Sweet Love
— Eu não aguento mais!
null jogou a cabeça para trás, encontrando sua melhor amiga visivelmente irritada com alguma coisa; null não era do tipo de desistir fácil, mas provavelmente ter que passar a sua preciosa tarde estudando cálculos não era algo que a agradava muito.
Ele alongou os braços e levantou, buscando uma bebida gelada no frigobar da garota e lhe ofereceu, ganhando um sorriso como agradecimento. Com seu refrigerante, null retornou ao seu assento e viu que sua amiga já estava enfiada com as caras nos livros, então soltou uma risadinha e se virou para a tela do notebook.
Por ser seu dia de folga, o rapaz decidiu passá-lo com quem o aturou durante todos esses anos, ainda mais por não conseguir ver null com tanta frequência. Se pegou pensando no passado e em como os dois viviam tão grudados o tempo inteiro, desde o dia que se conheceram até null entrar na faculdade e ele ficar ocupado com seu trabalho.
Os dois são como unha e carne mesmo que a distância os impeça de se encontrarem frequentemente, mas, felizmente agora estavam juntos, e isso é o que mais importa tanto para null e null, apesar de um estar resolvendo pendências e a outra estudando para uma prova.
null tentava adiantar o máximo possível de seus estudos para que pudesse sair com seu melhor amigo no final da tarde, afinal, precisava acabar com a saudade que um mês longe dele causou em si, e tinha um plano perfeito para se divertirem como antigamente. Como não havia se mudado da cidade em que cresceram, a garota pensou em levá-lo para a praça que costumavam se encontrar quando saíam – ou seja, quase todos os dias de suas infâncias e adolescência –, e lá finalmente se confessaria para o seu melhor amigo.
Mesmo com o frio na barriga, null estava decidida que iria se declarar para null null, além de se culpar por sempre achar que demorou bastante para chegar nessa conclusão. Na época do ensino médio, seus amigos e colegas perguntavam se os dois namoravam, comentando que faziam um belo casal. Ambos levavam tudo na brincadeira, contudo, próximo à formatura, null começou a perceber que quando ouvia algum comentário desse tipo, suas bochechas esquentavam e cada vez mais sentia vontade de que essas falas se tornassem realidade. Mas, antes que null organizasse seus sentimentos, null recebeu uma declaração de uma colega de classe, e por ser recíproco, ele e a menina iniciaram um relacionamento, fazendo com que null guardasse o seu amor para si. Apesar do sentimento agridoce, ela estava genuinamente feliz por seu melhor amigo, então continuou sendo a mesma null de sempre.
Posteriormente, a garota também se envolveu com outras pessoas – assim como null –, só que o que um dia sentiu pelo rapaz prosseguia no mesmo lugar, apenas em uma intensidade diferente. Agora, na fase de jovem adulta e solteira, null tinha mais do que certeza que nunca havia deixado de gostar do seu amigo, porém, a distância era uma questão que ainda a impedia de se declarar completamente. Ela se recusava a se declarar por chamada de vídeo ou mensagem, não por vergonha, mas por achar que não era o jeito certo a se fazer, além de que null acreditaria que a garota queria pregar uma peça.
Riu sem humor ao analisar seu passado brevemente, pensando em quantas vezes usou da ironia, sarcasmos ou de piadinhas para mascarar os seus sentimentos, então, possuía 99,9% de null achar que ela mentiria. No entanto, pessoalmente ele veria o quão séria estava, e independente de receber uma rejeição, null sabia que tinha que tentar, seja para ficarem juntos ou para poder seguir em frente.
Algumas horas se passaram e null fechou seus livros, agradecendo aos céus por ter finalizado os seus estudos. Não aguentava mais ver fórmulas ou números, e se perguntava a razão de ter começado a faculdade de física, mas, a fim de espairecer a mente, se direcionou ao seu frigobar e pegou dois sorvetes de potinho, entregando um para seu amigo.
Como morava no alojamento da faculdade, o seu quarto era basicamente a sua casa, e o fato de ter tido a ideia de pôr um frigobar próximo de sua mesa de estudos a ajudou bastante a manter sua alimentação balanceada – apesar de ter semanas que sua mini geladeira ficava lotada de cerveja e comidas congeladas.
Ela parou atrás do garoto que, para vê-la, inclinou a sua cabeça e, de brincadeira, null segurou o seu rosto, rindo por estarem em uma posição parecida com a do Homem-Aranha e Mary Jane. Assim que pararam de rir, os dois perderam a noção do tempo ao se olharem tão intensamente, sem ousarem dar um pio.
— Eu gosto de você.
O seu coração estava acelerado e claramente null reparou, visto que ele pegou uma de suas mãos e colocou em cima do seu peito. null ficou surpresa por ver que o coração de seu amigo também estava com as batidas rápidas e, ao voltar a olhá-lo, não esperou mais que cinco segundos para encostar seus lábios nos dele, iniciando o beijo tão desejado por si.
— Você demorou — null falou ao se separarem, ajeitando suas posições.
— Como?
— Achei que levaria mais alguns anos para se declarar. — null lhe deu um tapa no braço, incrédula com o fato de que o rapaz sabia de seus sentimentos.
— null null!
— Em minha defesa — ele envolveu a sua cintura —, nos momentos que planejei me declarar, você já estava com alguém, então esperei que viesse falar comigo.
— Até nisso somos iguais. — Ela revirou os olhos, se aconchegando no colo dele em seguida. — Mas…
— Mas? — null depositou um beijinho em seu pescoço.
— Você poderia ter me poupado tempo. E nervosismo, sabe? Você terá que compensar os anos perdidos!
Eles riram novamente e se beijaram até ficarem sem fôlego, indo para a cama para se acomodarem melhor. null queria sentir mais e mais o gosto doce da boca de seu mais novo namorado, e com a cabeça nas nuvens, desejou que o amor deles fosse assim, doce e tranquilo.
Pelo resto de suas vidas.
Continua
N/A: eu amo uma fic fofinhaaaaaa
Eu já tava querendo escrever uma fic com o meu xuxuzinho, e aqui está \o/
Como a autora sempre está na vibe de uma fic romântica, trouxe mais uma e futuramente trarei mais hehehehe
Espero que gostem <3
Até a próxima <3
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