23 de julho de 2018

Escrito por Flavia Beatriz | Revisado por Larissa Martins

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  Acordei e fui fazer logo minha dieta matinal, tomei meu café e fui direto assistir televisão, hoje infelizmente eu estava sozinha porque meu marido e meu filho foram dar um passeio, e como eu estava cansada acabei nem aceitando. Pelo menos um dia sem aqueles meus pestinhas... Não tem nada de legal passando, então subi escada acima, e fui direto ao sótão, sim, nossa casa tem sótão. Apesar de estarmos na época de tecnologia moderna, optamos por um sótão para poder guardar as mais belas lembranças. Apertei um botão que estava do lado da escadinha que levava ao sótão, aquela era nossa "fechadura”, podia parecer uma coisa de luxo no passado, mas nos dias de hoje é normal ter isso em casa... A porta escorregou para o lado sozinha, como eu amo tecnologia. Adentrei e fui direto para o lugar onde eu havia deixado TODAS as minhas lembranças, procurei por uma caixa vermelha GIGANTE, você deve estar me achando burra, porque assim ela é gigante, então como não vê-la? É porque ela está tipo que escondida, por não ter MUITO espaço aqui... Voltando, depois de um tempo procurando, finalmente achei a grande caixa vermelha, peguei ela e coloquei no tapete que havia ao centro daquele “cômodo”, respirei fundo e abri, me deparei com fotos, minha e das meninas (, , , ...)
  E também com fotos da primeira vez em que eu conheci os meninos (One Direction):

  FLASHBACK ON

  - Ah, meu deus, TO ANSIOSA – falei.
  - E você acha que eu não estou, ? - disse.
  - Tá bom, gente, todo mundo tá ansiosa, ok? - disse.
  Estávamos no show da ONE DIRECTION, acho que praticamente personalizadas com coisas deles...
  - Meninas, por favor, me acompanhem - um homem super gigante disse diretamente para nós que estávamos na fila, esperando para entrar no estádio onde seria o show.
  - Ah, éé-é cla-cla-ro - disse gaguejando, respondendo por todas... Assim fizemos, saímos da fila e fomos atrás daquele homem, para não dizer outra coisa.
  - Hum, fiquem naquela fila ali - ele disse apontando para uma fila de no máximo 9 pessoas. - Antes passem por ali e peguem o crachá e as pulseiras, por favor - ele olhou para nós. Olhei para as meninas, esperando resposta.
  - Ah, sim, claro... Vamos, meninas - eu chamei elas e as mesmas vieram.
  - O que será que querem... - foi interrompida quando ouviu gritos um pouco atrás da gente, viramos e demos de cara com os 5 meninos mais perfeitos do mundo, mas eu não entendi absolutamente nada. Porque eles deveriam estar lá dentro esperando as fãs entrarem.
  - Hum, acho que eu já sei - olhou para os cinco que agora estavam dando atenção para ‘”suas fãs”. – O que a gente está fazendo aqui?
  - Sinceramente eu não sei - eu disse.
  - Então vamos, crianças - disse e saímos correndo, quando eu escutei um barulho de algo caindo no chão, olhei para trás e a estava caída de barriga para baixo, eu olhei para as meninas que já estavam rindo e comecei a rir, porque a mesmo estando no chão se virou e começou a rir junto, e a risada dela é hilária. Acho que foi tão alto o estrondo, que chamou atenção das fãs, dos seguranças, do povo que estava ali, e dos... Meninos.
  - Ah, meu deus, minha barriga - apóia uma das mãos no joelho e a outra na barriga, gargalhando.
  - Nunca... Mais... Me... Faça... Correr... Assim - falou em risadas. – Nunca.
  - Er... Quer ajuda? - SE OFERECU PARA AJUDAR , PARAMOS DE RIR NA HORA. Nos entreolhamos. E agora... Não sabemos falar em inglês.
  - Ah... Er... Claro - falou envergonhada e pegou na mão do .
  - Meu nome você já sabe, mas eu não sei o seu - ele disse, olhei as pessoas a minha volta, e os quatro garotos que acabaram com minha vida estavam ali, rindo de leve, olhando para nós.
  - Hum... Meu nome é , mas pode me chamar de , , a nossa - apontou para que só deu um aceno, vermelha, por conta das lágrimas -, a - olhou para os cinco, se contendo -, a - já está meio que não acreditando - e a , mas - por fim eu, que só dei um aceno, sorrindo de orelha a orelha. Bem, eu até sabia falar inglês, assim como as meninas.
  - EU AMO VOCÊS, CARA, EU NÃO TO ACREDITANDO - disse e começou a abraçá-los.
  - EU TAMBÉM - eu disse e olhei diretamente o , e o mesmo olhou para mim.
  - NÓS AMAMOS VOCÊS DE MONTÃO - disse e começou a fazer o mesmo com a , como somos Maria vai com as outras fizemos o mesmo... Assim que chegou na vez do ... Abracei bem apertado.
  - I love you - cochichei bem baixinho no ouvido dele e provavelmente o surpreendeu.
  - I love you... Too - ele fez a mesma coisa. Me soltei e dei um meio sorriso, quase chorando... Assim nos separando.
  - UMA FOTO, POR FAVOR, quero guardar isso para sempre... - disse , pedindo para um segurança tirar a foto (minha cânon que quase fiquei pobre por comprá-la). - Vamos fazer de parzinho, ok? – concordamos. - Então... - ela começou a falar como queria, e nós todos a obedecemos. Foi tenso para mim, porque tive que ficar com , olhando para aqueles belos olhos azuis. Resulto nisso: eu e no canto, eu apoiada nele, olhando para o próprio sorrindo. O mesmo estava sorrindo também, com os braços cruzados, olhando para mim. e ficaram do nosso lado, fazendo arminhas com as mãos apoiados um de costas pro outro. estava abraçando a , e a mesma dando risada. e estavam no chão fingindo brincar de alguma coisa, por último ao lado deles, no chão, e lado a lado. abraçava o braço dele, e os dois sorriam um para o outro.
  - Bem, agora vamos, meninas, vai começar o show - disse ironicamente... Rimos.
  - Tá, espera aí - abraçou um por um. Assim como nós. - Amo VOCÊS, MEU MARIDOS, ME DEEM ORGULHO NESSE SHOW, BEIJO NA BOCA - disse em português, é óbvio, e um monte de gente começou a rir da cara que eles fizeram. – Vamos.

  FLASHBACK OFF

  Não dá para ficar contando tudo, né? Foram tantos momentos... Olhei cada foto me lembrando dos tempos de adolescente e de criança... Olhei ao fundo da caixa TODAS as minhas coisas, que eu tinha deles, ah, meu deus... Não aguentei e comecei a chorar. Lembrando-me da , quando éramos super retardadas na escola, não só ela, da , da , da , do mundo de amigos que nós tínhamos. Hoje eu to casada, a está casada, a está casada, a está casada, a está casada e todos os nossos maridos foram de uma boyband, e até hoje eles são reconhecidos. Ainda hoje aquela amizade que eles disseram que seria para sempre foi cumprida...
  Apesar de todos os acontecimentos da minha vida (que não foram poucos) não me arrependo de não ter feito algumas lições de casa por eles, por gritar ou até mesmo ser mandada sair da sala por cantar 1D, bendito dia em que eu disse “um dia eu ainda vou me casar com vocês” para um pôster, o que eu achava que seria I-M-P-O-S-S-Í-V-E-L de acontecer... Teve um dia que nós fomos convidados para uma festa daquelas de um amigo dos garotos. me pegou reclamando do corpo, como sempre, obviamente ele brigou comigo nesse dia. Eu nem sequer tinha pensando na probabilidade de justo ELE entrar, ninguém sabia do que eu sofria. Mas ele acabou descobrindo.

  FLASHBACK ON

  - Nós vamos para uma festa fodastica hoje, e queremos que vocês fiquem lindas - disse, passando seu olhar em todas nós e parando demoradamente em . - Mais do que já são.
  - Tudo bem, deixa com a gente - respondeu por todas nós, sorrindo. — Obrigada, , meu ego está lá em cima.
  - Que isso, qualquer coisa... - ele sorriu maroto, dando ombros.
  - Tudo bem, garotas, agora é com a gente - disse, subimos e fomos cada uma para seu quarto tomar banho. Nosso apartamento era duplex, facilitar né. Os garotos ficaram na sala assistindo TV, jogados no sofá. Eles aparecem aqui só para nos convidar, e acompanhá-los também, já que estávamos quase namorando-os, aceitamos.
  - Tá, gente, o que devo vestir? — abriu seu guarda-roupa, em busca de algo que preste, segundo .
  - Você ainda tem aquele vestido preto de alça brilhoso? - disse prendendo meus cabelos em um coque, deixando uma mecha solta. Estávamos reunidas para saber o que deveríamos usar.
  - É uma boa ideia - disse se olhando no espelho, passando sombra preta, esfumando-a logo em seguida. assentiu, desamarrando meu cabelo.
  - Ele com certeza combina com aquele sapato preto camurça que você tem - estava indecisa entre um sapato vermelho sangue ou um brilho dourado. – É, né? Amei - disse pegando tudo o que precisava e indo pro banheiro para se vestir lá.
  - Eu não sei com o que devo ir - eu disse e fiz bico.
  - , eu sei com o que você deve ir, além de ficar sexy, vai deixar o caidinho por você, ou não só ele - caminhou com seus sapatos pretos fechados. arrumou meu cabelo estilo rabo, mas com um monte de mechas soltas presas por grampos, que nem sequer parecia existir ali. – Toma, prova isso - ela me entregou um vestido vermelho, aberto nas laterais e um decote mediano, na frente, e quase todo aberto nas costas. Tentei recusar porque mostraria o que eu nunca desejei ter. Peguei-o na mão e caminhei até o banheiro de , que nessa altura estava colocando o sapato.
  Coloquei-o e saí do banheiro, atraindo atenção de todas as garotas.
  - Ca-ra-lho - disse me olhando de cima para baixo. — Você está muito gostosa.
  - Ah, para, não é pra tanto - senti minhas bochechas corarem.
  - Não é pra tanto? - quase gritou. - Você está gata demais.
  - Tá, tá, gente, vamos parar, né? - eu disse, caminhando até o meio do quarto. — O que devo calçar e maquiar? — eu perguntei e elas olhavam para mim ainda, nessa altura do campeonato elas já estavam prontas e só faltava eu.
  - Vai tomar banho e veste algo soltinho - disse. - Nós vamos separar o que você deve usar e vamos descer, ok? - assenti, peguei minha toalha, uma troca de roupa rápida e fui ao banheiro tomar banho. Assim que saí vi tudo o que eu deveria usar em uma cadeira e as maquiagens separadas. Sorri e me virei, deparando-me ao espelho. Continuei me olhando, até reparar que eu estava acima demais do peso, olhei pro vestido, e de novo ao espelho. Minha cara tinha espinhas espalhadas, mas não dava apara perceber, mas mesmo assim. Olhei para minhas coxas, minha barriga, as olheiras roxas debaixo dos olhos, tudo. Pensei se realmente queria ficar comigo, eu era a feiura pura.
  - Você é linda, é só isso o que importa - aquela voz invadiu meus pensamentos, minha cabeça automaticamente a seguiu, deparando-me com encostado no batente da porta de braços cruzados. - Reparei que você não desceu, então perguntei para as meninas e elas disseram que você ainda não estava pronta - ele sorriu caminhando até mim, parando na minha frente. Só aí percebi que ele estava sexy até demais. Uma blusa preta fazia contraste com sua pele, estava de tênis e um calça jeans jogada, mas nem tanto. – Percebi o porquê – o sorriso dele diminuiu, mas ainda estava ali.
  - , não... – comecei até ser interrompida, ele era mais alto que eu, mesmo que eu usasse salto não chegaria a altura dele.
  - Sei o que você está pensando, , e não, eu acho você linda, divertida e tudo mais. Não quero que você se veja assim, montando em sua mente o que você não é - ele continuou me olhando, com os olhos azuis dilatados. - Agora pare com isso e vá se arrumar, ok? - ele me deu um selinho rápido, esperando minha resposta, só consegui assentir. Ele sorriu e saiu do quarto. Olhei para o vestido, suspirando. Olhei para o espelho, respirando fundo e sorrindo, “Você é linda, é só isso o que importa”, tirei os grampos do cabelo, deixando-os soltos, passei uma chapinha rápida, deixando-o com movimento. Peguei o vestido e coloquei, assim fazendo com o sapato preto aberto. Passei uma sombra preta, com marrom esfumaçado nas bordas, passei rimel, lápis e finalizei com um batom vermelho sangue. Joguei o cabelo para um lado, coloquei os brincos médios prateados. Eu estava gata e só isso que importa. Sorri confiante e peguei uma mini bolsinha de lado, onde taquei meu celular, identidade e balas de menta. Coloquei umas pulseiras pretas que achei ali. E saí do quarto, ouvi vozes no andar de baixo, respirei fundo e comecei a descer as escadas, todo mundo estava reunido em pé na sala, conversando sobre algo. Assim que cheguei no quinto degrau, fazendo um barulho um pouco alto com o salto, chamando atenção de .
  - Ca-ra-lho - ele disse boquiaberto, ri ao perceber que a disse a mesma coisa.
  - Uoooouu - todos ficaram daquele jeito, eu sorri confiante. Passei o olhar por todos, até chegar em , que estava ainda mais que os outros.
  - Você... – começou.
  - Você está gostosa pra caralho - disse descaradamente, ganhando um tapa de que sorria orgulhosa.
  - Olha o respeito, ! - gritou. - Eu sei que ela está gostosa para caralho e que os pensamentos são impróprios, mas ainda assim ela é minha, tá? - ri nervosa, parando do seu lado, senti uma de suas mãos entrelaçar em minha cintura, grudando-me a ele. Que mantinha um olhar matador. Desviou ele para mim. - Você está gata para caramba, nem parece que estava reclamando de si há alguns minutos atrás - ele sorriu, me fazendo sorrir ainda mais.
  - Eu te amo, - ele sorriu ainda mais, se possível, surpreso por ter falado isso, junto com seu apelido de anos atrás.
  - Eu te amo, princesa - dessa vez eu sorri, selando-o em seguida.

  FLASHBACK OFF

  Sorri com a lembrança, olhei para o canto da caixa e lá estava a caixinha da aliança de namoro minha e do , sorri ainda mais pegando-a e abrindo, acredita que o fez isso em um show?
  Foi o melhor dia da minha vida, ele ainda dedicou Little Things para mim e logo depois me pediu. Pelo mesmo motivo da recente lembrança.

  FLASHBACK ON

  - Vamos, garotas, nós vamos nos atrasar e nem quero ver o puxão de orelha que os meninos vão dar - disse, olhando para as quatro que se arrumavam ainda.
  - Calma, , seu namorado não vai começar o show sem saber se você está lá - sorriu cúmplice para as garotas, que estavam todas com sorrisos maliciosos no rosto.
  - Vocês por acaso estão escondendo alguma coisa? - eu disse olhando para cara de cada uma.
  - Olha, se estivéssemos contaríamos a você - disse piscando o olho. Depois dessa conversa fomos direto ao estádio, que estava lotado por sinal. Uma coisa que eu ficava feliz é de todas as Directioners me amarem por simplesmente entendê-las. E respeitá-las, e o melhor de tudo, ser legal.
  - Agora não vai dar pra gente ir nos meninos - disse fazendo careta triste, contagiando todas nós. Estávamos caminhando até a área vip. Olha o poder das pessoas. Ficamos ali até o show começar. Todas nós viemos de tênis, não somos idiotas a altura de vir de salto a um show, né? Quando começou o show eu só escutava a gritaria e pensava que um dia no passado era eu ali. Estava tudo normal. Até que pediu para parar tudo e foi caminhando até a passarela.
  - Bem, eu realmente estou muito nervoso por isso - ele riu, realmente ele estava nervoso. - Então, há algum tempo atrás, eu e os garotos conhecemos certas garotas - ele disse sorrindo e uma gritaria começou, minha cabeça começou a rodar, eu sabia de quem ele estava se referindo. - Todos nós ficamos amigos, mas eu ultrapassei o limite - ele olhou para o chão e respirou fundo, voltando o olhar para aquela multidão de luzes de San siro. – Eu me apaixonei por uma delas, o que dificilmente acontece comigo - ele sorriu, e meu coração bombeou sangue acima de seu limite, acompanhado dos milhares de gritos. - Eu não sou bom em palavras, mas ela pra mim é a garota mais linda que eu já vi na minha vida - as garotas olharam para mim sorrindo e só aí que eu pude confirmar o que minha cabeça pensava, tudo aquilo era para mim. - Nesses dias eu peguei ela reclamando de seu corpo, reclamando de seu rosto e de tudo - ele me pareceu chateado. - Eu achei algo totalmente idiota, porque ela é linda e, meu deus, como? - ele agora estava incrédulo e eu realmente confirmo cada palavra. Ele entrou no quarto justamente na hora que eu estava com a roupa que íamos sair, me olhando no espelho e resmungando o quanto sou gorda, etc. - Então agora eu dedico essa música totalmente a ela. Porque eu sei que essa música é a sua favorita... - ele parou sorrindo, ouvindo os gritos ensurdecedores. - Mas não é a mesma coisa se ela não estiver aqui no palco comigo – ele se virou pra onde eu estava, me procurando, e quando me achou eu já estava mergulhada em lágrimas e só vi ele me chamando. Um segurança veio me buscar e foi aí que minhas pernas ficaram bambas, assim que eu pisei no palco e comecei a caminhar, aparecendo totalmente ao público, não teve como meu coração não ir até a garganta e um rio sair de meus olhos. Olhei em volta e assim que meu olhar para no cara responsável por noites mal dormidas, eu corri. E o abracei o mais forte que eu conseguia, mesmo tendo um violão entre nós. Assim que me soltei, olhei para trás, os outros quatro garotos estavam lá sorrindo feito uns idiotas sentados, e começou a me puxar e apontou ao lado dele, indicando para eu sentar. Assim eu fiz. Os acordes de Little Things preencheram o estádio, e logo nos entreolhamos. E ele sorriu. Quando finalmente chegou na parte dele, ao invés de cantar para todas as Directioners presentes ali, ele cantou diretamente para mim. Olhando nos meus olhos borrados. Que tenho certeza que brilhavam e minha boca acompanhava cada palavra cantada por ele. E assim que terminou a música, ele me puxou para levantar, vi os meninos ficarem de pé mais atrás, ele só tirou o violão e se ajoelhou (daquele jeito de casamento), e pegou minha mão. Que estava tremendo, eu pensei estar desidratada naquela altura.
  - , você aceita ser minha e só minha namorada? - ele perguntou, tirando do seu bolso uma caixinha, os gritos aumentaram ainda mais, eu estava sem reação, eu só conseguia chorar. Assim que ele abriu, um anel se revelou lá dentro. Vi o pegar um microfone e vir até mim.
  - Um sim mais imenso e gordo do mundo - disse olhando pra ele, que sorriu mais ainda e se levantou, pensei que ele ia me abraçar, mas não, ele me beijou. ME BEIJOU. Só senti os lábios macios dele grudados nos meus e sua língua pedir passagem que foi cedida por mim rapidamente. E os gritos aumentaram ainda mais se possível, entrelacei meus braços em sua nuca, e os dele em minha cintura. Infelizmente, me separei, colando as testas, por mais que eu não queira, aquilo é um show de família, de adolescentes. Então não pode ter putaria.
  - Esse é o melhor dia da minha vida - dissemos juntos e rimos em seguida...

  FLASHBACK OFF

  O anel é todo prateado, com umas pedrinhas parecendo diamante e uma pedra maiorzinha no meio. Pelo menos esse foi o meu, admirei, com o rosto cheio de lágrimas, assim colocando dentro da caixinha novamente e colocando no seu devido lugar na caixa vermelha. Respirei fundo, sentindo algumas lágrimas escorrerem mais uma vez em excesso do meu rosto. Acho que eu não conseguiria ver tudo de uma vez, mas é melhor eu ter coragem... Olhei de novo dentro da caixa, tinha várias coisas, tipo pulseiras, desenhos, caderninhos... Perai, meu mundo parou no exato momento que pus os olhos na foto escondida de baixo do primeiro sapatinho do meu filho. Era uma foto de Bernard quando ele tinha 4 meses, segurava ele com todo cuidado do mundo, sentado no sofá. Lembro-me que ele tinha ficado admirando Ber, e eu claro não podia perder esse momento, tirei uma foto...

  FLASHBACK ON

  - Amor, se lembra onde eu coloquei a câmera que eu comprei semana passada? – perguntei, saindo do nosso quarto, me “pendurando” na parede para visualizar ele.
  - Acho que você deixou ela em cima da mesinha do quarto de hóspedes - ele disse, alternando seu olhar de Ber, que estava no chão brincando, para o celular.
  - Tudo bem - sorri sozinha, me virando e indo em direção ao quarto, assim que a achei em cima da mesinha, voltei para sala já ligando-a, adentrei a sala e me deparei com a cena mais fofa que já tinha visto, segurava Ber como se ele fosse feito de porcelana, percebi que o mesmo estava dormindo, fazendo com que o admirasse, possivelmente pensando no que aconteceu naqueles últimos anos e meses, ou ainda buscando características físicas, parecidas com as dele. Não podia perder esse momento, peguei a câmera, ajustei sem flash, fui andando devagarzinho até chegar ao lado do sofá. E tirei a foto. , quando percebeu o barulho que a máquina fazia, tirou sua atenção de Bernard, e voltou-a para mim, quando percebeu o que eu estava fazendo, sorriu sincero. Me sentei do seu lado, encostando-me nele, olhei no fundo daqueles olhos e depois para Ber, que dormia tranquilamente.

  FLASHBACK OFF

  Ele hoje tem 2 aninhos, tem cabelo igual do pai, olhos igual do pai, come feito o pai e uma parte da mãe, tem alguns costumes meus... Tudo junto e misturado, mas essa foto foi a primeira que tiramos dele, porque minha câmera tinha quebrado, então eu comprei outra uma semana antes dessa foto. Como eu queria voltar naquele tempo para viver tudo de novo. Respirei fundo outra vez.
  - ? - olhei para a porta, e lá estava ele encostado na porta.
  - Há quanto tempo você está aí? – perguntei, colocando algumas coisas que estavam fora da caixa dentro da mesma novamente e fechando-a.
  - Tempo suficiente para ver você pensativa ou melhor... Emocionada? - ele veio até mim, parando na minha frente.
  - Digamos que eu estou revivendo o passado? - perguntei rindo de leve, me levantando.
  - Hum... Vamos, porque se depender do Ber ele come todo o chocolate, vamos - ele pegou minha mão e me puxou e eu obrigatoriamente tive que acompanhar, descemos as escadas e me deparei com Ber sentado no sofá, com uma barra de chocolate em meio as pernas.
  - - ele em olhou. - Não acredito que você deu chocolate para essa cria - falei olhando o estado do Ber, que estava todo melecado e depois para ele. - Você sabe que se depender dele ele come o resto de chocolate que tem nessa casa.
  - E quem resiste a uma carinha fofa dessa? - ele disse, pegando um paninho e limpando o rosto do Ber.
  - Obligado, pai - o Ber disse e olhou para TV focando no desenho. Mas logo abriu a boca.
  - Tá com sono, bebê? – perguntei, me sentando ao lado dele.
  - Sim - ele concordou erguendo as mãozinhas. Peguei-o no colo. - Já volto - cochichei para o que estava sentado (lê-se: jogado) no sofá e ele concordou. Levei Ber até o quartinho dele, que ficava no andar de cima, indo vagarosamente até a caminha. O deitei e beijei a testa dele com três palavras “Boa noite, Ber” deixei o quarto, assim indo até a sala, onde o estava do mesmo jeito.
  - Dormiu - falei e me sentei (lê-se: me joguei) no outro sofá.
  - Sabe o que eu estava pensando hoje? - me olhou e assim nos entreolhamos, me levantei e me deitei ao seu lado, me aconchegando ao seu peito. Ele desligou a TV e me olhou novamente com aquela imensidão azul.
  - Não - eu o olhei devolvendo o olhar e depois fechando os olhos.
  - Lembrei de tudo o que aconteceu nos anos passados - abri os olhos e o olhei, que me encarava com uma carinha fofa. - Desde aquele show que eu conheci você e as garotas até hoje – sorri.
  - Sabe que eu também - o vi sorrir, me fazendo sorrir ainda mais, se possível. - Decidi ver todas as lembranças que eu havia guardado -continuei o encarando, assim fechando os olhos sorrindo de leve.
  - ? - ouvi meu nome em sua voz macia, a mesma de anos atrás, mas com um toque mais maduro, fiquei quase tonta como sempre.
  - Hum - abri os olhos, ainda entorpecida com sua voz.
  - Eu te amo - ele sorriu, encostando sua testa na minha.
  - , eu também te amo - dei um selinho. - Você e o Ber - sorri e o mesmo retribuiu. Quando ouvimos o barulho do telefone. Me levantei e fui atender...
  - Quem era? - me perguntou.
  - - o olhei. - Eles nos convidaram para ir na festa dele e da em comemoração aos 8 anos de One Direction - o olhei. - Parabéns – sorri.
  - Claro, vamos - ele me olhou e sorriu. – Obrigado, .
  - Então vamos, o Ber eu deixo na casa da Melinne - pisquei o olho e logo me arrumei, fui pro quarto do Ber e quando eu fui abrir a porta, pude ouvir a voz de , abri um pouquinho e ele estava conversando com o Ber, e o mesmo dormindo. Ele estava cochichando, mas ainda assim era possível ouvir.
  "- Bernard, eu amo sua mãe assim como eu te amo, eu sempre sonhei em ser pai e Deus me deu você, e ainda me deu sua mãe de presente – suspiro. - Me lembro como se fosse ontem o dia em que preguei os olhos em sua mãe. Eu sabia que não seria possível achar outra garota, tinha que ser ela - pude senti-lo sorrir de leve. - Eu não sabia reagir quando estava em sua frente, os meninos me zoavam por não falar para ela que eu gostava dela. Nós íamos a restaurantes, cinemas... - ele pausou, provável que se lembrando. - Quando descobri que as garotas tinham ido a Londres não resisti e a convidei para irmos a London Eye - ele sorriu, rindo de leve. - Sem seguranças - ele sorriu mais ainda, me fazendo sorrir junto, lembro-me que naquele dia foi nosso primeiro beijo, no alto da famosa roda-gigante. - Nunca vou me esquecer dos dias em que passei com os meninos. E nem como nossa banda nasceu e tomou o mundo, quando orgulhei minha família e meu amigos - vi uma lágrima descer dos olhos azuis dele. - Nunca tinha imaginado que existiria milhões de garotas nos idolatrando e cantando em plenos os pulmões, ainda mais em um estádio - ele sorriu, limpando as lágrimas. - Um dia você vai ver tudo isso, tudo o que o papai e a mamãe fizeram nesse mundo. Tenho certeza que você vai se orgulhar. E vai se achar, falando pra todo mundo que você é filho de - ele riu, e me peguei imaginando isso, rindo levemente. - Hoje nossa banda faz 8 anos e, sinceramente, não me surpreendo por os meninos continuarem os mesmos - ele sorriu beijando a testa de Ber."
  Bati na porta e entrei.
  - Vamos? - ele secou as últimas lágrimas rapidamente.
  - Claro - ele pegou Ber nos braços e fomos primeiro a casa da Melinne, uma antiga amiga minha que conheço até hoje, deixando-o lá e indo direto para a festa... Hoje é um dia de aproveitar, porque você nunca mais vai viver o que viveu hoje. Aproveite que no futuro isso vai ser uma lembrança que vale a pena ser lembrada, ou até mesmo guardada. Viva sua vida, o máximo possível, sorrindo com coisas bobas. Aproveite o máximo, que no futuro você vai ter experiências para compartilhar com alguém. Hoje em dia eu nunca esqueci das minhas melhores amigas e de todos os momentos. Mesmo que algumas pessoas possam não fazer mais parte dela.
  Quando jurei ser Directioner, eu jurei que seria para sempre.

FIM



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