Across the Sky
Escrito por Gabriela Monteiro | Revisado por Debbie
Finalmente eu estou voltando para NY, minha cidade natal. Suspiro e olho para o céu pala janela do avião com destino para NY, e este simples gesto me faz lembrar dele. Meu pai. Ele morreu quando eu tinha dez anos, por isso minha mãe e eu nos mudamos para Londres, para ficarmos perto da família dela. Meu pai era militar da aeronáutica e foi convocado para a guerra do Oriente Médio, onde morreu. Seu amor pelo céu foi passado para mim. Olhar as nuvens pela manhã e para as estrelas e a lua a noite, era um hobbie nosso. Como morávamos perto do Central Park, íamos lá todos os dias e admirávamos o céu.
Quando recebi a noticia que meu pai iria para a guerra, eu, com oito anos, fugi para nosso esconderijo no Central Park. E foi neste dia que o conheci. .
Ele estava deitado, lendo um livro infantil. Na minha correria para um achar o meu lugar seguro, acabei tropeçando nele.
- Olha por onde anda! – Ele fala com raiva. Eu estava caída ao seu lado.
- Me desculpe. Eu... foi sem querer. – E no final da frase eu estava chorando
- Hei... Calma. Está tudo bem. Eu vou sobreviver, não precisa chorar. – Sinto sua mão em meu ombro.
- Eu não... Eu não estou chorando por causa disso. – Falo em meio ao choro.
- Então qual é o motivo? – O olho desconfiada, afinal, ele era um desconhecido. Mas seus olhos sinceros me fizeram confiar nele.
- Meu pai. Ele está indo para a guerra – E o meu choro se torna incontrolável. Apenas senti seus abraços ao meu redor, me confortando.
- ! – Ouvi alguém me chamando. Reconheci a voz de meu pai, e me encolhi nos braços do ser desconhecido. – ! Achei você. – Meu pai se abaixou e ficou da nossa altura – Qual é o nome do seu novo amigo, ?
- . – O ser até então desconhecido responde. – Você é o pai dela?
- Sou – Meu pai responde prontamente. Me solto de e me viro para o meu pai.
- Eu não quero que o senhor vá. – Falo, meu pai coloca uma mecha do meu cabelo para trás da minha orelha.
- E eu não quero ir. Eu quero ficar com você e a sua mãe. Mas eu tenho que ajudar as pessoas, filha, elas precisam de mim.
- Eu preciso mais. – Falei emburrada.
- Mas eu vou salvar a vida de muitas pessoas. Eu vou salvar o mundo. – Ele sorrio e eu o acompanhei, o abraçando.
- O senhor é o meu heroi. – Ele retribui o abraço.
- E você não estará sozinha aqui, o vai estar aqui. Ele cuidará de você. – Meu pai falou olhando para o .
- Eu cuidarei dela – Ele falou corando. Dou-lhe um beijo na bochecha
- Obrigada – Falei sorrindo
- Agora que tal nós, eu, você e o , irmos tomar sorvete?
- Topam?
- Sim. – fala, e eu me limito em balançar a cabeça em sentindo afirmativo.
Depois de três semanas o meu pai foi embora. Recebemos a noticia da sua morte um ano depois, e neste um ano a minha amizade com só crescia. Mas com a morte do meu pai, minha mãe não aguentou e nos mudamos para Londres, perto da família dela. E acabei perdendo o contato com .
O avião pousa, suspiro, depois de dez anos estou de volta a Nova York, a minha cidade. Desço do avião e vou para a sala de desembargue pegar as minhas malas. Quando saio, vejo minha tia com uma pequena placa na mão com o meu nome. Sigo em sua direção e o sua boca se transforma em “o”.
- ? – Ela pergunta cautelosa, apenas balanço a minha cabeça em sentindo afirmativo – Meu Deus! Como você cresceu! Mas também, faz dez anos que eu não te vejo. Eu queria o quê? Que você continuasse sendo aquela menininha correndo pela casa? – Ela solta uma gargalhada – Agora, venha me dar um abraço. – Me aproximo e seus braços me aguaram, quase me sufocando. – Como Andam os namoradinhos? – Reviro os olhos, tias, são todas iguais, só mudam de endereço. Ela me solta esperando uma resposta.
- Eu não tenho namorado – Sorrio sem graça.
- Como não? Uma jovem tão bonita como você, deve ter uma fila de homens na sua porta, em Londres. – Ela começa a andar e eu a sigo, sem outras alternativas.
- Eu não tenho muito tempo... – Tento me justificar.
- É, a sua mãe me disse isso, você vive ensaiando. – Me limito a balançar a cabeça. A verdade é que depois da nossa mudança para Londres, eu encontrei o ballet, e isto se tornou uma forma de me dar forças para viver. – Então deixe eu te contar as minhas historias de quando eu tinha a sua idade. Eu era muito popular... – E eu parei de prestar atenção. Eu sei que parece maldade, mas eu estou cansada da viajem, e a vida amorosa da minha tia não é um dos meus assuntos preferidos. Ela foi falando do aeroporto até a sua casa, no Est Side.
Entro em sua casa e reconheço o meu primo, , sentado no sofá com uns amigos assistindo TV.
- , venha cumprimentar a sua prima. – Minha tia o chama.
- ! – Ele se aproxima, me abraça e me suspende no ar, me girando. Solto uma gargalhada.
- Oi, . – Falo quando ele me devolve para o chão.
- , você é muito leve. – Ele fala assustado.
- E você é muito forte. – Falo tocando os seus bíceps. Ele rir e balança a cabeça. Ele me puxa para a sala.
- Galera, esta é a . Lembram dela?
- E aí, ? Como foi a viagem? – Um deles se levanta e estende uma mão. Eu reconheço, e forço a minha memoria
- ? – Pergunto.
- Eu mesmo. – Ele me abraça. é o melhor amigo do e do ... Será que ele está aqui? me solta.
- Eu tinha me esquecido de como os americanos gostam de abraços. – Todos começam a rir.
- Falando assim, até parece uma londrina. – fala, apenas sorrio. Tento capitar as feições de cada amigo de , em busca de . E pela minha memória, eu não o encontrei. – Estes são Mike e Dylan – os apresenta.
- Oi – Mike fala
- Prazer – Dylan fala.
- O prazer é meu – respondo educada.
- – Minha tia se aproxima – Deixe a descansar. Depois vocês conversam.
- Ok – Ele fala.
- Suas malas já estão no quarto de hospedes, querida. – Ela se afasta sumindo por algum cômodo da casa.
- Ah, . Vai ter uma festa na casa do Mike hoje, você quer ir?
- Claro. – Respondo. Os meninos se voltam para a televisão – Hum... ? – O chamo.
- Oi? – Ele me olha
- Eu... hum... Vou sair um pouco, ok? – Falo com incerteza
- Você vai para onde?
- Para o Central Park.
- Você ainda sabe andar por aqui?
- O Central Park fica perto daqui
- Eu não sei, ...
- Por favor. Eu preciso ir lá. – Peço com os olhos suplicantes.
- Ok – Ele fala derrotado.
- Não fale para a sua mãe. porque ela falaria para a minha mãe, e a minha mãe me daria uma bronca e me levaria para Londres. – Ele apenas balança a cabeça em sentindo afirmativo. – Obrigada – Beijo a sua bochecha. – Você é o melhor.
- Só não demore, ok?
- Ok – Sorrio. E saio da casa, sinto o sol na minha pele e suspiro feliz. Caminho até o Central Park, que realmente não é muito longe da casa da minha tia. Chegando, vou até o meu lugar secreto, e percebo que nada mudou. Deito na grama e as lágrimas invadem os meus olhos.
- Oi, pai – Sussurro, olhando para o céu, fecho os olhos e sinto a presença do meu pai ao meu lado, sorrio. O cansaço é mais forte, e acabo dormindo. Mas diferente das outras vezes, ninguém me leva para casa.
Acordo e olho meu celular, três ligações perdidas do , vejo o relógio e percebo que se passou uma hora. Levanto desesperada, e começo a correr. Claro que isto não é digno de uma dama, e se a minha avó materna estivesse aqui, a minha orelha já estaria vermelha, mas situações desesperantes requerem atitudes desesperadas. Corro até tropeçar em algo, ou melhor... Alguém.
- Me desculpe, me desculpe. Eu lhe machuquei? – Me levanto e o ser também.
- Não. Mas você tem que... – para a sua frase no meio e me olha estupefato, e a minha cara não deve estar melhor. – ?
- Sim. – Mal termino de responder e braços se fecham ao meu redor em um abraço.
- É bom te ver – Ele me solta constrangido
- É bom te ver, também – Sorrio. E quase volto a me enroscar nos braços dele, mas me controlo.
- E o que você está fazendo aqui? Não que eu não queira que você esteja aqui, mas você nunca aparece e... – Ele fala muito rápido
- Eu entendi – O interrompo. E sorrio – Eu vim cursar a Julliard.
- Que legal! Então você vai ficar aqui, para sempre?
- Eu pretendo – Respondo e o meu celular começa a tocar, olho para o visor, “” pisca – Desculpe, eu tenho que atender. – Não espero uma resposta e atendo
- Onde você está? – sussurra com raiva.
- Me desculpe, eu acabei perdendo a hora. - Falo
- Isso eu percebi.
- Eu estou indo para casa agora.
- Acho bom, . Tchau. – Ele desliga.
- Me desculpa, , mas eu tenho que ir para a casa da minha tia.
- Você está na casa do ?
- Estou. – Ele sorri
- Eu estava indo para lá. Então vamos juntos? – Ele pergunta e eu balanço a cabeça em resposta. Começamos a andar. – Então... Julliard, certo? – Ele quebra o silêncio.
- Sim, Julliard
- E o que você vai fazer lá?
- Ballet
- Que legal. Sempre achei a sua cara, mesmo – Solto uma gargalhada
- Obrigada, eu acho. E você? Vai fazer alguma faculdade?
- Vou.
- Qual?
- Julliard – Ele responde e eu fico surpresa – É muita coincidência
- Verdade! O que você vai fazer lá?
- Música. Eu não sei se você se lembra, mas o meu pai é dono de um estúdio muito famoso daqui. Então eu vou herda-lo
- Que legal. Parabéns.
- Obrigado. – Chegamos na casa da minha tia, e antes de tocar a campainha, percebo que hesita, e abre e fecha a boca varias vezes, o olho esperando – Parece que finalmente irei cumprir a promessa que fiz ao seu pai. – Olho em seus olhos, e percebo o quanto eles não mudaram. Antes de responder ou até mesmo de pensar em uma resposta, a porta se abre revelando um preocupado.
- Por que você demorou tanto? – Ele pergunta, e depois percebe a presença de .
- Desculpa, eu já disse que perdi a hora. – Falo
- Tudo bem. Eu não sabia que o estava com você.
- É, acabamos nos encontrando lá, não é mesmo, ? – responde, e a presença do meu apelido no final da frase, faz os meus pelos se eriçarem.
- Sim, – Respondo, ele me olha como se eu tivesse atingindo o seu ponto fraco. – Bem, eu estou muito cansada. Vou me deitar um pouco, com licença. – Entro em casa, e quando eu passo por , beijo a sua bochecha. Subo as escadas com cuidado, e entro no quarto de hospedes, vejo as minhas malas num canto, e uma linda e convidativa cama de casal no meio do quarto. Me jogo na mesma. “Parece que finalmente irei cumprir a promessa que fiz ao seu pai.” As palavras de invade a minha mente, fecho os olhos e durmo.
- , acorde – Alguém me chama e abro os olhos, vejo ao meu lado
- Quantas horas eu dormir? – Pergunto com uma leve dor de cabeça.
- Umas cinco horas. Já são oito horas da noite – Ele fala rindo
- O quê?! Por que você não me acordou antes? – Falo levantando
- Porque você parecia um anjo dormindo – Ele junta as mãos e apoia o seu rosto nelas piscando repetidas vezes, solto uma risada.
- Idiota – Bato em seu ombro
- Também te amo, . – Ele levanta. – Agora troca de roupa que vamos sair em quarenta minutos.
- Tudo bem, vou me arrumar agora. – Ele beija a minha testa e sai do quarto. Suspiro e abro a mala em busca de uma roupa adequada, pego uma blusa branca, uma saia preta e uma jaqueta de couro. Faço a minha higiene pessoal, coloco a roupa selecionada, calço uma ankle boot preta, passo uma maquiagem leve, destacando os lábios com um batom vermelho e deixo os meus cabelos soltos.
Saio do quarto e me encaminho para a sala, onde encontro meus tios e conversando.
- Ah, olha ela aí. Você está linda, . – Minha tia fala.
- Obrigada. – Respondo.
- Você vai vestida assim? – pergunta
- Vou, por que? – Falando olhando para a minha roupa – Tem alguma coisa errada com a minha roupa?
- Não. Este é o problema. Você está linda, e eu vou ter que ficar de olho em você. – Ele fala e eu me limito em revirar os olhos. Ouvimos uma buzina. – É o Dylan, ele é o motorista hoje. – pega a sua jaqueta e se encaminha para a porta, o sigo e dou um tchau com a mão – Tchau, família. – Ele grita e sai da casa. – Oi, Dylan
- Oi, . Oi, – Dylan nos cumprimenta
- Oi, Dylan. – O cumprimento, entramos no carro e Dylan dá partida.
- Nós vamos buscar o e vamos para a casa do Mike, ok?
- Ok – Falo – Hum... E o ? – Pergunto incerta
- Ele já está lá, ajudando. Você não se importa de ajudar, né?
- Não – Falo rindo. – Sabe, eu não sou mesquinha. – Eles sorriem
- Desculpa – levanta a mão e sinal de rendição, reviro os olhos. já estava nos esperando em frente a sua casa, ele senta ao meu lado e começamos a conversar sobre coisas aleatórias. Chegamos na casa de Mike uns dez minutos depois, saio do carro e observo a bela casa a minha frente.
- Por aqui. – Dylan me direciona o caminho. – Eles estão lá atrás. – Sigo o caminho até o quintal e vejo Mike no bar, guardando algumas bebidas.
- Galera – Mike nos cumprimenta e se aproxima – – Ele beija a minha mão – Você deseja alguma coisa? Água, salgadinho, cerveja...
- Ainda não, obrigada – Falo sorrindo
- E a gente? – Dylan pergunta indignado
- Ah, vocês não merecem tanta educação – Mike responde e eu solto uma gargalhada.
- Onde é o banheiro? – Pergunto olhando para as caras indignadas de meu primo e Dylan.
- Perto da escada. O está na cozinha, ele pode te ajudar
- Obrigada. – Falo e ando para a entrada da casa pelo cozinha, entro e procuro o , não o acha e suspiro num misto de alívio e frustração.
- Te peguei! – sai de trás do balcão com duas armas de água em mãos, seguro o grito em minha garganta em função do susto – ? Me desculpe, eu pensei que fosse o Mike – Levo a mão ao peito e respiro aliviada por não atingida por seja-lá-o-que-for das armas em suas mãos. – Você está bem ? – Ele pergunta preocupado, e se aproxima deixando as armas no balcão
- Está. Eu quase morri aqui, mas eu estou bem. – Falo e ele se aproxima mais, quase colando os nossos corpos, ele coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha e faz um pequeno carinho com o polegar na minha bochecha.
- Me desculpe – Ele sussurra. Meus olhos se fixam nos olhos dele, ele se aproxima lentamente e beija os meus lábios, aprofundamos o beijo vagarosamente.
- Que bom que você esteja aqui. – Ele fala após o beijo
- É bom estar aqui. – Eu falo.
- Então, , acho o... – Mike fala entrando na cozinha, ele se interrompe e nos olha. Nos soltamos – Vejo que você ainda não foi ao banheiro. Matando a saudade? – Sinto o meu rosto esquentar, e eu nem preciso de um espelho para saber que ele está vermelho.
- Eu te mostro o banheiro. – me puxa pela mão até o banheiro.
- Só não vão se perder – Mike grita da cozinha
- Me desculpa por isso. – fala
- Você não precisa pedir tantas desculpas – Falo, beijo levemente os seus lábios e entro no banheiro. Observo a minha imagem refletida no espelho, um pequeno sorriso toma conta de meus lábios. Respiro fundo, “O que está acontecendo comigo?” penso. Ajeito o meu cabelo e retoco a maquiagem. Saio do banheiro, ando até o quintal, onde vejo os meninos conversando. Eles param de falar e ficam me olhando, não deixo de observar o pequeno sorriso de .
- Vocês querem ajuda para alguma coisa? – Quebro o silêncio.
- Não, obrigado, – Mike responde e olha para , balanço a cabeça e me sento ao lado de .
- Como foi no banheiro, ? – Meu primo pergunta alternando o olhar entre e eu. “Putz, ele sabe.”, penso.
- Foi muito bom, obrigada por perguntar. – Falo com ironia – A proposito, você tem um banheiro muito bonito, Mike.
- Obrigado – Ele fala estranhando a minha atitude, prende o riso.
A campainha toca e Mike se levanta para atender.
- Eu não posso te deixar por cinco minutos, – sussurra com raiva – Eu vi o beijo, na verdade foi meio difícil não ver. Vocês se beijaram na frente da janela. – Levo as mãos ao rosto.
- , você não pode falar assim de mim. – Fala no mesmo tom. – Como eu se eu saísse beijando o primeiro na minha frente.
- Eu sei, me desculpa. Vocês são apaixonados um pelo outro desde os oito anos, mas isso foi há dez anos. Eu só tenho medo de vocês se magoarem.
- Nós não vamos. – aparece ao meu lado.
- Eu vou deixar vocês conversando. – fala e entra na casa, e Dylan seguem o seu exemplo. se senta ao meu lado.
- Eu não sei se eu já disse que você está incrível hoje. – Ele pega uma pequena mecha do meu cabelo e começa brincar com ela – Você é linda.
- Obrigada – Ele olha em meus olhos.
- Eu sempre sonhei que você estivesse aqui, ao meu lado. E o meu sonho está se realizando. – Ele se aproxima e me beija levemente.
- – Começo após o beijo e me afasto dele. – o tem razão. Nós podemos nos magoar. Faz dez anos que paramos de nos falar. Éramos crianças. Nós mudamos. Eu mudei,
- A menina que foi a minha primeira paixão está aqui– Ele se aproxima e faz carinho na minha bochecha – E o menino que foi a sua primeira paixão está aqui.
- Eu tenho medo de te decepcionar. – Sussurro. – Vamos devagar. Vamos nos conhecer de novo.
- Eu te esperei dez anos, não me importo de te esperar um pouco mais. – Ele sorri, eu o beijo. – Até que eu não esperei muito. – Ele fala após o beijo
- Chato – Bato levemente em seu ombro, ele murmura uma reclamação. Eu levanto e o puxo pela mão
- Para onde você está me levando, ?
- Para a festa – Respondo e entramos na casa que já está cheia.
- , preciso que você me ajude a distribuir as pulseiras-responsáveis – Mike para na minha frente. – Ele me mostra umas fitas laranja
- Claro – Falo – Eu já volto – Falo para
- Não demora, temos dez anos para recuperar – Ele fala e me dá um selinho. Sigo Mike e o ajudo a distribuir as pulseiras.
- ? – Ouço alguém me chamando, me vira para a pessoa e vejo uma mulher com um vestido vermelho. Espero ela continuar. – Você se lembra de mim?
- Desculpe. – Falo forçando a minha memória.
- – Ela fala apontando para o rosto. As lembranças invadem a minha mente. Ela foi a minha melhor amiga.
- Oi, – A abraço.
- Bem vinda de volta – Nos soltamos.
- Obrigada – se aproxima
- Oi, amor – Ele fala e a beija.
- Oi – Ela fala abraçada a ele. Meu queixo cai.
- Aí, meu Deus. Vocês estão namorando! – Fala abismada e eles soltam uma risada.
- Estamos. – fala. se aproxima.
- O está te chamando – Ele fala com urgência – Ele está na cozinha – Balanço a cabeça
- Com licença. – sigo para a cozinha e vejo de costas para a porta, o abraço por trás. – Não aguentou de saudades que teve que me chamar?
- Eu estou com saudades – Ele se vira e me abraça – Mas eu não te chamei. – Ele estranha.
- Mas o disse que você estava me chamando – Eu estranho também.
- Espera aqui – Ele diz e me solta, anda até a porta, abre uma pequena brecha e olha por ela. – Acho que eu já entendi o que está acontecendo. – Ele fala e me puxa para o quintal.
- O que? – Pergunto confusa.
- A maluca da minha ex está aqui. – Nos sentamos
- Ah, então eu não sou a “única” – Faço aspas com os dedos, e ele ri
- Eu até gostaria de ter te esperado. Mas o seu querido primo queria que eu te esquecesse me arranjando uma namorada.
- E conseguiu? – Pergunto levantando uma sobrancelha.
- Não mesmo. E eu terminei com ela uns oito meses depois.
- E qual foi a reação dela?
- Ela ficou possessa. Ela disse que eu não poderia trocar-la por ninguém, principalmente por uma pessoa que está do outro lado do oceano. E bem, ela quis me matar.– Eu faço uma cara de susto e ele ri.– Mas quer saber? Valeu a pena. – Ele me beija.
- Então, basicamente, vamos nos esconder até ela sair da festa? – Pergunto após o beijo.
- Sim. Se não... Eu não sei o que ela faria com você – Ele dá um sorriso sem graça.
- Ótimo! Estava esperando uma desculpa para fugir de lá e ficar com você – Ele ri.
- Então vamos recuperar os dez anos perdidos. – Ele me abraça de lado, começamos a conversar sobre coisas aleatórias e observamos o céu.
Um mês depois
Termino de arrumar o meu closet no meu novo quarto em Julliard, suspiro feliz e fecho a porta.
- ? – Kim, minha nova colega de quarto, me chama – Seu celular está tocando. – E me entrega o meu celular.
- Obrigada. – Apoio o celular no ouvido. – Alô?
- Oi, . – Ouço a voz do no outro lado da linha.
- Oi, . – Sorrio.
- Você está pronta?
- Estou. Desço em cinco minutos.
- Ok. Beijo
- Beijo. – Me despeço e viro para Kim – Está bom? – Pergunto apontando para a minha roupa: um vestido floral, um cardigã branco, nos pés uma sapatilha.
- Você está linda.
- Obrigada. Tchau. – Saio do quarto e desço as escadas do meu dormitório. está apoiado ao carro me esperando. – Oi, . – O beijo.
- Oi. Está pronta para a minha surpresa?
- Estou mais curiosa do que nunca. – Ele ri e abre a porta do carro para eu entrar, faço isso e espero ele entrar – Você não vai me contar, mesmo?
- Não. – Ele fala simplesmente.
- Isto é uma injustiça. – Reviro os olhos.
- Coloque isto. – Ele estende um pano.
- Por quê?
- Porque só assim eu mostro a surpresa – Ele dá um sorriso vitorioso. Bufo e pego o pano, ele me ajuda a colocar. Ouço o motor do carro sendo ligado e começamos a nos movimentar. Passo o caminho calada em expectativa.
- Chegamos. – Ele para o carro.
- Já posso tirar a venda?
- Não. – Ele solta uma gargalhada. – Eu vou te ajudar a sair do carro, espera um pouco. – Ele me ajuda e começamos a caminhar. – Ok. Agora se deite. – Ele fala após pararmos
- O quê?
- Se deite. Eu vou te ajudar. – Ele me ajuda e deito em um lugar macio.
“Grama”, penso. Ouço ele se deitando, ele puxa para o seu peito. – Tire a venda agora. – O obedeço. Olho ao meu redor e percebo que estamos no Central Park. – Olhe para cima – Faço isso e um avião aparece saltando fumaça, com esta ele começa escrever: A-L-I-C-E-,-V-O-C-E-Q-U-E-R-N-A-M-O-R-A-R-C-O-M-I-G-O-?-A-S-S.-J-A-M-E-S. Observo estas palavras no céu e o olho.
- Eu aceito. – Sorrio e o beijo.
- Eu te amo. – Ele sussurra.
- Eu também te amo – Falo no mesmo tom. Ele me dá uma pequena caixa, a abro e vejo um globo de neve com nós dois nos beijando, um céu, nele está escrito: o nosso amor atravessa o céu.
- Para marca este dia para sempre. – Ele me beija.
Definitivamente, eu amo o céu!