Tucked

  As mãos dele percorriam meu corpo molhado pela chuva – eu era simplesmente obcecada, pela chuva e por ele – meus cabelos estavam encharcados assim como as nossas roupas. Ele me beijava com tanta vontade que eu mal aguentava o peso do meu corpo em minhas pernas. Minhas mãos subiam e desciam por suas costas largas, e eu cravava minhas unhas por sob a camiseta branca colada ao corpo por causa da chuva que caía sobre nossos corpos. Os carros passavam em alta velocidade na esquina do beco em que nos encontrávamos, e os barulhos se misturavam: os carros, a chuva, nossos gemidos e respirações. A mão direita dele procurava com avidez o cós de minha calça e quando ela estava para adentrar a mesma e aí então eu pisquei várias vezes, sendo tirada de mais um dos meus devaneios.

  Droga!

  - Oi? – eu balancei a cabeça enquanto vislumbrava Dorothy rindo e assentindo negativamente –

  - Onde está essa cabecinha? Faz alguns dias que você anda meio avoadinha !

  Eu sorri sem mostrar os dentes, ah se ela imaginasse… bom, na verdade melhor não.

  - Eu estou cansada Dorothy! Só isso! Essa turnê tem sido fogo!

  - Jimin já está te esperando para tirar as fotos querida, vamos?

  Senti minha boca secar e as mãos começarem a suar frio. Eu estava me sentindo patética, eu parecia uma das milhares de fãs dele que ficavam vermelhas e eufóricas e sonhava com ele todas as noites (e acordada também).

  Esse emprego era o emprego dos sonhos, literalmente, todo e qualquer fotógrafo do mundo desejaria estar em meu lugar. Viajando pelo mundo, conhecendo diversas culturas, países, pessoas… Eu não ganhava mal, e era a fotográfa de um dos maiores cantores pop da atualidade. Era um pouco cansativo, eu não nego, mas compensa.

  Ah, na verdade, tem só mais uma coisinha… Eu andava tendo sonhos eróticos com o meu “patrão”. Isso mesmo! Eu estava completamente caidinha, de quatro, pelo próprio Jimin Park. Na verdade, ultimamente quem é que não está, não é mesmo?

  Exatamente, eu era só mais uma garota no mundo rendida por Jimin. Ok, nós nos conhecíamos, conversávamos, mas brevemente, nossa relação era basicamente profissional. O que também não favorecia em nada a situação. E para piorar, ele estava enrolado com uma modelo aí. Ele gostava de modelos, viu? E mulheres mais velhas… Ou seja, eu não me encaixo nesses “padrões”. E eu sinceramente? Já havia desistido de parar de sonhar ou de imaginar como seria minha vida com ele. A vida era tediosa demais, e imaginar uma vida glamurosa e sexualmente ativa com Jimin Park estava me distraindo. Eu até gostava…

  - Jimin? – bati na porta três vezes antes de entrar e chamá-lo –

  - Jenner! Entra meu bem! – ele sorriu sentado na cadeira em frente ao grande espelho de seu camarim –

  “Meu bem”, ai droga! Porque ele tem que ser assim? Tão educado com todo mundo, tão simpático? E ai, droga, tão lindo meu Deus?

  Ele usava mais uma de suas roupas exóticas – que me desculpem pareciam ter sido feitas para ele -. O cabelo impecavelmente penteado numa espécie de topete pra trás, coitado, logo logo aquele cabelo impecável seria arruinado pelo suor e de tanto ele pular pelo palco. E eu que lutasse para capturar boas fotos nesses momentos, como sempre.

  Eu adentrei a sala, fechei a porta atrás de mim, ele se girou na cadeira, me fitando nos olhos.

  Fiquei durante alguns segundos perdida no verde dos olhos de Jimin, enquanto imaginava nós dois dando voltas pela cidade em seu carro… Nós dois de mãos dadas saindo da academia, nós dois numa ilha privativa, onde só existiria nós dois, nós dois em sua mansão, jogados numa enorme cama, e então eu pisquei várias vezes novamente e despertei com os dedos de Jimin balançando em minha face. Que vergonha, meu pai!

  - Tudo bem ? – ele perguntou gentilmente –

  - Claro Jimin! Claro! – umedeci os lábios – Podemos começar? Hum, que tal você voltar a se sentar na cadeira?

  - O que você mandar!

  Eu senti minhas pernas bambearem com aquela frase e de repente o ar começou a ficar rarefeito dentro daquele camarim. Ah Jimin!

  Mordi meus lábios, nervosa enquanto ele se sentava na cadeira, e então eu me ajoelhei, me posicionando e me preparando para seguir com a sequência de cliques. A cada foto que eu tirava, eu imaginava: como seria o toque das mãos dele? Click… como seria o cheiro de seu cabelo recém lavado e molhado? Click… como seria o cheiro da sua loção pós barba? Ele se levantou ficando em pé e ainda perto do espelho, e click… como seria sentir seu hálito fresco no rosto? Click: como seria o gosto de seus lábios?

  - Estão ficando boas? Você não tá falando nada! Tipo: isso Jimin! Ou “olha pra cima” e tal…

  - Claro que estão Jimin! Se esqueceu? Você é Jimin Park, impossível essas fotos não ficarem boas! – rolei os olhos em tom de diversão –

  Jimin gargalhou, jogando a cabeça para trás. Imaginei-me ali, dando uma leve mordida em seu pescoço…

  - Você é um anjo! Por isso trabalha na minha equipe Jenner! – ele apertou meu nariz, numa gracinha –

  Corei. E imaginei: e se nós nos beijamos?

  O barulho era quase ensurdecedor, mesmo eu usando protetores nos ouvidos. As meninas gritavam, gritavam, cantavam, gritavam, gritavam e cantavam. E eu ali, entre a grade que separava Jimin Park de suas fiéis e apaixonadas fãs. Eu andava de um lado para o outro, sempre esperando o melhor momento, o melhor ângulo para fotografá-lo. Modéstia parte eu era boa no que fazia, claro que o fato de Jimin ser extremamente fotogênico e lindo de qualquer ângulo me ajudava, mas tirar fotos enquanto as pessoas estão se movendo, ou conversando, é difícil.

  Eu havia trabalhado para um amiga cantora de Jimin durante uma turnê dela e então ela me dispensou e me indicou para a equipe de Jimin. Nessa altura do campeonato, eu obviamente sabia quem ele era, ele já era enorme no mundo da música, mas eu não sentia nada por ele, além de achá-lo um cara bonito e muito talentoso. Quando nos conhecemos, meu tormento começou. Eu não conseguia parar de observá-lo, cada detalhe: a forma que ele respirava, que ele comia, que bebia água ou qualquer outro líquido, como seus olhos eram serenos, como seu rosto era milimetricamente perfeito, como ele gesticulava enquanto falava, e colocava sempre os dedos nos lábios. Os anéis, as roupas, a forma que ele ria, sorria, o quão educado e simpático ele era com todos da equipe, com os fãs… eu simplesmente não conseguia não admirá-lo. E aí então eu comecei a ter sonhos e pensamentos nada puros com ele, e aí eu fui me embolando cada vez nessa maluquice. E agora? Eu estava me deixando levar pela minha própria fantasia. Era um escape, uma diversão… Ah Park!

  O show já estava na metade e enquanto ele bebia água eu parava para dar uma rápida conferida no rolo de minha câmera, verificando alguns cliques. Assim que ele retornou para introduzir a próxima música, eu voltei a fotografá-lo. Ele já estava suado, o blazer que ele vestia, brilhante, já havia sido retirado e ele estava somente com a camisa fina e branca que deixava metade de seu peito à mostra. Eu queria muito poder arrancar aquela droga de camisa e passar toda a minha língua por ali. Respirei fundo enquanto me preparava para tirar a foto perfeita. Algumas garotas tentavam puxar assunto comigo, me puxavam, puxavam meu cabelo, mas eu as ignorava e apontava para o protetor ou para a câmera.

  Olhei para Jimin radiante em cima do palco, e pensei em como seria ter toda essa atenção voltada para mim? Como seria ser famoso, ou namorada de famoso? Eu acho que não me adaptaria facilmente… Por isso era melhor deixar nossas aventuras somente na minha mente. “Ninguém sabe, por onde andam meus pensamentos, eu mantenho você em segredo, devo confessar que você é alguém que eu deveria esquecer.” – pensei sozinha enquanto vislumbrava a última foto tirada de Jimin no rolo da câmera.

  Assim que adentrei o camarim, e o chamei, ele assentiu com um gesto para que eu entrasse. Ele estava calado, mexendo no celular, o olhar um pouco perdido.

  O namoro dele havia acabado depois de dois longos anos. Eu deveria estar feliz? Acho que não, porque isso não muda nada entre nós, certo? Eu continuava sendo só a fotográfa. E ele parecia abalado, triste pelo término, nos bastidores todos diziam que ele estava muito apaixonado, como nunca antes, assim como também as más línguas diziam que ela não estava tanto assim. Pelo que eu li, ela já até estava com outro. E eu não gostava de vê-lo daquele jeito, cabisbaixo, amuado, não fazia nenhuma gracinha… o meu Jimin não era assim! Ele era engraçado, apaixonante, fugaz, educado, sorridente.

  Olhei para ele através do espelho, lia alguma coisa no celular, algum artigo, ou matéria.

  Minha mente dizia: “converse com ele, peça para ele não ler essas notícias ridículas” mas bom, o que se passava pela minha mente, tinha que ficar na minha mente.

  - Me dê só mais um momento ? – ele pediu com aquela voz rouca –

  O frio na barriga apareceu, e eu mais uma vez imaginei ele sussurrando coisas pornográficas em meu ouvido. Ai !

  - Claro! – eu abri a porta –

  - Não saia! Pode me esperar aqui mesmo!  – nos fitamos pelo espelho outra vez –

  Engoli seco e passei o cabelo para trás da orelha. Eu estava um pouco mais arrumada do que o normal, pois após o show eu e alguns membros da equipe iríamos a uma boate. Eu usava uma calça jeans de cintura alta e jeans claro, uma blusa branca mais colada ao corpo e uma jaqueta preta de couro. Meu cabelo estava liso e arrumado e eu usava uma maquiagem forte.

  - Uau! Você está linda ! – ele deu um meio sorriso –

  Eu abaixei o olhar e sorri sem mostrar os dentes.

  - Valeu Park! – nos fitamos novamente por alguns segundos – Eu sinto muito!

  Ele balançou a cabeça, assentindo.

  - Ela já está com outro, você soube? Vocês se conheceram, ?

  Engoli seco. Ele estava… puxando assunto comigo? Sobre a vida pessoal dele?

  Imaginei-me sentando na cadeira ao seu lado, depositando minha mão sobre sua perna e conversando horas a fio com ele, sobre minha vida, sobre a vida dele, sobre os shows, e aí então os lábios dele partiam para cima dos meus numa batalha que tanto faz quem ganharia. Fechei meus olhos e juro que quase senti o gosto dele em minha boca. Imaginação, imaginação…

  - Não! Eu não a conheci! Bom, quer dizer, vi ela com você numa das festas! Mas só!

  - Acho que você não teria gostado dela…

  - Porque não? – perguntei de súbito –

  “Porque eu sou completamente louca por você e daria tudo por um beijo e ela atrapalhava mais ainda os meus planos?” pensei.

  Jimin deu de ombros.

  - Ninguém gostava dela! Meus empresários, meus fãs, meus amigos, a equipe! Só eu e os amigos dela. – ele fez uma careta –

  - Sinto muito mesmo Jimin!

  - Não sinta! – ele bloqueou o celular, colocou-o no bolso e se levantou – Eu vou ficar bem, logo logo!

  Ele piscou um dos olhos em minha direção e eu me imaginei acordando ao seu lado num hotel de luxo qualquer enquanto ele me servia o café na cama depois de um longo beijo. Ai droga!

  Tiramos as fotos dentro do camarim, e de fora dele também. Ficaram lindas como sempre, e então ele se aproximou de mim para ver as mesmas, sem querer passei demais e acabei mostrando a Jimin uma foto minha, que eu havia tirado instantes antes, com a produção.

  - Opa! – eu voltei para uma de suas fotos – Foi mal!

  Ri sem graça, ficando corada.

  - Imagina! Volte! Quero ver!

  Eu o fitei meio boquiaberta.

  - Você tirou hoje, não é? – ele mesmo voltou para a minha foto – Já quis ou pensou em ser modelo ?

  “Se eu fosse modelo e não fotografa eu teria uma chance?” pensei.

  - Já até fui! Dos dezesseis aos dezoito, mas logo me apaixonei pela fotografia!

  - E porque, não pode ser as duas coisas? – ele fitava a foto na camera –

  Meu coração saltou e mais uma vez eu imaginei nós dois colados à parede nos beijando sem fôlego.

  Ai Jimin Park, porque?

  Durante o show, ele parecia mais sério – aliás, estava de fato mais sério – ainda brincava, e dava o seu máximo, mas não estava igual. Até nas fotos se percebia isso. É muitas músicas tristes viriam por aí, provavelmente.

  Assim que o show acabou, uma van já nos esperava para irmos à boate. Dorothy havia reservado um camarote para nós, não que nós precisássemos, por ser famosos ou algo do tipo, só queríamos um pouco mais de conforto.

  - Escuta, Jimin, – ela colocou uma das mãos sobre seu ombro – Estamos indo à famosa Wanderlust, reservei um camarote lá! Não quer vir com a gente? Você precisa se distrair, faz semanas que você tá nessa bad! Ainda mais agora que a imprensa descobriu tudo e o término está “oficial” – ela fez aspas com os dedos –

  Eu gelei, e parei de andar, fazendo com que Charlotte esbarrasse em mim.

  - Ui! ! – ela riu me segurando pelos ombros – É! Vamos com a gente patrão, vai ser divertido! Você precisa sair um pouco! Vai ser bom!

  Ele ponderou, e meu coração queria saltar pela boca.

  - Me deem um segundo para trocar de roupa e dar um jeito nesse cabelo, pode ser?

  Todos da equipe que iam a tal boate comemoraram com gritinhos e empurrando Jimin. Todos menos eu. Fiquei parada, estática, sem reação.

  Eu e Jimin Park numa boate? Minha mente já começava a borbulhar de imagens de nós dois dançando, de suas mãos em minhas pernas, dele tirando minha jaqueta, ai meu Deus! Vamos com calma, meus queridos divertidamentes!

  Assim que adentramos a van, eu ainda não conseguia respirar direito e para ajudar ele havia se sentado ao meu lado e sua perna toda hora roçava na minha me provocando leves arrepios. Assim que chegamos à boate e os organizadores souberam da presença vip que teriam na boate, nós entramos por outro lugar direto no tal camarote. Havia um bar só para nós dentro do camarote, o que pareceu deixar Jimin muito aliviado. Começamos a beber e eu a conversar com alguns membros do staff, mas eu não conseguia tirar os olhos dele.

  Como seria dançar com ele bêbado? Como seria transar com Jimin Park bêbado? Os nossos olhos acabaram se encontrando, e ele se aproximou de onde estávamos.

  - É por isso que você tá bonita assim hoje né? – ele sussurrou no meu ouvido –

  Senti minha espinha arrepiar e então prendi a respiração tomando um pouco da minha caipirinha.

  - Quer dizer que nos outros dias eu to feia? – o álcool começava a fazer efeito –

  Ele gargalhou e passou um dos braços em volta dos meus ombros. Eu fiquei dura, rígida, feito estátua. Nosso primeiro contato físico, oh meu Deus!

  Imaginei-me virando os lábios em direção aos dele, e lhe beijando, com o gosto puro do álcool e de nossos hálitos. Como seria essa sensação?

  - Você me entendeu mal Jenner! Você é linda! Todos os dias minha querida! – ele beijou o topo da minha cabeça – E é a melhor fotógrafa de todas!

  - Muito obrigada majestade!

  - Não! – ele alterou o tom de voz e me apertou mais em seu peito – Não me chame disso! Não quero ninguém me chamando de majestade, de rei, de patrão! Somos amigos e estamos aqui para nos divertir!

  Eu gargalhei e assenti tomando mais de meu drink, que já estava acabando, por sorte Charlotte me entregou mais um copo.

  - Aqui ! – ela piscou –

  - ? Quem é ? – ele me soltou e eu quis bufar –

  - Sou eu, ué! – dei de ombros –

  - Não! – ele bradou já levemente alterado – Você é a !

  Eu voltei a gargalhar.

  - para os íntimos! – pisquei lhe dando as costas –

  Me juntei a mais alguns membros do staff e deixei o ritmo da música que tocava invadir meu corpo e comecei a dançar no ritmo que ela ditava. Ao abrir meus olhos vi os olhos verdes de Jimin pousados em mim, e eles subiam e desciam de acordo com que o meu corpo também o fazia.

  Fechei os olhos e abri de novo, certamente era minha imaginação agindo de novo. Mas não, ele realmente estava lá, sentado e me olhando. Bebia um gole outro da bebida enquanto acompanhava meus movimentos que agora diminuiam de velocidade. Aquilo era real? Ele estava mesmo sentado me encarando, me vendo dançar? Fiquei estática outra vez, e me virei de costas. Balancei a cabeça algumas vezes. Era o álcool, que aflorava a minha imaginação já nada fértil. Tomei mais da minha caipirinha e resolvi voltar a dançar, dessa vez de costas para a imagem de Jimin que a minha cabeça havia criado.

  Eu dançava, dançava, bebia, até que resolvi tirar a jaqueta de couro, estava quente. Tirei a mesma e depositei sob o balcão do bar, e senti duas mãos fortes me apertarem a cintura. Engoli em seco e parei novamente, estática. Meus divertidamente estavam indo longe demais.

  - E o que eu preciso fazer para te chamar de ?

  Todos os pelos existentes em meu corpo estavam arrepiados e eu senti o corpo já rígido de Jimin encostar no meu bumbum.

  Eu não sabia o que era real e o que era a minha imaginação. Mas entrei no jogo.

  - Hum! – eu pausei – Preciso pensar! Deixa eu ver!

  Coloquei meu dedo sob o queixo, fingindo pensar.

  Ouvi Jimin gargalhar enquanto tirava meu cabelo do caminho e depositava alguns beijos por lá. Por Deus o que era aquilo? Era como se ondas de choque percorressem meu corpo de dentro para fora. E eram só alguns beijos no pescoço!

  - É um bom começo! – eu balbuciei de olhos fechados –

  Nós dois dançamos lentamente, mesmo a música sendo agitada demais. E eu parecia estar sonhando… Foi aí que abri meus olhos e me virei.

  E Jimin estava ali, suas mãos agora circundavam a minha cintura e nossos olhos e bocas estavam perto… perto demais.

  Eu não estava imaginando? Finalmente eu sentia o seu cheiro de perto, seu hálito quente em meu rosto… e era mil vezes melhor do que a minha imaginação me mostrava.

  Ele sorriu, divertido, como se lesse os meus pensamentos.

  - Eu posso beijar você, ? Ou existe algum impedimento?

  Eu abri a boca mas não consegui dizer nada por uns 4 segundos. Como assim?

  - Só se você não contar nada para ninguém… quero manter você escondido, quero guardar esses momentos aqui! – apontei pra minha cabeça –

  - Eles nunca saberão sobre nós baby!

  E a sua boca invadiu a minha sem nenhuma cerimônia, da forma que eu sempre imaginei. O beijo dele era molhado, suculento e fazia realmente as minhas pernas ficarem bambas. Suas mãos finalmente percorriam todo o meu corpo, e de verdade dessa vez. Ah imaginação, obrigada por tanto!