The Mermaid Dream
Capítulo 1 — sonhos, viagem e um brilho um tanto… diferente?
Qual é o sentido de um sonho?
Para , os sonhos nada mais eram que desejos ou invenções do seu subconsciente, ainda mais quando você passava horas e horas focado em determinado assunto. Mas e quando os seus sonhos parecem reais demais para serem mentira? Desde pequena, a mulher sempre sonhou com o mar e com uma criatura em suas profundezas, que aparentava crescer conforme crescia. A imagem que tinha de tal ser era borrada, no entanto, possuía suspeitas de que poderia ser uma sereia. Ou, um cavalo marinho, afinal, a sua miopia parecia ter efeito até nos seus sonhos.
Por sempre escutar lendas sobre dois reinos que coexistiam com o mundo humano, a mulher julgava que os cenários imaginários eram fruto dessas histórias fantasiosas que seus avós contavam até mesmo antes de partirem, deixando para trás um mapa que, de acordo com eles, era a localização exata de um dos reinos. Os mais velhos sabiam que o tempo que ainda tinham na Terra era curto, e como a neta sempre viajava sozinha tanto por ser o seu hobby favorito e por ser arqueóloga, o casal chegou à conclusão de que esse seria um presente perfeito para o aniversário de vinte e quatro anos da neta.
Com a promessa de encarar a morte dos avós com outra luz, optou por honrar suas memórias indo atrás de tal reino, que aparentemente se chamava Florya, um local que abrigava diversos familiares e seus humanos diferenciados. sabia que os humanos desse reino eram feiticeiros, alquimistas e sabe-se lá mais o que, mas tudo sempre pareceu ser fantasioso demais para a mulher acreditar na veracidade dos fatos. Talvez fosse pelos seus sonhos ainda mais consistentes ou pela sua interminável vontade de sair em mais uma aventura, mas sabia que precisava desvendar esse mistério que havia deixado de lado por um ano, já que com o falecimento dos mais velhos, ela focou somente em seu trabalho e deixou as viagens de lado, a fim de guardar mais dinheiro para que pudesse tirar férias indeterminadas do emprego sem se preocupar – apesar de seus avós terem deixado uma bela herança para a mulher.
Com a mochila nas costas, uma mala de mão – não costumava ter muitas coisas por viver viajando e por achar desnecessário em um geral – e a sua melhor amiga, uma adorável cobra chamada Hydro, ela saiu em busca de tal localização, animada com a viagem. Toda a experiência até o momento estava sendo incrível, e a mulher não deixava de registrar todos os belos cenários que encontrava pelo caminho; por ironia do destino, o percurso para chegar no tal “reino” era um que nunca havia feito em seus vinte e cinco anos morando com os seus avós, então, pela primeira vez, desbravava as belezas da sua própria cidade, que apesar de pequena, possuía uma natureza sem igual.
Após uma hora dentro do barco que a levou ao outro lado da floresta, ela desembarcou na praia, agradecendo ao jovem rapaz com um sorriso amigável que logo se despediu, retornando à sua rota para ir ao encontro de outros pescadores; assistiu o barco ficar tão pequeno na imensidão do mar e virou as costas, abrindo o mapa e dando início à sua busca.
De acordo com o pedaço de papel e com os dizeres dos seus avós, depois de encontrar uma passagem escondida pelos galhos da árvore no final da trilha, ela acharia um lindo lago que era uma das passagens para Florya, contudo, a sua entrada não era garantida, visto que nunca lhe informaram como adentrar de fato o local. A mulher soltou a sua cobra para que a mesma pudesse rastejar pelo chão, e assim que Hydro se acostumou com o solo, as duas começaram a caminhada, igualmente animadas.
— Como essa cidadezinha pacata guarda tantos mistérios e belezas extraordinárias, Hydro? — A bichana apenas lhe respondeu com o som que sempre fazia, no entanto, Ferri compreendeu perfeitamente o que a cobra disse. — Pois é, eu simplesmente não consigo não fotografar, que saudade eu estava de viajar…
suspirou, envolvida na melancolia das lembranças passadas. Ela já tinha conhecido diversos lugares ao redor do mundo e suas culturas, e por não gostar muito de onde morava, ela nunca se preocupou em conhecer muito do lugar. Ser abandonada por seus pais não fazia a cidade parecer maravilhosa da noite para o dia, mas por influência dos seus avós, viver nela se tornou suportável, e como ela mal parava em casa, chegou um momento que o incômodo não a inquietava tanto assim.
*
— Hydro, acho que teremos que dormir no meio da floresta. Estamos andando por duas horas e até agora nada… Ouch!
Ferri encarou o seu tornozelo, encontrando uma cobra tão pequena que julgava ser filhote, e logo ofereceu seu braço para a bichinha, que se enroscou animadamente no pulso da mulher. Hydro pareceu não se importar, todavia, em menos de cinco minutos havia se enrolado no outro braço de , chiando para a sua versão mini.
— Você está perdida, meu bem? — O animal respondeu na sua própria linguagem, e mais uma vez entendeu o que ela queria dizer. — Hydro, não tem como você se comunicar com a sua mais nova amiguinha? Vamos lá, não seja assim. Ela é tão fofa quanto você, e quem sabe não encontramos um lugar melhor para dormirmos?
Com muito custo, Hydro se deu por vencida e encarou a outra, ainda com suas suspeitas; não demorou muito para a conversa telepática entre ambas acabar, e a mulher colocou as duas no chão novamente, sendo guiada pelas criaturas rastejantes. As três andaram por mais meia hora até esbarrarem em galhos visivelmente desiguais, e um arrepio tomou conta do corpo de : a passagem que tanto ouviu falar! Ela precisou usar um facão para cortar alguns dos galhos, se desculpando com as árvores em seguida; quando conseguiu abrir um bom espaço, ela passou primeiro e puxou a mochila e a mala, limpando a sujeira de suas mãos após guardar o facão na mala. Quando se levantou, não precisou dar mais que dois passos para perceber que os seus avós estavam completamente certos, e a sua única reação foi ficar boquiaberta enquanto admirava um dos cenários mais lindos que já havia visto em sua vida. A sensação que tinha era de que estava em um universo à parte, como se tivesse entrado em um conto de fadas, contudo, mal pôde observar direito a paisagem, já que as duas cobras à sua frente se mexiam inquietas ao encararem o lago.
— O que houve? — Se aproximou rapidamente, logo se agachando para olhar a água. — Uau, parece que o lago está brilhando…
A água gelada tocava a ponta dos seus dedos, e quanto mais inclinava o seu corpo para frente a fim de encostar na parte brilhante, mais as cobras pareciam inquietas, o que fez Ferri virar a cabeça para dar atenção a elas. Contudo, no segundo seguinte teve a sua mão puxada por alguém, e logo sentiu o seu corpo inteiro estar imerso.
N/A: sejam bem-vindes ao universo de Florya \o/
O que acharam da Tanith e da sua busca pelo reino? E o que tem no fundo do lago? Hihihi
Espero que gostem da aventura que a nossa protagonista se meteu e acompanhem os seus próximos passos <3
Particularmente, a autora tem fobia de cobras, mas como essa fic era originalmente pra ser enviada pro quiz 9 e o resultado saiu “cobra”, então eu tento imaginar a Hydro e a Layla em uma versão muito mais fofa (que nem faço com a Nymph na fic da Vilã hihi)
Capítulo 2 — reino e saudade
se perguntava se a hora de pagar pelos seus pecados havia chegado, mas, ao contrário do que imaginou, a sua vida não passou diante dos seus olhos, tampouco percebeu a dificuldade de respirar debaixo da água. Com uma curiosidade sem igual, a mulher decidiu espiar quem a puxou para o lago, mesmo que corresse risco de ir desta para melhor. Para a sua surpresa, conseguia até respirar sem dificuldades, e logo percebeu que estava dentro de uma bolha, que era o que a permitia prosseguir com a sua vida; não que ainda duvidasse de seus avós, afinal, depois de estar vivenciando algo tão estranho não tinha como não acreditar neles, no entanto, ainda parecia surreal estar dentro de um lago e não estar se afogando. Como se não bastasse estar extasiada com tal acontecimento, reparou que a sua companhia – e provavelmente, era quem a puxou para a água – era nada mais que uma certa criatura marinha, mais especificamente a que sempre sonhou desde pequena: uma sereia.
A mulher piscou os olhos algumas vezes, os coçando e abrindo novamente para ter a certeza de que a sereia à sua frente não era uma miragem, e mais uma vez Ferri se sentiu muito extasiada, completamente alucinada com os recentes acontecimentos. A arqueóloga não conseguia desprender a sua atenção da sereia, já que a sua cauda azul possuía um brilho tão único que quase a deixava hipnotizada, e talvez tenha sido esse brilho que a atraiu para a beirada do lago; sabia que as sereias eram retratadas de várias formas nos filmes e livros que conhecia, e apesar de alguns chegarem perto, não tinha como mensurar a tamanha beleza da criatura que lhe encarava seriamente, e sentiu o seu coração errar uma batida, voltando a si somente quando a outra se aproximou da bolha.
— Qual é o seu nome? — a sereia disse firme, mas Ferri achou a sua voz tão doce que não conteve o sorrisinho.
— Ferri, e o seu?
— Sou eu quem faz as perguntas aqui, humana. — Nem um único resquício de simpatia estava presente em seu tom de voz. — O que está fazendo nessa área?
— Alguém não recebeu educação adequada, né? — Apesar de achar a sereia adorável, não suportava quando a outra pessoa agia desse modo, e como não era de levar desaforo para casa, decidiu não ficar quieta. — Tudo bem, sei que devo parecer muito suspeita, mas o que posso fazer contra você? Pedir para Hydro te atacar?
— Hydro? — A criatura inclinou a cabeça ao cruzar os braços, confusa.
— Minha cobra — respondeu como se fosse óbvio. — Que inclusive deve estar desesperada juntamente do filhote que encontramos na floresta.
— Filhote? Pelos deuses, ela fugiu de novo?
— Fugiu? — Agora foi a vez de Ferri ficar sem entender.
— Layla é uma das nossas cobras d’água, só que ela prefere a superfície. Provavelmente escutou uma das minhas irmãs falar sobre os humanos e quis trazer um deles como “presente”.
— Oh, então eu sou uma oferenda? — A mulher arqueou uma sobrancelha, vendo que a sereia ficou ligeiramente corada.
— Enfim! — Assim que bateu palmas, dois tritões surgiram e receberam algumas ordens, sumindo rapidamente. — Você terá que ficar sob nossa vigilância, espero que colabore, humana.
suspirou, tendo plena noção de que não tinha o que fazer nessa situação.
O que mais podia acontecer além de se tornar prisioneira de um reino que até então fazia parte apenas de um conto de fadas?
*
soltou o ar assim que tocou a superfície, feliz por ter saído de dentro d’água. A sereia não a avisou que a bolha iria se desfazer no momento que cruzassem os dois portões que se abriram, então a mulher teve que prender a respiração por sabe-se lá quanto tempo enquanto era guiada pela criatura, sem conseguir enxergar muita coisa também.
Duas pessoas lhe entregaram uma toalha e um roupão, e reparou que além das sereias e tritões dentro do outro lado do lago, havia diversos humanos andando pela superfície, o que causou uma confusão em sua cabeça. De acordo com as histórias que ouviu, o reino de Florya era grande, contudo, uma parte dele era destinado às sereias e o seu “próprio” reino, visto que elas cuidavam da segurança do lago que abrangia Florya. Mas não era comum ter vários humanos caminhando pelo seu reino, já que eram poucos os que tinham permissão para entrarem quando bem entendessem, e parecendo perceber a quantidade de dúvidas da arqueóloga, a sereia que a capturou suspirou pesadamente, a chamando para irem a uma sala.
— Tem um banheiro na porta ao lado, caso queira se trocar… Ei! Você não tem modos?
— O quê? Não tenho problemas em me trocar aqui, não é como se eu tivesse minhas roupas, né? — Como havia se planejado para tomar um banho de mar, estava vestindo o seu biquíni por debaixo do vestido. — Agradeço pelo roupão, no entanto, teria sido ótimo se tivesse me avisado sobre a bolha.
— A invasora aqui é você, humana. Ainda quer que eu mostre empatia? — A sereia cruzou os braços.
— .
— Como?
— Meu nome é , não “humana”. — Rolou os olhos. — Não é tão difícil assim.
A criatura ficou em silêncio, raciocinando tamanha petulância da mulher à sua frente. Ela gostaria de colocar a humana em seu devido lugar, contudo, era nítido que seria uma longa discussão, e a última coisa que precisava era de mais dor de cabeça.
— Tudo bem, . — Revirou os olhos, arrancando uma risadinha da arqueóloga. — Não pretendo manter ninguém como prisioneira, porém, não posso simplesmente liberá-la agora. Independente da sua explicação fazer sentido ou não, não temos como assegurar que algum caçador não a seguiu, então, para a sua e a nossa segurança, precisará ficar conosco por uns dias.
— Sem problemas, não é como se eu tivesse algum lugar para voltar. — apesar De achar a frase triste, a sereia não percebeu nenhum traço de tristeza tanto na voz quanto na expressão da humana.
— Pedirei a uma das meninas para te mostrar o local e onde ficará durante a sua estadia…
— Não receberei um tour seu?
— Eu tenho mais o que fazer? — respondeu como se fosse óbvio. — Depois do jantar teremos um encontro com a nossa anciã, se você quer tanto passar um tempo comigo, posso te mostrar o restante após a conversa.
queria dar uma resposta, todavia, se contentou com o que recebeu, animada com a ideia de passar mais tempo com a sereia. Ela não sabia o motivo, mas há algo na criatura que a faz ficar tão curiosa e admirada na mesma intensidade, portanto, aproveitaria as chances para conhecê-la melhor.
*
— O jantar será servido em breve, Jason irá acompanhá-la até o salão principal assim que estiver pronta. Os seus pertences e a sua cobra estão no seu quarto, e se não se importar, Layla fez questão de ficar com vocês.
Wyn era a sereia designada para dar um tour do reino da água para , e além de simpática, ela compartilhava do amor pela arqueologia, o que fez com que as duas se tornassem amigas em uma única tarde.
— Obrigada, Wyn. Espero que possamos conversar mais vezes.
Ambas se despediram mais uma vez, e quando adentrou o quarto, Ferri foi abordada por uma Hydro visivelmente exausta, reparando que a sua cobra não aguentava mais a companhia de Layla. Ela passou um tempinho com as duas bichanas e tratou de se arrumar, visto que, de acordo com o relógio na sua escrivaninha, eram quase sete da noite e o jantar aconteceria em menos de meia hora. Enquanto se vestia, a mulher não pôde deixar de reparar em toda a estrutura do reino da água, sem contar na beleza do lugar; os diversos detalhes eram feitos de cristais, e achava impressionante como conseguiam manter os demais que eram feitos de água em diferentes estados. Apesar de serem parte de Florya, havia algumas lojinhas espalhadas pelo local, e mal via a hora de poder passar nelas e ver o que mais elas tinham a oferecer além de cristais e poções.
*
— Quem diria que aqueles dois velhotes tiveram uma família…
conteve a risada, principalmente ao perceber que a sereia lhe lançou um olhar reprovador por estarem diante da anciã do reino da água.
O jantar havia sido maravilhoso e Ferri conversou com mais humanos que tinham autorização para andarem livremente pelo lugar, e após terminarem, ela e a sereia que a recebeu tão calorosamente no lago, seguiram para os aposentos da anciã. A mais velha tinha aparência humana, só que diversas partes do seu corpo possuíam escamas em um tom azulado, além dos seus olhos serem completamente pretos.
— Me diga, senhorita — Eirin, a anciã, a chamou com a mão para que se aproximasse. — Como os seus avós estão?
— Provavelmente vivendo mais aventuras junto dos deuses. — Sorriu. — Eles faleceram há um ano.
— Isso explica o sonho estranho que tive antes da sua chegada. Eles apareceram com a mesma aparência de sessenta anos atrás, de quando eles ainda vinham visitar a antiga amiga deles — por mais que não transparecesse na sua expressão, toda a saudade e carinho que sentia pelo casal podia ser sentida na sua voz —, alegando que em breve eu conheceria o maior tesouro da vida deles. Além, claro, de fazerem questão de me perturbarem com bobagens. Fico feliz em conhecê-la, senhorita.
— O prazer é meu. — sorriu de orelha a orelha, com o coração aquecido ao saber do sonho. Seus avós lhe faziam muita falta, e escutar sobre eles de uma velha amiga que amava tanto os dois quanto ela própria a deixava extremamente feliz. — Confesso que até chegar aqui, eu estava receosa de ter sido enganada por ambos. A senhora sabe, eles sempre foram ótimos contadores de histórias, então…
— Por favor, eu pareço velha para você? — De fato, a anciã aparentava ter no máximo cinquenta anos, e logo negou. — Ótimo, não precisa de tanta formalidade. E sim, Edward e Lilian eram incríveis contadores de histórias, ainda mais com a bagagem de suas expedições pelo mundo. Eles só poderiam ter avisado mais claramente quando você chegaria, assim eu poderia ter preparado a sua entrada por Florya, e não pelos nossos portões debaixo d’água.
— Tudo bem, a experiência foi maravilhosa e… molhada. — Ferri encarou a sereia que até o momento permanecia em silêncio com um sorriso irônico, ganhando um olhar sem muito interesse.
— Acredito que tenha te explicado sobre os caçadores e o motivo de termos que tomar um cuidado a mais. — Então esse era o nome da mulher.
— Brevemente, sim.
— Florya é um reino desconhecido por humanos do seu mundo. Apesar de termos humanos aqui, todos eles possuem algum grau de mana e magia, o que nos diferencia de vocês. Só que, por mais que a nossa proteção seja excelente e tenhamos bastante vigilância, infelizmente temos indivíduos que acabam conhecendo os caçadores em suas idas ao seu mundo, o que resulta na sede pela caça de nossos animais.
“Edward e Lilian eram um dos pouquíssimos humanos que tinham a liberdade de entrar e sair daqui após salvarem a minha vida, no entanto, em uma das invasões que tivemos, eles decidiram que não nos colocaria em risco, mesmo sem terem culpa. — Eirin sorriu tristonha. As lembranças dos invasores e de como perdeu o contato frequente com os seus amigos a marcou muito, por isso continuava com o seu posto de anciã e sendo um dos pilares para manter Florya de pé, para proteger o seu povo e honrar a sua amizade com quem a salvou não só uma vez, mas várias. — Esse mapa que eles te deram foi um presente meu na última vez que nos vimos, por isso a localização é precisa. Eu não imaginaria que os dois formariam uma família e contariam sobre nós para alguém, mas, fico feliz por isso.
— Eu entendo perfeitamente. — assentiu. — Se tiver algo que eu possa ajudar, não hesite em falar comigo. O mínimo que posso fazer por permitirem a minha estadia é ajudar no que for possível. E obrigada pelas palavras e por me contar um pouco sobre os meus avós, fico feliz de saber que eles tiveram uma amiga como você, Eirin.
— Você é igualzinha aos dois — a mulher riu. — Bom, não quero prendê-la por mais tempo aqui. Florya é um reino belo durante a noite, e acredito que não tenha te mostrado algo além do nosso. Antes de dispensá-las, quero que ambas se aproximem. Pronto, com essa marca a comunicação de ambas será facilitada. Agora podem ir.
encarou o seu reflexo no espelho assim que saiu da sala, vendo que uma pequena estrela do mar havia surgido no seu ombro esquerdo, como se fosse uma tatuagem. A sua confusão em relação à marca era visível, e quis rir, achando uma graça a curiosidade de Ferri, só que quando os seus olhares cruzaram, a sereia simplesmente ignorou esses pensamentos.
Só posso estar ficando louca, pensou. Nunca passou na sua cabeça a ideia de se relacionar com alguém fora do seu convívio, principalmente uma humana, então achá-la uma “graça” não poderia acontecer, e não se repetiria se dependesse de .
Capítulo 3 — sentimentos românticos?
A noite em Florya era realmente linda.
era uma ótima guia, e a cada lugar que passavam, se via ainda mais maravilhada com o reino que possuía uma beleza ímpar.O céu limpo dava espaço para as estrelas brilharem, e o luar iluminava todo o caminho que fizeram pela floresta, tornando a experiência ainda mais memorável. A sereia a levou para uma área mais afastada, a qual tinha um pequeno lago que refletia as estrelas e dois balanços suspensos na única árvore do local. se acomodou primeiro, esperando que a sua companhia fizesse o mesmo; elas permaneceram em silêncio, apenas admirando a vista diante de seus olhos até que Flora iniciou uma conversa:
— As marcas são algo exclusivo dos seres do reino da água, principalmente das sereias, já que não são todos que conseguem criá-los. Como você ficará aqui por um tempo, provavelmente esbarrará com alguns cidadãos que não são tão simpáticos com humanos, então a marca serve para eu saber se você está em perigo — explicou sem encarar , mas a sereia podia sentir o olhar da outra em cima de si.
— Quer dizer que você virá me salvar, é? — não perdeu a oportunidade de lançar uma pequena provocação, atraindo a atenção de Flora. — Finalmente decidiu me olhar, .
Uma breve troca de olhares foi estabelecida, e por mais que não quisesse admitir, a arqueóloga era muito bonita, e logo a sereia sentiu o seu rosto esquentar ao pensar que queria tocar o rosto da sua companhia.
— É o meu trabalho como uma das líderes, portanto, você é a minha responsabilidade. — A mulher voltou a observar a paisagem, a fim de se distrair dos seus recentes pensamentos.
— E eu achei que tinha ganhado um espaço no seu coração, que pena. — suspirou, também voltando a encarar o cenário. — É verdade que todos vocês possuem um familiar ao nascerem?
— Sim. Como as suas vidas são prolongadas por causa de suas magias, isso atrai muito interesse de quem é de fora, mas quando os familiares são separados de seus donos por muito tempo, eles adoecem e morrem. Por essa razão precisamos ter cuidado com os caçadores.
— O que acontece com as pessoas que expõem o reino?
— No caso, nossos próprios moradores? — Assentiu. — Bom, depende do nível de envolvimento. Às vezes alguns apenas têm o infortúnio de serem seguidos, então eles precisam evitar de sair por um tempo até lidarmos com a exposição. Agora, quando é intencional, pode ocorrer de serem exilados e terem suas memórias e magia removidas. Não podemos correr o risco de eles tentarem vingança e de nos colocar em um holofote para o resto do mundo. — Flora respirou pesadamente, rezando para que não tivessem mais nenhum caso desses por um longo período, já que o último foi um tanto complicado de se resolver.
— Meus avós me contaram também sobre Luna. — mordeu o lábio inferior. Ela não sabia se devia perguntar demais para não abusar da boa vontade de , porém, a arqueóloga possuía muitas dúvidas.
— O que gostaria de saber?
— Eles não têm essa restrição, certo? Como funciona para eles?
— Com Luna já é um pouco diferente. — Ela começou a se balançar. — Eles não têm a questão dos familiares apesar de adotarem caso desejem, e como são seres sobrenaturais, a relação deles com o mundo humano é um pouco mais tranquila, ainda mais por terem relações comerciais com alguns e até mesmo famílias. E assim como a gente, eles possuem o controle de todos os humanos que tem o conhecimento de Luna, então se acontecer algo, fica fácil de achar o culpado.
— Uau! Eu preciso ir lá um dia, ainda mais depois de saber que é real.
— Impressionante é você aceitar isso tudo tranquilamente. — realmente estava surpresa, afinal, a maioria das pessoas se assustaria no primeiro segundo que a visse debaixo d’água.
— Por que eu não aceitaria? — respondeu como se fosse óbvio. — Eu sempre viajei para inúmeros lugares antes mesmo de me formar, e cresci escutando não só as histórias dos meus avós, mas as de várias pessoas de diferentes culturas que visitei. Sabe quantas vezes ouvi sobre lobisomens, vampiros e bruxas? Posso te garantir que muitas, e eu sempre tive o mesmo sonho repetida vezes de que conforme eu crescia, uma criatura aquática crescia comigo. Infelizmente eu não consigo lembrar o seu rosto perfeitamente, mas no momento que eu olhei para o lago mais cedo e para você, percebi que tudo o que escutei ao longo dos anos era verdade.
— Sobre esse sonho…
sentiu o seu coração bater mais forte, no entanto, não se permitiu completar a sua pergunta. Não teria como ter o mesmo sonho que o seu, claramente era uma coincidência e Flora se prometeu que não pensaria na possibilidade de viver um romance com uma humana – sem contar que as probabilidades de Ferri querer algo com ela eram escassas.
— Não é porque as pessoas têm o mesmo sonho que elas são destinadas a ficarem juntas, — sussurrou para si, se odiando por achar que as coisas seriam fáceis assim.
— Ah, sobre os familiares! — A sereia voltou a sua atenção para a sua companhia. — Qual é o seu?
— Um pequeno crocodilo chamado Áries.
— Sério? Que fofo! — Flora sabia que estava sendo sincera.
— Geralmente as pessoas estranham um pouco, já que esperam que uma sereia terá um peixe ou golfinho como familiar. — Sorriu pequeno, genuinamente feliz pelo comentário.
— Entendo, mas faz sentido ser um jacaré. Eles vivem tanto na água quanto na terra, assim como vocês, né?
— Sim, como boa parte de nós. — A moradora de Florya não queria assumir, contudo, continuava a surpreendendo positivamente. — E a Hydro, como vocês se conheceram?
— Na verdade, eu ganhei ela dos meus avós no meu nascimento. Meus pais foram contra, só que eu e ela nos apegamos no nosso primeiro contato, o que os deixou sem escolha.
— Desculpa a pergunta, mas qual é a sua idade?
— Vinte e cinco, e você? — respondeu animada.
— Vinte e três, entretanto, não é esse o foco da minha pergunta.
— Não podemos nos conhecer melhor e sermos amigas? — Sua feição ficou triste com a notícia.
— Pelos deuses, podemos! — suspirou profundamente, tentando ter mais paciência com a humana. — A questão é que cobras têm uma estimativa de vida de quinze a trinta anos, e mesmo que tenha exceções, ainda assim a Hydro só teria mais cinco anos. Só que ela tem a aparência de uma cobra com dez anos, não vinte e cinco.
— Uau, você é uma entendedora de cobras! Queria que a Hydro vivesse para sempre… — Como se a escutasse, a sua bichana se enroscou na sua perna juntamente de Layla. — Oi, meus amores! Como vocês nos acharam? Layla mostrou o caminho?
— Humana, acho que precisamos conversar com a anciã novamente e fazer algumas pesquisas, mas…
Antes que pudesse finalizar a sua fala, as meninas foram surpreendidas com Áries, que apesar de pequeno, era bastante veloz. Para a surpresa de , o seu familiar a ignorou completamente, demonstrando apenas interesse em Hydro, que também pareceu estar curiosa com o outro, visto que se soltou de na mesma hora.
— Oh, esse é o famoso Áries? Que fofo! — esticou a sua mão para que o bichano permitisse que ela o tocasse. — Prazer em conhecê-lo, espero que você e a Hydro possam ser amigos durante a nossa estadia.
Puta merda.
De todas as possibilidades, Flora nunca imaginou que o seu familiar se apaixonaria por outro, principalmente sendo o de uma humana e que tecnicamente não tinha ligação com Florya além dos seus avós. Em Florya há uma crença que quando dois familiares se gostam, independentemente de suas características e classificações, isso significava que os seus donos também nutririam sentimentos um pelo outro, o que foi provado diversas vezes durante os vários anos que se passaram. Com isso, os mestres não podiam manter os familiares longe por muito tempo, mesmo quando há as exceções dos donos não se gostarem – o que é raro. encarou Ferri atônita, sentindo o seu coração acelerar e a sua cabeça travar uma batalha mental; seu emocional estava feliz com a possibilidade, entretanto, o seu lado racional acionava uma sirene bem alta, a lembrando da sua promessa de não se envolver com uma humana, não depois do que aconteceu no seu último relacionamento.
Mas, o mais preocupante é que provavelmente não sabia disso, então como explicar que elas não poderiam separar os seus familiares e que teria a possibilidade de elas desenvolverem sentimentos românticos uma pela outra?
N/A: e aí, mores? Vai dar ou não em romance? Hehehehehe
Descobrimos mais sobre os familiares e sobre o reino de Luna, que é abordado em Balinha de Coração e em outras fics que são do fandom do BTS. Lembrando que The Mermaid Dream acontece antes de Balinha de Coração.
Fala sério, Hydro e Áries são muito fofinhosssss hihi
Até a próxima <3
Capítulo 4 — apelido e primeiro beijo
— Até quando manterá a humana aqui, ?
A voz de Jason ecoou pelo escritório, fazendo com que Flora revirasse os olhos, cansada de escutar a mesma pergunta. Fazia uma semana que estava hospedada em Florya, mais precisamente, no reino da água, e era só uma questão de tempo para começarem a incomodar a sereia com esse tipo de pergunta. Ela sabia que Jason não se importava com a estadia de , no entanto, as pessoas que eram contra conseguiam ser chatas até demais com essa questão, e como um dos líderes, ele tinha que ficar a parte das decisões.
— Por enquanto, até o final do mês. O relatório mostra que há caçadores pelas redondezas, e precisamos descobrir quem de dentro do reino os está ajudando.
— Alguma suspeita? — Jason se acomodou na beirada da mesa.
— De acordo com Valerie, há cinco suspeitos na lista, um deles sendo…
— Raphael. — O tritão respirou pesadamente, incomodado com a notícia. Raphael era um dos seus, mas de uns tempos para cá ele se tornou outra pessoa, o que fez com que os líderes o afastassem de seu cargo e perdesse seus privilégios por ser considerado uma ameaça.
— Impressionante ele conseguir contato com os caçadores apesar de toda a vigilância.
— Os guardas dele.
— Exatamente. E quem foi que ficou encarregado do caso dele?
— Vicente. Tsk. — O homem estalou a língua, visivelmente irritado com as descobertas. — Você sabe que usarão a como desculpa, né? Principalmente aqueles ligados ao Vicente.
— Não precisa se preocupar com isso, já lidei desse assunto juntamente do chefe de Florya e os demais. Há provas o suficiente da sua inocência. — estava verdadeiramente aliviada por ter resolvido essa questão logo, sabia o quão asquerosas as pessoas podiam ser. — Desde quando você a chama de “”?
— Desde que ela disse que preferia ser chamada assim. — Deu de ombros e rapidamente um sorrisinho travesso surgiu em seu rosto. — Alguém está com ciúmes?
— Acho melhor você voltar ao seu trabalho antes que o seu namorado venha atrás e te puxe pela cauda.
Jason riu, escolhendo não provocar mais a amiga enquanto saía da sala. Era óbvio que Flora estava com ciúmes, ela e passaram a semana inteira juntas e em nenhum momento a arqueóloga comentou sobre o seu apelido e que preferia ser chamada dessa forma. A sereia queria ignorar essa questão, não gostava de se sentir assim, no entanto, também queria ter esse privilégio.
*
observava os bichanos brincando em conjunto, balançando seus pés dentro da água enquanto aproveitava a brisa. Uma semana já havia passado, e apesar de a sua ficha ter caído desde o primeiro dia, ainda era impressionante o quão incrível Florya era. foi bem recebida por várias pessoas e já tinha até amizades, tanto com as sereias quanto com os humanos, só que era muito perceptível a hostilidade de alguns, principalmente daqueles que tentaram a incriminar. Felizmente, e os demais lidaram com essa questão, mantendo a estadia da arqueóloga tranquila. Ela não sabia até quando ficaria no lugar, mas, se pudesse, não ligaria de passar o resto da sua vida ali, especialmente na companhia de Flora; nesses sete dias, Ferri não esperava que a sereia tivesse tempo para ela, então ficou surpresa ao ver que em todas as manhãs a líder a buscava em seu quarto e lhe explicava mais coisas sobre o reino, além de passarem a maior parte do dia juntas quando não tinha que trabalhar. Para , esse tempo era bastante significativo, e agora ela não se via mais sem a presença de Flora.
— Se divertindo sem mim? — A sereia surgiu atrás da moça, com um sorriso maroto e uma cestinha em sua mão. Ferri não conteve a risada, achando a mulher tão adorável e linda.
— Nunca! — respondeu de forma divertida.
— Eu criei o Áries com tanto amor e carinho para ser trocada assim que ele se apaixona… — Suspirou pesadamente enquanto se acomodava ao lado de .
— Ah, ele ainda te ama!
— Só porque eu dou os petiscos favoritos dele — rolou os olhos —, caso contrário, ele nem voltaria para mim.
riu novamente, logo se servindo dos doces que a sereia trouxe na cesta. As duas comeram e conversaram um pouco sobre diversos assuntos, emendando um no outro até que decidiram deitar na grama, admirando mais um céu estrelado de Florya.
— Vai me dizer o motivo do seu mau humor?
Flora poderia não perceber, porém, a arqueóloga sabia que havia algo de errado desde cedo, quando foi ignorada pela mulher durante o almoço. mordeu o lábio inferior, indecisa se deveria falar ou não a verdadeira razão, afinal, odiava sentir que estava fazendo uma tempestade em um copo d’água e só conhecia a mulher de fato há uma semana.
— Olha, tudo bem se não quiser compartilhar ou não puder — sorriu —, entendo que tem assuntos que você não vá querer falar sobre…
— Por que eu sou a única que não te chama pelo seu apelido?
— Como? — A arqueóloga segurou a risada ao compreender a frase da sereia, não querendo chateá-la mais.
— Jason e todo mundo te chama de “”, e de acordo com ele, foi você quem disse que preferia assim. — Inevitavelmente fez um biquinho.
— Esse era o motivo? — apoiou o rosto na mão, encarando a outra com uma feição tranquila. — Eu não falei nada porque eu gosto de ouvir você chamando o meu nome.
quase engasgou apesar de não estar bebendo nada, sentindo o seu rosto ficar tão quente que parecia impossível para um ser que vivia dentro da água. A resposta de Ferri a pegou totalmente desprevenida, e por mais que tivesse jurado para si mesma que não se apaixonaria por uma humana, Flora não tinha como esconder: ela estava gostando de . E muito.
— Eu pensei em te provocar por mais um tempinho, sabe, você fica uma graça quando eu falo algo com duplo sentido e ajo naturalmente, mas acredito que nenhuma de nós queira perder mais tempo, certo?
A arqueóloga colocou uma mecha do cabelo da sereia, que caía em seu rosto, atrás da orelha dela, deslizando o seu dedão carinhosamente pela bochecha da mulher, e trouxe o rosto de Flora para mais perto do seu, sustentando o olhar a todo momento; quando estava próxima o suficiente, fechou os olhos, sentindo os lábios de tocarem os seus calmamente, logo aprofundando o beijo. O seu interior se revirava de felicidade, especialmente ao sentir suas línguas se entrelaçarem em uma perfeita sintonia, e por mais que parecesse mais um sonho, Flora abraçou Ferri a fim de diminuir qualquer distância entre elas, tendo a certeza que cada segundo daquilo era verdade.
Continua
N/A: a Kai e a Nith são muito fofinhas <3
E já tivemos um belo avanço nesse capítulo hehehehehe
Amo que não demorou muito para a Tanith partir pro ataque, nossa querida Kai agradece HAHAHAHA
Até a próxima <3
Capítulo 5 — surpresa
Um pouco mais de um mês havia se passado desde a chegada de em Florya, e apesar dos contratempos, a sua vida no reino não poderia estar melhor do que agora. Os líderes conseguiram lidar com os caçadores e o restante dos problemas, só que tanto a anciã quanto o chefe do reino estenderam o convite da estadia de , ainda mais quando a mulher decidiu ajudar todos com o seu conhecimento em arqueologia e era super prestativa.
Ferri não sabia o motivo, mas tinha a sensação de que seus avós estavam felizes com as recentes notícias, e toda vez que pensava neles, o seu coração ficava quentinho, restando somente o amor e a saudade que sentia por eles. A sua relação com escalou um tanto rápido, no entanto, não é como se elas se importassem com isso; o pedido de namoro veio logo em seguida do segundo encontro oficial, já que desde que se beijaram pela primeira vez, as duas decidiram sair juntas como futuras namoradas e não somente como amigas, tendo feito o pedido em uma noite de lua cheia enquanto o reino fazia um de seus festivais anuais.
Por mais que tudo estivesse indo bem, a sereia ainda tinha seus receios por conta do relacionamento passado, e ela não queria conversar com a namorada sobre para não pressioná-la a algo ou pôr alguma espécie de peso em seus ombros, mesmo que isso significasse ficar à mercê da sua própria ansiedade. Como uma outra alternativa, ela decidiu focar no seu trabalho e se manter ocupada, e claro, convidou uma de suas melhores amigas para uma tarde do chá.
— Por que você sempre oferece chá se não gosta do sabor?
— Você gosta. — Deu de ombros.
— E você nunca perde a mania de priorizar os outros e se deixar de lado, né?
Noeli Bhauman sorriu tranquilamente e bebericou o seu chá, percebendo que não importava o tempo que passasse, nunca deixaria de ser a que conhecia. As duas se conheceram ainda crianças em uma das idas da sereia com sua família a Luna, reino em que Noeli morava e fazia parte por ser uma vampira. Ambas tiveram uma conexão muito forte e se tornaram inseparáveis – apesar da distância física –, e Bhauman era como a luz no fim do túnel para a amiga quando ela começava a pensar demais nas coisas, sempre a trazendo de volta à realidade.
— Não me apresentará a sua namorada?
— está ocupada com alguns afazeres que foi designada — a sereia bufou. Desde que decidiu continuar no reino, cada vez mais a arqueóloga ficava ocupada, e Flora sentia saudades do seu amor. — E Lara?
— Triste por perder a viagem e a sua reação, mas ela está ótima. — A vampira sorriu pequeno, ganhando um olhar que transbordava curiosidade.
— Minha reação? — Flora inclinou a cabeça extremamente confusa.
— Eu e Lara estamos no processo para adotar uma criança.
A sereia se engasgou com a sua bebida, precisando de alguns segundos para a sua mente voltar a trabalhar. Nunca passou pela sua cabeça que suas amigas gostariam de ser mães tão cedo, visto que as mesmas tinham planos só para daqui uns bons anos.
— Parabéns! — desejou ainda atônita. — Mas o que mudou?
— Eu e a minha esposa chegamos à conclusão de que queríamos ser mães, e tudo se confirmou ao pesquisarmos sobre. E, eu e Lara temos estimativas de vidas diferentes, embora, caso queira, poderá se tornar imortal, não é algo que ela cogite no momento. Por mais que tenhamos a certeza de que ficaremos juntas até quando o nosso “para sempre” durar, há coisas na vida que não podem esperar tanto tempo assim, sabe?
— Entendo perfeitamente, e fico muito feliz em saber que terei um sobrinho! — sorriu carinhosamente, segurando a mão da amiga. — Ou sobrinha!
— Se você entende, por que continua agindo que nem agora?
Flora desviou do olhar de Noeli, tendo plena noção de que a vampira não a deixaria se safar tão fácil. Ela queria continuar falando sobre a adoção, contudo, sabia que não podia fugir da realidade e do real motivo que convidou a melhor amiga ao seu reino. E se Lara soubesse que a sereia estava evitando de falar sobre os seus sentimentos, ficaria extremamente chateada.
— Eu sei que só tem um mês que eu e a estamos juntas, mas eu não consigo não pensar no futuro — suspirou pesadamente —, e não ter o controle do que pode acontecer me deixa ansiosa. Sabe, eu sei que sou apressada por já imaginar um futuro com ela ao meu lado, e talvez a se canse de se viver aqui, mas…
— — Noeli interrompeu a amiga, pondo a mão por cima da dela —, poderia respirar um pouco? Entendo perfeitamente as suas preocupações, especialmente quando o seu último relacionamento acabou por esses motivos, no entanto, não acha válido pôr a sua cabeça no lugar e conversar com a sua namorada? Do que adianta ficar se remoendo com esses achismos e os tomando como verdade, quando você pode esclarecer tudo com a sua cara metade?
— O que eu faria sem você, Noel? — A sereia descansou o corpo na cadeira, completamente exausta dos seus próprios pensamentos. Embora Flora tendesse a se fechar no seu próprio casulo, não poderia continuar assim para sempre, e a vampira, mais uma vez, tinha total razão.
*
Apesar de ter se planejado para conversar com assim que possível, viu mais algumas semanas se passarem diante dos seus olhos, e por mais que as suas questões continuassem ali, ela conseguia lidar melhor com toda a situação.
Ou, pelo menos, achava que sim.
Jason estava em seu escritório, enrolando para terminar as papeladas enquanto resolvia algumas pendências, cansada de todo o trabalho. Ser uma das líderes não era fácil, e cada vez mais ela só queria poder descansar o seu corpo no mar juntamente da sua amada, no entanto, precisava cuidar do seu povo e das malditas pendências.
— Por que as pessoas não fazem os seus trabalhos? — Bufou. — Estou tendo que resolver algo que já era para estar pronto há meses!
— Pois é, está vendo essa pilha aqui? — O rapaz apontou para a mesa, revirando os olhos. — Era para os queridos do conselho terem organizado e encaminhado para os outros membros, mas é claro que não conseguem fazer o mínimo. Pelo menos eles estarão fora das próximas reuniões.
— E do conselho. A anciã já solicitou o encerramento das atividades deles.
— Amém! Mas me fala — puxou a sua cadeira para mais perto da amiga —, quais os planos para hoje? Quer beber com a gente?
— Pode ser — respondeu sem muito humor.
— Animação, mulher. Aposto que você amará a noite de hoje.
— Poucas coisas podem me animar no dia de hoje, Jas.
— Bom, a sua amada estará presente — falou sugestivo. — Trate de finalizar o que quer que seja agora e vá se arrumar. Hoje é sexta-feira e não permito que você fique presa trabalhando.
apenas assentiu, genuinamente feliz por saber que veria a namorada mais tarde. Assim que assinou o documento, organizou a sua mesa e saiu junto de Jason, indo para o seu quarto em seguida.
*
— Isso deve ser coisa do Jason…
Flora encarou o vestido na sua cama em dúvida, se perguntando quando ele surgiu ali; assim que chegou no seu quarto, ela foi direto para o banho, aproveitando o máximo que conseguia dentro da sua enorme banheira, já que não queria ir para o lago ou o mar. Quando terminou, o tal vestido de cetim estava na cama, e um par de salto que combinava com o tom de vermelho da roupa se encontrava dentro de uma caixa, com o bilhete escrito “Me encontre no jardim de girassóis às sete e meia”.
— Será que vamos para fora de Florya? — ponderou. — De qualquer maneira, vou me arrumar.
se produziu calmamente, pondo a roupa ao finalizar a maquiagem e o cabelo. Depois de dar uma última checada no espelho, ela saiu do seu quarto, pronta para encarar a caminhada até o jardim. Ao se aproximar do local, Flora percebeu que havia pétalas de rosas no chão, como se a guiassem para o seu destino final, além das diversas mini lamparinas nas árvores. Todo o trajeto parecia mágico, e assim que seus olhos encontraram o de uma certa pessoa, o seu coração acelerou como se fosse a primeira vez.
N/A: a participação da Noeli seria mais para o final, mas super casou com essa parte da história e eu estava animada para trazê-la <3
Depois deem uma olhadinha no universo de Balinha de Coração (BTS, finalizada) para verem um pouquinho mais delas e dos dois pais (Marc e Rey) <3
E aí, quem será que preparou a surpresa? Hehehehehe
Prometo que no próximo capítulo teremos muita fofura e amor (e resolução de conflitos, por favor kkkkkkk) <3
Até a próxima <3
Capítulo 6 — mil vezes sim
achava que estava em um sonho.
Ferri a esperava com um sorriso lindo que só ela tinha, com um buquê de flores em suas mãos e um vestido igual ao seu em um tom de verde que combinava perfeitamente com os seus olhos. Tudo nesse cenário a encantava, no entanto, a sua namorada era o único foco total de sua atenção, e Flora começou a andar em sua direção, ainda sem acreditar na surpresa. A arqueóloga entregou as flores para a outra, beijando as costas da sua mão e a puxou para si, selando seus lábios de maneira delicada.
— Surpresa — sussurrou ao se separarem, a observando apaixonadamente. — Você está linda, .
— Olha quem fala — respondeu ao sentir suas bochechas ruborizarem —, você é a mulher mais linda do mundo, .
— Nós somos, meu bem. — Sorriu. — Me daria a honra de ter a sua companhia nesse jantar?
— Claro! Tudo está tão perfeito… — As duas se acomodaram nas cadeiras, e colocou o buquê no carrinho que tinha as bebidas. — Quando você planejou?
— Desde mês passado. — Começou a servir o jantar. — Jason foi fundamental para me ajudar a manter tudo em segredo e a encontrar o que eu precisava. Inclusive, eu pedi a Wyn para deixar os presentes no seu quarto. Ela estava muito animada com a surpresa.
— Wyn é a mais romântica entre nós, então consigo visualizar perfeitamente a sua reação, principalmente… — A sereia desviou do olhar da namorada e mordeu o lábio inferior, sem saber se deveria continuar ou não.
— Quer vinho ou suco? Temos diversas opções! — apontou para o carrinho.
— Vinho, por favor.
A sereia se sentiu momentaneamente aliviada com a mudança de assunto, e aproveitou para atualizar a namorada dos últimos acontecimentos do reino da água.
*
e estavam sentadas em um dos bancos do jardim, admirando o céu limpo e estrelado de Florya. A arqueóloga não conseguia tirar os olhos da sereia, a observando com um sorriso bobo nos lábios e pensando no quão incrível o destino podia ser. Ao embarcar na aventura de encontrar o tão famoso reino que seus avós falavam, nunca imaginou que de fato encontraria e, ainda por cima, acabaria se apaixonando no caminho. Ela não tinha dúvidas de que gostava de Flora, e a cada dia que passava, o sentimento continuava a crescer tanto que queria demonstrar de todas as formas possíveis.
— Temos que conversar, certo? — iniciou, segurando a mão de na tentativa de tranquilizá-la. — Eu não quero te pressionar a falar o que te incomoda, mas também desejo que você possa se abrir comigo, principalmente para conseguirmos construir um relacionamento. Eu estava esperando você me dizer o que aconteceu, só que esse momento nunca chegou, e se eu não souber o que houve, não saberei como lidar com a situação ou te ajudar, sabe?
— Assim fica difícil, a minha vontade agora é de te encher de beijos! — Flora apertou as bochechas da namorada, a achando a pessoa mais fofa do mundo. — Eu sei que preciso me comunicar mais, só é um pouco difícil depois do meu último relacionamento, mas você não tem nada a ver com isso e não é justo te manter no escuro. Eu pretendia te contar tudo durante esse último mês, mas ficamos tão ocupadas que eu não queria “atrapalhar” os nossos momentos… — Suspirou. — Bom, no meu aniversário de vinte anos eu e o pessoal fomos para o mundo humano, e lá eu conheci a minha ex, e não demorou muito para namorarmos. Eu nunca contei sobre Florya por motivos óbvios, então sempre surgia dúvidas da minha parte se ela continuaria comigo mesmo não nos vendo sempre e tudo mais. Mas mal sabia eu que esse nunca havia sido um problema de fato, já que em uma conversa que tivemos, ela deixou claro que estava tudo bem.
“O problema foi quando Yuri descobriu que eu era sereia, e diferente das crenças dos humanos, nossas aparências são bem distintas uma da outra, e a minha forma não é considerada a das mais “belas” pelos humanos. Resumidamente, ela ficou tão assustada que nem conseguimos nos despedir direito, a minha única reação foi pedir à minha irmã mais velha uma poção, não somente pelo medo de ela espalhar sobre, mas para que ela pudesse viver a vida dela tranquilamente. Desde o nosso término eu não me envolvi com mais nenhuma humana, e prometi a mim mesma que não me envolveria, porém, você apareceu e o meu sistema deu pane. — soltou uma risada baixinha, voltando o olhar para a namorada.
“Sabe, quando eu te vi observando o lago com tanta curiosidade, eu fiquei intrigada e a minha primeira reação foi te puxar para a água, principalmente porque se um humano chegou até ele, provavelmente teríamos que apagar a sua memória. Contudo, no segundo que nossos olhares cruzaram, nada mais importava. Eu sabia que me apaixonaria por você, e não demorou muito para eu perceber isso, no entanto, eu não conseguia não me preocupar com as minhas inseguranças. E se você decidir um dia ir embora? Claro, você tem a sua vida no seu mundo e a sua liberdade para fazer o que quer, mas eu tenho medo de te ver indo embora… é tão incrível encontrar alguém com a mesma sintonia que você, porém, não consigo ignorar esses medos, e sei que não posso projetar o meu relacionamento passado no nosso. Eu gosto muito de você, . Me desculpa por não ter falado nada antes.”
— Você não precisa se desculpar, nem sempre podemos controlar como nos sentiremos em determinadas situações e está tudo bem. — A arqueóloga fez um carinho no rosto da sereia. — Obrigada por me contar parte da sua história e me ajudar a entender o que estava acontecendo, apesar de eu ter imaginado que poderia ter algo a ver com a questão de eu ir embora. Não é à toa que pensei em fazer essa surpresa — riu. — Eu queria que você soubesse o quanto eu gosto de você e se sentisse segura em relação a minha estadia, mas também sei que preciso usar palavras em determinados momentos. Eu não vou deixar de viajar ou sair em aventuras, no entanto, não pretendo me mudar daqui. Desde que te conheci, eu torcia para que pudéssemos ficar juntas mesmo que fosse só na amizade, e nunca passou pela minha cabeça ir embora… inclusive, se você puder e quiser, quero te levar para conhecer vários pedacinhos do mundo comigo. A questão é que, , não há dúvidas que fomos destinadas uma para a outra, certo? Era você que eu via em todos os meus sonhos, e a certeza veio no momento em que eu te vi debaixo d’água, e tudo fez sentido.
— Pelos deuses… — A sereia levou a mão à boca, surpresa. — Eu achei que você não sabia.
— Nós crescemos juntas, né? — Sorriu marotamente. — Bom, não do jeito convencional, mas acompanhamos uma a outra durante todos esses anos. Acho que meus avós suspeitavam de algo, ou simplesmente queriam que eu conhecesse mais da história deles, mas, eu só tenho a agradecer a eles por me introduzirem a Florya, afinal, eu encontrei o amor da minha vida. Então, Lee Flora, você quer construir uma vida comigo?
A sereia precisou de alguns segundos para entender completamente as palavras da namorada, mas, assim que assimilou, se jogou nos braços de , a apertando tanto e com lágrimas rolando por suas bochechas. Não havia palavras para descrever o quão feliz e aliviada estava, e não havia dúvidas de que também era o amor da sua vida.
— A resposta é sim. Mil vezes sim, meu bem.
Elas selaram os lábios em um beijo doce, saboreando cada segundo daquele momento tão belo e importante; o luar estava de prova de como o amor delas era lindo e único, e, pelo restante da noite, ambas se perderam uma na outra.
N/A: eu disse que ia ter muita fofura, amor e resolução de conflitos, né? E demos mais um avanço nesse relacionamento hihi
É impossível não se apaixonar por esse casal, e sério, elas são adoráveis juntas <3
O próximo capítulo tem mais um pouco de fofura e é o último, espero que estejam gostando!
Até a próxima <3
Capítulo 7 — happily ever after
Quase dois anos se passaram desde a chegada da em Florya, e muitas coisas mudaram nesse tempo – menos Hydro e Áries, que continuavam inseparáveis e apaixonados, e eles tinham adotado Layla, a cobra que guiou para o lago. Jason e Felipe, que já namoravam, agora eram um trisal juntamente de Wyn, tendo os três se apaixonando meses após a comemoração do noivado das meninas no ano anterior; a anciã e o chefe de Florya continuavam com seus papéis, e há quem diz que eles tinham um caso, porém, nada confirmado; ambos os reinos tiveram diversas melhorias e felizmente estavam longe dos perigos dos caçadores, e todos os moradores se encontravam igualmente alegres e aliviados por poderem manter a paz. E por falar em reinos, Noeli e Lara visitavam com mais frequência as amigas, agora na companhia de seu filho, Namjoon, que logo fez amizade com a sobrinha de , Vivien, e o melhor amigo da menina, Jun.
Florya nunca esteve tão vívida, e em relação a Flora e Ferri, elas ainda estavam noivas, mas já haviam dado um passo maior em seu relacionamento. Cinco meses após o noivado, as duas decidiram adotar uma criança, e quando chegaram no orfanato do reino, ficaram maravilhadas com uma menininha chamada Sasha, que as escolheu como mãe no momento que avistou ambas. Em Florya, o uso da magia era bem avançado, e com a ajuda das amizades que tinham em Luna, elas tiveram um filho biológico, e hoje, , , Sasha e os demais, davam boas-vindas a um novo membro da família em uma grande comemoração no reino da água.
— Namjoon, Vivien, Jun e Sasha, parem de correr! Hoshi, você também! — Lara colocou a mão na cintura, chamando as crianças em seguida: — Venham cá, precisamos dar boas-vindas ao bebê!
— Meu irmão é tão fofinho! — A pequena Sasha correu até suas mães, segurando a mãozinha do caçula da família.
— Ele teve a quem puxar. — pegou a filha no colo.
— A mim! — disse animada.
— Claro, meu amor. — sorriu carinhosamente. — Preparada para dar as boas-vindas junto com as mamães? No três, tudo bem? Um, dois, três…
— Seja bem-vindo, Seokmin.
As três abraçaram o bebê com cuidado, verdadeiramente felizes com a pequena família que haviam construído ao longo dos anos. Ao olharem para trás, e não podiam estar mais orgulhosas do caminho que trilharam, e todas as incertezas eram substituídas pelas certezas que conquistavam todos os dias, e com os seus dois tesouros, não havia mais lugar para dúvida alguma. O amor que transbordava de seus corações era lindo, e alegremente, elas continuariam traçando o “felizes para sempre” até o final de suas vidas.
Fim
N/A: chegamos ao final de “The Mermaid Dream” \o/
Confesso que vou sentir muita falta dessa história e das personagens, impossível não se apaixonar por Kai e Tanith <3
Não sei se é por ter finalizado a fic primeiro antes de enviar pro site, mas tá dando uma dorzinha em dizer um “até logo” para Kai e Nith, principalmente por estar escrevendo essa fic desde o início do ano (originalmente, essa história era pra ter sido enviada no quiz 9, que eu trouxe a fic Florya, mas eu não consegui terminar a fic a tempo, então cá estamos com essa belezinha!)
Foi uma experiência bem legal explorar mais sobre o universo de Florya, e futuramente teremos uma continuação com o Seokmin do Seventeen hihihihihi não me perguntem quando vem, preciso finalizar outras histórias pra isso hehe
Obrigada por terem lido e espero que tenham gostado tanto quanto eu gostei de escrever essa fic!
Agradecimentos especiais à minha querida amiga Gio que sempre escuta as minhas ideias e à minha beta maravilhosa Lelen (os seus comentários sempre me dão um gás pra continuar escrevendo <3)
Até a próxima <3
Yaay, estamos de volta ao universo de Florya <3
O que vai rolar com essa sereia, hein?
E eu espero umas participações especiais do… Jun? e do Hoshi com seu tigrinho AHAHAH
Vamos ver o que nos aguarda em Florya <3
Simmm <3
Essa história acontece antes da fic do Jun e do Hoshi hihihi mas eles vão aparecer brevemente <3
Quero ver como a senhorita sereia vai começar a se abrir mais HOADHAOSHAPS
E eu só imagino a carinha da Hydro com a Layla, super imagino Layla toda 🤩🤩🤩🤩 e Hydro tipo 😑😑😑
Bora pro romance, povo!
É literalmente assim mesmo 😂 elas são fofas demais!
Me identifiquei aqui
Olha só,ela tem minha idade
Áries coisinha fofa mostrando pra amiga quem é o amor da vida dele HEHEHEHEH
Quero história sobre o que aconteceu antes com a Kai e o que rolou quando Florya foi exposta da última vez :B
Eu amo interação com animais, gente, já roubaram total minha atenção JAHAHAH
Ele é 🥹 talvez na long venha as respostas que você procura hehehehehe
Eu também!!!
E chegou o romance <3
Mas esse “gosto de ouvir você chamando o meu nome” foi 🤌🤌
Preciso dizer que eu tentando entender como funcionam os sereianos nesse universo tô toda hora “ué? mas tão em terra? ué? será que tão na água?” 😂😂😂 culpem a Disney e Hans Christian Andersen pela imagem de “sereias” que eu tenho na mente kkkk
Podemos dar uns tapas no tal do Raphael? 😄
foi tudooo, né? hihihi
mulher, erro meu não ter explicado, em breve vou pôr na aba de curiosidades, mas basicamente eu imagino eles como os Zora de Zelda, sabe? só que no caso da fic, eles possuem tanto a forma de sereia como a humana, e conforme eles vão aprendendo suas habilidades/controlar seus poderes, eles se transformam a hora que querem, e super se adaptam tanto a água quanto a terra.
podemossss hehehe
Eu tô tão envolvida com umas ~coisinhas~ do site, que acabo esquecendo das outras coisas HAHAHAHAH
Então, vamos lá:
O pessoal de Luna aparecendo, amo esses crossovers. Confesso que eu esqueço nomes, mas enfim KKKKKKKK
Ficamos sabendo sobre o passado amoroso de Kai, não deu certo, mas agora ela vai ter o felizes para sempre <3
Ainda quero saber sobre a história do auê que humano fez acontecer em Florya.
E será se vai ter ceninha de casamento, hum?
somos duas KKKKKKK
simmm <3
um dia a história virá ajsnhjasbajhsb
Oremos, chegou o felizes para sempre <3
NOSSO NENÉM RAIOZINHO DE SOL NASCEEEEU *———-*
Eu quero mais histórias em Florya e crossover com Luna. E ainda quero a história pré TMD sobre os perrengues com humanos maus
Esperando a história de apresentação de nosso DK e a história do Hoshi HEHEHEHEH
Já vai anotando, Liv HAOISHAOSHASO
Aguardando as próximas histórias <3
Anotei tudoooo <3
Obrigada por ter acompanhado, meu bem <3