A Daydream Away

Escrito por Joice Souza | Revisado por Virginia

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Projeto Songfics - 2ª Temporada | A Daydream Away, por All Time Low

  E lá eu estava, na tarde ensolarada dessa quinta, na cozinha da casa da , minha melhor amiga, ou melhor, minha irmã. Ela é a única mulher, além da minha mãe, que me faz querer viver. Eu me automutilava. Foi ela quem me deu forças para superar essa pequena “depressão” em minha vida. Devo minha vida a ela.
  Em vários dos momentos, a encontrei com um sorriso no rosto. Tão Linda!

  - , para amor! – ela esconde o rosto entre as mãos. – Você sabe que eu sinto vergonha de quando você me olha assim...
  - Mas você é tão linda! – agora ela mantinha um dos olhos destampados e olhava em minha direção. – Deveria saber disso, não acha?
  - Mas acho que não seja necessário que você fique admirando minha beleza, vai acabar com ela. – rimos juntos.

  - Sabe, o nosso único problema é não poder ficar juntos, assim, - apontei para nós dois, estávamos abraçados há um bom tempo. – abraçados, nem precisar pensar no mundo. – olhei para a janela que estava acima da minha cabeça. – Passar o tempo todo com você.

  Pode não parecer, assim, de cara, mas eu amo muito essa garota... acho que mais do que deveria.

  No outro dia, acordei às seis horas da manhã, como todos os dias da semana, de segunda a sexta. Nunca agradeci tanto para o hoje chegar.
  Me arrumei e fui a caminho do cursinho pré-vestibular, que ficava mais ou menos meia hora da minha casa.

  - , saudades... – meu dia fica perfeito a partir do momento no qual eu a vejo.
  - , você me viu ontem... – ela riu, mas retribuiu meu abraço. – E acabou com meu estoque de passatempo também!
  - Aw, amor, desculpa! – a beijei no rosto, algo do qual ela está muito acostumada. É muito difícil eu não fazer isso de cinco em cinco minutos.

  Estávamos em um dos banquinhos, perto de uma lanchonete, conversando animadamente com alguns amigos. Ela raramente sorria, e mantinha os olhos vidrados no celular. Eu tentava ver, mas ela sempre escondia.

  - ! – a puxei pelo braço. – Vem, eu te levo! – Uma briga havia começado entre o Victor e o Willian, de grupos de amigos diferentes. Eles nunca se deram bem.

  A levei para casa, que ficava a alguns minutos de distancia. Ela ficou quieta, no seu canto, como se ela soubesse do que fosse acontecer e não fez nada para acabar com aquilo.

  - Me deixa sozinha, por favor! – ela pedia, com os olhos cheios de lágrimas.
  - Ok amor, mas fique bem. – depositei um beijo em seu rosto e saí.

  Sábado, 22 de junho de 2013

  - E ainda fala de mim, nê ? – ela dizia com a maior cara de quem está se divertindo com a situação. Nós estávamos em um parque, sentado em frente ao um lago, observando a movimentação. – , para! – ela me repreendia.
  - , quieta. – dei-lhe um selinho. – Eu sei que você está louquinha para fazer isso, não se faça de besta! – ela riu.
  - , ... para, é sério!

  Ela reclamava de alguns casais que passavam em nossa frente. Eles corriam um atrás do outro desesperadamente, e eu, um bobo, ria disso... Mas só porque ela gostava, eu juro!
  Ficamos conversando por mais algum tempo, até que desse a hora de nos irmos embora, infelizmente.

  **

  - , você... para de beber, vamos embora! – e lá estávamos nós, a caminho de casa, ou ao menos tentando. Ela tinha carteira de motorista, mas não tinha coragem de pegar no volante. Agora era a hora de perder o medo. – Onde está à chave, ? – minha cabeça estava rodopiando.
  - No bolso do casaco! – eu disse com um pouco de dificuldade. – No de cá! – ela ria do meu estado enquanto minha cabeça rodava. Logo-logo eu estaria dormindo.

  Chegamos há minha casa sem maiores danos no carro. Comentei isso com ela, que ficou muito brava comigo: “Poxa , eu te fiz um favor e você só pensa no carro? Muito obrigada!”. Logo olhei com minha cara de cachorro sem dono, o que realmente eu estava sendo no momento, e ela rapidamente mudou de ideia.
  Ela tomou um banho lá em casa, vestiu uma de minhas camisetas.

  - Sempre achei que roupas masculinas ficavam melhores em corpos femininos, hoje comprovei isso! – ela estava sentada em minha cama, entre minhas pernas. Eu estava com um pouco de dor de cabeça, mas não era impossível ficar um pouco acordado.
  - , quieta homem! – ela esconde o rosto entre as mãos, como na quinta. Tão linda. – Você sabe: eu sinto vergonha!

  **

  Como eu tinha acabado com o estoque de biscoitos dela, nada mais justo do quê ela fazer isso comigo também. Em menos de meia hora, não havia mais nenhum pacote de passatempo no armário. Todos estavam no quarto, jogados pelo chão.

  - Acabei com seus bicoitos... – ela sorria. – Desculpa!
  - Tem nada não. – sorri de volta. – Deita aqui! – apontei para um espaço em minha cama.

  Quando ela se deitou ao meu lado, algo me preencheu, tudo ficou melhor.
  Passei meu braço pela sua cintura e me surpreendi quando ela segurou minha mão com a sua. Ela apertava fortemente, fazendo com que eu meu sentisse seu porto-seguro.
  A noite passou vagarosamente. Acho que era porque ela estava a todo o momento ao meu lado.
  Ela tinha se entregado para mim. A garota pela qual eu lutei por muito tempo, finalmente entendeu que eu não quero somente uma noite com ela, eu quero uma vida. Pena que tudo isso não passou de um sonho.

Fim...



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