17 Bullshits
Escrito por Geovanna Egias | Revisado por Mariana
“Ela amava o numero dezessete, amava pizza, amava azul e quanto a mim? Ah sim, eu amava o sorriso dela, amava ouvi-la falar sobre musicas, livros dos quais eu nunca li, amava como ela quebrava meu coração só de falar de um suposto porta azul.”
“E se fossemos ventos, eu seria brisa e ela furacão.” - John Green.
Não podemos quebrar corações alheios, não podemos quebrar os vasos das nossas mães, não posso quebrar um prato na cabeça de quem não gosto, não posso sair de um lugar sem o bagunçar, igualmente quando ela entrou em minha vida, desta vez não fui eu que havia quebrado, bagunçado ou revirado a vida de alguém, e sim ela o fez, e o pior, o fez comigo. Com todo a direito, ela não estava errada ao fazer isso, nada mais justo.
“Com que merda de autorização você entra aqui, grita comigo, me faz mudar de ideia e vai embora?” - eu a encarei severo, e vi seus lábios se unirem com força, a mesma em que seus punhos cerrados estavam, ela me olhou e arqueou a sobrancelha, e eu sabia que ela gritaria comigo assim que seus olhos se nublaram de vez.
“... erm, - ela franziu os lábios mais uma vez, respirando fundo. - eu vou embora. - ela disse baixo, mas audível, sua voz completamente diferente da qual eu esperava ouvir. - E você, , aah sim você - ela riu irônica e me encarou com aquele sorriso irônico pronto pra me esganar - Você, vá a merda.”
Naquela manhã ela havia simplesmente entrado sorridente por aquela porta, quando eu percebi que ela era a desordem em pessoa, que ela era uma ''heartbreaker'', ela era a dona dos olhos mais temperamentais que eu já vi, dos quais em meio as nossas discussões se nublavam rapidamente, mudando do verde claro a um verde obscuro. Ela era incrível, irônica, e terrivelmente meu pesadelo, minha melhor amiga.
- Ganhou o jogo de hoje? - ela abriu aquele enorme sorriso ao me encarar, colocando as mãos na cintura daquele uniforme de cheeleader que tanto combinava com ela, que não era para menos que era a capitã do grupo de torcedoras.
- Sim, eu ganhei o jogo de hoje. - eu ri a abraçando pela cintura, a garota como era de se esperar fez cara de nojo e bateu em meu braço rindo.
- Você está suado e isso é nojento. - ela riu, colocando as mãos em meu peito me empurrando tentando se livrar dos meus braços ao redor dela.
Era assim, e foi assim que eu me apaixonei por uma garota que quebrou meu coração milhares de vezes. Era incrível como o uniforme de lider de torcida caia bem nela, era incrível como sua pele clara era ridiculamente atraente aos meus olhos, incrível como ela poderia fazer um garoto se apaixonar por ela ao sorrir, como ela me fazia eu me apaixonar por ela com um sorriso, ridícula a forma em que ela era minha melhor amiga, e incrivelmente ridículo como eu consegui a perder. Ela tinha uma quedinha por bateristas, mas eu tocava baixo, ela curtia garotos bad boys e eu era só eu, ela gostava de dezessete coisas e eu não tinha nem sete das quais ela gostava num garoto.
- Para onde você vai? - ela sorriu de leve como se eu fosse idiota ao não saber a resposta.
- Será que para um suposto, hm, treino? - Ela riu grudando ao braço da e saiu jogando os cabelos pros lados como sempre fazia saltitante e sorridente.
- É, dude, to vendo que você está completamente ferrado com essa garota. - debochou ao meu lado, jogando-se ao sofá atrás de nós.
- É mesmo? - eu ri da cara dele – E quanto você e a dona -super-sexy-Lunardi?
- O quê? - ele me olhou espantado. - Mas eu não... quem te contou... opa, é nós não temos nada, é digo, eu não tenho nada com ela. - ele coçou a nuca, com um sorriso torto tentando me convencer.
- Cala a boca, , você mente muito mal. - eu ri e ele parecia prestes a enfiar a cabeça num buraco. - E levanta daí o treino já vai começar. - Quando eu e passamos em frente aonde o grupo de cheeleaders treinavam, era como se fosse impossível desviar o olhar dos pompons da lider do grupo, enquanto parecia um idiota olhando pra senhorita-eu-sou-sexy-.
Desde aquele treino, dias se passaram como sempre passavam, eu olhava pra ela, ela estava conversando com ele... Rindo, sorrindo e merdas do tipo com aquele maldito cara. Até o filho da puta do havia me trocado pela , e falando assim eu me sinto um completo egoísta só pensando em mim.
’s POV
- VAMOS LÁ, MENINAS, VAI SER O SEGUINTE... - Eu gritei prendendo a atenção das minhas cheers. - Vamos fazer uma pirâmide e no final dela, vai se dando saltos conforme a fila, tipo assim, eu estarei no topo, darei um salto triplo até atingir o chão e aguardá-las seguindo como apoio pra vocês pulares. Assim que eu sair do topo com o salto, Chelsea e Alexandra pulem, apos as duas, as três da fileira de baixo e por fim acabamos a apresentação com todas no chão, certo? - eu as encarei, umas meio que pareciam temer, mas não recusariam.
E eu arrisquei ir no topo, já dizendo que ficaria fora disso pra quer como ficava, quando eu saltei dos ombros de Chelsea e Alexandra, para finalizar tudo, mas deu errado, tudo errado quando eu cai no chão junto com Zac que estava sem apoio algum de outro do grupo por me segurar, ele fez o seu trabalho, agora não haveria dado certo, quando eu bati com o braço desconforme do meu corpo, abri os olhos meio atordoada vendo várias do grupo numa roda em volta de mim, começou a perguntar se eu estava bem e a gritar que jogava praticamente a nossa frente o fazendo perder um ponto por sair correndo. Não pude evitar de ver quem vinha logo atrás dele, sim ...
- Você está bem, ? - franziu o cenho me encarando.
- Estou... - me sentei no chão colocando uma das mãos na testa. - Mas meu pulso está doendo.
- Quer que eu te acompanhe até a enfermaria? - sorriu calmamente.
- Por favor... - eu me levantei me escorando em e sorrindo para caminhando e dando ordens no grupo por tentarem mais uma vez.
- Você esteve tão quieta ultimamente, tão distante... - ele falava ajeitando meu cabelo e segurando em minha cintura ainda na recepção da enfermaria.
’s Pov
Naquele dia, fora notificado que a garota teria deslocado o pulso por causa da queda e ela teria que ficar afastada do time das cheeleaders, por no mínimo duas semanas. Quando ela saiu de dentro da sala segurando seu braço direito, o mesmo do qual o pulso estava enfaixado, ela sorriu singelamente para mim, e eu simplesmente a abracei.
No dia seguinte, era sábado, nada mais justo depois de uma semana cheia de merdas e tombos, e ela me matando aos poucos mesmo não sabendo, quando bati duas vezes na porta da sua casa, entrei na mesma sorrindo para mãe dela como de costume já que a mesma sorriu fraco abrindo passagem para mim, já no segundo andar da casa estava vazio e silencioso, bati na porta do quarto de e supus ter ouvido a garota praguejar.
- Vai embora, vá a merda, vá pra bem longe desse quarto. - revirei os olhos abrindo a porta e colocando a cabeça pra dentro do quarto de leve.
- , aqui é o ... - pude ver a garota jogada na porta da sacada com aqueles shorts jeans minúsculos e uma camiseta larga - bem mais larga do que o normal - do Green Day. Espera, minha blusa do Green Day.
- Não quero que você me veja assim. - ela resmungou se revirando no chão frio da sacada que deixava vir um vento desgraçado bagunçando completamente seus cabelos loiros. - pPareço fraca...
Era incrível como aquela garota despertava tudo em todos os sentidos, ela despertava a atenção dos mais desatentos, alegria em depressivos, e quem sabe a paixão secreta em algumas pessoas, e talvez seria sempre assim, eu sendo o melhor amigo da garota, lider de torcida, desejável, gostosa, eu continuava ''amigo'', para ela sempre seria isso.
- Você vai ficar mais fraca ainda se continuar tomando essa droga de friagem e continuar jogada no chão. - eu sorri fraco, estendendo a mão para levantá-la.
- Você sabe que não é desta forma em que eu digo ''fraca''- ela riu baixo e revirou os olhos.
- Brigou com a velha de novo não é? - eu a apertei em meus braços beijando sua testa, vendo a garota murmurar um sim baixo. - A proposito, essa é a minha camiseta.
- Sim, era a sua camiseta. - ela mostrou a língua - Mas era.
- Era? - eu ri baixo a olhando com indignação, ela sorriu.
- Era, porque você perdeu. - ela fez careta quando eu fechei a porta da sacada, a mesma da qual vinha um vento desgraçado.
- Sabe... - respirei fundo - Você não me contou sobre sua semana, não me contou sobre o seu novo, hm ''cara'' e não respondeu minha pergunta de ontem. - eu a encarei sem expressão alguma vendo seus lábios se formarem numa linha reta.
- Você quer mesmo que eu te responda, ? - ela se sentou na cama e ai eu pude ver como a minha camiseta ficava tão bem nela, ela ficava extremamente sexy mesmo com a blusa larga que escondia sua cintura, escondia seus peitos, escondia a barriga, enfim, ela continuava irresistivel. Eu assenti com a cabeça me sentando a sua frente. Ela respirou fundo sem me encarar nos olhos.
- Eu não te contei porque tudo envolvia você, e eu não poderia quebrar minhas próprias regras, seria quase um insulto ao meu orgulho, - ela suspirou mexendo no esmalte semi descascados azul - Eu não te contei porque eu não o amava, porque eu não amo o idiota do Nate, porque eu não me importo com ele, e ele nem joga tão bem quanto você - ela riu jogando a cabeça de leve pra trás, e voltou com o foco. - Você quer mesmo saber o final disso?
- Acho que sim, por que não? - eu sorri fraco a encorajando.
- Acontece que eu gosto da sua blusa, tem seu cheiro e bom... isso me conforta. - ela sorriu - Mas você ama a Emma, e não a mim, então não vejo necessidade de te dar detalhes de porquês daqui para frente.
- Mas eu quero saber. - eu a encarei mais sério agora.
- Foda-se que você achou alguma coisa do seu interesse nisso, foda-se se você corresponder agora, foda-se se você sentir ''dó'' porque eu não estou pedindo dó de ninguém, muito menos a sua. Não é necessário que você saiba.
- E por que não é, ? Eu preciso de explicações. - ela arqueou a sobrancelha como se estivesse prestes a me bater, encarou suas meias do toy story, sorriu torto e provavelmente pensou em continuar a falar.
- Porque, , ai porque. Bom, porque enquanto todos os garotos do time, sim do seu time babavam por mim, enquanto todos eles dedicavam pontos, gols, ou qualquer merda do time pra mim, eu não estava nem aí pra eles, enquanto, todos me encaravam com um sorriso perverso assim que eu passava pelo corredor, assim como todos tentavam descobrir o meu numero de celular, enquanto todos, todos tentavam milhares de coisas... - ela respirou fundo - eu não queria nenhum deles, eu quis você, o único do qual não olhava pra mim enquanto eu passava, do qual não se sentia atraído por um piscadela e sim ria junto comigo, o único do qual não dedicou pontos pra mim, o único que esteve do meu lado, dizendo ''vocês não vão durar uma semana'' quando eu ficava com um garoto, o único que ia ao burguer king, viver comigo fora das dietas de cheeleaders, o único que me ouvia cantar, sorrir e chorar, o único que eu precisava, o meu único melhor amigo porque depois de um tempo, talvez no meio de todas as nossas ''brigas'' que não eram bem brigas, mas tanto faz, eu meio que me apaixonei por você.
Eu senti minha boca abrir num ''o'' e limitei a mesma a fechar, a olhando sério.
- Isso não seria bom? - eu realmente me senti um idiota perguntando isso, mas eu tinha que dizer algo.
- Bom? - ela riu ironica - Não, não é bom se apaixonar por seu melhor amigo, não é bom se apaixonar na verdade. Mas eu superei, , acho que minha paixonite por você passou, e agora você pode continuar como sempre esteve com Emma, dedicando pontos pra ela, sorrindo pra ela, e emprestando sua blusa pra ela. - ela riu ironicamente se levantando, a garota dos cabelos loiros bagunçados tirou a minha camiseta do Green day, tacando em mim e ficando só de sutian em minha frente sem nem dar importância alguma, e saiu pela casa. Eu como um bom idiota sem iniciativa só fui embora.
E ela foi embora agora, foi embora por culpa minha, e agora as únicas coisas que me restaram fora a dor, bebidas e cigarros por essa noite. Foi naquela noite, com aquela musica tocando naquela festa que eu senti que havia a perdido, que eu teria feito com ela, ela poderia fazer em dobro comigo se quisesse. E bom, ela o fez, ela o faz, porque foi assim que eu percebi que na verdade eu não amava Emma, eu amava ela.
Tudo havia começado em um ano atrás, quando nos conhecemos, nós brigavamos, gritavamos, nos xingavamos, e no final, a sim o final era a melhor parte. Eu acabava cedendo ao olhar naqueles olhos verdes que sempre que estava brava comigo ficavam nublados. Acontece que nossa amizade havia começado justamente quando eu era idiota suficiente pra não reparar nela, não mais do que amiga, como eu pude ser tão burro em não reparar? Ela sempre fora a capitã do time de cheeleaders, a garota mais gata do colégio, calouros ou não babavam por ela, garotas babavam por ela, qualquer um babava por ela, e eu só olhava em todos babando nela ao meu lado passando pelo corredor e pensava “É só a , enxuguem a baba”. Com um tom irônico em meu próprio pensamento, talvez fosse até um pouquinho de ciúme. Quando eu não percebia que ela não era SÓ A ela era A , calouras do fundamental babavam/pensavam por serem como ela um dia, por ganhar várias e várias competições com seu grupo, vários prestígios por ser uma ótima capitã, por ser gata, por ter olhos encantadores, por tem um corpo que... enfim, por ser ela, e eu não via isso.
No jogo do dia seguinte, ela não estava por lá, eu fiz um ponto justo pensando nela, talvez ela devesse repensar seus conceitos que eu nunca haveria feito um ponto por ela, eu sempre o fazia, em silencio obviamente. fez o seguinte comemorando junto a , que dava alguns pulinhos na arquibancada, Percebi ali que estava sentada ao lado da amiga, sem o resto do time, olhava com uma cara de poucos amigos e totalmente entediada sentada no banco com aquele uniforme de cheeleader que tanto combinava com a mesma, o braço direito engessado, mexendo no celular.
In the dark of the night I could hear you calling my name./ With the hardest of the hearts, I still feel full of pain./So I drink and I smoke and I ask you if you're ever around./Even know it was me who drove us right into the ground.
(Na escuridão da noite, eu posso ouvir você chamar meu nome/Com o mais duro dos corações, eu ainda sinto muita dor/Então eu bebo e fumo e pergunto se você vem sempre por aqui/Mesmo sabendo que eu nos conduzi para este lugar)
Tudo me lembrou quando nós bebemos e fomos parar num pub no centro da cidade, nós riamos até eu perguntar pra minha melhor amiga se ela vinha sempre pro tal lugar, mesmo eu já a conhecendo e eu ter a levado pra aquele lugar, ri absorto em meus pensamentos inúteis, eu tinha tudo, eu tinha ela, eu tinha felicidade e eu não sabia, eu a troquei por Emma, e saber que Emma era uma sem sal que eu nem sabia o porquê estava com ela.
See, the time we shared it was precious to me,/All the while I was dreaming of revelry./Born to run, baby run like a stream down a mountainside/But the wind in my back I don't ever even bat an eye.
(O tempo que passamos juntos foi tão precioso pra mim/Mas enquanto isso eu estou sonhando com as festas/Vamos correr, como um riacho montanha abaixo/com o vento em minhas costas eu não vou abrir os olhos)
E agora essa mesma garota, a que eu realmente amava, nem olhava em minha cara, ela me ignorava, eu sai da quadra de rúgbi, suado logo atrás do , tirei o capacete de rúgbi jogando o mesmo no chão, fingindo não vê-la quando subiu até as arquibancadas ao beijar a e ela resmungar com ele, ela fingia nem estar ali, ela se levantou falando ''vão pra merda de um quarto'' e saiu do estádio. Sabe, eu acho uma puta de uma irresponsabilidade, e idiotice essa parte que todos os jovens de hoje em dia colocam a merda da palavra merda, puta, ou qualquer bosta do tipo em frases que não tem nada a ver, os pais deviam dar mais educação a esses pirralhos.
’s pov'
- ? - eu choramingava encolhida na cama dele.
- Sim, . - ele me encarou tirando os tênis e jogando pelo quarto bagunçado e me abraçou.
- , você vai me deixar? - eu respirei fundo, enfiando a cara em seu torax com o perfume amadeirado do meu amigo. - Igual ao ?
- Não, eu não vou, - ele respirou fundo mexendo em meus cabelos. – Mas, pequena, você tem que compreender que ele não fez por mal...
- Vai mesmo defender ele? - eu olhei com completa cara de desdém para , que fazia um esforço enorme pra livrar o amigo de uma forma irrelevante.
- Não vai mesmo ouvi-lo? - ele deu de ombros, me encarando sério. – Acontece, , que eu amo você, te conheço desde que somos pequenos, mas ele também, , eu conheço os dois e eu não posso fingir que eu não vi você quebrando o coração dele como faz com o resto todo do meu time.
- Como... como assim, ? - eu o observei atentamente tentando parar de gaguejar ou impedir com que minha voz falhasse.
- Ele não te disse né? - ele respirou fundo, vendo me eu afagando mais em meio aos travesseiros de sua cama.
- Não. - eu disse seca esperando por uma resposta.
- Bom, , desculpa então, mas isso não sou eu que devo te falar. - ele respirou fundo me abraçando. - Só acho que vocês dois tem que parar de ser orgulhosos.
- Eu não sou orgul... - eu pigarreei e ele me cortou com um meio sorriso.
- Eu te conheço, . - Ele riu, e saiu do seu próprio quarto me deixando sozinha.
Depois disso, eu dei tchau ao e sai pelas ruas frias e incrivelmente amáveis daquele merda de cidade, eu estava confusa mais uma vez, eu precisava de apoio. E saberia completamente como era, já que parte em nossas vidas foram parecidas, foram cortadas e abandonadas, eu e ele havíamos... Droga, e agora tudo voltava à tona, e ele não estava aqui pra me aconselhar mais uma vez. Adentrei um Starbucks e pedi um chocolate quente, me sentando numa mesa pra dois encostada no vidro gelado que desciam as gotas de chuva por ele e dava a visão de toda a Londres, eu observava as gotinhas correrem, como uma competição enquanto aguardava a lerda da atender o telefone. Que por sinal, caixa postal.
- Oi , aqui é a , você já deve saber o porque eu estou ligando... é, eu não estou bem, preciso falar com você, me liga.
- Não está bem? - reconheci imediatamente aqueles cabelos loiros bagunçados, ele encostou a cabeça no vidro do Starbucks me olhando, eu respirei fundo o encarando quando o mesmo delineou com os lábios “preciso falar com você”. Ele entrou na cafeteria recebendo vários olhares negativos por ele estar ensopado e pingando a água no estabelecimento.
- Foi seu pai não foi? - senti seu olhar sobre mim, e eu apenas abaixei o olhar sobre as unhas mal feitas.
- Foi. - eu disse num murmuro e senti o mesmo dar a volta ao se sentar ao meu lado quase me molhando.
- Eu tinha muita coisa para te falar, muita. - ele sorriu fraco me encarando, quanto a mim, eu continuava a olhar para o meu colo. - , me disse sobre seu pai, você não está bem não é mesmo? Eu estou aqui, , você esteve quando aconteceu o mesmo comigo.
- - eu respirei fundo -, não sei se estou pronta para falar com você sobre.
- Tá, então depois nós falamos sobre. - ele respirou fundo, levantando meu queixo por fita-lo - Agora é serio, baixinha, eu tenho que te falar e se eu não falar eu não sei, só sei que eu preciso falar.
- Eu não sou a única baixinha... fala. - assenti com a cabeça vendo-o inquieto mexer os dedos, o pé direito e morder o seu lábio inferior.
- É meio que... - ele respirou fundo me encarando sério. - meio que euamovocê.
Eu acabei rindo dele dizer enrolado e eu não entender.
- , repete e com calma. - eu sorri.
- Eu- amo-você-loira. - ele sorriu abertamente ao falar pausadamente como se dissesse a coisa mais secreta que ele escondera de todos até hoje, ele estava vermelho de vergonha e encarava as mãos que eram inquietas. - quernamorarcomigo?
- Você tem que parar de falar enrolado sabia. - eu ri fitando meu colo envergonhada e ele me abraçou me molhando já que o mesmo estava muito molhado. - e hm, sim, euaceitonamorarcomvocê, idiota. - ele riu de mim, me dando um selinho rápido. - Ah, e eu-também-amo-você.
- Sério? Tipo assim agora somos eu e você e nós e passaremos o natal transando o dia todo? - ele riu alto junto comigo grudando nossos corpos.
- Sexo no natal não é nada mal. - eu ri alto, sentindo um pouco de frio devido a temperatura e eu estar molhada. – É, deve ser tipo assim mesmo. - dei de ombros rindo, quando o puxei pela nuca sentindo deus cabelos molhados, totalmente molhados, pingavam água, e o beijei, senti um choque térmico quando nossos corpos se chocaram, e minha barriga antes seca e quentinha molhou-se completamente quando o mesmo passou os braços em volta da minha cintura, mordendo meu lábio de leve.
- Sabe, eu tinha uma pilha de coisas para te falar, mas eu não sei, se dizer que te amo foi difícil imagina o resto? - ele riu bagunçando mais ainda os cabelos molhados.
- Eram coisas tipo o quê? - eu o encarei sorrindo - Era tipo “Como ela fica sexy nos uniformes de cheeleader”? - eu fiz voz grossa na tentativa de imitar os caras do time de , o fazendo gargalhar - Eu sei, eu sei disso, até os novatos do fundamental me dizem isso.
- É eles tem toda razão, mas não. Eram meio que “eu-sempre-gostei-de-você” e que eu fui um idiota aquele dia no seu quarto, por na mesma hora não ter te puxado e te beijado. - ele riu vermelho de vergonha. - Era meio que eu achava que você não gostava de mim, eu achava que eu era só mais um na sua lista de caras e...
- Ai, ai, cale a merda de boca, . - eu ri observando-o ao me dar um selinho demorado. - Você não sabe de nada.
Passamos a tarde andando na chuva, gritando com carros, e brincando de...
- Olha a Combie velha ficou pra você. - eu berrei rindo, sem nem ligar mais pra chuva que caia vendo o carro velho passar.
- E aquilo que eu não sei o nome ficou para você! - Ele deu de língua mostrando que o meu era pior que o dele. E nós rimos alto – Venha, gatinha, vou te levar pra dar uma volta na minha Combie. - ele me puxou rindo alto, me pegando no colo e correndo no meio das ruas movimentadas de Londres.
’s pov'
Era incrível como era a única garota que conseguia quebrar e consertar meu coração em milésimos de segundos, ela sorria o concertava ela me ignorava e o quebrava, bom isso antes, agora não mais, agora é meio que tipo ela o conserta, ela me faz bem ao saber que quando o campeonato chegar e marcar ponto ela vai ser pra quem eu vou olhar e piscar, sei que vai ser com ela que vou passar o natal, e vou poder olhar para torcida, ela gritando com as garotas, com aqueles uniformes sexys, e cabelos loiros e vou saber que ela não é só mais uma líder de torcida, que ela não é só mais uma garota que pode quebrar mil corações neles incluso o meu, agora ela pode quebrar os mil corações, mas da mesma forma em que ela quebrou o meu ela o concertou, ah aquela garota concerta tudo tão bem...
“E FOI PONTO PROS BLUE-CLOUS*” - o narrador do jogo, que era uma das finais mais importantes para o nosso time ir para o internacional, berrou e o estádio inteiro gritou junto em aprovação vendo o placar encerrado e o Blue-Clous ter ganho o mesmo, vibrei em felicidade batendo as mãos as do , e berrando em meio do campo, vi aquela garota correndo em direção ao meio do campo saltitante. - ”ACABOU O JOGO, OS VENCEDORES QUE IRÃO PARA AS INTERNACIONAIS SÃO OS BLUE-CLOUS”
- E adivinha em quem eu pensei em marcar o ultimo ponto-mais-importante-decisivo? - eu a encarei com um sorriso enorme.
- Em mim, - ela riu convencida. - é sempre em mim. - nós rimos, e eu a puxei pra um beijo demorado, sentindo toda aquela emoção de estar em meio de um jogo decisivo, de ter o ganho, ganho o jogo e ter conseguido a minha garota.
EPÍLOGO (3° pessoa)
Eles eram o casal mais popular, divertido sendo eles mesmos de toda a Londres, com todos aqueles starbucks, toda aquela idiotice, e claro aquele casal de amigos idiotas não ficavam atrás, eles foram todos juntos pra New York pra um dos jogos mais importantes e mais bem televisionados, eles tinham uns aos outros, e ainda tinham o tempo de folga pra passar o natal todos juntos na casa da avó da , com a família dela, mas afinal a , e claro o Loiro gripado - eles ficaram gripados, totalmente gripados depois do pedido de namoro - também eram sua familia agora.
- Sexo no natal? - ele a encarou pervertido sem nem se importar com a presença de e no canto da sala.
- Nós vamos para casa da minha avó, . - ela riu dando de língua.
- Sexo no natal na casa da sua avó? - os quatro riram alto ecoando na sala.
- Você é um pervertido. - ela fez careta por fim e ele a beijou, arrancando um “Blé, vão pra um quarto” do e de , afinal não era isso que dizia quando via outras pessoas se beijando?
“Feito, sexo no natal!” - ele riu cuspindo na mão e estendendo pra ela como um “acordo”.
- Saí daqui, namorado porco, e hm não. - todos voltaram a rir alto e se abraçaram, digo os quatro, ,, e , que acabaram caindo no chão um por cima do outro.
- FIIIIM! - gritou alto, jogando os braços pra cima.
- Ei, , eu e você também poderíamos achar um cantinho tipo a cozinha da casa da avó da no natal, porque sexo no natal é uma coisa super certa a fazer e... - olhou a namorada rindo, e ela gritou sem parar de rir.
- Sem essa, .
FIM