Li Santos
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Winter Story

“As estrelas brilham no céu noturno
A cidade é silenciosamente um mundo prateado
Vou dar as mãos a você e começar a correr agora
Uma história de inverno que começa
Uma história de inverno para dois.”
– Winter Story, FLOW.

I – Início

  — Concentre-se, princesa! Concentre-se!
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  Grita Ryouta com um ar risonho e ao mesmo tempo brigando com a jovem. A princesa recusa, recuperando o fôlego e, segundos depois, volta a atacar seu oponente. Um golpe, dois golpes e, antes do terceiro, ela tem sua espada alçada para cima e arrancada de sua mão. Seu olhar segue o rumo tomado pelo objeto e o vê cair próximo de alguns soldados. Ryouta se permite sorrir por breves segundos antes de sua face ser tomada por uma expressão séria.
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  — É a sétima vez apenas em três dias, princesa — contabiliza ele, retomando sua postura ereta e ajudando a princesa a se recompor. — Estás muito dispersa — ele briga, soltando um suspiro.
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  — Perdão, general — ela se curva diante do homem e ergue o tronco em seguida.
  — Preocupada com algo, princesa? — diz ele, baixo.
  — Assuntos da coroa — diz a jovem, simplesmente. — Meu irmão insiste que eu me case antes de assumir o trono.
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  Ela caminha para fora da arena e, antes de segui-la, o general Ryouta dá ordem para seus soldados retomarem o treinamento de antes.
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  — Acho sensato que a senhorita tenha um matrimônio antes de assumir a coroa, princesa — ele a segue, vendo-a retirar parte da proteção que protegia seu braço para o combate.
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  — E eu acho que está apressado demais por parte dele — expressa de maneira brava e joga as proteções nas mãos de um dos soldados que estava parado pelo caminho.
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  — Princesa ! Princesa ! — grita uma voz conhecida da jovem.
  — O que houve, Aimi? Para quê tanto alarde? — questiona com o olhar virado para a jovem, que é um pouco mais nova que ela, que vem correndo em sua direção.
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  — Senhorita, vossa majestade solicita vossa presença na sala do trono — informa, ofegante e com o corpo um pouco curvado.
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   bufa.
  — Vai começar meu tormento, finalmente — debocha ela e se vira para Aimi. — Respire, Aimi e, quando recuperar o fôlego, peça para preparar meu banho, por favor — antes de sair, ela completa: — Onde está Minoru? — ela refere-se ao soldado responsável por sua guarda pessoal.
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  — Ele estava próximo aos estábulos mais cedo, senhorita — informa a ama. — Quer que eu vá procurá-lo?
  — Sim e diga para preparar meu cavalo, sairei após o banho.
  A ama assente com a cabeça e vê sua senhora caminhar marchante rumo ao castelo.
  O reino de Kyoto, onde vive a princesa Matsui, é o lugar mais respeitado da região e o mais rico também. Vasto em território e possuidor de grande fortuna em ouro. A riqueza é notada em todos os detalhes de suas instalações. A família Matsui é a comandante e fundadora do lugar por séculos. E, desde que foi postulado, o reino tem sido patriarcal. Com apenas uma exceção: a mãe de . Antes de falecer após ser acometida por uma grave doença, Haru Matsui foi a rainha do reino e governou por quase quatro décadas. Quando a mãe faleceu, tinha apenas sete anos e viu seu irmão ser coroado rei com dezoito anos de idade. O rei consorte na época havia falecido dois anos após o nascimento de . Desde então, Yusuke, irmão de , que hoje tem 35 anos de idade, governa o reino de Kyoto com pacificidade, assim como sua mãe o havia ensinado.
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   rompe o interior do salão do trono, sempre foi um local que ela adorou muito. É composto por vários e enormes quadros dos antigos monarcas regentes do reino e, em quadros menores, as imagens que seus respectivos consortes. Ela se lembra de correr, subindo e descendo as elevações que comportam suportes com quadros antigos, recebendo broncas de sua mãe e irmão que foi ensinado a cuidar e proteger a mais nova a todo custo.
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  — Mandaste me chamar, meu irmão — se curva com a mão direita à frente do corpo em sinal de respeito ao monarca.
  — Sim — responde Yusuke arriando sua taça de vinho sobre o pedestal ao seu lado. — Estavas treinando? — indaga ele mesmo sabendo a resposta óbvia, vide os trajes de sua irmã. ergue uma sobrancelha.
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  — Estava — ela responde, segurando o riso. — Como passaste a noite, irmão? — ela deixa o corpo ereto, mantendo a postura com as mãos apoiadas na lombar, cruzando os braços para trás.
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  — Perfeitamente e tu, minha irmã? Espero que tenhas dormido bem — ele devolve a pergunta, curioso.
  — Idem — responde .
  — Sem delongas — diz ele, cortando o assunto. — Quero informá-la sobre minha decisão.
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  — A respeito de quê especificamente? — indaga.
  — Vosso casamento — diz, diretamente, ajeitando seu corpo no trono onde está sentado e pegando uma fruta do cesto para comer. A escolhida é um cacho de uvas verdes.
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  — Não entendo o motivo de tanta pressa, Yu — rebate a jovem, o chamando pelo apelido, sentindo-se incomodada pela pressa do irmão que a vem atormentando com o assunto matrimonial há meses.
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  — Não pretendo ser rei por mais tempo do que o já estabelecido por mim — inicia. — Sabes perfeitamente o motivo de minha decisão e creio que já deva estar preparada para assumir o trono em meu lugar.
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  — Isso é ridículo, Yusuke! — brada, nervosa, e recebe o olhar repreendedor do irmão.
  — Tenha modos, — o tom de voz calmo do homem pode enganar quem o escuta de fora, mas para é o sinal de que ele está sem paciência para suas birras. Ela bufa, irritada.
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  — E o que pretende fazer sobre o absurdo de me casar tão apressadamente? — diz com ironia. Yusuke segue comendo suas uvas calmamente, colocando uma de cada vez dentro da boca, mastigando sem pressa.
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  — Um baile — anuncia e ergue uma sobrancelha novamente. — Um grande baile para que possa conhecer seus pretendentes. Já mandei organizar tudo.
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  — Um baile? — repete ela. — Que tipo de baile?
  — Simples: nesse baile, irei te apresentar os quatro pretendentes e todos irão dar seus lances para…
  — Lances? — interrompe , indignando-se. — Irás me leiloar, Yusuke?! — ela aumenta o tom de voz, sentindo um calor raivoso lhe percorrer.
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  — São dotes — explica, calmamente, colocando mais uma uva na boca e mastigando enquanto fala. — Sabes como funciona: normalmente é a família da noiva que oferece dotes para casamentos comuns. Porém, o casamento real é diferente. Como não temos mais parentes distantes com quem possas casar — diz e abre a boca em indignação. Nunca gostou de tal tradição. — Então há a solução simples de pedir dotes externos.
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  — Pelos deuses… — roga ela, bufando.
  — Convenhamos que a jovem e linda princesa de Kyoto, Matsui, é cobiçada por qualquer homem que se preze — diz com o ar orgulhoso.
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  — Yusuke! — esbraveja. Alguns guardas que fazem a segurança do salão a olham discretamente, todos segurando o riso. — Eu não sou um quadro para ser leiloado dessa maneira asquerosa — diz.
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  — Não serás leiloada, minha irmã — rebate o rei, sereno. — É apenas uma contribuição dos nobres de outros reinos para com o nosso, apenas — ele dá de ombros vendo seu cacho de uvos acabar e olhando para o cesto à procura de mais iguarias.
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  — E quando será esse disparate? — revira o olhar.
  — Dentro de duas semanas — informa ainda com o olhar sobre o cesto.
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  — Já? — espanta-se.
  — Quero que o casamento ocorra durante o inverno — informa, erguendo ambas as sobrancelhas ao achar outro cacho de uvas: sua iguaria favorita.
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  — E posso saber o motivo? — Yusuke lança-lhe um olhar irritado.
  — Logo após a sua lua de mel — engole em seco — eu irei deixar o trono e irás assumir.
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  — Yusuke…
  — Já falamos sobre isso, , já tomei minha decisão e não irei voltar atrás — não há como ela escapar, realmente terá que se casar em breve. — Não se preocupe — acrescenta o rei, comendo outra uva —, pois irei escolher o melhor para vós e, obviamente, terás participação em minha decisão.
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  — Poderei escolher com quem me casar? — surpreende-se, inclinando a cabeça.
  — Não sou um rei tão rústico assim, — brinca ele, rindo levemente. — Claro que poderás escolher. Mandei selecionar os melhores para minha querida irmã.
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   não diz mais nada, apenas assentindo com a cabeça.
  O rei Yusuke a dispensa e ela informa que retornará aos seus aposentos. Durante o caminho, a jovem de 24 anos reflete as palavras do irmão. Não é de seu agrado que ele deixe o trono, todos no reino adoram o Yusuke, sua bondade e justiça são conhecidas até fora do território de Kyoto. Ela não deixa de ficar nervosa por assumir o reinado como rainha de Kyoto, teme não ser tão boa quanto o irmão e ser comparada com ele. Mas, ainda não é isso que a deixa insegura. O que a aflige é o motivo da decisão de Yusuke. Recentemente, ele se queixa de dores de cabeça que o deixam até mesmo dias sem aparecer pelo castelo, o obrigando a se enfurnar em seu aposento, deitado na cama durante todo o período. Os curandeiros do reino já o alertaram sobre as semelhanças com a doença que os tirou a rainha Haru e que foi exatamente assim que começaram as queixas dela. As temidas dores fortes de cabeça são um tormento na vida de Yusuke, um fantasma na de . O medo de perder o irmão a deixa aflita.
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[]

  Duas semanas depois…

  Há muitas vilas que circundam o território real da família Matsui que é bastante vasto. Algumas grandes que se assemelham a grandes vilas de regiões distantes, separadas pelo oceano, e outras menores. É em uma delas que vive Ikeda. O jovem rapaz de 25 anos é considerado um perdido pelos habitantes do lugar. Tem a fama de aplicar pequenos golpes nas pessoas, seu alvo favorito são viajantes do reino. Sua maior diversão são os jogos de azar, seja com cartas, dados, dardos, apostas tolas sobre quem chega primeiro em determinado lugar com as mãos amarradas às costas. Coisas do tipo.
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  Nesse momento, o rapaz caminha sorrateiramente com o corpo colado nas casas da vila que têm as paredes feitas de barro, sustentado por madeira, e seus telhados são de madeira e palha. Seu objetivo é alcançar seu alvo: um viajante tolo. Há algumas luas eles combinaram de se encontrar hoje para o fechamento de um grande negócio. Na ocasião, havia conseguido subtrair as roupas de um nobre que passava seu descanso na vila. É um belo traje, uma espécie de jaqueta, que ia abaixo de seu quadril, bordada em fios de ouro, alguns cravejados de diamantes e rubis, o tecido grosso na cor vermelha. A parte interna é composta por uma calça que ele colocava por dentro das botas compridas e pretas e uma camisa vermelha de linho puro também bordada com detalhes de fios de ouro. inventou para o tal viajante que era um duque de um reino distante que ele nomeou como Ooka que, na realidade, não existe. Sua proposta para o jovem e inocente viajante foi de torná-lo um nobre, dando-lhe um cargo importante em seu suposto reino. Tudo isso em troca de uma pequena contribuição com a tal coroa. Muitas moedas de ouro.
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  — Meu caro amigo, aonde vais?!  — diz o rapaz ao ver esgueirar-se pelos becos formados pelas casas.
  — Olá, meu bom e nobre amigo — retribui o jovem Ikeda, endireitando sua roupa roubada no corpo. — Não tinha lhe visto — ele exibe um sorriso amarelo.
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  — Trouxe vosso pagamento, espero ser o suficiente e que contribua para o vosso reino — o viajante estende o saco de pano pesado pela quantidade exorbitante moedas de ouro. abre brevemente para conferir e quase sorri largamente com a felicidade que sente agora. Ele nunca tinha visto tanto outro na vida.
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  — Será nosso reino agora, meu amigo — corrige o Ikeda dando um tapinha amigável no ombro do outro rapaz.
  — Quando podemos partir? — indaga, ansioso.
  — É, bom, eu preciso resolver algumas coisas na vila, mas creio que em breve eu já tenha uma data para partirmos — informa, soltando uma risada nervosa.
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  — Estou tão feliz, será uma grande realização para mim e…
  — Certamente sim, certamente sim — o interrompe, apressado. — Queira me desculpar, mas eu preciso ir. Vim apenas para te avisar que em breve partiremos.
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  — Posso arrumar minhas coisas, então? — insiste.
  — Mas é claro!
   dá outro tapinha amigável no ombro do viajante e praticamente o expulsa dali, vendo finalmente o homem desaparecer de suas vistas.
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  — Tolo… — diz ele para si mesmo, soltando a risada que prendeu até então. — Certamente essa quantia irá ajudar o meu reino — comenta, novamente para si, abrindo o saco de moedas que cintilam ali.
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  — Ikeda! Ikeda! — grita uma voz conhecida e se esconde em um dos becos. Ao ver o amigo passar, o puxa pela camisa. — Mas que… — tampa sua boca com a mão livre e o vira de frente para si. — — o homem retira sua mão de cima da boca do amigo.
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  — Quer que eu seja enforcado hoje?! — brada, levemente irritado com o escândalo do amigo.
  — Perdão, amigo — diz o rapaz.
  — O que queres, Hitoshi? — indaga ele.
  — Oh, vejo que conseguiu nosso prêmio — ele vai com as mãos estendidas, com ânsia, para cima do saco de moedas que esconde atrás do corpo.
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  — Meu prêmio — corrige ele com o indicador erguido. — O mérito desse golpe é todo meu, Hitoshi — ele dá de ombros, gabando-se.
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  — Mereço uma moeda pela dica — insiste Hitoshi, com mágoa na voz.
  — Uma moeda — enfatiza , retirando uma mísera moeda de dentro do saco e entregando para o amigo. — Dê-se por satisfeito.
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  — Avarento — critica Hitoshi, retorcendo a boca. — Mas vim aqui te dar outra dica ótima, dessa vez eu mereço dez moedas de ouro.
  — Que dica? Vamos ver se vale tudo isso — pendura o saco de moedas na bainha de sua calça e atenta-se à fala do amigo.
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  — Olha isso — ele mostra o cartaz para o amigo que passa o olhar rapidamente, lendo em voz alta.
  — “O rei Yusuke Matsui, soberano do reino de Kyoto, convida a todos os nobres de vosso reino para o baile matrimonial onde serão apresentados os pretendentes da princesa …” — junto com os dizerem, há uma pintura do rosto da princesa, engole em seco. — “… aos nobres interessados em ser um dos pretendentes da princesa, favor oferecer-lhe um dote no dia do baile, que será dentro de duas semanas” — antes de finalizar, ergue o olhar para o amigo. — Quando foi colado isso?
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  — Cerca de duas semanas — responde Hitoshi.
  — Então o baile é hoje — diz em voz alta.
  — Creio que sim, amigo.
  — E por que disse que essa seria uma dica boa? O que eu faria em um baile como esse? — rebate .
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  — Que tal o nobre e bonito príncipe de Ooka aparecer nesse baile com um belo dote… — Hitoshi olha para a bainha da calça de numa clara referência às moedas que ele acabara de receber — pela mão da princesa?!
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  — Não farei isso — responde de prontidão. — Sabe que o príncipe de Ooka não existe e, além do mais, seria traição à Coroa uma mentira dessa! — lembra ele, incisivo e com a voz baixa para que ninguém além de Hitoshi o ouça.
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  — Por que não? É uma oportunidade única, amigo!
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  — E se descobrirem? Estarei morto!
  — Tu foges! — Hitoshi dá de ombros.
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  — Diz isso porque não é o teu traseiro que estará em jogo, calhorda! — brada .
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  — Não sejas assim, , será bom comer e beber de graça no castelo real — pontua o outro.
  — Não posso brincar com os sentimentos de uma mulher, é covardia — rebate o Ikeda com certa lucidez.
  — A princesa tem uma beleza única, é divina! — diz Hitoshi dando mais uma olhada no retrato de . — Não seria um sacrifício cortejá-la por algumas horas.
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  — Não sei se é certo…
  — Não é como se tu fosses escolhido, ! — lembra ele, rindo. — Soube que o próprio rei irá escolher qual dos dotes será o vencedor em casar-se com a princesa. E que ele foi bem exigente nos valores.
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  — Quanto? — pergunta , interessado.
  — Valores altíssimos, amigo, altíssimos. Mas, creio que possas competir — analisa Hitoshi coçando o queixo. — Acho que o valor que recebeu pode chegar perto dos valores ofertados. Posso descobrir exatamente com o que estamos lidando para que faça uma proposta maior.
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  — Mesmo que consigamos descobrir isso — inicia —, como vamos chegar ao castelo a tempo? Sabes que moramos do outro lado do reino, não sabes?
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  — Vai dar tempo, amigo. Confie em mim!
  É a vez de receber um tapinha amigável no ombro. Hitoshi diz que ele deve conseguir transporte para eles irem ao castelo, enquanto isso, ele irá descobrir os dotes dados pelos pretendentes pré-escolhidos para que possa dar um valor maior ou pelo menos competitivo.
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  Mesmo tendo a incrível sensação de que irá ser descoberto, embarca na ideia do amigo. Não lhe fará mal comer e beber de graça e ele tem que concordar com Hitoshi: não será sacrifício algum cortejar a princesa por algumas horas.
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[⚔️]

  Últimos preparativos para o baile.

  O dia que mais temia nas últimas semanas chegou e ela não sabe descrever ao certo o que sente. Ela respira fundo enquanto sua ama Aimi a ajuda a amarrar o corset em seu corpo. A jovem escolheu um vestido especial para esta ocasião, mandou fazer na melhor costureira do reino e escolheu as melhores pedrarias para compor sua decoração.
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  — Senhorita — chama uma das amas que vieram ajudá-la a se vestir.
  — Sim? — responde olhando para um pouco fixo próximo à sua cama.
  — O senhor Hajime aguarda falar com a senhorita — informa.
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  — Mande-o entrar, por favor.
  Hajime é o guarda pessoal do rei Yusuke. Além de lhe confiar a vida, o rei lhe confia alguns segredos. E é justamente isso que quer descobrir do homem.
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  Ele adentra o aposento da princesa, curvando-se em cumprimento e a aguarda falar. pede um momento para conversar com Hajime, as amas, menos Aimi, se retiram do local, aguardando do lado de fora.
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  — Hajime, serei direta — diz , Hajime mantém sua postura séria e ereta. — Quem são os pretendentes que meu irmão arranjou para mim?
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  — Perdoe-me, princesa, mas eu não posso dar-te tal informação — responde o homem, simplesmente. já sabia que encontraria resistência por parte dele.
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  — Ele lhe pediu segredo?
  — Não, senhorita.
  — Então qual o motivo de não poder me contar? — rebate, incisiva. Hajime engole em seco.
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  — Princesa, vossa majestade não me informou tais detalhes…
  — Acabou de dizer que não poderia me dar tal informação — ela o interrompe. — Supõem-se então de que saiba de algo. Não esconda nada de sua princesa, Hajime — chantageia, o homem volta a engolir em seco.
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  — Lhe disse isso, pois realmente não pode contar algo que não sei, senhorita — diz o guarda, claramente saindo pela tangente. estreita o olhar e suspira irritada.
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  — Que seja — ela dá de ombros. — Em breve eu saberei quem são — conclui, já que o baile será em algumas horas. — Meu irmão onde está?
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  — O rei — Hajime pigarreira, ainda nervoso. — O rei está na sala de armas, senhorita.
  — Na sala de armas? — repete ela, sem entender. — E o que diabos ele faz lá?
  — Vossa majestade deseja decorar o grande salão de festas com alguns escudos e espadas da família Matsui, senhorita — informa Hajime e revira o olhar.
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  — Meu irmão continua infantil — conclui ela. — Quer demonstrar poder através de armas — ela volta a revirar o olhar. — Típico.
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  Hajime ainda aguarda alguns instantes do silêncio de .
  A princesa o dispensa e as amas voltam a arrumá-la para o baile. Sua mente viaja em pensar em quem e como serão seus pretendentes. A convivência com homens foi pouca em sua vida, ao longo dela teve poucos parâmetros de homens. Yusuke, seu irmão mais velho, como rei sempre foi justo e firme, já como irmão ele é distante e frio, quase não convive com ele, não têm laços tão fortes, apesar de se amarem como família. Antes de se tornar rei, Yusuke era protetor, muito pela imposição de sua mãe – e rainha à época – que o induzia a cuidar da irmã, o pequeno Yusuke era um garoto tímido e quieto. Aprendeu a ser quem é com sua amada mãe, a rainha Haru. Minoru, seu guarda pessoal, é um homem fofo na visão de . Bastante meio, pouco falante e muito sério quando necessário. Hajime, guarda pessoal de seu irmão, é o contrário de Minoru que aprendeu a ser assim com seu superior. Hajime é um homem sério até demais. Já Ryouta, o general, é o típico de seu cargo: sério e disciplinador. Não perde a oportunidade de cutucar os erros da princesa e ampliá-los à máxima para discipliná-la da melhor forma.
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  Com eles, ela consegue lidar. E com seu futuro marido, como será?
  Está tudo pronto.
   desce as longas escadas do castelo chegando até o salão de festas onde tudo já está arrumado e os primeiros convidados já chegaram. Mesmo que a incomode, atrai os olhares por onde passa. Ela tem ciência de que a acham possuidora de beleza sem igual, apesar de discordar de tal exagero. Em seu baile de casamento não seria diferente, o vestido de cor violeta com diamantes por toda a extensão de sua longa saia rodada, bufante, enfeitam a peça. Seu busto é composto, além dos diamantes, de algumas pedras de ametista para combinar com a cor de seu vestido. É inevitável, o baile inteiro olha para agora.
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  Imediatamente, a jovem princesa isola-se próxima à mesa onde estão as comidas ofertadas pelo rei Yusuke. Minoru faz sua guarda, também está vestido para a festa, muito elegante e envergonhado por estar em trajes considerados despojados ao seu ver.
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  Com o passar do tempo, fica entediada com o baile, todos muito corteses de maneira falsa e exagerada ao falar com ela a deixa cansada. Sempre a deixou assim. Ela respira fundo, soltando o ar pela boca, pensa em escapar dali e retornar aos seus aposentos. Antes de concluir mentalmente sua rota de fuga, seu olhar encontra algo que a prende.
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  Então, os olhares se cruzam soltando faísca no ar.
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II — Baile

  Quem haveria de ser aquele homem?
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  É a pergunta que beira os pensamentos de no momento e parece ser a mesma para todos no ambiente.
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  A princesa vê seu irmão aproximar-se do homem que está muito bem vestido em um traje vermelho com algumas pedras cravejadas, os cabelos bem penteados em cima de sua cabeça, seu olhar penetrante, porém sereno, direciona a ela.
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  Involuntariamente, o corpo de se arrepia.
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  Yusuke e o homem trocam algumas palavras e então a princesa o vê acenando para os músicos pararem a música. Prontamente, faz-se silêncio e a única voz ouvida é a do rei.
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  — Sejam todos bem-vindos! — diz o rei, pomposo e orgulhoso. — Agora que estão todos aqui, gostaria de apresentar os cinco pretendentes de minha querida irmã — ele olha para com a mão estendida, um claro sinal para que ela vá a seu encontro. caminha até ele graciosamente. — Todos sabem a minha decisão de deixar o cargo para cuidar de minha saúde — revela ele e a princesa sente um nó em sua garganta. — Mas antes eu não posso deixar de casar minha irmã, a princesa — a jovem alcança a mão erguida de Yusuke, segurando-a, e é exibida por ele para todos, dando algumas voltas em círculos para que todos possam vê-la melhor. — É meu último dever como rei — diz, emocionado, segurando seu choro. — Bom, vamos às apresentações — disfarça o homem, limpando a garganta.
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  — Irmão… — chama , baixinho. Yusuke a escuta, discretamente. — Não eram quatro pretendentes? Por que são cinco agora? — indaga, curiosa ao detalhe.
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  — Houve uma oferta extremamente tentadora de última hora — responde ele.
  — Seria o senhor que chegou há pouco tempo? — deduz a princesa. Yusuke lhe oferece um sorriso travesso.
  — Que orgulho de sua esperteza, irmã — ele diz, simplesmente, sorrindo e volta sua atenção para os outros. — Bom, sem mais demora — retoma em voz alta. — Gostaria de apresentar o primeiro: o duque de Monte Cristo, Ueno Kato. Por favor, senhor duque — chama o rei e um homem muito bonito se aproxima.
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   já reparou na beleza de outros homens antes, mas hoje, especialmente, cinco homens estão com a atenção voltada apenas para ela. A princesa não deixa de sentir-se vaidosa com tal fato. Voltando sua atenção para o duque Ueno, repara sua graciosidade ao caminhar, ele é bastante elegante e tem uma postura imponente. Realmente muito bonito. Ele se aproxima dela e beija sua mão com delicadeza. retribui a gentileza, dobrando levemente os joelhos e inclinando a cabeça para frente para reverenciá-lo.
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  Após a saída de Ueno, é a vez de Hiroki Tanaka, o marquês de Dazzo ser apresentado. Ele apresenta ser um homem diferente, nota um ar quase infantil do rapaz que é bastante desajeitado. Ela e o irmão riem discretamente após a saída dele.
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  O terceiro pretendente faz a espinha de se arrepiar, um arrepio estranho. não gosta. Kentaro Watanabe, duque de Granada. O olhar estranho e penetrante dele deixa desconfortável, assim como o toque dos lábios do rapaz em sua mão ao beijá-la por tempo excessivo.
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  Após o ar voltar aos seus pulmões, a princesa mal ouve o irmão apresentar ao conde de Aquiles, o tão jovem Ikoma Mori, isso porque seu olhar se encontra novamente com o daquele homem: o quinto pretendente. Os olhos dele também estão direcionados à , ainda que discretos. Logo, os olhares de e o homem misterioso para ela ficam fixos um no outro. Chega a vez dele ser apresentado.
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  O andar meio abobalhado do homem chama a atenção da futura rainha que nota outra coisa também, mas prefere ignorar tal pensamento. Ele caminha, arrumando a própria postura, na direção deles e faz uma reverência breve para ambos.
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  — Princesa — diz Yusuke para a irmã — Este é o príncipe Ikeda — apresenta ele, levemente orgulhoso do pretendente inesperado.
  — É um inestimável prazer conhecê-la, senhorita Matsui — segura as pontas dos dedos de , que havia retirado suas luvas há algum tempo, beijando o dorso dela. A pele de arrepia-se e ela gosta.
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  — O prazer é meu, alteza — faz uma leve reverência com seu vestido junto com um sorriso discreto.
  — Este é o pretendente de última hora — completa o rei, interrompendo o contato visual dos dois. — Uma bela surpresa, de fato — ele solta uma risada satisfeita e lhe oferece um sorriso amigável.
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  — Agradeço-lhe, Vossa Majestade, por ter me aceitado assim tão inesperadamente — diz o homem, olhando rapidamente para Yusuke.
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  — Creio que queira realmente ser escolhido, já que veio de um reino tão distante, nunca ouvi falar dele — comenta o rei. engole em seco.
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  — De fato, meu reino não é tão conhecido, mas certamente não seria menosprezado por Vossa Majestade — alfineta o homem, passando os dedos sobre o bigode que tem sobre os lábios e segura o riso, levando uma das mãos discretamente à boca. percebe.
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  — Ora, Vossa Alteza, não sou esse tipo de rei — devolve Yusuke, mantendo sua postura firme diante de .
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  — Este pensamento jamais passou por minha mente, Vossa Majestade — diz Ikeda com um sorriso de canto.
  — Maravilhoso! — exclama o rei, encerrando a conversa por ali e dispensando o jovem príncipe.
   mal sai de perto deles e lança para o irmão:
  — Não seja bruto com meus pretendentes, Yu — reclama ela. — Dessa forma eles irão desistir — Yusuke a encara com o olhar surpreso.
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  — Achei que não queria que esse disparate de baile de casamento acontecesse, princesa — provoca o mais velho. devolve o olhar.
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  — Acho que posso me acostumar.
  Se colocassem uma lupa nos olhos de neste exato instante, seria encontrada a imagem de refletido do outro lado do salão com uma taça de vinho em mãos e o olhar direcionado a ela. O rei Yusuke segue o caminho invisível dos olhos dela e entende o motivo pela mudança de opinião da irmã.
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  Algumas horas depois…

   já havia dançado com quase todos os pretendentes, faltando apenas um. O último com quem dançou, Kentaro, passou toda a dança, que durou apenas metade de uma música – o que já foi muito para –, falando sobre suas terras e riquezas; sobre como ele poderia fazer a princesa feliz imersa em joias e muito ouro; ele esqueceu-se de que a princesa vive em um castelo luxuoso e tem muitas joias e ouro, apesar de não dar muita importância para isso.
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  A princesa não gostou da postura prepotente de Kentaro.
  A última dança chega com o início da música, deixa dada pelos músicos que, apesar de aparentarem cansaço, ainda estão animados. está em um canto do salão de festas, acompanhada por Minoru que, sempre que acabava uma dança com algum pretendente, grudava na princesa feito carrapato. No meio da dança com Kentaro, o deixou falando sozinho e arrastou Minoru para dançar com ela, fato que deixou o guarda com o rosto avermelhado de vergonha por dançar com sua protegida e o rei bastante irritado com a atitude da irmã para com seu pretendente.
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  De repente, um rosto agradável brota em sua frente.
  — Daria-me a honra desta dança, princesa? — questiona com a mão estendida, corpo curvado e o rosto erguido para encará-la. Apesar de ter se assustado rapidamente com a chegada dele, a princesa lhe oferece um sorriso.
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  — Claro, Vossa Alteza.
  A moça repousa delicadamente sua mão sobre a de que segura seus dedos e eles caminham se olhando até onde estão os outros casais, que já iniciaram a coreografia da música. Quando pegam o ritmo da dança, e parecem sintonizados entre si, bailando com facilidade pelo salão sem deixarem de se tocar e, principalmente, se olhar. começa a iniciar assunto com ela que apenas lhe responde com frases curtas. Então, o homem se cala momentaneamente para pensar, chegando rapidamente a uma conclusão.
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  — Estás entediada, princesa? — indaga ele, fazendo o encarar surpresa.
  — Chateada seria mais adequado — ela lhe responde, voltando a suavizar sua expressão.
  — Sou digno de saber o motivo do vosso aborrecimento? Talvez possa ajudar — oferece junto com um sorriso amigável. o encara novamente.
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  — Este baile é um grande desperdício de tempo — incrivelmente, confia em confessar sua chateação com o rapaz. Agora, eles estão próximos: ambos com uma das mãos segurando a mão do outro e a mão restante sobre a cintura do outro.
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  — Por que dizes isso, senhorita? — diz , curioso.
  — Meu irmão irá me casar com o primeiro que aparecer ou o que ofertar mais pela minha mão — a princesa suspira, irritando-se com a lembrança dos motivos desse baile está acontecendo.
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  — Qualquer parte de vosso corpo é certamente valiosa, princesa — o pensamento ousado escapa da mente de através de sua boca e, ao perceber o que disse, tenta se corrigir, mas já é tarde.
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  — Como disse?! — enfatiza ela com o olhar incisivo e fixo nos olhos do príncipe.
  — Perdão, senhorita — diz ele, nervoso. — Eu não quis parecer rude, longe disso. Também não quis dizer que é digna de ser um mero produto de venda — corrige-se o Ikeda, escolhendo as palavras. relaxa sua postura defensiva. — Não é nesse sentido, mas sim de que és valiosa demais…
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  — Não precisa explicar-se, Vossa Alteza. Já compreendi — o interrompe e engole em seco.
  — Tenho certeza de que és uma mulher de valor inestimável, senhorita — completa ele com um sorriso tímido.
  — Foi um elogio? — a princesa ergue uma das sobrancelhas, surpreendendo-se, imaginando seu rosto levemente vermelho.
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  — Com toda certeza sim, princesa — afirma. — Me atrevo a acrescentar de que a senhorita não deveria ser exposta a tal baile — expõe sua real opinião sobre bailes como este.
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  — Diga-me mais sobre o assunto, príncipe de Ooka — parece curiosa sobre a opinião do homem.
  — Um casamento não é feito apenas por conveniências da monarquia — ela solta uma risada que chama a atenção de . — O que houve, princesa?
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  — Creio que irás rir de mim caso eu conte — diz ela, sem jeito.
  — Acaso dirás algo digno de minha risada? — indaga.
  — Aos vossos olhos, talvez sim.
  — Tentes — incentiva . — Prometo não me atrever a rir — eles se oham por alguns segundos até que resolve falar.
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  — Gostaria de ter me casado por amor — revela e não esboça nenhuma risada em sua face. gosta de sua reação.
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  — Compreensível — diz ele, simplesmente.
  — Não achas tolo ou infantil de minha parte?
  — Não — responde de prontidão. — Na verdade, partilho do mesmo pensamento. Mas, devo dizer que, mesmo casando-se com alguém sem sentir nada, o amor ainda pode ser construído com o tempo — acrescenta ele.
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  — Bom argumento, Alteza — concorda a princesa, sorrindo satisfeita. — Diga-me, o que sabes sobre casar-se por sentimentos? — devolve , curiosa.
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  — Infelizmente nada ainda, mas eu sou um homem que preza os sentimentos de uma mulher — tal frase chama a atenção dela. — E os meus também, claro.
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  — Entendo e partilho da mesma opinião — eles sorriem um para o outro.
  O calor emitido pelos olhares de ambos é quase visível por quem vê de fora da cena. e não percebem, mas a música acabou de tocar faz alguns segundos, mas eles seguem se mexendo em uma melodia tocada apenas em suas mentes, distraídos pelo brilho de seus olhos.
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  Relativamente incomodado, Yusuke anda firmemente até os dois, os interrompendo.
  — Receio interrompê-los — inicia ele, chamando a atenção de ambos. — Mas a música já acabou e não é adequado ainda estarem dançando — finaliza com um sorriso sereno nos lábios, apesar de estar queimando em incômodo por dentro.
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  — Perdoe-me, Vossa Majestade — afasta-se de , curvando o corpo em reverência aos dois. — Com vossa licença.
  O rapaz se afasta e, assim que está longe dos dois, sente um nó em sua garganta. Que sentimento é esse que lhe acomete agora o deixando sem ar?
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  Duas semanas depois…

  Os primeiros raios de sol mal surgem no céu e já os recebe cegando seus olhos. Yusuke havia mandado acordarem a irmã a essa hora, pois finalmente tomou uma decisão sobre o pretendente que se casará com ela, claro que ele levou em consideração a opinião da jovem que não teve dificuldades em escolher. desperta, irritada, e lava o rosto com a água preparada por sua ama, Aimi. Ela aproveita para banhar-se, ainda é outono, mas as manhãs são um pouco quentes nos últimos dias. Já pronta, desce acompanhada de Aimi e encontra Minoru na porta da sala do trono.
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  — O que fazes acordado tão cedo, Minoru? — indaga a princesa. O rapaz lhe faz uma reverência rápida.
  — Vossa Majestade mandou me chamar, senhorita — diz ele com a expressão tranquila. ergue a sobrancelha.
  — Certamente o Yusuke está aprontado algo — conclui, pensativa.
  Ela suspira e finalmente entra no local.
  O aroma agradável de frutas frescas vindo do enorme cesto próximo ao trono onde Yusuke está logo invade as narinas da princesa. É incrível como o irmão gosta de frutas, praticamente é apenas isso que ele vem comendo nos últimos meses, diariamente. se aproxima, Aimi e Minoru acompanhando-a, e os três reverenciam o rei que sorri em resposta.
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  — Como vais, irmã? — indaga Yusuke mordiscando um pedaço de maçã.
  — Cansada — ela responde sem cerimônias fazendo o irmão rir.
  — Perdoe-me por acordá-la tão cedo — diz ele. — Mas eu precisava resolver isso o quanto antes.
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  — O que exatamente?
  — Finalmente eu escolhi o vosso futuro marido — anuncia, orgulhoso.
  — Oh — resmunga , limpando a garganta em seguida. — E quem seria?
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  — O príncipe Ikeda — responde ele e ouve-se alguns múrmuros dos empregados que estão ali.
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  — Príncipe de Ooka… — diz para si mesma. — Imagino o motivo de vossa escolha, meu irmão.
  — Se achas que é por conta do generoso dote que ele ofereceu, não, não foi por causa disso — Yusuke morde mais um pedaço da maçã. — Não apenas por isso — corrige-se, sorrindo ao lembrar-se da quantia ofertada por .
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  — E por que, então? — curiosa, aproxima-se mais do trono, ficando em frente ao degrau que leva a ele.
  — O escolhi também porque vi vossa sintonia com ele, — tranquilamente ele diz com um ar risonho.
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  — Sintonia? — estranha ela.
  — Posso ser um irmão displicente, às vezes, , e me preocupar demais com a Coroa e seus deveres — o homem dá um gole em seu vinho. — Mas — continua ele, engolindo o líquido — eu sei perceber quando a minha querida irmãzinha está — ele para de falar, escolhendo as palavras — encantada por um homem.
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  — Yusuke! — exclama a princesa tendo certeza de que seu rosto está vermelho e leva uma das mãos a ele na tentativa de esconder algo. — Eu não… como pode achar isso de mim? — indigna-se a jovem.
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  — Não disse nenhum absurdo, — responde sem olhar para a irmã. — Além do mais — continua e dessa vez ele ergue seu olhar, encarando —, parece que a senhorita encantou o príncipe — diz com um sorriso sugestivo.
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  — O que queres dizer? — estreita o olhar, inclinando levemente a cabeça.
  — Que o príncipe Ikeda gostou de vós — Yusuke cruza uma das pernas sobre a outra, dando de ombros como se fosse uma informação óbvia.
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  — Não sei do que falas, meu irmão, certamente o vinho pela manhã não está fazendo-lhe bem — alfineta a princesa, debochada. O rei ri.
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  — Então, por que o escolheu como futuro marido? — devolve o rei também com deboche.
  — Ora — ela dá de ombros, disfarçando —, o príncipe demonstrou ser o pretendente menos inconveniente dos cinco — a moça pega uma das frutas para comer: a escolhida também é uma maçã.
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  — Entendo — o rei mantém seu ar risonho, ele sabe que a irmã de fato gostou de ter conhecido o príncipe e que, em outras circunstâncias, escolheria ele como marido de qualquer maneira. — Então, eu posso mandar chamá-lo para o desjejum da tarde? — quase engasga-se com o pedaço de maçã que comia.
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  — Estás bem, princesa? — Minoru chega perto dela, acudindo sua mestra que tosse engasgada.
  — Sim — responde, recuperando-se. Yusuke segura o riso.
  — Bebas algo, minha irmã — sugere o rei, erguendo a própria taça de vinho para ela que a segura, bebendo um pouco. — Não bebas tudo — diz, rindo discretamente com a ânsia com que a moça bebe o vinho.
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  — Por que a pressa, Yusuke? — diz a princesa, já recuperada. — O príncipe já sabe que foi o escolhido para me desposar? — pergunta ela, curiosa.
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  — Saberá em breve — responde ele, tomando a taça de volta e vendo que está vazia. — Eu disse para não beber tudo, — briga com tranquilidade na fala e direciona o olhar para um dos empregados que estão próximos. Um deles prontamente se aproxima com uma jarra cheia de vinho fresco para encher a taça novamente.
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  — Para quando será o casamento? — não que esteja com pressa, longe disso, apenas quer saber quanto tempo mais ficará livre das responsabilidades do casamento. Principalmente, a noite de núpcias.
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  — Marcaremos uma data hoje durante o desjejum — diz o rei. — Minoru — ele chama o guarda que lhe faz uma reverência em resposta. — Vá até o local onde Vossa Alteza disse que estaria hospedado e o informe sobre minha decisão e sobre o convite para mais tarde. Diga que o aguardamos com ansiedade.
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  — Sim, Vossa Majestade — Minoru diz, prontamente indo atender à ordem do rei.
  — Yu — chama , perdida em seus pensamentos.
  — Diga, minha irmã — Yusuke percebe a baixa repentina no olhar de e se levanta do trono, caminhando até ela.
  — Tens certeza de que quer deixar o trono? Não achas melhor esperar mais tempo e… — o homem segura uma das mãos da moça, fazendo-a parar de falar.
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  — Estás com medo de algo? — indaga ele encarando a irmã. Seu olhar passa tranquilidade à princesa.
  — Nunca fiz isso antes, tenho medo de não atingir as expectativas como rainha — confessa algo que Yusuke já imaginava.
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  — Tenho absoluta certeza de que serás uma grande rainha, mais justa e amorosa que eu, certamente — brinca, rindo levemente. — Sobre o casamento, posso dizer com experiência que será difícil conviver com alguém que nunca viu antes e não tem intimidade, mas os dois me pareceram sintonizados, como eu disse. Acho que passarão bem por isso — conclui o homem com o olhar um pouco triste ao lembrar-se de sua falecida esposa, que havia morrido há mais de dez anos ainda muito jovem.
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  — Agradeço a confiança, meu irmão — agradece ela, inclinando um pouco a cabeça para frente. — O senhor Ikeda me parece ser, digamos, aceitável para se conviver — o rei ri novamente.
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  — Pelo que conheço de ti, , creio que o integrante dessa relação que terá que ter muita paciência durante o casamento será o príncipe.
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  — Yusuke Matsui! — exclama ela, brava. Yusuke segue rindo.
  — Não podes dizer que estou mentido, — defende-se ele.
  — Ora essa, não digas algo assim de vossa irmã! O que irão pensar de mim?
  — Que és uma grande e forte mulher — diz, convicto. — Não fique preocupada com o casamento e muito menos com o trono. Ambos foram feitos para vós, Matsui.
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  As palavras doces do irmão tranquilizam a princesa parcialmente. No fundo, ela ainda sente bastante medo do matrimônio e de assumir o trono como rainha de seu reino. Mesmo sabendo que ainda terá o irmão próximo a ela, como seu conselheiro interno, para ajudá-la no que precisar, ela tem medo. Sabe perfeitamente que Yusuke não viverá para sempre, apesar de ser sua vontade.
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  Algumas horas se passam, havia trocado de roupa colocando um vestido amarelo com alguns cravejados de rubis dando contraste nas cores. Os cabelos parcialmente presos atrás de sua cabeça e o restante soltos em cascata em suas costas. Ela se encontra com o irmão que já está na sala de estar conversando com seu futuro marido. Os olhares de e se encontram, paralisando seus movimentos momentaneamente. Ela o cumprimenta com um sorriso discreto, o homem lhe oferece o mesmo sorriso. Hoje está mais bonito, usa uma roupa no mesmo estilo que usou no baile, porém nas cores azul e preta; novamente os cabelos estão penteados para um lado de sua cabeça, alinhados; seu rosto transmite um frescor reconfortante; e novamente a atenção da moça recaí sobre o bigode dele, alinhado sobre seu lábio superior que também chama a atenção dela. Vantajosos.
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   penteando o bigode com os dedos, distraído em meio a conversa com o rei.
   tem que admitir para si mesma: o bigode do príncipe de Ooka é realmente charmoso.
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III — Queda

  Algumas semanas depois…

  O quase fim do outono é um claro sinal de que em breve chegará a data do casamento entre e . O rapaz vem se desdobrando para conseguir roupas a altura de visitar sua noiva. Quase todos os dias ele saltita de vila em vila do reino em busca de roupas novas dos nobres que visitam os locais, roubando-as para poder visitar sua noiva. Tudo isso tem valido a pena. Mesmo com boa parte dos encontros ter sidos vigiados ou pelo rei Yusuke ou pelo Minoru, guarda pessoal da princesa, que não saíam de perto por nenhum instante, gostou de ter se encontrado com ela em passeios diversos. Voltas a cavalo pelas terras que circundam a propriedade do castelo. Caminhadas à tarde pelo jardim. O desjejum da manhã feito na área externa, próximo ao jardim. Apreciação de música enquanto conversam na sala de estar do castelo. Todos eventos importantes para estreitar a relação entre e que surte efeitos positivos.
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   admite para si mesmo que já nutre sentimentos pela princesa e, por isso, vem evitando contato físico com ela. Antes de perceber isso em si, ele não se importava em dar as mãos a ela, caminhar próximo um do outro, porém, agora que sabe disso, não consegue tocá-la sem sentir seus instintos carnais berrarem por mais daquilo, por um contato direto pele com pele. Além disso, o homem não quer mais mentir. É um fato que, após essas semanas e a afirmação da data do casamento, ele mente para Yusuke e, principalmente para sobre ser um príncipe. Sabe perfeitamente que o irmão da noiva jamais aprovará tal união se souber que se trata de um mero plebeu, ainda mais um plebeu vigarista.
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  O homem caminha vestido com mais uma roupa subtraída de um nobre de uma vila próxima a dele. Uma roupa com a cor preta como predominante e seus detalhes em dourado. achou que gostaria de vê-lo vestido assim, por isso a escolheu. Ele se aproxima das terras do castelo quando é abordado por Hitoshi, de repente.
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  — Queres me matar de susto, infeliz?! — brada ele, nervoso com o susto que tomara.
  — Vais ver a princesa? — indaga Hitoshi, abordando no meio da estrada e o puxando de lado para próximo a uma árvore.
  — Sim — responde o homem. — Nosso casamento se aproxima e… — ele interrompe a própria fala, a garganta tampada por um nó repentino.
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  — Ainda vai contar a verdade? — Hitoshi compadece do amigo ao ver seu estado. Na noite anterior, ele havia comunicado a Hitoshi que contaria toda a verdade a no encontro de hoje.
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  — Eu preciso contar — repete a mesma fala que disse ontem quando estavam na taberna. — A é… — emociona-se o homem, voltando a se interromper.
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  — , eu te conhece há anos e posso afirmar que tu não queres de fato contar a verdade a ela — afirma Hitoshi, convicto do que diz. — É mais do que claro de que gostas dela, meu amigo — ele dá um tapinha amigável no ombro do outro que mantém sua cabeça um pouco baixa.
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  — Não estás errado em vosso julgamento.
  — Mesmo que ela tenha o direito de saber a verdade, lembre-se de que ela pode contar ao irmão, tu podes morrer por causa disso. Me arrependo de ter lhe dado tal dica. Maldição! — lamenta-se.
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  — Eu não tenho medo de ser considerado um traidor à Coroa — diz , erguendo o olhar. — Não ligo! O rei Yusuke pode fazer o que ele quiser comigo: me levar à forca, decapitar minha cabeça, me dar de comida aos cães do castelo — o homem segura o choro dentro da garganta. — Mas, o que mais me aterroriza é que a sinta raiva de mim.
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  — Infelizmente é uma grande possibilidade, amigo — Hitoshi aperta o ombro de , reconfortando-o.
  — Isso vai me destruir — sente os olhos arderem nas órbitas e as primeiras lágrimas caírem por suas bochechas. — Eu a amo, Hitoshi — confessa.
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  Antes de Hitoshi dizer algo, um barulho chama a atenção dos dois que olham na direção de outra árvore próxima onde há o muro que circunda a propriedade.
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  — Deve ser algum animal — conclui Hitoshi, dando de ombros e volta seu olhar para . — Acho que deves pensar melhor antes de contar a ela, meu amigo. Para o bem de ambos.
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  — Agradeço-lhe o apoio, ainda tenho algum tempo até chegar ao castelo, prometo pensar até lá — finaliza , exibindo um sorriso cansado.
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  O outro se despede do amigo e eles seguem caminhos diferentes.
   volta a caminhar, pensativo, e passa pela mesma árvore onde ouviu o barulho sem dar muita importância a ela. Após perceber que o homem já havia se afastado, sai de detrás do muro próximo da árvore. Ela havia ouvido toda a conversa. Por coincidência, ela fugiu de Minoru para receber na entrada da propriedade e assim terem alguns minutos à sós para conversarem. Depois de ouvir o que ouviu, a moça crê, mais do que nunca, de que precisa desse tempo somente com ele.
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   tem muito o que explicar.

  Minutos depois…

  Cavalgar sempre foi uma paixão para , desde criança que ela monta os cavalos do castelo e tem bastante experiência. Já não é tão fã de cavalos e, por isso, tem dificuldades em montá-los. Mesmo assim, consegue disfarçar bem o seu receio ao estar em cima de um agora enquanto cavalga ao lado de sua noiva. Minoru segue o casal logo atrás, mantendo uma distância segura.
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  — Gostando do passeio, Alteza? — mesmo estando noivos, e mantêm as formalidades um com o outro. E, mesmo sabendo a verdade, a princesa prefere esconder tal detalhe dele, por enquanto.
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  — Sim, é sempre um prazer estar em vossa companhia, princesa — responde ele com o corpo tenso em cima do cavalo.
  — Vossa postura não está muito boa — brinca , rindo discretamente. — Erga mais as costas — orienta.
  — Nunca fui muito a favor de cavalgadas, confesso — diz ele, sorrindo sem jeito e endireitando a coluna.
  — Percebe-se, Alteza — olha para o horizonte, a linda luz do Sol próximo ao horário da tarde a fascina. — Aposto que não costuma cavalgar em vosso reino? — a pergunta não é notada como uma crítica direta à mentira de , mas, ele sente certa ironia no tom de voz da princesa.
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  — Não, senhorita — mesmo notando isso, ele disfarça. — Temos cavalos lá, porém eu prefiro manter distância deles — eles riem com o comentário. — Não costumam ser amigáveis com a minha pessoa — completa ainda tenso.
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  — Zeus é bastante dócil, não se preocupe com ele — diz referindo-se ao cavalo que monta. — Apesar de sentir que hoje ele está um pouco diferente.
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  — O que queres dizer com isso, princesa? — indaga ele, nervoso.
  — Talvez seja a proximidade do inverno — deduz. — Ele, especialmente, é um dos não amantes da estação.
  — Algum motivo especial?
  — Há alguns anos, enquanto a falecida rainha consorte ainda era viva — refere-se ela à cunhada, esposa de Yusuke que faleceu —, tivemos uma grande nevasca no reino — lembra-se perfeitamente dessa época. — Muitas vilas tiveram casas destruídas pelo excesso de neve, plantações foram perdidas e animais morreram de frio. Nós tínhamos cerca de quinze animais no estábulo, dentre eles o Zeus — continua ela. — Infelizmente, o lugar onde estavam teve o telhado destruído e muitos cavalos correram para escapar de serem atingidos, outros não conseguiram sair — mesmo sem saber o final, sente sua garganta se fechar um pouco. — Zeus conseguiu escapar, mas, quando os empregados conseguiram finalmente chegar para acudi-los, alguns cavalos já tinham fugido correndo para longe. Muitos quebraram as patas e tiveram que ser sacrificados, alguns ficaram, mas foram esmagados pelo telhado. Estava ventando muito, a neve não parava de cair, foi horrível…
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  — Sinto muito, princesa — diz, compadecendo-se. Naquele dia ele também tinha perdido sua casa na nevasca.
  — Zeus foi o único sobrevivente — completa a moça. — Acho que ele ainda lembra daquele dia e creio ser por isso ele não gostar de inverno. Sempre fica diferente nessa época do ano, por esse motivo preferimos deixá-lo no estábulo e não usá-lo.
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  — Compreendo — diz o homem.
  — Mas, não fique preocupado, Alteza, ele não irá derrubá-lo — assegura , sorrindo para .
  O sorriso dela é tão especial que sente um arrepio na parte interna de seu corpo. Ele nem sabia ser possível tal feito, mas é o que ele sente, não consegue evitar. E só acontece quando está perto. Distraído com o sorriso da moça, ele não percebe o movimento estranho de Zeus. Um barulho forte o assusta, fazendo o cavalo erguer as patas dianteiras, fica apavorado.
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  — Zeus! — grita , esticando a mão para tentar segurar a correia de Zeus ao mesmo tempo que tenta manter a outra firme para que seu cavalo não dispare. — Calma, Zeus, calma!
  — Princesa, não se aproxime — grita com medo dela se machucar. — Deixe que eu… Pelos Deuses! — Zeus mais uma vez tenta expulsar de suas costas, erguendo ainda mais alto suas patas dianteiras e as batendo com força no chão, relinchando nervoso.
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  — Deixe-me ajudar! Zeus, pare! — insiste tendo a ideia de descer de seu cavalo. Ela o deixa se afastar e aproxima-se de Zeus.
  — Princesa, por favor, afaste-se! — o desespero de é nítido, não só pelo perigo que corre, mas também pelo perigo que ela corre. — Vai acabar se machucando, princesa, por favor!
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  — Segure firme, Alteza — pede ela e finalmente consegue segurar a correia de Zeus, tomando o controle. — Agora desça devagar, por favor — orienta ao passar a mão sobre o longo pescoço de Zeus.
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  Aparentemente calmo, ele para de se mexer bruscamente. faz menção de descer dali, descuidando-se e soltando a correia, é o suficiente para ele ficar desprotegido. Zeus dá mais um galope muito forte, lançando ao chão. perde o controle da correia e tenta se afastar, mas tem o braço atingido por uma das patas de Zeus que a atinge de raspão, o suficiente para abrir um corte em seu vestido e em sua pele.
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  — Princesa! — exclamam e Minoru quase ao mesmo tempo. Minoru desce de seu cavalo e corre para acudir .
  — Segure o Zeus, Minoru! — ordena ela o vendo se aproximar de perigosamente. O soldado desvia sua corrida até o cavalo o dominando.
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  — Princesa! — aproxima-se dela. — Estás bem? Deixe-me ver — pede ele, segurando o braço da moça com cuidado. O machucado está sangrando.
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  — Vou ficar bem — ela diz tentando acalmá-lo. — Como estás? Estás machucado, Alteza? Jamais me perdoaria se…
  — Eu estou bem, eu juro que estou bem — afirma ele, mas algo chama a atenção de que solta um grito de espanto.
  — Sangue! Estás sangrando! — diz ao ver a gota de sangue escorrer pela lateral do rosto dele. leva uma das mãos ao local, confirmando o ferimento.
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  — Não é nada, princesa — garante sentindo o local arder. — Devo ter batido a cabeça em alguma pedra quando eu caí.
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  — Estás tonto? Pelos Deuses, não deveríamos ter vindo…
  — Não digas isso — ele segura a mão boa dela e o encara. — Vou ficar bem — ele volta a assegurar. — Devemos nos preocupar agora com vosso braço, está sangrando bastante, pode piorar.
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  — Princesa — chama Minoru —, devemos voltar ao castelo.
  — O senhor Minoru tem razão — concorda . — Precisas cuidar de vosso ferimento, princesa.
  — E tu do vosso — rebate e vira-se para Minoru. — Minoru, por favor, vá na frente e peça para o curandeiro preparar ervas. Peça também para prepararem um aposento para o príncipe poder repousar, por favor — pede ela. Minoru faz uma breve reverência e monta em seu cavalo. — Ah, Minoru — a princesa o chama —, leve Zeus consigo.
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  — Mas, princesa… — questiona ele, hesitante, mas é interrompido.
  — Faça o que eu pedi, por favor.
  Sem questionar mais, Minoru faz o que lhe é pedido, partindo dali com a correia de Zeus amarrada à correia de seu cavalo. ajuda a levantar-se e diz que não há necessidade de ele ficar no castelo, que logo ficará bem, mas a princesa insiste que ele fique, que é para ele considerar como um pedido de sua futura esposa.
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  Isso bate forte em como um soco.
  O golpe é sentido por ele, mas tenta não demonstrar o abalo. Apenas concorda com a cabeça e ajuda a montar em seu cavalo, subindo em seguida sentando atrás dela.
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  Ambos cavalgam de volta ao castelo.

  Dois dias depois…

  Ainda não houve um beijo.
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   , além de evitar o contato físico com , até hoje evita beijá-la. Inicialmente esse era um desejo de ambos, nenhum deles queria de fato beijar o outro. Mas, com o passar dos dias, vem demonstrando tal interesse por isso foi rapidamente notado pelo rapaz que a vem evitando de todas as maneiras. Houve uma vez, durante o desjejum da manhã, que ficaram sozinhos por menos de dois minutos, o suficiente para fingir que o canto da boca de estava sujo para limpá-lo com um lenço. A aproximação com os lábios do rapaz levou a moça à tentação de quase beijá-lo, mas foi mais rápido e afastou com a desculpa de ter um besouro sobrevoando-os. Depois dessa última tentativa frustrada, nunca mais tentou beijar novamente.
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   segue dormindo no aposento preparado para ele no castelo. Mesmo contra sua vontade, ele ainda está lá. O próprio rei Yusuke pediu que ele ficasse com a desculpa de que a presença dele fazia bem à irmã, o que não deixa de ser verdade. Seu ferimento na cabeça está melhorando graças aos cuidados do curandeiro do castelo que acaba de deixar seu aposento trazendo-lhe mais uma infusão de ervas para que coloque no local e uma taça com outra infusão para que beba, afastando assim sua dor. Sentado na janela de seu aposento, o rapaz observa a paisagem. A luz da lua iluminando parte do jardim que fica há alguns metros da entrada principal do castelo. O silêncio é quase ensurdecedor. Apenas o barulho de alguns pássaros é ouvido ao longe.
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  — Vossa Alteza? — indaga uma voz do lado de fora do aposento. encara a porta.
  — Pois não? — responde ele, levantando-se da janela e procurando sua camisa.
  — Perdão incomodá-lo, mas tenho um recado da princesa para o senhor — informa a voz. estranha, mas veste a camisa e caminha até a porta, abrindo-a.
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  — Da princesa? — questiona vendo tratar-se de Aimi, a ama da princesa.
  — Sim, Vossa Alteza, veja — ela estende um bilhete escrito por sua senhora.
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  — Obrigado, senhorita Aimi — agradece ele.
  — Ela o espera dentro de alguns minutos, com vossa licença, Alteza — ela se curva e sai dali.
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   lê o bilhete, fechando a porta do aposento antes.

“Sei que está tarde, mas gostaria de poder conversar com Vossa Alteza, agora, se não for muito incômodo.
  O aguardo em meu aposento, já sabes onde fica.
   .

  Mesmo estranhando o chamado de assim tão tarde da noite, resolve atendê-lo. Ele caminha até o móvel onde estão algumas roupas ofertadas pelo rei para ele, já que tinha dado a esfarrapada desculpa de que perdeu suas bagagens em um assalto, e pega uma camisa mais formal para encontrar a princesa. Após se vestir, ele deixa o aposento e segue o caminho do longo corredor, vira à esquerda, caminhando mais alguns metros até chegar ao corredor que leva ao lado leste do castelo. Anda mais um pouco, vira à esquerda novamente e finalmente chega ao aposento de .
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  Ele bate à porta.
  — Entre — responde a moça do lado de dentro.
   empurra a porta, percebendo que já está aberta, e logo vê o interior do aposento dela. Não deixa de ser igual aos demais, com a diferente gritante de que tem o cheiro dela que lhe invade deliciosamente.
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  — Princesa? — chama ele, hesitante, sem tirar a mão de cima da porta.
  — Estou aqui, Alteza, venha até aqui, por favor — diz ela, mas não a vê de imediato.
  Ele coloca seu corpo totalmente para dentro do aposento e fecha a porta atrás de si, caminhando na direção da voz. o apressa e, após entrar um pouco mais para o centro do lugar, consegue ver em pé próxima à janela. Seus olhos parecem anestesiados com sua beleza, entorpecidos e incapazes de desgrudar da visão de sobre a luz do luar. A moça usa uma camisola longa de seda na cor marfim, seus cabelos longos soltos em cascata sobre suas costas, parte cobrindo as laterais de seu rosto.
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  — Agradeço por ter vindo mesmo sendo tão tarde — diz jogando algumas mechas dos cabelos para trás.
  — Não deixaria de atender a um pedido teu, princesa — ele faz um singelo gesto com a cabeça. — Disseste no bilhete que gostarias de conversar comigo, há algo a incomodando? — indaga ele, as mãos atrás do próprio corpo.
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  — Receio que sim — responde dando um passo para frente. — Gostaria que fosses sincero comigo, Alteza — pede, dando mais um passo.
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  — Sempre, senhorita — engole em seco, seu cérebro tentando manter seu corpo de pé. dá mais um passo.
  — Tens sentimentos por mim? — a pergunta direta não assusta que mantém sua expressão serena, mesmo estando em surtos por dentro.
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  — Por que a pergunta, princesa? Somos noivos e…
  — Perguntei se tens sentimentos por mim, Alteza — ela o corta dando mais dois passo em sua direção. — Quero que seja direto em vossa resposta — engole em seco.
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  — Eu… — dá mais dois passos e o alcança, ficando muito próxima a ele. — Senhorita, estás muito perto.
  — Me amas, Alteza? — repete ela e inclina levemente o corpo para trás, ficando na ponta dos pés para alcançar os lábios de que é um pouco mais alto que ela. — Me amas ou não…
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  — Amo como nunca amei e nunca amarei ninguém — declara-se ele, rendido ao desejo e ao aroma vindo de .
  É o suficiente para a princesa.
   , ousadamente, encosta seus lábios nos de que não tem nenhuma reação imediata. Ela sente a maciez dos lábios dele e o beijo se intensifica mais quando leva suas mãos ao rosto de , segurando-o com ânsia. O rapaz mantém suas mãos para trás de suas costas enquanto briga mentalmente com pensamentos que são contra esse beijo. Antes de ir ao aposento dela, estava em uma intensa discussão com sua consciência pela decisão de contar a toda a verdade. Ele não é um príncipe e, teoricamente, não deveria se casar com uma princesa, ainda mais quando ele mentiu para ela durante todo esse tempo. Mentiu para o rei a quem deveria demonstrar o máximo respeito e que traiu dessa forma. Não, esse beijo é errado e não pode tocar em com suas mãos, caso contrário, se perderá em seus desejos.
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  O bigode de faz cócegas gostosas em . O beijo é interrompido pelo afastamento brusco dele.
  — Não deveríamos… — diz ele, ofegante, levando a mão à boca. Ele passa a língua sobre os lábios sentindo o gosto de ali. Ele deseja mais, mas não pode.
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  — Estás a provocar instintos muito específicos em mim, Alteza — confessa ela, aproximando-se dele de novo. — Eu sei a verdade — a encara.
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  — Do que falas, princesa?
  — Sei a verdade sobre vosso título inexistente — o homem arregala o olhar, genuinamente surpreso, o coração acelerado.
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  — Princesa…
  — Chame-me de , por favor — pede ela, dando mais um passo e estreitando a distância entre eles.
  — Não é correto — a voz falha demonstra seu desespero, ele desvia o olhar. O que ele deve fazer? Negar tudo ou assumir sua mentira e preparar-se para morrer pelas mãos do rei?
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  — Eu insisto, o chama pelo nome e a encara, ainda assustado.
  — Senhorita… — zera a distância entre os corpos e volta a beijá-lo, dessa vez com uma das mãos no rosto dele e a outra em seu tórax. — … — sussurra ele, com o rosto colado ao dela, os olhos fechados.
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  — Quero ser sua, — diz ela e abre os olhos, afastando-se um pouco.
  — Não é correto, somos noivos e, mesmo assim, eu não posso me casar com a senhorita mesmo a amando — diz ele. — Eu sou um plebeu.
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  — E quem disse que me importo com isso?
  — Vosso irmão se importa e muito com títulos, princesa — rebate .
  — Já disse para me chamar pelo nome — insiste, semicerrando o olhar. — Esqueça meu irmão, por favor, eu só quero ser sua esta noite, — volta a pedir com a voz maliciosa e roça o rosto no peito dele.
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  — Preciso explicar sobre… — coloca o indicador sobre os lábios dele. —
  — Depois conversamos sobre isso, apenas me tome como sua, .
  Não há espaços para contra argumentações agora. volta a tomar os lábios de em um beijo no mínimo indecente. Ela agarra a cintura dele com força e não tem outra alternativa a não ser retribuir. Suas mãos tocam as costas de diminuindo a distância entre seus corpos. O Ikeda desejava isso em seu mais profundo íntimo, tomar a princesa de Kyoto nos braços com o seu consentimento era seu maior devaneio e também seu objetivo.
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  Os dois, agarrados como um, caminham na direção da enorme cama da princesa. A moça é colocada com ânsia na cama e então para de beijá-la para encarar a amada. Ele se agacha a sua frente, ajoelhando-se, e segura um de suas pernas, erguendo-a até sua boca. O toque dos lábios dele sobre sua pele quase fazem gemer, um simples toque de um beijo que logo se multiplicam em muitos, seguindo para cima em uma trilha de novas sensações para ela. Conforme ia subindo com seus lábios, desbravava também o interior da camisola de com as mãos, chegando até bem próximo da intimidade dela.
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   suspira.
   a encara, esperando por algum comando se ele deve ou não parar. O olhar saliente dela é sua resposta. Mantendo os olhos naquele olhar, o homem volta a beijar as coxas de enquanto suas mãos envolvem a cintura dela diretamente em sua pele, trazendo-a para frente, pressionando-a contra seu rosto. Então, muda a rota de sua boca até a intimidade de que está coberta com um calção que normalmente é usado por nobres como roupa íntima. Pedindo permissão, ele retira a peça de olhos fechados. Ainda com suas pálpebras baixas, percorre as mãos camisola adentro, suspendendo-a até que ela saia totalmente do corpo de . Ela já está nua, mas ainda não tem coragem de abrir os olhos. Não é a primeira experiência sexual dele, já teve muitas outras desde novo. Mesmo assim, o nervosismo que sente agora é quase de um iniciante. Ele sabe que é a primeira experiência dela e tem medo de que não atinja as expectativas da moça. pensa em chamá-lo ao perceber sua paralisia pelo medo, mas abre os olhos antes disso tendo como primeira visão o corpo nu da princesa.
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  Ele pisca algumas vezes.
  Respirando fundo, o homem volta a aproximar-se, deitando-se sobre o corpo dela, mas com o rosto na direção da barriga de . Então, ele beija o local. A mesma trilha de beijos traçada na perna dela minutos atrás é feita em seu tronco. A todo momento ele expressa o quão lindo o corpo de é e o quão apaixonado ele está, o quão ele a deseja e o quão está feliz por estar com ela.
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  Mesmo que seja seu último momento vivo.
  Ofegante pelas sensações maravilhosas que tem agora, segura o rosto de , puxando-o para perto e o beija. Já estava com saudades de tocar os lábios dele com os seus.
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  — Não é justo — diz ela após o beijo. — Eu quero ver-te sem roupas, .
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  Sorrindo indecente, o homem se impulsionando, levantando-se da cama e começa a despir-se para . A princesa não tira os olhos do corpo de que retira sua camisa bagunçando um pouco os cabelos, em seguida ele livra-se de sua calça, não costuma usar nada por baixo, então logo os olhos de conhecem o membro do homem.
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  — Magnífico!
  Exclama a moça, admirada com a rigidez e tamanho dele. O Ikeda caminha de volta para a cama e pede para engatinhar para trás. Ela obedece e então ele inclina sua cabeça até os seios dela, sugando-os, fazendo suspirar alto. Ela mal tem tempo para respirar, ao ter as pernas puxadas para cima e ter introduzido em sua intimidade o membro de , a princesa volta a suspirar algo, quase um grito de prazer chamando o nome dele. Por mais que ele queira que esta seja uma noite especial para os dois, dando ênfase à , estava ansioso por isso, ansioso por estar dentro dela. Uma sensação nova é descoberta por ele agora. Os movimentos de seu quadril e as pernas erguidas dela só aumentam o prazer sentido. ergue o tronco, retorcendo-se na cama enquanto segue seus movimentos sem trégua, o suor e cansaço tomando conta de ambos. Pensando em algo feito apenas uma vez, apoia uma das mãos nas costas de , impulsionando-a para cima. Ela ergue mais o tronco e tem os cabelos de sua nuca agarrados pela mão firme dele. Instintivamente a moça inclina sua cabeça para trás, a boca meio aberta respirando por ela, os olhos fixos no olhar predador de . Ambos ficam sentados, estica suas pernas, uma a uma, e dobra as suas, ficando sentado sobre o colo dele. Com nenhuma experiência, a moça tenta repetir os movimentos feitos por ele, mas logo percebe que não surte efeito. Então, associando sua situação atual com a de uma montaria, a princesa começa a imitar os movimentos que faz quando cavalga em seu cavalo. Isso realmente ajuda. O retorcer da expressão de lhe diz que está no caminho certo.
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  O caminho do ápice do prazer.
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  Poucos foram os momentos em que sentiu-se acolhido na vida. Ele perdeu os pais ainda muito cedo e, desde os dez anos de idade, vive nas ruas da vila, saltando de casa em casa de alguém que se compadecesse com sua situação. Agora, ele está deitado sobre a intimidade de , o rosto um pouco acima em cima de sua barriga. Ele sente a respiração dela se acalmar pouco a pouco e a dele acompanhá-la. As mãos da princesa afagando sua cabeça em uma massagem reconfortante, está quase adormecendo.
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  — — chama , despertando o homem de seu quase dormir. Ele joga a cabeça para trás, ela para o movimento de suas mãos, mas não as tira do emaranhado de fios de cabelo dele. — Sobe mais um pouco, precisamos conversar — conclui a moça e então se apoia na cama, erguendo o corpo e voltando a deitar-se sobre ela, dessa vez sobre seus seios.
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  — Eu tenho muito a explicar — diz o rapaz com o rosto erguido para ela e volta a afagar as laterais de sua cabeça.
  — Deves começar pelo motivo que o levou a mentir para mim — sugere , firme.
  — Eu não sou um homem correto — entrega-se e franze o cenho.
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  — Explique-se.
  — Costumo aplicar golpes nos visitantes do reino — revela ele e interrompe o carinho em sua cabeça.
  — ! — espanta-se a moça. — Por que fazes isso? Podes ser morto, sabias disso?
  — É o meu modo de sobreviver, princesa — envergonha-se o homem, sentindo sua garganta ser tampada por um nó.
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  — — corrige ela, voltando a afagar o rapaz. — Então eu sou seu novo golpe? — rebate ela, por essa não estava esperando.
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  — Não, ! — diz ele, de imediato. — Minha intenção não era dar-te um golpe, nunca!
  — Então por que fingiste ser da realeza de um reino que não existe? — diz ela, encarando-o. vê certa mágoa no olhar dela, isso o faz mal.
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  — Eu queria apenas comer e beber de graça — confessa ele a verdade. — Nunca imaginei que vosso irmão fosse me escolher, que tu me escolheria ou que eu me apaixonaria por vós, — a moça enxerga a sinceridade nas palavras e no olhar de , então ela sorri para ele.
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  — Não se preocupe — ela corre uma das mãos até o rosto dele. — Eu não o odeio — diz ainda sorrindo. fecha os olhos, os lábios tremendo.
  — Me perdoe por mentir — pede. — Sei que não mereço nem estar aqui em vossos braços acolhedores.
  — Eu o perdoo com a condição de que nunca mais mintas para mim novamente — exige e abre os olhos para dizer o que sente.
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  — Jamais trairia vossa confiança novamente, eu a amo princesa — declara-se.
   alarga o sorriso e inclina o corpo para frente para beijar .
  — Eu o amo, . Amo-te!
  Acontece outro beijo e então uma voz vinda de fora do aposento os interrompe.
  — Princesa ? — chama Minoru e o casal se assusta. Definitivamente não era para estar ali.
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  — É o Minoru — sussurra ela para . — Não digas nada — pede e ele concorda com um gesto de cabeça.
  — Senhorita? — insiste o guarda.
  — O que queres, Minoru? — grita para que seja ouvida por ele.
  — Perdoe-me incomodá-la, senhorita, mas vosso irmão deseja falar com vós. Ele a aguarda na sala do trono — anuncia. — É urgente.
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  — O que ele quer falar comigo a essa hora da noite? — indaga ela, desconfiada.
  — Infelizmente ele não me disse, senhorita — diz e completa: — A senhorita, por acaso, sabes de vossa Alteza, o príncipe Ikeda? — a pergunta faz encarar a porta, assustado.
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  — Não, por que a pergunta? — diz e tampa a boca de para que ele não emita nenhum som audível.
  — Vossa Majestade também deseja falar com ele. Irei procurá-lo pelo castelo. Com licença, senhorita.
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  Assim que ouvem os passos de Minoru afastando-se, se vira para que o encara desesperado.
  — Ele sabe, — diz ele, angustiado.
  — Por favor, fique calmo, — ela pede, acariciando o rosto dele.
  — Estou perdido, ele vai me matar com as próprias mãos.
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  — Quem mais sabe dessa farsa?
  — O Hitoshi.
  — Aquele rapaz que estava com vós na entrada do castelo? — a encara, ligando os pontos.
  — Escutaste nossa conversa naquele dia? Então é isso… — deduz voltando a ficar envergonhado.
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  — Não pense nisso agora, vista-se e vamos ao encontro do meu irmão — determina ela.
   está tão assustada quanto , porém precisa manter a calma para não piorar a situação. Eles se vestem em silêncio e deixam o aposento da princesa após certificassem de que não havia ninguém no corredor. aguarda um pouco antes de descer até a sala do trono. No caminho, encontra Minoru por acaso e os dois seguem até o local onde já estava em frente ao irmão.
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  Rei Yusuke está com suas roupas de dormir debaixo do casaco grosso de pele de urso que usa para se aquecer nessa noite fria de quase inverno. Sua expressão não é nada agradável. Os cabelos dele estão bagunçados e caídos sobre seus olhos que demonstram certa raiva. Ao ver o rosto do rei, tem a certeza de que será morto em breve.
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  — Já que estão todos aqui… — pronuncia-se o rei, levantando-se e caminhando brutalmente até o casal que está um pouco afastado um do outro. — Não sou um homem de meias palavras. Senhor Ikeda — ele vira-se para que sente a própria carne tremer de medo — o que dirás em vossa defesa diante da acusação de traição à Coroa? — o golpe das palavras dele atingem como um chute. Ele cambaleia levemente sobre as próprias pernas.
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  — O que estás a dizer, Yusuke? — toma a frente entre e o irmão, protegendo o amado atrás de si.
  — Afaste-se — sibila o mais velho com o olhar caído sobre ela.
  — Não antes de explicar-se — ela mantém-se firme sobre a clara ameaça na voz de Yusuke.
  — … — ele volta a sibilar. O rei solta um suspiro irritado e volta o olhar para . — Este homem mentiu para mim, mentiu para todos do reino ao se passar por um nobre, um príncipe! Isso é um ultraje! Mereces a força por isso, calhorda! — Yusuke ergue sua mão, ameaçando desferir um tapa em , mas agarra pelas roupas mantendo ele atrás de si.
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  — Não ouse! — diz ela.
  — Vossa Majestade, eu posso me… — ia falar, mas é grosseiramente interrompido pela voz brutal do rei.
  — Cale-se! — berra ele. — Perdi a paciência e benevolência com vós, irás para à forca sem julgamento — determina e vê a movimentação dos soldados indo na direção deles.
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  — Não se atrevam a encostar um dedo nele! — ameaça ela e puxa uma adaga da bainha escondida debaixo de sua camisola.
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  — ! — espanta-se que não havia notado em que momento ela colocou a bainha por debaixo da camisola.
  — Como ficaste sabendo disso, meu irmão? — indaga .
  — Através do único homem que não é traidor: o duque de Granada — revela o rei fazendo se indignar.
  — Kentaro Watanabe! Tinha que ser — sibila ela, irritada e nota a movimentação dos soldados na direção de novamente. — Não cheguem perto, sabem que sou capaz de matar todos com facilidade — a princesa volta a ameaçar. Por fora parece estar destemida, mas seu interior é puro medo e terror pelo que pode acontecer a .
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  — Por favor, afaste-se ou irá se ferir — pede com o rosto próximo ao ouvido dela.
  Nesse momento, a princesa não se importa caso tenha algum ferimento, seu objetivo é proteger e é o que fará. Os soldados avançam e inicia-se uma briga, porém dura alguns segundos, o suficiente para ser rendida pelo segundo soldado que toma sua adaga e a segura com os braços para trás. tenta defendê-la, mas também é rendido. Aos gritos desesperados, a princesa vê seu amado ser levado na direção das masmorras do castelo de onde ela sabe que ninguém jamais saiu com vida. Yusuke dá a ordem para que levem para o aposento e a tranquem lá para que não escape. Amanhã mesmo ele irá dar um fim nesse noivado, matando o traidor e escolhendo outro pretendente para sua irmã. Ela querendo ou não.
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   é empurrada com força para dentro de seu aposento e cai no chão. Ia levantar-se para tentar sair novamente, mas vê a porta ser batida a sua frente ouvindo barulho da tranca sendo vedada. Furiosa com a atitude tirana do irmão, a jovem princesa revolta-se, batendo na porta e gritando para que a abram. Ela sabe que mentiu para o rei, seu irmão, mas ela também sabe que ele jamais agiu assim antes. Para , Yusuke foi envenenado por Kentaro. É a sua teoria. Em seu estado normal, o mais velho nunca condenaria ninguém à forca sem um julgamento prévio, é uma pena muito severa para ser aplicada arbitrariamente. Na mente da princesa, a cada segundo que se passa, a certeza de que Yusuke foi induzido a esta atitude drástica é culpa de Kentaro. Ela nunca gostou dele, desde que o viu no baile meses atrás. A aura caótica que ele transmite a assusta e certamente contaminou o irmão.
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   ouve gritos vindos do lado de fora.
  A jovem corre para a janela de seu aposento e logo avista o caos que se forma. Muitos homens que ela nunca tinha visto antes, todos fortemente armados com lanças enormes, arco e flecha e, de longe, ela pode ver canhões posicionados na direção do castelo.
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  — O que está havendo? — indaga ela para si mesmo, a voz falhando.
  De repente, ela vê os soldados de seu reino indo de encontro aos outros. Um estalo se faz na mente de .
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  O castelo está sendo invadido.
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IV — Coroação

  O caos.

  O castelo está sendo invadido por homens do reino de Granada, o mesmo de onde Kentaro possui o título de duque. Ele conseguiu, há alguns dias, a permissão do príncipe da região para invadir o reino de Kyoto com o pretexto de tomar de volta riquezas que supostamente haviam sido roubadas do duque. Uma mentira, de fato. Porém, tornou-se verdade na boca de Kentaro que convenceu o príncipe disso e agora quem está sofrendo são os soldados do reino de Kyoto que lutam bravamente para proteger seu rei.
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  Com a invasão do castelo, preferem manter a princesa presa em seu aposento e os soldados que vigiam a porta saem correndo para ajudar seus companheiros deixando-a sozinha sem notícias de ninguém.
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  — … — sussurra a moça sozinha em frente à porta.
  Irritada com a impotência, procura em seu quarto algo para arrombar a porta. Algo pesado ou pontiagudo o suficiente para derrubá-la. Ela acha sua espada e a coloca na bainha, pendurando-a em seu corpo de maneira transversal. Perto da lareira há uma barra de ferro, ela sorri de canto e corre para pegá-la, retornando rapidamente para a porta e começa a forçá-la. Muitas tentativas frustradas depois, finalmente consegue destruir a tranca, afrouxando a porta, e deixando seu aposento correndo diretamente para onde está. No caminho ela não encontra ninguém, parece que todos os empregados se trancaram em algum lugar seguro para se proteger da invasão. De longe, ela ouve alguns gritos típicos de uma luta generalizada. Concentrada, segue o caminho escada abaixo até chegar novamente na entrada do castelo onde encontra alguns soldados lutando com inimigos. Tentando passar despercebida, ela se esgueira pelas paredes, mas logo é vista. Um dos soldados adversários entra em embate com a princesa que luta com ele de igual para igual, desferindo golpes certeiros com sua espada. De repente, ela é atingida no braço, o golpe é tão forte que rasga parte de sua camisola. Do braço dela logo escorre o sangue.
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  — Princesa! — olha na direção da voz e vê Ryouta correr na direção do soldado que luta com ela. — Proteja-se! — ela entende o recado e dá um passo trás, cobrindo o rosto com os braços cruzados em sua frente, ainda segurando sua espada.
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  Um golpe é o suficiente para o inimigo ceder e cair ao chão morto.
  — A senhorita estás bem? — indaga o general pondo a mão sobre o ombro de .
  — Sim — responde ela, ofegante pela luta. — E meu irmão?
  — Não te preocupes, ele está trancado na sala do trono com sua guarda pessoal. Está seguro — garante o homem. — Salve o senhor Ikeda — diz ele, surpreendendo .
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  — Achei que tivesses a mesma opinião de meu irmão — diz .
  — Perdoe-me pela ousadia, princesa, mas eu vejo em vosso olhar que a senhorita o ama — revela o general, surpreendendo ainda mais a princesa.
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  — General…
  — Agora vá, salve-o! Não há soldados nas masmorras — o general dá um leve sorriso e empurra para longe, virando-se para atingir o golpe que sentiu se aproximar segundos atrás.
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  Obedecendo ao general, corre na direção das masmorras, descendo as escadas correndo. Mesmo com a informação de Ryouta de que não há soldados ali, ela segue com sua espada empunhada, firme e pronta para atingir o inimigo ou quem quer que a impeça de salvar . Conforme vai se aproximando, ela ouve os gritos desesperados do amado.
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  — ! !!! — berra ele com o rosto enfiado nas grades de sua cela. — Alguém diz o que está havendo! ! — segue berrando em desespero.
  — ! — exclama ela ao ver o amado.
  — ! Pelos Deuses, o que está havendo? Estás bem? — dispara ele a perguntar e vê a princesa procurar as chaves da cela. Após achar, ela corre para abrir a cela.
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  — Estão invadindo o castelo, tenho certeza de que é a mando do Kentaro — diz ela, enfiando a chave na fechadura da cela.
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  — O duque de Granada?
  — Sim, aquele calhorda! — xinga a moça, abrindo a grade e agarrando o pescoço de . — Tu estás bem, meu amado? Estás ferido? Eles o machucaram?! — pergunta, angustiada.
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  — Estou bem, estou bem — responde e acaricia o rosto dela, beijando-a nos lábios.
  — Temos que sair daqui, não é seguro — alerta , puxando consigo, mas é interrompida.
  — Estás ferida, ! — percebe o Ikeda, exasperado ao ver o braço dela sangrando. — Quem fez isso?! — ele puxa o braço dela, tentando limpar o sangue.
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  — Quem fez isso já está morto — avisa a moça. — Vou ficar bem, venha, temos que ir — insiste, encarando .
  — Temos que parar o sangramento primeiro — revisa ele e rasga parte de sua camisa para enrolar o braço dela. — Não devias ter se arriscado dessa maneira, olha só para o vosso braço — lamenta-se ele enquanto enrola o ferimento com cuidado.
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  — Faria tudo novamente para salvar-te a vida — diz, fazendo encará-la. — Eu o amo.
  Ele abaixa o olhar, sentindo a emoção tomar conta. Num impulso ele a beija com paixão. não pode julgá-la, ele faria a mesma coisa se a vida dela estivesse em perigo. Ou até pior. Seria capaz de matar para salvar a vida de . O homem afasta seus lábios dos dela para concluir o curativo e assim eles caminham para fora das masmorras.
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  Há um silêncio ensurdecedor.
  Desconfiada, segue com sua espada empunhada e caminhando com atrás de si, ela havia dado sua adaga para ele proteger a retaguarda de ambos de um possível ataque. Está tudo calmo demais, silencioso demais. Há algo errado. De repente, e encontram alguns soldados do reino com expressões atônicas na face. Todos viam da sala do trono. Então, tem um estalo.
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  Ela dispara a correr, deixando para trás, mas logo ele a segue também correndo. Ao entrar na sala do trono, a princesa tem a pior visão que poderia ter. Praticamente todos os soldados que faziam a guarda pessoal do rei estão mortos. Os que ainda não morreram, agonizam com graves ferimentos pelo corpo, perdendo muito sangue para conseguir se mover. está horrorizada com a cena de terror. Ela vai caminhando devagar no centro da sala, olhando para os corpos ensanguentados ao chão e ergue seu olhar para frente encontrando Ryouta parado perto do trono. A feição entristecida dele é a resposta para a pergunta interna que se fez assim que viu os soldados saindo tristes pelos corredores.
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   corre até o trono e encontra ali seu irmão.
  Yusuke está morto.
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  Atordoada, a moça começa a tremer inteira e se jogo por cima do corpo do irmão, sacudindo-o conforme berra seu nome. alcança a entrada da sala do trono e ouve o desespero da amada, indo até seu encontro.
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  — Yusuke!!!!!!!! — brada aos prantos. — Não, Yusuke, nããão!! Yusuke! — ela segue sacudindo o corpo do mais velho, talvez na tentativa de que ele acorde.
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  — … — se aproxima, agachando ao lado dela, e cuidadosamente tenta retirá-la dali.
  — Yusuke! Por quê? Por que tinha que ser você, meu irmão? Eu não… Yusuke… — apesar de estar pensando muitas coisas agora, não consegue expressá-las direito em palavras.
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   tem seu corpo erguido delicadamente por que rapidamente a abraça, confortando-a em seus braços enquanto ela segue chorando a morte do irmão. Ela não queria esse fim. Nunca. Como pôde imaginar que não teria mais a oportunidade de olhar nos olhos do irmão e lhe pedir perdão por qualquer erro? Ele deve ter lutado bravamente para se salvar, mas não foi o suficiente. sente a dor de tê-lo perdido, mas é a raiva que lhe consome mais agora. O orgulho de ser uma Matsui e não acatar ordens de ninguém. É o legado deixado pela falecida rainha e é o legado que seu irmão lhe deixou. Mesmo com lágrimas escorrendo por seu olhar, a princesa se desvencilha dos braços aconchegantes de , empunhando sua espada, e sai na direção da saída do local.
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  — Por favor, não vá — pede com urgência em sua voz, segurando levemente o braço dela. Seus olhos suplicando pela desistência da moça.
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  — Eu preciso me vingar e eu vou me vingar — diz ela com raiva. Uma raiva que nunca vira antes.
  — … — isso o assusta.
  — Princesa — chama Ryouta, aproximando-se do casal. Ambos os olhares se direcionam para o general. — O lord duque de Granada não se encontra nos arredores do castelo — avisa.
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  — Tens certeza? Aquele verme deve ter vindo se vangloriar por sua suposta vitória.
  — Absoluta certeza, princesa — reafirma o general. — Mandei verificarem o perímetro, o duque não esteve aqui.
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  — Aquele desgraçado…
   precisa de sua vingança, de alguma forma precisa vingar-se pela morte do irmão. Mesmo sabendo que Kentaro nunca esteve ali, ela parte rumo à saída da sala do trono com sua espada ainda empunhada.
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  — , aonde vais?! — diz , caminhando atrás dela.
  — Me vingar — responde a moça, simplesmente. não sabe o que fazer ou o que dizer para convencê-la do contrário.
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  — Lord Ikeda — diz a voz do general, assustando que o encara. — Leve — o homem entrega uma espada para ele.
  — Eu não sei…
  — Terás que defendê-la se preciso.
  Ryouta o encoraja. segura a espada e agradece o apoio. Ele nunca gostou de lutar com espada, prefere luta corporal com socos e pontapés. Sempre achou algo desleal usar lâminas para atingir seu adversário, porém, se precisar usá-las para proteger de quem quer que seja, ele fará. Sem pestanejar.
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   corre para alcançar que se aventura a explorar o castelo sombrio cheio de corpos pelo chão. Ela está compadecida pelas mortes, muitos daqueles soldados eram seus companheiros de treinamento, porém, a jovem não consegue ignorar o fato de que seu irmão está morto e a culpa de toda essa dor que sente é do Kentaro Watanabe. Ela segue seu caminho até a saída e encontra alguns homens restantes do exército inimigo. Logo ela é identificada como princesa do reino de Kyoto e é atacada por um deles, são seis no total e todos a atacam.
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  Ela luta firmemente com os seis soldados, tentando esquivar-se de todos os golpes inimigos, mas não consegue. Acaba sendo atingida no mesmo braço e leva outro golpe na barriga, de raspão. também está lutando, mas com apenas um deles. Quando vê ser atingida duas vezes, a fúria lhe consome e o rapaz parte cegamente para cima dos soldados que fizeram isso, golpeando-os com a espada empunhada, agindo por puro instinto de proteção.
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  — Estamos cercados — comenta ele quando percebe que não conseguirão escapar ilesos dali. Ele protege com o próprio corpo, caminhando para trás, mas ainda com as espadas em mãos apontadas para os inimigos.
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  — Precisamos resistir, — diz para ele mesmo que ela saiba que não tem como eles escaparem.
  — Ora, ora, senhorita Matsui.
  Uma risada estranha se faz ouvida após a fala. encara o dono da voz, o desprezível Kentaro.
  — Seu verme! — sibila ela, impulsionando o corpo para frente. Até o caminhar de Kentaro transmite sua arrogância e soberba, detalhe que a princesa percebeu com apenas o falar dele no dia do baile.
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  — Bom vê-la novamente, princesa — diz o homem em tom superior, aproximando-se do casal. Os soldados abrindo passagem para ele.
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  — Não se aproxime! — exige , tentando passar a frente de , mas ele não deixa.
  — Era eu quem deveria ser seu futuro marido, eu merecia esse lugar e nem esse impostor — Kentaro encara com o olhar estreito.
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  — Se der mais um passo, morrerá — ameaça com a espada apontada para o outro. Kentaro solta uma risada debochada.
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  — Desde quando ficaste tão corajoso assim, plebeu? — provoca ele, rindo.
  — O que queres aqui? Já não basta teres provocado a morte do meu irmão? — brada .
  — Oh, o rei Yusuke morreu? — diz Kentaro num tom falso de pesar. — Lamento, princesa. Creio que agora precises de um marido realmente nobre e que saiba governar um reino…
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  — Eu irei governar o reino, não preciso de ninguém para fazer por mim! — passa na frente de e também aponta sua espada para Kentaro.
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  — Irás deixar ela falar assim de vós, plebeu? Vejo que és dispensável para ela — Kentaro ri.
  — Ora essa… — ia falar, mas a interrompe, sua fala direcionada ao duque.
  — A senhorita não precisa de ninguém para governar o reino por ela, é forte e totalmente capaz de ser a rainha incrível que o falecido rei Yusuke sempre achou que ela seria — diz . — E tenho plena certeza de que ela será — vira o rosto para ele, surpresa com suas palavras.
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  — Patético — zomba Kentaro e saca sua espada de repente. — Vamos lutar por ela! — ele aponta a ponta da espada para que mantém-se firme.
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  — Ninguém vai lutar com ninguém e nem por ninguém — brada . — Eu já sou do , por inteira! Nada nem ninguém mudará isso.
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  Ela diz e Kentaro a encara com o olhar horrorizado.
  Nesse momento, ele entende que já havia se entregado para . Em sua mente retrógrada isso era inaceitável, uma esposa que já havia sido de outro homem era inconcebível em sua mente. Ainda atônito, ele dá o comando para que os soldados ataquem e então a luta recomeça. Dessa vez, os golpes de estão mais firmes e certeiros, parece que os poucos minutos lutando por sua vida serviram de lição para aprimorar seus dotes de luta.
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   e se separam durante a pequena batalha que travam sozinhos contra os soldados de Kentaro. O próprio duque também luta contra eles, contra para ser mais preciso. Os dois tentam se atingir fatalmente, mas erram todos os golpes até que Kentaro dispara com sua espada na direção do pescoço de que consegue desviar a tempo. Tudo muito rápido. grita por medo dele ter sido atingido, até ameaça ir ajudá-lo, mas vê o noivo e amado desviar do golpe de Kentaro e, logo em seguida, atingir o duque com sua espada bem em sua barriga.
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  O golpe é fatal.
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  Kentaro cai no chão, seu ferimento escorrendo bastante sangue enquanto ele agoniza, os olhos estatelados encarando que devolve a encarada, o peito inflando e sua respiração dificultada pelo excesso de sangue em sua via aérea. Sua vida vai se esvaindo aos poucos.
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  Ryouta chega ao local e ajuda a livrar-se dos demais soldados, matando-os
  Com todos mortos, desaba do chão chorando. vai abraçá-la e lhe faz uma promessa.
  — Jamais irei deixar ninguém tentar te diminuir novamente, . Nunca mais.
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  Sussurrando em seu ouvido, promete e, em seguida, eles se beijam.

[]

  Um mês depois…
  É inverno.

  Faz-se silêncio no castelo. As nuvens cobrem a luz solar, reforçando o clima gélido dessa manhã. O único local do castelo que pode ouvir algum tipo de som é do aposento de e . Hoje é o dia da coroação dela como nova rainha do reino de Kyoto, na noite anterior ela mal conseguiu descansar. Por isso, está ajudando sua esposa a relaxar um pouco.
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  Ele a agarra por trás, sua mão direita envolvendo os seios de sua esposa, massageando-os enquanto ele deixa alguns chupões em seu pescoço. É a primeira vez que fazem amor dessa forma e, tanto para quanto para , está sendo uma experiência relaxante e – principalmente – prazerosa.
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  — … — sussurra sentindo o pau dele entrar e sair de sua intimidade em ritmo delicado.
  — Diga, minha rainha — ele sussurra de volta em seu ouvido, mordendo o local em seguida.
  — Eu o amo — declara-se, carinhosa, jogando seu braço na direção da nuca de , acariciando os cabelos dele. — Amo-te, meu amor…
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  — Vosso prazer está próximo, não está? — deduz ele, vide suas últimas transar, já sabe quando o prazer dela chegará.
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  — Está…
  Ele sorri e volta a chupar o pescoço dela, estimulando seus seios e mantendo o ritmo de seu quadril nas investidas em sua intimidade. Não demora para o ápice ocorrer e soltar um suspiro de prazer, quase arrancando os cabelos da nuca de seu marido e contorcendo o corpo, pressionando-o contra .
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  Eles relaxam na cama ainda encaixados e acalmam suas respirações.
   está nervosa com a coroação. Literalmente ela nunca tinha feito isso antes e não sabe direito como será, como agirá ou como seus súditos irão lidar com o novo reinado. Todos amavam tanto o rei Yusuke e o admiravam, sentiram muito a morte do soberano. Em seu interior, se pergunta se algum dia será amada e admirada assim por seus súditos. Por enquanto, ela só quer curtir um pouco mais os braços quentes de .
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  Algumas horas depois…
  Está tudo pronto para a coroação.

  Não era assim que imaginava sua coroação. Nunca quis que seu irmão morresse para poder assumir o trono. Seu plano era ele sair e passar a coroa para ela, tornando-a rainha de Kyoto. Mas não será assim. Mesmo sendo um momento feliz, não consegue sorrir totalmente. Parte dela chora a ausência precoce de Yusuke e sempre chorará.
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  Ainda assim, ela está satisfeita por finalmente esse momento chegar. Dias atrás ela havia se casado com e ele oficialmente é membro da família real. Quem diria que sua farsa de meses atrás se tornaria realidade? Ele não será um príncipe, mas sim um lord, é chamado assim pelos empregados que sempre o respeitaram e, mesmo sabendo da verdade, continuam respeitando o homem. Além do mais, ele agora será o rei consorte de Kyoto por ser casado com a rainha.
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  — Estás pronta, meu amor? — indaga , olhando e sorrindo para .
  — Estou — ela sorri de volta e segura a mão dele. — Obrigada por estar comigo nesse momento.
  — Nunca a deixaria sozinha.
  Eles se encaram com cumplicidade e o som da marcha real interrompe o momento deles que logo soltam as mãos, voltando a ficarem eretos e prestando atenção na entrada da sala do trono. Logo ali, quatro soldados caminham ao ritmo da música segurando cada um uma ponta das hastes que sustentam a almofada de veludo de cor roxo, em cima dela a coroa que será usada por .
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  É a mesma coroa que foi usada por sua mãe. Inevitavelmente algumas lágrimas começam a dar sinal de existências nos olhos da ainda princesa. Ela segura a emoção com o olhar fixo na coroa que é cravejada em rubis e alguns diamantes para compor detalhes. Quando finalmente os soldados chegam até perto do trono, onde está sentada – ao lado dela, em pé –, eles se ajoelham e Ryouta, que foi conselheiro e general do exército de Yusuke, seu homem de confiança, retira com cuidado a coroa e se vira para com um singelo sorriso nos lábios. Um sorriso de orgulho.
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   se levanta, o coração dispara. A música para de tocar e Ryouta começa seu discurso de posse. O tom de voz dele é praticamente de um irmão mais velho que descreve sua irmã mais nova para alguém, o orgulho nítido nas palavras é sentido por que não segura por muito tempo suas lágrimas que escorrem discretamente por seu rosto. Ao fim do discurso, Ryouta ergue a coroa na altura de seu peito, abaixa um pouco os joelhos, abaixando também sua cabeça. Assim que a coroa é colocada em sua cabeça, encaixando em seus cabelos, a moça sente o poder de ser a nova rainha lhe atingir. Então é isso, agora ela é rainha? Rainha de um grande e poderoso reino como o de Kyoto. Uma grande responsabilidade. Tal responsabilidade que está mais do que pronta para exercer, ao lado de seu marido e de seu povo.
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  Ela sorri ao vibrar de parte seus súditos que lotam a sala do trono para assistir esse momento único. promete ali na frente de todos que será a rainha que eles desejam, a rainha que Yusuke imaginou que ela seria.
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  — Por você, meu irmão.
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  Ela pensa levando uma das mãos ao peito e sorri para os acenos das pessoas eufóricas.
  Dá-se início ao reinado da rainha Matsui, a rainha de Kyoto.
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Fim

  Nota: Take é realmente um descarado. Motivo? Ele praticamente me obrigou a criar uma história com realeza graças a um vídeo da versão em Inteligência Artificial dele. Não sei se amo ou odeio esse homem por me dar essas ideias.
  ~ Ainda meteu um hot no meio, carai… ~
  Enfim, espero que tenham gostado hahaha
  Quem puder comentar, agradeço <3

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Lelen
Admin
1 ano atrás

Eu amo uma boa história de princesa/rainha HAHAHAHH 
Admito, fiquei meio perdida em saber quem/como era o pp, sei nada sobre a banda, mas apesar disso, dá pra compreender o cenário mesmo sem conhecer ninguém HAHAHHA 

Comentário originalmente postado em 23 de Junho de 2023

Li Santos
Li Santos
1 ano atrás
Reply to  Lelen

Tb adoro hahaa
Que bom que deu pra entender! Heeh o pp seria esse da capa mesmo. Gosto de botar os pps originais nas capas pra facilitar a visualização da história.
Obg por comentar e por ter lido <3<3

Comentário originalmente postado em 23 de Junho de 2023


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