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Quiz #012
// O Tema
Qual elemento do Halloween encontraremos na sua próxima história?
// O Resultado
Seres sobrenaturais


Esta história não possui capas prévias (:

Sem curiosidades para essa história no momento!

Wolf

Beauty and the Beast

  Para aqueles que nasceram em grandes metrópoles, nunca saberão o que é viver em meio aos segredos e mistérios de uma cidade pequena. Alguns quilômetros ao norte de Seattle e localizada ao centro da região de Woods Creek, estava Seant Ville, cercada por seus muitos bosques, florestas, colinas e clareiras, e assim como a cidade mais populosa do estado de Washington, passava boa parte do ano úmida e fria pelas muitas chuvas que a natureza lhe proporciona.
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  Aquele dia não foi diferente, para um domingo no findar das férias de verão, as expectativas da família Fletcher foram frustradas pelo céu nublado, seguido de chuva branda ao longo da manhã. Para Ava, a filha mais nova, princesinha da casa e viciada em redes sociais, foi uma benção dos céus, já que odiava qualquer contato com a natureza e só de pensar nos insetos que provavelmente teria que enfrentar, se coçava toda. 
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  Entretanto, diferente de sua irmã e dois anos mais velha, estava a doce e amigável null, que aceitava todas as propostas de seu pai relacionadas às aventuras na natureza. Foi um pouco frustrante para ela olhar para a janela do quarto e observar as gotas de chuva escorrendo pelo vidro, principalmente por ter passado a noite anterior se preparando para a última trilha em família antes de voltar às aulas na segunda pela manhã. 
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  Seu quarto dava vista para os fundos da casa, consequentemente, ela tinha uma visão privilegiada da floresta que agregava bem parte do seu quintal, e sempre que olhava a paisagem, era impossível deixar de se lembrar das muitas vezes que correu pelas árvores até sua casa, fugindo de…
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  — null — disse seu pai, carinhosamente ao aparecer no centro do corredor dos quartos —, não tivemos trilha, mas o dia não acabou e ainda podemos nos divertir em família. 
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  — É claro que podemos, o que nos propõe? — perguntou ela, recíproca ao entusiasmo do pai.
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  — Nada de maratona O exterminador do futuro, não aguento mais ver aquelas máquinas perseguindo o John Connor! — gritou Ava do seu quarto que era em frente ao da irmã.
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  O pai riu baixo seguido da mais velha e logo pensou num plano B.
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  — Que tal saga Crepúsculo? Eu sei que você gosta dos Cullen — sugeriu ele. — E teremos pipoca gourmet…
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  — Ah, não, agora sou eu quem vou protestar, eu detesto esses filmes de vampiros brilhando, eu até consigo aguentar ser uma Divergente, mas brilhar não — reclamou null, aparecendo na porta do seu quarto, fazendo uma careta de nojo. 
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  — Como se você não gostasse de The Originals — argumentou Ava ao aparecer na porta do seu quarto com olhar indignado.
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  — Nem ouse comparar Klaus Mikaelson com seus brilhantes aí. — Soou quase como um ultimato para a caçula.
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  — Antes brilhar do que morrer como um tributo — retrucou Ava.
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  — I volunteer as tribute, minha querida — repetiu null a famosa frase da saga, como referência. — Não sou como você que só vai pela comida.
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  — Saga errada. — Ava mostrou a língua para ela. — Maxon não te mandou nenhum convite.
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  — Parem, meninas, já escolhi, vamos todos para Hogwarts. — O pai encerrou a discussão, segurando o riso. — E com direito a feijõezinhos de todos os sabores?
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  — Teremos cerveja amanteigada? — indagou Ava, se interessando.
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  — Vou pensar. — O pai sorriu de canto e piscou de leve para ela, depois seguiu para a escada.
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  Ava lançou um olhar arrogante para a irmã e voltou para dentro do seu quarto, fechando a porta bruscamente.
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  — Mimada — sussurrou null, tentando ignorar aquilo. 
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  Após parte do dia tentando ser uma boa companhia para o pai enquanto o mesmo consertava os degraus da escada do porão, uma maratona de filmes em família à tarde não seria tão ruim assim para o último dia de férias. 
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  As horas se passaram com a maratona em família. Bem no meio do Prisioneiro de Azkaban, Ava saiu à francesa para fazer sua live especial de adeus às férias para suas seguidoras. A caçula jamais imaginou que uma brincadeira entre amigas de ser uma digital influencer lhe renderia mesmo muitos seguidores e alguns contratos de publicidade com marcas consolidadas de Seattle. A preocupação do pai o fazia, de tempos em tempos, fiscalizar as postagens da filha e acompanhá-la em seu trabalho de modelo nas horas vagas.
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  null também desistiu de finalizar a maratona após perceber seu pai dormindo bem na metade do Enigma do Príncipe. Como uma boa filha, pegou a manta de crochê que estava na poltrona e cobriu o pai, deixando o filme pausado na televisão antes de subir as escadas. Passando pelo corredor, viu a porta da irmã fechada e as luzes apagadas, certamente já desmaiada em sua cama no sono de beleza para o dia seguinte em seu primeiro ano do ensino médio. Ao adentrar seu quarto, trocou-se vagarosamente vestindo o pijama e se deitou, mesmo não estando com sono, ela deveria descansar um pouco sua mente dos muitos pensamentos que a rodearam pelo dia.
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  A contar daquela data, se completava um ano do retorno de uma misteriosa e intrigante família à cidade, que despertou muitos comentários e confrontos entres os membros do conselho de pais e mestres da prefeitura. Os Tenebrae, além de silenciosos e na maioria das vezes enigmáticos, de grande fortuna, possuíam a maior propriedade de Seant Valley, curiosamente estando de sua posse há mais de sete gerações desde o início da fundação da cidade. O casal formado pelo engenheiro August Tenebrae e a advogada Florence Tenebrae, tinha três filhos problemáticos, temperamentais e indomáveis. O que os ajudava a manter a sanidade e a família unida, era a pequena e meiga Samantha, com seu jeitinho delicado que conseguia amansar até mesmo os irmãos mais velhos.
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  E nesses quase três meses de férias, não havia nenhuma notícia dos irmãos Tenebrae, desde que os boatos de terem ido para a casa dos tios em Vancouver foram espalhados pelos grupos dos alunos da Bridget Seant High School. Honestamente, null não se importava com o que tinha acontecido com o arrogante primogênito ou o desagradável caçula, sua preocupação estava em null e como ficaria o estranho e conturbado relacionamento que ambos construíram no último ano letivo.
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  — Poderia ter pelo menos ter me ligado — sussurrou ela, suspirando fraco.
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  A última vez que o viu foi em meio a uma turbulenta briga de família em que todos se opuseram contra o envolvimento do… Os dois, poderia ser considerado um casal? null desejava fortemente saber se ele estava bem, afinal, ainda se lembrava do embate que o mesmo teve com o irmão mais velho, null, que ironicamente era seu gêmeo. Após isso, o silêncio pairou entre ambos e a única vez que viu um membro daquela família fora na apresentação de balé da pequena Samantha, na escola primária da cidade, evento este que só contou com a presença da mamãe Tenebrae e seus olhares atravessados para null.
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  Em um piscar de olhos o celular da garota vibrou, era uma mensagem de null, que a deixou num misto de surpresa e ansiedade. Erguendo o corpo e se levantando da cama, se aproximou da janela e a abriu, seus olhos percorreram todo o quintal até chegar nas árvores que iniciavam a floresta. Era perceptível a fina camada de chuva constante que não dava trégua nem mesmo na alta madrugada da noite. Por alguns minutos seus pensamentos voaram em tudo o que tinha vivido no semestre anterior, até que avistou um vulto por entre as árvores lhe atraindo a atenção.
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  null?! Pensou ela, angustiada pela situação. 
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  Respirando fundo, null pegou um cardigan de moletom e vestiu, colocando o celular no bolso. Ela sabia que poderia ser perigoso o suficiente sair na madrugada atrás de um vulto que nem sabia se era da pessoa que queria, entretanto, seguiu para a porta do quarto disposta a arriscar sua segurança. A passos lentos e silenciosos, passou pela sala e continuou até chegar na porta da cozinha, por alguns segundos sua respiração parou quando seu pai se remexeu no sofá. Com o coração acelerado, finalmente chegou do lado de fora e, enfrentando a chuva, manteve seus passos em direção ao norte.
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  — null? — disse ela, em voz alta.
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  null parou por um momento e olhou à sua volta as altas árvores que praticamente cobriam o céu, era uma parte da floresta que continha algumas rochas em meio à vegetação. Em um piscar de olhos, o barulho de um trovão surgiu ao leste, seguido por uma brisa fria que passou por seu corpo, fazendo-a arrepiar. Ela deu alguns passos para trás no susto, um respiro profundo e a garota sentiu algo ou alguém atrás dela, e ao se virar deu de cara com um lobo aparentemente feroz encarando-a com suas presas à mostra.
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  — Você… — sussurrou ela, reconhecendo o olhar daquele lobo. — Era você…
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  Ao uivo forte e alto do lobo, null se locomoveu para sair correndo, porém, tropeçando na raiz de uma das árvores, seu corpo foi ao chão de imediato. Caída de frente para o lobo que a acuava, só então ela teve certeza que a mensagem não era exatamente de null.
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  — null… — sussurrou ela, o nome dele.
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  Outro uivo forte vindo dele, para deixá-la com mais medo, o lobo continuou a se aproximar dela, com sua pelagem negra reluzindo pelos pequenos feixes de luz da lua em meio ao céu nublado. Em segundos uma chuva de memórias passou pela mente de null, desde o primeiro dia dos irmãos Tenebrae na escola secundária até ali. Os muitos confrontos que ela teve com null e a forma como ele expressava seu ódio por ela, desejando sempre matá-la. Com lágrimas de desespero se formando, a garota apenas fechou os olhos, esperando pelo ataque final.
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  — Eu sou apenas o petisco, não é?! Então seja rápido — pediu ela, no ápice do seu desespero.
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  Ouvir o rosnado dele bem próximo ao seu ouvido a fez sentir sua vida praticamente partindo, ao impulso do lobo para lhe dar a mordida final, null sentiu o impacto de outra coisa os empurrando e arrancando o animal feroz de cima dela. Abrindo seus olhos, ela avistou ao lado dois lobos lutando de forma brutal e assustadora. O coração acelerado, as mãos trêmulas e puxando o ar para seus pulmões, finalmente seus olhos reconheceram o segundo lobo de pelagem branca se colocando entre ela e o feroz null.
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  — null… — sussurrou ela, novamente ao reconhecê-lo.
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  Por segundos, o lobo branco voltou seu olhar para ela, fazendo-a entender que era para se retirar dali e não se preocupar com o perigo. null de imediato assentiu com a cabeça e, reunindo forças de onde não possuía, com dificuldade se levantou e saiu correndo. No relance, a garota percebeu o lobo preto tentar avançar contra ela, sendo impedido pelo outro. 
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  O misto de desespero, medo e terror tomou conta dela ao longo do caminho de volta para casa, lembrando-se das muitas vezes que isso aconteceu nos 365 dias que se passaram desde que ela descobriu o segredo mais obscuro da família.
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  Com quedas pelo caminho, sua roupa sendo rasgada pelos galhos das árvores, e uma derrapagem quase chegando ao quintal de sua casa, null finalmente entrou correndo pela porta da cozinha, trancando-a de todas as formas possíveis. Dois passos para trás, olhando para o vidro da porta e outro trovão para assustá-la ainda mais.
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  A garota deu o terceiro passo ao ouvir um barulho no andar de cima, então recordou-se da janela aberta em seu quarto, o que a fez voltar a correr passando pela sala sem ao menos notar que o pai permanecia apagado no sofá onde o deixou. Assim que passou pela porta do seu quarto e fechou, seu olhar voltou para a janela aberta, ofegante e com o coração acelerado, null caminhou até ela, tudo escuro contando com a parcial claridade do céu para iluminar o ambiente, chegando perto, a garota sentiu outra brisa entrando e consequentemente balançando as cortinas. 
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  Outro respiro fundo ao som de mais um trovão e ela sentiu novamente uma presença atrás dela.
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  — null… — sussurrou ela, ao se virar e reconhecê-lo.
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  Ela não se importou com seu corpo ensanguentado recheado de marcas da briga, menos ainda se não havia nenhuma roupa o cobrindo, null apenas o abraçou forte, sentindo alívio por ser ele, por estar vivo.
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  — Me desculpe por meu silêncio… — sussurrou ele, com certa dificuldade por seu estado físico momentâneo, forçando-se a permanecer de pé para lhe retribuir o abraço.
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  — O que importa é que está aqui — sussurrou ela de volta segurando as lágrimas no canto dos olhos. — Eu te amo…
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  Um sorriso de canto apareceu no rosto do rapaz que mesmo em meios às dores, apenas desejava estar ali com sua amada em seus braços.
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  — Eu também te amo… — disse ele, seguro de seus sentimentos. — Jamais deixarei que alguém te machuque.
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Ei, cai na real!
  Como deixou seu coração ser roubado por uma humana?
  (Ela é só um petisco).
  – Wolf / EXO

  “Amor: Prefiro um minuto ao seu lado, do que uma vida inteira sem você.” – Pâms

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