Esta história pertence ao Projeto Leitor Criativo

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Doada por Bella

// A Ideia

Ela é uma Agente da SHIELD, uma agente nível 6 (mesmo nível dos vingadores). Ela consegue usar 100% do cérebro, por causas desconhecidas (humanos normais não usam 100% cérebro) e por isso ela desenvolve certas características como:facilidade em aprender as coisas, QI elevado, falta de concentração, personalidade forte, superpoderes como telecinese, além de uma necessidade de estar sempre em movimento. Ela fica com o Capitão America (Steve Rogers) no final. Ela sofre de dores de cabeça crônicas depois de usar muito seus poderes, que só passam com um tipo especifico de pílulas.


// Sugestões

Ela pode ser filha do Homem de Ferro.
A mãe forjou a morte a própria morte quando a menina tinha 8 anos, para que a ela pudesse sumir do mapa e mais tarde virar a vilã da história.
A relação dela com o pai não é boa por que ela é muito parecida com a mãe.
Pode fazer parte dos Vingadores ou não.

// Notas
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Natashia Kitamura
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// Leitor Doador
Nome: Bella

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Telekinesis

Introdução

  - Tony, ela está fazendo novamente. – Emily, com seus cabelos longos e loiros, dizia encarando a pequena garota de um ano e dois meses sentada à sua frente. A menina, como diz a regra da primeira filha puxar o pai, era escrita a Tony Stark. Com apenas os olhos claros vindo de herança da mãe, Tony via sua única filha se remexer em risadas enquanto tinha sua atenção à torradeira, há pouco depositada na bancada de mármore da cozinha. Entretanto, o objeto de aço rapidamente levitou assim que se tornou alvo dos olhos azuis de , a pequena garota que acalmou os nervos antes hiperativos de Tony. Mesmo continuando sendo uma pessoa negligente, o dono das empresas Stark já não era tão rebelde; ao menos em seu próprio ponto de vista. Rhodes, seu melhor e provavelmente único amigo, disse não conseguir ver tanta mudança no comportamento de Stark, mas claramente o empresário desempenhou melhor do que imaginava o papel de pai.
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  Desde quando (Little ), como Tony gosta de chamar nasceu, o milionário passou a se dedicar ainda mais aos deveres de casa, principalmente em mantê-la intacta e sem reformas por mais de dois meses seguidos. Quando fez cinco meses e seus olhos eram tão grandes quanto os da mãe, o lustre de cristal da sala de jantar caiu à mesa, fazendo-a rir ao invés de chorar como qualquer bebê normal.
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  Observando o comportamento da criança e os movimentos dos objetos sempre quando estava presente, Tony e Emily descobriram o poder de Telecinésia que possuía; um poder diferente para alguém que era a filha de pessoas comuns, não que vieram de outro mundo, como Thor; ou foi parte de testes, como Steve.
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  Ao contrário de qualquer mãe, Emily não aprovava este tipo de poder, começando a criar um tipo de repulsão pela neném que movimentava objetos cada vez maiores, de acordo com que ia crescendo.
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  - Ela é só uma criança, Em, não irá matar ninguém. – Tony riu assim que viu o belo rosto da esposa corar com o nervosismo. – Nós só temos que procurar alguém que não a ache um mutante; alguém como o professor Xavier. – soltou mais uma gargalhada com a piada malfeita e terminou sem graça ao ver que a mulher, diferente das vezes anteriores, não rira.
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  - Eu não estou brincando, Tony. Nossa filha pode ser considerada um perigo para a nação. Você já imaginou milhares de homens usando as armas que você vende para render sua própria filha? Isso não tem nenhuma graça. – Emily, já de pé com as mãos na cintura, aumentava o tom de voz para o marido, que coçou atrás da orelha.
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  Tony não queria dizer que ela estava sendo um pouco “mãe” demais para . Ele era o Homem de Ferro, se a filha fosse uma ameaça, ele saberia ou no mínimo receberia um alerta da S.H.I.E.L.D. informando sobre a neném. Vendo a mulher se enervar tanto, não teve coragem de dizer tais palavras, principalmente porque também se preocupava com o poder de . Achava ser um dom. Emily achava que a tornaria uma aberração.
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  Os meses que se seguiram foram ainda piores. Depois de entender que Tony não procuraria uma escola para crianças especiais para , que a cada vez mais levitava objetos mais pesados, Emily passou a evitar a filha. Não comia na mesma mesa que ela e não saía da cama ao ouvi-la chorar durante a noite. Tony tentava conversar com ela sobre a filha e nunca recebia uma resposta; era como se Emily quisesse fingir que a filha nunca nascera. Durante o tempo, Tony não se preocupava tanto, achava que era uma birra da esposa; entretanto, depois de mais de seis meses fugindo da filha, ele imaginou que as coisas não poderiam se manter assim, principalmente quando uma criança precisa claramente do carinho, amor e cuidado de uma mãe. ainda era um bebê, mas ao crescer, poderia se tornar uma rebelde por não ter a atenção de Emily.
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  Foi quando completou seus dois anos que o primeiro perigo veio a acontecer. Estando em uma escola indicada pelo agente chefe da S.H.I.E.L.D., o diretor do colégio para crianças especiais – um colégio escondido do mundo, mas reconhecido pelo governo -, informou Tony que era possível que, pela criança estar começando a ter seus poderes testados pela escola para saberem o nível da força, poderia realizar testes em casa, já que não entende muito bem a diferença entre o ambiente escolar e o ambiente de casa. O pai de família não se importou e sua esposa, muito menos. Assim que ele colocou na escola que ocupava ¾ do dia da criança de dois anos, Emily passou parecer mais alegre com Tony. Tratava-o melhor e conversava mais. Ao contrário do que esperava, não viu um marido mais feliz com seu comportamento anterior voltando:
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  - O que é para você? – Tony perguntou durante o almoço que Emily o chamou para ter com ele em um dos dias da semana que a criança não estava junto ao pai. Ao ouvir o nome da filha ser mencionado, Emily, com seus olhos incrivelmente azuis e os cabelos louros presos em um rabo baixo logo atrás da nuca olhou com seriedade para o esposo. Ao ver a expressão da mulher, Tony não pode deixar se levar pelo arrependimento de vê-la séria depois de tanto tempo aguardando ver seu sorriso. – Nós somos uma família.
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  - Achei que você soubesse há tempos que eu não considero aquela criança parte da minha família. – a voz, fria, que saiu por entre os lábios de Emily surpreenderam Tony.
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  - Ela veio de você, Em.
  - Um erro. Se eu soubesse que seria essa aberração, eu… – fechou os olhos, nervosa. – Não quero falar sobre ela. Não quero que nunca mais mencione essa criança em minha frente.
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  - Você é a mãe dela. Ela precisa de você, Emily. – Tony, ainda tentando convencê-la, depositou sua mão em cima da dela, que segurava o talher. Afim de se desvencilhar do toque do marido, soltou o garfo e colocou a mão no colo.
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  - Esse tipo de ser não precisa de amor materno. Eles podem ser extremamente perigosos… Tony, você não entende? Ela é um perigo! Pode nos matar.
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  - Está na escola para não cometer este tipo de erro!
  - O que você sabe sobre isso? – a mulher disse. – Você saiu da escola e mesmo assim destruiu diversas cidades com todas essas missões que tem por causa da agência estúpida que participa! – Emily empurrou o prato para frente, indicando que não comeria mais. Seus olhos se mantinham fincados em Tony, que não conseguia entender a razão dela estar tão nervosa; a razão dela odiar tanto a filha. – Durante todos estes anos eu dei o meu melhor para aceitar sua profissão extra de “super-herói”; isso era algo que fazia antes de nos conhecermos, não poderia simplesmente pedir para parar. Achei que fora isso, você seria meu, mas desde que essa criança nasceu, você só tem olhos para ela, preocupação com ela. Você não se preocupa na minha segurança; fica somente encantado com os poderes bizarros que essa criança tem! – e, com uma única movimentação, a mulher se levantou e se retirou da mesa, deixando o marido pensativo para trás.
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  No final de semana que se aproximou rapidamente, Tony precisava sair em missão com a S.H.I.E.L.D. e precisava deixar a filha com a esposa; entretanto, como sempre, a mulher não poderia aceitar facilmente em cuidar da criança que tanto odiava. Tony pediu durante o dia inteiro, mas de nada adiantara. Ao invés de concordar em ceder algumas poucas horas do dia para cuidar de , Emily pegou o telefone de uma babá indicada pela escola que passava a semana inteira e pediu para que ela passasse a noite na mansão Stark para ficar de olho na criança. Mesmo contra sua vontade, Tony deixou a mansão em seu traje de Homem de Ferro, pensando se seria bom deixar e Emily sozinhas em casa.
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  Mesmo com várias missões acontecendo depois do nascimento de , Tony tinha a ajuda de Rhodes para cuidar da neném enquanto estava fora; contudo, neste final de semana em especial, o amigo estava fora do país em missão pelos Estados Unidos. Não havia outra escolha senão aceitar uma estranha em casa cuidando da filha.
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  Duas horas depois de sair de casa, Tony recebe o telefonema que mudou sua vida de direção. Tenente Walter, que cuidava da segurança da cidade ligava para o Homem de Ferro afim de avisá-lo sobre um acidente que houve em sua mansão. Aparentemente, a criança perdeu o controle e destruiu parte da casa. A parte que Emily estava.
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  Saber sobre a morte da esposa foi um choque; mas não tão grande quanto descobrir que a causa da perda foi a filha. Emily passou os dois últimos anos avisando sobre o perigo de e Tony nunca sequer a ouviu. Agora ela estava morta e a filha não tinha a menor ideia de que havia matado a própria mãe. Olhar para a criança como uma assassina e enterrar a mulher foi o seu maior pesadelo. Emily era o amor de sua vida, a única pessoa que o fazia querer se apaixonar novamente pela mesma pessoa. Mesmo sendo sua filha, ele não conseguia encará-la mais; assim, enviou-a para a Asgard, terra de Thor, onde a S.H.I.E.L.D. seguramente garantiu que ela receberia a educação apropriada para crianças com poderes especiais.
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Capítulo 1

  - Pai! Pai! – corria em direção ao rei, que virou-se enquanto observava a vista de seu belo reino. Sorriu ao ver que era sua pupila favorita.
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  , como combinado entre Thor, Tony e a S.H.I.E.L.D. foi levada para Asgard para, principalmente, aprender a dominar seus poderes e usá-las para o bem. A criança foi recebida pelo rei Odin, que por entender a situação e a pedido de seu filho mais novo, aceitou cuidá-la como sua filha. Entretanto, em momento algum a garota foi informada sobre sua verdadeira identidade e seu verdadeiro pai. Agora estava para completar os seus 18 anos e, como prometido pelo rei, poderia acompanhar o irmão mais velho para o mundo dos humanos.
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  Thor sempre manteve Tony a par do crescimento da menina. Junto com Jane, cuidava de para que a menina não se sentisse solitária; a namorada o ajudava a entender melhor as questões femininas, já que nem ele e nem o pai viúvo conseguiam pensar em maneiras interessantes de conversar sobre determinados assuntos que somente Jane conseguiu. Thor perguntava a Tony quando ele iria querer ver a menina; Jane tirava fotos dela em seu celular que tinha apenas essa função no mundo de Asgard e mostrava ao verdadeiro pai, que se sentia ainda mais triste por ver na garota, sua falecida esposa.
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  - Correr nem sempre é a solução, pequena. – o rei, sábio, sorria ao ver a garota com as madeixas de ouro se aproximar de si, dando-lhe um forte abraço.
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  - Paizinho… – o velho riu assim que ouviu o tom de voz que sempre usava quando queria lhe pedir algo que sabia que não deixaria. – Hoje estou completando meus 18 anos… – começou a falar.
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  - E como uma asgardiana maior de idade, poderá iniciar o trabalho duro para ajudar nosso reino a se manter forte como ele é.
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  - Eu seeei… – a garota revirou os olhos, afrouxando o abraço. – Mas não é sobre isso que eu gostaria de lembrar.
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  - E o que seria mais importante do que colaborar com seu próprio reino? – Odin se afastou da garota com uma de suas sobrancelhas levantada, parecendo mais sério ao fingir estar bravo por ver sua criança se interessar por algo que não fosse as culturas de Asgard.
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  - … Não que isso seja mais importante que Asgard! – a garota levantou as mãos, tentando amenizar sua situação. – Mas o senhor me prometeu que ao completar 18 anos, eu poderia começar a ir para o mundo humano como o meu irmão! Até hoje tenho apenas visto aquele mundo através das fotos trazidas por Jane… Lá é fantástico!
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  - Nenhum lugar é melhor do que seu verdadeiro lar. – o homem disse para a garota, que corou as bochechas.
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  - Isso eu sei… – ao ver que o rei continuava relutante em permitir sua saída do reino. Sabia que o mundo dos humanos era diferente de Asgard; toda vez que Thor voltava de lá, insistia em dizer que era somente perigo e que ela somente poderia ir depois de saber combater um mínimo de rivais, além de estar em sua companhia. Via Jane e sua fragilidade, sabia que não era igual a ela; no entanto, às vezes também sentia que não pertencia à Asgard. De todo o reino, seu poder de telecinese não era comum exceto por seu outro irmão mais velho, Loki, que não nasceu em Asgard, mas sim foi adotado por Odin e sua esposa falecida.
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  Odin, ao ver a criança baixar a cabeça em desânimo, suspirou por estar se sentindo velho demais para lidar com emoções que o deixava indefeso. Por seus filhos já serem adultos, achava que o problema com as emoções haviam o deixado, entretanto, começar a cuidar da pequena fez com que percebesse que, na verdade, ele estava mesmo ficando velho demais.
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  - Converse com seu irmão Thor quando acordar, ele deverá ir com você; mas lembre-se de que não poderá ficar muito mais do que alguns dias. – o rei rapidamente disse ao ver os olhos muito azuis da filha se arregalarem e iluminar o reino inteiro com o brilho de animação. – Me avise quando estiver partindo.
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  - Sim! Sim, claro, irei avisar! – sorriu, abraçando fortemente o que achava ser seu verdadeiro pai. – Eu vou falar com Thor! – se afastou de Odin, que tentou gritar para ela aguardar ele acordar, mas era claro que a menina não o ouviria. Não depois de sua permissão ter sido concebida.
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  - Com licença… – a voz fraca de surgiu à porta do quarto do sucessor ao rei. Todos sabiam que Thor estava adiando o máximo que podia sua herança ao trono e que ia ao mundo humano para ajudar a manter o planeta Terra em paz; entretanto, quando estava na cama, dormindo feito uma criança, não o achava tão medonho quanto as amigas da escola diziam. Jane não estava presente; logo que Thor chegou, há uma semana, para verificar como andava o reino e seu pai, disse que a pesquisadora não pode acompanhá-lo por participar de algo que os humanos chamavam de Congresso. Isso fazia com que Thor se tornasse mais relaxado em seus momentos de folga, já que não precisava impressionar ninguém. – Thor? – chamou o irmão, que, como sempre, dormia somente com sua roupa de baixo. Ganhou de Jane quando a mesma disse que era falta de educação dormir nu.
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  Ao ver que o irmão não acordava, esticou o braço em direção ao pesado pilar com uma bacia em seu topo. Thor usava a água límpida fornecida para enxaguar o rosto quando acordasse. Poucos eram os que conseguiam levantar o material, mas para , não passava de um peso pena. Silenciosamente, levitou o pilar em direção à cama de Thor e, quando chegou logo acima do guerreiro, virou afim de deixar toda a água cair em cima dele, rapidamente levando o pilar de volta para seu lugar.
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  - Quem ousa me acordar? – Thor, com sua voz grossa e alta, se levantou da cama em um pulo com o martelo em mãos; odiava ser acordado, quanto mais por água sendo jogada em seu rosto. Olhou para os lados e não viu ninguém senão a irmã mais nova escondida atrás da porta, somente com a parte acima do nariz aparecendo. Abriu um pequeno sorriso travesso que não foi percebido pela garota, ainda temendo brigar com ela. – Parece que a maioridade deixou alguém muito corajosa. – passou as mãos pelos cabelos encharcados e pegou uma toalha para enxugar a parte molhada do forte corpo. Em seguida, girou o martelo em sua mão: – Crianças rebeldes devem sempre ser punidas. – jogou o martelo na direção da irmã, que deu grito e esticou a mão, fazendo o pesado martelo parar logo à sua frente.
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  - VOCÊ QUERIA ME MATAR? – ela gritou ao ver Thor cair em risadas com o susto dado. – Você queria me matar de verdade! Eu só derrubei água em você e em troca quase tive minha cabeça explodida pelo seu martelo!
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  - Eu estava te testando, criança. – Thor disse, abrindo a porta e levantando a mão, para logo ter a martela em sua mão. Em partes, estava surpreso por ver alguém, pela primeira vez, parar o martelo; mas Loki já havia dito que a garota era muito mais poderosa do que qualquer coisa já vista e seu pai estava bastante preocupado em mandá-la para o mundo dos humanos. – Além do mais, você mereceu o susto; cheguei em Asgard há uma semana e não vi a cor do seu cabelo desde então. O que você anda fazendo com seus amigos, para ser mais importante que recepcionar seu irmão favorito? – Thor prendeu a irmã pelo pescoço, que ficou se rebatendo, até levitar novamente o pilar que acordou Thor e enviá-lo em sua direção. – Hey, hey! Quem está tentando matar quem aqui?
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  - Irmão Loki disse que sempre temos que devolver as brincadeiras na mesma moeda. – disse, entre engasgos, o irmão olhar para o pilar fundido na parede com a boca aberta.
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  - Você precisa aprender a ouvir as pessoas certas. – Thor comentou, ao pensar que de agora em diante teria que deixar Loki ocupado o suficiente para não ter tempo de dar “aulas” à irmã mais nova. O adotado não era contra cuidar da criança Stark, entretanto, não concordava em manter em segredo a verdadeira identidade. um dia poderia se deparar com ela e não aceitar bem, assim como aconteceu com a si próprio. No início, Loki não se importava com a criança correndo pelo castelo; aos poucos, foi se apegando à até decidir que ajudar a criá-la era o melhor, principalmente para passar o tempo e se sentir melhor com a culpa por ter tentado destruir o reino que o aceitou como parte dele.
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  - Eu vi aqui…
  - Sei por que veio. Você só me procura quando quer tratar sobre sua ida ao mundo humano. – Thor lhe deu as costas, fingindo estar magoado e tomou um susto ao sentir seus pés fora do chão sem querer estar. Foi colocado por em sua frente e recebeu um forte abraço surpresa. – Você está mesmo inspirada hoje.
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  - Papai disse para não te atrapalhar, por isso evito ficar muito ao seu redor. E Loki disse que você não gosta de ser seguido quando chega a Asgard. Mas isso não quer dizer que eu não goste de você. – a garota, sem se importar em abraçar o irmão seminu, disse com os olhos fechados. – Posso ser sincera? – ela levantou o rosto, vendo Thor assentir: – Você é meu irmão favorito.
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  - É bom mesmo que eu seja. – mesmo sabendo que não era sua irmã de sangue, ter ouvido a confissão da mais nova o deixou extremamente feliz. Sentia-se mal em vê-la ser iludida por todos com a mentira de que era uma asgardiana. Foram incontáveis as vezes que tentou convencer Tony a receber sua filha de volta, mas ele não parecia querer saber de nada senão suas próprias invenções. Sabia que ele estava magoado; aceitou cuidar de justamente porque se colocou no lugar do colega de time, mas todos já haviam ido longe demais. Temia por todos se descobrisse toda a verdade; em Asgard, ela aprendeu o preço da mentira e o tamanho do pecado cometido ao contá-la. Se soubesse que sua vida inteira fora uma farsa… Não saberia lidar com ela. Viu a irmã falar sem parar sobre o que gostaria de fazer e os lugares que Jane havia lhe dito ser divertido ir quando fosse visitá-la, mas não ouvia sequer uma palavra. Ao invés disso, imaginava sua expressão ao saber que não era de Asgard, que ele e Loki não eram seus irmãos e que havia matado sua mãe quando ainda bebê.
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  - Thor. Você está me ouvindo? – ela perguntou, vendo-o piscar, como se estivesse acordando de um transe. – Você não ouviu nada! – bateu o pé no chão, nervosa.
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  - Vamos fazer assim. – o irmão ajoelhou à sua frente, ficando apenas meia palma mais baixo que ela. – Você arruma sua mala e partiremos ao anoitecer. Quando chegarmos lá, encontraremos com Jane e você poderá combinar com ela os lugares que gostaria de conhece. Ela é a melhor pessoa para ajudá-la a conhecer o mundo humano. Você apenas deve me prometer que irá obedecer tudo o que ela disser e que não fará qualquer coisa que possa assustar os humanos. E com isso eu quero dizer…
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  - Eu sei, meus poderes. Humanos não têm poderes e suas vidas são frágeis em nossas mãos, blábláblá. Eu sei, Thor. Papai disse que eu não poderia ir a Terra se não tirasse A+ nas provas de Conhecimento, lembra?
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  - Claro que lembro. – o irmão mais velho riu, dando dois tapinhas na cabeça da irmã. – Nos vemos no portal pouco antes do crepúsculo. – ele anunciou, se afastando da irmã para tomar seu banho. – E devolva o pilar de volta ao lugar. – apontou para o móvel ainda fincado à parede.
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  - Sete dias. – o rei anunciou, com Loki e alguns guardas logo atrás de si. – Se fizer algo que atrapalhe a vida na Terra, terá de retornar imediatamente para Asgard.
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  - Tudo bem, tudo bem. Não farei nada de errado, eu prometo! – disse, mal conseguindo se conter de ansiedade. Olhou para o guardião que apenas aguardava as ordens para transportar os dois filhos mais novos de Odin para o planeta Terra.
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  - Vejam só, tão animada para verem aqueles reles que se esquece de se despedir do irmão. – Loki anunciou ao ver se dirigir ao guardião. Os três homens que tinham suas atenções na garota viram-na fechar os olhos, arrependida por ter se esquecido de se despedir do irmão. – Essa é uma ótima maneira de sabermos quem nos ama ou não. – brincou, fazendo Odin abrir um sorriso com Thor, divertindo-se ao ver a garota levar a sério o drama de Loki.
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  - Me perdoe, irmão, eu fui insensata. – se aproximou com cautela do irmão mais velho. – Aceita meu abraço agora? – seus dedos se embrulhavam em nós de acordo com o nervosismo que sentia. Loki esperou mais um pouco até abrir os braços e receber a garotinha maior de idade entre eles, em um forte abraço.
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  - Tome cuidado. Se algum humano te provocar ou aborrecer, leve-o até um beco e…
  - Loki! – Odin e Thor disseram juntos, vendo o que abraçava a garota sorrrir e soltá-la.
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  - Nos vemos em sete dias. Tente não se apegar muito àquele planetinha.
   correu até Thor e lhe deu a mão, acenando para os que deixava em Asgard antes de ser teletransportada até um beco escuro.
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  - Achei que chegaríamos de dia. – sussurrou, vendo o irmão retirar a capa. – O que está fazendo? – perguntou, incrédula. Fora de seu quarto, nunca havia visto Thor sem seus trajes.
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  - Estamos na Terra, temos que nos adaptar a ele enquanto estamos aqui. Nossas vestes não são normais para os humanos, os assustam.
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  - Eles são bem frágeis mesmo, para se assustarem com um simples traje. – a garota murmurou, vendo o irmão passar algumas roupas para ela. – O que é isso?
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  - Vestes femininas, são de Jane. Como ela é minúscula, caberá em você perfeitamente, outra minúscula. – deu dois tapinhas no topo da cabeça da garota.
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  - Não posso me trocar aqui! Estamos fora de um lugar seguro! – a garota reclamou, vendo o irmão revirar os olhos. – Você é homem, você pode! Jane me disse que aqui na Terra, os homens andam somente com o traje debaixo como se fosse normal!
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  - Não temos outra opção. Irei virar de costas e você poderá se trocar. Ficarei de sentinela, ande. Quanto mais rápido, mais irá aproveitar a Terra.
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  Aquilo pareceu despertar . Tão rápido quanto foram transportados de Asgard para a Terra, a garota colocou as roupas da maneira que se lembrava que Jane usava. Thor riu ao vê-la brigar com um fino casaco que fazia parte do conjunto do vestido com a sandália de dedo usado por Jane. Em um passe de mágica, os trajes asgardianos sumiram e o irmão mais velho agachou à frente da irmã, afim de lhe dar um último aviso.
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  - Agora me escute bem. Há vários hábitos que os humanos têm que não estão de acordo com nossa educação. Mesmo que seja errado, tente não fazer nenhum escândalo. Estou lhe dizendo, porque são extremamente mal educados. – rapidamente explicou ao ver a irmã abrir a boca, revoltada. – Há muitas coisas que não é ensinado em Asgard, por isso, tente agir normalmente. Você se prepara há anos por este momento, sei que não irá me decepcionar. – deu dois tapinhas no topo da cabeça de e se levantou. – Agora venha, vamos encontrar com Jane e depois comer alguma coisa.
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  - Esse-lugar-é-demais! – exclamava dentro do restaurante que havia entrado para comer com Thor, Jane e sua equipe. Eles encaravam-na ficar boquiaberta, assim como o irmão mais velho quando viera pela primeira vez à Terra.
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  - Eu não era retardado assim. – Thor apontou para a irmã mais nova, que olhava para todos os lados, vidrada em cada detalhe.
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  - Tem razão. – Darcy, a amiga de trabalho de Jane dizia enquanto tomava sua cerveja. – Você era pior. Pelo menos ela não quebra copos achando que irá conseguir mais bebida. – olhou para a garota, que era abordada por um garoto mais ou menos de sua idade, fazendo Thor se levantar bruscamente e ser logo colocado para sentar por Jane.
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  - Sem ataques, deixe ela se virar… – a namorada disse, vendo-o começar a ficar vermelho com o nervosismo. Não estavam na Terra não fazia nem três horas e ela já estava sendo paquerada por um humano.
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  - Oi. – olhou para o lado, maravilhada por um humano falar com ela por livre e espontânea vontade. Abriu um imenso sorriso, que o fez rir sem graça.
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  - Olá. – respondeu o que seu mentor havia lhe ensinado durante as aulas de Conhecimento. Moveu a mão em um aceno lento, o que o fez rir.
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  - Meu nome é Adam.
  - Eu sou .
  - Nome legal. – ele disse, com as mãos para trás.
  - Obrigada. Meu pai disse que significa supremacia. – a garota falava devagar, com medo de agir como uma estranha à frente do tal Adam.
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  - Uau. Isso é mesmo demais. – ele dizia. – Você é daqui?
  - Da… Qui? – olhou com urgência para os lados, em busca de Jane, para ajudá-la a decifrar a pergunta do humano.
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  - Sim, daqui de Novo México. – Adam riu ao vê-la não entender sua simples pergunta.
  - Ah! Ahhh! Isso! – riu, achando-se tola por ter se desesperado. Adam a encarou, confuso, fazendo-a ver que havia feito algo anormal, limpando sua garganta para respondê-lo. – Não, não sou daqui.
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  - Seu sotaque é mesmo diferente. Você é da onde?
  - Mais uma pergunta sobre a vida dela e você poderá perder um dedo. – a voz de Thor apareceu logo atrás de . – Olá, sou o irmão mais velho dela e não gosto de garotos perguntando à minha irmãzinha onde ela mora.
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  - A-ah… M-me desculpe. – Adam estremeceu ao ver o brutamontes atrás da garota. Sem ao menos dizer uma quarta palavra, saiu correndo de dentro do restaurante, se unindo a um grupo de garotos que riam do medo estampado na cara dele.
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  - Irmão! – olhou para trás, brava. – Nós estávamos conversando! Eu estava me dando bem sozinha!
  - É mesmo? – Thor deu um toque nas costas da irmã, fazendo-a voltar para a mesa onde todos encaravam a dupla discutir. – E de onde você diria que seria?
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  - Nova Iorque. Jane disse que as garotas mais bonitas são de lá. – colocou as mãos na cintura, parecendo sábia e Thor olhou para a namorada, que encolheu os ombros murmurando que somente havia respondido uma pergunta da cunhada. – Pare de achar que não consigo me adaptar! – a irmã mais nova gritou para o irmão e saiu correndo para fora do restaurante.
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  - Eu vou. – Jane se levantou, assim que viu Thor fazer menção de segui-la. – Acho que uma garota entenderá melhor ela agora. – disse, passando pelo namorado, que retornou a seu assento à mesa. Darcy olhou para ele e disse:
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  - Você está fazendo o papel perfeito de irmão mais velho. Mala, insensível e irritante. – contou as características nos dedos. – Você não tem que fazer uma visita aos seus amiguinhos super heróis? Jane saberá cuidar da menina até você voltar. Além do mais, planejei uma festa do pijama como boas-vindas e você não está convidado. Nenhum de vocês, somente as garotas.
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  - Eu não gosto da ideia de você dar uma festa para . – Thor disse, vendo-a se levantar e deixar uma nota de cinquenta na mesa. Darcy soltou um riso, enquanto apoiava a alça da bolsa no ombro:
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  - Você deveria estar é feliz por eu ter optado pela festa do pijama. A ideia inicial era levá-la a uma balada. – soltou uma gargalhada ao ver a expressão séria de Thor.
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  Ainda eram oito da noite quando Thor pousou à frente da mansão Stark. Não havia reunião durante o tempo que estava na Terra com , por isso, teria que se deslocar de um lado dos Estados Unidos para o outro para encontrá-lo.
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  As luzes estavam acesas e lembrou que antes de entrar em território alheio particular, deve tocar o sino ou dar leves socos na porta. Como não achou nenhum sino para tocar, resolveu socar a porta, um erro, pois ela levemente se inclinou para trás com sua força mal calculada.
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  - Ah, achei que era o Robert. – Virginia “Pepper”, a assistente namorada de Tony atendeu com uma frigideira em mãos. – A batida pareceu leve demais para alguém verde e descontrolado. – deu uma risada sem graça ao ver que Thor provavelmente não tinha gostado em ser comparado com Hulk.
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  - Você pretendia se proteger do Hulk com uma frigideira? – Thor apontou para o objeto nas mãos de Pepper, que riu ainda mais sem graça e colocou o cabelo atrás da orelha.
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  - Você falando assim me faz parecer uma tola. – limpou a garganta. – Tony está no escritório dele. Você pode descer essas escadas enquanto eu… Hum, dou um jeito nessa porta. – ela olha para a porta entortada e abana para Thor seguir em frente. Cauteloso e observador, olhou para todos os lugares; Tony não era a pessoa mais sensata do mundo e tem fama de explodir coisas em sua casa, por isso, não podia relaxar apenas porque ele era um super herói.
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  Conforme orientado por Pepper, desceu as escadas que dava para um enorme salão repleto de parafernalhas que Thor nunca havia visto na vida. Tentou gritar pelo nome de Tony, mas ele estava com o som alto. Não sabia como conseguia ouvir aquela gritaria toda e ainda se concentrar em trabalhar. Tentou empurrar a porta para entrar, mas a trava de segurança estava acionada. Olhou para cima e achou que seria melhor não chamar Pepper para ajudá-lo, assim. Tudo o que fez foi esticar o braço para frente e ver a porta de vidro se estilhaçar com seu soco.
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  - Ah, ótimo, eu acabei de trocar essa porta. Literalmente, foi hoje de manhã. – Tony disse, desligando o som e vendo os cacos de vidro miúdos no chão. – E eles ainda me disseram que era o mais resistente. – resmungou.
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  - Stark, vim aqui para conversar.
  - Bem, belo modo de mostrar sua pacificidade. – apontou para a porta quebrada. – Está tudo bem, Pepper, foi só Thor testando minha nova porta. Acho justo pedir a devolução para a empresa, eles nos enganaram. – Tony disse olhando para a namorada, que se encontrava boquiaberta parada na escada, olhando para Thor e os cacos no chão. – Teremos uma reunião de heróis aqui, se não se importa. Prometo terminarmos antes do jantar. – o dono da mansão anunciou, fazendo com que a secretária dissesse algo que não lhe chegou aos ouvidos e saísse do subsolo da casa. Ao ver a expressão séria de Thor, Tony iniciou o diálogo. – Se você veio aqui para falar do aniversário de 18 anos que eu perdi de , talvez você devesse ter chegado mais cedo; o aniversário dela foi ontem.
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  - Ela está aqui. – a voz grave de Thor ecoou pela sala, fazendo Tony parar o que estava fazendo, mas continuar de costas para o colega. – O pedido de 18 anos dela foi visitar a Terra. Não pudemos segurá-la por mais que isso. Tony, você deve encontrá-la e…
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  - Não. – o homem carismático e irônico sumiu, dando um lugar ao Stark de 16 anos atrás. – Se eu dei ela a você, foi por uma razão. – Tony virou seu corpo, fazendo com que Thor estranhasse o comportamento frio. Durante todos os anos que manteve contato com ele para falar sobre , o homem se demonstrava amargurado, mas preocupado com a filha que deixou de lado; contudo, agora ele parecia alguém que não queria vê-la. – Que não a trouxesse para este planeta.
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  - Ela tem o direito de saber…
  - Ela não tem direito a nada! – Tony gritou, calando Thor. – Ela matou a mãe; deveria estar presa! Mas não está! Fui piedoso e a deixei viver uma boa vida com você no seu mundo.
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  As palavras eram duras, mas Thor já havia visto pior, graças a seu irmão mais novo. Sabia a dor que Tony estava sentindo, mas também sabia da vida infeliz que terá se descobrir a verdade por uma outra pessoa.
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  - Na minha opinião, ela se parece mais com você do que com Emily. – antes mesmo de pensar em olhar para o lado, viu uma máquina gigante ser jogada em sua direção.
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  - Não toque no nome dela! – Tony gritou, sendo atingido logo em seguida por um soco que o fez voar até o lado oposto de sua imensa sala. O nocaute foi o suficiente para fazê-lo acionar seu traje, de modo a iniciar uma briga de socos entre os dois. Caíram pela janela, mas voaram até acima das nuvens. Por estar de noite, não seria risco de alvo da vista dos humanos, que não passavam muito tempo olhando para o céu.
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  - Tony, você tem que aceitá-la em sua vida! – Thor dizia, recebendo um choque que não passou de apenas cócegas em seu corpo. – Ela precisa de você!
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  - Ela está bem no seu mundo, pare de jogá-la para mim!
  - Eu não estou jogando, estou lhe informando qual é a sua responsabilidade como pai biológico dela! – Thor prendeu os braços robóticos, de modo a fazê-lo ouvir suas palavras sem lhe dar um forte soco. – Sua atitude foi a mesma que meu pai, rei Odin, teve com relação a Loki. Você viu tudo o que Loki fez. Viu como ele está agora. Você quer que sua filha tenha o mesmo futuro? Quer que ela se torne uma vilã para se vingar de você? – as palavras de Thor fizeram o efeito esperado. Soltou Tony assim que o sentiu parar de se mover para acabar com ele. Os dois heróis se mantiveram flutuando acima das nuvens. – Estamos na casa de Jane, no Novo México. – ao ver que o Homem de Ferro estava absorto em seus próprios pensamentos, resolveu não estender muito mais a conversa. – Ficaremos somente sete dias, prazo combinado até levá-la de volta para Asgard. Não estou falando para você ficar com ela. Estou falando para ter consideração com a sua filha; qualquer verdade que seja dura, ainda é uma verdade. Ela não irá te odiar menos se for você a pessoa a contar para ela. – e sem esperar uma resposta que sabia que não viria, voou em direção à cidade onde a irmã mais nova adotiva e a namorada se encontravam.
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  Ao chegar no Novo México, se lembrou da festa do pijama que Darcy havia mencionado antes de dispensá-lo para falar com Stark. Por não confiar na colega de equipe de Jane, Thor resolveu dar uma olhada pela janela em como estava indo a tal festa; ao espionar, não viu garotas rindo animadas como apareciam nos pedaços de papéis que Jane lia aos finais de semana; pelo contrário, Nick Fury se encontrava sentado em uma poltrona com as três garotas do lado oposto ocupando o sofá de três lugares.
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  - O que está havendo? – abriu a janela do apartamento e entrou sem se preocupar se era normal ou não para uma pessoa chegar voando.
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  - Achei que demoraria muito mais. – Nick olhou com seu único olho para Thor, que se pôs rapidamente ao lado de Jane, que se encontrava sentada no canto próximo à janela. – Missão? – a voz de Nick não parecia perigosa como era quando havia alguma missão.
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  - Problemas. – Thor respondeu, vendo-o olhar para e então balançar a cabeça, indicando que sabia o que ele havia feito e onde havia ido. – O que está fazendo aqui?
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  - Bem, se você quer se acalmar, não vim aqui para visitar você. – apontou para Thor. – Vim para visitar . Peço desculpas por ter vindo tão cedo, a ponto de não ter aproveitado sua estadia neste mundo, mas acredito que minha proposta é bem mais interessante do que uma simples passagem.
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  - Ele está dizendo algo sobre ela entrar para o seu time. – Jane rapidamente disse, olhando para Thor. – Ela só tem 18 anos, como pode enfrentar perigos assim?
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  - Agradeço o seu interesse em minha irmã, mas a resposta é não. – Thor se colocou à frente da garota e encarou o chefe.
  - Talvez seja melhor a própria garota se decidir, não é? – Nick inclinou o corpo para o lado, de modo a olhar o perfil de atrás de Thor. – Para que você não fique nervoso, eu expliquei a ela os problemas, perigos e possíveis consequências que ela poderá sofrer em nossas missões. Entretanto, ela não me parece uma garota… Inconsequente. – finalizou a frase olhando nos olhos de Thor, que entendeu a indireta no uso da palavra que utilizava para descrever Tony Stark.
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  Impossibilitado de retrucar Fury, Thor se virou para a irmã, que o encarava ansiosa. Viu em seus olhos a vontade de permanecer na Terra. Durante toda a vida teve a inclinação em viver neste mundo, mesmo tendo do melhor em Asgard. Tentou com todas as suas forças explicar sobre os perigos de viver na Terra e as maravilhas de se manter no mundo onde cresceu. Entretanto, parecia que nada a fazia querer se estabilizar em Asgard. Fosse parte ou não de seu futuro, no fundo, Thor sabia que o certo era mantê-la na Terra, perto de seu verdadeiro pai.
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  - Você ficará bravo se eu disser que aceito? – olhava para o irmão com receio. Sabia de sua vontade de mantê-la em Asgard e ajudar o rei, pai de ambos, a cuidar do reino. Mas nunca teve interesse em ficar no mundo pacífico. Seus poderes eram enormes, como diziam seus mentores; ela poderia conquistar ou destruir muitas coisas. Devido à segurança do reino, nunca soube exatamente qual o tamanho de seu poder; e pelo que Nick Fury havia dito, ela poderia utilizá-los em um espaço que não chegaria a machucar ninguém. Isso era seu sonho, usar seus poderes. Além disso, estaria mais perto do irmão mais velho e poderia ajudá-lo nas missões menores, quando ele permitisse sua companhia.
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  Viu os olhos do irmão responderem que não; por isso, se surpreendeu ao vê-lo se retirar de sua frente e dizer:
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  - Faça o que seu coração manda fazer.
  A garota de 18 anos então olhou para Nick Fury, que mantinha um sorriso nos lábios. Engoliu seco até enfim dizer:
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  - Eu quero fazer parte.

Capítulo 2

  O elevador não parava de subir. Era o que pensava assim que entraram em um elevador normal com o irmão e Nick Fury, mas as engrenagens não pararam de funcionar; por longos minutos a caixa de metal subia sem indicar quando iria parar. O homem com o tapa olho disse que não poderiam perder mais tempo com “baboseiras” e solicitou que se encaminhassem à sede da S.H.I.E.L.D, localizada no espaço. não soube exatamente como saíram da órbita da Terra e chegaram na imensa espaçonave que carregava milhares de pessoas em seus trajes de uniforme. Assim que as portas duplas do elevador se abriram, pode ver com mais clareza o ambiente limpo e tecnológico que seria seu lar a partir de agora. Abriu a boca, surpresa com todas aquelas pessoas trabalhando centradas e a vista que tinha do espaço sideral. Seguiu lentamente Nick Fury, com seu irmão Thor ao seu lado, ainda preocupado com a garota, como se a cada passo que desse dentro daquele lugar a levasse para um futuro mais difícil. Ainda não havia dito ao pai e a Loki sobre a decisão de ; sabia que o pai receberia a notícia com pesar, mas compreenderia a situação, contudo, Loki faria seu próprio show para convencer a garota a voltar a Asgard. Somente o ato de sair do mundo asgardiano já era um crime para Loki, ainda confidenciado, porém, livre no mundo onde cresceu. Parou quando viu a garota parar para assistir a televisões que controlavam a paz do mundo.
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  - O que vocês fazem aqui? – ela pergunta para Nick, que com o olho que não estava tapado pelo tecido de couro preto, olhou para a nova integrante do grupo.
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  - Nós monitoramos ataques inimigos afim de evitar que pessoas inocentes morram ou sofram. – com as mãos para trás, o líder traduz as ações do trabalho que todos estavam fazendo sem nem ao menos parecerem cansados. – Para sair em campo como faz seu… Irmão. – Nick olhou para Thor, que se mexeu desconcertado, como se achasse que a qualquer momento ele fosse contar a verdade a . – Você precisa realizar testes. Precisamos saber como está o nível de controle com seus poderes, ensinar a dominá-los melhor, colocá-la em situações que irá precisar, como se fossem simulações. Garantir que você não fará nada… Inconsequente. – olhou novamente para Thor, que apertou os lábios ao ouvi-lo novamente dizer a palavra que caracterizava Tony Stark. – Siga-me. Irei lhe mostrar seu aposento e onde realizará seus treinamentos.
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   seguiu Nick por um longo corredor iluminado no chão, nas paredes e no teto. Pessoas com armas espaciais caminhavam, garantindo a segurança pelos corredores. Thor cumprimentava alguns durante o caminho e se perguntava o quão conhecido o irmão era naquele lugar. Sorriu, ansiosa por ser como ele. Com extrema facilidade, decorou o caminho da entrada até os aposentos, mesmo havendo elevadores, escadas e vários corredores em seu caminho. De acordo com seus mestres em Asgard, tinha muita facilidade em memorizar e aprender novas regras, por isso, não era ruim em nenhuma matéria. Nick digitou uma senha em uma placa com botões azuis brilhantes que lembrou de Thor dizendo ser luzes. Ao final da sexta tecla, a porta fez um barulho antes de abrir. Não foi preciso mais de dois segundos para ela memorizar os números da senha.
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  - Este será o seu quarto a partir de agora. – Nick apontou para dentro, deixando que entrasse primeiro em seu aposento. O quarto, vazio e simples como um hotel, trazia uma cama de casal com colchas, travesseiros e lençóis brancos. A iluminação automatica se acendeu assim que entrou no espaço; as luzes azuladas vinham dos cantos das paredes com os tetos e faziam com que tivesse uma sensação de paz. O criado mudo branco ao lado da cama possuía uma gaveta, um abajur pequeno e um relógio. – Se você não possui trajes, poderá sair com seu irmão para conseguir alguns confortáveis para seus treinamentos. Nós fazemos sob demanda. – Nick sorriu para a garota, assim que a viu abrir o armário de porta dupla branca e se deparar somente com um pijama azul marinho e um roupão de banho branco. Nas gavetas inferiores, uma pantufa branca para ela usar durante sua estadia no quarto. Definitivamente não poderia sair com eles nos corredores, por mais confortáveis que fossem.
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  O banheiro se localizava atrás da única porta que havia no quarto senão a da entrada. Não era grande, mas possuía espaço o suficiente para ela fazer seu exercício, como as mulheres asgardianas eram ensinadas a fazer para manter a juventude no corpo. Um espelho enorme tomava conta de uma parede logo acima da pia. Do lado oposto, o chuveiro com vidro transparente delimitava até onde a água poderia correr. Os azulejos brancos e a iluminação azul não eram o suficiente para acordá-la; por sorte, estava animada demais para pensar em dormir por muito tempo.
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  - É perfeito. – disse, enfim, ao voltar para o quarto e ver Thor e Nick calados observando-a de longe.
  - Que bom. – Nick disse. – Vamos prosseguir. – e deu as costas para sair do quarto. olhou para Thor, que ainda se mantinha sério. Encolheu os ombros e passou correndo pelo irmão antes que ele pudesse pegá-la de jeito para lhe dar um sermão. Sabia que ele havia permitido decidir-se sobre ficar ou voltar a Asgard, mas como uma asgardiana, esperava que se decidisse por voltar. Não poderia evitar ter uma conversa com ele em algum momento no futuro, apenas atrasaria o máximo que pudesse. – Este é o refeitório, parece que não há muitas opções, mas você pode pedir o que quiser e eles farão para você. – apontou para um longo balcão onde pessoas com uniformes brancos e panos na cabeça atendiam aqueles que estavam famintos. – Você pega seu alimento e senta em uma das mesas para saboreá-lo. Também pode levar para seu quarto, se preferir privacidade como seu irmão. – apontou para Thor, que revirou os olhos.
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  - Ele também não comia com a gente em Asgard. – achou que poderia comentar, vendo Fury olhá-la com um sorriso. Retribuiu, sem graça, principalmente depois de ver o olhar de Thor em si.
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  - Estamos indo agora para o local onde praticará a lutar e controlar seus poderes. – assim que Nick anunciou, pode perceber que os ambientes já não eram mais brancos, mas sim acinzentados. O chão, ao invés de liso, eram grandes com fumaça saindo deles. – Não se assuste, é apenas as máquinas trabalhando para nos manter em curso ao redor da Terra. – ele disse, percebendo o cuidado com que a garota dava passos. – Estas salas são anti choque, som, provas de armas. Você pode explodir uma bomba dentro dela e nada ocorrerá, mas deixo aqui a dica para não fazer isso. – olhou para a garota, que engoliu seco. – Você ficará na sala 6S, controlada por Natasha. Já ouviu falar dela? – parou em frente a uma imensa porta de metal com 6S estampado em tamanho enorme na frente. balançou a cabeça, negando como resposta. – Ótimo. – Nick disse antes de abrir a porta.
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  Logo que entrou, viu uma mulher corpulenta em um macacão de couro azul escuro, os cabelos curtos e ruivos, os olhos extremamente azuis que ao encarar a irmã mais nova de Thor, fez a garota congelar.
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  - Olá . – a mulher disse, se aproximando da mesma, que se esforçou em não se esconder atrás do irmão. Se quisesse fazer parte da S.H.I.E.L.D., teria que agir com bravura, como Thor. – Sou Natasha Romanoff, serei sua tutora até que esteja preparada para combater em campo. – levantou uma mão para cumprimentar a garota, que retribui o cumprimento, sentindo-se levemente mais confortável perto da ruiva. – Qual o seu poder? – deu as costas à garota, voltando à frente do computador.
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  - Telecinese. – disse alto. – Acho… – completou em seguida, sem a mesma certeza, atitude que não passou despercebida por nenhum dos três presentes. – Sou boa em levitar as coisas, sei controlar esse poder, mas não na hora da luta.
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  - Sei… Você já lutou com alguém?
  - Ítalo, filho de Aten. Ele era muito forte, pois treinava com seu irmão mais velho, mas dizia ser covardia eu possuir o poder de telecinese e usar contra ele, então na maioria de nossas lutas, eu não podia usar meus poderes contra ele. – sua voz ia sumindo cada vez que chegava mais perto da conclusão de que não era boa em combate quando não podia usar seus poderes.
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  - Você ganhava? – Natasha perguntou ainda centrada em seu computador. apertou os dedos, não querendo responder a pergunta. – . Você ganhava as lutas? – ela repetiu a pergunta mais séria, de modo que a garota não teve escolha, senão responder a verdade.
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  - Quando eu não podia usar meus poderes, não houve uma luta que ganhei… Ítalo dizia que sou lenta com meus movimentos, apesar de possuir boa percepção com os olhos e ouvidos.
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  Enquanto falava, Natasha digitava coisas no computador, até finalmente olhar para Nick e Thor que ainda estavam parados próximos a :
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  - O que ainda fazem aqui? – seu tom frio e calculista mostrou que os dois estavam em território sem permissão. Nick rapidamente sorriu e se retirou, desejando boa sorte à garota; por outro lado, Thor permaneceu parado. – Thor, este é um treinamento. É melhor que se retire.
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  - Quero acompanhar o treino de perto. – ele diz em tom de ordem, se esquecendo de que não estava em seu mundo asgardiano, mas sim no território da Viúva Negra, integrante com quem menos tinha contato. Não era por menos, assim que ouviu as palavras do homem, Natasha olhou para o herói:
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  - Saia.
  Com aquela tonalidade e sabendo sobre sua posição no laboratório, Thor não pode fazer muito senão sair e arranjar sua própria maneira de garantir que não se machucaria ou seria machucada por Natasha; a mulher possuía sangue frio o suficiente para não se importar de fazer a garota perder um braço ou ser prejudicada psicologicamente durante o treinamento de telecinese.
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  Já fazia duas horas desde o início do treinamento de Natasha com . A garota não se sentia nem um pouco confortável perto da ruiva; esta não parecia se preocupar nem um pouco com o desconforto da garota. Continuava a fazer perguntas seguidas uma da outra e se achava que ela estava fingindo não se importar, achava que fingia muito bem. Do lado de fora da sala, Thor escutava com atenção todas as perguntas, de vez em quando sorrindo com as respostas bem formuladas, outras, sério por saber que a russa não deixaria fácil para a garotinha.
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  - Ela é mais bonita do que eu esperava. – ouviu uma voz calma ao seu lado. Por estar concentrado na “irmã mais nova”, Thor levou um enorme susto com a presença repentina do Dr. Robert. Analisou-o por alguns segundos, esperando que a besta verde aparecesse a qualquer momento, entretanto, o físico apenas soltou uma risada: – Não estou nervoso, Thor, pare de se preocupar.
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  - Da última vez que não me preocupei, você quase quebrou meu crânio. – o deus retrucou, ainda ofendido pela última luta que tiveram quando Robert saiu de controle.
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  - Foi um deslize. – o físico respondeu com sua voz aveludada. – Stark sabe?
  - Ele acha que ela está na Terra, não sabe sobre a entrada da menina na S.H.I.E.L.D.
  - Imagino como será sua reação… – Robert riu, colocando as mãos para trás do corpo, observando os testes da Viúva Negra. – Ela está tentando tirar a garota do controle. – afirmou. Thor levantou uma sobrancelha. – A máquina conectada aos cabos que estão cobrindo o corpo de mostra a tensão quando é recebido uma pergunta favorável ou desfavorável. – aponta para o eletrônico, explicando pacientemente o funcionamento para Thor, que por não ser da Terra, não fazia a menor ideia de que aparelhos assim poderiam existir. – Isso ajuda a saber qual pergunta ou qual assunto ela deve abordar até a garota começar a se sentir mal; não, Thor! – Robert grita ao ver o herói chamar seu martelo para quebrar o vidro.
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  - Não? Estão fazendo-a sofrer! – Thor berra, apontando para a sala onde estava. – Eles falaram que não fariam-na sofrer! Ela está sendo uma cobaia!
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  - Ela está sendo testada para sabermos até onde é seu limite! – Robert grita de volta, sentindo imediatamente o mal estar de Hulk. Fechou os olhos afim de se controlar e respirou fundo antes de continuar: – Não sabemos o limite de poder da garota; para isso, precisamos tirá-la de sua zona de conforto para que use sua força contra nós. Thor, nós sabemos que você não quer que a menina se machuque, também não queremos isso, mas para treiná-la, precisamos saber quão forte ela é. Se não fizermos isso e ela se exaltar em campo, coisas terríveis podem acontecer a civis e a ela. – Robert colocou a mão no ombro do amigo, que abaixou a mão com o martelo. – Você deve se preocupar menos, se a S.H.I.E.L.D. a recrutou, nós esperamos que ela seja tão poderosa quanto nós.
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  - Stark precisa saber. – Thor disse, levantando-se na mesa de reunião no final do dia, quando os testes deixaram exausta e disposta a perder o resto de seu tempo até o retorno de seus treinamentos dormindo. Fury decidiu reunir os heróis para que pudessem discutir sobre o ingresso da filha de Tony Stark, imediatamente, Thor iniciou a discussão. – A garota não pode viver em uma mentira, será pior para todos se ela descobrir por outra pessoa e achar que nós somos os inimigos.
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  - Thor, ela irá ficar ressentida de qualquer maneira. – Steve, o Capitão América, disse sentado do outro lado da mesa. – Concordo que um segredo desses não deve ser revelado, mas se há alguém que deve esclarecer é o próprio Tony.
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  - Tony sequer a aceita como filha, Steve. – Clink, o Gavião Arqueiro disse enquanto afiava algumas de suas flechas. – A garota está recebendo muitas informações essa semana e Nat não está ajudando, mexendo com o psicológico para descobrirmos seu potencial. – apontou para a ruiva sentada ao seu lado, que lhe enviou um frio olhar, fazendo o homem soltar uma risada.
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  - Tony Stark não irá saber sobre estar aqui. – Nick finalmente disse ao ver que a discussão não entraria em um consenso enquanto o líder não tomasse partida. – Eventualmente ele irá encontrar com a garota e nesta hora, não há nada que possamos fazer. Cabe ao próprio Stark se decidir se o relacionamento com a garota será passiva ou não, assim como também será decidido por ele se terá conhecimento de que é sua filha.
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  - Ele nunca irá aceitá-la se não…
  - Se ele não aceitá-la – Nick cortou Thor, que se calou ao vê-lo olhar para ele com seu único olho acessível. -, então sorte da garota em ter um irmão e um mundo asgardiano à espera dela. – finalizou a conversa.
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  Os treinamentos de Natasha não eram fáceis. se cansava com muita facilidade; algumas vezes, a Viúva Negra utilizava a falta de gravidade do espaço para fazer a garota usar mais de sua força. Em Asgard, os treinamentos não eram assim; mesmo que as lutas fossem mano a mano, seus machucados nunca permaneciam por mais de uma hora como acontecia agora na S.H.I.E.L.D. Achava que entrando no grupo, poderia ficar mais perto de Thor e até acompanhar algumas de suas missões para auxiliá-lo. Não queria nada demais, apenas conhecer mais a Terra; contudo, a Terra é o lugar que menos visitou. Na esperança de passar um tempo ainda mais longo do que uma singela semana, aceitou entrar no grupo, mas até o momento, sua única experiência em seu planeta favorito foram as poucas horas que dividiu com Jane Foster.
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  Os alimentos também não eram de seu agrado. Acostumada com a comida asgardiana, não achava que os seres da Terra pudessem comer coisas tão gordurosas e que pesavam em seu estômago por tanto tempo; a digestão demorava o dobro de tempo, deixando-a despreparada para os treinamentos ou indisposta por deixar o corpo mole. Assim que saiu de um duro treinamento com robôs digitais que sumiam e reapareciam em questões de segundos, decidiu ir até a uma sala de descanso que encontrou sem querer durante uma caminhada em um dia de folga. Seu corpo estava dolorido e a barriga pedia por comida asgardiana. Somente conseguiu relaxar quando sentiu a mão que sempre a protegera desde quando pequena:
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  - Ouvi dizer que você é melhor do que esperavam. – Thor apareceu em seu campo de visão com um enorme sorriso. – Natasha está obsessa por seus treinos, porque você tem aprendido com muita rapidez e facilidade. – o deus se sentou na mesma cama de descanso onde a irmã estava deitada.
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  - Ah… – foi tudo o que conseguiu dizer.
  - Ah? – ele perguntou. – Por que tamanho desânimo, quando está se saindo tão bem?
   rapidamente se sentou, olhando fixamente para o irmão, que ao analisar a expressão corporal da garota, sabia que não viria coisa boa:
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  - Irmão. Eu vim aqui para ficar mais próxima de você e da Terra. Por que tenho que ficar presa nas salas treinando com a Viúva Negra? Quando irei a uma missão com você? – tocou no braço do irmão. – Por que eles não têm comida asgardiana? A comida deles me faz mal, não consigo digerir com facilidade! – voltou a se deitar na cama. – Estou com saudades de meu pai, Odin e de Loki. Aqui não há becos para eu levar as pessoas de quem não gosto.
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  - Quem você não gosta?
  - Atualmente, você, por me deixar sozinha por tanto tempo. – a garota deu as costas ao irmão, que apertou os lábios, certo de que teria uma discussão com Nick Fury mais tarde. Sabia que deveria acompanhar mais de perto as missões, mas por ter sido impedido por Natasha e Fury, não quis se opor. Ver a dor da irmã expressa em suas palavras fez com que ele rapidamente se arrependesse de ter seguido as regras.
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  - , olhe para mim. – Thor mandou, vendo a garota obedecê-lo e virar seu corpo em sua direção. – Nenhuma decisão que você toma deve lhe fazer sofrer. Sempre há obstáculos que você deve ultrapassar, seja comigo ou sem mim. Você é uma asgardiana guerreira, estava disposta a realizar treinamentos ainda piores que estes liderados por máquinas e enfrentar seres piores do que frágeis humanos. – acariciou o rosto da irmã, tentando fazê-la entender sobre o que é amadurecer. – Para que você possa voltar à Terra, precisa estar preparada. Pessoas com poderes e incontroláveis não são bem-vindos, por isso, estamos fazendo o máximo aqui dentro para que você seja bem recebida quando pisar novamente naquele planeta.
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  Assistiu a irmã suspirar e fechar os olhos, cansada demais para discutir com o irmão. Além disso, ninguém retrucava Thor. Jamais vira alguém que não fosse o pai ou seu outro irmão, Loki, ser contra alguma decisão do deus. Sem perceber o tamanho do cansaço, adormeceu sob os olhos de Thor, que delicadamente pegou a garota em seus braços e a levou de volta para seu aposento, onde uma cama melhor e maior a esperava para dar-lhe bons sonhos.
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  Tudo o que se lembrava, era de dezenas de robôs em sua direção. Natasha achou que pela garota ter derrotado os grupos de dez que enviava, um pouco mais de trabalho seria bom para chegar ao limite que até o momento não apareceu. Entretanto, com mais de 100 pares de mãos de metal socando-a e se esforçando em derrotá-la, não conseguiu manter-se sã por mais tempo, desabando no chão do laboratório.
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  Ao recobrar os sentidos e abrir os olhos, a sala branca e com uma janela ilusória estava vazia. Ao perceber os fios ligados ao corpo e a fraqueza tomando conta de si, achou mais sensato manter-se imóvel, aguardando alguém aparecer para ajudá-la a se lembrar de como veio parar ali. A porta se abriu pouco tempo depois, enquanto ela ouvia o canto dos pássaros que a janela ilusória mostrava. Olhou em direção à porta automática que se partiu em duas para mostrar um homem com um jaleco branco e uma pasta em mãos.
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  - Oh, você acordou. – foi o que disse, abrindo um sorriso e se aproximando. – Não se preocupe, estou aqui para cuidar de você. Sou Robert. – falou ao ver a garota se movimentar, tentando se afastar de suas mãos.
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  - Você irá tirar as dores e a fraqueza de meu corpo? – Jennfier perguntou, receosa. Ouviu mais uma vez a risada de Robert ecoar pela sala.
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  - Amenizar, a cura depende da sua força de vontade. – respondeu, passando a observar a máquina onde os fios ligados ao corpo de estavam conectados. – Está com ânsia?
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  - Fome. – ela respondeu, voltando a se deitar.
  - Fome? – olhou para a garota. – Isso é novidade. – murmurou. – O que quer comer?
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  - O cozido que Lea, a cozinheira, preparada aos domingos para nós.
  - Hum… Comida de Asgard… Talvez não seja possível algo tão… Exótico assim. – o físico diz, um pouco sem graça por se deparar com uma mente limitada como a de Thor. – Vou pedir que lhe preparem uma boa sopa.
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  - Onde está meu irmão? – a garota olhou para Robert, curiosa.
  - Thor está na Terra, disse que tinha um encontro com Jane.
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  - Jane Foster?
  - Isso.
  - Ela virá para cá?
  - Acredito que não.
   suspirou, cansada de ser deixada de lado. O desânimo da garota não passou despercebida por Robert, que rapidamente viu em seus batimentos cardíacos, a instabilidade de seus fluídos.
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  - Como você acha que está se saindo nos treinamentos? – puxou assunto, olhando para a máquina. Devido à falta de atenção em , não viu a garota levantar os ombros.
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  - Meu irmão disse que estou indo bem, que aprendo rápido. Os treinamentos aqui cansam com mais facilidade, talvez devido à qualidade do ar ser ruim. – respondeu, pensativa. – Natasha disse que eu ainda tenho bastante o que treinar, mas todo dia testa algo diferente em mim, não sei em que focar, há também o fato de…
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  Robert manteve-se calado apenas ouvindo o que a garota dizia, devolvendo respostas com perguntas ainda mais centradas em algumas partes do corpo. Viu que o aborrecimento fazia com que os fluídos em seu cérebro perdesse velocidade, de modo que ficasse mais difícil de pensar, como em qualquer ser humano; contudo, quando a raiva ou o nervosismo ativavam, ao invés dos fluídos acelerarem a ponto de fazê-la perder a cabeça devido à tanta negatividade, ele mantinha a estabilidade, de modo que a garota continuava a dizer coisas com sentido, reclamando da falta de atenção de Thor e a sensação de solidão nas horas que não estava no treino. A saudade também era fator que influenciava em seus fluídos; ao falar sobre o pai que acha ser biológico, Odin, rei de Asgard, o coração desacelerava, fazendo-a arfar e Robert mudar o assunto, interessado nas repercussões internas da garota.
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  Passou uma mensagem através do sistema de um bip utilizado pelos funcionários na espaçonave e depois de meia hora pode ver Steve entrar na sala, chamando a atenção de por achar que era finalmente seu irmão mais velho, preocupado por vê-la doente de cama. Seus ombros caíram ao ver que era somente o Capitão América com seu traje de couro azul escuro, a qual usava quando não estava com seu uniforme oficial de herói.
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  - Sou o capitão Steve Rogers. – ele levantou a mão em cumprimento à garota, que ficou encarando a ação como se ele fosse um retardado por ousar tentar bater nela. Levantou a cadeira com seu poder de telecinese e Robert rapidamente segurou o objeto, achando dificuldade em devolvê-lo ao lugar mesmo usando sua extra-força. – Isso é um cumprimento, você deve fazer o mesmo em retribuição. – Steve explicou ao ver a situação do físico logo atrás de si. Aos poucos, foi devolvendo a cadeira ao seu lugar, levantando a mão como Steve havia feito, se surpreendendo ao tê-lo pegando sua mão e chacoalhando seu braço inteiro.
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  - Achei que vocês acenassem. – fez o movimento que aprendeu durante as aulas em Asgard, o mesmo aceno que deu ao garoto humano que puxou assunto consigo na Terra.
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  - Quem faz isso hoje em dia? – Steve deu risada, vendo a garota não rir, deixando-o sem graça. – Nós não nos cumprimentamos assim. – explicou. – Bem, vim aqui porque Natasha está em uma missão na Europa Ocidental com Collin; irei te ajudar com seus treinamentos, se permitir. – olhou para Robert, que concordou com a cabeça disfarçadamente.
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  - Quando poderei ir à Terra? – foi direto ao assunto, surpreendendo aos dois homens. – Quero ir à Terra. Por que tenho que ficar no espaço? Se fosse assim, era melhor que ficasse em Asgard; pelo menos lá eu tinha liberdade.
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  - Liberdade? – a palavra pareceu despertar Steve. – Você acha que está sendo aprisionada aqui?
  - A comida é ruim, vivo dentro de quatro paredes e estou sendo constantemente monitorada por bichos de metal. – apontou para a máquina à frente de Robert. – Em Asgard, fazemos isso com os prisioneiros.
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  Os dois heróis se entreolharam, incapazes de retrucarem a observação tão sólida da garota. Steve suspirou e colocou as mãos na cintura, enquanto pensava em uma alternativa.
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  - Irei te ensinar então como são as missões na Terra; isso não quer dizer que você irá para lá. – explicou ao vê-la se mexer animada na cama. – Precisamos ter certeza de que não fará nenhuma besteira se soltarmos você lá.
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  - O que poderia fazer de errado?
  - Não podemos esquecer que você é irmã de Loki, o cara que quis destruir o nosso planeta. – Steve apontou para ele e Robert. Dessa vez, quem não pode retrucar; sabia sobre a história de Loki e sofreu quando o viu tão mal preso com outros prisioneiros. – Irei explicar como as coisas funcionam por lá e como são nossas missões. Algumas delas podemos simular nas câmaras de treinamento; quando Fury voltar, verificamos se você está preparada para sair daqui.
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  Era melhor do que nada para .
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  Com o tempo que passou com Steve, sentia-se incontavelmente mais confortável perto dele do que da Viúva Negra. Não gostava da maneira fria que era tratada pela ruiva, quando em Asgard aprendeu sobre a força do amor. Steve era mais acolhedor e ajudava-a a se levantar quando caía, independente se fossem dez vezes seguidas. Era paciente e explicava as missões na Terra com mais detalhes, além de estar sempre disposto a tirar qualquer dúvida que a garota tinha, o que era praticamente sempre.
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  Entretanto, foi alguns dias depois, quando um alerta vermelho foi acionado que pode observar a verdadeira reação dos heróis. Inspirada a um dia sair com eles pela porta de emergência, correu até uma das câmaras, já sabendo como funciona os bichos de metal, ligando-os e treinando com mais afinco seus poderes e movimentos que antes Natasha dizia ser lentos. Depois de várias horas, do lado de fora da câmera, não pode ver um homem parado boquiaberto com sua armadura vermelha e dourada.
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  Thor não entendia a razão do golpe surpresa que recebeu de Tony. A princípio, achou ser uma brincadeira que o empresário sempre fazia quando estava hiperativo, mas ao ver seu olhar, sabia muito bem a razão dele querer matá-lo.
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  - Stark, me ouça. – tentou dizer, em vão. Tony não o ouvia; sequencialmente enviava golpes letais em direção ao deus, que se desviava com facilidade. Foi somente quando Steve e Robert, em sua forma Hulk seguraram Tony que puderam ver o Homem de Ferro se acalmar.
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  - Você disse que ela ficaria na Terra por uma única semana! – Tony gritou, ainda sendo segurado pelos colegas. – O que diabos ela faz aqui? Passeando?
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  - Ela é poderosa, Tony…
  - Então quer dizer que sequer na terra desse etê ela é aceita? – apontou para Thor, que preparou seu martelo para arremessar, mas foi impedido por Collin e Natasha. – Tire-a daqui. Envie para outro planeta. Ela não deve…
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  - Por que, Stark? – a voz de Nick Fury apareceu das sombras. – Por que ela não deve estar na S.H.I.E.L.D., quando tem um poder tão grandioso quanto qualquer um de nós? – abriu os braços, parando em frente ao Homem de Ferro.
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  - A garota não vai conseguir sobreviver…
  - A garota… – Nick iniciou a conversa com o herói. – É sua filha, Tony. – completou, vendo-o respirar fundo. – E sua filha, Stark, está na premonição das ninfas. Isso mesmo – confirmou ao ver os olhos castanhos de Tony se arregalarem. As ninfas raramente enviavam uma mensagem ou mencionavam diretamente o nome de alguém; viviam em algum lugar no universo observando o movimento das estrelas e predizendo tragédias ou alegrias para os habitantes do espaço. -, foi muito claro. é a garota que possui o futuro do lado negro ligado por um fio. Um fio fino, Tony. Mais fino do que você imagina. Trazê-la para a S.H.I.E.L.D. foi uma forma de tê-la sob o nosso controle, por isso, queira você ou não, a garota permanecerá aqui sob nossa custódia. Iremos discernir na mente dela o que é o certo e o que é o errado.
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  - Vocês querem fazer a cabeça de ? – Tony tentou se mexer, mas não pôde, pela força de Hulk e Steve segurando seus braços e imobilizando suas pernas. – Querem controlá-la como bem desejam? Mexer com seu psicológico para o próprio bem?
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  - E você se importa, Stark? – Fury respondeu com um sorriso irônico, pegando o Homem de Ferro de surpresa.
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Capítulo 3

  Desde o término da reunião onde Tony foi obrigado a aceitar a permanência de sua filha nas pendências da S.H.I.E.L.D., o herói se manteve mais em laboratórios e seu próprio quarto afim de evitar se encontrar com e ter de lhe dirigir a atenção, e mais ainda, a palavra. A garota, por outro lado, não se importava nem um pouco de ter um dos heróis companheiro de seu irmão mais velho lhe ignorando e fugindo de si. Sua preocupação atual era melhorar com a ajuda de Steve Rogers para que possa finalmente descer à Terra e passar um tempo com Thor e Jane Foster, que tanto adora.
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  - Se você fizer dessa maneira, todos os humanos civis que estiverem ao seu redor irão morrer na queda. – Steve diz assim que, ao atacar no campo ilusório criado para treinamento dos heróis, a garota levita tudo o que está a um rastro de metros para que ninguém possua mobilidade com os braços ou pernas para ataca-la. Ela olha ao redor e vê que todas as “pessoas” que o computador criara para completar o ambiente real da Terra estavam levitando por causa de seu poder; mas estavam tão altos que realmente, quando cessasse o poder, a queda seria brusca demais e os humanos, no mínimo, quebrariam alguns ossos do corpo. Desviou então seu olhar para Steve, que era um dos humanos levitando. Mais uma vez ele tinha razão e ela estava errada; quanto mais isso acontecia, mais ela se sentia longe de ir ao seu planeta favorito. A verdade é que Steve era um treinador muito melhor que Natasha porque ele lhe explicava muito do que ela queria saber; por outro lado, ele também falava muitos defeitos que ela tem e deve melhorar, que acabou descobrindo não ser poucos. Lidar com vilões e humanos ao mesmo tempo era muito mais difícil do que imaginava; além disso, ela já sabia que não tinha muito controle sobre seus poderes, mas não fazia a menor ideia de que era tão ruim assim com sua lógica em utilizá-los. Desanimada, deixa os braços caírem ao lado do corpo, fazendo com que tudo caia ao seu redor, voltando à gravidade da Terra e fazendo com que a máquina de simulação ilusória anuncie que ela havia falhado no teste. – Você não se machucou. – observou ao ver o herói cair de pé no chão.
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  - Assim como você, tenho alguns privilégios que os humanos não têm. – ele disse, tentando evitar criar mais dúvidas na cabeça curiosa da garota. Não sabia de onde tirava tantas perguntas, mas sendo filha de Tony Stark e irmã postiça de Thor, não poderia esperar nada menos do que uma pessoa inclinada a querer respostas para tudo. – Veja bem, a coisa mais básica que você deve saber e que eu já havia lhe dito é…
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  - Os humanos são frágeis, eu sei, eu sei! – a garota bagunça o cabelo que até à pouco estava preso em um belo rabo atrás da nuca. – Não sei o que me acontece, ajo por impulso. Minha cabeça não consegue pensar quando estou calma demais e meus poderes são mais fortes quando estou assim! – ela olha para as palmas das mãos viradas para cima e suspira. – Estou descontrolada, não sei o que fazer.
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  - Veja bem. – Steve se aproximou da garota. – Todos fomos descontrolados um dia. Seu irmão até hoje faz da Terra um campo de luta sem se importar em destruir algumas construções que os humanos demoram meses para construir. É por isso que a trouxemos para cá, para que você destrua quantas construções forem necessárias antes de ir até a Terra e lidar com a realidade.
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   assentiu. Olhou para Rogers, que tinha o mesmo olhar que Thor carregava quando queria lhe explicar algo. Não queria demonstrar fraqueza, mas desde quando os treinamentos se iniciaram, sua cabeça tem doído com mais frequência e intensidade. Viu os lábios do herói se mexerem, indicando que continuava a lhe consolar ou dar novas instruções, mas seus ouvidos já não captavam mais nenhum som senão o da dor que se intensificava em sua cabeça. Sem perceber, faz uma careta, deixando-se cair para frente, onde é segurada por Rogers que lhe pergunta o que está acontecendo.
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  - Minha cabeça… – ela tenta dizer, mas está centrada demais na dor pulsante. – Pare com essa dor… – tenta bater no local onde dói, mas é impedida pela mão de Steve, que sem saber o que fazer, a pega no colo e corre para fora do laboratório, indo direto para a sala do único que acha que poderia ajuda-lo.
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  - Robert! – chuta a porta, sem se importar com o estrago que fez ao vê-la ir de encontro ao lado oposto da sala, onde algumas máquinas foram quebradas pelo impacto. O físico olhou para trás com seu ar calmo e se assustou ao ver a garota com expressão de dor no colo de Steve. – A garota começou a reclamar de dor de cabeça e parece que está piorando.
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  - Coloque ela aqui e vá chamar Natasha. Precisamos da máquina dela. – Robert disse, empurrando uma mesa comprida que passou a servir de maca para . Olhou para os lados pensando no que fazer para ajudar a garota, mas não sabia ainda qual a gravidade ou o problema dela. – , preciso que você se acalme.
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  - Não… Consigo… – a garota se encolheu na mesa, ficando em posição de feto e fazendo com que Robert tentasse ajuda-la.
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  - Se você não colaborar, não poderei te curar, seja o que isso for. Fique ereta na mesa, vamos, você consegue. – o físico disse, vendo a garota começar a tentar fazer o que ele mandava. – Agora, me diga onde exatamente está doendo.
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  - Minha cabeça inteira… Está doendo por inteiro!
  - Tudo bem, tente se acalmar. Quanto mais nervosa, a pulsação dos seus neurônios irão intensificar e a dor não irá cessar. – Robert disse, vendo Natasha correndo com Steve ao seu alcance.
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  - Coloque-a aqui. – a Viúva Negra ordenou apontando para um espaço ao lado da mesa. – , onde dói.
  - Ela disse que dói tudo. – Robert disse, tentando ajudar a ruiva, que retirou alguns pontos ligados por um fio à máquina. – Thor? – olhou para Steve.
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  - Deve estar vindo. – o Capitão América disse, se ponto em uma ponta da mesa assim que Natasha mandou que segurasse os pés da garota que não parava de se contorcer.
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  - . Quero que me diga exatamente onde começou a dor. Deve ter começado por algum lugar. – Natasha dizia para a garota, que não conseguia pensar. – , me ouça. – a ruiva segurou a cabeça da garota. – Qual foi o primeiro lugar a doer?
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  - O que está acontecendo aqui? – Thor adentrou rapidamente, deixando seu martelo de lado e correndo ao lado de , que rapidamente segurou o braço do irmão, pedindo para que ele parasse a dor. – O que está causando essa dor?
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  - É o que estamos tentando descobrir. – Natasha disse, séria. – Mas está forte demais para ela conseguir pensar.
  - Faça alguma coisa! – Thor apontou para a ruiva, recebendo um olhar gélido em retorno. – Pare com a dor! – continuou.
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  Enquanto Robert ajudava Natasha com o aparelho de leitura do cérebro, Thor tentava acalmar , que tinha seus pés presos por Steve.
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  - O que você fez para deixa-la assim? – o deus olhou para Rogers, que levantou o olhar para ele. – Que tipo de treinamento está dando para ela chegar a esse ponto?
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  - Ficamos somente no simulador ilusório testando o poder dela. Não pareceu nada grave ou que exigisse muito de seu poder. – o capitão América começou a explicar, sentindo-se culpado pela garota estar naquela situação.
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  - Tente o B45. – Natasha disse para Robert, que se afastou da máquina assim que ela respondeu com um barulho grave e então agudo. Voltou segundos depois com um frasco pequeno e retirou uma pílula.
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  - O que é isso? – Thor colocou a mão em frente a Robert para impedi-lo de se aproximar da irmã. – O que compõe isso?
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  - Chama-se Belfonato 45*. Nós apelidamos de B45, ele serve para relaxar os músculos do cérebro para que possamos averiguar melhor o que pode estar acontecendo com ele. Aparentemente, ela está em uma dor muito maior do que aparenta porque o cérebro está interpretando que seu corpo inteiro está sofrendo pancadas fortes. – Robert explicou. – Na nossa língua, hum, humana, nós chamamos isso de analgésico. Mas muito mais forte; para pessoas, ahm, como nós. – apontou para todos, não querendo praticar nenhum tipo de preconceito contra os heróis e humanos.
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  Relutante, mas satisfeito com a explicação dada por Robert, Thor retirou a mão da frente do físico, que pediu que o deus ajudasse a levantar , agora mais fraca por ter gastado muita energia durante o momento inicial da dor. Com o copo de água que serviu, os dois fizeram a garota tomar a pílula. Tão rápido quanto a dor se intensificou, deixou-se relaxar pela pulsação estar diminuído, até chegar a sentir somente seu coração batendo; contudo, o ataque acabou com a pouca força que possuía, fazendo-a desmaiar nos braços do irmão.
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  - Você a matou? – foi a primeira reação de Thor ao ver a irmã desfalecer em sua frente.
  - Não, ela apenas desmaiou por não ter força o suficiente para se manter acordada. – Natasha explicou. – É até melhor para estudarmos o que aconteceu. Vamos leva-la para o ambulatório. Lá temos um equipamento melhor para leitura dos sensores cerebrais. – a mulher se retirou na frente, tendo Thor logo atrás com a garota em seus braços.
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  Assim que saíram da sala, o deus pode ver a tempo a perna direita de Stark sumindo ao fazer a curva do corredor. Pensou em correr atrás dele, mas achou que somente o fato dele ter acompanhado o sofrimento da garota de perto foi o suficiente para saber que ele estava, no mínimo, preocupado com sua filha.
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  *Belfonato 45 foi um nome inventado. Ele não existe, tampouco a explicação dada ou a cura.

Capítulo 4

  Sentia sua pálpebra direita vibrar. Para ter certeza que estava viva, decidiu abrir os olhos. Não se arrependeu, principalmente quando viu seu irmão parado ao lado com uma expressão preocupada. Deu um passo para frente ao vê-la acordar.
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  - . – falou. Mesmo estando sério, a irmã mais nova conseguiu se acalmar ao ouvir o tom preocupado exalando de sua voz. Raramente via o irmão preocupado assim e ficou feliz em saber que ela era uma das poucas a tirá-lo do sério. Seu coração se acalmou por achar, até então, que Jane Foster era a única a conseguir sua atenção. – Como se sente?
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  - Meu olho direito vibra, irmão. – levantou a mão direita e levou os dedos até o olho que a perturbava. – Ficarei cega?
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  - É apenas o cansaço. – ouviu a voz de Natasha. Seu perfil apareceu no campo de visão de quando falou. A garota pode ver a Viúva Negra atrás de máquinas cujos fios estavam conectados ao seu corpo.
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  - Ela dormiu por um dia inteiro. Como pode estar cansada? – Thor questionou Natasha, que virou seus olhos claros e quentes para ele.
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  - Cansaço mental, Thor. O corpo pode aparentar bem, mas se os fluídos do corpo não estão estabilizados, podemos ver reflexos no corpo. Não há com o que se preocupar, de todas as sequelas que imaginei que ela poderia ter, uma ligeira vibração no olho não é nada. – Natasha se aproximou de . – Durante seu sono, fizemos alguns testes para entendermos por que desmaiou depois de treinar. Descobrimos que seu corpo não está acostumado a usar os poderes de telecinese, você o usava em Asgard?
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  - Não. Utilizar poderes ganhos pelos céus não era permitido. E sim considerado um…
  - Não importa. – Natasha olhou para um pedaço de papel preso à uma placa de acrílico. – Criamos um comprimido para suas dores. É necessário que tome quando terminar um treinamento ou durante ele, ao sentir o corpo mais pesado do que a gravidade normal.
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  - É seguro?
  - É claro que não sabemos. – Natasha levantou um frasco e entregou-o à . – Nós criamos para ela, não sabemos sobre as reações, mas não irá mata-la. Seus anticorpos são mais fortes do que imaginamos; o que estamos tentando controlar com o comprimido, são os fluídos do corpo, que se agitam quando utilizado muita emoção durante os treinos. – a ruiva olhou para a garota, que encarava o fraco em suas mãos. – , por que treina tanto?
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  A garota não respondeu. Olhou para Thor como um cachorro quando sabe que fez algo errado. O irmão suspira e se senta na cadeira ao lado da cama.
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  - Acredito que tenham entendido o problema no poder e como estamos tentando controla-lo. – Natasha falou segundos depois, voltando para atrás da máquina que se encontrava antes. – Você está liberada, mas deve descansar por mais um dia. Coma um pouco e faça uma caminhada; seu corpo deve ficar em pé por algumas horas; depois de tanto tempo deitado, é bom fazê-lo voltar a funcionar para que não haja problemas musculares.
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   começou a se mexer sob os olhos de seu irmão mais velho. Quando ficou pronta, ele a acompanhou até fora do ambulatório de Natasha. não podia dizer se era dia ou noite, já que no espaço é tudo muito escuro. As luzes brancas e azuis iluminavam todo o caminho até o refeitório, onde Thor pediu algumas comidas humanas para a irmã se alimentar.
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  - , sei o quanto quer voltar à Terra, mas exceder seu limite não fará que sua visita se aproxime com rapidez. – Thor começou a falar.
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  - Mas irmão! – ela tentou dizer e se calou ao vê-lo levantar sua mão. Mesmo não estando mais em Asgard e as regras mudarem na S.H.I.E.L.D., para , Thor continuava sendo o próximo rei de seu mundo, respeitando-o como se estivessem de volta. – Me desculpe. – murmurou e sentiu a enorme mão do irmão pousar em sua cabeça.
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  - Prometi a nosso pai e Loki que a protegeria. Não seria agradável deixa-los saber que você foi nocauteada por suas emoções.
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  - Quando poderei vê-los? – ela levantou o olhar, esperançosa por ter a permissão de voltar a Asgard e encontrar com seu querido irmão mais velho e pai.
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  - No momento, preciso que você fique aqui, faça o que Natasha mandou e continue treinando. – ele se levantou, deixando de explicar muitas coisas que poderiam ser informadas à irmã mais nova. – Sairei para uma missão mais tarde, espero que não faça nada insensato.
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  - Você faz coisas insensatas.
  - Eu sei. E é porque você é minha irmã mais nova e de Loki que digo a mesma coisa que nosso pai diz para nós dois quando nos afastamos de seus olhos. – Thor sorriu, fazendo a irmã retribuir e voltar sua atenção aos alimentos cozidos depositados em uma bandeja.
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  Logo que terminou sua refeição, caminhou pelo completo conforme Natasha mandou. Procurava por um rosto em específico e foi acha-lo em uma das salas de treinamento.
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  - Steve! – gritou, fazendo-o virar a atenção para si e abrir um sorriso ao ver a garota em pé.
  - Olha só quem acordou. – se aproximou ainda sorrindo da garota. – Você está aqui por indicação, vontade própria ou contra a vontade de alguém? – a encarou, desconfiando, fazendo-a rir.
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  - Natasha Romanoff me liberou, mas pediu que eu não treinasse até amanhã. Preciso que meus fluídos entrem em estabilidade antes de voltar a treinar.
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  - Hum, até que você é uma boa paciente. – ele levantou uma sobrancelha, surpreso por uma garota da idade de obedecer a ordem de mais velhos. – Em que posso ajudar?
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  - Meu irmão Thor sairá em uma missão e não poderá me ajudar. Gostaria de saber mais sobre o controle de fluídos.
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  Steve se perguntou a razão dela ter recorrido à ele ao invés de ir até Robert ou Natasha. Qualquer um dos dois saberiam tirar suas dúvidas com muito mais precisão do que si próprio. Contudo, a voz de Thor em uma conversa que tiveram durante o tempo que ela se encontrava desacordada veio à tona:
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  Flashback

  - Thor, você sabe o que está me pedindo? – Steve olhava para o deus que estava parada à sua frente no lado de fora do ambulatório. Os dois haviam acabado de ver Stark sair do local cabisbaixo. – Não podemos interferir na relação deles.
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  - Achei que você se importasse com os cidadãos de seu mundo, Rogers. – Thor disse. – Está bastante claro a preocupação que Tony tem com , ele apenas é orgulhoso demais para saber que a culpa não foi da criança. Ela precisa de um apoio agora e você é a pessoa mais próxima dentre todos.
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  - Eu apenas a ajudei em seus treinamentos…
  - é agradecida a qualquer pessoa que a ajuda de boa vontade. Ela não se sente confortável perto de Natasha e Robert pode explodir a qualquer momento, colocando-a em perigo. Preciso confiar que há mais alguém senão eu que poderá protegê-la contra este mal que está acontecendo.
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  - Não temos certeza se ela está diretamente vinculada a este problema, Thor. – Steve disse, sério. – Precisamos investigar mais sobre o caso.
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  - O problema tem a ver com Stark, ele apenas não quer nos dizer. Há dez anos, quando falei com ele sobre a garota, sua reação foi diferente da que estou observando agora. O ódio de Tony se esvaiu e seja o que for que está acontecendo com ele agora, irá afetar e ele sabe disso.
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  Steve se manteve calado, atento às palavras de Thor.
  - Ele tem avaliado todos os treinamentos de .
  - O quê?
  - Fez algo nos equipamentos para que os dados sejam encaminhados à Jarvis. Ele está verificando todos os treinos de . – repetiu, vendo Steve boquiaberto. – Você é a pessoa que confia depois de mim; na minha ausência, preciso ter certeza de que você cuidará dela.
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  Steve respirou fundo, pensando na responsabilidade. não era fraca, mas não era madura o suficiente para se manter a salvo. Havia várias coisas que ela questionava que ele não poderia responder. Estava cada vez ficando mais difícil lidar com a filha de Stark.
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  Fim do Flashback

  - Tudo bem. – Steve caminhou de volta até o painel de controle e desligou as máquinas que criavam o efeito ilusório no ambiente criado para o treino. – O que quer saber?
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  - Como você controla suas emoções durante um ataque? Quero dizer, você protege os cidadãos de seu mundo, não é? Como reage quando eles se machucam? – as perguntas desataram a sair pela boca da garota, fazendo Steve respirar fundo. Tinha de se esforçar em dar as respostas certas para suas perguntas. Se perguntou se Tony falaria com a garota ou explicaria a situação do problema que logo mais o mundo tomará conhecimento, se ele não conseguir exterminá-lo a tempo.
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  O dia estava acabando quando o alarme de emergência começou a soar. que até então estava sentada com Steve no refeitório jantando, viu o herói se levantar e olhar para os lados, tentando entender a razão do alarme.
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  Sua pergunta foi respondida antes mesmo de sair por seus lábios. Uma bomba foi explodida na porta automática que ligava a área de naves, máquinas de controles ao refeitório. Por dentre a fumaça causada e as pessoas jogadas no chão pelo impacto da explosão, Loki saiu.
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  - Irmão! – se levantou ao ver o rosto conhecido do irmão que vivia longe. Ao ouvir a voz da garota, Loki deixou de lado sua posição de ataque para abrir os braços e receber a menina com um forte abraço. – O que faz aqui?
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  - Fiquei sabendo que você está sendo cobaia de algumas experiências desses vermes. – ele disse. Guardas e os heróis que estavam na imensa nave apareceram alguns segundos depois armados e prontos para atacar Loki. – Como sempre, atrasados. – sorriu, olhando ao seu redor. – Está se sentindo mais inteligente perto deles?
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  - Irmão… – olhou sem graça e se assustou ao ver o primeiro guarda tentar atacar Loki com ela ainda entre seus braços. Com um movimento de braço, Loki o mandou para longe.
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  - Isso foi extremamente mal educado. Estou com minha irmã mais nova; qual o tipo de respeito que vocês aprendem na escola? – olhou para . – Lembra do que eu disse sobre os humanos serem mal educados?
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  - Irmão, você explodiu a porta deles primeiro. – disse, vendo-o rir e olhar o estrago causado.
  - É verdade, foi uma entrada e tanto! Como você está? O que estão te dando para comer? Os humanos ingerem muita gordura.
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  - Loki. Se o seu propósito fosse somente ver sua irmã, não precisa destruir toda nossa nave até encontra-la. – Nick Fury se aproximou com seu tapa olho de couro bloqueando parte de sua visão. O irmão mais velho de soltou mais uma risada.
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  - Oras, não posso perder a oportunidade de fazê-los ter mais problemas, não é? Força do hábito. – enviou uma piscadela ao líder da S.H.I.E.L.D. – Vim verificar o que estão fazendo com minha doce irmã para ela desmaiar. – olhou para à sua frente. – Olhe só para você, está tão mal quanto os seres inferiores de Asgard. Tsc tsc.
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  - Por , permitirei que fique em uma sala para conversarem, mas se tentar fazer algo imprudente novamente, não hesitarei em manda-lo isolá-lo em algum lugar bem distante de nós no espaço. – Fury disse, olhando para seus soldados e fazendo um sinal. – Steve, acompanhe-os até à sala Z12.
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  - Eles enfim estão aprendendo a ser receptivos. – Loki sorriu para , que não o questionou. Queria muito ficar a sós com o irmão, fazer perguntas sobre Asgard, seu pai e seus poderes.
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  Com Steve à frente e alguns guardas atrás de si, segurou a mão de Loki para se sentir um pouco mais próxima de casa, lugar que sentia a falta incondicionalmente.
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Capítulo 5

  - Ele está bem mesmo? – perguntou, sentada à frente de seu irmão mais velho em uma sala onde Steven os colocou. O Capitão América se mantinha no lado de fora; mesmo que Nick tenha pedido apenas que acompanhasse os dois, não conseguia confiar totalmente em Loki para deixar a garota sozinha.
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  - Você está andando muito com Thor. – Loki comentou, encostando-se na cadeira. – Não para de me fazer perguntas que já respondi, como se não me escutasse.
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  Ao ouvir a reclamação e Loki, não pode deixar de corar.
  - Desculpe. – falou. Esperava que o irmão trouxesse notícias de Asgard, mas até o momento, tudo o que disse é que as coisas estavam exatamente da maneira que ela havia deixado, exceto pela parte em que o rei Odin se encontrava bem mais nervoso depois de descoberto a decisão de sua filha mais nova. – Como conseguiu sair de lá?
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  - Você já ouviu falar sobre emocional paterno? – Loki abriu um pequeno sorriso. – Foi saber que você estava sofrendo que Odin permitiu até que eu saísse de meus aposentos para vir até esse lixo flutuante. – abriu os braços, indicando a nave no qual estavam. – Agora é sua vez, me conte o que está acontecendo e por que você está tão fraca? Estão tirando seus poderes?
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  - Não, não! Eles estão me ajudando a controla-los. Sou mais forte do que pareço, irmão. Mas não consigo controlar todo esse poder muito bem ainda, então eles dizem que é normal que haja algumas recaídas.
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  - É normal… – Loki ri. – É bem assim que os humanos lidam com seus defeitos. Tratando-os como “normal”. . Me escute. Thor está domado com a cabeça humana desde que entrou em um relacionamento com aquela Jane Foster. Ela pode ser louca no mundo dos humanos, mas Thor se tornou um louco em Asgard. Você não deve se deixar levar pelas opiniões deles, apenas porque eles aparentam ser fortes. Você é muito mais poderosa que eles, sempre havia lhe dito isso, lembra? Quando quase quebrou o braço de Lius, filho de Caslo?
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   encolhe os ombros. Lembrar do dia em que ela, sem querer, usou seu poder de telecinese para fazer Lius parar de lhe jogar lama a fazia estremecer.
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  - Agora quero que você entenda uma coisa, irmãzinha. – Loki aproximou sua cadeira da mesa que separava-os, de modo que fez o mesmo. – Seu poder pode destruir o mundo humano; o medo deles disso acontecer os fazem lhe remeter a estes testes. Não vou negar que é importante que você aprenda a lidar com seu poder e encontrar seus limites, no entanto, os humanos acham que são os donos da galáxia. Acham que podem mandar em tudo apenas porque possuem tecnologias que vão além do conhecimento dos outros seres e vão querer dominar seu poder para uso próprio. Você é especial, minha querida irmãzinha, eles sabem disso.
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  - Mas irmão…
  - Faça o que Thor manda. – Loki disse. – Mesmo que seja contra ele a maioria das vezes, dessa vez acredito que nós dividimos a mesma opinião. Você precisa de um espaço onde possa treinar sem destruir nada, nem ninguém. Mas quando chegar o momento de tomar sua própria decisão, você deve fazê-lo sozinha. Nem eu, nem Thor, nem nosso pai ou qualquer humano poderá te incentivar a fazer o que você quiser, entendeu?
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  - Que escolha é essa? Por que eu deveria escolher algo? Eu já escolhi entrar neste grupo.
  Loki deu uma pequena risada e balançou a cabeça.
  - Há muitas escolhas que virão em sua vida, .

  Seus pensamentos estavam confusos. Loki já havia deixado o complexo há horas, mas suas palavras continuavam ecoando em sua mente. Que tipo de escolhas seriam essas? O que seria mais importante do que seu futuro na S.H.I.E.L.D.? Por que não deveria confiar tanto nos humanos. Não sabia a quem perguntar. Thor, como Loki havia dito, estava com a cabeça demais no mundo humano por causa de Jane Foster. Não havia mais ninguém de Asgard com quem pudesse dividir suas dúvidas e o irmão poderia não ter outra oportunidade de sair de seu mundo com a permissão de seu pai. Queria poder ver Odin para retirar suas dúvidas, como um grande sábio, ele saberia explicar-lhe melhor sua atual condição, como sempre fez quando possuía dúvidas durante a infância.
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  - No mundo humano costumamos dizer que de tanto pensar, um grupo de coelhos morreu. – ouviu a voz de Steve Rogers e pulou na cadeira que estava sentada desde quando Loki foi embora, dando-lhe um beijo no topo de sua cabeça e deixando para trás a saudade de Asgard. – Está tudo bem?
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   não pode fazer nada senão assentir. Não estava com vontade de conversar com nenhum humano. Estava cansada de todos apenas lhe dirigirem a palavra para falar de seus poderes; sentia falta de correr livre pelas ruas cobertas de terra de Asgard ou montar em um dos imensos cavalos reluzentes da guarda real. Tinha saudades de ver o por do sol e furtar doces asgardianos enquanto as cozinheiras fofocavam lavando as louças. Queria ver seu pai, o rei Odin, que sempre lhe recebia com um terno sorriso e sábias palavras.
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  - Você não é muito boa para disfarçar tristeza. – Steve comenta novamente, fazendo-a olhar para ele. Contudo, ao contrário do que ela achava, os olhos do herói não estavam em si, mas sim nas mesas ao redor, que flutuavam junto com as pessoas que estavam sentadas em cima ou apenas passavam caminhando. coloca-os de volta e pede desculpas ao ver alguns resmungarem para controlar melhor seus poderes, o que a deixou ainda mais triste; depois de tanto treino, não conseguiu lidar com suas emoções. – Não desanime, o começo não é fácil para ninguém.
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  - Tenho dezoito anos, não estou no começo. – o olhou irritada. – tenho esses poderes desde quando nasci e até agora não consigo controlá-los. Eu já deveria—
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  - Você acabou de começar. – Steve a cortou. Viu na expressão raivosa da garota, alguns traços de Tony quando Pepper estava em perigo. – Você pode possuir o poder desde quando nasceu, mas só soube do tamanho dele há pouco. É normal que não saiba controla-lo. – colocou uma mão em seu ombro, fazendo-a desviar o olhar de si. – Tudo bem, então vamos fazer assim, também vou lhe contar um segredo que tenho mantido para mim mesmo desde quando fui, bem, descongelado ou algo assim. – olhou para a garota, que voltou os olhos para o Capitão América; este limpou a garganta e disse: – Mesmo estando anos nesse milênio, ainda sinto que não pertenço a este mundo moderno. Sinto que sou… Ultrapassado.
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   ficou por um tempo boquiaberta com o desabafo de Steve, mas não demorou a soltar risadinhas, vendo-o levantar uma sobrancelha:
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  - Desculpe, mas isso realmente foi engraçado. – colocou uma mão na boca afim de tentar abafar os risos, mas não conseguia. – Você acha que ninguém percebeu isso até agora?
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  - Como assim? – Steve virou o corpo enorme em direção à garota miúda. Estava começando a achar que se parecia muito mais com Tony Stark do que qualquer outra pessoa no mundo.
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  - Meu irmão falou sobre você e os outros heróis afim de minimizar minha vontade de vir à Terra. Ele disse que você é um tanto antiquado comparado aos outros heróis, porque tem hábitos diferentes. Jane Foster disse que você tem aparência moderna, como um homem da era que estamos – Steve olhou para si próprio, afim de enxergar o que Jane havia visto em si, mas achou que estava apresentável para um homem dos anos 2.000. -, ela disse que você ainda pensa como um homem antigo, mesmo aparentando ser tão jovem.
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  - Aparentando? – Steve deu uma risada irônica. – Aparentando? Quantos anos ela acha que tenho? – o herói resmungou. Olhou para a garota que o encarava com curiosidade; achou interessante não demonstrar surpresa por suas reclamações, como algumas das mulheres que conheceu fizeram. O fato de se sentir ultrapassado se deve às piadas que foi sujeitado quando saiu com mulheres. Já ouviu até dizerem que ele era “careta”, utilizando as cantadas “mais velhas que suas avós”. , ao contrário das outras mulheres, pareceu mais interessada em sua teoria, do que seu comportamento em si; dessa maneira, resolveu arriscar explicar-se: – Veja bem, eu fui congelado por cerca de setenta anos. Durante setenta anos não possuí nenhuma evolução física ou mental, por isso, não podemos concluir que sou setenta anos mais velho, quando não houve nenhuma mudança.
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  - Faz sentido. – a garota disse, concordando com a cabeça e vendo o sorriso satisfeito do Capitão América. – Somos duas aberrações. – concluiu, tirando o sorriso do rosto do herói. – Aberrações de uma boa maneira, claro. – concertou ao ver a reação de Steve. – Você acha que demorarei muito para aprimorar meus poderes?
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  - Não há pessoa melhor para dizer do que você mesma. Admito achar que às vezes você exagera, ultrapassando o seu limite da sanidade. Você está tão focada em querer ir para a Terra que acaba se esquecendo que seu corpo e sua mente possuem limites. Acredito que tenha de começar a controlar a partir daí. Assim, sabendo quando parar, você poupa energia e consegue se sentir mais disposta, sem ter ataques de dores de cabeça crônicas ou desmaios. – riu com a tonalidade que Steve usou, vendo seu sorriso em seguida. – Você ri, mas fiquei bastante preocupado. Não é normal uma pessoa forte desmaiar de fraqueza.
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   concordou com a cabeça, pensando no quão bom era conversar com Steve. Talvez o fato dos dois serem aberrações, como ela havia dito os deixassem mais à vontade um com o outro. Além disso, Steve a entendia melhor até que seu próprio irmão. Às vezes Thor esquecia de pensar nos sentimentos dela, apenas mostrando o que era importante para o mundo, para Asgard ou o que ele achava ser para , mas não se lembrava que ela poderia possuir uma opinião diferente, para manejar a conversa num fluxo que se sentisse confortável, como o Capitão América faz. Deve ser por isso que a América lhe ofereceu seu nome em troca de proteção; porque ele sabe entender qualquer pessoa, seja ela aberração ou não.
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  Dois dias depois, Natasha havia permitido que voltasse aos treinos, contanto que soubesse impor seus próprios limites. Afim de fazer o que Steve havia dito dias atrás, concordou que assim que começasse a sentir sinais de fraqueza, se controlaria e tentaria se satisfazer com aquilo.
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  O treino foi feito em uma das cabines eletrônicas onde poderia utilizar os hologramas para praticar lutas com humanos ou seres galácticos. Já era a terceira vez que a máquina parava no meio de um combate e ela já não aguentava mais ter de ir até o gigante de metal reiniciá-lo. Um aparelho tão grande não poderia pifar com tanta facilidade como estava demonstrando, poderia? Os humanos sempre gostam de falar que fazem tudo perfeitamente bem, por que então a caixa de metal parava de funcionar com tanta frequência?
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  Analisou a tela escura com letras em azul e verde que passava informações que ela não conseguia entender. Natasha não ensinara ler o que a máquina passava, somente a liga-la e programa-la para o combate com um limite de tempo de alguns minutos. Das outras vezes conseguiu manusear sem problemas e hoje parecia até que haviam trocado de sistema. A garota apertou alguns botões, que sabia ser o caminho para desligar a máquina. Bufou enquanto esperava ela esfriar e aquecer novamente. Da primeira vez que não esperou, recebeu um aviso de que deveria seguir essas regras se quisesse que a máquina funcionasse corretamente. Batucou os dedos durante a espera e ficou tão perplexa em seus próprios pensamentos que tomou um susto ao ouvir um barulho de metal caindo ao seu lado. Posicionou-se no ataque e viu um homem mais alto, com a barba cortada perfeitamente e um fio de luz saindo de seu corpo na altura do peitoral.
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  - Quem é você? – levantou um pouco a mão para o homem, que olhou para a garota que estava prestes a levitá-lo.
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  - Mecânico. – respondeu.
  - O que você faz, Mecânico? A máquina precisa esfriar. – demonstrava cautela em sua frase. O homem entrou sem sua permissão e começou a mexer na máquina que ela estava utilizando. Achou que haviam lhe dito que a cabine estava vazia durante as próximas quarenta e duas horas e não entrou fazem nem três.
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  - A máquina está ultrapassada. – ele ignorou a posição de ataque da garota, continuando a mexer nos fios dentro da máquina. – Estou consertando para que você possa continuar seu treino. – explicou ao vê-la se aproximar para observar o que ele fazia.
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  - Ah. – ela murmurou. – Ah, sim. Achei que não existissem pessoas aqui que pudessem consertá-lo. – ela relaxou os braços e se pôs ao lado do homem, que deu um passo para o lado. – Desculpe. Estou invadindo seu espaço.
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  - É, está. – o homem disse, movendo os fios de um lado para o outro. Vezes cortando-os, outras fundindo-os uns nos outros.
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  - Você é muito bom com esse material. Foi você quem criou? – começou a perguntar. – Meu irmão, Thor, disse que os humanos gostam de inventar e reinventar. – sem perceber que não tinha a atenção do homem, continuou a falar: – Mecânico, você poderia me dizer como faz para…
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  Se calou ao ver os olhos escuros do homem lhe encararem. Não pareciam muito felizes. Lembrou-se do que Loki havia dito há alguns dias sobre os humanos tratarem problemas como se fossem coisas normais. A máquina de ferro não estava normal, mas ele mexia nela como se estivesse.
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  Tony não sabia se estava arrependido de ter ido consertar a máquina para a garota ou não. Faziam três horas que ele estava irritado por vê-la ser interrompida pela falta de estrutura da máquina fornecida pela S.H.I.E.L.D. Poderia oferecer algo muito melhor à garota, se ela não lembrasse tanto sua falecida e amada esposa. Observou com mais atenção e podia ver nela cada traço de Emily. As dobras que se formavam na testa quando estava muito concentrada e os olhos que se moviam com facilidade de um lado para o outro, pegando uma visão muito mais ampla do espaço ao seu redor do que pessoas normais.
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  No início, vê-la levitando objetos e tendo reações mais rápidas do que o ser humano o fez se lembrar do quão Emily odiava . Quando a garota acabava uma fase com sucesso, sua risada lhe lembrava as gargalhadas que dava quando bebê e se divertia levitando coisas enquanto sentada em seu colo. Tony amava vê-la se divertir com seu poder; amava a ideia dela um dia poder lutar ao seu lado. Ao contrário de um pai consciente, gostava de saber que um dia poderia querer ficar ao seu lado e proteger o mundo.
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  Lembrou-se do uniforme guardado em um dos armários sete chaves que havia no fundo de seu laboratório. O uniforme que ele havia construído para sua companheira, a única pessoa que aceitaria ter como parceira; aquela que passou várias noites pensando como estava e se sua decisão fora correta, mas que, ao olhar para o lado e ver o espaço vazio de sua cama, deteve-o a trazê-la de volta para sua vida.
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  Quando dentro da cabine com , Stark começou a ouvi-la falar sem parar e achou engraçado a maneira como ela era inocente, como Thor, achando que seu nome era Mecânico, quando este era apenas o nome de um profissional. Ouvindo-a fazer perguntas, curiosa como ele próprio, o fez se sentir incomodado pela garota se parecer tanto com Emily fisicamente, mas com ele, internamente. Agilizou a finalização da organização dos fios à sua frente e fechou a tampa de metal que protegia os cabos. Levantou-se e deu de cara com os olhos grandes como os de Emily.
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  - Obrigada pela ajuda, Mecânico. Não há muitas pessoas que ajudam por livre e espontânea vontade. – ela dá um passo para trás. – Agradeço sua gentileza.
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  Afinal, não lembrava totalmente Emily, agora pode perceber; o sorriso era tão idêntico ao dele quanto ele esperava.
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Capítulo 6

   não gostava da ideia de ter de ficar por mais tempo indefinido presa dentro daquela imensa nave que passeava pelo espaço sem rumo. Assim que ouviu de seu irmão mais velho que deveria permanecer treinando sozinha ou com a ajuda de Steve e Natasha, sentiu seu coração bater mais rápido com o ódio de ser mais uma vez deixada de lado pelo deus.
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  - ! – Thor tentava fazê-la parar depois de ouvir o estrondo com que ela abriu a porta com seu poder de telecinese. Trocou olhar com doutor Robert e Natasha ao verem partes da porta transformada em poeira, um sinal de que seu poder estava crescendo mais do que ela conseguia acompanhar para controla-lo. – Irmã, pare já, é uma ordem!
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  Sem tomar conta de seus pés, parou ao ouvir a ordem do futuro rei de Asgard. Queria fechar os olhos com força e abri-los em seu reino natal. Não queria mais estar ali, estava completamente arrependida de ter aceitado a oferta de Nick Fury, achando que assim ficaria mais perto de seu irmão favorito e de seu planeta favorito. Ao contrário, tudo o que teve foi uma solidão imensa entre pessoas esquisitas e caixas de metal semi-vivas.
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  - , estou querendo conversar com você.
  - Para quê, irmão? Para tentar me dizer novamente que devo ser paciente? Sabe, Thor, já perdi as contas de quantos dias estou trancafiada nesta nave? Se sou tão inconsequente, então por que mestre Leonel permitiu que me formasse? Se sou tão ruim em controlar meus poderes, por que me permitiram sair de Asgard? Por que não me ensinaram a controla-lo desde pequena? Estou cansada de ser deixada de lado sob o assunto de minha própria vida! Estou cansada que escondam de mim verdades quando é importante que eu tenha noção delas para viver melhor! – ao mover sua mão para o lado, sem querer, levou uma cadeira em direção à parede de vidro que se partiu em milhões de estilhaços.
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  - Irmã, sei que está nervosa, mas não é assim que conseguirá controlar…
  - Por que está somente preocupado com meu poder? – a garota mais nova gritou, fazendo as luzes da nave piscarem. – Por que não está preocupada comigo? Com o que estou sentindo? Quero morrer, irmão! Estou sozinha, tendo uma péssima alimentação e ninguém se importa comigo! Como vou querer viver? E você não se importa! Você apenas fica na Terra com Jane Foster! Inventa mentiras para me deixar aqui sob efeito de pílulas!
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  - , você está sendo dura com…
  - Não quero mais ouvir! – a garota diz, empurrando o irmão mais velho para longe. Tão longe que Thor não conseguiu controlar o empurrão até estar fora da nave depois de atravessar dezenas de paredes de vidro e de metal.
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   olhou para suas mãos, os olhos arregalados e a boca boquiaberta. O que havia acabado de fazer? Da onde surgiu tanta força? Thor, que nunca era derrubado com tanta facilidade atravessou dezenas de paredes com um simples empurrão dela. Olhou para trás e viu Steve Rogers parado com a boca aberta e a posição e ataque.
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  - Eu não…
  - , mantenha-se calma. Não irei te fazer mal.
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  - Não se aproxime de mim! – a garota o empurra.
  - Eu sei que não quer machucar ninguém, mas você está nervosa e seu poder ainda não está cem por cento controlado. Acalme seus batimentos e respire fundo até o tremor de seu corpo cessar. Você quem deve fazer isso, apenas me ouça!
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  Sem escolhas, fechou seus olhos afim de obedecer as ordens de Steve, seu único amigo e a única pessoa fora Mecânico que confiava. Assim que sentiu seu corpo esfriar e os braços formigarem, sentiu fortes mãos segurarem seu corpo e antes de ouvir Steve gritar com os guardas da nave, apagou.
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  Quando seus olhos se abriram em uma cabine formada por três paredes brancas e uma de vidro, viu que estava sozinha. Suas mãos estavam presas atrás das costas de modo que não conseguia controla-las bem. Além de seus poderes estarem sendo supridos por algum lugar que não conseguia identificar, as mãos estavam tão apertadas que doía somente com um fraco movimento de sua respiração.
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  - Thor? – chamou pelo irmão, mas não houve resposta. O vidro que diferenciava das outras paredes era um espelho e não conseguia ver nada além de si mesma, os cabelos loiros bagunçados e a expressão desesperada no rosto. – Irmão? – tentou mais uma vez, em vão. Seus lábios começaram a tremer com o medo de ter sido deixada de vez pelo irmão mais velho. Queria lhe pedir desculpas antes de ser isolada em algum lugar do espaço para morrer sozinha. Não havia falado sério quando disse que queria morrer; tem medo da morte, não queria ter de enfrenta-la sozinha. – Alguém? – sem resposta.
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  Deixou-se deitar no chão, a única posição fora aquela que a mantinha sentada que era confortável. Pode relaxar o corpo ao sentir o chão gelado com a bochecha e as lágrimas começaram a cair, arrependida de ter perdido o controle. Ela pareceu um monstro. Apenas queria voltar para Asgard e acabou machucando seu irmão, o que rei Odin falaria sobre ela? O que Loki diria? Loki a elogiaria, claro, mas com o olhar de reprovação que sempre dava quando ela cometia algum erro. Fungou o nariz e apertou os olhos afim de sair daquela dura realidade.
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  Fechou os olhos uma segunda vez e quando abriu, estava deitada em uma confortável cama com os pulsos presos agora para frente. Steve estava sentado na beira e uma bandeja jazia em seu colo. Pela maneira que estava, parecia aguardar despertar de seu sono de exaustão.
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  - Onde estou?
  - Um novo quarto. – ele respondeu. – Aqui possuirão máquinas melhores para sabermos da potência de seus poderes. Mas isso não é importante no momento. Você precisa comer, esteve dormindo por um dia inteiro.
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  - Onde está Thor?
  - Thor está bem. Não se machucou nada, como esperado. Apenas estava com pressa, pois havia um compromisso na Terra.
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   desviou os olhos a fim de não deixá-lo ver seu aborrecimento ao ser trocada mais uma vez por Jane Foster. Sabia que o irmão havia ido para a Terra para vê-la; o fato dela não possuir controle sobre seus poderes, ter sido jogada em uma cabine com as mãos algemadas e ter dormido um dia inteiro não foram motivos suficiente para fazê-lo desmarcar seu compromisso com Jane Foster. Ela era menos do que uma formiga para Thor.
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  - Não pense coisas ruins, ele teve de resolver alguns problemas.
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  - Irei fingir que compreendo.
  - Agradeceria se acreditasse de verdade, pois não digo mentiras. – havia algo em sua voz que a fazia acreditar em Steve. Olhou para o herói, que agora estendia os pés da bandeja para apoiá-la melhor à sua frente. – Você deve comer, infelizmente não posso soltar suas algemas, Natasha acha que você poderá machucar alguém enquanto está instável. Tente comer tudo, estarei aqui para te ajudar caso haja dificuldades.
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  Não ousou reclamar de sua bondade, mesmo estando nesse estado. Seu coração ainda doía com sua posição na vida de seu irmão mais velho e a raiva de não conseguir manusear perfeitamente seus poderes como ele e Loki conseguiam. Enquanto comia, não sentia o gosto da comida. Percebeu que havia parado de comer quando sentiu a mão de Steve em seu ombro.
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  - Acho que quero ficar sozinha. – falou para a única pessoa próxima a amiga que tinha. Sem reclamar ou exigir que comesse mais, retirou a bandeja de cima do colo de e a deixou em uma mesa que havia no canto da cabine. Saiu por uma fresta que guardas abriram na parede de vidro. deu as costas à parede e se encolheu em sua cama, como se estivesse sentindo cólica.
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  Fechou os olhos esperando que dessa vez, quando abrisse, realmente estivesse em Asgard.
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Capítulo 7

   não sabia quantos dias ou semanas estava sendo mantida naquela cabine. Seu humor, ao invés de melhorar, piorava. Se antes ela reclamava por estar sendo tratada como uma prisioneira naquela nave, agora então, nem se fala. Os humanos tinham uma maneira ignorante de tratar pessoas que machucavam as outras, talvez por isso elas fossem tão violentas.
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  Perdeu as contas de quantas vezes olhou seu reflexo no espelho. A vontade de ser retirada dali se foi depois que percebeu o que realmente significava para os humanos. Comia pouco, mesmo quando Natasha mandava; mesmo quando Steve, seu único amigo, mandava. Mesmo quando Thor, depois de muito tempo, veio vê-la e ousou ordená-la comer, tentando utilizar sua autoridade asgardiana em cima da irmã; mas o respeito que ela sentia por ele já não mais era prioridade. O que disse para Thor no dia do descontrole era verdade, ela queria morrer.
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  Steve era a pessoa que mais passava tempo com ela. Mesmo que fosse somente para ficarem em silêncio, o herói a visitava todos os dias e ficavam por um longo tempo com ela, tentando conversar, tentando fazê-la comer, tentando melhorar seu ânimo. Com o tempo, passou a se sentir mais agregada a Steve do que seu próprio irmão. Comia somente quando ele trazia seu prato para comer com ela, pois não gostava da sensação de ser observada enquanto se alimentava. Só falava quando Steve estava sozinho com ela na sala e as únicas mãos que lhe davam carinho, passando uma mínima sensação de conforto, eram as do Capitão América.
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  - Quando sairei? – murmurou, a cabeça apoiada nas pernas de Steve, que estava sentado em sua cama.
  - Você não está sendo uma boa pessoa, sabe? – ele diz em tom de riso. tenta rir com o comentário, mas não consegue. – Enquanto não colaborar com eles nos testes, não sairá daqui tão cedo. Estou falando para seu bem, .
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  A garota apertou os lábios e fechou os olhos, virando o corpo de lado, tentando adormecer, a única ação que podia fazer dentro daquelas quatro paredes.
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  Provavelmente alguns dias depois, quando abriu os olhos, pode ver uma pessoa diferente de Thor, Steve, Natasha, Nick Fury ou qualquer integrante da S.H.I.E.L.D. Coçou os olhos, tentando enxergar melhor do que o borrado de ter acabado de acordar e foi somente alguns segundos depois que conseguiu identificar o perfil do homem parado em pé do outro lado da sala:
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  - Ah, é você, Mecânico. Sou uma pessoa perigosa, pelo menos é o que dizem, então você não deveria estar aqui.
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  - Acha que tenho medo de você? É apenas uma garotinha.
  - Queria ser vista como uma garotinha por todos. Pelo menos me tratavam bem.
  Tony Stark abriu um pequeno sorriso ao vê-la começar a se parecer consigo, utilizando a ironia como muro protetor de suas emoções. Se aproximou, sentando na beira de sua cama. a olhou com curiosidade, mas ele nada disse. Manteve-se calado, apenas respirando o mesmo ar que ela, coisa que deveria ter feito há anos e nunca teve coragem ou força de encará-la. Agora, ela se parecia ainda mais com Emily, mas não sentia tanta repulsão quando criança. Observando-a através das câmeras e analisando seus exames e testes, entendia por que a criança está no alvo das ninfas do espaço. Ninguém até então consegue entender a dimensão do poder, porque até agora não encontraram o limite dele.
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  - Ouvi dizer que está dando trabalho para os heróis. – começou a conversa. bufou, exausta, se sentando e abraçando suas pernas, enquanto se encosta na parede, ao lado de Tony.
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  - Ninguém que é maltratado colabora com a pessoa que causou sua dor.
  - Por que eles causaram sua dor? Achei que estivesse tentando ajuda-la a saber o limite de seus poderes para que quisesse controla-lo e liberá-la para missões na Terra.
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  - Eles só me mandam treinar, como se quisessem que eu me canse. Não me dão treinamentos específicos, só fazem testes repletos de fios e monstros de metal. Não me dizem se melhorei, a não ser que eu pergunte. Em Asgard, os tutores não aguardavam a ingenuidade do aluno em vir questionar um professor, eles diziam nossos erros antes mesmo de suspeitarmos deles.
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  - Os humanos são um pouco estúpidos, sim. Mas isso não significa que você deva sacrificar sua saúde para atingi-los. Você deve saber que não está se sucedendo, não é? Eles não dão a mínima.
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   encarou o homem honesto à sua frente. Pela primeira vez desde quando chegou, alguém era direto consigo. Não perdia tempo escolhendo palavras de conforto que acabavam machucando-a muito mais. A falta de tato de Mecânico trazia mais aquecimento em seu coração do que a falsa esperança que o resto dos visitantes ofereciam.
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  - Se eu ajudar, você acha que me tirarão daqui?
  - Pelo menos pensarão na hipótese.
  - Mecânico, isso não ajuda. – a garota reclamou com uma careta. Viu o homem virar seu corpo para ela, o ponto de luz no meio de seu peito brilhando mais que as luzes que iluminam o quarto.
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  - Acho que está na hora de te dizer que meu nome não é Mecânico. Mecânico é uma profissão dos humanos na Terra. São pessoas que concertam coisas, como eu fiz com a máquina de seus treinamentos.
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  - Então qual seu nome? – perguntou, abobada por ter sido facilmente enganada no primeiro encontro deles.
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  - Tony. Tony Stark.
  - Tony Stark… – ela repete, baixo. – É um nome mais bonito que Mecânico. – concorda com a cabeça, vendo o homem abrir um pequeno sorriso, divertindo-se com a descoberta da garota. – Você também é um herói? É seu poder? – apontou para o peito iluminado do homem.
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  - Sou um herói melhor que os outros. – Tony diz, o ego acima dos fios de seus cabelos. – Meu poder não está comigo agora, isso – aponta na direção de seu peito. – garante que meu coração não irá parar e eu morrer. Não se assuste, tenho o controle dele. Posso viver mais que você.
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  - Isso não é confortante. – a garota o encara assustada com a possibilidade da luz no peito do homem apagar repentinamente, o fazendo desfalecer em sua frente. – Dói?
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  - De vez em quando, mas a dor já faz parte de mim. Quando você sabe que não poderá viver sem ela, arranja uma maneira de acostumar-se à ela antes que ela a destrua.
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   manteve-se pensativa com o que Tony havia acabado de lhe falar. Estava sentindo muita dor agora, uma dor agonizante, que a fazia querer morrer. Não queria se adaptar à ela, quer voltar a ser feliz como era quando estava em Asgard. Quando foi em sua única visita de algumas horas na Terra.
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  Depois que Tony se fez sua primeira visita, começou a ansiar mais seu retorno do que Steve, seu único amigo. No entanto, as visitas dele não eram tão frequentes quanto as do Capitão América. Perguntando sobre Tony a Steve, não se estranhou a expressão surpresa no rosto do herói, que perguntou se Tony havia mesmo a visitado.
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  - Ele vem menos que você ou Thor. Gosto das histórias que conta sobre as missões que completou. – abriu um sorriso, sentada ao lado de Steve, que a observava boquiaberto. – Sabe, ouvindo ele falar e das consequências que teve com relação a Nick Fury, me identifico com ele.
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  - Identifica, é? – Steve abre um sorriso sem graça.
  - É. Ele também tem um poder maior do que consegue controlar, então recebe bronca todas as vezes que não faz certo. Gosto da maneira que ele se importa em salvar o mundo, mas não liga quando alguém aponta algum erro durante o processo dele. É como se ele soubesse que é imperfeito, mas não liga para esse fator. Também tenho um grande problema de imperfeição, mas não sou tão… Descolada, quanto ele.
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  - Acredito que o “descolado” dele é visto como “irresponsabilidade” algumas vezes. – Steve coça a nunca, sem saber como se referir ao pai da garota. – Bem, Stark é uma ótima pessoa. Ele tem seus próprios ideais e gosta de fazer as coisas da maneira dele, que são bem mais… Aventureiras, que a nossa.
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  - Ele é bem sensacional. – a garota sorri, encarando o chão. – Gosto de conversar com ele. Ele me entende.
  - Entende?
  - Ele me diz a verdade, mesmo que não seja o que eu queira ouvir. Gosto da honestidade dele. Meu pai, o rei Odin, diz que temos de prestigiar as pessoas cuja virtude é honestidade. Thor disse que não há muitos deste tipo na Terra, então ter encontrado com Tony Stark foi uma sorte grande, não acha? – ela olha para Steve, que se engasga com a própria saliva, concordando brevemente.
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  Com o tempo, as visitas de Tony foram se tornando fonte para os testes mentais de , que não demonstrava nenhuma mudança desde feita da última vez. O homem, que sem os outros perceberem, tratava a cabeça e o psicológico da garota, estava começando a sentir a animação de poder ensinar sua própria filha a lidar com seus poderes da maneira que gostaria, como quando a via brincar com os objetos pesados quando neném.
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  Os dois passaram a conversar com mais liberdade, Tony com um pé sempre atrás, hesitante por dizer a verdade à filha. Depois de ter começado a conversar com ela, todas as noites eram completadas com pesadelos do peso na consciência de tê-la abandonado quando ela mais precisou. Mesmo acordando antes do horário devido, com o rosto suado e o corpo trêmulo, o herói usava o dia para refletir, deixando de visitar a menina. Contudo, a curiosidade de ver seu bem-estar sempre faz com que ele espiasse a garota por entre as câmeras escondidas dentro da cabine que a deixaram; eventualmente, desistiria da força de seus pesadelos para passar mais tempo com a garota que cada dia mais se parece com Emily.
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   estava cansada de observar as pessoas entrarem, saírem e passarem por sua cela. Steve disse que grande parte dos heróis estariam fora em uma missão importante com a Terra. Encontrariam-se com os representantes do Estado para discutir sobre a segurança do mundo. Devido ao encontro, sabia que não receberia visitas em sua cela, chamada de cabine por Steve.
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  Estranhou quando uma agitação se iniciou do lado de fora de sua cela. Sem ter o poder de gritar por ajuda devido ao sistema antissom da cela, não pode fazer nada senão observar os soldados responsáveis pela segurança de sua cela – ou da nave, contra ela -, caírem desacordados no chão. As luzes continuavam instáveis, significando que seja quem for a pessoa responsável pelo caos, as pessoas da nave ainda não possuem ciência sobre a presença de alguém perigoso.
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  Em questão de segundos, a segurança da cela foi cancelada; o campo de força sumiu, assim como as paredes de vidro e as algemas que prendiam os tornozelos e os pulsos de que foram ao chão. Enquanto massageava o lugar anteriormente presos, a garota observou seres encapuzados em capas de cor bordô se alinharem dentro da cela para em seguida dar espaço a uma mulher com a touca da capa pendurada esquecida atrás de seus cabelos louros brilhantes.
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   arregalou aos olhos, ao ver uma versão de si mais velha. Abriu a boca para dizer algo, pensando ser uma provável energia que mostrava seu futuro, mas os movimentos da mulher não seguiram os seus, dando a entender que ela era outra pessoa.
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  - Quem é você? – perguntou, tentando manter distância da mulher, mas sendo impossível devido à parede branca atrás de si.
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  Os lábios vermelhos e brilhantes da mulher formaram um sorriso malicioso.
  - Meu nome é Emily e vim te salvar.
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Capítulo 8

   permaneceu calada apenas observando a mulher que havia acabado de lhe dizer ser sua mãe. Não soube como se portar… Mãe? Sua mãe estava morta e uma homenagem à ela foi criada em Asgard, uma bela estátua que simbolizava a maternidade e esperança do mundo asgardiano. Não possuía outra mãe, nunca soube de alguém que tivesse tido duas mães. Nem Loki, seu irmão que disse ser adotado conheceu sua verdadeira mãe, deixada no mundo frio já destruído duas vezes por Thor e Odin.
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  Contudo, assim como a primeira impressão que teve da tal Emily, não podia deixar de associar a aparência das duas como extremamente parecidas. Seus olhos claros, os cabelos dourados longos, até o olhar duro de quem possui muitas experiências na vida. costumava treinar o olhar para enfrentar o rei Odin sempre que decidia tentar, mais uma vez, pedir permissão de visitar a Terra com seu irmão Thor. Mas Emily não parecia ter treinado a expressão pro tanto tempo quanto ela; na verdade, a mulher se expressava tão naturalmente que chegava a se assustar. Nunca havia conhecido na vida alguém que fosse tão séria a ponto de emanar uma sensação negativa.
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  - Você me levará para a Terra? – perguntou, hesitante.
  Observou Emily abrir um sorriso com dentes tão brancos que mal pareciam serem reais. Olhou para os lados, como se quisesse trocar olhar com algumas das pessoas encapuzadas, mas não pareceu abalada ao ver que eles não se moveram um centímetro para encará-la. deu alguns passos para trás ao vê-la se direcionar à ela; ao ver a garota recuar, Emily não forçou a proximidade. Parou e passou a somente falar:
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  - Você acha que ser salva significa ser levada à Terra?
  - Não é? Então me levará de volta para Asgard?
  - O que teria de bom em Asgard? – Emily perguntava, sua voz calma como a de um psicólogo. não conseguia entender a intenção de sua calmaria ou se era confiável; na verdade, ela já não sabia mais quem era confiável a si.
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  Passou a pensar na questão de Emily. Se voltasse para Asgard, o rei Odin a mandaria voltar para a nave e ficar com Thor, além de dar-lhe um bom sermão por ter fugido e confiado em uma estranha. Concluiu que voltar para Asgard não era uma boa ideia.
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  - O que você quer? – acabou perguntando, vendo a mulher manter seu sorriso, suspirando e desviando seu corpo até o local onde seria a cama de , sentando-se e cruzando a perna coberta por um fino tecido de couro escuro.
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  - Como já disse, vim te salvar. Uma garota tão poderosa não deve ser trancafiada em uma cela horrenda como esta. – levantou a mão, mostrando a cela desbloqueada pelo campo de força. concordava. Queria usar seu poder a favor do mundo, não contra hologramas ilusórios na sala de treino. – Mas pelo que vi, você ainda não tem controle total sob seus poderes.
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  - Estava treinando! – a garota deu um passo para a frente, vendo na mulher a oportunidade de treinar livremente. – Perdi o controle por causa de uma dor de cabeça, disseram que haviam achado a cura, mas que era melhor ficar presa nesta cela. Não me deixam mais treinar, apenas me usam de cobaia para seus experimentos. Você me tirará daqui?
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  - O que você acha que fará, se eu te levar comigo?
  - Por que você entrou para me salvar, se não sabe o que eu devo fazer? – cruzou os braços, vendo o sorriso de Emily aumentar, soltando uma pequena risada e se levantando.
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  - Não me surpreende sua personalidade esperta. Muito bem, se você concordar em realizar meus treinamentos, poderei levar você comigo.
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  - Que tipo de treinamento?
  - Ah… – Emily expandiu um grande sorriso com os olhos claros e sombrios. – Um treinamento muito melhor que hologramas baratos. – com um movimento das mãos, o muro de soltados encapuzados iniciou a caminhada para fora da cela, preparando o que seria a fuga de todos. – Deixarei que você tenha aulas práticas realistas. Lá na Terra.
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  Tony não conseguia entender a razão de uma reunião de emergência. Até a quinze minutos, haviam lhe dito que a missão que estava realizando era emergencial e que nada deveria tirá-lo de seu rumo. Agora, entravam em contato para que retornasse à sede da S.H.I.E.L.D. para um caso extraordinário. Era melhor que fosse mesmo extraordinário ou pagariam a manutenção de sua armadura, principalmente o gás que o fazia voar.
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  Fez a meia volta e tomou o rumo para a base, um percurso que demorou vinte minutos para ser feito. Ao chegar, encontrou com Thor que arrumou os cabelos depois de ter voado meio mundo até ali.
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  - O que pode ser mais importante do que um grupo de terroristas matando vilarejos inteiros na Tazmania? – Thor perguntou, nervoso, dirigindo-se com Tony até a sala de reuniões.
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  - Senhor Stark, Thor. – um dos agentes se dirigiu em passos apressados entre os dois.
  - Agente Silver, coloque na conta da base meus gases, desta vez não deixarei passar o desgaste das minhas peças. Sou rico, mas o mundo passa por uma crise econômica, sabia? Temos TV que passam notícias sobre a Terra, você deve ser manter…
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  - A reunião foi transferida para a área X. – o homem cortou o papo furado de Tony, que se calou ao reconhecer o código para a área onde os presos especiais ficavam. Onde estava. Olhou para Thor que, junto com ele, correu como nunca até o local onde outros heróis já se encontravam com expressões fechadas.
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  - O que aconteceu? – Thor perguntou, vendo agentes responsáveis pelo turno da madrugada serem atendidos no local por paramédicos. Grande parte deles ainda permaneciam deitados no chão, pelo efeito do poder de paralisia não ter saído. – Quem fez isso? Onde está ?
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  Nick Fury foi o primeiro a se movimentar. Caminhou calmamente com as mãos cruzadas atrás do corpo, a expressão séria.
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  - As ninfas tinham razão. – ele disse. – Essa noite recebemos a visita de uma pessoa muito especial. E essa pessoa especial sabe que é tão especial quanto ela. – ele encarou Tony e apontou para o holograma da câmera que gravou todo o ataque.
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  Stark arregalou os olhos ao observar a última pessoa encapuzada se aproximar de sua filha e jogar o capuz para trás. Reconhecia aqueles cabelos em qualquer lugar.
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  - Aparentemente, Emily não está tão morta quanto achamos que estava. – Nick disse atrás de Tony.
  O Homem de Ferro permaneceu estático, sua mente travada na imagem de Emily viva. A mulher que mais amou na vida, que o fez se desfazer de sua própria filha.
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  - Olá, Tony. – a voz da ex esposa apareceu no holograma, chamando a atenção de todos os integrantes do grupo de heróis. – Faz muito tempo, não é? Dezessete anos, talvez? – o sorriso que ela passava não era o mesmo que ele reconhecia. Não era Emily, não a sua Emily, mãe de . – Você deve estar bastante confuso agora, não o culpo. – solta uma pequena risada.
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  - Está gravando? – Natasha perguntou a Oliver, que concordou com a cabeça de olhos no holograma programado pelo grupo comandado por Emily.
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  - Antes que você duvide, estou viva. Muito viva. Gostaria de lhe contar toda a história, a razão de ter forjado minha própria morte, por isso, sente-se e aproveite. Ah! Não posso deixar de lhe dizer que peguei nossa filha de volta. – seus olhos desviaram para algum lugar fora da câmera que a gravava. Soltou uma pequena risada. – De repente, senti que ela é uma ótima garota, por isso, decidi tomar meu posto de mãe e ensiná-la sobre a vida. Não é ótimo? Você deve ter aproveitado muito bem esses anos como pai dela. Não se importará se agora for minha vez de educa-la apropriadamente. Não se preocupe, Tony, a boa notícia é que não a manterei longe de você por muito tempo, ela irá até você na hora certa. – o sorriso de Emily gradativamente foi tornando-se sombria; o mesmo sorriso que os vilões mostram quando planejam algo contra eles. – A má notícia é que será para te matar.
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Capítulo 9

  Depois de assistido à mensagem que Emily tinha para ele, Tony Stark pediu um momento de reflexão, solitário em seu quarto na nave. Seu corpo parecia ter voltado de uma verdadeira guerra, como quando foi até o ocidente e voltou com o aparelho ligado ao seu coração em seu peito. Deitou-se na cama que quase nunca era tocada pelo herói e passou a observar o teto impecavelmente branco. Como poderia imaginar que um dia o amor de sua vida voltasse para se vingar? Em sua mente, a história que Emily havia acabado de contar pela gravação do holograma que havia deixado para trás propositalmente consumia-lhe a mente. Estava detonado.
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  “Não sei se você se lembra, Tony, da guerra que causou na França há alguns anos. A corrida foi fantástica, não é? Lembro-me de vê-lo pela TV enquanto observava meu querido pai finalizar um projeto que ele usaria para acabar com o criador das armas que matou todos em nosso vilarejo na Rússia. Você não deve saber os estragos que suas armas fazem, pode ter uma noção, sim, mas nunca vivenciou o terror que elas causam e como podem destruir a vida de quem permaneceu vivo. Meu pai foi consumido pelo ódio naquela época. Ódio por haver alguém tão cego pelo poder e preocupado com os americanos, idiotas e capitalistas. Ele, um cientista inteligente, planejou destruí-lo durante três longos anos. Os três piores anos de minha vida, onde vivia desesperada para não morrer de frio, fome ou solidão.
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  Foi durante a corrida em que você participava como um ricaço orgulhoso de suas armas, dizendo representar a segurança dos cidadãos do mundo, quando, na verdade, só se preocupa com os americanos. Você matou meu pai diante de meus olhos. Eu, escondida por ele para que não fosse levada pelas tropas americanas não pude fazer nada senão observar o corpo sem vida de meu querido pai aos seus pés. Você não olhou de volta para ele quando foi embora, apenas balançou a mão, permitindo que os americanos o pegassem como sacos de lixo e jogassem-no em um furgão. Sabe-se lá o que aconteceu com seu corpo, não pude fazer um funeral decente. Infelizmente, não tenho o dom da ciência como meu pai, mas sou tão inteligente quanto ele. Decidi realizar minha vingança atacando seu psicológico. Mais do que dor física, é a dor mental, que envenena seu coração e o modo como vive. Como tem se sentido recentemente? Bem?” Abriu um sorriso.
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  “Te conquistar foi tão fácil quanto cuidar de uma família. Não é muito difícil saber o tipo de mulher que homens como você gostam. Nós, mulheres russas, acostumadas com a infiltração como agentes secretos estamos acostumadas a dosar nossa quantidade de sensualidade, de acordo com nossa vítima. Primeiro pessoas ligadas ao seu cotidiano, depois diretamente a você e então… Você. Foram questão de um ou dois anos até estarmos casados e grávida de . Quando penso na velocidade que meus planos se sucederam, tenho vontade de rir!
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   veio em boa hora. Eu ouvi você conversando com alguns possíveis investimentos que precisavam de cobaias para a pesquisa. Poderes genéticos. Seria fascinante ter uma filha com poderes como Thor ou Steve. Escondida, convenci aos cientistas que me permitissem ser a cobaia; como esperado dos estúpidos americanos, concordaram em me utilizar, sem antes saber sobre qualquer indício de gravidez. Os poderes foram um sucesso, mas não duraram mais que alguns dias. Você estava fora e não precisei pensar em uma desculpa por estar tão desastrada. Contudo, os poderes permaneceram no feto e, como esperado, reproduziram-se nela. Obviamente, escondi de todos o fato de sentir mais pesada, com movimentos bruscos; por isso o final da gestação foi tão difícil, por isso o parto foi quase impossível. A dor não me traz arrependimento, veio exatamente da maneira como eu queria. O melhor? Você a amava tanto quanto dizia me amar.
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  Ah, como era bom vê-lo se divertir com . Como era bom vê-lo em um impasse entre ficar com ela e me agradar! Todas as vezes durante as nossas brigas, saía pensando no quão tolo era por não perceber minhas verdadeiras intenções. Mas, como sempre, um homem apaixonado é um homem cego.
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  Forjei minha morte certa que você faria exatamente o que eu imaginava, só não esperava que fosse tão perfeito a ponto de enviá-la para um outro mundo! Você é ótimo, Tony. Durante anos, mantive minha identidade secreta para que pudesse percorrer o mundo em busca do meu plano de finalizar o que meu pai começou. é a peça principal; tenho certeza que deve estar orgulhoso de ver que sua filha finalmente poderá fazer um bem maior para o mundo, derrotando a base de toda a destruição. Tony, querido, você foi um bom pai para o mundo. Pena que não terá a mesma opinião que os cidadãos. Não se preocupe, farei um bom papel de mãe, como é de se esperar. Não espere notícias, apenas aguarde um espetáculo.”
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  Não importa a maneira como os agentes da F.I.E.L.D. estão tentando descobrir o local onde Emily levou , Tony sabia, pelo que viu no holograma e na fraca cópia dos olhos de sua ex que ela não facilitaria para ninguém. As duas poderiam estar em qualquer lugar do planeta.
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  Se antes, durante os dezessete anos sem e sem Emily já se sentia um péssimo pai, agora, o sentimento era indescritível. Como pode deixar a filha crescer longe de si? Sua garotinha; tinha planos para ela, para os dois. Durante os anos longe, imaginou incontáveis vezes como seria se os dois estivessem juntos, se Emily amasse a filha como ele a amava. Agora entendia que o pensamento nunca foi mais do que uma mera ilusão de seu desejo. Seus pensamentos nunca se sucederiam; ele nunca teria uma família feliz com sua esposa e filha. Abriu os olhos e olhou para o relógio, que marcava passados 2 horas desde quando se trancou.
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  Ainda tem chances de salvar . Mesmo que Emily conte sua versão da história para colocar sua filha contra si, ele deveria tentar. Colocaria seu equipamento e percorreria o mundo até encontrar sua garotinha. Não poderia desistir; desistir nunca foi uma opção.
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   olhava para o aposento perfeitamente decorado. Emily, que conversou pacientemente com ela sobre como controlar seus poderes durante o caminho até o local, agora se encontrava atrás da menina, observando-a percorrer o cômodo com curiosidade, como se nunca estivesse em um lugar tão feminino e delicado.
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  Mesmo com seus planos e a intenção de machucar sua filha, era claro que Emily não a odiava ou tinha qualquer sentimento ruim pela garota. Não chegava a amá-la tanto quanto o pai da garota, mas tinha sua preocupação com o bem-estar. Mesmo estando longe, observou desde quando forjou sua morte, a garotinha crescer no mundo seguro de Asgard. Ficou satisfeita com a decisão de Stark, por facilitar seu plano no futuro, mas também ficou mais tranquila por vê-la aprender as lições corretas e longe da Terra, onde há tantas pessoas corrompidas como ela própria e Tony Stark.
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  Abriu um pequeno sorriso ao ver a garota alegre, diferente de como aparentou nos últimos meses. Ela era tão parecida consigo. Algumas características eram idênticas aos de Tony, como sua bondade e curiosidade, mas ninguém poderia dizer que não era sua filha.
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  - Está com fome? – perguntou, vendo a garota desviar sua atenção para Emily.
  - Faminta.
  - Venha, vamos comer algo. – esticou o braço, tendo a garota passando por seus braços e saindo do quarto para caminharem juntas até o complexo onde serviam as refeições. Estavam em algum lugar da Nova Zelândia. Emily sempre disse para Tony que odiava o país, porque ele era vazio. Seria o último lugar que as procurariam. – , o que você acha sobre a mentira?
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  A garota encarou a mulher tão parecida consigo. Loki sempre havia dito que os humanos eram parecidos. Nunca imaginou que pudessem se parecer também com asgardianos.
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  - Em Asgard, o mundo onde cresci, aprendi que os humanos tendem a mentir para se protegerem do que creem ser um mal. Contudo, parece que eles também têm um vício em mentir, mesmo quando não é uma urgência.
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  - Você acha isso bom ou ruim?
  - Eu prefiro viver sem mentiras. – levantou os ombros. Observou Emily concordar com a cabeça e aguardou que ela explicasse a razão de fazer tais perguntas sobre a mentira. Havia algo que ela deveria saber?
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  - Há uma coisa que preciso lhe contar. É uma mentira que contei há vários anos e que aguardei impacientemente você crescer para que possa entender e compreender. – a mais velha pousou sua mão no ombro da filha. – Vamos comer tranquilas, temos bastante tempo para conversar; quero que você saiba de toda a verdade que lhe foi escondida por toda sua vida.
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  - Que tipo de verdades?
  - Do tipo que a fará chorar. Odiar, e espero, crescer. – Emily abriu um sorriso, entrando no complexo repleto de guardas parte de seu clã.
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   nunca iria imaginar que a mãe, quando mencionou “crescer”, estivesse se referindo ao amadurecimento e à decisão de devolver a todos os que fizeram-na sofrer, uma vida infernal.
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Capítulo 10

  Steve olhava para a escuridão da galáxia em sua pose habitual de soldado; o corpo ereto, as mãos cruzadas atrás de seu enorme corpo e a cabeça erguida, como se quisesse ser superior a todas as constelações que lhe rodeava. Mesmo passando a sensação de segurança àqueles mais fracos que passavam com pastas e tablets em mãos por fazerem parte da equipe de pesquisa ou científica, dentro de sua mente estava perdido em seus próprios pensamentos, que estavam ligados somente com a imagem de . Em um breve segundo, piscou com mais lentidão junto com um suspiro, o suficiente para que Natasha começasse a zombar.
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  - Lembra quando eu disse para sair com Laura, da recepção? – a voz sensual da agente russa agora parecia bem mais irritante do que costuma achar quando está brincando com ele. – Se tivesse me ouvido, não estaria tão preocupado com a filha do Stark.
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  - Minha preocupação com não tem nada a ver com…
  - Steve, apesar de ser uma assassina fugitiva da lista dos mais procurados do mundo e que, ironicamente, possui crédito com os Estados Unidos, sou mulher. Pode não parecer, mas entendo dessas coisas. Sei quando alguém está apaixonado por outra pessoa.
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  - Você sabe, porque utiliza dessa estratégia para atingir seus alvos. Eu não sou seu alvo, Natasha. – o Capitão América virou seu corpo em direção à Viúva Negra, que abriu um pequeno sorriso, como se tivesse orgulho do que o homem acabara de constatar. – Você não está nem um pouco preocupada com a garota?
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  - Por que deveria? Até onde sei, se há alguém com risco de vida neste mundo inteiro, definitivamente não é ela. – a mulher cruzou os braços, vendo os olhos de Steve se revirarem em impaciência. – Tony decidiu assumi-la.
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  - Tony a assumiu há tempos. Só estava lutando contra sua consciência.
  - Não, Steve. – Natasha chamou a atenção do Capitão. – Ele quer ver você.
  Steve não teve tempo de responder o que provavelmente havia interpretado. O fato de Tony ter assumido e querer falar com ele pode ter relação ao tempo que o herói passou ao lado da garota durante o tempo em que estava aprisionada. Não havia com o que se preocupar, afinal, não via senão como uma possível companheira de time que deve proteger mais do que Natasha. Bem mais.
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  O som dos alarmes de emergência soaram novamente. Os dois agentes do time principal da S.H.I.E.L.D. olharam o painel onde mostrava o mapa da nave e o local atingido. Imediatamente, com a habilidade de se movimentar com rapidez, os dois saíram em disparada até o compartimento das naves, onde, surpreendentemente, encontraram com Loki de braços cruzados, parado acima de uma pilha de sucata do que antes eram as naves de transporte de material de pesquisa.
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  - Loki, não me faça ir até aí! – Thor era o mais próximo do monte e gritava com o irmão adotivo mais novo, que mantinha o sorriso maroto de sempre nos lábios.
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  - Calma, “irmão”. – Loki inclinou seu tronco levemente para frente enquanto sinalizava as aspas durante a fala do que chamava Thor. – Vim em paz. – levantou as duas mãos, mostrando que não estava disposto a lutar. Segundos depois, um estrondo e jogos de luzes que formavam uma passagem teletransportadora surgiu ao seu lado, fazendo-o sorrir com muito mais diversão. – Mas nosso rei, não. – olhou para o lado quando rei Odin e seus cavaleiros se materializavam junto a Loki em cima do monte de sucata.
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  - Meu pai. – Thor, perplexo, se curvou em frente ao monte de metal, vendo o pai olhar ao redor antes de se dirigir ao filho.
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  - Onde está ? Soube que a perdeu, Thor. Sua irmã mais nova.
  - Devo acrescentar que a mãe biológica veio busca-la, meu rei. Então não sei se ela chamará Thor ou eu de irmão e o senhor de ‘pai’.
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  - Cale-se, Loki! – Thor berrou.
  - Quem deve se calar é você, Thor! – o rei andou em direção a seu herdeiro, vendo-o baixar a cabeça com sua ordem. – Uma simples tarefa; o que deveria ser sete dias, se estendeu a meses. Você havia dito que este lugar era seguro para a garota, e agora, olhe onde ela está!
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  - Devo interromper a discussão familiar. – Nick se aproximou com seu sobretudo de couro e o tapa-olho. – Antes de mais nada, devo me apresentar como diretor desta nave que seu filho bastardo acabou de destruir. Caso tenha vindo prestar auxílio no resgate da agente…
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  - Ela não é uma de vocês. – o rei interrompeu Nick, que se calou, disposto a ouvi-lo. – Vim avisar meu filho Thor que se ele não trazê-la de volta em segurança conforme havia dado a palavra, terei de repensar se o posto de rei ficará em segurança em suas mãos. Um irmão que não protege seu enteado, não prestará a devida segurança para os cidadãos de seu reino. – os dois homens caolhos se encaravam com tanta força quando se tivessem os dois olhos. Rei Odin foi o primeiro a desviar, olhando para Thor. – Em uma precaução de garantir que suceda, permitirei que Loki o acompanhe no resgate.
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  - Meu pai…
  - Chega! – o rei disse, antes de voltar ao topo do monte de sucata, onde seus guardas aguardavam pacientemente. – Se há alguém que compreenderá os sentimentos obscuros da garota, esse alguém é Loki.
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  - Ah, finalmente a merecida atenção, mesmo sendo pela razão de não ser legítimo. Mas quem se importa, não é? – Loki se aproximou de Thor, abraçando-o de lado. – Meu irmão, será uma honra trabalhar ao seu lado e salvar antes de você e seus modos honestos. Ter o lado mal no currículo não lhe parece tão ruim agora, não é?
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  Thor olhou para o rei, que lhe mandou um último olhar. Seu castigo além da preocupação com , era aturar seu irmão adotivo tirando proveito ode toda a situação.
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  Tony analisava em seu escritório todos os pontos que suspeitava que Emily estivesse com . Jarvis auxiliava analisando com antecedência, pontos que pudessem ser suspeitos do paradeiro de . Enquanto andava de um lado para o outro, passando por hologramas que mais pareciam fantasmas atravessando seu corpo, Tony se pegou pensando na ex-esposa e filha. Como Emily conseguiu enganá-lo tão bem. Como, sendo tão cauteloso com seus contatos pessoais, deixou alguém entrar em sua vida e acabar com a pouca felicidade que era, de fato, genuína. Sua ; em quase dois anos de sua preciosa vida, Tony preparou toda a linha de carreira da garota que um dia viria a ser tão brilhante quanto ele. Atualmente, adolescentes conseguem fazer milagres por dinheiro; quando se tem ele, nem o espaço chega a ser o limite e , com seu poder de telecinese, dominaria o mundo.
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  Ela primeiro entraria para a escola para crianças com dons especiais. Pesquisando, descobriu um nos Estados Unidos, apesar dos poderes das crianças lá não serem tão forte quanto as de . estudaria lá até o último ano do colégio, faria amigos, Tony a buscaria todos os dias depois da aula e, quando fizesse 16 anos, tiraria a carta de motorista e ele lhe daria um belo carro que pudesse transportá-la seguramente até a universidade. faria algo como Harvard ou Yale. Desde quando Tony planejou a vida da filha com cautela, começou a separar dinheiro para doar às duas universidades e, quando chegasse a hora, a filha não tivesse dificuldade em ingressar em qualquer uma delas. Depois de formada, talvez com um namorado a tiracolo, Tony esperava que não, ela passaria a trabalhar com o pai na empresa Stark, para que, em seguida, pudesse herdar todo o patrimônio que o pai havia prescrito em seu testamento. Mesmo que amasse Emily, Tony sempre deixou tudo no nome de sua filha.
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  Quando viu Thor levar sua em meio às cobertas, chorando como se soubesse o que se passava, Tony viu sua vida desmoronar. Estava pronto para viver pela filha, ajudando-a desde os primeiros passos até o dia em que fotógrafos formariam uma parede de máquinas para gravar o momento em que ele passaria a empresa para as mãos da filha, a pessoa que mais confiaria no mundo.
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  Durante todos os anos seguintes, Tony Stark se viu frio, seco, sem vontade de agradar ao mundo e com um ar de sociopata que assustava a muitos dos integrantes do grupo de Conselho. Foi apenas quando Pepper entrou em sua vida pessoal de vez que pode sentir a faísca do amor. Mesmo assim, Tony sentia a cada dia mais, o arrependimento de ter entregue a vida da filha a um, como ele dizia, ET.
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  - Encontrado suspeita de DNA e composição de fluídos. – Tony piscou duas vezes ao ser tirado de seu transe. Olhou para a tela do monitor que surgiu à sua frente pelos comandos de Jarvis e arregalou os olhos ao ver onde Emily e estavam.
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  - E depois eu sou o louco. – murmurou, antes de se fechar dentro de sua armadura de ferro, acionando o controle de voo e saindo céu afora em direção ao local indicado.
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   ouvia com atenção as palavras que saíam sem pausa dentre os lábios de Emily. Sua expressão, de fato descrente, dava a entender que estava tendo dificuldade em associar a verdade contada pela mulher, à verdade contada por seus irmãos e pai, o rei de Asgard. Durante os longos vinte minutos do monólogo de Emily, a garota pôs-se à pensar na razão da mulher lhe dizer o que chamava ser verdade; mais tarde, quando lhe mostrou a imagem do Mecânico, identificado como ‘pai’, passou a pensar no porquê de todos terem mentido para si.
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  - , querida, sei que você está confusa, não sei como lidar com toda essa situação. Treinei por anos essa conversa; é duro saber que é difícil compreender…
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  - Você. – levantou os olhos para a mulher. – É minha mãe?
  Emily abriu um pequeno sorriso, passando tranquilidade ao ver que a garota estava finalmente pensando no caminho certo. Segurou uma das mãos da garota, a mais perto, entre as suas:
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  - Saber que posso viver com você livremente assim é um alívio para mim, .
  A garota olhou nos olhos da mãe. Não conseguia entender os humanos; estudou sobre eles e agora, tudo o que aprendeu durante toda a sua vida não valia para nada. Em Asgard, os humanos eram vistos como seres inferiores, que precisavam de cuidado por serem frágeis demais. O rei Odin, até então seu pai, lhe dizia sábias palavras sobre o mundo humano; poucas, mas sábias. Ela nunca saberia que ele estava escolhendo tais palavras por saber que ela era um deles. Por isso eles queriam evitar que ela fosse para a Terra. Pensou em Loki e na maneira como ele a olhava; sempre se sentiu desconfortável, porque não gostava que as pessoas sentisse pena de si. Gostava de ser forte, como Thor. Quando Loki encontrava com ela, mesmo trazendo sorriso e ensinamentos ousados que aborrecia Thor e ao rei, os olhos transmitiam dó e compreensão. Ele também era um bastardo salvo pelo rei. Lembrou-se quando o irmão descobriu a verdade e se pôs a querer destruir o mundo.
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  Destruir o mundo daqueles que destruíram seu mundo. De repente, para , não lhe parecia uma má ideia.
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  - Por quê? – perguntou, de repente. Levantou a cabeça para Emily, que inclinou levemente a cabeça para o lado, confusa. – Por que demorou tanto para me falar? Por que esperou todo esse tempo?
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  As madeixas louras de Emily voaram quando um grupo de crianças do clã passaram correndo pelas duas. Seus olhos, idênticos aos de , encararam a filha, como se pensasse na maneira correta de proferir tais palavras. Suspirou em pensar, deixando os ombros caírem.
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  - Se Tony soubesse que eu estava viva, faria de tudo para me destruir pelo ódio de tê-lo enganado. Não o culpo. A mentira que planejei é tão dura que jamais pensaria ser capaz de concluí-lo, se não visse o rosto de meu pai, seu avô, me protegendo até o último segundo de sua vida. Também queria te proteger, querida. Viver com Tony… – balançou a cabeça, aparentando querer expulsar tais lembranças de sua mente. – Filha, crescer em Asgard foi a melhor coisa que imaginei para seu futuro. Receberia a educação de uma cultura que possui os princípios certos. Cresceria honesta como sempre quis que fosse. Eles, acostumados com tais poderes, não a veriam como uma aberração, mas sim como alguém para se inspirarem a ser mais forte e você, com a inteligência que seu pai lhe passou de herança e o esforço em não desistir que lhe dei, saberia como crescer em triunfo.
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  - Nunca passou pela sua cabeça que quis conhecê-la? Conversar? Saber a verdade antes que se tornasse uma mentira enorme?
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  - Você tem toda a razão em estar brava. O que eu puder fazer para amenizar sua raiva e dor, eu farei, querida. – Emily se pôs mais perto da garota, acariciando seu rosto. – Quero me redimir, . Não foi fácil para mim vê-la crescer e chamar a rainha de mãe, quando tudo o que eu queria era ter minhas próprias lembranças com minha garotinha. – uma lágrima surgiu em seus olhos, seguida de outra e outra. se arrependeu de ter sido dura ao ver a mulher quase aos prantos à sua frente. – Queria que você me visse como vejo minha falecida mãe, uma heroína. Sei que é pedir demais, mas você acha que nunca conseguirá perdoar a mim e minhas escolhas?
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   encarou os olhos vermelhos do choro da mãe e algo em seu estômago embrulhou. Mesmo que não tenham tido um passado juntas, de fato, a escolha dela em fazê-la viver em Asgard foi melhor para seu futuro. O rei sempre ensinou a perdoar aqueles que mereciam ser perdoados; o passado que viveu não foi duro como o de Emily, por isso, poderia tentar entender que a mãe fez o que deveria fazer para salvar a garota.
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  Timidamente, se aproximou da mãe e, cautelosamente, envolveu-a em seus braços em um abraço de reconhecimento. Um ato que mudaria sua vida.
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Capítulo 11

  - Tony, se você não me responder onde está, terei de enviar um míssil rastreador até você para que pare de querer salvar o mundo sozinho.
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  - Não se preocupe, Nick, já o encontrei. – Stark pode ouvir o contato entre os avengers. Antes mesmo de olhar para o lado ao finalmente sentir a presença de Thor, sua armadura sofreu um leve arranhão com o soco que tomou do asgardiano.
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  O Homem de Ferro tentou manter-se no ar, mas a surpresa foi grande demais para fazê-lo parar antes de cair no telhado de um prédio em construção. Enquanto se recompunha, pode ver o ponto de Thor se aproximando até parar à sua frente.
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  - Onde ela está? – ele perguntou.
  - Me nocauteando não fará com que eu fale, etê. – Tony anunciou, abrindo a máscara de sua armadura, para que pudesse enxergar a expressão séria de Thor, que mantinha o martelo bem preso em mãos. – Estou sabendo que seu irmão entrou pro time.
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  - Meu irmão está aqui somente…
  - Porque vilões se entendem. – Loki se aproximou com Steve. – Olá Tony Stark.
  - não é uma vilã. – Tony diz, se levantando. Olhou para Steve, que se manteve calado, diferente do usual. – Você e eu temos que conversar.
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  - Correção. – Loki falou. – A conversa do garanhão aí tem de ser com o pai de , se é que você me entende. – abriu um pequeno sorriso.
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  - Loki. Este não é o momento certo. – Thor repreendeu o irmão, que encarou-o com o mesmo tom de riso que utilizava com Tony.
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  - É mesmo, irmão? E quando será? Quando ele a encontrar abraçada à mãe, que está fazendo uma lavagem cerebral? Ele já foi enganado uma vez por ela, quem garante que não será novamente agora?
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  - O relacionamento que Tony e Emily tiveram não tem nada a ver com o futuro de . Nossa preocupação agora é trazê-la de volta… – Steve começou a falar, mas foi logo interrompido por Loki:
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  - Vocês não dão a mínima para os sentimentos da garota, não é? – sua voz repentinamente mudou. – Acham que ela é somente uma criança fácil de ser manipulada. – o riso desta vez não foi irônico, parecia mais como soltar toda a aflição que permanecia dentro de si. – Deixe-me dizer então o que irá acontecer: – cruzou os braços em frente aos três heróis. – Ela ouvirá a mãe dela, porque foi a única pessoa que, apesar de ter acabado com a vida de várias pessoas, foi a única que se importou em lhe dizer a verdade; em Asgard, o povo tem uma péssima mania, e eu falo sério, de ter uma grande consideração pela pessoa que lhe diz a verdade. não cresceu diferente das outras crianças, por isso, no fim desta jornada, meus caros, vocês estarão todos em um longo coma ou mortos.
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  - Você acha que a conhece demais. – Steve começou a falar. – Ser ilegítimo não significa que vocês possuem a mesma mentalidade. Há a possibilidade de ouvir Emily e se voltar contra nós? Sim. Mas não há como ela sofrer uma lavagem cerebral em vinte e quatro horas.
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  - A não ser que possua um aparelho que o faça… – Tony resmungou para si mesmo.
  - O quê? – Thor perguntou. – Existe uma máquina dessas?
  - Até então não, mas…
  Sem esperar por uma conclusão, o quarteto foi calado por um som estrondoso. Ao fundo, uma bolha laranja se formava, mostrando a explosão que acontecia em um local próximo à:
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  - Merda. – Tony não esperou a companhia dos companheiros. Fechou a armadura e levantou voo.
  - Aquilo foi… – Thor olhou para os dois restantes. Loki foi o primeiro a entender a situação; logo, começou a rir:
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  - Oh boy… Alguém terá muito trabalho na segunda-feira.


   olhava para os escombros e corpos caídos no hall de entrada da empresa de Tony. O Mecânico. Seu pai. Enquanto assistia ao grupo que obedecia sua mãe vandalizar todo o espaço que estava sob o som e luzes de emergência, pensa no sentido do ser humano chegar ao ponto de mentir sobre uma vida inteira. As pessoas daquele grupo, enganadas pela sociedade, por entes queridos que se aproveitaram de suas inocências para subir no pedestal agora encontravam na raiva uma desculpa para se vingar do sofrimento que reprimiram por tanto tempo.
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  Olhou para o lado e encontrou Emily, sua mãe biológica, em pé ao seu lado com um brilho no olhar. Durante a conversa entre mãe e filha, imaginou como seria se tivesse crescido ao seu lado. Se ela tivesse forjado junto sua morte. Não era impossível, ela poderia fazê-lo. Talvez ela não fosse tão importante quanto seu plano; talvez Emily estivesse receosa em não conseguir criá-la em um ambiente digno de uma criança inocente. Quaisquer resposta, nenhuma parecia satisfazer sua consciência. Cresceu observando todas as crianças felizes com suas famílias e tentou durante toda a juventude ignorar a sensação de que algo lhe faltava. Crescer em Asgard foi melhor, um fato inquestionável; mas foi o melhor para ela? Era tão difícil para Tony abandoná-la? Seu ódio era tanto que não conseguia nem dividir um espaço?
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  Tudo o que sabia agora, era que não sabia de nada. Sua vida foi uma mentira. Os ideais que lhe ensinaram não pareciam fazer sentido. Ninguém nunca lhe ensinou a lidar com a notícia de que não era asgardiana, mas sim uma garota jogada fora pelos pais. As pessoas que a criaram a amam de verdade? Sua mãe a ama de verdade? O pai que esteve onisciente, mas em partes, presente, a odeia como Emily disse? Por que ninguém nunca cogitou lhe dizer a verdade? Procurando as respostas para tais perguntas, viu que todas elas se remetiam ao sentido da vida. De sua vida.
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  Durante todo o tempo em que observava a destruição ser feita, sua mente estava fora de órbita. Quando a S.H.I.E.L.D. chegou, minutos depois do estardalhaço ser iniciado e começou a derrubar eficientemente todos os soldados mascarados de Emily, permaneceu pensativa ao invés de ajudá-los com seus poderes de telepatia como lhe era pedido pela mãe. Encarava todas aquelas pessoas lutando por seus próprios ideais, dependendo de si para sobreviverem. Por um momento, não quis salvá-los. Não quis ajudar sua mãe. Nem seu pai, Thor ou Steve, a quem confiou tanto e estava quase cedendo seu coração para que ele cuidasse. Pensou em suas conversas; seu comportamento também poderia ter sido programado. Uma preocupação falsa que demonstrava toda vez que se machucava, quando estava presa ou caminhando pelos corredores, perturbada.
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  E assim, no momento em que observou as quatro pessoas que mais amava – ou deveria amar – na vida observá-la apreensivos como se não a conhecessem e esperassem algum tipo de ataque, não pode deixar de se sentir ofendida. Em sua mente, havia somente uma conclusão:
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  O planeta Terra era realmente uma bola de lixo.
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Capítulo 12

  - , vamos conversar. – Steve começou a se aproximar cautelosamente. – Sei que está em uma situação delicada, mas não quero fazer nada que a possa machucar.
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  - Tarde demais, Steve. Você já fez. – em uma maneira de se proteger de sua presença, suas palavras e seus sentimentos, a garota levantou uma mão e empurrou o herói para longe de si.
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  Não foi preciso palavras. Para , as palavras já não significava mais nada. Sua luta foi causada por elas, mas não precisaria para eliminar todas as pessoas que a machucaram. Um por um enfrentou sem medo. A dor de ter sido enganada era maior do que o carinho que um dia sentiu por cada um deles.
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  Com a vantagem de ser “especial” demais para os heróis, era fácil acertá-los e difícil se machucar. Vê-los no chão, tentando se levantar, tentando não machucá-la, fazia com que sentisse ainda com mais raiva. Raiva por acharem que possuem qualquer tipo de chance de mexer com sua mente novamente.
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  - Querida, acho melhor irmos. – Emily olhou para , que nada respondeu. – A nave já chegou, precisamos partir. Despeça-se de seu pai traidor e sua gangue de mentirosos; eles mal conseguem se levantar, não conseguirão correr atrás de você para impedi-la.
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  - Em… – Tony se levantou em meio aos escombros que um dia formaram o incrível hall da empresa. – Deixe a garota.
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  - A garota? – Emily soltou um grito de indignação. – É assim que você chama sua filha? De garota? Observe só, , o que devemos fazer com pessoas que não nos dão o devido valor. – a arma que até o momento se encontrava parada ao lado de seu corpo agora apontava para Tony; a filha do ex-casal permaneceu calada observando a discussão, tentando compreender os lados para que pudesse estipular seu próprio lado. Não gostava de nenhum dos dois, mas não era uma garota burra. Cresceu em Asgard, um mundo em que a razão também faz parte do corpo e das consequências de uma vida.
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  Assistiu a mãe dar o primeiro tiro em direção à perna de Tony, que gemeu em dor, mas permaneceu resistente, tentando se aproximar das duas.
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  - É assim que seu pai sempre veio até mim, , se arrastando. – Emily olhou de lance para a filha, que ainda estava calada, submersa em seus próprios pensamentos. – Ser vilã não é ruim, querida, na verdade, eles nos dão este título porque temos ideais que não são iguais os deles. Acham que podem comandar o mundo com suas leis e regras, mas queremos outras oportunidades. Temos nossos próprios meios de chegar à paz, não é? – se aproximou da garota e colocou o braço ao redor de seus ombros. – Seu pai teve várias oportunidades de correr atrás de você para se redimir, de se tornar uma pessoa próxima ao invés de um estranho. Milhares foram as vezes que estas outras aberrações correram atrás dele para passar um mínimo de senso. Ele tinha uma filha. Eu, , querida, eu me mantive observando-a e mudando cada passo que possível longe de você. Se caía, eu fazia com que a dor não fosse tão ruim assim. Mesmo que não pudesse tocá-la, eu estava presente. Temos uma conexão.
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  - Emily… – Tony tentou falar novamente, mas trocou o sussurro por um novo grito de dor após ser atingido em seu braço. Steve e Thor não conseguiam se mover. Uma arma de paralisia os mantinha apenas observando a reunião familiar. Mesmo com a força espetacular dos dois, as armas pareciam ser ainda mais fortes ou pelo menos resistentes o suficiente para segurar os heróis. Afinal, estavam na empresa Stark, e quando se trata de armas de potência, aquele era o lugar mais apropriado para conseguir o melhor. – , me ouça.
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  - Você quer se desculpar, Tony? Agora? Neste exato momento? Só porque sua filha é poderosa o suficiente para acabar com o mundo? Querida, o que acha que irá acontecer quando for para o lado de seu pai? – Emily se pôs à frente da visão de sob Tony. – Ele irá fazer a mesma coisa que fez há anos atrás. Te enviar de volta para Asgard como uma prisioneira, já que machucou humanos e aprisionou o futuro “rei”. – apontou para Thor. – Além disso, não será bem-vinda na Terra tampouco. O capitãozinho ali garantirá que você seja banida do planeta e então você estará sozinha. Você quer ficar sozinha?
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   não respondeu. Olhou para o pai, para Thor, para Steve. Olhou em seus olhos, como costumavam fazer quando estavam sozinhos. Apertou os lábios, se achando tola por se aproveitar da situação em que ele se encontra derrotado para poder analisar a situação. Queria que fosse mentira, que Steve a ajudasse como sempre ajudou até agora e que não tivesse mentido para ela. Se lembrou quando era mais nova em Asgard e seu irmão Thor insistia em dizer que Teneu, filho de Iligan, era interessado nela. Quando olhou para o garoto correndo tão rápido quanto uma cheeta, não sentiu seu coração pulsar, nem teve vontade de vê-lo assim que sumiu de vista no meio das árvores. Mas com Steve foi diferente. Não gostava de vê-lo acompanhado de outras mulheres e toda vez que havia qualquer contato, mesmo que armadura em armadura, sentia o local queimar.
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  Sem perceber, deu um passo para trás, mostrando que havia aceitado a hipótese de Emily. Esta abriu um sorriso e fez um sinal para seus soldados.
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  - Vamos voar, querida, venha. – deu as costas à filha e seguiu em direção à imensa nave que as aguardava do lado de fora do prédio. Mesmo com a polícia e as forças especiais em ação contra o grupo, eles possuíam o poder nuclear de Tony, o que os tornavam bastante invencíveis contra as armas do governo.
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  Olhou o trio uma última vez antes de seguir a mãe e deixá-los para trás com suas mentiras.
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  O som dos motores eram inaudíveis. Emily havia dito para ela descansar, pois demorariam para saírem da nave. Enquanto estava em um quarto improvisado, pôs-se à pensar em tudo o que havia acontecido. Sua mãe havia dito que assim que os problemas acabassem, o planeta estaria em paz. Ela não se sentia nem um pouco em paz em saber do efeito que aquelas armas trariam para os seres humanos que tanto achou fascinantes durante toda sua infância e adolescência. Chegou enfim à conclusão de que o planeta estaria em paz porque eles eliminariam todos aqueles que se oporem aos seus ideais; uma reclamação que fez há pouco sobre as atitudes dos heróis. Fechou os olhos, querendo que todos aqueles problemas não existissem em sua mente.
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  - A verdade sempre foi um golpe muito baixo para os vilões, mas sua mãe parece lidar bem com ela. – abriu os olhos ao reconhecer a voz de um de seus irmãos, ou melhor, ex-irmãos. Olhou ao redor, mas não o encontrou. – Não acha interessante como ela consegue tornar a verdade mais dolorosa para você e menos para ela?
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  - Loki? – arriscou chama-lo e ouviu sua risada.
  - Veja só como parece indefesa quando está confusa. Se quer ser uma vilã, a primeira coisa que deve saber é que vilões não duvidam de nada.
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  - Onde você está? – se levantou da cama também improvisada e muito desconfortável. Andou pela curta extensão do quarto a procura de Loki, mas não o encontrou. Suspirou, passando a mão pelo rosto, achando que estava enlouquecendo.
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  - Sente, , você não irá me encontrar. – Loki finalmente deu atenção à ela. – Vamos conversar assim. Como se estivéssemos em uma terapia e você fará o papel da louca.
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  - Por que está aqui?
  - Oras, eu disse desde o início que éramos parecidos, lembra-se? – ele se referia às vezes que disse à quando ela ainda era pequena, que os dois possivelmente pensariam igual por serem parecidos. Ela nunca desconfiaria que ele estaria falando da verdade. – Seres de uma mesma espécie costumam colaborar com o outro para sobreviverem. Além disso, nosso rei Odin não será misericordioso se souber que eu não ajudei o tolo do Thor.
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  - Thor mentiu para mim.
  - É, ele costuma fazer isso quando acha que a mentira será potencialmente boa para cobrir a mentira. – o falso asgardiano diz em tom de deboche. – Como você está se sentindo agora?
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  - Nervosa? – a garota falou, como se fosse óbvio. – Estou furiosa!
  - Mesmo? Você não parece nada furiosa. Veja bem, quando eu descobri essa mesma verdade, quis destruir o mundo; e convenhamos, eu quase consegui. Causei um pequeno estrago – gargalhou, lembrando-se das expressões assustadas dos humanos. -, mas você, me parece que está tentando se convencer que seu pai está errado.
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  - E não está?
  - É claro que está, sua tola. Mas ele ter errado no passado não significa que errará novamente no presente.
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  - O que quer dizer? Que o erro dele é perdoável?
  - Eu estou bem satisfeito em Asgard mesmo não sendo o rei do mundo. Pelo menos tenho uma cela grande somente para mim. As luzes apagam e acendem quando bato palmas.
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  - Eu não quero morar em uma cela.
  - Isso foi bem insensível, . – Loki falou, fingindo estar ofendido. – Tony Stark não possui os mesmos ideais de nosso rei Odin; isso faz com que ele seja um pai muito mais estúpido, mas com o coração fraco.
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  - Ele nunca me visitou! Permitiu que eu crescesse em Asgard!
  - E isso foi ruim para você? Atente-se à resposta, criança, se for errada, a deixarei sozinha com seus próprios pensamentos.
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  - Não é isso… – murmurou, sem graça. – É só que… Um pai deve estar presente na vida de um filho, não é?
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  - Claro. Mas não obrigatoriamente fisicamente. Se ele tivesse morrido, você estaria mais aliviada por ter descoberto a verdade? O odiaria menos?
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  Loki tinha um ponto. Ela se sentia mais próxima de Emily, porque até então ela estava “morta”. Não havia a possibilidade de se aproximar dela mesmo que quisesse, já Tony não. Ele poderia se aproximar quando quisesse, mas não o fez.
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  Antes que pudesse ter uma nova conclusão, uma tela apareceu à sua frente, mostrando um vídeo de Tony. Ele estava no que parecia ser seu escritório. A vista era muito bonita do lado de fora, muitos pássaros passavam atrás dele e o terno estava impecavelmente liso. Olhava para a tela como se estivesse se preparando para fazer uma revelação.
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  “Olá , meu nome é Tony Stark. Pode não parecer, mas somos enteados, do tipo, pai – apontou para si. -, e filha. – apontou para a câmera. – Sei que você é loira e eu moreno, mas sua mãe fez com que você não pudesse compreender de imediato nosso parentesco. Ela era tão loira quanto você. – limpou a garganta ao se ver sem palavras. – Bem. Eu gostaria de ter coragem o suficiente de ir até Asgard lhe dizer pessoalmente, mas no momento, não consigo. Pode chamar de covardia, medo ou irresponsabilidade. A verdade, é que estou envergonhado. Gostaria de poder ter orgulho o suficiente para ir até você, mas se tivesse mais essa característica, eu seria insuportável.
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  Tenho vergonha de ir até você lhe pedir desculpas por ter sido o pior pai do mundo. Você está para completar três anos e não faremos as velas se apagar com seu poder. Você provavelmente terá um bolo estranho para comer. Não sei o que servem em Asgard, mas vendo Thor e seu gosto para alimentos, não me parece muito bom. – coça a ponta da orelha, olhando para cima, pensando em novas palavras para dizer. – Nós temos um apelido, sabe? Você adora me chamar de ‘papa’, porque sou sempre eu quem lhe alimento. E também porque sou seu pai, claro. Você é minha . Little . Fiz um traje para você na cor rosa. – colocou seu celular em frente à câmera, onde pode ver parcialmente a imagem da foto do traje. – Sei que quando descobrir, não irá querer ficar comigo ou compartilhar um voo pelo céu durante o nascer do sol. Não mereço seu perdão, mas gostaria que fosse considerativa em pensar no assunto. Mesmo que não esteja com você, acompanharei todos seus passos. Jarvas, meu assistente digital, me ajuda a observá-la de meu escritório em casa.
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  , desculpe por não ir até você. Eu apenas não consigo e sinto tanto por isso que chego a querer desistir de atualizar meu fluído. – apontou para o brilho detrás de sua camisa social e gravata. – Nos vemos em alguns anos. Tente não ser muito bonita e charmosa – sei que será difícil, pois seus genes é 100% perfeito; eu e sua mãe fomos eleitos o melhor casal três vezes -, mas se esforce. Ser bonita sem um pai presente para espantar os garotos não faz sentido algum. Deixe que eu lhe dê o amor que precisa, mesmo onipresente.”
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   manteve-se boquiaberta, olhando para o local onde a tela existia até a pouco. Seus olhos, cobertos de lágrimas, exalavam dor. Então era verdade. Seu pai não era presente fisicamente, mas nunca deixou de se preocupar; por alguma razão, seu coração pareceu muito mais leve.
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  - Por quê? – sua voz rouca saiu falhada depois de um tempo calada. – Por que ele não podia vir até mim?
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  - Alguns acontecimentos o impediam de conseguir vê-la.
  - Mas por quê? O que eu fiz para ele não conseguir nem me olhar?
  - Você matou sua mãe. – arregalou os olhos vermelhos, surpresa. – Isso mesmo. Essa aí que está na sala de comando.
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  - Minha mãe… Ela deixou que eu fosse a culpada?
  - Uma vilã digna, se quer saber. – Loki parecia estar sorrindo. não se importou dele estar fazendo graça da situação, seu irmão sempre foi assim. Quando não sabia lidar com os sentimentos, apenas ativava a ironia para demonstrar sua preocupação.
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  Uma nova tela apareceu com noticiários mudos e primeiras páginas de jornais falando sobre a morte de Emily e a causa. Tony despedaçado, sem saber o que fazer com a filha que sempre foi seu xodó. Queriam mandá-la para um internato para crianças especiais na Suíça. O governo a apresentou como potencialmente perigosa.
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  E então, novas notícias com uma possível morte de si. Tony forjou a morte da garota para que o mundo achasse que ela não havia sobrevivido aos próprios poderes e se esquecessem dela e do perigo que passava. Havia a mandado para Asgard, onde haveriam pessoas poderosas o suficiente para lidar com seus dons.
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   não disse mais nada. Loki tampouco parecia manter uma conexão com a garota. Tudo estava claro agora. Tony Stark poderia ser um péssimo pai por não ter criado a própria filha, mas ela era uma filha pior por odiá-lo depois de ter sido salva por ele. Apoiou os braços nas cochas das pernas. Sentiu suas mãos vibrarem.
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  Antes da mentira, havia somente uma coisa que odiava com todas as suas forças: Ser feita de tola.
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Capítulo 13

  Emily estava com um sorriso no rosto enquanto sobrevoava cidades até o México, onde havia construído uma área secreta para que pudesse colocar em prática o início de seu plano. As naves que construíram a partir de sucata e materiais roubados eram bastante resistentes a vários tipos de ataque, principalmente os tipos dos heróis. Contudo, não estava em seus planos perder o controle do transporte.
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  - O que está acontecendo? – perguntou, quando a nave começou a dar meia-volta durante o sobrevoo no Texas. – O que está acontecendo? – gritou mais alto para que os pilotos lhe dessem atenção.
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  - Os controles não estão funcionando. – eles tentavam de diversas maneiras controlar a situação com o que possuíam na nave. – Parece que está no automático.
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  - Automático para onde? – Emily urrou, observando as pessoas correrem de um lado para o outro, apertando em botões e alavancas. Mesmo com um número grande trabalhando no problema, a nave não parecia obedecer as ordens de ninguém. Olhou para os lados e viu a cidade que haviam passado há pouco. – Deem um jeito!
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  - Estamos tentando, Emily, mas gritando não irá nos ajudar. – o piloto principal olhou para ela sério. Havia criado a estrutura da nave para suportar vários tipos de ataque e qualquer tipo de comando que pudesse vir da S.H.I.E.L.D. Pesquisou anos os tipos de intervenções que poderiam utilizar contra eles, por isso, não sabia a razão de estarem voltando para a Califórnia. Além disso, a velocidade com a qual a nave se movimentava era muito maior do que eles mesmos estavam acostumados a se movimentar.
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  Emily olhava todos correrem feito baratas tontas sem conseguir controlar a situação. O atraso seria ruim para o plano. Se quisesse destruir os Estados Unidos, deveria chegar no México em vinte minutos, mas com a nave fazendo o caminho oposto em velocidade maior, o tempo poderia aumentar para trinta, quarenta, ou pior, uma hora. Uma hora era o suficiente para os agentes da S.H.I.E.L.D. se recomporem, isso se já não estavam em busca da nave.
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  Decidiu controlar as rédeas ela mesma. Entre um empurrão em alguém que estava no meio do caminho ou gritos para que saíssem de sua frente enquanto passava, foi em direção ao quarto de . Bateu duas vezes e a chamou com uma voz calma, mas não recebeu resposta. Deveria estar dormindo. Abriu a porta mais bruscamente do que gostaria, pois no momento que a destrancou, a nave fez um movimento brusco o suficiente para fazê-la entrar com tudo no aposento.
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  Antes mesmo que abrisse os olhos depois do susto, seu corpo estava paralisado por uma cadeira de metal.
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  - , o que é isso? – olhou ao redor e o quarto agora havia sido transformado em uma área comunicável, onde haviam surgido telefones, telas de monitores e teclados. – Você está me traindo? – logo entendeu a situação ao ver a mão da filha levantada. Conhecia aquele movimento; era o mesmo que fazia quando era neném. Quem diria que conseguiria mover uma nave daquele tamanho, naquela velocidade. – Filha, o que aconteceu?
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  - Você forjou tudo. – os olhos da filha estavam mais escuros do que o normal. Não demorou muito para Emily compreender o que acontecia: estava com raiva dela. Seja qual for o motivo, agora não parecia que a filha estava disposta a ajudar com seu plano. – Você nunca me disse que me usou como objeto para forjar sua morte.
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  Emily soltou um riso nasal. Olhou para o lado, impaciente.
  - E como você queria que eu morresse sem deixar meu corpo? – sua voz havia mudado bruscamente. Os olhos, assim como já haviam lhe dito, eram iguais aos da mãe; agora, mais do que nunca. – Desculpe, filha, mas em nossa família você foi a única que nasceu assim, uma aberração. – olhou para a garota da cabeça aos pés, fazendo-a dar um passo para trás, vacilando no controle da nave. – Você sabe que não tem controle de todo o poder que tem para controlar essa nave, não é? Sabe que iremos cair em breve ou voltaremos a realizar o percurso original.
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  - Eu não vou deixar. – a garota disse, fazendo a mãe rir.
  - Você é idêntica ao seu pai! – Emily se balançava com a risada presa entre as pernas da cadeira. – Idêntica! É uma burra, apegada às pessoas. Ingênua. Não podia esperar mais tolice vinda de alguém que cresceu em um mundo extraterrestre.
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   não esperava que a mãe fosse tão abominável. Para o azar de Emily, a raiva era maior que a dor de ter sido enganada duas vezes. Sem perceber, o poder pela raiva aumentava, assim como a velocidade da nave que estava prestes a chegar no prédio da empresa Stark. Viu os olhos da mãe se fecharem, como se pedisse por paciência para explicar algo à filha que ela simplesmente não aprendia.
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  - , o que você está prestes a fazer fará com que todas as pessoas que estão dependendo de seus poderes para se verem livres dessa democracia que eles insistem em relacionar ao livre arbítrio sejam presas novamente às leis que este mundo horrível criou.
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  - Eu não sou uma vilã. – a garota murmurou.
  - Claro que não, você tem apenas dezoito anos, querida, um vilão precisa de muito mais idade para fazer algo que o mundo possa apontá-lo como tal. Até algumas horas atrás você estava sozinha, sofrendo na solidão e vivendo uma mentira. Ninguém confiava o suficiente em você, senão permitiriam que vagasse livremente nesse planeta. – ao perceber que captou a atenção da garota, apoderou-se do momento. – Agora, você possui um grupo enorme de pessoas que estão dependendo de você para serem felizes. Serem livres. O que você prefere? Viver dentro das regras daquelas pessoas e ser cobaia de todas as suas pesquisas por possuir um poder tão extraordinário? Ou quer cuidar das pessoas que puseram suas vidas nas suas mãos?
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   olhou para a mão que apontava para a mãe, a mão que controla a força com que a cadeira a prensa na parede.
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  - Acha que meu poder é assim tão extraordinário? – a garota pergunta, receosa e rapidamente ouve as risadas de sua mãe.
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  - , olhe o que está fazendo. Prendendo sua mãe com uma cadeira e movimentando uma nave inteira com dezenas de pessoas dentro dela com uma única mão. Se isso não é ser extraordinário, então talvez eu não conheça este planeta muito bem. – Emily sorriu ao ver a garota voltando a se apoiar na palma de sua mão.
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  - Bem, se é assim, então não preciso de seus ideais para fazer o mundo entrar em paz. – com um movimento, as pernas de aço da cadeira se entortaram ao redor do corpo da mãe, que arregalou os olhos, descrente da atitude da filha. Ao abrir a boca para gritar um xingamento à garota, sua boca foi bruscamente bloqueada por uma grossa fita isolante. – O fato de você ter me usado para forjar sua morte e não ter sido uma mãe presente foram o suficiente para me ter como uma desaliada. Uma mãe nunca abandona seu filho, nem depois de morrer. – lembra de sua mãe postiça, a rainha de Asgard a quem teve os cuidados do machucado sempre feitos depois de uma briga. – Se o que diz é verdade, decidir por mim mesma meus próximos passos não fará de mim uma vilã, afinal, eu apenas tenho dezoito anos.
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  Tony encarava a nave que transportava sua filha para longe de si partir. Nunca havia visto uma estrutura daquelas, mas somente por suportar o poder que sua empresa gerava e todas aquelas pessoas dentro, sabia que não era qualquer coisa.
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  A dor da perna afetada pelo tiro não passava de um formigamento. Queria salvar a filha. Mesmo que ela o matasse, queria, pelo menos uma vez em sua vida, protegê-la do mal diretamente. Dizer o que disse em todos os vídeos que criou durante datas especiais ou momentos de solidão. Olhou para o lado, onde Steve e Thor se recompunham dos ataques tomados pelos soldados de Emily. A regeneração do poder de Thor era mais rápido, mesmo assim, cinco minutos se passaram desde que a nave saiu e ele ainda não possuía forças para se levantar.
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  O segundo grupo da S.H.I.E.L.D. com o resto dos Vingadores chegou com equipamentos medicinais para auxiliar na recomposição do poder dos três caídos. Natasha ajudava Steve, enquanto Robert levava Thor em sua forma Hulk para perto da nave.
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  - Me parece que na briga entre marido e mulher, nem você sendo um herói consegue vencê-la. – Clint, o Gavião Arqueiro se aproximou para ajudar Tony a se levantar. – Que melhor maneira de não fazê-lo correr atrás de si senão atirar em suas pernas? – olhou para o estado das perfurações.
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  - Tenho que ir até elas. – Tony disse, certo de que conseguiria caminhar com seus próprios pés, mas era claro que não conseguiria. As balas ainda estavam dentro de seu corpo e a dor começava a passar de formigamento para fisgadas assim que saía de seu transe.
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  - Elas virão até nós, Stark. – Nick Fury, o comandante, saiu da nave com seu uniforme de couro preto acompanhado do tapa olho. – Além do mais, temos um agente secreto que está fazendo um trabalho melhor que o esperado para trazê-las mais cedo do que esperamos.
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  - Onde está Loki? – Thor perguntou, olhando para todos os lados. Nick abriu um pequeno sorriso:
  - Surpresa. – anunciou, arregalando os olhos dos três heróis relacionados à garota. – Não sejam tão preconceituosos, o homem consegue ser útil quando quer.
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  - Loki não faz nada sem algo em troca. – a tonalidade de Thor era sombria. – O que prometeu a ele?
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  - Isso fica entre contratado e contratador. – Nick sorriu, colocando as mãos para trás do corpo e observando Tony. – O que acha que irá fazer quando chegar à nave com a perna nesse estado? – perguntou assim que viu, pela terceira vez, o herói tentar se desvencilhar das mãos de Clint para voar até ex-mulher e filha. – Convencê-las de que elas estão tentando destruir o mundo.
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  - O que acontecerá com se ela voltar para nós? – Steve perguntou, sério. Nick encarou o herói, analisando sua expressão ansiosa e preocupada.
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  - Você deveria aprender com situações passadas que se apaixonar não é uma opção, Steve. – o Capitão América revirou os olhos. Não se importava com seus sentimentos por agora; sua maior preocupação era trazê-la a salvo para si e garantir que não seja punida severamente pela S.H.I.E.L.D. – Mas bem, responderei sua pergunta: Ela não voltará para nós.
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  - É claro que ela voltará para nós. – Thor tentou, em vão, se levantar assim que ouviu o comandante afirmar com tanta certeza que a garota não voltaria para o grupo.
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  - As ninfas proclamaram novamente. – Nick se sentou em uma caixa de ferro. – A garota mudou seu próprio futuro. Sua escolha ainda é indefinida, mas com certeza será a salvação ou a destruição do planeta.
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  - Ela não é perigosa – Tony começou a falar. -, apenas não tem certeza sobre seus poderes.
  - Ela está em uma nave que porta a energia de sua empresa, Tony. Aquela energia pode destruir o continente inteiro por si só. Com os poderes de telecinese da garota, eles podem chegar até a quadruplicar o poder. – Robert, de volta à sua forma, falava arfante para todos presentes.
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  - não é perigosa. – Tony repetiu. – Ela é sensata.
  - Ah sim – Loki apareceu com um enorme sorriso no rosto, encarando todos os heróis, ligeiramente interessado em parecer maior que todos eles. -, ela é muito sensata.
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  - O que você fez? – Thor urrou, chamando a atenção do irmão.
  - Nosso pai ficará tão furioso quando souber que a pessoa que salvou sua querida das trevas é o abastardo. – Loki abriu os braços, se aproveitando de sua vitória sobre o irmão postiço. – Acostume-se Thor, essa coisa de fazer o bem não é tão ruim. Tirando o fato das pessoas não me olharem mais com medo, é bem divertido.
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  - Loki. O que você fez? – Tony tentou se mexer, mas foi imobilizado por quatro pessoas que o seguravam para que pudessem tratar de sua perna.
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  - Eu sempre disse que eu e somos parecidos. Vilões se entendem. Órfãos também. – olhou significantemente para o Homem de Ferro que se calou ao cutucar seu ponto fraco. – Sei que este planeta possui uma lei que impede de usarmos a imagem de outra pessoa para benefício próprio, mas eu nunca gostei de leis e infringi-las sempre foi uma diversão e tanto, por isso, espero que não se importe em ter algumas imagens suas divulgadas em meu plano. Tenho certeza que conseguirá se recuperar depois. Quero dizer – olhou para as balas saindo das pernas do herói com uma falsa expressão de nojo. -, se estiver vivo.
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  Antes mesmo que qualquer um dos três heróis se aproximasse de Loki para machucá-lo, uma agente se aproximou, divulgando algumas informações com Nick, que olhou para Loki e abriu um pequeno sorriso:
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  - Seja o que quer que tenha feito, parece que deu certo.
  - Meus planos dão certo quando não há intrusos para acabar com a festa. – olha para os Vingadores, que se mantêm sérios. Da última vez que Loki criou um plano, ele quase acabou com o mundo.
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   olhava para a porta de seu quarto improvisado. Estava sentada, parecendo pensativa, mas aguardando a primeira pessoa que a faria começar sua própria guerra. Os soldados de Emily corriam de um lado para o outro no lado de fora do quarto, talvez desesperados por estarem voltando onde agora os reforços S.H.I.E.L.D. era muito maior. Olhou para a mulher ao lado, calada pela fita isolante e imóvel pelas pernas da cadeira de aço; seu olhar era de quem lhe mataria assim que se visse livre. Mal sabia ela que sua filha era muito mais poderosa do que imaginava. Se tivesse a criado, poderia saber e realizar seu plano de reconstruir o mundo.
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  Enquanto colocava a nave de volta no lugar onde pegou todos eles, pôs-se a pensar nos seus ideais. O que sempre quis da vida? O que sempre procurou realizar? Olhou para a porta que não se abria e lembrou-se de quando ficava sentada na sacada de seu quarto em Asgard, observando o céu sempre estrelado e repleto de meteoritos passando como se estivessem em passeio pelo céu. Tudo o que pensava enquanto estava em Asgard era no planeta Terra. Sua obsessão pelo lugar era doentio, como uma vez ouviu Loki falar. Não sabia da onde vinha a vontade de visitar o local. Achava que o fato de Thor ter encontrado uma função de vida em seu comportamento rebeldio, que também conseguiria encontrar algo que pudesse completá-la.
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  Mas não. A verdade era que ela sempre foi ligada ao planeta. Desde quando nasceu seu destino era a Terra. Nunca poderia imaginar que coisas ruins a aguardariam ali quando completasse seus dezoito anos. Em Asgard a idade era muito importante, pois simbolizava o início da responsabilidade, onde o jovem começava a tomar suas próprias decisões sobre sua vida. Era nessa idade que os garotos começavam a entrar para a guarda ou estudar sobre medicinas. As garotas preparavam alimentos ou pensavam em iniciar uma família. A escolha de era ir à Terra, conhecer e usufruir do lugar, tentar contato com os seres humanos. Todas as imagens que Jane Foster trazia para ela, fazia com que se encantasse cada vez mais com o planeta.
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   olhou para a mãe que parecia um peixe fora d’água. Tentava se desvencilhar dos braços da cadeira se debatendo, mas era impossível. Agora que a nave estava pousada, toda a força de podia ser concentrada no objeto, ou então, mais para frente, no corpo da mãe que começava a lhe irritar de tanto que se debatia.
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  Ouviu passos correndo e gritaria para os soldados começarem a lutar contra os agentes da S.H.I.E.L.D. Pelo pouco que observou na nave estacionada no espaço, estes soldados não possuíam a mínima chance contra os agentes. Mesmo que suas armas tenham sido criadas para combater os poderes dos Vingadores, os agentes por si só eram talentosos no combate corpo a corpo, algo que claramente os soldados não eram. Os gritos à procura de Emily ainda eram ouvidos, mas já não por tantas pessoas. Poderiam imaginar que ela os havia traído. Seria uma boa ideia, mas não havia como fugir.
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  A porta se abriu tão rapidamente quanto foi fechada depois que Emily entrou. pode observar Natasha armada e Clint logo atrás com sua flecha apontada para ela.
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  - Abaixe. – a agente mandou, fazendo com que o Gavião Arqueiro deixasse sua flecha cair sobre sua mão. – Parece que você mudou de ideia sobre lados.
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  - É verdade. – olhou para Natasha, que dirigia seus olhos claros e frios em direção à garota. A agente poderia afirmar com toda certeza que aquela não era a menina ingênua que havia conhecido há alguns meses quando chegou à nave S.H.I.E.L.D. pela primeira vez. – Mas nunca disse que era o lado de vocês.
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  - E por que trouxe a nave para cá?
  - Eu não machuco humanos. Vocês podem fazer esse trabalho por mim. – a garota, esperta, levantou os ombros, vendo Clint abrir um sorriso de quem concordava que o plano não era tão ridículo.
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  - E qual seu próximo passo?
  - Falar com seu comandante. – a garota se levantou, indo em direção aos agentes. Natasha deu espaço para ela passar, enquanto balançava a cabeça para Clint acompanha-la.
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  - E ela? – perguntou, apontando com a cabeça para Emily, que observava a filha deixá-la nas mãos da Viúva Negra, a pessoa que sabia ser a menos humana possível de todos os Vingadores por não possuir um coração amoroso.
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   olhou para Emily, que ao invés de suplicar por perdão, enviou um recado de que não deixaria barato se ela a abandonasse. Sem medo, apenas disse:
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  - Minha mãe morreu há alguns anos. – se referiu à rainha de Asgard. E assim, deixou o quarto improvisado com Clint em sua cola, a acompanhando e garantindo que ninguém a machucasse até chegar a Nick Fury.
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  Emily foi deixada em uma cela em frente à Tony. Mesmo tendo dado a luz a uma criança com poderes, era verdade que não manteve nem um mínimo resquício para si, assim, não era necessário nenhuma cela especial para segurá-la sem que fugisse. O mar de sangue que aconteceu dentro da nave, que mais tarde será jogada no meio do oceano fez com que a maioria dos agentes S.H.I.E.L.D. saíssem machucados ou gravemente feridos.
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  Assim que entrou em uma sala com Nick Fury, Tony pode ver Natasha se aproximar com Emily presa por uma cadeira e calada por uma fita isolante. Loki não segurou suas risadas, tampouco alguns outros agentes que estavam próximos, mas Tony não achava graça nenhuma.
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  - Você tem dez minutos. – Natasha falou, fechando a porta da cela da nave que os transportaria para uma prisão especial.
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  Os dois primeiros minutos foram de silêncio. Emily olhava para Tony e ele procurava entender a razão de ter amado aquela mulher. Seu reaparecimento foi chocante, sim, mas ao vê-la tentar manipular sua , não pode deixar de sentir repugnância pela mulher.
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  - Você pediu dez minutos para mim para ficar calado feito um idiota? – Emily começou a rir.
  - Não. Quis ver seu rosto uma última vez antes de você pegar prisão perpétua. – Tony falou, vendo a mulher se calar. – Por que usou nossa filha assim?
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  - Nossa filha… – a mulher resmunga para ninguém. – Ela nunca foi uma filha para mim, Tony. Quem sabe se tivesse me obedecido ao invés de preparar uma armadilha para mim pudesse ter o direito de me ter chamando-a sinceramente de filha. Ela é uma aberração, assim como você.
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  - Seu pai foi uma pessoa ruim.
  - Meu pai tinha ideais de paz! – a mulher gritou, se inclinando para mais perto de Tony. – Ele não construía armas letais para destruir famílias inocentes! Tudo o que ele fez foi amar nossa família! Você nos destruiu e ele quis vingança! Você o destruiu e eu quis vingança.
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  - Você não chegou a lugar nenhum com essa vingança, Emily.
  - Eu teria chegado sim, Tony. Teria chegado se alguém não tivesse manipulado a mente da menina. Se não tivessem mostrado o vídeo ridículo que você criou para ela no aniversário de três anos dela. – Tony arregalou os olhos. – Ela sabe de tudo, Tony. De seu forjamento sobre sua morte.
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  - Você não deveria tê-la posto no meio.
  - Ela sempre foi a chave principal do meu plano, Tony. Desde quando nasceu. Se eu não tivesse engravidado, o plano seria outro. Eu teria usado outra pessoa, mas foi muito fácil. Engravidar de você foi fácil. Enganar você enquanto era cobaia de experimentos era fácil.
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  - O que você conseguiu, Emily? Seu plano foi destruído em questão de segundos. Você foi enganada mais facilmente do que sua própria filha.
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  - Admito ter sido uma vergonha a maneira como terminou. Mas quem disse que não consegui nada? A garota te odeia, tanto quanto você a ama. Você irá sofrer até conseguir seu coração. Agora ela é feita de ferro e aço. Ninguém irá conseguir ter a confiança dela. Um laço familiar já não significa mais nada. Um amor já não significa mais nada. Ela é um robô e o dia que ela quiser destruir o mundo, ela fará.
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  Tony olhou para Emily. Mesmo depois de anos sem vê-la, era indiscutível que continuava tão linda quanto a última vez que a viu dentro de casa, desejando-lhe um bom dia e esperando que ele voltasse para jantar com ela.
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  - Você nunca me amou? Amou ? – sua voz falha perguntou. Emily diminuiu o sorriso até ficar séria. Seus olhos pareciam rebobinar até a época em que estava com ele. Das alegrias que fingia sentir enquanto ele a surpreendia com presentes e viagens caras. É claro que toda mulher ama mordomias.
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  Antes de ouvir sua resposta, Natasha abriu a porta, indicando que os dez minutos haviam acabado. Tony tentou manter-se sentado por mais um tempo, ansiando a resposta da mulher. Assim que foi obrigado a se retirar, deu dois passos e ouviu a voz de Emily cobrir a cela:
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  - Eu só tenho mais sete dias. – ela falou. Natasha, também surpresa com a notícia, não evitou que Tony ficasse parado dentro da cela. – Ser cobaia para ter poderes teve consequências. Meu tempo de vida diminuiu para um terço do que deveria ser. É claro que poderia ter morrido mais cedo, mas eu não poderia perder a oportunidade de ver você chorar por ter perdido sua filha. – terminou a frase entre risos, finalizando o contato com uma imensa gargalhada. Natasha empurrou Tony para fora da cela.
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  Enquanto caminhava mancando em direção aos outros heróis, conseguia ouvir as risadas de Emily, nas quais eram a reposta para sua pergunta.
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  Thor encarava Loki com nervosismo no olhar. O rei Odin havia enviado um mensageiro à Terra para buscar Loki, já que a missão havia acabado. O fato do irmão postiço ter feito todo o trabalho dentro de uma cabine enquanto ele estava caído derrotado no chão o fazia se sentir ainda mais miserável. A guerra poderia ter sido muito maior, mas deveria admitir que Loki evitou que o mundo fosse um campo aberto dos Vingadores contra Emily.
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  - Qual foi seu trato com Fury? – Thor perguntou a Loki, que caminhava em direção ao local combinado para serem transportados de volta para Asgard.
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  - Você está sendo ingênuo demais se acredita que irei lhe falar, irmão. – Loki sorriu. – Mas farei duas confissões. Primeira – levantou um dedo, parando ao lado do mensageiro. -, você terá um enorme trabalho para conseguir reconquistar o carinho e amor de nossa querida irmãzinha, ao contrário de mim, que atualmente sou seu herói e irmão favorito. – Thor ousou dar um passo como ameaça, mas Loki apenas abriu ainda mais seu sorriso por conseguir provocar o irmão. – Segundo, talvez você tenha mais trabalho para conseguir merecer a coroa do rei. Minha reputação está ótima graças a você e nosso rei ainda há de me recompensar por ter salvo . – Loki alterou seu sorriso divertido para um maroto e, antes de sumir da vista de Thor, disse: – Não demore muito para retornar a Asgard ou quando chegar, estarei sentado no lugar de nosso rei.
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  Thor passou a mão pelo rosto, descrente da ousadia do irmão em ameaçar roubar seu trono de direito. Contudo, uma coisa ele tinha razão. Thor teria um grande problema para conseguir voltar a ter um relacionamento como antes com . Se tivesse ficado o tempo todo ao seu lado e impedido de entrar na S.H.I.E.L.D. talvez a garota estivesse em Asgard agora, sorrindo para um asgardiano e criando uma vida no mundo seguro, que era a melhor opção para ela.
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  Olhou em direção à sala onde ela estava com Nick Fury e esperava que, pelo menos uma vez, o comandante fizesse um acordo que não a prejudicasse no futuro.
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   saiu da sala assim que entrou em um acordo com Nick. Entendia perfeitamente que sua posição agora poderia exigir qualquer coisa, até absurda, do comandante. Mas ela não queria muito. E o pouco que exigia deveria ser oferecido por completo. Negar não era uma opção.
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  Sabia que Nick Fury era um homem à frente. Quando ela lhe disse seu desejo, não hesitou em concordar, mas realizou acréscimos no acordo que deveriam fechar. não queria mais estar ligada à S.H.I.E.L.D. e não pretendia voltar para eles. Qualquer que fosse o acréscimo de Nick, se envolvesse voltar a ficar presa em uma cela ou em uma nave, ela não hesitaria em ir embora sem nenhuma promessa de que manteria uma paz com seus poderes agora mais controlados.
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  A primeira pessoa que encontrou assim que saiu da sala foi o pai. Seus olhos se encontraram e o homem parecia idêntico àquele que apareceu no holograma do vídeo enquanto estava no quarto improvisado da nave da mãe. Parou a alguns metros de distância do homem, esperando que ele tomasse alguma iniciativa.
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  - Acho que lhe devo muitas desculpas. – ele começou a falar.
  - Não é necessário, porque não vou lhe perdoar. – foi direta, fazendo os olhos do homem se arregalarem com tamanha sinceridade.
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  - Nunca? – ele arriscou.
  - Nunca. O meu passado foi alterado por sua causa. – ela o acusou de forma nervosa, como se estivesse se preparando para machucá-lo. – Descobri mentiras que me machucaram e você foi a maior delas; é normal que não queira perdoá-lo, você foi um péssimo pai.
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  Tony concordou com a cabeça sem dizer nada. Ninguém nunca havia o repreendido desde quando seu pai era vivo. A filha com certeza puxou um pouco do avô e Tony descobriu odiar essa característica dela.
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  - Mesmo tendo assistido seu vídeo, não é o suficiente para que eu esqueça que minha vida inteira foi uma verdadeira farsa. – apontou para o pai.
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  Mantiveram-se calados por um breve tempo. Ele esperava que ela dissesse ‘adeus’ de uma forma fria e fosse embora, mas a garota permaneceu em pé parada a metros de distância dele.
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  - Eu ainda tenho dezoito anos e uma vida pela frente. – ela suspirou. – Então eu espero que você não cometa o mesmo erro que de dezesseis anos atrás e possa compensar todos os anos que perdeu antes que eu deixe você para criar minha própria família.
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  Tony arregalou os olhos ao ouvir as palavras da filha. Ela estava lhe dando uma segunda chance. Não o havia perdoado, mas estava dando uma chance para ele ser o pai que nunca foi para ela. Não era uma má opção. Na verdade, era muito melhor do que esperava. Assim que levantou os olhos para a garota, pode imediatamente imaginar a cena dos dois sobrevoando o céu com as armaduras criadas por ele para assistirem ao pôr-do-sol. Abriu um sorriso e deu um passo em sua direção, mas ela recuou.
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  - Garotas de dezoito anos não gostam de afeto com pais em público. – levantou as duas mãos.
  - Claro. Eu não ia te abraçar. Ia te dar um cartão de crédito. Ou a chave de casa. – tateou as pernas até lembrar que estava trajando uma armadura.
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  Encarou a filha abrir o sorriso que era idêntico ao de Emily, mas para Tony, agora não era mais o sorriso de Emily. Era o sorriso de , sua .
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  - Ouvi dizer que agora você tem dois pais. – Steve se aproximou de , que estava sentada no telhado do prédio da empresa do pai. De lá, ela conseguia enxergar toda a cidade, uma vista que sonhava enquanto estava na sacada de seu quarto em Asgard. Havia acabado de sair de uma conversa com Thor, onde expressou sua preferência em se manter na Terra. Ele teria de ouvir alguns sermões do rei Odin, mas era sua punição por ter mantido a mentira de Tony Stark. Mesmo que tenha sido um péssimo irmão nos últimos meses, foi o seu favorito durante os dezesseis que se manteve em Asgard.
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  Olhou para o Capitão América que já não trajava mais seu traje de combate, mas sim vestia uma roupa de ser humano normal. Seu olhar para o herói não foi dos melhores, por isso, pode vê-lo rapidamente desfazer o sorriso enquanto se sentava ao seu lado para observar a cidade com ela.
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  - Achei que se agisse como se nada tivesse acontecido, você estaria mais à vontade. – explicou-se.
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  - Isso faz de você bastante insensível.
  - Ou sensível demais. – ele a corrigiu com um sorriso. Mesmo assim, não conseguiu ver o sorriso no rosto da garota. Limpou a garganta, sem graça. – Você nunca irá me perdoar.
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  - Por que todos estão me perguntando se eu “nunca” irei perdoá-los?
  - Porque você age como se estivesse brava e quisesse permanecer assim para sempre. – ele levantou os ombros.
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  - Talvez eu esteja brava e não queira perdoá-los.
  - Talvez é um bom começo. – Steve diz, pensativo. Olha para o lado e vê o observando. De repente, um resquício de sorriso apareceu nos lábios da filha de Tony Stark. – Você irá morar com seu pai?
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  - Qual deles você se refere? – ela pergunta ironicamente a partir do comentário com o qual ele tentou puxar assunto há pouco. Ouviu uma risada do herói, maravilhado com a esperteza da garota.
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  - O verdadeiro.
  - Qual deles você acha que é o verdadeiro para mim?
  - Aquele que você teve a capacidade de perdoar mesmo machucada pela dor que ele causou.
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   diminuiu o sorriso. Achava que conseguiria se mostrar forte em sua frente por mais tempo, mas Steve era Steve. Ele sempre conseguia desarmá-la quando se tratava de palavras e antes mesmo dela ter qualquer reação, ele se aproveitaria para se aproximar mais de seus sentimentos como sempre fez.
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  - O que você viu em mim? – ela perguntou, finalmente.
  - A pergunta correta seria: O que eu não vi em você? – ele a assistiu inclinar a cabeça levemente para o lado, mostrando sua confusão. – Eu não vi , a irmã de Thor ou filha secreta de Tony Stark. Eu não vi uma garota novata na Terra que quisesse passar pelas mesmas dificuldades que eu passei quando fui descongelado. Eu não vi seus poderes a ponto de considerá-la potencialmente perigosa ou um objeto de interesse para proteger o povo no mundo.
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  - Não sobrou muito o que ver de mim, então. – ela comentou.
  - É verdade. Eu só vi uma garota chamada que tem um amor pelo planeta Terra que nem os habitantes dela têm. – Steve olhou para o horizonte aberto de nuvens e o sol que se preparava para se pôr no final dela.
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  - Pareço bem ordinária.
  - Eu gosto de simplicidade. – ele a encarou. – Complexidade em uma mulher a torna inatrativa. Para mim, desvendar as ideias dos vilões é o máximo que gostaria de ter de complexo em minha vida. Além de tentar sobreviver neste mundo novo.
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  - É muito diferente do que você viveu?
  - O oposto, praticamente. Neste aqui você verá que até as pessoas boas tem uma essência de má.
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   concordou com a cabeça. Olhou para a cidade abaixo dela. Ali de cima tudo parecia mais tranquilo, mas sabia que no chão, onde as pessoas estavam caminhando, o caos estava estabelecido. O ser humano era o próprio caos, ninguém poderia controla-lo ou suas opiniões e é isso o que fazia da Terra tão interessante para ela. Mesmo com os problemas, ainda queria conhecer cada canto daquele planeta e, quem sabe, fazer de Asgard um mundo turístico.
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  - Posso te servir de guia, se quiser. – Steve quebrou o silêncio, tomando a atenção de para si. – Como um pagamento por tê-la feito se machucar nestes últimos dias. – levantou os ombros. – Não há ninguém melhor para mostrar um planeta novo, como uma pessoa que é tão nova quanto você no lugar.
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  - Não tenho certeza se você conseguirá exceder minhas expectativas como turista neste planeta. – semicerra os olhos e Steve abre um sorriso, inclinando seu rosto muito próximo ao dela.
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  - Acredite. – sussurrou. – Sei de tudo o que você espera ver aqui.
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Fim

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Priscilla
Priscilla
2 anos atrás

Não tem continuação ?!!

Comentário originalmente postado em 05 de Março de 2017

Srta_Clessi
Srta_Clessi
2 anos atrás

Ai gente, estou apaixonada por essa história. Sério! É muito bem escrita, muito gostosa de ler e compreender o que a autora quer passar. Amei. Com certeza é uma das minhas 5 preferidas aqui no site. Só senti falta de um beijinho dela com o Steve.<3 Meus parabéns!

Comentário originalmente postado em 15 de Março de 2017

Amanda
Amanda
2 anos atrás

Pra que eu fui ler essa fic??!!!!!!!
ESTOU LOUCA POR UMA CONTINUAÇÃO, POR UM BEIJO. 
Fiquei sem chão.

Comentário originalmente postado em 23 de Julho de 2017

Estela
Estela
2 anos atrás
Reply to  Amanda

Concordo com Amanda, faltou o beijo desse casal maravilhoso, n poderia faltar de jeito algum, esperei a história toda pra esse momento e não ter, meu coração despedaçou todo, e espero que tenha uma continuação lindíssima 

Comentário originalmente postado em 05 de Junho de 2019

Estela
Estela
2 anos atrás

Achei simplesmente incrível essa fic, a PP é maravilhosa, amei ela de todas as formas possíveis, vc quebrou o padraozinho da pp sempre ser rebelde, grossa, sem educação, complicada dmais que me da muito ódio, rancorosa com tudo, n sabe perdoar nd, infantil, mimada q me estressa num grau, q até desisto de ler de raiva, a posição que vc colocou o Tony foi perfeita, mais um padrão q vc quebra. A história em si ficou sensacional, foi muito criativa, parabéns por ter feito algo tão bem feito, me satisfez em tudo, de todas fics q ja li do Tony q ele é pai da PP, a sua história foi a segunda Fic q não seguiu esse padrão ridículo q esse povo faz cm o Tony e a filha, e olha q ja li muitas mas muitas histórias deles q são um saco, q so te faz ficar estrssada, plmds, continue assim, n aguento mais ler as mesmas histórias, do msm jeito, e ter ódio gigante pela PP. Parabéns, arrasou na escrita! vou carregar sempre essa fic no meu coração <3<3<3<3

Comentário originalmente postado em 05 de Junho de 2019

Gabbevii
Gabbevii
2 anos atrás

Estou simplesmente encantada com essa fic! Meus sinceros parabéns e bora criar uma continuação com Steve e a PP <3 

Comentário originalmente postado em 01 de Outubro de 2019


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