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Natashia Kitamura
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Temporada #013

Criminal World
David Bowie

Capa por Any Bianchi

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Solstício

PARTE I

  Eu a vi pela primeira vez nos Estados Unidos.
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  Seus cabelos esvoaçavam em frente à muralha de câmeras que se formava, antes dos artistas serem encaminhados aos devidos assentos, em uma das mais famosas premiações de música do mundo, a Billboard Awards.
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  Apesar de estar envolvido há anos no mundo dos holofotes, no ocidente as coisas tendem a ser muito maiores do que na Coréia do Sul. A escala é, de fato, mundial. E só isso era o suficiente para me deixar nervoso.
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  – Nicki Minaj! – Jin exclamou enquanto caminhávamos como orientado pela assessora contratada para nos guiar durante o evento.
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  Olhamos para a celebridade que, para nós, ainda era uma celebridade de outro patamar, e a observamos, boquiabertos, passar por nós.
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  – Uau, hyung! – Hoseok deu um leve tapa de animação no ombro de Jin, que ria, tão empolgado quanto ele. – Dá para acreditar que estamos aqui?
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  – Vamos prepará-los para entrarem no corredor das fotos. Quando eu pedir para parar, basta olharem para as câmeras e eles farão o resto. – a mulher-guia nos disse e então iniciou o caminho onde o tapete vermelho continuava. – Vocês serão logo depois de .
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  – ? – Namjoon arregalou os olhos e inclinou um pouco mais para frente, para tentar enxergar uma das artistas mais populares da atualidade.
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  Ela era um anjo caído. Seus cabelos escuros estavam curtos e ondulados. O vestido azul celeste ia até o chão, e parecia brilhar quando os flashes piscavam. Ela se mostrava à vontade, como se receber uma cascada de cliques fosse parte de sua rotina diária – e talvez fosse mesmo.
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  – Achei que não veríamos ela… – Taehyung sussurrou, abobado, assim como eu, com a imagem da modelo-atriz-cantora.
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  Eu a vi na televisão há sete anos, quando ela fez uma série famosa na televisão, que foi o ticket de entrada em Hollywood. Desde então, a via em todos os lugares, nas propagandas de marcas famosas, cantando em turnês incríveis e participando de filmes que se tornaram hits de bilheterias. Ela era como um gato. Versátil, mas misterioso. Ninguém nunca soube exatamente como ela conseguia dar conta de tudo, e sempre escolher trabalhos que lhe rendiam cada vez mais prêmios e mais dinheiro.
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  Nossa guia pareceu se distrair com também, por isso deu um sobressalto quando foi chamada atenção para nos colocar no corredor das fotos.
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  Treinados para sermos profissionais, não nos importamos com o engano, nem tampouco demonstramos termos sido pegos de surpresa ou nervosos por estarmos vivenciando algo grandioso assim pela primeira vez.
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  – Aqui! Aqui! – ouvíamos por todos os lados. Demos nosso melhor em frente às câmeras e então acenamos, saindo tranquilamente com um sorriso no rosto.
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  O caminho do corredor até nossos assentos dentro da casa de show era moderadamente longa. Parávamos para cumprimentar artistas que nos reconheciam e também fãs que estavam ali desde muito cedo para nos ver. Ficamos aliviados e felizes com os gritos que anunciavam nossos nomes e o nome do nosso grupo; isso fez com que ganhássemos a atenção de jornalistas e outros artistas. O PD-nim disse que seria bom se isso acontecesse, por isso, tomamos nosso tempo para sorrir, acenar e roubar o maior tempo de todas essas pessoas.
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  – Preciso ir ao banheiro. – disse, antes de sentar em meu lugar já dentro da casa de evento. A guia me olhou e então encarou o relógio, concordando com a cabeça. Me indicou o caminho da melhor forma possível, pois não poderia me levar até lá.
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  Fui, enquanto olhava a todos. Recebia um cumprimento educado de alguns, as costas de outros e fiz o que tinha que fazer no banheiro. Na saída, no entanto, fui abordado:
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  – Eu já o vi antes.
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  Me virei para a voz que não me era estranha. Apesar de não entender praticamente nada do inglês, eu havia assistido filmes o suficiente para saber que aquela era uma voz importante.
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  – Oh!
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  – Jungkook, não é?
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  Apontei para mim e então acenei em concordância. Ela sorriu e se aproximou, me dando uma visão melhor de seus olhos castanhos. Eles eram mesmo naturalmente brilhantes. Apesar da luminosidade baixa, enxerguei a fina camada de maquiagem tentar esconder algumas marcas que haviam próximo do lábio.
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  – , não é? – repeti o que ela disse, mudando para seu nome. Vi um sorriso se formar em seus lábios, trazendo uma outra pessoa em minha frente. É o que se deve esperar de uma atriz renomada.
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  – Gosto da sua música. Da Bangtan Boys.
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  – Obrigado. Gosto… hum… seus filmes. E música.
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  Pude ver a gratidão em seus olhos e esperei pela forma verbal de se expressar, mas tudo o que ela fez, foi dar alguns passos para frente e, sem esperar qualquer reação minha, tocou seus lábios nos meus em um rápido selinho. Em seguida, olhou em meus olhos e disse:
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  – Vamos nos divertir.
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PARTE II

  Quando ela se referiu à diversão, achei, por um momento, que se referia à aproveitar a noite naquele evento. No entanto, tudo o que senti durante o tempo que permaneci lá dentro, foi ansiedade e nervosismo. Ansiedade em vê-la novamente, e nervosismo sobre o que falaria, o que faria ou se ela iria me ignorar.
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  Não a vi novamente, senão se apresentando no palco. Sua última música era sensual e ao mesmo tempo agressiva, valorizando sua voz e mostrando, mais uma vez, o motivo pela qual ela era reconhecida como uma das artistas mais versáteis de Hollywood. Seus movimentos eram bonitos e bem treinados, acompanhando a melodia como se fossem um só. Nossos olhos se encontraram algumas vezes, mas não pude confirmar se era para mim, já que Jimin, ao meu lado, dizia que era para ele, enquanto Taehyung, do outro, insistia em dizer que foi para si.
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  A conversa da Billboard durou semanas. As entrevistas que demos nas semanas seguintes sempre incluíam nossa experiência nesse evento que praticamente nenhum outro artista participou antes. Quando nos perguntavam sobre os artistas com quem nos encontramos, falamos apenas daqueles que o grupo inteiro encontrou junto, porém, na minha cabeça, somente um encontro se destacava.
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  À noite, eu podia sentir o gosto dos seus lábios, mesmo os meus tendo tocado-os por uma fração de segundo. Não era um lábio comum. Será que atores de Hollywood eram treinados até para mudar o toque de áreas difíceis de mudar, como os lábios? Nah…
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  – Semana passada recebemos uma ligação com uma proposta irrecusável. – Bang Si-hyuk PD-nim anunciou em uma reunião que marcou conosco. Era raro ele vir pessoalmente anunciar algum novo trabalho, a não ser que fosse um caso extremamente especial.
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  Nos remexemos em nossos lugares, ansiosos pelo anúncio.
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  – Vamos lançar uma parceria com a artista .
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  Arregalei meus olhos ao mesmo tempo que ouvi as reações dos hyungs. Meus ouvidos bloquearam o som assim que a imagem de surgiu em minha cabeça. A imagem bem próxima de mim, não a da artista intocável, como os outros membros provavelmente estão pensando.
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  “Vamos nos divertir.” Foi a última coisa que ela disse.
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  Por conta dela e da expectativa do que ela disse, comecei a pegar mais pesado nos meus estudos de inglês. Queria poder entender tudo o que ela falava e me comunicar melhor, não depender de tradutores e intérpretes.
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  O PD-nim explicou todo o processo, a música que seria um trabalho conjunto dos dois lados, a coreografia que aprenderemos juntos e o conceito da música, que deveria ser cativante tanto para o Ocidente, quanto para o Oriente.
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  – Uhhh, trabalho de escala mundial! – Hyeoseok sorriu, animado. Ligado no 220v, ele era quem estava mais empolgado com a parceria. – Acho que teremos uma coreografia mais difícil do que imaginamos, já que ela é conhecida por ter coreografias complexas.
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  – E a voz dela caberá muito bem com a nossa. – Suga analisou, pensativo. – Acho difícil essa música não estourar, se a letra e a melodia forem boas. Temos nossas qualidades.
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  – Fora que isso ajudará o Bangatan a ser ainda mais reconhecido no exterior. Poderemos finalmente elaborar uma turnê mundial? – Jin sonhou, sorridente.
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  Durante o mês seguinte, todos focaram no trabalho que seria feito até encontrarmos com . Treinamento de voz, dança e preparação para a gravação do clipe. O coreógrafo escolhido foi um que trabalha com frequência com , o que nos deixou ainda mais empolgado, já que sabíamos ser um trabalho vindo de Hollywood.
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  – Você não vem jantar, Jungkook? – Jimin perguntou, entrando na sala de treino em que eu tentava fixar um passo que, no meu ponto de vista, ainda estava imperfeito. – Hoseok já saiu. – ele me olhou preocupado.
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  – Está tudo bem. – sorri. – Vou ficar, como alguma coisa depois. Comi demais no almoço, então não estou com fome.
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  – Não passe do limite. – Jimin me encarou. – É mais fácil quando não se está exausto.
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  – Estou bem. – sorri. – Obrigado, hyung.
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  Vi seu sorriso preocupado surgir, mas me deixou na sala. Não gostava de preocupá-los assim, mas era um fato aceitado pelo grupo de que minha teimosia vence a deles. Eu apenas tenho de preparar bem meus ouvidos caso algo dê errado por conta de meu egoísmo, pois seis pessoas dando bronca ao mesmo tempo não era fácil.
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  Repassei os passos oito vezes desde a saída de Jimin hyung, mas ainda assim não estava satisfeito. Fui até o aparelho de som voltar a música no lugar onde queria melhorar; no momento em que achei o ponto ideal para tocar, ouvi uma voz soar na sala:
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  – Tente soltar o joelho direito. É isso o que você quer mudar.
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  Olhei para a porta, onde estava sentada no chão com as pernas cruzadas bebendo uma garrafa d’água.
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  Apertei play e fui até minha posição, ouvindo a batida da música e esperando o ponto certo para iniciar a coreografia. Observei meu perfil pelo espelho e prestei atenção em meu joelho direito, como ela havia mencionado. Repassei os passos na minha mente e, quando chegou o momento fatídico, fiz o que ela sugeriu.
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  Era exatamente aquilo. Exatamente aquilo.
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  Quando a música acabou e desabei no chão, era como se meu corpo soubesse que eu havia cumprido com meu dever e imediatamente relaxou, me fazendo entrar em um estado de exaustão.
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  – Conseguiu o que queria? – ela perguntou e foi aí que percebi.
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  Ergui minha cabeça, meu corpo ainda estirado no chão.
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  – Você está falando em coreano?
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  – Estou falando errado? – ela se aproximou e se sentou ao meu lado. Entregou a garrafa de água em que bebia, mas que estava praticamente cheia.
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  – Não. Estou te entendendo, essa é a questão. – falei, sem graça. – Você entende tudo o que eu falo?
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  – Sou fluente.
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  – Por quê?
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  – Por quê? – ela ergueu as sobrancelhas. – O que leva uma pessoa a aprender uma nova língua?
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  “Necessidade”, pensei. “Obrigação. Vontade de se comunicar com alguém sem que outra esteja junto.” Finalizei minha linha de pensamento, ainda encarando ela.
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  – Minha madrinha é coreana e minha mãe faleceu quando eu era muito nova. Eram melhores amigas. – ela ergueu os ombros. – Para fazer o papel de mãe, ela se sentiu na obrigação de me ensinar uma língua diferente das básicas, como o espanhol. Me ensinou o que ela sabia de melhor.
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  – Então por que falou comigo em inglês na Billboard Award?
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  Ela ergueu os ombros.
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  – Não pareceu importante decidir qual idioma falar.
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  Não retruquei sobre a importância que havia para mim. Eu poderia tê-la xingado em coreano, após me roubar algo que era meu. Como meu primeiro beijo… em uma estrangeira. Os hyungs brincam que quando se beija alguém que não é da sua nacionalidade, então é como se beijasse pela primeira vez. Algo bobo que surgiu em uma conversa banal quando descobrimos que o Bangtan estava sendo reconhecido internacionalmente.
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  – Achei que você chegava só na semana que vem.
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  – Tecnicamente, é isso mesmo.
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  – Tecnicamente?
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  – Quis vir mais cedo porque queria conhecer o país da minha madrinha com calma. Se os fãs e a mídia souberem que estou aqui, me seguirão por todo lado e não conseguirei passear direito ou garantir a tranquilidade da minha família.
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  – E da onde sua madrinha é?
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  – Busan.
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  – Busan? Eu sou de Busan.
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  – Eu sei. Me falaram. É por isso que estou aqui.
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  – Por isso…
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  – Vamos para Busan.
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  O que me surpreendeu não foi o fato dela ter surgido repentinamente e anunciado que iríamos para minha cidade natal, na qual ela também tem parte de sua raiz, foi a naturalidade com que ela anunciou essa ideia maluca.
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  – Eu tenho uma agenda a seguir.
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  – Não, nos próximos 3 dias. Além disso, sua próxima programação será num programa de variedade próximo de Busan.
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  – Você é uma stalker?
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  – Meu gerente é. E ele é muito bom, apesar de que no seu caso, foi só falar com seu empresário.
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  – Ah.
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  – Vamos. Se sairmos agora, dá para comermos em algum lugar. Você pode escolher.
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  – Ei! Não posso ir assim, tenho que avisar os hyungs…
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  – Eu já disse, meu empresário é muito bom no que faz. – ela se olhou no espelho, arrumou seu cabelo e então olhou para mim: – Vamos. Vamos nos divertir.
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PARTE III

  Era loucura. Eu tinha certeza de que se eu não estava louco, quem estava era ela.
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  Quando a vi na televisão, achei que ela fosse uma artista comum. Todo artista tem uma parte de si ordinária, parecida com as pessoas comuns. Mas não ela. Tudo nela era diferente, despreocupado, mas não de uma maneira irresponsável.
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  – Minha tia falou da praia de Busan, mas acho que no inverno não deve ser uma boa ideia entrar na água.
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  – Bem pensado. – falei, cansado e jogado no banco passageiro do carro que ela havia alugado no nome de seu empresário. Ele estava nos aguardando em Busan, pois providenciava nosso lugar para hospedar, mesmo eu tendo insistido em ficar na casa dos meus pais.
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  – Me conte sobre você.
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  – Por que o interesse?
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  Vi um sorriso surgir em seu rosto.
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  – Achei que você era o caçula de ouro.
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  – Sou um pouco mais ácido do que as pessoas pensam.
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  – Do que as fãs pensam, você quer dizer.
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  – As fãs não precisam saber dos meus defeitos.
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  – E por que não? Se elas te amam, aceitarão o que for.
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  – E por que então você não mostra seus defeitos?
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  – Tipo…?
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  – Essa sua loucura toda. Você… – limpei a garganta e olhei para a paisagem.
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  – Sou louca?
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  – Esquece.
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  Não falei mais nada. Culpei meu cansaço pelo meu comportamento mau educado. Tirei um cochilo longo e só acordei quando estávamos chegando no hotel. Achei que fôssemos chegar e dormir, já que passava das onze da noite e sabe-se lá o que ela iria querer fazer no dia seguinte, mas ela só disse:
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  – Vejo você em vinte minutos na cozinha.
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  Nada respondi, já que não houve tempo. Ela virou de costas e entrou no quarto vizinho ao meu. Resolvi não questionar, depois de pensado melhor. Eu já havia descansado um pouco, então poderia enfrentar o que ela estava planejando. Havia muita coisa para fazer à noite em Busan, por mais que não parecesse.
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  Só que os planos dela, para variar, eram de um nível inimaginavelmente catastrófico.
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  – Você conhece a família de Marcus Shin?
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  – É uma família bem conhecida aqui em Busan.
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  – É, a fama dele chegou lá nos Estados Unidos. – ela disse, tranquila. – Você acredita em maldições?
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  – Maldições?
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  Olhei para ela, que encarava todos os detalhes de nosso redor com uma atenção turística. Era compreensível, já que era a primeira vez que visitava Busan. A cidade, à primeira vista, chama a atenção.
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  – Marcus Shin andou propagando coisas que não devia sobre alguns segredos de estado.
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  – De estado?
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  – Sim. – ela estalou a língua e então me empurrou para um beco, me pegando de surpresa. – Você foi o escolhido.
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  – Escolhido?
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  – Não se cansa de repetir o que digo?
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  – Não consigo entender nada do que você está dizendo.
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  Ela suspirou e olhou para o céu, enviando um olhar de clemência… ou paciência, se for olhar bem.
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  – Você sabe o que é um solstício de inverno?
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  – Ah…
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  – É quando um dos pólos do nosso planeta está mais inclinado na direção do sol. Ocorre todo ano, no inverno e no verão. – ela deu um passo para trás. – Isso significa que, no solstício de verão, o dia fica mais longo, e no inverno, a noite se torna mais longa. A cada quatro anos, especificamente no solstício de inverno, a criança nascida exatamente no momento em que ocorre o pico da inclinação, vem com poderes.
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  – Poderes? Como magia mesmo?
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  – Foi o que eu disse. – ela suspirou. – Existem várias no mundo e com diversos tipos diferentes de poderes. Eu, por exemplo, vejo auras.
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  – Como é que é?
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  – Marcus Shin consegue prever o futuro, mas em um tempo limitado de algumas horas ou no máximo 1 dia. Isso, por si só, já é uma vantagem. Uma vantagem que ele usou para o mau.
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  – Qual o poder de ver auras?
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  – Eu vejo as cores delas. Cada cor possui um significado. Minha aura, por ser um solstício, é em um tom bem claro de branco. Dos seus companheiros de grupo variam entre verde, dourado e rosa.
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  – O que isso significa?
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  – Verde são os mais fáceis de se lidar, se lidado racionalmente. O dourado são os mais fortes, geralmente lidando com liderança, e o rosa usam de base o amor, portanto são mais bons de coração.
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  – E eu?
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  – Você é um escolhido. – ouço, não entendo. – Sua aura é prateada. É muito raro ver auras prateadas, só vi uma vez desde quando aprendi sobre isso. As pessoas com essas auras tendem a viver somente em lados extremos: muita sorte ou muito azar. Tudo irá depender das escolhas que elas fazem durante a vida. No entanto, por ser prateada, são fáceis de serem manipuladas.
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  – E você quer fazer exatamente isso? Me manipular?
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  – É mais fácil fazer você entender toda essa história, do que seus amigos. – ela ergueu os ombros.
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  – E qual a sua missão?
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  – Inicialmente, era encontrar o maior número de prateados. Nossa missão é protegê-los. As pessoas com os poderes do mal tendem a usá-los para benefício próprio. Manipulam-os, já que são fáceis, e fazem uso de sua sorte para si próprio, deixando-os à mercê do azar, geralmente levando-os à loucura ou morte.
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  – Morte? – arregalei os olhos, espantado.
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  – A Coréia do Sul não possui a maior taxa de suicídio do mundo por qualquer motivo.
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  Fiquei boquiaberto, pois minha mente parou de funcionar. Aquilo fazia sentido. Mas será que sou mesmo manipulável?
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  – Como posso acreditar em você? E se acreditar, como posso saber que você não está me manipulando…
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  – Você não está vendo? – ela me interrompeu.
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  – Vendo o quê?
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  – Vagalumes.
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  Pisquei, finalmente percebendo. É. Haviam vagalumes voando ao redor dela. Vagalumes… fracos. Olhei para o lado e limpei meus olhos, vendo uma mulher passando com um saco de compras.
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  No meio da madrugada?
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  Vagalumes rosas.
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  Fui até ela, por um impulso, e a abordei:
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  – Deixe que eu a ajudo. Parecem pesadas. – digo, oferecendo carregar o saco de compras.
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  A mulher me olhou com exaustão, e então a expressão mudou para uma surpresa.
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  – BTS!
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  – Sim, sou eu. – sorri, feliz por ter sido reconhecido por uma senhora dessa idade.
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  – Minha filha vem me visitar… – ela aceitou minha ajuda e começou a caminhar ao meu lado. – Está estudando em Seoul. Me avisou de última hora, então resolvi ir ao mercado ali do centro, que é o único que fica aberto até tarde… – ela sorriu. – Vou fazer o prato favorito dela. É uma grande fã sua. Há fotos por todo o quarto.
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  – Sou muito agradecido por ela gostar de nós. E fico muito feliz em saber que tenho uma fã tão dedicada aos estudos, e que não esquece a família.
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  – Sim, ela é uma ótima menina. É no fim dessa ladeira, minha casa.
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  – Não se preocupe! – sorrio, acompanhando-a enquanto ouço ela falar das pequenas conquistas de sua filha, que foi em busca da carreira de veterinária, por amar animais.
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  Ela me ofereceu algo para comer, mas me lembrei de ao lado de fora, por isso, recusei e desejei uma boa noite.
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  – Viu? – ouvi bem ao meu lado assim que fechei o portão da casa da senhora. – Vive à base do amor. – apontou com um movimento de cabeça, para a senhora que agora devia estar guardando as compras. – Os vagalumes se tornarão áureas de verdade, conforme o tempo for passando. Incomodará no começo, mas você irá se acostumar.
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  – Por que estou enxergando de repente?
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  – Porque passei meu dom para você.
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  Fiquei a encarando, enquanto a via me encarar, esperando que a resposta surgisse em minha cabeça. E veio como um trem-bala:
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  – O… beijo?
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  – O beijo. Meu DNA estava ali. É a maneira mais fácil. Foi minha primeira vez, você sabe, tentando esse método. Na escola, eles ensinam que é preciso uma fusão do sangue, já que é o que contém nosso DNA. Mas assistindo um programa de mistério, vi que dá para se fazer testes através da saliva.
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  Parte de mim se sentiu ofendido. Além de ter sido feito de uso experimental, o beijo pareceu não ter tido o mesmo efeito nela, como deu em mim.
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  – Qual é o seu plano?
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  – Bom, a missão é simples. – ela sacou de dentro de seu casaco, uma arma. Arregalei meus olhos. – Você se acostuma.
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  – Acho que não.
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  – Não existe muitos com a nossa habilidade, e para essas pessoas que usam as outras para benefício próprio… somos bastante úteis. Saber quem é fácil de manipular ou, através do conhecimento das cores, compreender o método para conseguir o que quer, é preciso merecimento.
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  – Eu não acho que tenha feito algo para merecer poderes. – olho ao redor, vendo os vagalumes ficarem maiores ao redor das pessoas que passavam por nós. Agradeci por não estar em um lugar cheio. Como os shows. – Espere! Você também é uma celebridade. Como é que lida com todos os fãs? É sempre seguida, não é?
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  – Sou artista por conveniência. É mais fácil quando as pessoas vêm até mim. Como você. Se eu não fosse uma celebridade, não teria a oportunidade de te conhecer pessoalmente. Além disso, nossos poderes só funcionam quando vemos a pessoa ao vivo.
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  – Quer dizer que me vendo pela tevê, você não fazia ideia da aura que eu tinha?
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  – Isso. Todos os poderes vêm com limitações, ainda não sabemos quais são as suas.
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  – Mas e aí? O que eu tenho que fazer?
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  – Os agentes provavelmente encontrarão você para que entre na escola e aprenda sobre tudo isso. É um mundo muito maior do que imagina. Mas agora, você só deve me acompanhar. Sabe como é… pesquisa de campo, que se diz? Aprendendo na prática? Algo assim.
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  Os passos que antes eram dados com tranquilidade, de repente pararam.
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  – Ah! Eu preciso avisá-lo de uma coisa. É bem séria?
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  Olhou ao redor e me puxou para um canto mais escuro da rua.
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  – Quando começar a receber missões, verá que algumas serão mais difíceis, como essa de agora. Você recebe todo o suporte e treinamento, mas é diferente na prática. Matar pessoas… há dois gumes. – ela encostou na parede e cruzou os braços. – Falando profissionalmente, você recebe méritos, que verá ser bom para sua vida, mas falando no dom… cada vez que você mata alguém, seu poder se torna mais forte. Isso é bom, afinal, as limitações acabam diminuindo, até se extinguir. Por outro lado, você vira vítima de sua própria luxúria. É um caminho sem volta. Marcus Shin está obsesso por poder.
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  – Mas você disse que ele só enxerga no máximo um dia. Como acabar com uma pessoa que vê o futuro? Pegando-a de surpresa?
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  – Bingo. – ela sorriu. – Marcus Shin prevê seu futuro toda manhã e toda tarde, tornando quase impossível de chegar até ele. Ele não se importa com o futuro, então não comete os assassinatos. Ele faz com que seus subordinados façam o trabalho sujo e faz o uso dos poderes deles a seu favor. Se houver um dia em que, repentinamente, ele não consiga realizar essa rotina, é a nossa chance.
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  – E qual a probabilidade disso acontecer?
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  – Aconteceu hoje. Veja só: ele é político. Estamos em véspera de época eleitoral. Não há o risco dele ser ameaçado, então ele não se importa muito com a rotina, quando, de vez em quando, ela sai de seu controle. Hoje foi a primeira vez em um ano e meio. Um agente secreto nos avisou e outro foi conferir. Não se pode depender de uma só pessoa; além disso, há poderes em que se detecta uma mentira e temos vários videntes conosco também. Shin não viu o que irá acontecer da uma, até as três da manhã.
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  Olho em meu relógio, que marcava uma e quarenta.
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  – O trabalho é bem fácil.
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  – Não parece fácil matar uma pessoa.
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  – Como eu disse – ela voltou a andar. –, você se acostuma.
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  – Se eu tenho o mesmo poder que você, quer dizer que deixei de ser manipulável.
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  – Não dá para mudar quem você é. – ela diz, caminhando. – Mas, sim. Sua aura mudou. – virou seu rosto para mim, curiosa. – Não consegue ver?
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  Engulo seco e nego com a cabeça.
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  – Interessante. – ela para e me olha com mais atenção. – Talvez você não consiga ver todas as cores. Bem, é só uma questão de tempo.
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  – Terei que matar alguém para ver tudo?
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  – Alguns dons melhoram com o treinamento. Temos que esperar para ver.
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  A missão, de fato, foi mais fácil do que os filmes ou seriados mostram.
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   me fez ficar esperando em um local próximo da casa de Shin. A vi encontrar com alguns agentes e então apontar em minha direção. Quinze minutos depois, ela estava de volta.
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  – Pronto. Agora vem a pior parte.
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  – Lidar com as notícias?
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  – Não, escrever o relatório. – ela revirou os olhos. – É muito mais fácil quando mandam junto alguém da equipe de escrivões. Eles acompanham o processo e no final, terminam o trabalho.
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  – Qual era a cor da aura de Marcus Shin?
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  Ela sorriu.
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  – Quando você pensa no mau, imagina qual cor?
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  – Preto.
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  – É isso aí.
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  Voltamos para o hotel, mas acabamos não nos hospedando lá.
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  – Vamos voltar para Seoul. – ela anunciou.
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  – Mas…
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  – Era só uma missão, Jungkook.
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  Não a respondi. Para mim, tanto fazia, estaria aqui perto em alguns dias, e poderia visitar meus pais então. No momento, havia muita coisa a ser pensada. Eu achava que já era especial por conseguir chegar aonde estou, fazendo algo que gosto. Mas isso tudo é uma loucura inimaginável. Saber que magia existe… não faz sentido.
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  Passei grande parte da viagem pensando sobre tudo o que aconteceu. Pelo celular, procurei notícias de um crime terminado em morte, mas nada havia saído ainda. Quando percebi, estávamos na frente do meu dormitório.
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  – Até mais, então, Jungkook. Não fale sobre isso com ninguém que não tenha essa marca. – e mostrou uma tatuagem de lua no pulso. – Você terá uma também. Ela irá se formar sozinha, quando melhorar o controle sobre seus poderes.
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  Ela sorriu e aguardou que eu saísse.
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  – Era uma missão me trazer? – perguntei, não fazendo questão de sair do carro.
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   me encarou por um tempo, até desligar o automóvel.
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  – Não.
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  – Então…
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  – Aquele dia, na Billboard… Marcus Shin havia mandado me capturarem. – ela disse. – Se você não tivesse ido ao banheiro… eles haviam livrado toda a área para fazerem um trabalho sem problemas.
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  – Então eu a salvei?
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  Ela se remexeu, desconfortável.
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  – É. Obrigada.
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  – Bem… – sorri, sentindo meu coração se aquecer. – Salvar pessoas também faz algo com nossos poderes?
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  – Só se for situações não planejadas. – ela disse. – No seu caso, sim. É por isso que as coisas com seu trabalho estão indo tão bem.
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  – Acho que então prefiro salvar pessoas.
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  – É o que tentamos fazer. – ela abre um pequeno sorriso. – Mas nem sempre é fácil. Às vezes somos obrigados a fazer algo ruim, como fiz hoje, para salvar alguém.
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  – E quem você salvou?
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  – Milhares de solstícios capturados. – ela suspirou. – Pelo menos, espero. – seus olhos se perderam por um momento, e então voltaram em foco segundos depois. – Tchau, Jungkook. Nos vemos em 2 dias.
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PARTE IV

  2 DIAS DEPOIS.

  A vi olhar por todo seu redor. Uma pessoa que não sabia de nada, jamais perceberia, mas eu sim. Em dois dias, meus olhos estavam vendo muito mais do que auras coloridas.
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  “Haja naturalmente.”
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  – Olá, muito prazer. Sou , mas podem me chamar de .
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  – Olá! Nós somos o Bangtan Boys!
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  Ela passou seu olhar por todos nós. Eu, por ser o mais novo, acabei ficando por último na fila.
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  “Haja naturalmente.”
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  Abri um pequeno sorriso.
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  – Sou Jungkook.
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  – Prazer, Jungkook. – ela apertou minha mão. Senti um leve tremor no aperto.
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  – Uaaaaaaau! Ela não parece brilhar ainda mais de perto? – ouvi Hoseok hyung falar quando se afastou. – É meu tipo!
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  – Hyung! Não fala besteira! – sem pensar, exclamei, causando um leve frisson nos outros membros.
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  – Olha ele, mostrando interesse em uma garota! – Jimin riu.
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  – Nosso maknae está crescendo! – Jin deu dois tapinhas em meu ombro. – Hyung irá te ensinar tudo o que sabe sobre garotas.
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  Me desvencilhei de todos, que se aproveitaram do súbito momento para fazerem ainda mais gracinhas.
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  “O que ele esperando para vir falar comigo? Sou eu quem sempre tenho que tomar iniciativa?”
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  “Ah… espero que hoje termine rápido. Eles são muito profissionais, não teremos que perder muito tempo.”
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  “Será que o Suga não vai me perceber?”
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  “Tenho sede. Quando vão me regar?”
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  Olhei ao redor, um pouco atordoado. Ouvir os pensamentos das pessoas começou no dia seguinte de quando encontrei com . Apesar de só ouvir quem está perto, meus ouvidos ouvem tudo que tem vida: pessoas, animais, plantas…
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  Como ela havia dito, agentes vieram até mim falar sobre a escola de treinamento e como funciona. Recebi um aparelho eletrônico contendo as informações básicas sobre tudo. Ainda não terminei, claro. Pego no sono quase sempre.
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  Agimos como se nunca tivéssemos nos conhecido antes, mas todos os olhares que ela dava para tudo, eu sabia que nada tinha a ver com o trabalho. Ela evitou, durante a maior parte do tempo, encontrar meu olhar ou ficar sozinha comigo. Achei engraçado, pois geralmente as garotas se aproximam de mim, não fogem.
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  No final do dia, a encontrei bebendo água e conversando com seu empresário. Ele se afastou no momento em que eu me aproximei.
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  “Ah, até que enfim.”
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  – Até que enfim. – repeti seus pensamentos, a assustando. – Achei que você não fosse ficar sozinha nunca.
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  “Você poderia ter arranjado uma maneira, não é? Bobo.”
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  – Eu dificilmente fico.
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  Sorrio, achando divertido como ela era tão oposta ao que pensava. Eu poderia brincar mais um pouco com isso, mas acho que não seria legal de ver o resultado, afinal, eu ainda não sei me proteger de pessoas que sabem matar.
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  “Ele não vai me chamar para jantar?”
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  – Sabe de uma coisa? Você está com fome?
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  – Faminta.
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  – Conheço um lugar ótimo. Se sua madrinha cozinhou para você as refeições que costumamos comer aqui, então gostará.
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  – Vamos lá.
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  Inventei qualquer desculpa para os membros, para que pudesse sair sozinho com ela. Tenho certeza que eles ficaram desapontados, não por eu não comer com eles, mas por ela não ir.
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  – Eu não tenho carro, então teremos…
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  – Meu empresário nos leva. – ela me cortou. – Passa o endereço para ele.
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  Fiz o que ela pediu e entramos logo em seguida no carro:
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  “Espero que dê em algo. Ela esteve nervosa demais nos últimos dois dias.”
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  Sorri.
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  – O que é engraçado? – ela perguntou.
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  – Não, nada. Só vi aqui uma mensagem do J-Hope. Ele é muito engraçado.
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  – Ah, é verdade! – ri, sem graça. – E então? Como foi os últimos dias?
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  Olho para o empresário, que se manteve calado.
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  “Fazer o retorno… como que se faz um retorno aqui… ah! Assim…”
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  – Ele sabe. Também é um solstício.
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  – Que poder ele tem?
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  – Proteção. Nossos poderes não são vistos por outros solstícios quando ele está por perto. Além disso, ele consegue apagar a memória das pessoas, quando o evento aconteceu a menos de 30 minutos.
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  – Ele tem um aparelho, como no Homens de Preto?
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  – Não – ela ri –, ele só precisa falar algumas palavras. É bem simples, na verdade.
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  Tudo parecia mais simples do que na ficção.
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  “Ele não vai perguntar sobre mim?”
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  – Você é mesmo impaciente. – abro um sorriso convencido, vendo-a me encarar com certo ultraje. – Eu estou tomando meu tempo para me acostumar com tudo, não consigo pensar em várias coisas ao mesmo tempo. Já ia perguntar sobre como você está.
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   arregalou os olhos e grudou suas costas na porta ao seu lado.
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  “V-você… lê pensamentos?”
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  – Legal, né?
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  – Como é que é?
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  – A-ah… … Tente não me assustar, sim? – o empresário disse da frente.
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  – Ele lê mentes! – ela gritou, fazendo o homem rapidamente estacionar, para então olhar para trás.
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  – Ele o quê?
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  – Ele disse… não. Ele pensou que você esteve nervosa nos dois últimos dias… foi saudade? – sorri, vendo o homem arregar ainda mais os olhos, se é que era possível, e então olhar para .
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  – Você o quê? – ela deu um chute no banco do empresário, que começou a gaguejar algumas respostas. Comecei a rir enquanto o via tentar se explicar e ela ficar vermelha feito pimentão. – Quando você descobriu?
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  – No dia seguinte do nosso encontro. Foi meio louco, mas agora eu bem que me divirto. Realmente é mais fácil quando se sabe o que a outra pessoa está pensando.
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  – Não é tão fácil assim. – diz. – Tivemos agentes que se mataram porque sempre procuravam a perfeição, e ao lerem os pensamentos dos superiores, viam que era impossível e acabavam cometendo suicídio. Outros enlouqueceram.
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  – Ou cederam à obsessão. – o empresário completou.
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  – Ah. – meu sorriso diminuiu.
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  – Você contou aos agentes sobre isso?
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  – Eu ainda não cheguei na parte que se explica como mexer com isso… – tiro da mochila o aparelho que havia recebido.
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  – Ou seja, você não passou da primeira parte. – me encarou, séria. – Isso é muito sério, Jungkook. Sua vida depende disso.
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  – Eu sei, só não sou muito adepto à leitura. Acabo dormindo.
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  – Compreendo. – o empresário responde e recebe um olhar feio de .
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  – Vou fazer para você, mas é bom que você leia isso logo. – ela mexe em algumas coisas e digita outras. – Pronto.
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  – E o caso de Marcus Shin, como ficou?
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  Ao perceber que o momento mais tenso passou, o empresário voltou a dirigir em direção ao restaurante.
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  – Tranquilo. As autoridades deram como suicídio. Fizemos um bom trabalho. Não sei muitos mais detalhes, porque são outras equipes que trabalham no abafamento da notícia e tudo mais. Eu só executo a ação.
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  – E não te enganam?
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  – Quando você ler – ela apontou para o aparelho, séria. Encolhi os ombros em resposta –, verá que a base da agência é feita de confiança e lealdade. Todos precisamos ganhar, por isso, muitas pessoas sempre estão envolvidas em todos os casos. Quando uma pessoa mata, não é só ela quem ganha, o ganho só é dividido entre todos os participantes. Se há muitos, a quantidade vem menor, mas é bom, para que não enlouqueçamos. Talvez isso explique porquê seu novo dom apareceu.
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  – É normal ter mais de um dom?
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  – Não, mas pode acontecer. Geralmente acontece com nascidos no momento mais exato possível. No dia, hora, minuto, segundo, nanossegundo, microssegundo e milissegundo. Você deve ser um desses casos.
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  “Obrigado… mãe?”
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  – E pode haver outros poderes além desses dois?
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  – Houve caso de solstícios que tiveram quatro poderes ao mesmo tempo. Mas foi centenas de anos. – o empresário disse.
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  – Se outro solstício me beijar como fez, conseguirei pegar o poder dele também?
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  – Por quê? – me encarou, séria. – Quer distribuir beijos por aí?
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  “Ele só pode estar brincando— EU NÃO ME IMPORTO!”
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  – Pare de ler os meus pensamentos!
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  – Eu ainda não tenho essa maturidade. – sorrio. – Eu entendo que não é difícil não gostar de mim. Acho que meu beijo teve um efeito intenso em você.
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  – É óbvio que não.
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  Mas era óbvio que sim.
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  Eu ainda tinha muito o que aprender sobre poderes, solstícios, agentes e tudo mais. Mas o que me deixou mais feliz, foi que não fui o único que ficou abalado com aquele beijo.
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  De fato, tinha razão.
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  Estou me divertindo muito.
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Fim

  Esclarecimento: O solstício de inverno acontece sempre em julho. Sei que o Jungkook nasceu em setembro, mas para adaptar a história melhor (afinal, é uma fanfic, hahaha!), vamos fingir que não houve essa divergência!

  Nota: Minha primeira fanfic do BTS! Estou meio empolgada com eles desde que fui no show, então acabou que deu nisso, hahaha!
  Espero não ter acabado com o fandom, hahahaha!

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