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Temporada #013

Sk8r Boy
Avril Lavigne

Esta história não possui capas prévias (:

Sem informações no momento.

Sk8er Boi

Parque Do Oeste, 2012.

  Josh inspirava profundamente, prendendo o ar por bastante tempo até solta-lo, em uma tentativa de se acalmar. As brigas em casa eram frustrantes e cansativas, o fazendo passar a maior parte de seus dias perambulando e fumando por lugares vazios. Ao lembrar das palavras proferidas pelos seus responsáveis sobre sua carreira, jogou o mais longe possível o cigarro, e xingou até a décima geração do seu criador, já que foi buscar a mísera nicotina para poder jogá-la no lixo. O garoto parou em uma barraca próxima e se presenteou com um milkshake de morango enquanto observava as folhas de outono caindo com o vento gélido, e mal percebeu que seu celular apitava. Checou as mensagens e viu que os seus amigos estavam combinando um ensaio para mais tarde nos fundos da escola. O mais legal de fazer parte de uma banda que tem o filho do diretor como baterista, é sempre ter um espaço fixo para tocar, e o melhor, sem ter perturbações externas querendo se intrometer. Um alívio percorreu seu corpo ao começar a caminhar, e logo menos, movia-se com skate pelo longo trajeto. Após algumas buzinas, pessoas quase atropeladas e mais um cigarro, o garoto adentrou o prédio, indo ao encontro dos demais, sem imaginar que teriam mais companhias do que o normal. Para sua surpresa, a equipe de líder de torcida tinha ensaio, e para a irritação, o mascote do time batia incessantemente o enorme tambor, atrapalhando a concentração da banda.
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  Cerca de trinta minutos havia corrido e a disputa por quem fazia o barulho mais alto tinha cessado graças ao diretor que interviu, ameaçando-os a os mandarem de volta para casa e suspender os treinos durante o restante da semana. Não é preciso dizer que o mais velho acarretou vários resmungos, mas o homem apenas se limitou a voltar a beber seu suco e dar as costas para os alunos. Depois de duas horas, ambos os lados conseguiram terminar seus respectivos ensaios de maneira respeitosa e tranquila, pois não gostariam de levar suspensões e tomar sermão de seus parentes. Mesmo com a irritação, todos se juntaram no canto da quadra e ficaram conversando, afinal, não tinham nada melhor para se fazer, e por que não jogar algo com as duas equipes?
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  Lincoln, Max, Lindsey e Gabriela foram buscar bebidas que solicitaram ao irmão mais velho de Gabi, enquanto os que sobraram batiam papo e fumavam, já que o diretor teria uma reunião e só apareceria novamente em três horas. Não tardou para que o quarteto voltasse com algumas garrafas, e ao dividirem, os grupos iniciaram mais uma vez os assuntos aleatórios interrompidos.
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  Josh se levantou da rodinha e foi buscar um pouco mais de álcool, e ao tocar a garrafa, sentiu sua mão se esbarrando com a de alguém. Se prontificou em pedir desculpas, mas, ao observar a silhueta a sua frente, sua mente travou.
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  Alicia Candece era a capitã do time de torcida e uma das melhores bailarinas do colégio, além de ter um cabelo volumoso, olhos em um tom de mel cintilante e um aroma de flores bem agradável. Ao contrário de suas amigas, ela era mais simpática, então era fácil tirar alguma dúvida ou iniciar uma conversa, e Parker curtia isso. Desde o final do segundo ano ele tinha uma queda pela Alicia, nada tão profundo, porém o suficiente que o fizesse ficar um tanto sem fala, e toda vez que tentava chama-la para sair, travava ou as amizades da menina o interrompia, e o rapaz acabava por desistir.
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  Quase um ano e agora os dois estavam ali, esbarrando as mãos com uma audiência que mantinha olhares de reprovação para tal ato, e ambos tentavam ignorar as outras líderes que fofocavam sobre o skatista, como foi apelidado por elas. Alicia mantinha sua postura, enquanto Josh tomava fôlego para, finalmente, chama-la para fazer qualquer coisa, o importante seria Ali aceitar.
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  - Oi.
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  - Olá? – Ela o respondeu em um tom divertido.
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  - Talvez o álcool esteja me ajudando, quem sabe, né? Enfim, já tem um tempo que eu queria te chamar para sair, e sei que estou jogando assim, no ar, do nada. – Ele despejou as palavras rapidamente, com uma feição de quem havia corrido uma maratona.
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  Candece ficou surpresa, mas não demonstrou, se mantendo na pose que sempre vestia. Por dentro, uma parte de si queria dizer “sim”, a menina guardava esse crush desde que bateu o olho em Parker, e assim como ele, nunca teve coragem, ainda mais pela não aprovação de suas companheiras e pelo fato de ter sido ensinada que caras como Josh nunca teriam um futuro brilhante.
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  Por mais que não quisesse acreditar, aparentava ser verdade, então, sua cabeça montou um gráfico básico de constatações óbvias.
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  Ela era uma garota; ele, um garoto.
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  Ela era bailarina; ele, meio punk e skatista.
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  Ela era a fim dele; ele, dela.
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  Mas, ele nunca poderia descobrir, Alicia não suportaria os julgamentos que sofreria se se envolvesse com Josh.
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  Por isso, sua resposta foi firme.
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  - Desculpa, mas não vai rolar. Você é um cara legal, só que não é o meu estilo e de muita gente. Nos vemos por aí, Parker.
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  A garota se reuniu com as meninas, sendo recebida com risadas com um toque maléfico e a parabenizando por ter dado um fora no rapaz que vestia roupas largas, enquanto o mesmo voltava para os amigos apenas para pegar sua guitarra e ir embora.
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  Com uma última olhada, Candece o espiou com sua visão periférica, sendo garantida pelas amigas que ela estava mais do que certa no que tinha feito.
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  É, talvez Alicia estivesse mesmo.
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*

  2017.

  As manhãs se tornam cansativas quando você precisa conciliar trabalho e uma criança de três anos que é ligada nos 220v. Alicia suspirou exausta e se jogou no sofá, esperando dar o horário de alimentar seu filho e de deixá-lo com sua mãe que queria leva-lo a um parque e dar uma folga a filha, já que ela trabalharia de casa e tinha muitos arquivos para mexer. Ali pegou o pequeno e lhe deu sua mamadeira, terminando de colocar seus sapatos e ajeitar a gola da camisa. A mulher sorriu para o mais novo que lhe deu uma gargalhada como resposta e após dez minutos, a campainha tocara e ao abrir, deu um abraço em sua mãe e chamou Jake.
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  - Se divirta com a vovó, meu amor.
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  Ao se despedirem, Candece esperou perdê-los de vista e fechou a porta, indo de encontro ao seu notebook, onde passaria metade do seu dia.
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  Com o arrastar das horas, Alicia terminou todas as edições e mal podia esperar para se banhar nas águas quentes do spa que marcara com as amigas, e se antes não queria ir, agora seus ombros gritavam para receberem uma massagem. Aproveitou o tempo vago e foi se arrumar, e como ainda havia vinte minutos de sobra, ligou a TV e deixou em um canal de música, pois adorava assistir aos clipes. Desde que assinara o pacote de canais completo, não podia ficar sem ouvir as melodias tão dançantes que sempre gostou. Ela rodopiava pela sala, voltando aos seus recém dezoito anos e uma carreira toda pela frente, que acabou não dando tão certo. Aos vinte e um descobriu a gravidez, e com o apoio de sua mãe, Alicia manteve o ballet até onde seu médico a liberou, e quando teve que cessar, ficou ajudando sua ex professora com algumas aulas, assim não perderia total contato com a dança. Suas únicas companhias verdadeiras eram seu filho e sua progenitora, suas amigas – as mesmas do ensino médio – prosseguiam do mesmo jeito de cinco anos atrás, mas Ali gostava delas.
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  Mesmo se arrependendo de ter sido tão influenciada por elas no ensino médio.
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  A mulher não se arrependida de muita coisa, mas ultimamente se pegava pensando em Josh, a verdade é que Candece nunca superou a sua paixonite do colegial. Definitivamente, sua mente a culpava por ter deixado uma oportunidade passar, porém, ainda parecendo que tinha os seus dezoito anos, ela garantia – ou tentava se enganar – que o skatista não teria um futuro bom.
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  E foi nesse momento que Alicia teve uma enorme surpresa.
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  Todo o líquido que estava na sua boca foi parar em vários cantos da sala; seus olhos se arregalaram e sua boca abriu, xingando três palavrões seguidos. Aumentou o volume e prestou atenção em cada palavra que a repórter dizia, sem acreditar no que estava vendo.
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  Cinco anos tendo a certeza de que eles nunca dariam certo.
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  Cinco anos se convencendo de que ele seria um fracassado, do jeito que suas amigas e seu pai bradavam sobre caras de bandas e com roupas largas.
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  Cinco anos que não tinha praticamente nenhuma notícia dele.
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  Agora, Josh tinha o rosto estampado no programa principal da cidade, anunciando o show de sua banda e ele estava mais bonito que nunca. Demorou um pouco para Ali se recuperar, e logo sua mão tateava o sofá em busca de seu celular, com o nervosismo atrapalhando seus dedos a digitarem o número de Gabriela.
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  - Ali, ligou em ótima hora!
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  - Você sabia?
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  - Do que, doida? – Gabi riu.
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  - Two Bring Down.
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  - É óbvio! Eles estouraram há dois meses, mas já faziam apresentações tem uns dois anos e meio. Acredita que estudamos com o guitarrista? – A outra tagarelava entusiasmada. – Eu ia te ligar agora. Fizemos uma mudança de planos.
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  - Quais?
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  - Temos quatro ingressos para Two Bring Down! Podemos ir para o spa amanhã.
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  - Gabi, eu não sei…
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  - O que? Desculpa, Ali, a ligação está horrível. Já vamos passar aí para te buscar, beijo!
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  A mulher revirou os olhos ao escutar o beep, jogando o aparelho na poltrona. Não sabia como encará-lo depois de todo esse tempo, e na realidade, aquela chama de 2012 reacendeu, o que ela mais temia.
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  Tinha noção de que tinha sido um tanto insensível na sua resposta, e que se fosse o contrário, ela evitaria Josh ao máximo, por mais que já fizesse isso depois do pedido do encontro.
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*

  Cinco minutos.
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  Cinco longos minutos que Alicia captava cada detalhe do palco, tendo as vozes de suas amigas a irritando levemente. Os ajustes finais eram feitos, e o coração da mulher acelerava conforme ia se aproximando, sendo capaz até de soar, sendo que o ambiente tinha ar. A casa de shows não era tão gigantesca, porém sua capacidade aguentava duas mil pessoas, e os ingressos haviam se esgotado, causando uma felicidade em toda a banda. A contagem regressiva iniciara, e ao sentir as vibrações dos fãs, me virei para Josh, recebendo um beijo breve e uma piscadela. Nossa equipe fez o ritual de costume e ao chegar ao número zero, entramos no palco apagado.
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  Os primeiros acordes da guitarra iam animando o público, seguidos das batidas vindas da bateria, e o baixo e o teclado se uniram, formando uma melodia fodidamente incrível.
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  - Boa noite, meu respeitável público. Espero que vocês curtam o melhor show de suas vidas. – Pude ouvir a excitação da multidão. – Preciso que meu amigo ligue a luz para que eu possa ver a plateia mais foda de todas! – Os gritos vinham de todos os lados – Bem melhor, não? Antes de começarmos, gostaria de apresentar os meus queridos integrantes, para que possamos nos tornarmos mais… íntimos. – Dei um sorriso sugestivo. – Nossa tecladista: Melinda. Acompanhando seu maravilhoso dom, Mishael, o baixista. Na bateria temos Jeremias e na guitarra se encontra o amor da minha vida, Josh. E na voz, Lily. Para abrirmos o espetáculo, iremos cantar uma música sobre pessoas conhecidas, e uma das favoritas de vocês!
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  O jogo de luzes fazia o clima ficar mais interessante, assim como as vozes diversas se tornaram um imenso coro que nos enchia de vontade e orgulho. Optamos por abrir o show com uma das primeiras letras que Josh compôs, e não levou nem três dias de amizade para eu saber a razão dela. Eu e ele tivemos uma conexão muito forte, e com um piscar de olhos, em dois meses estávamos morando juntos. Um pouco de loucura e dois corações jovens movidos a sentimentos a flor da pele foram os incentivos para que pudéssemos dar um passo a frente, além de termos criado a banda.
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  Sinceramente, estávamos vivendo os nossos sonhos da melhor maneira, e confesso que não podia tirar um pouco do crédito que Alicia teve.
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  Se não fosse por ela, talvez nem estivéssemos juntos. Mas, a vida é uma caixinha de surpresa, não?
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“Too bad that you couldn’t see
See the man that boy could be
There is more that meets the eye
I see the soul that is inside”

  Quando Josh veio com a letra, ele já havia superado, entretanto tinha escrito na semana em que levara o fora. A partir de sua música, eu compus a que cantávamos agora, e o final, definitivamente, era o meu favorito.
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“He’s just a boy
And I’m just a girl
Can I make it any more obvious?
We are in love
Haven’t you heard
How we rock each others world”

  Todos pulavam e cantavam a todo vapor, nos proporcionando uma alegria imensurável. Reparei em um olhar confuso, que guardava muita história e que, infelizmente, fez decisões não tão boas quanto imaginaria que faria. Mas, assim que é o ciclo em que vivemos, nem sempre faremos as melhores escolhas, e nossas ações realmente tem impactos nas vidas alheias.
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  Afinal, tudo é uma questão de ponto de vista, e às vezes, as pessoas demoram a perceber que as outras valem a pena.
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“I’m with the skater boy
I said, “see you later, boy”
I’ll be back stage after the show
I’ll be at the studio
Singing the song we wrote
About a girl you used to know”

Fim

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