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Sem curiosidades para essa história no momento!

the promise we made

  O céu carmesim continuava o mesmo independente do cenário, trazendo uma nostálgica melancolia para mim, que ignorava a dor que esse céu me causava toda vez que eu o espiava. Olhar para a sua imensidão era o mesmo que retornar ao passado, apesar de ter a mesma sensação ao observar null com o seu semblante tranquilo, sentada debaixo da árvore que nos conhecemos como se não tivéssemos obrigações tão pesadas que mal conseguíamos aguentar.
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  Me juntei a ela com poucos milímetros de distância, cuidadoso o suficiente para não encostar em si, mas desajeitado o bastante para vê-la estalar os seus dedos e o tecido surgir entre nós dois, nos permitindo ficar próximos e distantes ao mesmo tempo. Por mais que quiséssemos ignorar, a corrente de ar que se formava em volta de nós toda vez que nos víamos estava se tornando insustentável, de modo que no momento em que estávamos e a posição que ocupamos não dava para continuar fingindo a sua inexistência.
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  A Lei dos Cenários existia para que os dois extremos vivessem em harmonia, só que de acordo com o ciclo da lua – que guiava as nossas políticas e regras –, dois seres de diferentes polos não podiam se tocar, caso contrário, o choque poderia ser fatal para os cenários dos dois lados. O choque consistia em uma grande explosão que envolvia faíscas, raios e a destruição da base dos cenários, e se não fosse contornado rapidamente, os estragos eram enormes.
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  Há aqueles que conseguem lidar com as consequências do choque, restaurando os cenários com a ajuda dos que possuíam o poder de congelar o tempo, ou seja, duas dessas pessoas eram eu e null, os dois líderes de cada um dos extremos. Crescemos com histórias de casais que iam contra as leis do cenário e eram tachados de egoístas e imaturos, só que apenas quem desafiava as regras eram pessoas que não tinham mais nada a perder e não se importavam de abrir mão de seus talentos ou poderes se isso significava poder estar com o amor de suas vidas. Não é como se tivéssemos algum lugar para expulsar essas pessoas, mas desistir de uma parte de si era um verdadeiro ato de nobreza e coragem.
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  Coisas que eu queria ter em mim.
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  Eu e a minha melhor amiga tínhamos o nosso futuro traçado antes mesmo de nascermos, desde os nossos primeiros passos ou quem iríamos casar, sem se importarem se o peso de governar um extremo inteiro seria pesado demais para dois jovens que foram fadados a viver em prol dos cidadãos sem ter a opção de se opor. Os nossos encontros sempre foram escondidos, mas logo de cara sabíamos quem era quem só pelo nossos olhares: o meu a queimava, enquanto o seu gelava todo o meu rosto, provocando um arrepio em minha pele.
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  Nada mudou durante os anos em que éramos duas crianças curiosas e nos esbarramos na fronteira pelo acaso, mas, conforme crescíamos e compreendíamos os nossos papéis diante as nossas sociedades, as promessas que um dia fizemos debaixo desse mesmo céu carmesim ficavam cada vez mais difíceis de serem mantidas. Difíceis e densas, como se quanto mais nos aproximávamos, mais nos afogávamos nos sentimentos que fingimos não ter um pelo o outro.
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  Todas as juras que fizemos iam contra as nossas falas, uma forma de protegermos nossas peles e desejos mais profundos; o risco de sermos descobertos existia, porém, por mais que tentassem evitar o nosso contato, eu e null continuamos com nossas visitas, sabendo que a precaução dos demais era em relação a nos machucarmos no meio do caminho caso viéssemos a se apaixonar. Diferente dos mais velhos que só visavam controlar as nossas vidas, nossos membros de cada conselho tinham uma opinião distinta, sendo os mais compreensíveis com a nossa amizade. Poucas pessoas sabiam, mas felizmente recebíamos o apoio de todos e eles nos protegiam dos membros antigos.
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  Olhei para null tentando decifrar o que passava pela sua mente, ficando a poucos centímetros de seu rosto; estar tão perto e ao mesmo tempo tão longe estraçalhava o meu coração de maneiras inimagináveis, de forma que ficar ao seu lado não trazia mais aquela paz e leveza que compartilhamos no passado, e sim a sensação de que a ansiedade iria nos consumir cedo ou tarde.
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  Os nossos sentimentos que um dia transbordaram agora sufoca as nossas gargantas, impedindo aquelas palavras tão doces e desejadas de serem ditas debaixo do mesmo céu que um dia já foram faladas.
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  — Você ainda se lembra daquela promessa? — perguntei sem a intenção de ter uma resposta, imaginando que null já teria esquecido.
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  As memórias de tudo o que passamos iam e vinham na mesma intensidade, sem dar trégua aos meus sentimentos que se tornaram dolorosos o bastante para mantê-los só para mim.
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  — A que nos fez inseparáveis? — A sua voz soou como um sussurro. Ela continuou a olhar para o céu, com o brilho em seus olhos violetas sumindo gradativamente. — A brisa daquele verão era tão quentinha.
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  Eu não conseguia parar de olhá-la, apesar de querer – e muito – desviar a minha atenção de seu rosto, a fim de não permitir que as lágrimas rolassem pelas minhas bochechas geladas. Nas últimas conversas que tivemos, havia uma sombra em seu sorriso que eu sabia que a perseguia, mas fingi não notar para não adicionar mais carga ainda em seus ombros; os seus sorrisos que iluminavam e aqueciam – ao contrário do seu elemento – não estavam mais ali, e não tinha nada que eu pudesse fazer para trazê-los de volta.
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  Nós dois sabíamos o que esse encontro significava, mas ninguém possuía a coragem de dar o primeiro passo.
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  — null, posso te pedir um favor? — Assenti. — Me engane da melhor forma que conseguir. Eu te amo e odeio mentiras, então, se for você, eu sei que posso suportar mais uma… mas não suportarei voltar se você continuar me olhando desse jeito.
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  null me olhou pela primeira vez, com as lágrimas prestes a caírem e um sorriso triste. Nossos dedos se tocaram por cima do pano, me fazendo automaticamente fechar os olhos e memorizar a sensação que tive com o seu toque tão gelado. A corrente de ar que nos envolvia ia diminuindo, querendo que acabássemos com aquela irritável distância e cedêssemos ao choque, no entanto, eu e null não tínhamos essa opção. Não podíamos simplesmente encarar os nossos sentimentos e sermos egoístas, não quando tantas pessoas e tantos cenários precisavam da gente; por mais que quiséssemos ser livres, a nossa obrigação não havia acabado.
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  Portanto, isso é um adeus para nós.
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  — Nós vamos nos ver de novo, null! — exclamei ao me levantar, oferecendo minha mão a ela. Sorri com as lágrimas rolando pelas minhas bochechas, a vendo entrelaçar nossos dedos com a mão trêmula.
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  null estalou a ponta dos dedos, fazendo surgir outro tecido bem fino e colocou o pano entre nossos rostos, selando os nossos lábios brevemente. Esse meio não impediria o choque de ocorrer, mas o atrasaria o suficiente para que nos afastássemos a tempo de evitá-lo. Então, com o seu último sorriso, ela se desvencilhou da minha mão e me deu as costas, sem olhar para trás.
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  Essa última e final mentira que contei foi a mais gentil que já compartilhamos e, abraçando a promessa que não conseguimos manter, seguimos em frente, sabendo que não nos veríamos mais.
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Fim

  N/A: ok, não achei que voltaria nesse universo nem tão cedo, já que tinha planos somente no futuro (bem distante) para ele. Tem uma fic no site chamada “Lei dos Cenários” que foi a primeira – e única – que postei, já que tenho quase certeza de que LDC tem uma continuação, só não sei aonde DJSBDJHBSDH ela é bem curtinha, então se quiserem ler <3
  Bom, the promise we made e a continuação, “rain”, são baseadas em duas músicas de Fullmetal Alchemist: Brotherhood, um dos animes da minha vida e que sou muito apaixonada. Essa aqui é na primeira ending Uso – Sid, e se vocês forem ler a tradução, verão o quão linda e triste é, por isso que tive que trazer o meu sofredor nº1 das minhas fics JSNAKSJAISHAUS o pobi, meu deus. Te amo, Woo. Mas infelizmente a autora adora te colocar nesses cenários tristonhos hehehe
  Espero que tenham gostado, e se já posso adiantar, todas as histórias desse universo são tristes kkkkkkkkkkkkkkkk culpem a liv de sete anos atrás que sofreu de amor e criou a primeira história. brinks, culpem não, tadinha de mim JNJKBSHAJSJA <3
  Até a próxima <3

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Lelen
Admin
1 ano atrás

🎶Ano hi mita sora, akaneiro no sora wo nee~ kimi wa oboeteimasuka 🎶
FMA(Brotherhood) é meu anime favorito também, a história é maravilhosa, o OST é perfeito, tudo lindo demais <3 (Também amo Shaman King e Psycho Pass, e meu conhecimento sobre animes para por aqui – por enquanto kkkk)
Agora vamos lá: coitado do Nunu, bichinho tem cara de sofredor, o tanto que ele sai sofrendo nas histórias, tadinho 🥺
Vou correr pra ver a continuação KKKKK


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