A Chance
Escrito por Blue | Revisado por Natashia Kitamura
Flashback
1991
era uma ex-aluna de Hogwarts, Corvinal com orgulho e amiga do mais velho das crianças Weasley, Gui.
Ela andava despreocupadamente pelas vielas apinhadas do Beco Diagonal até entrar na Floreios e Borrões e se perdeu no mar de capas encadernadas e títulos novos.
Distraída, entrara na seção de livros de Defesa contra as Artes das Trevas, um de seus assuntos preferidos mesmo após Hogwarts.
Folheava com interesse o livro intitulado As Forças das Trevas: Um Guia de Autoproteção de Quintino Trimble.
— É um bom livro. – Disse uma voz masculina a suas costas.
Ao se virar, deparou-se com um homem de rosto simpático e belos olhos cor de âmbar. Ele parecia um pouco doente e suas roupas desgastadas.
Ela sorriu, cordialmente.
— Remus Lupin. – Ele se apresentou, parecendo um pouco desconfortável com o olhar da mulher.
— Oh! . - Ela retribuiu o comprimento e logo uma discussão fora iniciada acerca dos novos volumes encontrados na seção.
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1993
Remus embarcou no trem para sua jornada até Hogwarts outra vez.
Dessa vez como professor de Defesa contra as Artes das Trevas.
Ele apertou no bolso do casaco a carta enviada por desejando-lhe sorte e sorriu mínimo.
A amizade dos dois continuava firme, embora segredos ainda fossem guardados.
Remus não tinha contado a ela sobre seu problema mensal, e tinha medo de sua reação.
Embora ocultar um segredo de tal porte ser um ato grave, já que os dois eram tão próximos, ele não sabia se suportaria a rejeição. Não a dela.
Ele encostou a cabeça no vidro frio do vagão.
era jovem e muito bonita. Cheia de vida, inteligente e interessante.
Isso não poderia acontecer.
"- Sou um monstro assassino! Um ser amaldiçoado." Pensou Remus amargamente.
Se sentia imensamente egoísta. Embora tudo se provasse contra, ele gostava de sua companhia. Do modo que ela lhe sorria e do modo como não insistia em perguntas quando Remus desaparecia ou suas cicatrizes aumentavam em número.
Imerso em pensamentos ele não percebeu quando a porta deslizou e alguém entrou no vagão, até um sapo de chocolate pular em suas calças.
— Mas o que… ?! – Exclamou ele confuso e endureceu ao ouvir aquela risada sutil.
— Olá Remus!
- ?
— Diga olá a sua nova assistente. – Ela sorriu. – Dumbledore pediu que eu viesse.
Remus permanecia em silêncio.
— Não se preocupe, vou no vagão dos monitores e deixar você com seus próprios pensamentos. Nos vemos na escola. – Ela sorriu e deslizou pela porta e saiu pelo trem enquanto Lupin estava em silêncio atordoado.
Após o choque inicial ele esfregou as têmporas.
Esse seria um longo ano.
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estava sentada na mesa de Lupin, separando as avaliações das turmas, quando Snape entrou pela porta e depositou um cálice fumegante sobre a escrivaninha.
— Diga a Lupin que beba essa noite, Senhorita , tenho um caldeirão cheio preparado. – Ela estranhou a cor da poção mas não questionou.
— Eu direi, professor.
O homem continuou olhando para a garota em diversão.
— Tão tola.
— O que quer dizer com isso, Professor Snape?
O homem de cabelos negros oleosos sorriu com desdem.
— Quero dizer, Senhorita que para uma Corvinal, você me parece bem pouco inteligente. Ao começar pelas pessoas com as quais você tem amizade.
— O que… - a frase de foi cortada.
— Severus… – A voz de Lupin era dura com uma pitada de advertência. Ele havia chegado no momento em que a frase deixara os lábios finos de Snape.
— Lobisomem menina tola, é disso que eu estou falando.
O homem virou-se e saiu com suas vestes negras voando atrás de si, como um grande e estranho morcego.
olhou para Lupin que estava encostado na porta, parecendo destruído.
A mulher se levantou da mesa enquanto Remus entrava na sala, os ombros caídos.
- . – sua voz tremia levemente.
— Não me deve explicações, Remus.
— Eu não queria que fosse assim, eu estava com medo de…
— Eu tinha as minhas suspeitas, seis meses depois que nos conhecemos. Sabe, não entrei para Corvinal à toa. Só queria que tivesse me dito. Na verdade, você já havia pensado em me dizer? – Ela parecia chateada, mas seus olhos eram duros.
O homem se jogou na poltrona. Os olhos nunca deixando os dela.
— Ter lhe dito? Pelas barbas de Merlin! Como eu poderia te dizer isso? – O tom de voz do homem se tornava alto e duro. – Pessoas como eu vivem nas sombras. Somos amaldiçoados. VOCÊ ENTENDE ISSO? – Ele gritou.
Ela observava com os olhos arregalados.
Lupin jamais aumentara o tom de voz, era sempre o homem pacífico e calmo, um homem o qual ela aprendeu a gostar.
— Como eu poderia lhe dizer isso ? Eu não poderia ter você com medo de mim. Eu não queria correr o risco de perd… – Ele se calou. Os lábios firmemente trancados numa linha apertada.
— Remus… Eu…
— Eu entendo, pode ir. Foram bons anos de amizade.
Ela se sentiu confusa.
— Do que está falando?
— Ir embora. Não é isso que você pretende. Você não precisa ficar aqui. – A voz dele era amarga. – Criaturas como nós não podem ter laços, somos perigosos, somos assassinos.
O semblante de se alterou.
— Não seja idiota Lupin! – A raiva na voz dela deixou o homem alarmado. – Você é um bom amigo e eu não vou a lugar nenhum.Eu quero estar. Eu não me importo. Você é um homem com problemas em um período do mês, soa muito como as mulheres. – Ela sorriu tentando quebrar o clima, mas ele não a acompanhou. – Não se chafurde em alto piedade Remus.
Ele bufou se levantando.
– Você é um bom homem, um bom professor e um ótimo amigo. Você não vai se livrar de mim tão fácil. – Ela estava decidida. Ela já sabia da probabilidade de sua suspeita ser real, mas o que mais a assustara fora o fato que ela não se importava.
Se levantou e saiu da sala, deixando pra trás um homem confuso.
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Após os eventos ocorridos na Floresta Proibida, Remus estava em seu escritório, embalando suas coisas.
Os alunos já sabiam, os professores já sabiam, os pais já sabiam.
O homem suspirou em silêncio.
Sua condição era uma maldição que somente ele poderia carregar e ele fez uma promessa a si mesmo, embora seria difícil cumprir.
Ele estava atordoado e profundamente chateado com os eventos que ocorreram, e a culpa caia sobre seus ombros. E se ele tivesse mordido alguém? E se ele tivesse matado alguém?
O exílio era a única saída. Ele era um perigo para a sociedade e para os outros.
Acabando de embalar seus livros, entrou no escritório.
— Remus… - ela sussurrou, ciente que o homem não queria encará-la.
— Remus… - ela tentou novamente ao se aproximar. Ele se virou lentamente, os olhos duros.
Eles estavam muito próximos. O homem sentiu um impulso de fechá-la em seus braços e sentir seu cheiro, prometer-lhe que ele sempre a protegeria do perigo.
Mas o pior de tudo, ele era o perigo.
Ele ergueu a mão e traçou a cicatriz fina em processo de cura na bochecha da mulher e esquadrinhou com os olhos os curativos pequenos que enfeitavam seus braços finos.
Cicatrizes adquirida no dia em que Sirius Black havia aparecido na escola e Peter Petigrew havia sido desmascarado.
No dia em que ele não havia bebido a poção e era lua cheia.
No dia que ele havia se transformado em um lobisomem, louco e irracional.
No dia em que ele quase lhe causara a morte.
— Dumbledore me disse o sobre a sua demissão. É uma pergunta estúpida mas, como está se sentindo? – Ela sussurrou.
Ele ignorou a pergunta.
— Adeus, .
— Como adeus Remus? Para onde você vai agora? Poderíamos tirar umas férias, passar alguns dias na Irlanda, tenho certeza que se sentiria melhor.
— Não podemos mais manter contato .
— Mas… Por quê? – Os olhos da mulher se encheram de lágrimas, era demais para ele suportar.
Jogando a mala no chão, ele gritou a plenos pulmões.
— QUAL O SEU PROBLEMA, ? EU QUASE MATEI VOCÊ! EU SOU UM LOBISOMEM MALDITO. EU NÃO POSSO SUPORTAR COLOCAR VOCÊ EM PERIGO DE NOVO.
— Você não pode fazer isso comigo, Remus. – As lágrimas dela caíram sem barreiras e o coração de Lupin quase quebrou. — Você é meu melhor amigo.
— Eu não posso fazer isso, , não posso enganar mais nem a você nem a mim mesmo. Isso já foi longe demais.
Ele pegou novamente a mala e saiu, deixando-a chorando no meio da sala.
— Eu não me importo Remus. Eu… Eu… Eu gosto de você – Ela sussurrou e ele congelou com a mão na porta.
Merlin, não!
O coração do bruxo batia descompassado. Por anos sonhara em ouvir isso.
Ele sentia o mesmo. Ela lhe entendia e lhe apoiava, os dois combinavam. Ela era diferente de qualquer mulher que ele já conhecera. E pela primeira vez, Lupin sentia o que era gostar de alguém.
Com os olhos cheios de lágrimas ele se virou para encará-la. Tão bonita, mesmo que chorando.
— Eu sinto muito. – Ele disse e deu as costas com o coração destruído, imerso em dor mas ainda ouviu, com muito pesar, o coração de se quebrar atrás de si.
FIM DO FLASHBACK
1995
A dor ainda era grande, mas no momento suportável.
O pior já havia passado.
O corpo maltratado e dolorido de Remus Lupin repousava sobre o sofá macio de sua própria casa, após outra difícil transformação.
Ele olhava cansado para o papel de parede rosa flamingo desbotado da sala e suspirou baixinho.
Os arranhões ainda ardiam e havia sangue em suas roupas, ele já estava levantando quando ouviu a porta se abrir e fechar rapidamente.
— Remus? – Uma voz feminina perguntou baixinho e o homem suspirou novamente.
Ele não queria que ela o vesse naquele estado.
Ele ouviu o barulho das sacolas serem depositadas sobre a mesa de madeira da cozinha e logo o rosto de apareceu na sala.
Ela lhe deu um sorriso triste e ele respondeu com um sorriso duro.
— Você não deveria estar aqui, .
O sorriso dela se fechou e as sobrancelhas franziram.
O silêncio permaneceu por alguns minutos até ela responder firme.
- Eu quero estar Remus.
Os olhos dele se tornaram frios embora seu coração batesse descompassado e dolorosamente contra suas costelas.
- , eu deixei claro depois do incidente com Sirius Black.
Ela o ignorou.
- Vou arrumar a cama pra você se deitar, e um banho quente também, trouxe algumas poções de cura. Não se preocupe, sei o caminho. – Ela disse andando pelo corredor não lhe dando tempo para protestar.
Ele a observou chocado. Após o incidente em Hogwarts, ele não manteve mais contato e ela respeitou a decisão.
Cada dia sem ela, havia sido como uma maldição Cruciatus em sua mente, e as imagens de seu adeus o assombravam constantemente.
Ele não podia negar que sentia falta dela, mas que não poderiam ser.
andou pelo corredor, segurando as lágrimas que ameaçavam cair.
Vê-lo novamente após quase um ano de silêncio havia sido duro, ainda mais no estado em que ele se encontrava, mas ele era cabeça dura, e ela sabia bem disso.
Entrou no quarto e ajeitou a cama. A casa era pequena e velha, mas muito confortável. Tudo estava em seu devido lugar e muito limpo. Lupin era um homem organizado, e ela admirava isso nele.
Ajeitou os travesseiros e foi até o banheiro e abriu as torneiras da banheira, enchendo-a rapidamente.
Andando para lá e pra cá no pequeno cômodo ela ajeitou as cobertas e fechou as cortinas.
Remus havia se levantado devagar pois seu corpo ainda doía e estava parado no batente da porta, observando.
Ela parecia diferente, mais firme.
— O que você está fazendo aqui, ?
Ela o olhou diretamente nos olhos. As orbes se encontrando com as cores de âmbar do homem.
— Cuidando de você, Lupin. Eu acatei a sua ideia, mas não posso mentir mais. Seu banho está esfriando.
— Como assim? – Ele parecia confuso e alarmado.
— Nos falaremos assim que você lavar esses cortes, volto logo com algumas poções e comida.
Novamente ela saiu do quarto deixando-o em silêncio.
Ele queria confrontá-la, não poderia deixar a esperança crescer e não podia magoá-la novamente.
Mas o cansaço o fez obedecê-la e logo ele estava imerso na água da banheira, com medo de sair e ver que ela não estava mais ali.
Lupin estava na cama, olhando o teto. Sentia-se melhor após o banho e menos dolorido com as poções que lhe dera e após se alimentar.
Ela logo voltou ao quarto com duas xícaras de chá fumegante e entregou uma delas para o homem que recebeu de bom grado e logo sentiu o cheiro de menta suave.
Era o seu preferido.
— Está se sentindo melhor, Remus? – Ela perguntou suavemente.
— Estou. – Ele respondeu com sinceridade. – Vai me dizer por que está aqui?
Ela riu tímida.
— Eu nunca deixei você, Remus, mantive contato com Professor Dumbledore e Sirius, naturalmente. Eles me mantiveram atualizada.
— Por quê? – Ele tentou a todo custo abafar a esperança e ansiedade.
Ela ruborizou e passou a mão pelos cabelos nervosamente, se sentindo tola.
— Conversaremos mais tarde, você tem que descansar. – Ela se levantou e saiu.
Ele franziu a testa e não insistiu. Uma onda de alívio e sono passaram por ele, e ele dormiu instantes depois.
O sorriso de não saindo de sua mente.
Lupin abriu os olhos se sentindo renovado. Não conseguia ver se ainda havia claridade lá fora pois o quarto estava em completa escuridão e as cortinas firmemente fechadas.
Levantou-se e esticou-se, sentindo-se melhor do que esperava.
Andou lentamente até a sala, olhando para o relógio: 03:49 da madrugada. Ele havia dormido mais do que o normal.
Esfregou os olhos e sorriu. estava deitada no sofá, os cabelos esparramados e o semblante suave, despreocupado.
Não podia deixar de se sentir feliz com sua presença, embora ainda tinha reservas quanto a isso. Ele não queria machucá-la.
— O que faz aí, parado feito uma estátua, Remus? – Perguntou a voz arrastada de , colocando o braço sobre os olhos ao acender a lâmpada com um aceno da varinha.
Ele riu baixinho.
— Sente-se melhor? – Perguntou ela ainda sem destampar os olhos.
— Muito. E você está aqui. – Ele resolveu admitir e ela tirou o braço dos olhos e levantou a cabeça com espanto mas permaneceu em silêncio, o encarando com os olhos cheios de curiosidade.
Percebendo que ele continuaria ali até que suas perguntas fossem respondidas, ela se sentou no sofá e timidamente bateu no assento para que ele se juntasse a ela.
— Então, vai me dizer o porquê de estar aqui? – Perguntou ele a encarando abertamente.
Ela suspirou tentando fugir de seu olhar, encarando a parede de flamingos.
Ela não gostava da cor.
- ? – Ele insistiu.
— Estou aqui por você Remus. Eu nunca queria ter saído do seu lado. – Ela disse baixinho, como se estivesse confessando um pecado. – Eu senti a sua maldita falta a cada dia que se passou.
Os olhos dela se encheram de lágrimas.
O coração de Lupin batia rapidamente contra suas costelas.
— Eu não me importo com o que você é Lupin, pra mim você é um homem corajoso e fiel. E… - As palavras eram doloridas de serem pronunciadas, mas ela o fez mesmo assim – Eu entendo que você não gosta de mim da mesma maneira. Eu prometo nunca mais tocar nesse assunto. Eu só não quero perder você. Não de novo.
Ela baixou os olhos para o chão de madeira polida.
E o silencio era pesado no recinto.
Até o mago não aguentar mais.
Ele se ajoelhou no chão e tomou o rosto de carinhosamente. Os olhos dela estavam marejados, tornando a cor ainda mais pronunciada.
A cor que ele amava.
— Você não é a única que recebe atualizações. Sirius tem me mantido atualizado de você. Fiquei meio chocado no início quando ele me confessou que passou um tempo escondido em forma de cachorro em sua casa.
Ela deu uma risadinha, ainda fugindo de seu olhar, mas inconscientemente inclinando o rosto para mais perto de seu toque.
— Ele era uma boa companhia, embora um cachorro bastante hiperativo.
A questão se formou na mente dela e ela resolveu encará-lo e perguntou com curiosidade.
— Porque se manter atualizado sobre mim? Pensei que havia dito que não poderíamos ter laços. – A voz dela tinha um ligeiro tom de acusação. Ele sabia que merecia. Ele merecia pior por mentir.
Eles se encararam por um tempo indefinido, até o homem tomar coragem.
— Eu gosto de você , talvez mais do que deveria. Eu não podia me dar a chance de machucar você de novo. Eu sou um monstro, um ser amaldiçoado.
— Todos os monstros são humanos, Remus. E você é o homem com o maior coração, a maior bondade que eu já encontrei. Portanto você não entra na categoria. Eu preciso que você entenda isso, Remus. Por favor. – As lágrimas corriam de seus olhos e ela as limpou rapidamente. – Você é um homem bonito por dentro e por fora, respeitável e determinado Remus. Isso é o que conta.
— Mas eu sou mais velho que você , e cheio de cicatrizes. Você merece alguém saudável e que possa lhe dar tudo o que você merece. – Ele murmurou.
Ela parecia chateada.
— A idade é um número estúpido, Remus, e quanto as cicatrizes, demonstram a sua fortaleza. Que você passou por dificuldades mas foi forte o bastante para sobreviver a elas. Estou orgulhosa de você. Não posso imaginar as dificuldades pelas quais você passou e ainda passa. E isso só te faz mais forte. Eu mereço alguém que me trate bem, que me faça bem, e esse alguém é você.
O coração de Lupin se encheu de luz por alguns instantes. Talvez ele só precisasse de uma chance, e ele sabia em seu interior que ela era sua chance de ser feliz. Ela ainda o queria por perto? Mesmo após tudo o que houve?
Ela se levantou desconfortável com intuito de ir até a pequena cozinha atrás de um copo de água ou talvez algo mais forte, mas seu trajeto fora bloqueado quando sua mão foi puxada com suavidade e num impulso ela estava nos braços de Remus.
Olhou para cima com o coração ameaçando sair pela boca ao encarar os olhos âmbar com um fogo desconhecido.
Ela jamais havia percebido que aquele fogo no olhar era sempre direcionado a ela.
Sem aviso, os lábios do homem estavam sobre os dela, num beijo que ambos sonharam por muito tempo.
Era doce e suave. Os braços de Lupin a trouxeram para mais perto, envolvendo os dois numa nuvem de amor.
— Eu gosto de você , mais do que deveria. E eu sempre fiz. – Confessou ele assim que seus lábios se separaram. — Por Merlin. Eu quero você se você ainda me quiser. Eu senti a sua maldita falta a cada dia que se passou. – Ele repetiu a frase dela, fazendo-a sorrir.
Como ele amava aquele sorriso.
— Eu sempre vou querer você Remus, e eu sempre estarei.
— Isso é uma promessa? – Perguntou sorrindo.
— Não, isso é um fato.
Ambos sorriram e se abraçaram, selando com um beijo o início de uma grande aventura.
FIM
Escrita as pressas. Sim, eu sei. Ficou muito fraquinha.
Eu tenho uma queda por Remus, talvez um dia consiga escrever algo que faça juz a seu exemplo de bondade e amizade.
Espero que apreciem a tentativa ^^