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Temporada #009

If You Ever Want to be In Love
James Bay

Esta história não possui capas prévias (:

Sem informações no momento.

What If… You & Me?

   encarava o teto de seu quarto, deitado na cama e refletindo sobre o que havia acontecido com naquela tarde. Ele sabia que a melhor amiga tinha ficado magoada com sua decisão, mas afinal, era a vida dele, certo?
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   bufou e se virou tentando dormir. Já passava da meia-noite e tudo o que ele tinha feito até aquele momento fora pensar no quanto tinha magoado . Ele não tinha certeza de quando adormeceu, mas ao abrir os olhos já era dia, seu corpo todo estava dolorido e a memória um tanto fraca.
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  “Fazia um longo tempo que eu não tinha esse sonho”, ele pensou ao se sentar na beirada da cama do hotel. Fazia mais de dez anos que já não falava com e tampouco aquele sonho já não era mais recorrente. Sonhar com e aquele dia que poria um grande hiato em sua amizade não fazia mais parte daquele presente.
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   se espreguiçou e foi tomar banho para se livrar da sensação de que havia algo muito errado naquele dia e também para tentar esquecer o sonho. Era o dia de uma de suas apresentações num pub de sua cidade natal, talvez fosse por isso que tivesse voltado aos seus pensamentos tão repentinamente. Ele saiu do banheiro ainda com a sensação estranha lhe seguindo como uma grande nuvem cinza de chuva. Será que estaria lá?
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  Ele suspirou e massageou a base de seu nariz. Voltar para Hitchin lhe dava um misto de nostalgia e frio na barriga. Tanto havia sido construído ali, mas ao mesmo tempo deixado para trás… pegou seu antigo violão e começou a dedilhar. Aquilo sempre ajudava a acalmá-lo. Passou a tarde tocando algumas das canções que apresentaria à noite, mas sua mente estava dispersa e volta e meia se pegava pensando em . O que ela havia feito da vida? Soubera pelos pais que a garota tinha ido estudar no exterior, mas não mais depois disso.
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  — Ok, , está quase na hora, é melhor parar de pensar no passado agora. — Disse para si mesmo enquanto ia pegar sua roupa da noite.
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  Eram 19:00 e o pub já estava relativamente cheio. Os senhor e senhora ocupavam a mesa mais próxima do pequeno palco no qual agora estava. Ele encarava todos os rostos que sua visão conseguia alcançar. Muitos que estavam ali eram conhecidos de sua adolescência e alguns rostos pareciam novos. Ele se sentia bastante orgulhoso por toda aquela gente estar ali por ele. Pensava isso, mas seus olhos continuavam vasculhando a plateia a procura de um rosto em específico.
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  — , cara, tá na hora. — Scott, seu amigo e tecladista, murmurou o tirando de seus devaneios. Ele apenas assentiu.
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  Depois de dedilhar uma última vez em seu violão para relaxar, foi até o microfone no centro do palco.
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  — Boa noite, pessoal. — Disse e sorriu ao ouvir a empolgação das pessoas no recinto. — Faz um tempo que não piso em Hitchin, né? — A plateia fez um barulho concordando. — Preciso pedir desculpas por isso. Então vamos fazer dessa noite uma noite especial, certo?
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  Então finalmente começou a tocar.
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   ficou encantado ao perceber que até mesmo os mais velhos sabiam cantar suas letras e pareciam tão animados quanto os mais jovens.
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  Mais de uma hora tinha passado com um público bastante animado dançando e pulando em frente ao palco e com cantando suas melhores canções. Era hora do intervalo.
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  O rapaz desceu do palco e foi em direção ao bar para se refrescar um pouco. Claro que sem antes ter que parar para conversar com os velhos conhecidos de Hitchin, quando finalmente conseguiu chegar ao destino, sua tentativa de pedido foi interrompida por alguém lhe puxando a manga da camisa.
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  — Se não é o velho por aqui… — Ao ouvir aquela voz, o rapaz quase pôde sentir seu coração pular uma batida.
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  — ? — Perguntou se virando, não conseguindo esconder seu tom quase incrédulo.
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   havia crescido. E amadurecido. Tudo naquela mulher a sua frente parecia diferente da que ele costumava conhecer, mas ao mesmo tempo parecia que nada havia mudado.
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  — Por que a surpresa? — Ela ergueu a sobrancelha num gesto típico. — Não achou que eu ia perder a sua apresentação em Hitchin, né? — Disse revirando os olhos também num gesto típico.
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  — Pensei que você estivesse no exterior…
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  — Eu fui para os Estados Unidos para a faculdade, mas já faz um bom tempo que terminei os estudos. É normal que eu esteja aqui, não acha? — Ela sorriu dando uma piscadela.
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  Aquele pequeno diálogo estava deixando a mente de um pandemônio. havia saído de sua vida havia tempos, mas mesmo assim, parecia que tudo continuava igual, como se nada tivesse acontecido.
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  —
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  — Ah, desculpa, você precisa descansar e voltar para o palco daqui a pouco. — Ela murmurou já se virando para se afastar, mas a segurou num impulso.
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  — Escuta, será que a gente poderia conversar mais tarde? Depois da apresentação?
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   se virou novamente para encarar seu ex-melhor amigo e depois de ponderar por alguns instantes, concordou.
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  — Te vejo aqui no bar depois. — Ele murmurou ainda tentando assimilar o que exatamente estava fazendo.
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  — É bom não se atrasar, senhor celebridade. — riu e desapareceu em meio à multidão.
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  Havia sido pouco mais de três horas de apresentação no pub, o show em si havia terminado às 22:30, porém, só havia conseguido chegar ao bar perto da meia-noite para encontrar com .
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  — Como sempre, atrasado. — Ela disse rindo ao ver a expressão de .
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  — Eu juro que tentei chegar antes.
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  — Muito popular para dar atenção às velhas amigas?
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  Ouvir aquilo doeu mais do que poderia imaginar que era possível. Um nó se formou em sua garganta e por um momento se sentiu sem fala.
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  — É só brincadeira, . — revirou os olhos.
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  — Será que podemos conversar? Você quer sair para algum lugar? Um café?
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  — Você sabia que eu estou noiva, não é? — perguntou ficando séria e mais uma vez um nó se formou na garganta do rapaz.
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  — Como velhos amigos…? — Perguntou como sua última cartada.
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   parou pensativa por um instante, mas por fim concordou. Os dois saíram do pub para irem a um café a duas quadras dali.
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  — Você nunca gostou muito de beber. — murmurou enquanto sentavam em uma das mesas vagas.
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  — Certas coisas não mudam. — Ela deu de ombros bebericando seu café.
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   encarou a mulher que estava sentada à sua frente e se perguntou como é que eles foram se afastar daquela forma.
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  — Eu sinto muito,
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  A moça o interrompeu erguendo o dedo.
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  — Não vamos falar disso, ok? Vamos só… Curtir o momento.
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  Talvez aquele tivesse sido o erro. Eles nunca “falavam disso” no passado, e agora eles continuariam sem falar “daquilo”.
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  — Então você resolveu dar um pouco mais de atenção à sua cidade natal? — Ela cortou o silêncio.
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  — Seria uma vergonha se eu não desse, não é? — sorriu fraco. — E você, o que tem de novo, tirando o fato de estar noiva?
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   se empertigou em seu assento e começou a contar sobre sua vida. Sobre seu emprego como jornalista, suas viagens pelo mundo e também sobre pequenas coisas que havia feito, como ir ao cinema ou a um musical.
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  Ouvindo tudo aquilo não conseguiu evitar em imaginar como teria sido se ambos não tivessem se afastado. Eles estariam juntos? Ele estaria compartilhando todos aqueles pequenos momentos com ? O que eles teriam sido?
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  — Eu preciso ir. — murmurou após um pigarro.
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  — O quê?
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  — Foi bom te ver de novo, . — Ela disse se levantando.
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  — Espera,
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  — Foi bom te ver, . — saiu do café sem dar a ele a oportunidade de dizer mais nada.
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  E aquele pensamento de o que os dois poderiam ter sido se não tivessem se afastado voltou a rondar sua mente. Eles poderiam estar noivos agora. Poderiam estar dividindo um apartamento. Talvez ele não estivesse famoso e suas músicas não tocassem nas rádios de quase todo o mundo, mas eles poderiam estar juntos.
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  Aquilo ficou martelando em sua mente até voltar ao quarto do hotel, ficara até altas horas sem conseguir pregar os olhos pensando se havia feito a escolha certa…
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   despertou em seu quarto em Hitchin, na casa dos pais, suado como se tivesse corrido uma maratona inteira. Olhou o relógio e percebeu que eram pouco mais de seis da manhã. Tinha sido um sonho. E que sonho.
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  O garoto respirou fundo e enfiou o rosto no travesseiro soltando um grito de alívio e ao mesmo tempo de agonia. Ele não podia ficar sequer mais um segundo sem falar sobre “aquilo” com . Não depois do que havia sonhado. Não depois de perceber que tinha uma grande chance de perder sua melhor amiga.
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   se levantou num pulo, pegou um moletom e saiu com pressa da casa. Seus pais ainda dormiam, mas já estavam acostumados com as saídas do filho em horários inesperados. Ele não tinha tempo para esperar. Precisava falar com .
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  Ele caminhou por várias ruas até chegar à casa de . As luzes acesas indicavam que a família já estava em pé, o que foi um grande alívio para o garoto, que logo tocou a campainha.
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  — ? O que faz aqui a essa hora? — O senhor apareceu à porta vestindo um roupão listrado, o jornal na mão.
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  — Será que posso falar com a ? — sentia-se cada vez mais ansioso, quase apavorado.
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  — Eu não sei se ela…
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  — Pode deixar, papai. — apareceu logo atrás do pai que visivelmente havia levado um pequeno susto com a presença da filha.
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  — Vocês adolescentes têm alguns hábitos muito estranhos… — O senhor saiu murmurando para si mesmo deixando os dois a sós.
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  — O que foi, ? — perguntou erguendo a sobrancelha e usando um tom que só usava com seu irmão mais novo quando estava quase sem paciência.
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   respirou fundo, seu orgulho queria falar mais alto, mas as cenas do seu sonho continuavam voltando em sua mente. Que se dane o orgulho.
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  — Me desculpe, . — Disse finalmente. — Eu nunca quis insinuar que nossa amizade ou a minha vida em Hitchin não importavam. Eu só estava pensando demais no meu maior sonho de vida e não medi as palavras quando…
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  — Eu sei, … — murmurou baixando o olhar, parecendo um pouco sem graça. — Eu também te devo desculpas… Acho que estava sensível demais ontem.
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  — Não, você…
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  — , amigos apoiam um ao outro. — finalmente ergueu o olhar para encarar seriamente a . — E eu sou sua amiga. E você tem um sonho. E eu vou te apoiar de todas as formas que eu puder para que você alcance esse sonho. — Ela finalizou com um sorriso tímido.
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   soltou a respiração e sentiu como se toneladas tivessem sido tiradas de suas costas, se sentia muito mais leve, muito mais feliz ao ouvir aquilo.
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  — Eu não vou te abandonar pra realizar o meu desejo. — Concluiu puxando a garota para um abraço apertado. — Nunca.
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  Dez anos mais tarde…

   despertou na cama do hotel em Hitchin e se sentou ainda sonolento, coçando a nuca e se espreguiçando. Fazia tempos que não tinha um sonho tão maluco e tão vívido como aquele. Olhou em volta e suspirou. Sozinho. Eram sete horas de uma manhã chuvosa numa pequena cidade da Inglaterra e ele estava sozinho. Aquilo lhe deu um pouco de desânimo, mas ao mesmo tempo uma ideia para uma nova música surgiu em sua mente.
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  Pegou seu velho violão e começou a dedilhar enquanto saía atrás de papel e caneta para fazer suas anotações. Passou horas compondo a nova canção, tanto que mal percebeu que o horário do almoço já havia passado e eram quase duas da tarde. Ele se espreguiçou e deixou o violão de lado quando seu celular tocou. Ao verificar na tela quem era, não conseguiu refrear um sorriso.
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  — BOM DIA, ! — A voz de ecoou por quase todo o quarto do hotel, a moça estava maquiada e arrumada apesar de ser apenas oito da manhã nos Estados Unidos.
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  — Achei que não ia me ligar hoje. — retrucou fazendo bico.
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  — A hora do FaceTime é sagrada, senhor . — revirou os olhos como se tivesse dito a coisa mais óbvia do mundo. — E é claro que eu não podia deixar de ligar para o meu querido noivo num dia tão importante como esse. — Deu de ombros.
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  — Eu tive aquele sonho maluco de novo. — disse indo se sentar na cama e colocando o celular no suporte.
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  — Sobre o seu futuro sem mim? — perguntou erguendo a sobrancelha e depois gargalhando.
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  — Esse mesmo. — Confirmou saindo do alcance da câmera do celular para poder pegar sua composição e seu violão. — E eu fiquei inspirado para escrever uma nova canção.
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   deu um gritinho empolgado que fez o rapaz rir.
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  — QUERO OUVIR! — Exclamou parecendo dar pulinhos do outro lado.
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  — Eu ainda preciso ajeitar algumas coisas. — Ele deu de ombros.
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  — Você sabe que está falando com a pessoa mais indicada para te ajudar a “ajeitar algumas coisas”, certo?
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   riu.
  — Eu vou te mostrar o começo. Mas o resto você só ouve quando nós estivermos juntos.
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   revirou os olhos e com um suspiro derrotado, assentiu.
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   posicionou o violão em seu colo e depois de tomar notas em suas anotações, começou a tocar:
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Saw you today after so much time
Vi você hoje depois de tanto tempo
It felt just like it used to be
Pareceu exatamente como costumava ser
Talking for hours about a different life
Falando por horas sobre uma vida diferente
Surrounding us in memories
Que nos rodeia em memórias
We were close never close enough
Estávamos perto, nunca perto o suficiente
Where are we now?
Onde estamos agora?
‘Cause if it’s torn we can stitch it up
Porque se está rasgado podemos costurar
Don’t rule it out
Não jogue fora
Oh, no, no

I’ll come around
Eu estarei por perto
If you ever want to be in love
Se você quiser se apaixonar

  — É só isso que eu tenho como certo por enquanto. — O rapaz disse deixando o violão de lado para encarar .
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  — Hum… — Ela parecia pensativa. — “Eu não estou esperando, mas estou disposto, se você me quiser”. Que tal?
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   encarou a tela do celular com certa surpresa, mas logo sorriu. Às vezes ele esquecia o quanto era boa com os pequenos detalhes de suas canções.
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  — “Se você quiser se apaixonar, eu estarei por perto”. — sorriu completando o que seria o refrão de sua mais nova canção.
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  — Estou louca para ouvir o resto! — exclamou dando uma piscadela para que sorriu ainda mais.
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  — Você precisa voltar logo. Estou com saudades. — Ele retrucou fazendo bico.
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  — Até parece que a gente não se vê faz anos, ! — A moça revirou os olhos. — Só fazem dois dias.
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  — Sabe que dois dias longe de você, para mim, já é um pesadelo.
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  — É bom você sentir minha falta mesmo. — Ela retrucou fingindo uma expressão séria, recebendo apenas um largo sorriso em resposta. — Eu preciso ir, . O congresso começa em poucos minutos. — Anunciou.
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  — Você sabe que eu te amo, né?
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  — E você sabe que eu sei disso, né?
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   riu e pensou no quão certeira havia sido sua escolha anos atrás.
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  — Eu te amo, . Estarei aí para ouvir a nova canção de em primeira mão daqui dois dias. Nem se atreva a mostrar para alguém antes de mim!
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  — Eu nunca faria isso. — O rapaz deu língua. — Queria que estivesse aqui hoje.
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  — Eu também queria estar aí. Mas não será a última vez que você vai se apresentar em Hitchin, vou me certificar de estar aí em todas as outras vezes. — piscou de forma marota. — Preciso ir. Te amo! — Exclamou e logo depois desligou.
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   sorriu de forma boba e encarou a folha na qual havia escrito sua nova canção. “Queria perguntar o que poderíamos ter sido“, bem, ele não precisava mais ficar imaginando.
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Fim

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