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Ray Dias
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Ideia #009

doada por Hellen Hayashida

// A Ideia
Ele é dez anos mais velho que ela, ela tem um filho e é mãe solteira. Os dois têm gênio forte e ele não gosta da ideia do filho da principal ter uma mãe, mas não um pai, o que acarreta ainda mais conflitos entre os dois. O fato é que ele acaba se apaixonando por ela, e então ela lança o desafio: “Faça com que me apaixone.”

// Sugestões
De preferência que a fic não envolva banda ou fama. Sugiro que a idade seja entre 23 a 27 anos para a principal, e lembrando que o favorito é 10 anos mais velho. O filho tem de ser menino, e haver interação entre ele o fave.
// Notas
--

Esta história não possui capas prévias (:

  1. Esta fanfic tem como trilha musical do nosso casal central, a música “Shine Your Star” do 03ohn . (Ouça aqui
  2. A história cruzará com fatos da Era Joseon a partir dos anos 1400.

Shine Your Star

Esta fanfic tem como trilha musical do nosso casal central, a música “Shine Your Star” do 03ohn . (Ouça aqui)

Prólogo

“No coração de quem nunca viu as trevas, os desvalidos são como pedras”. –

≈≈ ♠ ≈≈

  Nenhum rei tem o poder absoluto em suas mãos. Às vezes, tudo o que um rei tem é o poder, e às vezes, é também o que ele menos tem.
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  Há de se diferenciar o poder, de controle. Entre estas duas palavras, uma tênue separação prática as sustenta. Um monarca poderoso não só se revela naquele em que a sua última ordem, ou a sua irrefutável vontade é cumprida. Ele também se revela no amor que seu povo tem por ele, nas posses, terras e riquezas de seu reinado, e principalmente: no quanto de controle sobre tudo o que se ouve, pensa e diz, ele o tem.
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  Eis a linha tênue: nem sempre um monarca poderoso obtém o controle do seu reino. Alguns, podem ser apenas personagens de interesses maiores e sua vontade ser, portanto, submissa a um conselho maior, cujo verdadeiro poder está em mãos se for este conselho, o detentor do controle.
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  Em Hanyang, há alguns muitos e longos anos, a disputa entre poder, controle e perpetuidade de ambos por meio dos reinos era a comprovação de tudo o que aqui lhes digo. Se a vida apresentasse um narrador externo, que pudesse sussurrar nos ouvidos das pessoas — tal como um narrador onisciente de um livro contando as aventuras dos personagens —, aquilo que virá a acontecer… Talvez, este narrador que lhes conta esta história, pudesse confessar a , ou melhor, a , tudo o que estava prestes a acontecer em sua trágica história.
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  Eu irei lhes contar essa história. A história de um homem que tinha todo o poder, mas nenhum controle, e que de morto renasceu por uma vingança. E foi a vingança, a motivação deste que no meio de caminhos espinhosos, encontrou também o amor.
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≈≈ ♠ ≈≈

1392 A.C.

  Antes da dinastia Joseon iniciar-se, a dinastia Goryeo comandava os três reinos unificados de Silla e Balhae. Não nos interessa saber aqui, a longa trajetória dos antepassados e reinados de nossos personagens. O que vocês devem saber é que esta dinastia decai quando o general Yi-Seong vence as batalhas de Silla contra os inimigos de Wako. Yi-Seong, deveria portanto tornar-se o primeiro rei da nova dinastia Joseon, no entanto, ele não estava disposto a tamanha responsabilidade.
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  — Mantenho-me como general e líder Hwarang, pois, assim, meu destino cumpre-se a invocar nos jovens corações de nosso reino, a árdua tarefa de manter a ordem e a liberdade.
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  Disse ele aos homens que, diante da deposição de um reinado, preocupados buscavam instaurar um novo conselho, uma nova ordem, um novo império.
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  — Então, a quem destinaremos a primeira linhagem monárquica desta nova Era? — um deles perguntou.
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  — Ao meu irmão, Yi-Jong.
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  — Com perdão, general Yi-Seong, mas Yi-Jong é apenas um professor. A ele não incute a bravura de um líder, tal como o general. E além disso, instaurar uma linhagem a alguém que não foi o responsável direto pela nova independência deste povo, é ferir os feitos de nossos antepassados. O poder é passado pela pureza do sangue, ou da alma.
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  — Se a pureza da minha alma resguarda a um poder ancestral dos impérios, acaso meu irmão não a tem, por ser ele, linhagem minha?
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  — A pureza da alma que justifica o repasse de um poder só é obtida por aqueles que a conquistam por seus feitos heróicos. Não é o seu sangue de poder real, é a sua alma e os seus feitos. — O líder ancião do antigo conselho explicou e decretou: — A Yi-Jong é dado o cargo de general e a Yi-Seong, a coroa.
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  Todos os presentes, anciãos e homens de respeito e sabedoria ergueram a mão em conformidade. E assim, Yi-Seong tornou-se o novo rei, de uma nova dinastia denominada Joseon. Enterrou-se a tristeza deixada pelas tragédias ocorridas na dinastia Goryeo.
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  — Eis o nosso novo rei: Taejo! — O ancião evocou, e os demais saudaram em reverência ao general Yi-Seong. — A que nome chamaremos esta dinastia, majestade?
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  — Joseon. Em homenagem ao primeiro reino deste povo, o reino Gojoseon, pois em significado de “Go Joseon”, iremos retornar às nossas origens e restaurar a dignidade de nossos ancestrais.
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  — Viva a dinastia Joseon! Vida longa ao rei Taejo! — gritaram.
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≈≈ ♠ ≈≈

  Desde o reinado de Taejo, a capital, cujo ele denominou Hanseong tornava-se cada vez mais próspera e tanto o primeiro rei, quanto seus antecessores buscavam manter um império de justiça. Depois de Taejo, que governou de 1392 a 1398 o império tinha não só a nova capital Hanseong (antes, Hanyang) como um novo pálacio que ele mandou construir. O palácio Gyeongbok da dinastia Joseon. A cultura de seu povo não apenas difundiu-se entre os reinos, como entre continentes e uma nova história estava sendo escrita.
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  O sucessor de Taejo, seu segundo filho Yi-Bang foi denominado rei Jeongjong e tal como seu pai trabalhou com afinco para tornar a dinastia economicamente forte e autônoma. A partir dele, um gabinete de contabilidade foi criado no palácio para que as finanças do reino fossem mantidas em ordem e controle. Foi também a partir deste rei, que a cultura literária foi difundida e as lendas e histórias desse povo passaram a ser estudadas entre os letrados, e também, passadas em conhecimento oralizado.
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  Jeongjong reinou de 1398 a 1400, ele modificou a capital do império para o antigo território onde ela ficava, na dinastia Goryeo, e foi no reinado de seu quinto filho que novamente as disputas entre os monarcas começaram. Yi-Won, seu filho a quem recebeu o nome de coroa em homenagem ao avô, Rei Taejeong, governou de 1400 a 1418, tendo abdicado do trono por vontade própria, uma vez que muitos confrontos entre seus irmãos a fim de tomarem o trono era cada vez mais frequente. No entanto, Taejong iniciou um reinado de muitas transformações, e apesar do curto tempo como imperador, ele deixou como legado: uma grande reforma dos princípios confucionistas, um sistema de exames civis pra escolha dos funcionários públicos do reino, assim fazendo que a escolha se desse por seus méritos e não por suas origens. Com isso, a burocracia tornou-se mais justa no reino, uma vez que as nomeações não eram dadas por afinidades ou jogos de poder e controle. Entretanto, tais jogos não deixaram de existir, é claro.
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  Taejeong, foi um rei de punhos de ferro, onde seu compromisso com melhorar a vida do seu povo e garantir a segurança e soberania do reino eram seu norte. Isso não parece muito próprio de um líder que abdica ao trono, mas, não cabe a este narrador julgá-lo. De fato, quanto maior o poder e o controle, mais inimigos à vista, e Taejeong soube disso a duras realidades. Por isso, em 1418 ele entregou a coroa para seu filho e foi dele, um grande conselheiro.
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  Então, o rei Sejong foi o mais popular e respeitado de toda a era dinástica. Reinou de 1418 a 1450, foi o primeiro filho na linha de sucessão de Taejong. Sejong, em seu reinado popularizou a língua de seu povo, pois foi ele quem criou um alfabeto próprio: o Hangul. O rei acreditava que as classes mais pobres também deveriam receber educação e assim, sua nação seria cada vez mais próspera, ao invés do conhecimento estar detento apenas ao alcance de alguns. Assim, a Coreia abandonou o complexo sistema de escrita chinês, e passou a ter idioma e escritas próprias de sua língua.
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  Sejong foi um rei muito justo, muito sábio e integrador. Graças a eles, diferentes áreas das ciências passaram a interessar a sociedade, como a astronomia, a literatura e artes, a economia, a medicina e a agricultura. Sejong tornou a Coreia uma nação ávida por conhecimento, buscando erradicar o analfabetismo promovido pelas diferenças de classe, e a partir daí, a nação cresceu, desenvolveu-se e se estabilizou. Porém, muito trabalho ainda deveria ser feito para que o país sonhado por ele e seus ancestrais, se tornasse o maior dos impérios asiáticos. Coube então ao seu filho, Yi-Hyang, chamado rei Munjong posteriormente, aprender com o pai. Yi-Hyang foi príncipe regente desde o governo do pai e o ajudava com sua liderança real, mas a partir de 1450 ele recebe a incumbência da coroa, e assim, reverbera o reinado do pai. Educação e justiça permaneceram como pilares de seu reinado, porém, Munjong tragicamente, morre de maneira suspeita e sua liderança é interrompida a partir de 1452.
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  Logicamente, as razões da morte do rei Munjong mantiveram-se ocultas, porém, há quem diga dentro do palácio real que foi assassinato, ainda cometido por seus primos, os quais os pais disputavam a coroa ainda no reinado de Taejeong e perpetuaram a ganância entre seus filhos, que igualmente mantinham a disputa no reinado de Sejong. Dos feitos que o curto tempo de rei lhe permitiu deixar, Munjong estabeleceu uma escola para o estudo das obras confucionistas, que se tornaria a prestigiada Universidade Sungkyunkwan.
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  Porém, se você acha que a história de Munjong é trágica e suficientemente injusta, saiba que seu sucessor, o , neto do rei Sejong tivera o fim mais trágico de toda a história da dinastia. , apenas com 12 anos de idade recebeu o título de rei Danjong e governou de 1455 a 1457, casou-se aos 14 anos de idade com a rainha Jeongsun, na época com 15 anos de idade. E não bastando a juventude roubada por seu dever patriótico, Danjong foi vítima de um motim causado por seu tio, que convencendo o conselho imperial de que o jovem era uma ameaça ao reino, por sua “inexperiência”, o depuseram em 1455. Mas, apenas ser deposto do trono não bastou, era necessário que seu tio extirpasse qualquer possibilidade de um novo sucessor direto, e assim, exilado e assassinado, aos 16 anos de idade, Danjong perdeu a coroa e a vida.
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  Para este capítulo foi utilizada a seguinte referência sobre História Coreana: Coreano Online.


  Curiosidades:

  1. Esta fanfic tem como trilha musical do nosso casal central, a música “Shine Your Star” do 03ohn . (Ouça aqui
  2. A história cruzará com fatos da Era Joseon a partir dos anos 1400.

Capítulo 01
Vida Longa ao Rei

“A desgraça, às vezes escolhe recair sobre aqueles de quem pode ela, lhes tirar tudo, pois, é a desgraça uma grande invejosa da mais ínfima promessa de felicidade.” – .

≈≈ ♠ ≈≈

1455 A.C.

  — Ele está mesmo morto? — O agora rei, Seju, perguntou ao seu lacaio militar.
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  — Sim, majestade. Recebemos a comprovação do general de guarda da outra província. Eles escoltaram o rei Danjong…
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  — Não existe rei Danjong!
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  Seju gritou com o lacaio que engolindo seu erro, voltou a explicar:
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  — Claro, majestade. Me perdoe. Então… A guarda escoltou , — mencionou o nome de batismo do antigo rei com certa estranheza — até o lugar em que seria seu falso exílio no território japonês. O navio partiu de Yeosu, e conforme ordenado, no estreito da Coreia, livraram-se do príncipe. Eles o amarraram às pedras e jogaram no alto mar. A esta hora, foi comido pelas baleias ou tubarões daquela região.
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  — Alguma movimentação de Tsushima?
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  — Não, majestade.
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  — Excelente! É o começo de uma nova era nesta dinastia! Agora vá.
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  Assim que o rei Seju comandou a saída do lacaio fizera sinal para seu general mor. Era uma ordem vil. E assim que o lacaio afastou-se do palácio, caiu desfalecido distante dos territórios reais e seu corpo foi deixado com sua garganta cortada atrás da grande taberna dos aldeões. Foi encontrado no dia seguinte, junto a outro inocente que igualmente morto, fazia parecer ter sido a situação uma tocaia contra o militar real causada pelo segundo defunto.
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  Em Tsushima, ilha que pertencia ao território japonês, três samurais: Hiraishi, Kazuki e Seija caminhavam pelo perímetro da praia quando encontraram um corpo largado na areia.
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  — Ali! Naufrágio! — Um deles mencionou ao outro.
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  Se aproximaram e notaram que se tratava de um coreano sem identificação. Hiraishi e Seija tatearam o corpo e notaram que estava vivo, pois, respirava embora desmaiado, enquanto Kazuki puxou o óculo de sua luneta a fim de observar em distância quaisquer destroços ou sinal inimigo. Ao redor do corpo não havia nada que realmente decretasse a situação como um naufrágio.
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  — Este jovem nadou até aqui? — Os dois samurais conversavam em japonês.
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  — Seria um espião?
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  — Não é o que parece… Talvez seja mais um mercador vindo de Jenju-do ou até mesmo do continente coreano, e que naufragou em algum lugar próximo daqui.
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  — Não identifico embarcações! — O samurai Kazuki falou em resposta ao Hiraishi.
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  — Vamos salvá-lo primeiro, homens! Depois averiguamos a identidade dele. — manifestou Seija.
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  Seija e Hiraishi carregaram até a guarita que os servia, e enquanto Seija comunicava o fato ao seu superior do perímetro.
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  Hiraishi e Kazuki cuidaram do rapaz que dormiu por 72 horas desde que fora resgatado e demonstrou pela primeira vez algum sinal de consciência. ao acordar mostrou-se confuso e um pouco assustado.
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  — Ele acordou. — Hiraishi falou para Kazuki enquanto piscava virando a cabeça e observando tudo, ainda deitado.
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  — Finalmente! — Kazuki sorriu para Hiraishi e se aproximava calmo de , mas o resgatado coreano se elevou de supetão sentando-se assustado.
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   sentiu a dor em seu abdômen e levou sua mão abaixo das costelas fazendo uma careta, apesar de não tirar os olhos dos outros dois que conversavam em japonês. Como um flash, sua cabeça também doeu lhe fazendo ter memórias do momento em que foi nocauteado pelos guardas reais coreanos e arrastado até o navio. Instantaneamente, ficou imóvel e sua expressão assustada, mudou para uma face de surpresa. A próxima memória que tivera foi do sub general puxando-o pelo convés e dizendo-lhe antes de o empurrar para o mar:
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  “— Seu tio, o nosso agora Rei Seju deseja vida longa à vossa majestade, Danjong!” — E um riso de escárnio tomou a garganta do sub general.
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   se lembrava. Ele se lembrava de tudo! Seu tio armou para lhe roubar a coroa com aquela tentativa de assassinato após o grande motim. A ira tomou o rosto do jovem rei de 16 anos, fazendo-o intrigar aos outros dois homens que o observavam.
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  Hiraishi conhecia bem as expressões humanas e o que ele enxergou no rosto do jovem homem, fizera-o pressentir perigo. O samurai ergueu-se do banquinho onde estava sentado, segurou ao irmão Kazuki que se aproximaria de novo do rapaz e puxou a sua katana* na direção do recém salvo.
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  — Quem é você? — perguntou em japonês Hiraishi.
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   voltou sua atenção aos sentimentos e momento atual, ainda estava sentado no futon* apoiando seu peso do tronco em um braço, e segurando abaixo da costela com sua outra mão, pois, sentia a dor pungente. Deparando-se com a pergunta do samurai, pois sim, ele reconhecia bem a roupa dos guardas japoneses, compreendeu que estava no território inimigo. E estava vivo, salvo e são. Precisaria mentir.
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  — Você entende a nossa língua? — Kazuki perguntou em seguida para o jovem ainda mudo.
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  Mas é lógico que um rei saberia outras línguas! No entanto, não poderia ser quem ele realmente era, pelo menos, não sem entender a situação de perigo que se encontraria caso revelasse a própria identidade. Portanto, como um nativo japonês ele começou a falar com os homens:
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  — Entendo.
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  — Você não é japonês, de onde vem? — Hiraishi estava entre os samurais mais perspicazes de Tsushima.
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  — Minha mãe era japonesa. E meu pai coreano… Venho… — retesou sua desculpa, porque percebia que não seria prudente dizer ou inventar naquele momento de onde vinha. Deveria inventar alguma história para eles. — Não me lembro. Não me lembro de onde venho.
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  — E o que se lembra? Seu nome? — Hiraishi perguntou.
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  — Sim. Meu nome, e dos meus pais.
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  — E qual o seu nome? Você tem que idade? — Kazuki, diferente de Hiraishi, não acreditava que um garotinho daquele poderia fazer algo contra eles, por isso ele abaixou a katana do irmão e puxou um banquinho para sentar-se, dizendo-o: — Abaixa isso Hiraishi! Ele não fará nada, nem consegue se mexer direito!
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  O outro, embora desconfiado, repetiu o gesto de sentar-se em um banquinho, mas manteve sua arma próxima de si.
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  — . É o meu nome, e eu tenho 16 anos.
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  — Consegue se lembrar o que aconteceu para nos fazer encontrá-lo na praia dessa ilha, ? — Kazuki perguntou de novo.
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  — Eu estava em um barco com meus pais… Mas, eu dormia quando os gritos e… Não lembro direito… Só alguns borrões… — levou a mão até sua testa fingindo dor — Um homem me amarrando, outros saqueando o barco… Mamãe e papai sendo levados e… Pareciam ladrões das águas… Aquele homem me jogou ao mar. Droga! Não lembro mais nada!
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  Os dois samurais se entreolharam percebendo o rapaz falar com dificuldade, fazia algumas pausas como se esforçasse a mente para se lembrar e até mostrou-se frustrado.
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  Era uma história muito boa, e muito possível! tinha a inteligência de uma kitsune*.
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  — Piratas? — Kazuki mencionou em dúvida para o irmão.
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  — Pode ser… Mas só teremos certeza à medida que o garoto se lembrar. Até que isso aconteça, o general quer que nós fiquemos de olho nele. — Hiraishi respondeu.
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  — Seija poderia ficar com ele, não? — Kazuki respondeu encarando como se o rapaz fosse um animal de estimação abandonado.
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  — Não. Ele ficará com nós dois. Seija não está sempre por perto, e eu quero acompanhar com cuidado esse náufrago. Ele ainda pode ser um espião vindo da Coreia.
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  — Eu não sou um espião! — gritou encenando a inocência de um garoto adolescente que perdeu os pais — E quem são vocês? E se foram vocês que levaram meus pais!?
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  Kazuki começou a rir e Hiraishi olhou para o irmão com expressão incrédula.
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  — Ora, ora! Vê Hiraishi? Se você tem desconfianças do pequeno tigre, ele também tem de nós!
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  — Pequeno tigre? — perguntou confuso.
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  — Você parecia um tigre prestes a atacar quando acordou, garoto. — Kazuki respondeu e explicou: — Mas se desconfia de nós, saiba que nos deve a sua vida.
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  — Parecemos com os homens de sua lembrança que levaram seus pais? — A perspicácia de Hiraishi se mostrou novamente para .
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  O jovem rei soube que precisaria tomar cuidado ao que diria para aquele samurai.
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  — Não pelo que eu me recordo. Pareciam coreanos…
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  — Esses malditos coreanos! — Kazuki respondeu um tanto inflado por seu ressentimento ao povo vizinho e diretivo ao rapaz salvo, ele afirmou: — , nós iremos descobrir o que aconteceu com você. Confie em nós porque além de salvá-lo, esta é a única opção que você tem agora.
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  — Como vocês dois me encontraram?
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  — Desmaiado na praia. Não havia nada que mencionasse um barco próximo a você, e por isso, aguardamos que acordasse para entender se foi mesmo um naufrágio. O que pelo visto, não foi. Você diz que estava com seus pais em um barco… O que faziam? Para onde iam? — Hiraishi tentou de novo.
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  — Meus pais são pescadores e nessa temporada saímos em viagem para a caça das baleia-minke. Eu não sei o que aconteceu, eu não lembro e nem sei por qual motivo seríamos atacados, mas… Não é uma surpresa que sempre há saqueamento de pesca…
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  — Sim… As minke tem alto valor de comércio… Porém, isso ainda me parece pouco… — Hiraishi afirmou, ainda um tanto desconfiado.
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  Kazuki suspirou e levantou-se do banquinho dizendo para o recém acordado adolescente:
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  — Descanse ! Você fraturou as costelas e teve alguns ferimentos internos que nosso médico precisou recuperar. Terá uma cicatriz bonita, as garotas vão gostar! — Kazuki contou apontando a faixa e o local onde o jovem ainda pressionava.
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  — Você tem muita vontade de viver, pelo visto. Jogado em alto mar ainda conseguiu ser trazido vivo até a margem e com alguns ferimentos pouco graves… Deve mesmo desejar uma vida longa, não é? — Hiraishi comentou se erguendo também.
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   apenas acenou em um meneio de cabeça, sentindo o peso daquela expressão “vida longa”.
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  — Não se preocupe, não lhe farão nenhum mal por aqui. Por enquanto, você é apenas uma vítima salva por nossa guarda. Durma e logo trarão comida para você.
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  — Onde irei ficar? Aliás, em que lugar eu estou? — perguntou.
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  — Ficará em nossa casa, mas por enquanto essa é a tenda médica em que está sendo atendido. Bem vindo à Ilha de Tsushima, província do Japão. Como era filho de uma mulher japonesa, será tratado como um nativo apesar de seu pai coreano. Você se lembra o nome deles?
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   observou a sobrancelha arqueada do samurai Hiraishi, denotando o quanto ele ansiava por alguma pista para investigação. Precisou inventar o nome dos personagens e seu próprio sobrenome novo.
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  — Minha mãe se chama Hana Yamamoto, e meu pai Kim Jun Ho. Eu me chamo Kim .
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  — Você se lembra de algum contato com parentes de sua mãe? Como ela e seu pai se conheceram? Viviam no Japão ou na Coreia?
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   ponderou. Se dissesse que viviam no Japão, eles buscariam em cada província infinitamente pelo paradeiro da família dele, mas se respondesse que viviam na Coreia, sabia que teria uma vida nova.
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  — Vivíamos na Coreia, mas eu não me lembro. Só consigo lembrar dos meus pais, e dos momentos antes de acordar aqui…
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  — Bem, então , por enquanto sua nova vida está nesta ilha até que tenhamos alguma notícia de sua família.
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  O jovem sabia que sustentar aquela mentira seria difícil, mas eis o que ele precisava para sobreviver: uma farsa, muita coragem e tempo. Tempo para a vingança que almejava em seu coração no instante em que se recordou da sua tentativa de assassinato. Era isso… Não existia mais um rei Daejong. Não existia mais o príncipe . Agora ele era , um jovem filho de pescadores saqueados em alto mar. E seu novo lar, seria por enquanto, a ilha de Tsushima.
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  Quando os dois samurais saíram da tenda, , e assim deveria acostumar-se a ser chamado, suspirou pesadamente e voltou a deitar-se no futon. Sentia dores no corpo todo, mas nenhuma era maior que a dor de sua alma traída. Olhando fixamente o teto da tenda, ele proferiu baixinho a promessa:
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  — Rei Seju… Eu terei uma longa vida e o matarei, nem que seja este meu último feito.
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Continua

  A fanfic tem uma playlist temática para você escutar enquanto lê, ouça aqui.

  N/A Fixa: Olá leitora, se você gosta das minhas histórias e gostaria de saber mais sobre meu processo criativo e/ou me conhecer, eu tenho um convite para você! Entre no meu grupo de leitoras no whatsapp e me siga no instagram @escritoraraydias! Aguardo você, ansiosa para conhecer as amoras que leem meus pequenos universos! ✨💖

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Lelen
Admin
8 meses atrás

Senti uma vibe Ceifador e Sunny de Goblin com esse comecinho HAOSIHASO (Sim, essa é minha referência pra quase tudo kkkk)
Estou ansiosa pra saber como vai ser inserido o enredo da ideia. E o moço não morreu? Gente, babadooo. Apoio revolução, sou dessas mesmo (mentira, não quero ele virando ceifador também kkkkk) bora que tô aguardando att *————–*

Ray Dias
Ray Dias
8 meses atrás
Reply to  Lelen

Então, eu não vi ‘Ceifador’, mas Goblin é meu drama favorito! Eu amei as referências, mas essa história vai ser um pouco diferente de Goblin. hehehehhee O enredo da ideia vai dar certo, confia. Ele não morreu, não tem nem como esconder isso dessa vez hahahaha Espero que goste do que vem por aí Lelen ♥ Obrigada por comentar!

Lelen
Admin
1 mês atrás

Eeeita que vai ter guerra :O mas tô apoiando (por enquanto) porque traição isso aí, achei muito ofensivo.
Agora entramos no Japão e agora entendo melhor as referências HAHAHAH
Kitsune são maras, amo as lendas que tem elas <3
Olha, se essa história toda de Rei e tal não for resolvida nessa vida, sinto que o karma vai ficar seguindo todo mundo por um bom tempo, mas se ficar, fico no aguardo da conclusão e do final feliz HAHAHAHAH

Ray Dias
Ray Dias
1 mês atrás
Reply to  Lelen

Hey Lelen ♥ Adoro as kitsune também! Essa história de rei será resolvida ainda nessa vida, mas tem é água pra rolar nesse moinho…


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