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The Companion’s Tales – Chapter Two

  O senhor caminhava de modo lento, porém firme em direção à sua sala. Estava visivelmente satisfeito com o que havia feito. Sabia que em breve teria de partir, então por que não convidar alguns antigos amigos? Ele provavelmente não se lembraria mais de quem convidara dali algumas horas, sua memória estava um caos. Tantas coisas armazenadas se misturando com coisas novas, era evidente que alguns fatos precisavam ser apagados para dar espaço para novidades.
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  Adentrou sua grande sala no final do corredor e caminhou em direção à janela para contemplar o belo dia que se fazia surgir do lado de fora do local. Belos amanheceres para dias extraordinários!
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  Faziam dias que estavam viajando entre tempo, espaço e mundos. e o Doutor. Claro que ela não tinha certeza de tempo dentro da TARDIS, haviam ido e vindo tantas vezes que seria quase impossível saber há quanto ela estava ali, na companhia de seu Doutor Pan. Ela custara a acreditar, mas tudo ali era real, e os sonhos que tivera quando criança, aqueles que teve logo após seus pais virarem estrelas, não haviam sido simples sonhos. Eram mágicos como todo sonho em sua essência, mas era real.
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  Depois de Pitchgard, já haviam visitado Nanum, o planeta dos gigantes; o planeta do povo Pedra; a década de oitenta e até mesmo fizeram uma visita à uma velha conhecida do Doutor na Idade Média. Era fascinante como mesmo assim o Doutor ainda tinha várias coisas para lhe mostrar. Estavam no meio de uma discussão sobre qual lugar – ou quando – deveriam visitar naquele instante quando ouviram uma batida fraca vinda de algum lugar da cabine.
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  — O que foi isso? — perguntou erguendo a sobrancelha.
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  — Estranho… — O Doutor murmurou parando para prestar atenção também. Mais uma batida leve foi ouvida.
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  — Parece que… — começou caminhando lentamente. — … Vem da porta.
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  — Impossível, estamos em plena viagem entre espaço-tempo. — O rapaz murmurou descartando a ideia rapidamente, o que particularmente irritou um pouco a , que caminhou em direção à porta da TARDIS e parou ali, encarando-a.
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  Ela poderia abrir a porta da cabine, mas seria seguro? Mais uma batida – agora mais insistente e aparentando impaciência – pôde ser ouvida, o que fez a garota decidir-se por abrir de uma vez a cabine para seja lá o que fosse. A princípio nada aconteceu, apenas uma vasta imensidão negra ao redor da TARDIS, como costumava ser. Então, vindo de lugar nenhum, um pequeno cubo esverdeado se jogou para dentro da cabine de polícia azul, o movimento tão repentino que fez pular de susto e fechar a porta.
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  — Mas o que… — O Doutor murmurou encarando a companheira, percebendo apenas naquele instante que ela não estava lhe ouvindo minutos antes.
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  — Olhe, Doutor! — Exclamou, aproximando-se cuidadosamente do cubo no chão da nave. — O que é? — Perguntou vendo o homem se aproximar cautelosamente do objeto, observando com curiosidade.
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  — Parece um… — O Doutor pegou o pequeno cubo nas mãos para analisa-lo melhor.
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  Após um simples “clique”, um apito um tanto irritante soou, fazendo tapar os ouvidos.
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  — AHÁ! — Exclamou o Doutor. — Viu? Um holocubo-transdimensional-temporal! — Ele sorriu empolgado, logo depois jogando o objeto no chão, o que de início assustou a garota, mas um instante depois, algo parecido com um holograma surgiu, um senhor de idade avançada e sua bengala se fizeram perceber.
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  “Meus caros amigos, envio-lhes este holocubo para convidá-los para um momento especial. As coordenadas estão anexadas e eu os espero ansiosamente!” – Dizia a mensagem do holograma que se desfez assim que terminou de passar o recado a que fora designado a passar. observou curiosamente o pequeno cubo enquanto o Doutor o pegava do chão com cuidado, intrigado.
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  O rapaz ficou algum tempo observando o objeto aparentemente a procura de algo.
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  — O que está fazendo? — perguntou curiosa, correndo atrás do Doutor quando este saiu em disparada em direção aos controles da TARDIS.
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  — Procuro as coordenadas! — Exclamou excitado, logo girou algumas peças, como em um cubo mágico e soltou uma exclamação de vitória quando aparentemente conseguiu resolver o enigma. — E agora… — Ele murmurou encaixando o objeto no painel da TARDIS — hora da aventura! — exclamou puxando uma alavanca e dando a “partida” na máquina do tempo.
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  O senhor observava uma pilha de livros em sua escrivaninha e pensava no que fazer com eles, já que sua sala já estava apinhada de enciclopédias, livros de estudos, arquivos de descobertas e outros documentos importantes demais para serem descartados. Na verdade, apinhada era uma forma educada de tratar a situação. A enorme sala daquele velho senhor parecia não suportar sequer mais uma folha sem que explodisse com tudo o que tinha dentro. Ele bebericava seu chá enquanto pensava e olhava atentamente todas as prateleiras de suas estantes quando um peculiar zumbido pôde ser ouvido. O senhor ergueu a sobrancelha quando uma cabine de polícia azul se materializou em meio à sua sala, milagrosamente sem esmagar nenhuma folha ou livro.
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  — Tem certeza de que é aqui…? — Uma jovem surgiu colocando a cabeça para fora da cabine, aparentemente falando com alguém do lado de dentro.
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  A primeiro instante ela pareceu não perceber o senhor parado que a observava curiosamente; a garota saiu da cabine um tanto desajeitada e acabou por trombar com uma das pilhas de livros da sala, uma com livros grossos e pesados que já estavam precariamente equilibrados, com o esbarrão, tudo foi ao chão.
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  — ? — Um homem de vestimentas peculiares colocou a cabeça para fora da cabine olhando ao redor, parecendo preocupado.
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  — Desculpe!
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  O homem saiu da cabine por fim, e então voltou sua atenção ao senhor, que permanecia apenas observando a cena.
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  — Professor! — Exclamou abrindo os braços num gesto amistoso, mas logo percebendo que o senhor a sua frente não demonstrara tê-lo reconhecido. — Sou eu, o Doutor. — Ele se perguntava quantas vezes naquela vida ele teria de repetir aquelas palavras.
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  Por alguns instantes o silêncio reinou, até que o brilho de reconhecimento surgiu nos olhos do senhor que abriu um grande sorriso e abriu os braços no mesmo gesto que o Doutor.
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  — Ah! Meu velho amigo, o que faz por aqui? — Perguntou indo abraçar o conhecido saudosamente.
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  — Como assim o que…
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  — Não importa! — O tal professor interrompeu o Doutor. — Da última vez que o vi você tinha cabelos loiros e um cachecol. Quanto tempo! — O senhor deu tapinhas no ombro do amigo. — E esta jovem? — O Professor finalmente se voltou para que observava a cena do reencontro com interesse.
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  — Professor, esta é . — Apresentou. — , este é o Professor Chronotis, um velho amigo. — Sorriu.
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  — É um prazer. — sorriu estendendo a mão ao senhor, que a agarrou e sacudiu freneticamente.
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  — Hum… — Murmurou depois de soltar a mão da moça. — Singular… — Falou consigo mesmo de forma pensativa. — Querem chá? — Perguntou subitamente abrindo novamente o sorriso. Mal esperou a resposta dos visitantes e já saiu caminhando na direção de sua pequena cozinha.
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  — Onde nós estamos? — perguntou caminhando cautelosamente em direção à janela que mostrava uma paisagem banhada pelo sol da manhã.
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  — Universidade de Cambridge. — O Doutor sorriu enquanto se entretinha observando ao seu redor com seus olhos sempre curiosos.
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  — Cambridge? — perguntou olhando mais atentamente a paisagem do lado de fora da janela.
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  — Ah, sim, sim! — O Professor retornou da cozinha com uma bandeja e três xícaras de chá sobre a mesma. — Cambridge é uma maravilha nesta época do ano! — O homem sorriu colocando a bandeja sobre uma mesa improvisada feita de livros. — Suponho que tenham vindo para cá para aproveita-la, certo? — Ele se serviu de uma das xícaras e sentou-se em uma poltrona.
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  — Mas foi o senhor que… — O Doutor começou a dizer, mas novamente foi cortado pelo senhor.
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  — Ah, venham, tomem um chá, está uma delícia! — Professor Chronotis exclamou alegremente. — Sirva-se, Singular. — Disse olhando em direção à , que ergueu a sobrancelha pelo modo como fora chamada.
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  — . — Ela murmurou quase sem querer.
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  — Hum? — O senhor perguntou encarando a recém-chegada enquanto bebericava seu chá.
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  — Meu nome. É . — Explicou um pouco sem graça.
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  — Ah sim, claro. Foi isso o que eu disse. — Chronotis disse, e foi sua vez de erguer a sobrancelha.
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   abriu a boca para continuar com a discussão, mas foi impedida por um Doutor completamente esbaforido.
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  — Professor! — Exclamou o homem encarando algo além da poltrona do ancião.
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  — Doutor! — Chronotis respondeu no mesmo tom, um sorriso de divertimento nos lábios.
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  — Professor! — O Doutor exclamou mais uma vez sem tirar os olhos do que lhe chamara a atenção.
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  — Doutor, já passamos por isso uma vez e durou décadas, por favor, deixemos as brincadeiras de lado e… — O senhor ia dizendo quando o Doutor o interrompeu.
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  — Não, Professor. — Ele finalmente parou de encarar o ponto atrás da poltrona para encarar Chronotis. — O que aquilo faz aqui? — Ele finalmente apontou, o que fez com que e o ancião se virassem para observar também do que se tratava.
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  — Ah, aquela parafernalha? — O Professor murmurou em tom despreocupado. — Está aí desde que me mudei para cá. — O senhor deu de ombros e voltou a se sentar em sua poltrona com seu chá.
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  O Doutor caminhou até uma estante de livros atrás da poltrona em que o amigo estava sentado, os olhos fixos em um ponto.
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   o seguiu cuidadosamente prestando atenção para não esbarrar em mais nenhuma pilha de livros. Não havia conseguido enxergar nada à distância e estava curiosa para saber o que prendera tanto a atenção do Doutor. Chegou mais perto e enfim estava ao lado do rapaz que parecia extremamente em dúvida se deveria ou não tocar no objeto que encarava.
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  — O que é isso, Doutor? — perguntou subitamente, fazendo seu companheiro ter um pequeno sobressalto.
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  — Isso, , é um Livro das Lembranças. — O rapaz respondeu sorrindo, os olhos brilhando de excitação e expectativa.
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  — Um o quê? — deixou escapar depois de alguns instantes de silêncio. Encarou o objeto a sua frente e ergueu a sobrancelha. Aquilo não se assemelhava em nada com um livro…
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  — Um Livro das Lembranças! — O Doutor parecia não estar ciente da confusão de sua companheira; continuava com seu olhar excitado e um sorriso empolgado brincava em seus lábios.
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  — Ah sim, eu mal me lembrava desse treco aí em cima. — O velho Professor Chronotis havia se levantado da poltrona e agora caminhava na direção dos dois visitantes. — Ganhei de… OH! Você veio, Doutor! — O velho senhor exclamou repentinamente, os olhos brilhando de emoção enquanto abraçava o Doutor novamente. — E tem uma nova companheira!
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   encarou a cena com ar de confusão. Mas o que estava acontecendo?
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  — Vou buscar chá para vocês! — O senhor sorriu simpático e saiu caminhando novamente em direção à cozinha.
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  — O que foi isso? perguntou quase num sussurro, não queria acabar ofendendo um dos amigos do Doutor.
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  — Ah, o Professor já viveu milênios, às vezes as coisas acabam ficando embaralhadas na cabeça dele… — O rapaz deu de ombros, como se aquilo fosse uma coisa completamente normal. — Mas voltemos a isto! — Ele apontou para o objeto que anteriormente havia chamado de Livro das Lembranças. — É muito raro encontrar um desses. — Observou o objeto quase encostando o nariz nele. — Somente eram produzidos em Gallifrey… — O Doutor agora parecia mais absorto em seus próprios pensamentos.
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  Gallifrey… lembrou-se de um dia o Doutor ter-lhe dito sobre Gallifrey. Aquele era o nome de seu planeta de origem, o planeta que havia sido destruído junto com tantos outros na Guerra do Tempo, fazendo assim do Doutor o ultimo Senhor do Tempo de que se tinha notícia.
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  — Espere. — murmurou de repente se tocando de algo. — Você disse que o professor viveu por milênios… — Ela parou para ter certeza do que diria. — Então ele é…
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  — Um Senhor do Tempo. Sim. — O Doutor assentiu sem tirar os olhos do pequeno objeto ainda em cima da estante.
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  — Mas você…
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  — Sim, o tempo não é mesmo uma coisa incrível? — O homem sorriu, agora encarando a companheira.
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  — E complicada… — Ela soltou erguendo a sobrancelha.
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  — Nah… Apenas um pouco relativo. — O Doutor deu de ombros.
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  — Aqui está, meus amigos! Chá para todos! — O Professor Chronotis voltou da cozinha com uma nova bandeja em mãos, o sorriso simpático sem deixar os lábios. tinha quase certeza de que se – ou talvez quando ou onde – Papai Noel existisse, ele teria aquela fisionomia serena e simpática de Chronotis.
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  Daquela vez não recusou a xícara e aceitou de bom grado quando o Professor lhe estendeu a bandeja. Ele lhe sorriu e por um instante ficou lhe encarando, olhos nos olhos, como se procurasse algo neles, algo que estava escondido, mas que interessava muito àquele velhinho. baixou o olhar, desconfortável, normalmente não ficava olhando para as pessoas mais do que por alguns segundos e raramente as olhava nos olhos. O olhar do Professor Chronotis era profundo e ela tinha certeza de que guardava milhares de segredos e acontecimentos. Ele tinha olhos de quem havia vivido muito e sabia muito. Os mesmos olhos do Doutor.
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  — Singular… — O Professor soltou novamente, após finalmente parar de encarar . — O que faz aí, Doutor? — Perguntou por fim, aproximando-se lentamente do amigo para observar também.
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  — Chronotis… — O homem de vestimentas peculiares voltou-se para o senhor com expressão séria. — Como conseguiu este exemplar de O Livro das Lembranças? — Questionou finalmente.
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  O velhinho coçou a cabeça erguendo a sobrancelha e então olhou de volta para o Doutor.
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  — Bem, da mesma forma como você conseguiu sua TARDIS. — Deu de ombros, estendendo uma xícara de chá para o homem que ficou parado, perplexo.
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   ergueu a sobrancelha encarando o Doutor.
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  — E como foi que ele conseguiu a TARDIS dele? — Ela perguntou virando-se para o senhor que voltava a caminhar em direção à poltrona logo a frente.
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  — Roubando de um dos galpões de armazenamento de Gallifrey, claro! — O Professor Chronotis exclamou, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
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  — Não roubei! — O Doutor se manifestou dando um passo em direção a onde o senhor agora se sentava. — Peguei emprestada! — Disse indignado.
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  — Sim, claro, meu amigo. — Chronotis balançou a cabeça compreensivo. — Tanto é que nunca a devolveu. — O senhor voltou-se para o homem dando uma piscadela divertida.
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   encarou o Doutor de boca aberta e olhos um tanto arregalados; ele por sua vez, voltou-se para ela apontando-lhe o dedo.
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  — Eu não a roubei! — Exclamou. — Eu a peguei emprestada, porém, as circunstâncias não me permitiram devolvê-la. — Explicou em tom solene. — E o senhor, Professor. — Disse caminhando na direção do senhor a passos largos que apenas suas pernas longas permitiriam. — Por que pegou o Livro das Lembranças? Que eu me lembre, só restavam dois exemplares no universo. Este deveria estar no Museu Público de Gallifrey. — Apontou acusadoramente o dedo para o velhinho que apenas deu de ombros.
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  — Essa bugiganga sempre esteve aí. — Murmurara novamente como da primeira vez.
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  — Mas o senhor… — O Doutor foi interrompido por um gritinho agudo às suas costas. — ? — Ele virou-se para encarar a companheira, mas quando o fez, não havia alguma para encarar.
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   sentia a cabeça incomodar, como se seu cérebro estivesse tão leve que tentava escapar de seu crânio flutuando. Era uma sensação estranha que se estendia por todo o seu corpo. Ela resmungou alguma coisa tateando o chão ladrilhado… Espere, chão? Mas o que diabos ela fazia no chão? Com a dúvida e a surpresa pairando em sua mente, ela decidiu abrir os olhos –  que na verdade nem havia percebido estarem fechados – para averiguar. Estava estirada no chão de ladrilhos de um banheiro. E havia uma égua.
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   soltou um gritinho surpreso ao perceber que o animal cheirava o ar como um cachorro, o focinho apontado em sua direção. A égua relinchou e bateu os cascos agitadamente no chão, causando um som irritante naquele pequeno cubículo. 
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   forçou-se a lembrar do que estava fazendo antes de acordar ali. Será que ela estivera em alguma festa maluca de algum amigo de um amigo e bebera demais, por mais que não fosse de seu feitio se embebedar. Ou ir a festas. Mas depois de conhecer o Doutor e… O Doutor! Mas é claro!
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   levantou-se em um salto – o que fez o animal a sua frente bufar pela surpresa – e olhou ao seu redor como se esperasse ver alguém escondido em algum lugar tentando lhe pregar uma peça.
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  — Ok, Doutor, muito engraçado! Agora apareça. — Disse a última parte com certa autoridade. — Doutor? — Chamou mais uma vez caminhando lentamente em direção à porta do banheiro, passando cuidadosamente ao lado da égua que deu um passo para a direita, para dar mais espaço.
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   esticou o braço com hesitação em direção à maçaneta, talvez estivessem querendo assustá-la, e ela detestava levar sustos. Respirou fundo uma segunda vez antes de finalmente atravessar o metal frio… 
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  — Ai, meu Deus! — exclamou dando um pulo para trás, o que assustou o animal às suas costas que relinchou contrariado. — Desculpe! — disse colocando a mão sobre a boca, como que tentando reprimir mais um gritinho. A égua por sua vez bufou novamente e voltou a fazer o que fazia antes: nada.
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   respirou fundo uma vez mais e deu um passo à frente para tocar de novo a maçaneta e ter certeza de que não estava alucinando ou qualquer coisa do tipo. Esticou o braço lentamente e, fechando os olhos, tocou a maçaneta, ao abri-los novamente, quase teve um ataque cardíaco ao ver sua mão atravessando o metal frio. Reprimiu mais um grito de surpresa e retirou a mão do lugar quase que imediatamente.
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  — Oh, Deus, eu estou morta! — Exclamou arregalando os olhos.
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  Mas o que acontecera? Havia tido um acidente? Talvez um aneurisma? Um ataque cardíaco fulminante? Mas nada daquilo fazia sentido! Estaria ela sonhando? Se estivesse, aquele era o sonho mais vívido e lúcido que um dia ela tivera. Estava prestes a se juntar à égua na difícil tarefa de fazer nada quando ouviu uma voz conhecida ecoar pelo pequeno espaço.
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  — ? — Ouviu ela dizer. Demorou certo tempo até conseguir se lembrar a quem pertencia aquela voz.
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  — Doutor! — Gritou ao mesmo tempo em que olhava ao redor tentando descobrir de onde ele falava.
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  — Oh, por Gallifrey, ela está bem! — Ouviu a voz sem corpo do Doutor exclamar parecendo aliviado. — , onde você está? — Perguntou.
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   olhou ao redor e ergueu a sobrancelha, como ele esperava que ela soubesse aonde estava?
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  — Hum… — Murmurou primeiramente. — Em um banheiro…? — Disse respirando fundo. — Com uma égua. — Decidiu colocar o pobre animal entediado na história.
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  — Uma égua? Num banheiro? — Aquele tom era incrédulo demais para o Doutor. Então aquilo deveria ser mesmo muito estranho. Houve um instante de silêncio e pensou que tivesse sido abandonada novamente, mas então a voz tornou a ecoar. — , consegue sair do banheiro e me dizer o que há do lado de fora?
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  — Aí está um problema, Doutor… — A moça estava com certo receio de dizer aquilo. — Eu não consigo tocar a maçaneta.
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  — Como assim?
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  — Eu meio que estou insólida no momento. — Suspirou baixando o olhar.
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  — Insólida? — A voz do Doutor parecia cada vez mais incrédula.
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  — Doutor, eu estou morta? — finalmente perguntou o que tanto temia saber a resposta. Mais um instante se passou em silêncio, e mais uma vez pensou ter sido deixada sozinha, mas – novamente – um som abafado se fez ouvir e ela soube que o Doutor ainda estava ali. Por mais que não tivesse a mínima ideia de onde “ali” era. — Doutor? — Chamou, esperando por sua resposta.
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  — Ah, , , ! — Exclamou a voz do Doutor com o tom animado de sempre. — Você não está morta!
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  — Puxa, é um alívio ouvir isso. — E como era! — Mas então… O que está havendo? Por que estou atravessando coisas como um fantasma? — Perguntou quase num resmungo.
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  — Porque tecnicamente você é um fantasma. — podia não estar vendo o Doutor, mas podia apostar que o homem tinha uma expressão excitada no rosto e um sorriso completamente animado.
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  — Mas você acabou de dizer que eu não estava morta! — Ela reclamou com toda aquela confusão.
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  — Sim, não está morta. — O Doutor começou a dizer. — Mas também não está viva.
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  — O quê? — A cada momento que se passava, entendia cada vez menos sua situação. E o Doutor.
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  — Você tocou no Livro das Lembranças do Professor Chronotis, não foi? — A voz sem corpo perguntou num tom animado, não acusador.
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  — Bem, sim, mas…
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  — O Livro das Lembranças, como pode presumir, guarda as lembranças de seus donos. — O Doutor começou a sua explicação. — E você, ao tocá-lo, acabou sendo transportada para um momento específico das memórias do Professor. Mas como você não faz parte da lembrança original, virou um fantasma, um eco do tempo! — Exclamou o homem num tom completamente entusiasmado. — Fascinante!
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  — Não, não é nada fascinante! — exclamou se sentindo uma boba gritando com o teto. Ela mal percebera que olhava para cima enquanto falava com o Doutor. — Como é que eu saio daqui? — Perguntou quase desesperada. Por mais que tivesse passado apenas alguns minutos naquela situação, não havia gostado nada de ser um fantasma.
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  Houve mais um instante de silêncio em que pareceu que o Doutor falava com alguém, mas sua voz estava abafada e distante, como se tivesse afastado o bocal do telefone, se aquilo fosse uma ligação telefônica, obviamente. Então a voz dele surgiu novamente.
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  — Bem, dentro de alguns instantes o Professor Chronotis abrirá a porta do banheiro para averiguar os barulhos que a égua está emitindo, aproveite a deixa e siga para a sala dele. Nos encontramos lá! — A voz instruiu e então desapareceu. 
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  Daquela vez não precisou se certificar, sabia que o Doutor não estava mais “na linha”. Então voltou-se na direção da porta do banheiro e esperou pelo momento descrito. Foram os trinta segundos mais longos de sua vida, ao menos era como aquilo lhe pareceu. Sentiu que vários minutos tinham se passado até a figura franzina e encurvada do Professor surgir escancarando a porta com certa força desnecessária que assustou a égua e a ela mesma.
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  — Oh, o que faz aqui, amiguinha? — O Professor murmurou erguendo a sobrancelha ao encarar o animal em seu banheiro.
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   encarou a cena singular a sua frente e decidiu sair logo dali quando Chronotis engatou um belo monólogo com a égua entediada que parecera satisfeita ao receber devida atenção.
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  Ela não sabia bem como aquilo acontecera, mas assim que atravessou a porta, se viu imediatamente transportada para um cenário completamente diferente. Estava na sala do professor. E ele já estava ali, falando e falando com três homens. Um magro e alto com cara confusa, um outro pouco mais baixo e rechonchudo usando um sobretudo, e o último também era magro, mas seu aspecto era cansado e até um pouco doentio.
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  — … E quando se chega a esta altura da vida nós nos esquecemos daquilo que esquecemos. E daquilo que deveríamos lembrar. E esquecemos do que lembramos que deveríamos lembrar. E então esquecemos do que estávamos falando… — O velho senhor murmurava e gesticulava para os três homens.
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   riu e constatou que o Professor Chronotis era confuso fazia um bom tempo. 
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  Ela não tivera muita paciência de ouvir tudo o que aquele pequeno grupo de homens tinha a debater, estava mais preocupada em saber onde estava o Doutor para buscá-la. Ele sempre se atrasava. Mas mesmo não prestando muita atenção, conseguiu pescar palavras como “fantasma”, “quatro bilhões de anos” e “nave exploratória”. Também não estava prestando muita atenção ao seu redor, então foi quase uma surpresa assustadora ao perceber uma figura distorcida e negra grudada nas costas do rapaz de aspecto doente.
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   reprimiu um gritinho agudo e surpreso ao ver aquela figura, mas o leve movimento que fizera com o corpo para tapar a boca foi o suficiente para atrair a atenção da criatura. Por mais que ela fosse apenas um borrão negro pintado no ar, sabia que a coisa a encarava. E sentia que não era de uma forma boa que ela lhe voltava o olhar.
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   engoliu em seco e estava prestes a deixar seu grito reprimido se libertar quando um zumbido conhecido começou a ecoar pelo grande ambiente da sala do Professor. E então a figura da cabine de polícia azul se materializou no meio do ambiente. Logo em seguida um Doutor muito ansioso botou a cabeça para fora da porta da cabine.
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  — ! — Exclamou o homem saindo por inteiro da cabine, estendendo os braços na direção da moça. Um Professor Chronotis “atual” surgiu logo atrás com o olhar curioso.
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  — Você pode me ver? — perguntou apenas para ter certeza do fato.
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  — Mas é claro! — O Doutor exclamou com seu tom animado usual. — Quando aterrissei com a TARDIS neste momento, fiz com que você se ressolidificasse. — Explicou simplesmente.
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  — E-e-e-e… — O homem magro e alto gaguejou encarando os três recém-chegados do local.
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  — Ah! — O Doutor voltou-se ao grupo de homens originais da lembrança, como se só naquele instante tivesse percebido suas presenças. — Olá, sou o Doutor! — Começou com a apresentação costumeira.
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  — E-e-e-e-esse negócio se materializou… Do nada! — O homem magro continuou o seu gaguejar, os olhos esbugalhados de surpresa encarando a cabine azul.
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  — Incrível! — O de sobretudo se pronunciou parecendo bastante interessado no fenômeno.
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  — Hum… — O Doutor murmurou vendo os três pares de olhos o encarando, cada um de uma forma diferente. — E esta é . — Apresentou a moça que sorriu timidamente ao seu lado e acenou com a mão.
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  — E ela não estava aqui a um segundo! — O homem magro voltou a se pronunciar sem dar muitos indícios de que estava prestando atenção às apresentações.
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  — Ora, meu caro. Nenhum de nós estava aqui a um segundo. — O Doutor deu de ombros caminhando na direção do grupo. — E então, o que temos aqui hoje? — Perguntou esfregando as mãos e gesticulando animadamente.
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  — Um fantasma de quatro bilhões de anos. — O Professor Chronotis do passado se pronunciou simplesmente. — Estávamos debatendo se deveríamos ajudá-lo. — Murmurou pensativo.
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  — Não! ouviu-se exclamar em tom aflito.
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  — Perdão? — O homem sentado e desanimado ergueu o olhar na direção da moça, que recuou alguns passos para trás do Doutor.
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  — N-nada. — Murmurou ela num gaguejo.
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  Em poucos minutos a sala voltava a ficar barulhenta com os homens em cena debatendo sobre o tal fantasma e se deveriam ou não o ajudar a voltar no tempo para concertar um erro que destruíra toda a sua raça. O homem do sobretudo, que se apresentara como Dirk, parecia interessado em ajudar a pobre alma, assim como o Professor do passado que encarava o corpo possuído de um tal de Michael com ar de pena. O único que parecia ter suas dúvidas sobre o assunto era o homem alto e magro, chamado Richard.
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  — Não duvido nada de que esse acidente tenha originado a raça humana… — Ele murmurou mais para si mesmo, mas estava perto o suficiente para ouvir.
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  E ela também pensava o mesmo. Ou quase isso. Ela sentia que o que aquele ser grudado às costas do tal Michael não tinha boas intenções, e teve certeza disso quando um calafrio percorreu sua espinha no momento em que Chronotis e Dirk decidiram ajudar o fantasma.
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  — NÃO! — Ela se viu exclamar novamente. — Ele quer… — Mas sua fala foi estranhamente interrompida.
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  Ela sentiu algo lhe apertar o pescoço, diminuindo o espaço que o ar que respirava tinha para passar pela traqueia. Ela não podia ver, mas tinha quase certeza de que era aquela criatura que a estrangulava para que ela não revelasse sua real intenção.
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   tentava se livrar das mãos – ou seja lá o que aquela coisa tivesse em seu lugar – invisíveis que a sufocavam, mas em vão.
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  — ?! — O Doutor exclamou aproximando-se da moça que começava a perder o equilíbrio. — , o que está havendo?! — Questionou confuso.
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  Tudo o que ela pôde fazer foi gesticular e apontar na direção de Michael, que permanecia sentado em seu lugar, apenas observando a cena, enquanto todos os outros haviam se mobilizado de forma preocupada tentando fazer algo para ajudar a moça que sufocava.
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  O Doutor sacou sua chave de fenda sônica e apontou na direção de Michael. O som que a chave fazia aparentemente era irritante demais para os sensíveis ouvidos da criatura – se é que ela tinha ouvidos.
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   sentiu o aperto em seu pescoço se atenuar, mas assim que conseguiu aspirar uma pequena quantidade de oxigênio, sentiu uma ardência pouco acima de seu estômago e percebeu que havia uma mancha de sangue começando a brotar no tecido claro de sua blusa.
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  — ! — O Doutor exclamou segurando a moça enquanto ela tombava lentamente em direção ao chão. — Ah, ! — O homem murmurou deitando-a no chão com cuidado e sacando sua chave de fenda sônica e apontando para o local do ferimento.
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  — O que houve? — Richard perguntou confuso e preocupado, também se aproximando da jovem e do Doutor.
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  — Veneno Lopov. — O Professor Chronotis se pronunciou antes do Doutor, que balançou a cabeça aflito enquanto segurava nos braços e a encarava sem saber o que fazer.
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  — O senhor não pode fazer nada? — Dirk se aproximou do pequeno grupo. O Professor apenas baixou o olhar tristemente e o homem do sobretudo balançou a cabeça solidariamente.
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  — O veneno Lopov não tem antídoto… — O Doutor deixou-se dizer fracamente, sem tirar os olhos de que respirava com dificuldade.
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  — Doutor… — Ela murmurou baixinho num fiapo de respiração.
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  — Shh… — Ele fez para silenciá-la. — Vamos dar um jeito nisso, . — Ele segurou sua mão com força e uma ideia descabida passava por sua mente.
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  Um brilho dourado começou a envolver o homem sentado no chão ao lado de uma moça que desfalecia lentamente. Ele estava concentrado no que estava prestes a fazer, mas então, uma mão enrugada e manchada pela idade tocou-lhe o ombro o interrompendo.
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  — Não faça isso, rapaz. — O Professor murmurou dirigindo um sorriso bondoso na direção do homem aflito.
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  — Eu preciso. — O Doutor disse já se voltando novamente na direção de que lutava para respirar e manter os olhos abertos, as duas coisas ao mesmo tempo, o que parecia ser uma tarefa difícil.
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  — Não precisa ser você a fazer isso. — Chronotis sorriu dando a volta no pequeno grupo de homens e parando do outro lado do corpo de .
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  — Mas Professor… — O Doutor ia protestar, mas o senhor balançou a cabeça interrompendo-o.
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  — Sinto que você ainda tem uma longa jornada pela frente com esta jovem… — O Professor murmurou pensativo. — E hoje é um belo dia para grandes feitos. — Finalizou agachando-se ao lado de que agora tinha os olhos fechados. — Hum… Peculiar. — Chronotis murmurou antes de começar a brilhar intensamente.
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  Todo o brilho do corpo do velho senhor se expandiu por alguns instantes, clareando toda a sala e ofuscando a visão de todos os presentes. O Doutor encarou as duas versões de seu velho amigo e permitiu-se fungar uma vez quando viu a versão futura do Professor desvanecer lentamente enquanto lhe dava um sorriso alegre e acenava um tchauzinho animado.
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  A luz que emanava do corpo do senhor foi diminuindo seu alcance a medida em que aparentemente o corpo de a absorvia lentamente, até a última faísca sumir. Após todo aquele processo se completar, o Professor tombou um pouco para o lado, a fraqueza o tomando pelo ato que acabara de realizar.
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   recobrou a consciência poucos instantes depois, levantando o tronco com rapidez e sentando-se confusa e desnorteada no chão.
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  — O que houve? — Perguntou olhando ao seu redor.
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  — Ah, ! — O Doutor exclamou surpreendendo-a com um forte abraço.
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  Pouco a pouco sua memória foi se restaurando e ela se lembrou dos acontecimentos de poucos minutos antes, e de como ela quase morrera. Estava prestes a abrir uma sessão de perguntas, quando o Professor se levantou com certa dificuldade alisando suas vestes.
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  — Meu velho amigo, o que faz aqui? — Perguntou voltando sua atenção ao Doutor, que também se levantou ajudando sua companheira a fazer o mesmo.
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  — Nós…
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  — Ora, bem, não importa! — O senhor interrompeu qualquer coisa que o jovem senhor do tempo queria dizer. — Mas receio que terei de pedir para voltar mais tarde, como pode ver, preciso resolver alguns assuntos. — Murmurou empurrando os dois visitantes do futuro em direção à cabine azul parada no meio de sua sala.
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  — Mas o senhor… — tentou dizer.
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  — Perdão, minha cara, nos conhecemos? — O senhor parou para perguntar quando ambos, Doutor e , já se encontravam do lado de dentro da cabine de polícia.
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  — Sou … 
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  — Hum… — O Professor murmurou encarando a moça da cabeça aos pés. — Muito peculiar. — Ele disse abrindo um sorriso num misto de admiração e preocupação. — Mas agora devem partir. — Anunciou após alguns segundos de pausa para análise. —Ah, e meu velho amigo… — Chronotis chamou pelo Doutor quando este já lhe dava as costas para fechar a porta da TARDIS. — A única coisa que realmente se machuca quando tentamos mudar o tempo somos nós mesmos. — Disse por fim.
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  O Doutor queria perguntar o que o amigo queria dizer com aquilo, mas não teve tempo, já que a porta de sua TARDIS se fechou repentinamente e recusava-se a abrir novamente.
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  O rapaz bufou frustrado, mas caminhou em direção ao painel de controle de sua máquina do tempo e ajustou-o para voltar à sua linha do tempo correta. Quando desembarcaram em Cambridge novamente, eles haviam aterrissado na mesma sala do Professor Chronotis que anteriormente, porém, o lugar não estava mais atarracado de livros, os sofás e todo o resto da mobília estavam cobertos por lençóis que já acumulavam uma certa camada de poeira.
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  — Doutor… — não precisou terminar a frase para o homem ao seu lado saber o que ela queria perguntar.
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  — Quando o Professor fez a transferência de energia de sua última regeneração, ele perdeu a chance de uma última vida. — O Doutor murmurou tristemente enquanto encarava a sala ao seu redor.
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  — Quer dizer que eu…
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  — Não pense desta forma, . — O rapaz a interrompeu, sabendo que ela começaria a se culpar pela não mais existência do Professor Urban Chronotis no tempo atual.
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  Ela não disse mais nada, mas chorou. Chorou pela grande perda do bondoso e simpático velhinho. Chorou por ela e por ele. Chorou pelo Doutor. Ela podia enxergar em seus olhos o quão doloroso havia sido aquela perda. O último Senhor do Tempo vivo agora era mesmo o último. não podia imaginar a agonia que o Doutor sentia, mas sabia que ele sofria. E também sabia que ele nunca se permitiria demonstrar o sofrimento. Não, afinal, ele era o Doutor.
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  Tudo o que conseguiu pensar em fazer naquele instante, foi abraçar fortemente o homem ao seu lado. Aquele companheiro de longa data. E pela primeira vez ela vira aquele ar brincalhão e infantil se dissipar e dar lugar ao pesado fardo de viver centenas de anos e suas consequências. Pela primeira vez o Doutor deixava transparecer a idade que realmente tinha.
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Fim

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