebrando vidros e portas.
  Sentei no chão atrás de uma bancada esperando qualquer barulho. Senti um braço envolvendo meu pescoço, olhei para a perna do rapaz que estava me segurando, já com a lente, pude ver uma arma no bolso da bermuda.
  - Parece que vencemos, - eu conhecia essa voz que sussurrava perto do meu ouviu.
  - Joga ela no chão - mandou. Eu cai de bruços, meu rosto estava a centímetros do chão. Uma mão empurrou minha cabeça e eu virei encostando a bochecha no solo gelado. Senti passar uma faca no meu lábio inferior, fazendo um corte. - Não via a hora de botar as mãos nesse rostinho.
  - O que vai fazer? - perguntei passando a língua no corte para parar de sangrar.
  - Procurada viva... - ele jogou o cartaz com o meu rosto perto de mim, para que pudesse ver - ou morta. - Deu ênfase nas duas palavras.
  - Então vai me matar? - Só ouvi sua risada. - Posso ajudar vocês a capturar o primeiro da lista.
  - Vai falando...
  - James “Jay” Adams - senti me algemarem e dois braços me levantarem do chão. - Eu ajudo vocês, e ainda ficam com o credito, é pegar ou lagar.
  Eles se entreolharam. Deviam estar pensando se aceitariam a proposta. Eu sentei no balcão, cruzei as pernas e esperei a resposta.
  - O que quer em troca? - perguntou, era onde eu queria chegar.
  - Só quero que me soltem - passei meus braços algemados nas costas, coçando-os - ai caramba, isso aqui não é de ouro branco? - eles negaram com a cabeça. - Me solta, pelo amor de Deus, eu tenho alergia! - Me soltaram e voltaram a se olhar.
  - , se a Sra. MChill souber que ficamos cara a cara com a e não a capturamos, vamos ser mortos. Sabe disso né? - falou.
  - Ela não vai saber. Leva ela para o carro, vamos nos livrar dessa roupa dela. - Olhei assustada. - Tenho certeza que tem um rastreador em algum lugar.
  - O sapato - eles me olharam sem entender. - Até onde eu sei, o sapato me rastreia. - Que foi? Tinha que ficar do lado deles. - Talvez tenha outra coisa na roupa. - Andamos até o carro, eu cochichava com e ria, chamava sua atenção para não flertar comigo. - Se vamos trabalhar em grupo, quero que todos os três levantem a blusa. - Eles arquearam a sobrancelha - vou passar o batom rastreador em vocês, vai que tentam fugir.

  Eles levantaram, eu fiz um risco de batom naquelas barrigas, mordia o lábio em alguns momentos, eles eram muito gatos.
  Fui até meu carro e peguei uma troca de roupa, joguei os meus lindos saltos rosa no banco e voltei onde eles estavam. Mandei-os virarem para eu me trocar. Coloquei uma bota preta de salto e cano longo, uma calça jeans skinny escura e uma blusa preta, sabia que para andar com eles, teria que usar preto.
  Certifiquei que não estavam olhando e coloquei uma arma na bota. Todos entraram no carro e entrou no lugar do motorista. Fiquei parada na janela.
  - Entra logo - mandou sentando no banco do carona.
  - Esqueci da regrinha principal, eu dirijo - eles começaram a rir. - É serio, sai. - apontou para mim com a cabeça, saiu do carro e me pegou no colo, e me jogou no carro - tudo bem vamos esquecer essa regra principal.

   dirigiu até uma casa meio abandonada. Entrei já tossindo com o pó, espera um minuto, eu teria que dormir lá? Credo.
  Já estava tarde, me levou até um quarto que tinha apenas uma cama de casal, para mim estava ótimo. Coloquei minha bolsa em cima da cama e sentei. Abri a mesma a procura do meu Ipod. me deu um beijo no canto da boca e quando foi mais para o lado para me dar um selinho, puxou ele e mandou-o sair.
  Tirei a bota, chutei a arma para baixo da cama. Deitei antes que ele pudesse me expulsar da cama e me mandar dormir no sofá que tinha ao lado. Coloquei os dois fones de ouvido, dei play no som e aumentei o volume no máximo.
  - , abaixa essa merda - fingi que não ouvi - eu mandei abaixar, está ouvindo? - Não respondi. - Eu vou ter que ir ai? – Silêncio. – É, parece que sim. - Fechei os olhos e comecei a cantar a musica apenas mexendo os lábios, senti seus passos cada vez mais próximos. Ele estava ajoelhado na cama quando puxou meus fones. - Mandei abaixar essa porra de... Caralho, você está ouvindo Blink 182! -  Arregalei os olhos. - Eles são tops pra caralho! - Coloquei um fone e entreguei o outro para ele, que sorriu de lado. - Valeu. Aí, foi mal por gritar com você. - Ele deitou ao meu lado e adormecemos ali, ouvindo After Midnight.

  Acordei achando que tinha sido a primeira, olhei para o lado e vi que estava sozinha. Ajoelhei no chão para pegar minha arma, não a encontrei. apareceu com uma arma rosa girando em seu dedo indicador, jogou para mim. Pensei que estava fodida, mas ele só disse para eu guardar. Calcei as botas e acomodei a arma ali.
  Desci as escadas mexendo no meu Iphone. Encontrei uma rede WI-FI e quase chorei de alegria. Eu precisava checar meu facebook e meu Twitter. pediu meu celular para ele desativar o rastreamento. Deixei lá com ele e voltei para o quartel tomar banho e arrumar uma mala para ficar na casa com eles.
  Chamei as meninas até o corredor, mas antes de ir, abri o armário e peguei um par de saltos rosa e vesti o vestido que tínhamos que usar como uniformes para as aulas e tudo. Encontrei-as lá e contei meu plano:
  - Eu ajudo os GGM a pegar o tal de Jay Adams, já descubro os esconderijos deles, aonde costumam ir, como costumam agir e depois de capturar o tal aí, eu já pego eles.
  - , tem certeza? - Assenti para . - Sabe que pode pedir ajuda quando quiser para nós, né?
  - Essa dai pedir ajuda, ? Parece que não conhece a madame cabeça dura. - Fiz biquinho para . - Mentira linda, sabe que eu te amo, né?
  Despedi-me e voltei para aquela casa. Sentamos os quatro na sala para planejar a “caçada”, como eles chamavam. Por sorte já tinha programado tudo.

  - Então, a - eu comecei a rir e ele se corrigiu. - A , vai atrás dele no bar que fica na esquina naquele bairro estranho perto daquele troço. - Ele pra explicar era pior que eu... - Enfim, ela traz Jay para cá, e aqui estaremos nós, a espera dele.
  - Ok, Einstein, e se ele me machucar, o que é mais provável? - usei meu tom mais irônico.
  - Ai você morre e facilita mais um trabalho - falou e depois ele e fizeram um HI-5. Forcei uma risada.
  - Meu deus, que engraçado! Devia trabalhar num programa humorístico ! Nunca pensou nisso? - foi a minha vez de fazer HI-5 com .
  - Então o está do lado da bruaca?
  - Escuta, o que eu te fiz, ? Por que me odeia tanto a ponto de me chamar até de bruaca? Somos uma equipe, não tem lados, somos uma bola.
  Fiz todos darem risada com esse comentário. se levantou e me deu um abraço, o qual achei estranho, mas retribui. Ótimo, os dois eu já amoleci, só falta o chefinho ali.
  Subi as escadas para eu tomar banho e ouvi gritar:
  - Com a porta aberta, quero ter certeza que você não está tramando contra mim, bruaca.

  Virou moda me chamar de bruaca? Entrei no banheiro e coloquei um biquíni já que ia tomar banho de porta aberta. A cada 5 segundos um dos três passava na frente do banheiro, não sei se era para me vigiar ou para me ver tomar banho mesmo. A fome estava começando a assumir meu corpo. Desliguei o chuveiro e fui para o quarto. Quando fui fechar a porta, um pé me impediu, será que até me trocar teria que ser com a porta aberta?
  Abri a porta e comecei a me trocar. Abri minha bolsa e peguei uma maçã, não sei se mencionei, mas sou meio neurótica com meu corpo e já cheguei a ter problemas, tipo bulimia.

  Desci até a cozinha e os três estavam fazendo batata frita. Pararam o que estavam fazendo para olhar para mim, estava com um short curto e uma camiseta - que estava meio para um top - do Blink. Se era para amolecer o rapaz, eu ia fazer bem feito.
  Vi que tinha um prato para mim na mesa. Fiz questão de sentar na ponta, sabia que aquele era o lugar do chefe com o coração de gelo. Terminei de comer a maçã e colou um pouco de batata no meu prato, peguei o alimento com meus dedos e amassei, escorreu óleo no prato. Fiz uma cara de nojo e larguei aquilo que, diziam as más línguas, ser comestível.

Capítulo 3

  Eu já estava pronta para ir àquele bar nojento. Era meia noite, iria me levar e depois, como Jay tem carro, ele me levaria para a casa.
  Fui andando por aquele lugar, contendo a vontade de pegar um pano e passar naquele chão. Eu tinha medo de grudar lá e nunca mais sair, era tudo quanto é bebida jogada naquilo, misericórdia.

  Vi um loiro, bonito até, sentado em um banco, com uma menina - se é que posso me referir aqueles dois seres assim - em cada perna. Só podia ser ele. Parei na frente dele e mandei aquelas moças - ou travestis, não sei ao certo - saírem. Sentei em sua perna e mordi meus lábios.
  Ele começou a me beijar, vinha um gosto de álcool na minha boca que minha filha... Tive que cortar o beijo grosseiramente para não vomitar boca adentro.
  Perguntei se ele não queria ir para a minha casa, ele virou seu whisky e me puxou para fora, encarei isso como um sim. Entramos no carro dele, uma mão estava no volante e outra estava apertando minha coxa.
  Fui ditando o caminho até aquele projeto de casa, onde eu estava morando com os GGM. Quando chegamos à porta ele soltou uma risada. Abri a porta e senti uma vontade de beijar o chão por chegar sã e salva em casa. Andei até a porta e James vinha logo atrás tateando os bolsos e rindo, mas por que diabos aquele nego estava rindo, minha gente?
  Ele correu até mim, sério, ele correu mesmo, passou os braços pelo meu pescoço e apontou uma arma para minha cabeça. O filho da puta sacou tudo.

  - Eu estou com a vadiazinha que vocês mandaram atrás de mim - Jay abriu a porta e olhou o local, nenhum sinal dos meninos. - Anda, saiam dos seus esconderijos senão eu atiro nela - ninguém se manifestou. Vagabundos, iam deixar ele me matar.
  - Solta ela, Adams - saiu e jogou a arma no chão. Caralho, o ultimo que eu achei que ia me salvar.
  - Onde esta os outros, ? - Jay me jogou no chão. Tentei me levantar, mas ele atirou em minha barriga - Eu mandei você sair dai?
  - Tudo bem, tudo bem. Não atira nela de novo - e pá, ele atirou em mim de novo, mas que bando de retardado, não é para dar ordem para o bandido, galera? - Vamos fazer um trato - disse levantando de qual seja o lugar que ele estava abaixado. Eu gemia de dor - deixa ela fora, é conosco a briga.

  E era tiro da li, soco de cá, rolou até voadora. Alô? Eu estou baleada aqui, alguém me ajuda? Opa, onde está aquele idiota do ? Ele estava atrás do sofá, tentou cruzar a sala disfarçadamente, mas parecia mesmo que ele carregava um letreiro falando “oi mais procurado, eu estou aqui”. E não é que o homem atirou na direção dele? Mas ele desviou.
  Eu, superatriz de Hollywood, fiz cara de sofrimento e me arrastei até perto do James. Levantei e dei uma paulada na cabeça dele. Depois que ele desmaiou, eu cai.
  Todos correram para me ajudar, e quando foram levantar minha blusa para ver onde a bala tinha atingido... Vem a surpresa, eu estava de colete a prova de balas e só tinha feito dois rasgos na minha blusa.
  - , sua bruaca, eu achei que você ia morrer! - deu um tapinha no meu braço e eu estava sem fôlego de tanto rir.
  - Ok, para agora - falou . - É sério gente, o que vamos fazer com ele?
  - Toma - eu joguei uma algema e todos me olharam. - Tão vendo minhas pulseiras? - levantei meu braço. - São algemas. Eu prendo no meu braço as duas argolas e sempre tenho pra poder usar - recebi uns “genial”, “bem pensado” ou “maneiro”.
  - Por que tem mais três no seu braço? - perguntou. - Usa tantas?
  - Não, são pra vocês, eu coloquei até a inicial de vocês aqui - eles vieram perto de mim, achando que era tipo um presente. Prendi eles e já peguei meu Iphone do bolso. – Alô? Agente Senior aqui, prendi quatro da lista, Agente Senior , Agente , Agente e Agente Master James Adams.
  - Droga, . Vai se fuder sua biscate do caralho - cuspiu as palavras entre os dentes.
  - Só por um dia, ok? Depois eu solto vocês e tratem de sumir daqui.
  Levei eles até o quartel e foram presos. Fui até meu quarto, vesti o uniforme e chamei as meninas até o corredor. Contei tudo para elas:
  - E você vai soltá-los, ? - Perguntou dobrando uma das pernas e encostando o salto na parede.
  - Deixa pelo menos uma semana - sugeriu cruzando as pernas.
  - Não vou prendê-los por uma semana né, amor? Vai ser para sempre mesmo! cortou minha boca, só me deu coice desde aquele dia que fizemos o acordo e o me chamou de bruaca. Ninguém mexe com e sai impune da história! Dois beijos pra aqueles babacas. - Estiquei uma das minhas pernas até meu sapato entrar em contato com a parede do outro lado, subi a perna e ficamos lá, conversando e rindo da desgraça dos três GGM. E agora, quando for me apresentar, Agente Master e beijo me liga pros invejosos.

FIM



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