Your Song
“I woke up with a fear this morning
But I can taste you on the tip of my tongue
Alarm without no warning
You’re by my side and we’ve got smoke in our lungs”
Eu abri os olhos e me sentei na cama assustada, com a respiração rápida e então engoli seco com a súbita dor de cabeça e as coisas ao meu redor rodando. Levei as mãos ao rosto, tentando organizar os pensamentos, mas o frio súbito em minha pele me fez perceber o detalhe mais alarmante: eu estava nua. Senti o calor subir até minhas bochechas enquanto instintivamente puxei o lençol para cobrir o abdômen e os seios.
Foi então que meus olhos vagaram pelo quarto.
Não era o meu. Nada parecia familiar — o mobiliário, as paredes, nem mesmo o leve cheiro amadeirado no ar. Meu coração disparou. Onde eu estava? Como vim parar aqui?
Foi quando ouvi o som do despertador. Meu corpo congelou. Lentamente, virei a cabeça para o lado, já temendo o que encontraria. E lá estava ele.
Woozi.
Deitado de lado, o rosto suavizado pelo sono e um sorriso bobo iluminando seus lábios enquanto esticava o braço para desligar o alarme.
— Bom dia. — Sua voz rouca de sono atravessou o silêncio, e ele se espreguiçou lentamente antes de abrir os olhos e encontrar os meus.
Eu queria dizer algo, qualquer coisa, mas a surpresa e o pânico me prenderam no lugar. Ele, no entanto, parecia completamente relaxado, como se fosse algo cotidiano para nós dois.
— Você está bem? — perguntou Woozi, apoiando o cotovelo no colchão para me encarar melhor, a expressão suavemente preocupada.
Engoli em seco, meu cérebro lutando para processar tudo ao mesmo tempo. Como aquilo tinha acontecido? Como eu, sua funcionária, havia acabado de acordar nua ao lado dele?
Sem conseguir encontrar palavras, fechei os olhos com força e me deixei cair de volta no colchão, ainda segurando o lençol contra o corpo como se fosse minha única proteção contra a enxurrada de pensamentos que começava a me sufocar.
E então, como flashes, pedaços da noite anterior começaram a surgir…
A festa. A luz baixa misturada às cores vibrantes, o som alto preenchendo cada canto do ambiente. Woozi ao meu lado, com um copo na mão, o sorriso tímido de sempre, mas os olhos brilhando de satisfação enquanto seus colegas o elogiavam pela nova música.
Lembrei-me de nós dois na pista de dança. Não sei em que momento ele me puxou, mas havia algo tão descontraído e natural nele que, mesmo hesitante no começo, me deixei levar. Nós ríamos e dançávamos ao som da música — aquela mesma música que ele havia produzido e que agora parecia tão íntima.
Foi breve no início, hesitante, como se nenhum de nós tivesse certeza do que estava fazendo. Mas logo se tornou mais intenso, cheio de um desejo que eu não conseguia lembrar de ter sentido antes. Minhas mãos em seus ombros, as dele na minha cintura, puxando-me para mais perto, como se aquele momento fosse inevitável.
Minhas mãos se moveram sozinhas, e antes que eu percebesse, meus dedos roçaram meus lábios. Ainda podia sentir o gosto dele — algo entre o doce do álcool e algo que era
puramente Woozi.
Abri os olhos de repente, sentindo meu coração acelerar.
O que aquilo significava? O que eu tinha feito? Meu olhar se voltou para ele novamente, mas Woozi continuava me observando, agora com uma mistura de curiosidade e suavidade no rosto.
— Está tudo bem? — perguntou ele, sua voz calma, como se estivesse esperando pacientemente que eu dissesse algo.
“Last night we were way up, kissing in the back of the cab
And then you say: Love baby let’s go back to my flat
And when we wake up, never had a feeling like that
I got a reason so man, put that record on again”
Eu fechei os olhos novamente, tentando fugir do olhar calmo de Woozi e das perguntas que começavam a gritar dentro de mim. Mas, assim que as pálpebras se cerraram, mais imagens da noite anterior invadiram minha mente.
Estávamos no banco de trás de um táxi, rindo como duas crianças travessas enquanto nos inclinávamos um para o outro. Eu podia ouvir o som abafado da música que ainda ecoava na minha cabeça, uma trilha sonora perfeita para aquele momento. Ele estava tão perto, seus olhos brilhando sob a luz fraca que vinha da rua. E então, antes que eu pudesse pensar ou hesitar, nossos lábios se encontraram novamente.
Dessa vez foi diferente. Não havia a euforia da dança, mas sim algo mais profundo, mais íntimo. Suas mãos seguraram delicadamente meu rosto, e o mundo do lado de fora simplesmente deixou de existir.
— Vamos para o meu apartamento? — murmurou ele contra meus lábios, a voz baixa e hesitante, quase como um pedido.
Meu coração disparou e eu apenas assenti, incapaz de formar palavras enquanto o táxi seguia seu caminho.
A próxima lembrança era o apartamento dele. Não me lembrava de muito — apenas a música tocando baixinho ao fundo enquanto ele colocava um vinil para tocar. Eu reconheci a melodia imediatamente: a nova música que ele havia produzido, agora transformada em algo ainda mais íntimo.
Nós dançamos de novo. Só nós dois, sem ninguém para assistir ou julgar. E então, tudo se misturou: os beijos, as risadas, as mãos dele segurando as minhas, o calor de sua presença tão próxima…
Abri os olhos de novo, meu peito subindo e descendo com a respiração pesada. O gosto do beijo ainda estava comigo, mas junto dele vinha uma onda de incertezas. Olhei para Woozi mais uma vez, ele ainda me encarava, agora com um sorriso suave nos lábios.
— Você lembra? — perguntou ele baixinho, a voz carregada de algo que eu não conseguia decifrar.
Sim, eu lembrava. Mais do que gostaria de admitir. Engoli seco, tentando processar tudo, e então abri os olhos, deixando meu olhar se perder no teto branco acima de mim. Minha cabeça ainda estava rodando, mas uma pergunta escapou dos meus lábios antes que eu pudesse pensar melhor:
— O que nós fizemos, Lee Jihoon?
A resposta veio em forma de uma risada baixa e descontraída, e em seguida, o peso suave do colchão ao meu lado me indicou que ele havia se deitado novamente.
— O que nós fizemos? — repetiu ele, com a voz leve, como se estivesse revivendo cada detalhe da noite anterior em sua mente. — Nós nos beijamos. Muito. Dançamos. Trancamos a porta…
Minha mente começou a preencher as lacunas antes mesmo que ele pudesse continuar. Fragmentos das horas anteriores vieram à tona como um redemoinho. As mãos dele explorando minha pele, o calor que queimava entre nós, os sussurros e gemidos abafados pela música que ainda tocava ao fundo.
Meus olhos se arregalaram, e eu o interrompi antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa:
— Eu preciso ir. — Minha voz saiu apressada enquanto me sentava de novo na cama, puxando o lençol para cobrir meu corpo.
— O quê? Agora? — Ele parecia surpreso, mas não exatamente alarmado.
— Sim, agora. Eu preciso ir para casa… E depois para a Pledis. Tenho trabalho a fazer. Você também — falei rápido, tentando evitar qualquer momento de hesitação.
Woozi me observava com atenção, ainda apoiado no colchão, como se estivesse tentando decifrar minha súbita pressa. Mas ele não tentou me impedir, apenas suspirou e deu um sorriso pequeno, talvez divertido.
— Você está sempre tão focada no trabalho… — murmurou ele, quase como se estivesse falando mais para si mesmo.
Eu me levantei, mantendo o lençol firmemente enrolado ao meu corpo enquanto procurava desesperadamente pelas minhas roupas. Cada parte de mim ainda sentia a noite passada, mas agora, mais do que nunca, eu precisava sair dali.
🎵🎵🎵
— Estamos indo para o mesmo lugar, . Posso te dar uma carona até sua casa e depois até o prédio da Pledis… — sugeriu ele, a voz calma, mas com um tom de quem não via problema algum na ideia.
Eu pausei, com uma das mãos já puxando minha blusa do chão, enquanto a outra segurava o lençol ao meu corpo. Meus olhos encontraram os dele por um momento. Ele parecia sincero, quase como se aquilo fosse apenas uma continuação natural da noite anterior. Mas para mim, a situação era tudo menos natural.
— Não, obrigada — respondi rapidamente, voltando a me vestir às pressas. — Eu prefiro pegar um táxi.
Woozi franziu ligeiramente o cenho, um misto de surpresa e desapontamento cruzando seu rosto. Ele se sentou na cama, apoiando os cotovelos nos joelhos, e me observou por alguns segundos enquanto eu colocava a calça.
— Não precisa ser assim… Eu só estava tentando ajudar. — Sua voz era suave, mas o tom levemente chateado era inconfundível.
Senti um peso no peito ao ouvir aquilo, mas continuei ajustando minha roupa sem olhar diretamente para ele.
— Eu sei — murmurei, minha voz mais baixa dessa vez —, mas é melhor assim.
Ele suspirou, mas não insistiu. Apenas balançou a cabeça de leve, os olhos desviando para o chão enquanto eu terminava de me arrumar. O silêncio entre nós era pesado, cheio de coisas não ditas.
Quando finalmente me virei para pegar minha bolsa, ele ergueu os olhos para mim mais uma vez.
— Você vai estar bem? — A preocupação genuína em sua voz quase me fez parar no lugar.
— Vou — respondi rapidamente, tentando soar firme. — E você também deveria se arrumar. A gente se vê na Pledis.
Ele assentiu, mas o sorriso discreto e tranquilo que costumava carregar estava ausente. Eu abri a porta sem olhar para trás, sentindo que, se o fizesse, algo em mim poderia ceder.
Enquanto o elevador descia, minha mente ainda estava presa naquele quarto, naquele sorriso dele e no peso do que tínhamos feito. O gosto do beijo ainda estava em meus lábios, mas agora misturado a algo que eu não conseguia definir.
Arrependimento? Ansiedade? Ou talvez apenas o medo do que aquilo significava.
Assim que entrei no táxi, deixei escapar um longo suspiro, finalmente sentindo o silêncio do mundo lá fora. Apoiei a cabeça contra o vidro da janela, observando a cidade ainda despertando, enquanto minha mente estava presa à noite anterior e à confusão que ela havia deixado.
Quando cheguei em casa, tirei os sapatos na entrada, joguei a bolsa no sofá e fui direto para o banheiro. Liguei o chuveiro, esperando que a água quente lavasse o peso da noite. Mas, ao invés disso, trouxe ainda mais lembranças.
Os beijos no táxi. A música tocando enquanto dançávamos no apartamento dele. O calor das mãos de Woozi percorrendo minha pele, os sussurros abafados, os gemidos…
Sacudi a cabeça, tentando afastar os pensamentos, mas eles estavam gravados na minha mente como se fossem um sonho impossível de apagar.
Depois do banho, vesti uma roupa confortável e me joguei no sofá, pegando o celular pela primeira vez desde que saí do apartamento de Woozi. Assim que desbloqueei a tela, o grupo de mensagens com as outras
staffs do Seventeen estava fervendo:
Mina: E aí, , como foi a festa? Ficou até tarde?
Hana: Você nem respondeu nossas mensagens ontem! Aposto que ficou grudada nos meninos.
Yuri: Ou melhor, em um menino específico… 👀
Revirei os olhos ao ler os emojis provocativos, mas o calor subiu até minhas bochechas. Elas sabiam. Ou, pelo menos, suspeitavam.
: A festa foi boa, sim. Só dancei um pouco e fui embora. Estava cansada.
Minha resposta foi rápida e seca, mas, como esperado, não colou.
Hana: Ah, por favor. Você nunca sai antes da diversão acabar. Confessa logo!
Mina: Woozi estava no apartamento? Ouvi dizer que ele não voltou com os outros…
Yuri: , você está muito quieta. Isso é suspeito.
Suspirei, jogando o celular ao meu lado. Elas não iam desistir tão fácil. Fechei os olhos, e mais uma vez, os flashes da noite voltaram com força.
Eu me lembrei do jeito como ele segurou meu rosto enquanto me beijava no táxi, do vinil tocando suavemente enquanto ele me puxava para mais perto no meio da sala. Lembrei do toque dele, tão firme e ao mesmo tempo cuidadoso, como se cada movimento fosse calculado para me deixar sem fôlego.
Minha mão inconscientemente tocou meus lábios, e o gosto do beijo parecia voltar à minha memória com tanta intensidade que me peguei suspirando de novo.
Meu celular vibrou no sofá, trazendo-me de volta à realidade.
Yuri: A gente vai arrancar a verdade de você na Pledis, não adianta esconder. 👀
Balancei a cabeça, um sorriso nervoso escapando. Trabalhar com elas seria um desafio hoje. Principalmente porque, mesmo que não dissesse nada, Woozi estaria lá — e isso era tudo o que elas precisariam para descobrir a verdade.
🎵🎵🎵
“No fear but I think I’m falling
I’m not proud
But I’m usually the type of girl that would hit and run
No risk so I think I’m all in
When I kiss your lips, through my heart beat thumb”
Entrei no prédio da Pledis com o coração acelerado e a sensação de que todos sabiam o que tinha acontecido na noite anterior. Claro, isso era impossível, mas a paranoia me acompanhava a cada passo. Mantive a cabeça baixa, ignorando os cumprimentos educados no corredor e fui direto para a sala de reuniões.
Assim que abri a porta, o riso alto de Mina foi a primeira coisa que ouvi. As meninas já estavam lá, espalhadas pela sala, mas todas se voltaram para mim assim que entrei.
— Bom dia, ! — Mina me cumprimentou com um sorriso largo, mas algo no tom dela já me deixou em alerta.
— Bom dia… — respondi, tentando soar normal enquanto me sentava.
Mal tinha me acomodado quando percebi que elas trocavam olhares. A energia na sala estava carregada, e eu sabia que não ia escapar.
— Então… Como foi a sua noite? — perguntou Hana com uma casualidade que soava falsa.
Fingi mexer no celular, tentando ganhar tempo.
— Normal. Fui pra casa cedo.
— Cedo? — Yuri arqueou uma sobrancelha, claramente se divertindo. — Porque da última vez que te vimos, você estava bem grudada com alguém…
— Um tal de Lee Jihoon — completou Mina, e eu senti o calor subir até meu rosto.
Revirei os olhos, mas não consegui esconder o rubor que entregava tudo.
— Tá bom, chega. O que vocês querem? — perguntei, cruzando os braços em uma tentativa de parecer firme, mesmo que minhas palavras saíssem mais fracas do que eu gostaria.
— Saber o que aconteceu, claro. — Mina deu de ombros, um sorriso travesso nos lábios.
Soltei um suspiro, sabendo que elas não iam me deixar em paz.
— Tá bom. Eu conto. Mas vocês têm que prometer que isso fica aqui.
— Prometemos! — disseram elas juntas, inclinando-se para mais perto.
Fechei os olhos por um segundo, tentando encontrar as palavras.
O silêncio que se seguiu foi quase ensurdecedor. Quando abri os olhos, as três estavam me encarando, boquiabertas.
— E…? — incentivou Mina, impaciente.
— E a gente dormiu juntos.
As reações vieram todas de uma vez: exclamações de surpresa, risadas contidas, perguntas atravessadas.
— Calem a boca! — sibilei, olhando para a porta para me certificar de que ninguém estava ouvindo. — Isso não é engraçado. Foi um erro.
— Um erro? — repetiu Yuri, com um olhar cético. — , vocês se conhecem há anos. Não parece só um “
erro”.
— Nós estávamos bêbados. Foi só isso. Nada mais — respondi rápido demais, o que só piorou a situação.
— Tem certeza que não foi nada mais? — perguntou Mina, o tom dela provocador.
Eu tentei responder, mas minha mente voltou aos flashes da noite anterior: o jeito que ele me beijava, como se o mundo inteiro tivesse desaparecido. O calor de suas mãos, a música tocando ao fundo, o sussurro dele dizendo meu nome…
— Eu não posso acreditar que isso aconteceu — sussurrei, mais para mim do que para elas.
— Você está com medo — falou Hana com um tom suave que me fez encará-la.
— Claro que estou! — confessei, a voz saindo mais alta do que deveria. — Nós trabalhamos juntos. Isso pode estragar tudo.
— E você acha que ele pensa assim? — perguntou Yuri e eu travei.
Antes que pudesse responder, a porta da sala se abriu, e todos nós endireitamos na mesma hora. O restante dos staffs começou a entrar, e a reunião estava prestes a começar.
Enquanto o burburinho aumentava na sala, Yuri se inclinou para mim e murmurou:
Suspirei, sabendo que, na verdade, Yuri estava certa, parecia que aquilo estava apenas começando.
🎵🎵🎵
A porta da sala se abriu novamente, dessa vez revelando alguns membros do
Seventeen entrando acompanhados por chefes da Pledis e outros funcionários da empresa. O ambiente ficou mais sério de imediato, com o burburinho dos staffs diminuindo enquanto todos ajustavam suas posturas.
Meu coração deu um salto ao ver Woozi entrar junto com o restante do grupo. Ele parecia tão profissional quanto sempre, segurando um notebook e conversando baixo com Jeonghan. Assim que seus olhos passaram pela sala e encontraram os meus, foi só por um breve segundo, mas parecia que aquele instante durou uma eternidade.
Desviei o olhar rápido, tentando parecer ocupada com os papeis à minha frente. As meninas ao meu lado perceberam, claro, mas não disseram nada.
— Bom dia — S.Coups cumprimentou todos na sala com um sorriso caloroso, seguido por um coro de
“bom dia” de todos os presentes.
— Bom dia. — Minha voz saiu baixa, mas esperava que ninguém tivesse notado.
Quando Woozi passou pela mesa onde eu estava, senti meu rosto esquentar. Ele não disse nada diretamente a mim, mas o simples fato de estar ali, tão perto, me fez questionar tudo. Será que ele tinha comentado alguma coisa com os outros? Será que eles sabiam?
Olhei rapidamente para os rostos dos membros. Mingyu estava encostado na parede, conversando com Hoshi, ambos parecendo relaxados. Jeonghan estava concentrado em algo no celular, e DK ria de algo que Joshua dizia. Nenhum deles parecia prestar atenção em mim, mas isso não era reconfortante.
E se Woozi tivesse contado? Não consegui evitar que a ideia passasse pela minha cabeça. Minhas mãos começaram a suar, e instintivamente levei a ponta dos dedos ao rosto, percebendo que eu estava quente.
, você está agindo como uma idiota. Respirei fundo, tentando me recompor.
— Tudo bem? — sussurrou Mina ao meu lado, e eu balancei a cabeça, confirmando sem dizer nada.
Me forcei a levantar o olhar novamente, tentando parecer tranquila. Woozi estava agora conversando com um dos chefes, aparentemente sem dar importância à minha existência. Isso deveria me tranquilizar, mas só aumentava a ansiedade.
Eu podia sentir o sangue subir para o meu rosto e rapidamente baixei a cabeça, fingindo revisar as anotações que tinha trazido para a reunião.
Por favor, que isso termine logo. A sala foi se enchendo de murmúrios enquanto todos se acomodavam. Os chefes da Pledis se sentaram na ponta da mesa, assumindo a posição de comando, enquanto o time de staffs e os membros do Seventeen se espalhavam pelos assentos restantes ou encostavam-se nas paredes, mantendo uma atmosfera mista de formalidade e descontração.
Assim que todos estavam presentes, o chefe de equipe principal pigarreou, chamando a atenção para si.
— Bom, vamos começar. Temos bastante coisa para discutir hoje, especialmente com o lançamento do novo álbum se aproximando. — Ele fez uma pausa, passando o olhar pela sala. — Woozi, quer começar atualizando sobre o progresso das faixas?
O ar na sala pareceu mudar. Todos voltaram sua atenção para ele, e eu fiz o mesmo, tentando parecer neutra, embora meu coração batesse mais rápido.
Woozi assentiu com a cabeça, mantendo o profissionalismo habitual. Ele se levantou e caminhou até o projetor, conectando seu notebook. Quando as primeiras telas apareceram, com a
tracklist e os horários de gravação, sua voz calma e confiante preencheu o espaço.
— Como todos sabem, as composições principais estão finalizadas. Ainda temos ajustes a fazer nas mixagens de algumas faixas, mas o cronograma está dentro do planejado. — Ele passou os olhos pelos slides, explicando cada ponto com clareza, como sempre fazia.
Eu deveria estar anotando o que ele dizia, mas minha mente insistia em voltar para a noite passada. Não era só o conteúdo das palavras dele que me prendia, mas a lembrança da voz baixa e rouca que ele usava quando estávamos sozinhos.
— ? — A voz do chefe me trouxe de volta à realidade com um susto.
— S-sim? — respondi rápido demais, sentindo todos os olhares voltados para mim.
— Você pode confirmar os prazos para as atualizações de marketing digital?
— Claro. — Forcei um sorriso, vasculhando minhas anotações. — Os materiais promocionais finais estão programados para a próxima semana, e a divulgação pré-lançamento começa no dia seguinte ao término das gravações.
O chefe assentiu, satisfeito com minha resposta, e a reunião continuou.
Enquanto Woozi voltava para o lugar dele, percebi um breve olhar na minha direção, como se ele estivesse verificando se eu estava bem. Era quase imperceptível, mas não passou despercebido por mim.
Minutos depois, os membros do Seventeen começaram a participar mais ativamente. Hoshi sugeriu mudanças em um dos conceitos visuais, enquanto Mingyu falava sobre as ideias para as fotos promocionais. Era quase impossível não admirar a dinâmica deles; eram profissionais, mas ainda mantinham aquela energia descontraída que os fazia únicos.
Jeonghan, do outro lado da sala, fez uma piada que arrancou risadas de todos, e por um momento eu relaxei, me permitindo rir também. Mas logo me lembrei do que tinha acontecido e de como estava pisando em terreno perigoso.
A reunião avançou para os últimos tópicos, e o chefe começou a delegar tarefas.
— Woozi, , vocês dois serão responsáveis pela próxima revisão da agenda criativa. Preciso que estejam alinhados com o restante da equipe antes do final da semana.
Assenti, sentindo meu rosto esquentar novamente, enquanto Woozi apenas murmurou um
“entendido”. Quando a reunião finalmente terminou, a sala começou a esvaziar, mas a sensação de que algo maior estava prestes a acontecer não me deixava em paz.
— Você pode ficar um minutinho, ? — A voz de Woozi me fez congelar no lugar. Eu já estava organizando minhas coisas para sair com as meninas, mas agora todas as atenções pareciam voltadas para mim.
As meninas trocaram olhares rápidos entre si, mas não disseram nada. Mina, claro, não perdeu a oportunidade de me lançar um olhar cheio de significado, como se dissesse:
Você consegue. Assenti, tentando parecer tranquila.
As meninas saíram da sala, mas não sem antes me lançarem olhares encorajadores e, no caso de Mina, um sorriso malicioso que fez meu estômago revirar.
Agora éramos só eu e ele. Woozi ainda estava perto da mesa, digitando algo em seu notebook. O silêncio se instalou, pesado, enquanto eu permanecia em pé, me sentindo deslocada.
— Pode sentar — falou ele casualmente, sem levantar os olhos da tela.
Fiz o que ele pediu, acomodando-me na cadeira mais próxima e colocando minhas anotações sobre a mesa. Minha mente estava em alerta, e eu tentava adivinhar o motivo pelo qual ele havia me pedido para ficar.
Finalmente, ele fechou o notebook e se virou para mim. Seus olhos estavam calmos, mas havia algo na sua postura que me deixava desconfortável.
— Sobre a agenda criativa… — começou ele, puxando uma das folhas que estava sobre a mesa.
Ah. Era trabalho. Eu deveria ter imaginado.
— Precisamos revisar o cronograma que foi enviado hoje pela manhã. Algumas datas não estão alinhadas com as gravações finais. — Ele passou o papel para mim, apontando com o dedo alguns pontos destacados.
Assenti, tentando focar no que ele dizia, mesmo que meu coração ainda estivesse acelerado.
— Certo. Vou verificar isso com o time de marketing e ajustar. Você acha que precisamos adiantar alguma coisa?
— Não exatamente, mas seria bom garantir que tudo esteja pronto antes da última semana de gravação. Não quero atrasos. — A voz dele era firme, mas profissional, o que me ajudava a manter o foco.
Enquanto ele falava, comecei a perceber o quanto essa situação era absurda. Tínhamos dormido juntos na noite passada, e agora estávamos aqui, discutindo cronogramas como se nada tivesse acontecido. Era surreal.
— Entendi. Vou trabalhar nisso hoje à tarde e te mando as atualizações.
— Perfeito. — Ele fez uma pausa, olhando para mim de um jeito que quase me fez desviar o olhar. — Mais alguma coisa?
— Não — respondi rápido demais, sentindo o rubor subir pelo meu rosto novamente.
Levantei-me da cadeira, pronta para sair e encerrar aquele momento. Ele também se levantou, ajustando o notebook debaixo do braço. Mas, antes que eu pudesse dar o primeiro passo em direção à porta, sua voz me chamou outra vez.
Parei imediatamente, meu coração disparando como se soubesse o que estava por vir. Virei-me devagar, tentando não demonstrar o caos que explodia dentro de mim. Woozi estava ali, a poucos passos, com uma expressão indecifrável. Seus olhos, no entanto, carregavam algo que eu não conseguia evitar de interpretar como
hesitação e desejo. — O que foi? — perguntei, a voz quase um sussurro.
Por um instante, ele não disse nada. Em vez disso, deixou o notebook sobre a mesa ao lado, deu um passo à frente e… tudo aconteceu rápido demais para que eu pudesse reagir…
De repente, seus lábios estavam nos meus.
Foi um movimento impulsivo, mas não havia dúvidas no gesto. Ele segurou meu rosto com delicadeza, seus dedos pousando como uma âncora em minha pele, enquanto seus lábios exploravam os meus com uma mistura de urgência e ternura.
Por um momento, minha mente apagou. Esqueci a sala de reuniões, o trabalho, as regras implícitas que nos envolviam. Tudo o que eu sentia era o calor dele, a forma como seus lábios se moviam sincronizados com os meus, como se aquele beijo fosse algo que ambos precisávamos desesperadamente.
Minha respiração ficou irregular, e meu corpo reagiu antes da razão. Minhas mãos subiram por instinto, agarrando a frente de sua camisa, segurando-o ali, perto de mim, enquanto eu correspondia ao beijo com uma intensidade que me surpreendia.
Havia algo na forma como ele me beijava… algo que me fazia questionar tudo o que eu pensava sobre nós. Não era apenas físico. Não era apenas o resquício de álcool ou a lembrança da noite passada.
Era mais. E esse “
mais” me assustava.
Foi por isso que, mesmo contra todos os meus impulsos, eu me forcei a me afastar. Quebrei o beijo, abrindo os olhos e vendo o rosto dele tão próximo, os lábios ainda entreabertos, os olhos fixos nos meus.
— Woozi… — Minha voz saiu fraca, quase inaudível.
Ele não disse nada. Apenas me olhou, como se estivesse esperando que eu dissesse algo, qualquer coisa, para quebrar o silêncio pesado entre nós.
Mas eu não tinha palavras. Apenas dei um passo para trás, tentando recuperar o fôlego e colocar meus pensamentos em ordem.
— Isso… isso não deveria ter acontecido — murmurei, mais para mim mesma do que para ele.
A expressão dele vacilou por um segundo, mas logo ele se recompôs. Woozi deu um passo atrás, cruzando os braços, como se estivesse tentando criar uma distância segura entre nós.
— Eu sei. — Sua voz era baixa, quase hesitante. — Mas aconteceu.
Eu não conseguia encará-lo por muito tempo. Meu coração estava um caos, minhas mãos ainda tremiam.
— Eu preciso ir — falei, pegando minhas coisas de forma apressada.
— Eu realmente preciso ir. — Dessa vez, minha voz saiu firme, e antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa, atravessei a porta, tentando não olhar para trás.
Enquanto caminhava pelos corredores da Pledis, meu coração ainda batia acelerado, e o gosto do beijo dele parecia cravado em meus lábios, impossível de esquecer.
🎵🎵🎵
“And now we’re way up, dancing on the roof of the house
And then we make love, right there on your best friend’s couch
And then you say: Love, this is what it’s all about
So keep on kissing my mouth and put that record on again”
A semana que se seguiu foi um verdadeiro teste de resistência para mim. Trabalhar lado a lado com Woozi nunca havia sido tão desafiador. Cada momento juntos era carregado de uma tensão que parecia vibrar no ar, como uma melodia inacabada, esperando para explodir em acordes descontrolados.
Ele tentou disfarçar, claro. Woozi sempre foi impecável em manter a compostura, mas agora eu podia notar os pequenos deslizes. Os olhares demorados quando achava que eu não estava prestando atenção. Os toques sutis — uma mão que roçava a minha ao me passar um documento, um breve encostar de ombros ao cruzarmos no corredor. Detalhes que me faziam prender a respiração por segundos que pareciam horas.
Eu, por outro lado, fazia de tudo para evitar ficar sozinha com ele. Não por falta de vontade — e isso era o mais difícil de admitir para mim mesma —, mas porque temia as consequências. Uma vez foi um erro. Repetir significaria aceitar que algo entre nós estava mudando, e eu não sabia se estava pronta para isso.
Mas ele não facilitava. Sempre que surgia a oportunidade, Woozi dava um jeito de tentar ficar a sós comigo. Como naquela vez em que ele sugeriu que revisássemos os arranjos da nova música na sala de gravação, mesmo quando havia outros locais mais apropriados. Ou quando propôs que dividíssemos a responsabilidade de apresentar o novo projeto em uma reunião, o que significava passar horas juntos ajustando os slides e discutindo estratégias.
E ainda havia os sorrisos.
Meu Deus, os sorrisos. Woozi não era de sorrir abertamente, mas quando o fazia, era impossível não me sentir afetada. Eram sorrisos pequenos, discretos, mas carregados de algo que eu não conseguia decifrar.
Foi nesse turbilhão de emoções que a sexta-feira chegou, trazendo com ela um convite inesperado: uma festa na casa de um dos membros do Seventeen. Mingyu, para ser mais exata.
— Vai ser descontraído, só o time e alguns amigos mais próximos — anunciou Mina, animada, enquanto eu mexia em alguns papeis na minha mesa. — , você precisa ir.
— Não sei… — comecei, mas ela me interrompeu.
— Não tem essa de
“não sei”. Você vai. Precisamos de você lá.
O tom dela não deixou espaço para discussão. E, para ser honesta, uma parte de mim queria ir. Talvez fosse a distração que eu precisava para esquecer os últimos dias e, quem sabe, encontrar um pouco de normalidade.
No entanto, ao chegar à festa naquela noite, percebi que normalidade seria a última coisa que eu encontraria.
A casa de Mingyu estava lotada, o som alto preenchendo todos os espaços, e risadas ecoavam por cada canto. Eu me misturei ao grupo, cumprimentando rostos familiares, tentando ignorar a presença que parecia me atrair como um ímã.
Woozi estava lá, é claro. Conversando com os outros membros, rindo baixo de alguma piada interna, mas seus olhos me encontraram assim que cruzei a porta. Por um momento, parecia que o mundo inteiro havia parado, deixando apenas nós dois.
E foi ali que eu soube: aquela noite seria ainda mais difícil do que eu imaginava.
🎵🎵🎵
A festa estava a pleno vapor, e minhas amigas pareciam decididas a me fazer relaxar. Mina, como sempre, liderava o ataque.
— , hoje você vai beber. Sem desculpas, sem escapatória. — Ela apareceu do nada, segurando um copo com uma bebida rosada e espumante.
— Eu realmente não sei se… — comecei a protestar, mas Mina já estava empurrando o copo para mim.
— Nada de
“não sei”. Isso é um ultimato. Agora beba.
As outras meninas começaram a rir e aplaudir como se eu estivesse prestes a fazer algo extraordinário. Cedi, rindo um pouco nervosa, e tomei um gole. O sabor doce e ligeiramente amargo se espalhou pela minha boca, e eu percebi que talvez fosse o suficiente para me ajudar a relaxar um pouco.
Alguns minutos depois, enquanto eu me movia pelo ambiente tentando evitar certos olhares — especialmente os de Woozi —, fui interrompida por uma figura familiar. Seungkwan apareceu à minha frente, sorrindo amplamente.
— ! Está incrível esta noite! — exclamou ele, me cumprimentando com entusiasmo.
— Obrigada, Seungkwan — respondi com um sorriso tímido.
Logo outros membros se juntaram, me cumprimentando um a um. Dino, Hoshi, e até Jeonghan, que fez questão de me lançar um comentário divertido sobre como eu parecia deslocada em festas.
Mas foi Woozi quem veio por último. Ele se aproximou devagar, segurando um copo de whisky na mão, e me cumprimentou com um sorriso discreto.
— . — Sua voz era baixa, quase íntima, e só de ouvi-lo meu coração já começou a disparar.
Antes que eu pudesse responder, Hoshi soltou uma risada alta e lançou uma bomba:
— Sua garota está belíssima essa noite, Jihoon. Mandou bem!
Meu rosto ficou vermelho instantaneamente, e senti como se todo o ar tivesse saído do ambiente. Woozi, por outro lado, franziu a testa na mesma hora, virando-se para Hoshi.
— Hoshi, não fala besteira. — A voz dele era séria, com um tom que não deixava espaço para brincadeiras.
— O quê? Só estou dizendo a verdade. — Hoshi ergueu as mãos em rendição, mas estava claro que ele estava se divertindo com a situação.
Woozi balançou a cabeça, impaciente, e lançou um olhar significativo para o amigo, que logo entendeu o recado.
— Tá bom, tá bom. Vou deixar vocês dois em paz. — Hoshi deu uma piscadela para mim e saiu rindo, levando Seungkwan e os outros com ele.
Agora, estávamos sozinhos. O silêncio que se instalou era quase sufocante, mas havia algo nele que parecia elétrico. Woozi deu um passo mais perto, e eu pude sentir o calor de sua presença.
— Desculpe por isso — disse ele, finalmente quebrando o silêncio.
— Tudo bem. — Minha voz saiu mais fraca do que eu gostaria, e eu tomei um gole da bebida para disfarçar.
Ele me observava com uma intensidade que me fazia querer desviar o olhar, mas eu não conseguia. E, de repente, percebi que estava acontecendo de novo: o mundo ao nosso redor parecia desaparecer, deixando apenas nós dois.
Eu respirei fundo, sentindo a tensão aumentar entre nós. A curiosidade me corroía, e, antes que eu pudesse me conter, as palavras escaparam:
— Por que o Hoshi disse
“sua garota”? Woozi congelou por um momento, claramente pego de surpresa pela pergunta. Ele desviou o olhar, levando o copo de whisky aos lábios e tomando um gole longo, como se isso pudesse lhe dar tempo para pensar na resposta.
Eu o observei atentamente, notando o leve rubor que subia por suas bochechas, algo raro para ele. Era quase…
adorável.
— Eu contei a eles o que rolou conosco — ele finalmente respondeu, a voz baixa e hesitante. — Eu estava… feliz demais para não compartilhar.
Minhas sobrancelhas se ergueram, e eu senti meu coração acelerar de novo.
— Você contou? — Minha voz saiu mais alta do que eu pretendia, e eu me inclinei um pouco para ele, tentando manter a conversa a mais discreta possível. — Para todos eles?
Ele deu de ombros, evitando meu olhar por um instante.
— Não foi assim, tipo, um anúncio oficial ou algo do tipo. Só… saiu.
Eu abri a boca para falar, mas não sabia o que dizer. Parte de mim estava furiosa; a outra parte não conseguia deixar de se sentir…
lisonjeada. Woozi não era do tipo que dividia sua vida pessoal com facilidade.
— E o que exatamente você contou? — perguntei, tentando parecer mais calma do que realmente estava.
Ele finalmente me olhou nos olhos, e havia algo ali, um misto de vulnerabilidade e determinação que me desarmou completamente.
— Só o básico. Que nós nos beijamos. Que… passamos a noite juntos.
Eu pisquei, sentindo minhas bochechas queimarem.
— Eu sei — ele interrompeu, suspirando. — Eu devia ter mantido isso só entre nós. Mas, , eu… não consegui. Não depois de tudo.
Havia algo na sinceridade dele que me fez hesitar. Eu podia sentir a confusão dentro de mim, como se estivesse dividida entre a necessidade de manter distância e a atração inevitável que ele exercia sobre mim.
— Você me deixou feliz de uma forma que eu não esperava, — ele continuou, a voz suave, quase um sussurro. — E, mesmo que isso complique as coisas, eu não me arrependo.
Meu coração disparou mais uma vez, e, por um momento, as palavras dele pareciam ecoar dentro de mim, desafiando todos os meus medos e dúvidas.
Woozi deu um passo à frente, diminuindo ainda mais o espaço entre nós. Meu coração parecia martelar em meus ouvidos, e cada centímetro da minha pele parecia estar em alerta.
— … — começou ele, sua voz baixa e rouca, enquanto seus olhos encontravam os meus com uma intensidade que me fazia esquecer de respirar.
Antes que ele pudesse continuar, fomos abruptamente interrompidos por uma explosão de vozes animadas. Os outros membros do Seventeen se aproximaram em grupo, rindo e chamando por Woozi, suas energias parecendo contagiar o ambiente inteiro.
— Woozi! ! — gritou Hoshi, segurando um copo na mão e sorrindo de orelha a orelha. — Vocês estão muito sérios. Vamos animar isso aqui!
Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, uma música começou a tocar. Uma batida forte e envolvente preencheu a sala, e imediatamente reconheci uma das novas faixas do grupo, produzida pelo próprio Woozi.
— Essa é boa demais! — exclamou Vernon, já começando a pular no ritmo da música.
— No centro! — gritou Dino, puxando Woozi e, sem aviso, empurrando-me junto com ele para o meio de uma rodinha que rapidamente se formou.
— Espera, o quê? — tentei protestar, mas já era tarde.
Todos ao redor começaram a cantar, dançar e pular ao ritmo da música, e logo Woozi e eu estávamos presos no centro. A agitação do momento parecia carregar o ar ao nosso redor com eletricidade. Ele olhou para mim, e o brilho divertido em seus olhos contrastava com a tensão evidente entre nós.
Enquanto os outros giravam e cantavam ao redor, nossos corpos se moviam involuntariamente, pressionados um contra o outro pela proximidade da “multidão”. Meu peito roçava no dele a cada movimento, e nossos rostos estavam tão próximos que eu podia sentir a respiração quente dele contra minha pele.
— Acho que estamos presos — disse ele, com um sorriso de canto, a voz rouca o suficiente para me causar um arrepio.
— Isso parece óbvio — respondi, tentando parecer casual, mas minha voz saiu um pouco trêmula.
A música parecia interminável, e a batida nos empurrava para movimentos mais intensos. Woozi levou as mãos à minha cintura em um gesto quase instintivo para me segurar quando alguém esbarrou em nós.
O toque foi suficiente para enviar uma onda de calor pelo meu corpo, e, por um segundo, nossos olhares se cruzaram de novo. A tensão era quase palpável, e eu sentia que o mundo ao nosso redor estava desaparecendo, mesmo com a música alta e as vozes animadas.
— … — murmurou ele, baixo o suficiente para que apenas eu ouvisse, sua voz cheia de algo que eu não conseguia identificar.
Eu não tive tempo de responder. A música mudou de ritmo, ficando ainda mais intensa, e os outros começaram a pular ao redor de nós, gritando as letras e nos empurrando ainda mais juntos. Meu coração estava a mil, e tudo o que eu podia fazer era tentar ignorar o caos ao redor enquanto lidava com o turbilhão de emoções que ele despertava em mim.
Os olhos de Woozi estavam fixos nos meus, e, por um instante, toda a confusão ao nosso redor pareceu se desfazer. Os gritos, as risadas, a música ensurdecedora — tudo ficou em segundo plano. O calor das mãos dele na minha cintura era impossível de ignorar, assim como a proximidade esmagadora de nossos corpos.
Eu podia sentir a tensão crescer entre nós, como se algo prestes a explodir estivesse pairando no ar. A respiração dele era irregular, os olhos deslizavam para os meus lábios como se fosse impossível evitar.
— … — ele disse novamente meu nome em um tom tão baixo que parecia apenas para mim, carregado de hesitação e desejo.
Meu coração disparou ainda mais. Sem perceber, levei uma das mãos ao ombro dele, buscando algum tipo de equilíbrio, mesmo que fosse ilusório. Antes que eu pudesse me convencer a dar um passo para trás, a música subiu de intensidade novamente, e alguém esbarrou em mim, empurrando-me ainda mais contra ele.
Foi a gota d’água. Woozi inclinou-se, e em um movimento tão natural quanto inevitável, nossos lábios se encontraram.
O beijo começou suave, como se ambos estivéssemos testando os limites. Mas rapidamente a intensidade aumentou. Era como se todo o desejo reprimido, toda a tensão acumulada durante a semana, estivesse sendo liberada de uma só vez.
Ele me puxou para mais perto, as mãos firmes em minha cintura, enquanto seus lábios se moviam com urgência sobre os meus. Meu corpo reagiu antes mesmo que minha mente pudesse processar o que estava acontecendo, e minhas mãos deslizaram para seu pescoço, segurando-o como se temesse que ele se afastasse.
A música, a multidão, tudo parecia distante agora. Tudo o que importava era o calor dele, o sabor do beijo, a forma como ele fazia meu corpo inteiro vibrar.
Quando finalmente nos afastamos, ambos estávamos ofegantes. Woozi manteve a testa encostada na minha, os olhos semicerrados enquanto recuperava o fôlego.
— Isso… foi impulsivo — disse ele, a voz rouca e baixa, um pequeno sorriso surgindo nos lábios.
Eu não consegui responder. Meu coração ainda estava acelerado, minhas mãos ainda tremiam. Tudo o que pude fazer foi encará-lo, tentando entender como o momento parecia tão certo, mesmo sendo tão perigoso.
Antes que qualquer um de nós pudesse dizer mais alguma coisa, a música terminou, e os outros começaram a gritar animados ao redor, comemorando o fim da performance improvisada. O encanto foi quebrado, mas o calor daquele beijo ainda permanecia entre nós.
Aos poucos, as risadas e os gritos ao nosso redor começaram a diminuir. A multidão animada se dispersava, voltando para outros cantos da festa. Mas eu ainda estava presa naquele momento, nos olhos de Woozi, que me encaravam com uma intensidade quase desconcertante.
O silêncio entre nós era denso, mas carregado de tudo o que não tínhamos dito. O toque dele ainda queimava minha pele, e meus lábios formigavam, ainda sentindo o gosto do beijo.
Eu precisava respirar. Precisava me recompor antes que o olhar dele me fizesse perder completamente o controle.
— Eu… preciso de mais bebida. — Minha voz saiu baixa, quase trêmula, e dei um passo para trás, afastando-me dele.
Woozi franziu a testa ligeiramente, como se quisesse dizer algo, mas hesitou. Seus olhos me seguiram enquanto eu me afastava, e eu quase pude sentir o peso da confusão e do desejo que ele também parecia carregar.
Sem olhar para trás, caminhei até a mesa de bebidas, tentando desesperadamente me concentrar em qualquer coisa que não fosse a sensação dos lábios dele nos meus, a forma como meu coração ainda batia descompassado.
Ao chegar à mesa, servi-me de um copo cheio e tomei um longo gole, esperando que o álcool ajudasse a acalmar meus nervos. Mas, mesmo enquanto o líquido queimava minha garganta, meu corpo parecia incapaz de esquecer o que havia acabado de acontecer.
Eu precisava me recompor, precisava encontrar um jeito de lidar com tudo aquilo. Porque, de alguma forma, eu sabia que fugir de Woozi seria impossível.
🎵🎵🎵
A noite avançava, e o álcool fazia seu trabalho. Depois de alguns copos, minha mente estava mais leve, e meu corpo, mais solto. Minhas amigas estavam ao meu lado, incentivando-me a me divertir, enquanto os olhares de Woozi, cada vez mais frequentes, faziam meu coração acelerar de um jeito que nenhuma bebida poderia justificar.
Comecei a corresponder às provocações. Pequenos sorrisos de canto de boca, olhares que duravam mais do que o necessário, um ou outro gesto que ele certamente percebeu. Estávamos presos nesse jogo perigoso, e nenhum de nós parecia disposto a ceder.
Em algum momento, a festa migrou para o telhado. Eu, Mina, Hana, Joshua e Hoshi estávamos dançando sob as estrelas, rindo alto e curtindo a brisa fresca da noite. A música ecoava da casa, e o clima descontraído fazia tudo parecer mais leve.
Enquanto rodopiava com uma das meninas, senti a presença dele antes mesmo de vê-lo. Meu corpo pareceu se ajustar automaticamente quando Woozi apareceu no telhado, as mãos nos bolsos, um sorriso pequeno e relaxado nos lábios.
— Achei que tivesse fugido — comentou ele, casualmente, mas o olhar que lançou na minha direção tinha uma carga que me fez esquecer como respirar por um segundo.
— Ainda estou aqui — respondi, tentando soar indiferente, mas a tensão entre nós era palpável.
Ele se juntou ao grupo, e logo estávamos dançando novamente. Mas, de alguma forma, ele sempre acabava mais perto de mim. Nossos braços se tocavam, nossos olhares se cruzavam, e cada contato fazia meu estômago dar voltas.
Quando a música mudou para um ritmo mais envolvente, senti as mãos de Woozi roçarem levemente minha cintura, enquanto ele se aproximava ainda mais. Minhas amigas trocaram olhares cúmplices, mas não disseram nada. Joshua e Hoshi estavam ocupados demais dançando para perceber o que estava acontecendo.
Finalmente, a distância entre nós desapareceu. Woozi segurou minha cintura com mais firmeza, e eu me virei para encará-lo, o rosto tão perto que podia sentir sua respiração quente misturando-se à minha.
— Isso é loucura — murmurei, mas não me movi.
— Então vamos ser loucos — respondeu ele, a voz rouca, carregada de algo que me fez ceder.
O beijo aconteceu antes que eu pudesse pensar em parar. Seus lábios capturaram os meus com urgência, como se ele estivesse esperando por isso a noite toda. Não havia hesitação, apenas desejo bruto e incontrolável.
Minhas mãos subiram automaticamente até seus ombros, puxando-o para mais perto, enquanto o mundo ao nosso redor parecia desaparecer. O toque dele era firme, seguro, e sua boca se movia na minha com uma habilidade que me deixou sem fôlego.
Ele aprofundou o beijo, os dedos apertando minha cintura enquanto nossos corpos se ajustavam como peças de um quebra-cabeça. Minha mente estava em branco; tudo o que eu conseguia sentir era ele, o gosto do álcool misturado ao dele, a maneira como sua língua explorava a minha com precisão e intensidade.
Quando nos separamos, finalmente, ambos estávamos ofegantes, os olhos fixos um no outro. Minha cabeça girava, e eu não sabia dizer se era por causa da bebida ou do homem à minha frente. Talvez fosse um pouco de ambos.
Mas, naquele momento, nada mais importava.
A noite parecia ter entrado em uma bolha no telhado. O mundo lá embaixo existia, mas não para nós. Depois do primeiro beijo, não conseguimos parar. Entre uma música e outra, nossos lábios se encontravam novamente, cada vez com mais intensidade. Às vezes ele me segurava pela cintura, outras minhas mãos subiam até sua nuca, puxando-o para mais perto. Cada toque, cada movimento, parecia uma provocação que só alimentava o desejo crescente entre nós.
A festa começava a perder força. As pessoas, uma a uma, desciam do telhado ou simplesmente iam embora. Minhas amigas foram as primeiras a se despedir. Mina me lançou um olhar cheio de segundas intenções, e Hana apenas riu, puxando-a para sair.
— Se cuida, — disse Mina, dando um beijo no meu rosto antes de partir.
Joshua e Hoshi não demoraram muito mais.
— Vocês dois se comportem! — brincou Joshua, apontando para nós antes de dar um tapinha nas costas de Hoshi e desaparecer pela porta.
Agora éramos só eu e Woozi no telhado. A brisa estava mais fria, mas a proximidade dele mantinha meu corpo quente. Passamos mais algum tempo ali, trocando beijos, conversando entre sussurros e rindo das coisas mais banais. Em algum momento, ele começou a contar histórias de composições passadas, e eu me deixei perder na suavidade da sua voz.
— Acho que está na hora de descer — murmurei depois de um tempo, observando as luzes da cidade ao longe.
Ele assentiu, mas não sem roubar mais um beijo antes de me deixar ir.
Descemos juntos, rindo baixinho enquanto passávamos pela escada estreita. Quando chegamos à sala, percebi que a festa já havia acabado completamente. A casa estava vazia, exceto pela bagunça espalhada por todos os cantos. Copos descartáveis, garrafas e pedaços de papel decorativo eram os vestígios de uma noite agitada.
— Parece que até Mingyu já foi dormir — comentei, olhando para a porta fechada do quarto do anfitrião.
— Ele não perde tempo — respondeu Woozi, rindo baixo.
Dei uma olhada ao redor e suspirei.
— Acho que está na hora de eu ir também.
Eu me virei para pegar minha bolsa, mas senti sua mão segurando meu braço. Antes que pudesse protestar, ele me puxou gentilmente, e ambos caímos no sofá.
— Woozi, o que você está… — Minha frase foi cortada pelos lábios dele, que capturaram os meus com urgência.
O beijo dessa vez foi mais lento, mas carregado de uma intensidade que fez meu corpo inteiro se render. Suas mãos deslizaram pela minha cintura, me puxando para mais perto enquanto o calor dele me envolvia. Meus dedos encontraram o caminho até seus cabelos, e eu os baguncei levemente, sentindo a textura macia entre os dedos.
A casa estava silenciosa, mas dentro de mim, o som do meu coração era ensurdecedor. O peso do momento, da proximidade, de tudo o que não estava sendo dito, era quase tangível. Mesmo assim, naquele instante, nada mais importava além de nós dois, naquele sofá, como se o resto do mundo tivesse deixado de existir.
O beijo entre nós se aprofundava com uma urgência que fazia o mundo desaparecer ao nosso redor. Woozi pressionou seu corpo contra o meu, suas mãos firmes segurando minha cintura enquanto nossos lábios dançavam em sincronia. Minhas mãos subiram por seus ombros, encontrando o caminho até seus cabelos, onde me perdi na textura macia outra vez.
O calor de sua respiração roçou minha pele quando ele afastou os lábios para começar a trilhar um caminho pelo meu pescoço. Meu corpo reagia a cada toque, a cada beijo, enquanto ele explorava as áreas sensíveis de minha pele, arrancando suspiros que eu nem sabia que estava segurando.
Seus dedos deslizaram com cuidado pelo tecido da minha blusa, puxando-a lentamente para cima até que estivesse fora do caminho. Fiquei ali, vulnerável, enquanto ele tomava um momento para me olhar, um brilho intenso em seus olhos.
— Você é linda — sussurrou ele, sua voz rouca e carregada de emoção.
Antes que pudesse responder, ele voltou a me beijar, desta vez com mais intensidade. Minhas mãos começaram a desabotoar sua camisa, expondo aos poucos a pele quente de seu peito. Quando a camisa caiu, suas mãos encontraram o caminho até o fecho da minha saia, deslizando-a por minhas pernas com uma facilidade que me fez estremecer.
Os beijos dele continuaram, descendo pela pele exposta, enquanto suas mãos exploravam cada centímetro, seus dedos traçando linhas que faziam meu coração bater ainda mais forte. Eu o puxei de volta para mim, nossos corpos se encaixando como se sempre tivessem pertencido um ao outro.
Quando estávamos prontos, ele tomou meu rosto em suas mãos e me beijou novamente, desta vez mais lento, como se quisesse gravar aquele momento em sua memória.
— Amor, é disso que tudo se trata — disse ele contra meus lábios, sua voz baixa e carregada de sentimento.
Eu o encarei, sentindo a intensidade de suas palavras e do momento.
— Então continue beijando minha boca e toque esse disco de novo.
Ele sorriu, aquele sorriso que fazia tudo em mim derreter, e pegou o celular. Em poucos segundos, a sala foi preenchida com a melodia familiar de uma das músicas do novo álbum do Seventeen. Meu corpo reagiu imediatamente à música, mas foi o que ele disse em seguida que realmente me paralisou.
— Essa aqui… — começou ele, sua voz um pouco hesitante. — Eu escrevi pensando em você.
Meus olhos se arregalaram, e eu o encarei, surpresa, enquanto ele passava a mão pelos meus cabelos.
— Sempre pensei que fosse impossível traduzir o que você me faz sentir em palavras, mas tentei.
A música continuava, e de repente cada letra, cada melodia, fazia sentido. Meu coração se apertou de um jeito doce, e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele me puxou novamente para seus braços, seus lábios encontrando os meus mais uma vez.
A intensidade entre nós cresceu com cada segundo, e, embalados pela música que ele havia escrito para mim, nos entregamos completamente um ao outro, como se aquele momento fosse a única coisa que importava no mundo.
🎵🎵🎵
“I don’t want to hear sad songs anymore
I only want to hear love songs
I found my heart up in this place tonight
Don’t want to sing mad songs anymore
Only want to sing your song
Cause your song’s got me feeling like I’m…
I’m in love, I’m in love, I’m in love
Yeah, you know your song’s got me feeling like I’m..”
A música ainda preenchia o ambiente, suave e envolvente, enquanto eu me aninhava contra o peito de Woozi. Sua respiração era estável, mas havia algo no jeito como ele segurava minha cintura, como seus dedos deslizavam preguiçosamente pelo meu braço, que denunciava um turbilhão de emoções que ele guardava dentro de si.
Meus dedos traçavam pequenos círculos na pele descoberta de seu peito, sentindo o calor que emanava dele e a batida constante de seu coração, como uma melodia secreta que só eu podia ouvir.
— Você está muito quieto — comentei, quebrando o silêncio, embora minha voz saísse tão baixa que quase se perdeu na música.
Woozi soltou uma risada suave, inclinando o rosto para olhar para mim. Seus olhos estavam suaves, mas carregados de algo que fazia meu coração acelerar.
— Estou tentando encontrar as palavras certas.
Levantei o rosto para encará-lo, curiosa.
— As palavras certas para quê?
Ele ficou em silêncio por um momento, como se reunisse coragem. Finalmente, respirou fundo e falou:
— Para te dizer o que eu sinto por você.
Meu coração deu um salto. O peso das palavras dele pairava no ar, e por um momento fiquei sem saber o que responder. Woozi, sempre tão reservado, estava me abrindo o coração de um jeito que eu nunca havia esperado.
— Eu escrevo músicas o tempo todo. Transformo sentimentos em palavras e melodia, mas quando se trata de você… — Ele parou, passando os dedos pelo meu rosto, como se quisesse memorizar cada traço. — Não importa o que eu diga, nunca parece suficiente.
Engoli em seco, sentindo as emoções transbordarem dentro de mim.
Ele colocou um dedo em meus lábios, me impedindo de continuar.
— Deixa eu terminar. — Ele sorriu, aquele sorriso pequeno, mas sincero, que era tão único dele. — Desde o momento em que te conheci, você bagunçou tudo. Bagunçou minha rotina, minhas prioridades, e até minha música. Mas, ao mesmo tempo, você me fez perceber que essa bagunça é exatamente o que eu precisava.
Meu peito se apertava com cada palavra.
— Não sei onde isso vai nos levar, mas eu quero descobrir. Com você.
Eu o encarei, sem conseguir segurar as lágrimas que se acumulavam nos meus olhos. Suas palavras eram tão sinceras, tão carregadas de emoção, que era impossível não me sentir completamente envolvida por ele.
— Eu… também quero descobrir — respondi, minha voz falhando um pouco, mas cheia de verdade.
Woozi inclinou a cabeça e pressionou os lábios nos meus, um beijo doce, mas cheio de promessas. Quando nos afastamos, ele me segurou mais perto, como se nunca quisesse me deixar ir.
A música ainda tocava ao fundo, como a trilha sonora perfeita para aquele momento. Ali, deitada em seus braços, senti como se nada mais importasse além de nós dois e daquela noite que parecia ser só nossa.
Fim
Achei que ficou combinandinho a história com o Woozi que eu imagino, amei muito <3
E muito os meninos fazer essa coisa da “rodinha” pra juntar os pombinhos 🥹🥹